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4ºAula Ativo circulante Prezados(as) acadêmicos(as), sejam bem-vindos(as) à nossa quarta aula! Estudaremos, agora, as contas que compõe o Ativo de uma Entidade, isto é, o conjunto de bens e direitos de uma empresa. Investigaremos a respeito do Ativo Circulante e seus critérios de avaliação, bem como o ativo o Ativo Circulante disponível e em relação às duplicatas e sua respectiva contabilização. Mas antes, vamos verificar quais são os objetivos e quais as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula. Bom trabalho! Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conceituar as contas do Ativo e definir sua classificação quanto aos grupos de Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. • contabilizar fatos utilizando-se do plano de contas e avaliando contas de Ativo. • utilizar o Plano de Contas para a correta contabilização dos fatos e a das contas patrimoniais e de resultado. Contabilidade III 18 1 - Ativo circulante 2 - Critérios de avaliação do ativo circulante 3 - Ativo circulante: disponível 4 - Ativo circulante: duplicatas Seções de estudo 1 - Ativo circulante Ativo Circulante é o primeiro grupo de contas do Ativo. A recomendação legal de que os bens e direitos sejam classificados no Ativo na ordem do grau de liquidez decrescente faz com que, no Ativo Circulante, estejam posicionados, após o disponível, os itens que se converterão em dinheiro mais rapidamente (até o final do exercício subsequente). Há outras denominações do Ativo Circulante. Os sinônimos encontrados para Ativo Circulante na literatura contábil definem, de certa forma, o que ele representa, senão vejamos: • Capital de Trabalho: é com o Ativo Circulante que o administrador trabalha para produzir riquezas, atendendo ao objeto social da empresa. • Capital de Giro: É o Ativo Circulante que o administrador movimenta, procurando girar mais rapidamente possível, com o objetivo de melhorar a rentabilidade. • Ativo Corrente: É o Ativo Circulante que corre, gira e trabalha para trazer benefícios a empresa. O • Capital Circulante: É o Ativo Circulante que assume dentro de um ciclo diversas formas, iniciando-se como dinheiro, transformando-se em mercadorias, posteriormente em duplicatas e, novamente, em dinheiro (no resgate das duplicatas). 1.1 - Componentes do Ativo Circulante Quadro 4.1 – Elementos do Ativo Despesas antecipadas Investimentos Imobilizado Diferido Clientes Outros créditos Disponibilidades Estoques ativo Circulante Realizável a longo prazo Permanente Fonte: <http://pt.scribd.com/doc/36081736/Apostila-ContabilidadeGeral> Acesso em: 30 mar. 2012. Os valores classificáveis no Ativo Circulante são: → Disponíveis: • Caixa • Depósito Bancário a Vista (Bancos conta Movimento) • Aplicações Financeiras → Bens e Direitos Realizáveis a Curto Prazo (no curso do exercício social seguinte, ou no período compreendido até 12 meses da data de publicação do Balanço): • Duplicatas a Receber • Estoques 2 - Critérios de avaliação do ativo circulante A avaliação do Ativo Circulante, assim como a dos outros Ativos, está sujeita aos preceitos estabelecidos na Lei das Sociedades por Ações, como também aos princípios básicos de contabilidade. Atenção No Ativo Circulante, o critério exposto tanto pela lei como pela Teoria da Contabilidade é “Valor de Custo ou Mercado, o mais baixo”. Veremos a avaliação dos estoques, ativos onde este critério se aplica com muita frequência. Todos os itens do Ativo são registrados por seu valor de custo, seja ele custo de aquisição ou custo de fabricação (no caso de indústria) – Custo histórico como base de valor. Se o valor de mercado (preço de compra) todavia, for menor que o preço de custo, deverá prevalecer o preço de mercado. Ressalte-se que essa possibilidade é bastante remota em uma economia essencialmente inflacionária. Essa regra encontra respaldo no Conservadorismo, onde está contida a premissa de que a Contabilidade nunca deve antecipar lucro, e sim prejuízo (sempre que possível). 2.1 - Significados dos Termos Contábeis São recursos da empresa para fazer frente a seus compromissos imediatos ou para qualquer outra aplicação relativa à sua atividade. Suas principais características são a de serem “a vista”, isto é, trata-se de dinheiro em mãos, ou de depósito bancário sacável a vista, ou de outras aplicações consideradas a vista. O disponível é composto dos itens: Caixa, Bancos, Conta Movimento e Aplicações Financeiras diárias. 