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InformQçõo, comunicoçôo e educQçõo Ana Luiza Zonzini how educacional F Edição [ Fevereiro | 2014 Impressão em São Paulo/SP InFormoçôo, comunicoçõo e educação Coordenação Geral Nelson Boní Professor Responsável Ana Luiza Zonziní Coordenação de Projetos 1 jeandro 1 -ousada Revisão Ortográfica Célia Ferreira Pinto Projeto Gráfico, D í agram ação e Capa Ana Flávia Marcheti Io Edição: Fevereiro de 2014 Impressão em São Paulo/SP í’;U-ilc>g:içio çlsLlixjr.idíii por Gtaucy cios Santos Süva - (.RB8/6353 koowhow t e t n o[5 I a educacional Sumário Unidade 1----------- Aspectos da globalização 1.1. Globalização 1.2, Conceitos de Globalização 1.3, Definições de Globalização 1.4. Ptó$ c Contras Goboríto.................................. 35 Referêncios Bibliográficos------ 45 Unidode 1 Aspectos do globalização Caro(a) Aluno(a) Seja bem-vindo(a)! Nesta primeira unidade, faremos uma breve abordagem informativa dos aspectos da Glo balização de maior relevância no contexto de nossos estudos, que visam à formação de tuto res cm EaD. Bons estudos! 1 < 1 . Globalização A Globalização é um assunto que está sem pre em destaque, por vários contextos e diferentes motivos, nos meios de comunicação, nos livros de Geografia, Sociologia, em congressos, na Política, na Educação etc. Quando se fala cm internet, na maioria das vezes, pensa-se nas possibilidades da Globalização. Quando estamos em um supermercado e temos a opção dc comprar, por exemplo, uma lata dc milho verde nacional ou importada, que estão lado a lado na prateleira, com uma variação mínima dc preço, pensamos nos efeitos da Globalização. E, quando você almejava ocupar um cargo de gerência em sua empresa e este cargo é ocupado por um profissional norte americano, recém contratado, vocc logo re monta a uma consequência da Globalização. Muito se faia sobre este modelo c, neste mo mento você é convidado a pesquisar um pouquinho sobre o que é a Globalização e como este fenômeno impacta diretamente cm sua vida, principalmente em sua vivência profissional, seja você um profissional dc EaD cm busca dc aprimoramento profissional, Seja você um profissional que busca pela inserção neste mercado em expansão, A noção dc Globalização nem sempre é clara, prestando-sc a usos e sentidos muito diversos. 7 Algumas definições acentuam o caráter multidi- menslonal do processo; outras se focalizam mais um sua dimensão econômica, política ou cultural e, em certos casos, associam o processo de Globalização ao sistema econômico capitalista e à ideologia ncoli- beral. Outras definições ainda destacam que se trata de um processo conduzido pelos homens, enquanto algumas se referem à Globalização enquanto motor de um processo civilizacional, deixando implícito ser um processo natural e inevitável. Como este não é um livro técnico, buscaremos discutir de forma simplificada a Globalização, ape nas para que você utilize estas informações como ponto de partida para suas pesquisas c ampliação de seu conhecimento. 1.2. Conceitos de globalização O manual Introdução à Globalização de Luís Campos e Sara Canavezes, publicado em abril de 2007 pelo Instituto Bento Jesus Caraça - Depar tamento de Formação da CGTP-IhJ, destina-se às açôcs de formação (presenciais ou a distância) pro movidas pelo Instituto Bento de Jesus Caraça (IBJC), em Portugal. 8 3 Fàntv: < http:/ /w ww.cgcptpr/ ftjrmíioio > - Extraímos, deste manual, um quadro que apre senta as definições de Globalização nos diferentes aspectos já citados. Por se tratar de uma publicação produzida em Portugal, optamos por preservar sua grafia original. 9 Definições de GJobídicaçâo Autor Propomos que a palavra dc- signe o alargamento a todo o phneta: • de um m« id< > de produção (q Capitalismo, na sua Fase de Capitalismo financeiro); • de uma ideologia c de uma forma dc governo - o X eolihe ra li smt>); • da dominação cultural, comercia] e, se necessário, mili tar, pelos países ocidentais. Academia Sindicai Europeia ASE, 21104) A Globalização c um fenômeno complexo de muitas repercus- sSei Não é, por conseguinte, surpreendente que o termo ‘"Globalização’’ tenha adquirido numerosas cononçòcs emocio nais Xo limite, é considera da como uma força irresistível e benéfica que trará a prospe ridade econômica a rtxios os habitantes do mundo. Xo