3 – Ativo circulante: disponível Pelo elevado grau de conversibilidade em moeda corrente, as contas a seguir, são classifi cadas no Ativo Circulante – Disponível. Elas representam a moeda em espécie e que está disponível para uso imediato pela empresa, sem necessidade de conversão, troca ou qualquer outro meio para seu uso. As contas que representam os recursos disponíveis são: → Caixa: Representa dinheiro à disposição da empresa. Esse item • Investimentos Temporários • Outros Valores → Aplicação de Recursos em Despesas do Exercício Seguinte (Despesas Antecipadas): • Seguros • Despesas Financeiras • Material de Escritório etc. Fonte: <http://www.mpsnet.net/loja/index.asp?loja=1&link=VerProduto&Produto=182> Acesso em: 25 mar. 2012. 19 4 – Ativo circulante: duplicatas As duplicatas originam-se de vendas de mercadorias/ produtos ou prestação de serviços a prazo para seus clientes (por isso alguns contadores denominam essa conta de clientes). A duplicata é um comprovante de dívida do cliente com a empresa. Dá o direito à empresa cobrar seus clientes no vencimento do prazo de faturamento. A conta Duplicatas a Receber corresponde às duplicatas emitidas e ainda não liquidadas. 4.1 - Duplicatas Descontadas Outro fato que deve ser considerado como conta retificadora (subtrativa de Duplicatas a Receber) é o desconto de duplicatas. Fonte: <http://www.segundoprotestosbc.com.br/sbc/conteudo.asp?sub=tit_dup> Acesso em: 23 mar. 2012. A duplicata é cedida ao Banco (ou a outra Instituição Financeira) pela empresa por meio de um endosso no verso da duplicata. O Banco por sua vez, antecipa à empresa o valor registrado na duplicata menos os juros. Portanto, a quantia em dinheiro que a empresa recebe na negociação da duplicata já sofreu desconto dos juros (por isso se denomina Duplicatas Descontadas). Poderia surgir uma questão natural: “mas eu vendi (negociei) uma duplicata recebendo dinheiro em troca, por que essa duplicata deve aparecer no Balanço Patrimonial?” A empresa que desconta a duplicata é co-responsável perante o Banco se seu cliente não liquidar, no vencimento, a duplicata junto ao Banco. Em outras palavras a empresa reembolsa ao Banco o montante da duplicata no caso de inadimplemento de seu cliente. 4.2 - Exemplo de Contabilização Venda a prazo de mercadorias ao cliente Zé Pereira, no valor de R$ 10.000,00: → 1 – Contabilização da Venda: D – Duplicatas a receber Zé Pereira C – Receita de Vendas Valor venda a prazo.........R$ 10.000,00 → 2 – No momento do desconto da Duplicata junto ao Banco, cujo valor líquido recebido foi de R$ 9.000,00: D – Banco conta movimento........R$ 9.000,00 D – Despesa com juros................R$ 1.000,00 C – Duplicatas descontadas........R$ 10.000,00 Atenção Neste momento, na demonstração do Balanço, teremos a seguinte situação: ATIVO pode incluir, também, “cheques em mãos”, não depositados ainda, porém recebíveis imediatamente. Outros valores, como cheques a Receber ou Adiantamentos e Créditos não devem figurar indevidamente no saldo de caixa. → Depósitos Bancários à Vista: (Bancos Conta Movimento) São depósitos efetuados em conta bancária na qual a empresa pode, geralmente com cheque, movimentar livremente o dinheiro depositado. A conta Banco conta Movimento, em nossos dias, é primordial, pois as instituições financeiras exigem das empresas certa reciprocidade para conceder crédito. Essa reciprocidade é, fundamentalmente, manter uma conta corrente comum “razoável” saldo no banco comercial. Assim, temos o propalado saldo médio, ou seja, a média aritmética dos saldos diários mantida no banco comercial pela empresa, sua cliente. O controle dos depósitos em bancos pode ser feito de forma extracontábil de muitas maneiras. Uma delas, usada mais por pessoa física, é o controle no canhoto dos cheques. Tal controle é precário e tende a tumultuar-se, quando o volume de movimentação cresce. O controle contábil é feito por meio da conta Bancos. Esse controle é dos mais perfeitos e, mantido atualizado, dispensa qualquer controle extracontábil. A conferência, sempre necessária, é feita por meio de conciliações bancárias. → Aplicações Financeiras: São aplicações de liquidez imediata, ou seja, aplicações em títulos, para poucos dias, que podem ser vendidos (transformados em dinheiro) a qualquer momento. Normalmente, são feitas por meio de bancos, mas há várias opções. O controle