outro cxiicmo, vc-se nela a fonte de todos os males contemporâneos. Comissão Mundial sobre a Di mensão Social da Globalização 10 í£ wni foiça condurorn. «nrral por trás das rápidíis mudanças sí> dais, pd/cicas t eci rtiòmicas que estão a remodelar as sodedades modernas e a ordem mundial. David Hdd (1999) O conceito de Globalização implica primeiro ç acima de tudo cni um alongamento das atividades sociais, políticas e econômicas através das fron- teiras, de tal modo que aconte cimentos, decisões e atividades numa região do mundo podem ter significado para indivíduos e atividades cm regiões distintas do globo. Diivid Udd(l999) Falar de mundíalizaçào c evocar a dominação de um sistema LCortomico, o í .apitalistíio, Sobre o espaço mundial. (,—) A mu ndialização c t.im bem, e sobretudo, um processo de coriromíir, atenuar e, por fim, desmantelar as frcNifdras físicas c regulares qui constituem obs táculo à acumulação da capital à escala mundial. lacqücs Adda (1996) Fundamentalmentc, é a integra ção mais estreita dos países c dos povos que resultou da enor me redução dos custos de trans portes c de comunicação e a destruição dc barreiras artificiais à circulação transírontciriça dc mercadorias, serviços, capitais, conhecimentos c (em menor escala) pessoas. Joscpb Sti^itz (2004) II A Globalização pode dchiür- ■ sc como um processo social através do qual diminuem os CúnstrangimefitDS gc< )graí icos sobre os processos sociais c culturais, cem que os indivídu os consciencializam-se, cada vez mais, dessa redução Malcom Waters. (1999) Pôdemos dchnir Globalização como um processo que cem conduzido ao condicionamento crescente das políticas econômi cas nacionais pela esfera megae- conòmica, ao mesmo tempo cm que se adensam as relações de i nterdepe ndênciat d< >minação c dependência entre os atores internacionais e nacionais in cluindo os próprios governos nacionais que procuram pôr çm prática as suas estratégias nu mercado glohaL Mário Murteira (2003) A Globalização ê simplesmente uma versão atual do Qjlonia- iismcx AJíiídn Kübr (eirado cm BONAGLIA, 20(16) 1,3, Definições de globalização As informações, a Seguir, foram extraídas e adap- 12 tadas de diferentes fontes, citadas ao final deste livro. A Globalização e um fenômeno social que ocorre cm escala global. Esse processo consiste cm uma integração em caráter econômico, social, cultu ral e político entre diferentes países. Envolve países ricos, pobres, pequenos ou grandes e atinge todos os setores da sociedade, c por ser um fenômeno tão abrangente, exige novos mo dos de pensar e enxergar a realidade. A Globalização não é uma realização do pre sente, vem de longa data. Tudo começou há muito tempo, quando povos primitivos passaram a explo rar o ambiente em que viviam. No século XV, os eu ropeus viajavam pelos mares a fim de ligar o Oriente e Ocidente. A Revolução Industrial foi outro fator que permitiu o avanço de países industrializados so bre o restante do mundo. No final dos anos 70, os economistas passaram a usar o termo “Globalização1’ fora das discussões econômicas, facilitando as negociações entre os paí ses. Nos anos 80, começaram a ser difondidas novas tecnologias que uniam os avanços da ciência com a produção, por exemplo: nas fábricas, com robôs ligados aos computadores para acelerar a produção. A Globalização e oriunda de evoluções ocorri das, principal mente, nos meios de transportes e nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “en curtasse” as distâncias. No passado, para a realização13 de uma viagem entre dois continentes eram neces sárias cerca de quatro semanas. í loje, esse tempo di minuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao conhecimento dos brasileiros 60 dias de pois, agora a notícia c divulgada cm tempo real. Na década de 50, uma viagem de avião cruzando o Oce ano Atlântico durava 18 horas. Atualmente, a mesma rota pode ser feita cm menos de 5 horas. Em 1865, a notícia da morte de Abraham IJncoln levou 13 dias para chegar na Europa, mas, hoje, ficamos sabendo de tudo o que acontece no mundo cm apenas alguns minutos e por diversas fontes: [ am stunned. My friend, Michael Jackson isdead. Helived with me fora week on "Golden Pond” set after "Thriller.” h «p:/ /gl^lobc. ci>m/ N oticias/NÍ usica/ fn 19367 5- FM M J X ).j pg http://w w w.cl k rbs.cu m .br / rbs/ i mage /6 585515. JP G http:/., gÈ .gl<jbtj.ct>m ■'XiJticins/Musiej/i"tJtt)/i '1T211 9Ó334-liX,0Ü.jpg 14 http://w O processo de Globalização surgiu pata aten der ao Capitalismo e, principalmente, os países de senvolvidos, de modo que pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno encontrava-se saturado. A Globalização é a fase mais avançada do Ca pitalismo. Com o declínio do Socialismo, o sistema capitalista tornou-se predominante no mundo. A consolidação do Capitalismo iniciou a era da Globa lização, principalmente, econômica e comercial. A integração mundial decorrente do processo de Globalização ocorreu em razão de dois fatores: as inovações tecnológicas c o incremento no fluxo comercia] mundial. As inovações tecnológicas, principal mente nas telecomunicações e na informática, promoveram o processo de Globalização. A partir da rede dc tele comunicação (telefonia fixa e móvel, internet, televi são, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difu são de informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo. O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos transportes, espedalmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais (importação c expor tação). O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga, que permite também a inundiali- zação das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é 15 encontrado cm diferentes pontos do planeta, O processo de Globalização estreitou as rela ções comerciais entre os países e as empresas. As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de Globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territórios. Desígnam-sc por transnacionais as empresas que organizam os seus investimentos, a sua produção e a comercialização de mercadorias e serviços cm mais do que uni país. Por exemplo, uma conhecida empresa holandesa de eletrônica, a Phi- lips, comercializa mais de 85% da sua produção eni outros países. Num sentido mais estrito, alguns autores consideram que umi trans- nacionat é uma empresa que, através de investimento direto no es- trarigdro, controla e dirige subsidiárias num ou mais países para além daquele cm que está sediada. Atualmente, as empresas transnacioiiais estão presentes em todos ou quase todos os setores de atividade ccotkjnlica: na extração de luate- ri as-primas, nas indústrias transformadoras, na finança, na produção agrícola ena prestação de serviços. De acordo com estimativas da Conferencia das Nações Unidas para o Comércio c o Desenvolvimento (1’NCTAD, 2006). o universo das empresas transn acionais engloba presente mente cerca de 77,000 cm- presas-mãe, contando com mais de 770.000 filiais estrangeiras. (...) 16 O um verso das empresas transnacLoreus continua dominado por um pequeno conjunto de países: o Japão, os Estados Unidos e a União Europeia, omk 85 das 1EK1 maiores sociedades transnacionais do mundo tem a sua sede. As empresas transnsici onais não sào todas iguais, designadamente tio que respeita ã sua dimensão 'uma pequena ou média empresa por tuguesa, que também opera em Espanha, por exemplo comerciali zando aí parte da sua produção, não pode nem deve comparar-se ou considerar-se nos mesmos termos que uma multinacional como, por exemplo, a Nesdé). Em alguns casos, as empresas t rans nacionais atingem uma dimensão econômica invejável e mesmo superior a alguns dos países cm que operam. Xo seu conjunto, as maiores empresas transnacionaís detém um papel proeminente na economia mundial: - cerca de 100 transaattonais têm um papel líder na Globalização da produção de manufaturas e serviços - no seu conjunto, as 100 maiores multinacionais controlam cerca dc 2(J% dos ativos estrangeiros globais, empregam 6 milhões de traba lhadores c representam cerca dc 30% do total dc vendas de todas a muhinach mais. - um pequeno numero de empresas transEiacionais domina os merca dos mundiais da produção c distribuição de petróleo c derivados. O mesmo aconteci' nos setores da produção dc automóvel, da indústria de componentes informáticos, da indústria farmacêutica e em certos segmentos da produção alimentar clC. <htlp: /dtspacc.ucT4Tii.pc/rdp</HÍ^5trú«m / 1 n | 74/2448/t / Inirwài%C5* i tohdiza%C3%A,J™<L3%A3a.píH>. ■/ r As inovações tecnológicas e a relativa diminui ção dos custos de transporte e telecomunicações, a