pode ser feito pelos comprovantes fornecidos pelos corretores, e devidamente contabilizados: são as notas de corretagem e recibos (de recebimento ou de pagamento). Posteriormente, esse controle pode ser conferido com os extratos fornecidos pelos corretores, á semelhança do que ocorre com a conciliação bancária. Contabilidade III 20 Ativo Circulante Disponível Banco conta Movimento R$ 9.000,00 Clientes Dpl. Rec. Zé Pereira R$ 10.000,00 (-) Dpl. Descontada R$ (10.000,00) Vejam que o saldo da conta “Clientes” é zero, pois o valor que o cliente devia, já foi recebido, porém, como já comentado anteriormente, enquanto não ocorre o pagamento por parte do cliente no Banco, devemos manter a informação conforme ali disposto. Num passo seguinte, vamos imaginar que o cliente pagou esta duplicata junto ao Banco, que é a operação natural. Neste caso, o banco informa à empresa que efetuou o desconto da duplicata, através de um documento, que pode ser chamado de “Aviso Bancário” de quitação de duplicatas descontadas, variando essa nomenclatura no meio bancário. → Aviso bancário de quitação da duplicata descontada do cliente Zé Pereira: D – Duplicatas descontadas C – Duplicatas a receber Zé Pereira Aviso de quitação Dpl. Desc. Zé Pereira.....R$ 10.000,00 → Caso o cliente não efetue o pagamento da Duplicata no prazo, o Banco poderá reembolsar este valor da empresa que efetuou o desconto, vai sair dinheiro da sua conta bancária. D – Duplicatas descontadas C – Banco conta corrente Valor debitado em c/c Dpl. Não paga.........R$ 10.000,00 Atenção: O Banco poderá ainda cobrar os juros de mora pelo não pagamento no prazo, com isso a empresa, que já teve os R$ 1.000,00 descontados inicialmente, terá mais despesa por conta da inadimplência do cliente. Notem que neste caso, a conta Duplicatas a Receber, continuará em aberto, pois a empresa agora cobrará diretamente do cliente, com juros é claro. Chegamos, assim, ao final da quarta. Espero que agora tenha ficado claro o entendimento de vocês sobre os vários aspectos do Ativo Circulante. Não esqueçam! Em caso de dúvidas, acessem as ferramentas “fórum” ou “quadro de avisos”. Já estamos no ambiente virtual esperando sua participação. Retomando a aula Para encerrar a Aula 04, vamos recordar os temas que foram abordados: 1 - Ativo Circulante Nesta seção, vimos que Ativo Circulante e Ativo de curto prazo são sinônimos, demonstrando que são bens de rápida rotatividade na empresa, representando o capital de giro. Ativo Não Circulante e Ativos de longo prazo, caracterizam- se pelo prazo e pelo objetivo de uso, como exemplo os bens fixos. O Ativo Circulante é também chamado de: Capital de Trabalho; Capital de Giro; Ativo Corrente e Capital Circulante. 2 - Critérios de Avaliação do Ativo Circulante Note que no Ativo Circulante, o critério exposto tanto pela lei como pela Teoria da Contabilidade é “Valor de Custo ou Mercado, o mais baixo”. Todos os itens do Ativo são registrados por seu valor de custo, seja ele custo de aquisição ou custo de fabricação 3 - Ativo Circulante: Disponível O Ativo Circulante – Disponível, representa a moeda em espécie e que está disponível para uso imediato pela empresa, sem necessidade de conversão, troca ou qualquer outro meio para seu uso. As contas que representam os recursos disponíveis são: caixa; depósitos bancários à vista e aplicações financeiras. 4 - Ativo Circulante: Duplicatas As duplicatas provêm de vendas de mercadorias/produtos ou prestação de serviços a prazo para seus clientes, ou seja, é um comprovante de dívida do cliente com a empresa, dando o direito à empresa cobrar seus clientes no vencimento do prazo de faturamento. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. BRASIL, H.V.; BRASIL.H.G. Gestão financeira das empresas: um modelo dinâmico. Rio de janeiro: Qualitimark, 1999. MARION, José Carlos; REIS, Arnaldo Carlos de Resende. Mudanças nas Demonstrações Contábeis. São Paulo: Saraiva, 2003. Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON. - Disponível em: <www.ibracon.com.br/> Acesso em: 28 mar. 2012. Revista Brasileira de Contabilidade - CFC. Disponível em: <www.cfc.org.br/conteudo.aspx?codMenu=9>. Serviço Brasileiro de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE. Pesquisas. Disponível em: <http://www.sebrae. gov.br> Acesso em: 31 mar. 2004. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar
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