informática e automatização permitiram às empre sas traflsnacionais repartir e transferir de país para país diferentes unidades do ciclo de produção. Atu- almenre, a produção de determinada mercadoria encontra-se frequentemente espalhada cm subuni- dades produtivas com uma localização dispersa, por vários regiões e países. ( O exemplo da 1x*neca Barbie ilustra bem a chamada “desintegração ver- tical” do processo produtivo c o que isso rtvch sobre a nova estrutura - as matérias pnims (o plástico co cabelo) vêm da Tailândia e do Japão; - a montagem é feita nas Filipinas; - os moldes são concebidos c fabricados nos EUA; - (prova v cimente, a boneca Barbie é sobtetndo vendida no mundo ocidental). 18 h [ i p- / h itng2. ml snaúc com/bn rbi&-fa $h ion-3-mude los-pwa- VOC-es colher- trctc-gr atis_A 1 í .B- F-46WJ877347JJ72O13.jpg Outra faceta da Globalização c a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer no mercado que está cada vez mais competitivo. Além de fatores econômicos e sociais, a Glo balização também interfere nos aspectos culturais de urna determinada população. O grande fluxo de informações obtidas por meio de programas televi sivos e, ptincipalmentc, pela internet, exerce influen cia cm alguns hábitos humanos. 19 http:/. th uni b I 0 11 ttc rs toc k.com / photus / thu m b_ small / 618235/127433O99.jpg http:// l h LiiTiliV. shuttcritijck.corti ' phutos/thuillb_íina 11/698308/69830», 131641091 ^2ftjpg http: / J t h um b 10 .sb u etc rs toe k .com / p botos / thiim b_ small/ 565342/ 105114527.jpg 20 k.com Entretanto, elementos da cultura local perdu ram em meio à população,promovendo, assim, a di ferenciação entre as culturas existentes. As Ciências Sociais há muito nos apontam que os consumidores não são sujeitos passivos, pelo contrário, são sujeitos ativos: nas suas práticas de consumo, apropriam-se dos conteúdos e frequente mente nos reinventam, investindo neles elementos próprios das suas respectivas culturas (modos de set, fazer e entender). Por falar cm diversidade cultural c cm desenvol vimento rc enológico, na Globalização, estes fatores permitem e promovem dinâmicas de expressão e de criatividade pessoal, não apenas cm termos de pro dução como também, da difusão cultural. Pôr exempla, é verdade que o controle da edição c difusão musical ' está mais centralizado em algumas mui ti nacionais e a oferta do mer cado discográfico é maioritariamente constituído por reedições de arrisras consagrados c de coletâneas de bits, â que sc acrescentam al guns, poucos, artistas com particular êxito no momento (êxito que, de resto, é também resultado dcum forte im cstimctito promcdonal por parte das grandes editoras). No entanto, é igualmente verdade que, atualmente, qualquer pessoa pode, sem sair dc casa, produzir. editar e mesmo difundir um registo musical. <ht[p:/ / dspncc.u cvpra.pt/rdpc7biiscream /101 7 4/2468/1 / \ Introdi/tiO" iA7%C3M4l3rftíWC3tt AÜ%2úGtolMÍiaá%C3%A,7*AC3%A.VLpdÉ>. 21 cvpra.pt/rdpc7biiscream Os meios de comunicação são fortes aliados do processo de Globalização, pois é através deles que as notícias giram peia Terra e os produtos tornam-se mundialmente conhecidos. Também é a partir das inovações, nesse segmento, que foram e são possí veis as comunicações entre empresas ao redor do mundo inteiro. Meios como a televisão, a internet e o sistema de telefonia são extremamente importan tes para o desenvolvimento da era globalizada. Se antes uma pessoa estava limitada à imprensa local, agora ela mesma pode sc tornar parte da impren sa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira linguística. Outra característica da Globalização das comu- Ji nícações é o aumento da universalização do acesso aos meios de comunicação. Percebemos isso com o barateamento dos aparelhos, principalmcnrc celula res c também na infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças à inovação tecnológica. Hoje, uma inovação criada no Japão pode apa recer no mercado português ou brasileiro em pou cos dias e virar sucesso de mercado. É impossível falar de Globalização sem falar da Internet, que a cada minuto nos proporciona uma viagem pelo mundo sem sair do lugar. Dentro da rede, conhecemos novas culturas, podemos fazer amizades com pessoas que moram horas de distãn- 22 ciâj trabalhamos e, ainda, podemos nos aperfeiçoar cada vez mais nos assuntos ligados à nossa área de interesse, através dela, milhões de negócios são fe chados por dia. f*—: O desenvolvimento e a expansão dos statemas de comunicação por sa- V, • Vtèlites; informática, transportes e telefonia proporcionaram o aparato cécnko c estrutural para a intensificação das rdações socioeconócnfcas tm âmbito mundial, Esse pioCCSSfi C úma consequência da TcrCcim Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico- 'Cicnníico Jnborniactonal, unia vez que, por meio dos avanços tecoo- lógicos obtidos, foj pnssívd promover maior integração econômica c cultural entre regiões e países de diferentes pontos do planeta. í sistchus dc Informarão são cssrndais i Globüizifãh < htip;/ / ^■v.snumkicdifcacatuciKrti/pijj^afi j-cconrçiíiici/r>*|tM;.^kibdizacaahim^ ■O 23 1.4. Prós e contras Entendemos a abertura da Economia c a Glo balizaçào como processos irreversíveis, que nos atingem, de diversas formas, cm nosso dia a dia. Precisamos de informação e de adaptação a estes fe nômenos, uma vez que nos trazem mudanças tanto positivas quanto negativas. V m ponto positivo, no caso brasileiro, por exemplo, a abertura foi ponto fundamental no com bate à inflação e para a modernização da econo mia, o consumidor foi beneficiado com a entrada de produtos importados. Temos acesso a produtos importados mais baratos e de melhor qualidade, c essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais J* qualidade. E o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos c cm serviços, como lavanderias u restaurantes. Mas, em contrapartida, a necessidade de mo dernização e de aumento da competitividade das empresas trouxe um efeito negativo, que foi o de semprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Com o uso de novas tecnologias e de máquinas nas linhas de produção, o trabalhador perdeu espaço. Não só o Brasil, mas algumas das principais 24 economias do mundo têm hoje pela frente este de safio: crescer o suficiente para absorver a mão de obra disponível no mercado. Além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países periféricos cm relação aos desenvolvidos* A questão que se coloca, nesses tempos, é como identificar a aproveitar as oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada. ( tb Globalização c o Desemprego. O aumento concorrência internacional gerado pela Globalização obriga as umprcsíts a cortíinem custos, diminuindo os preços. Como os países mais ricos possuem akos salários, as empresas procuram instalar suas tãbricas cm locais que possuam mão dc obra bafara. Com isso, há unia rrnnstcrcncia de empregos dos países mais ricos para cs mais pobres. O desemprego estrutural c uma tendência cm que são cortados vá rios postos dc trabalho e uma das principais cansas é a automação dc várias rot irias dc trabalho, substituindo a mão de obra di> homem. As fabricas estão substituindo operários por robôs, os bancos estão substituindo funcionários por caixas eletrônicos, os escritórios iníbr- matbadus jí possuem sistemas que executam tarefas repetitivas c de moradas, eliminando alguns funcionários. Em contrapartida, existe também a criação de novos pontos dc tra balho, gerando novas oportunidades de empregos, mas esses novtjs 25 çmpnjgos exigem pmhssionais com boa tormaçao c com isso o de; sem prego continua nas camadas mais baixas. Não só no ramo industrial vê-se o efeito da Globalização no desem prego O comerão também está bastante aLÍiigido. As grandes em presas multinacionais chegam e acabam com as empresas locais. O aumento de shoppings ccntcrs vem acabando com o comerão de rua. Por outro lado, vemos a Globalização funcionando no NERCOSUL e outros blocos econômicos. As empresas globais lançam produtos globais para COtlquibtar meneados C ampliar os seuS domínios. "A empresa diante- da economia globalizada poderá ser uma dádiva ou um tremendo problema." As mudanças causadas pela Globalização quie podem aumentar o desemprego: - miidança de sede ou de um sttot de mLIttinacionais para outro país; -mudança de ramo da empresa em busca de produtos competitivos; - aumento da competitividade c o livre mercado; - abertura de importações no país, com redução de impostos para multinacionais. Chiip:/.-'Hcmnogi.btogiipot.-rom.hr/2011 /(l9/gk?baJizacao-c-a-descmpregtxhtmJ> 7 26 rom.hr/2011 S É INCRÍVEL A TMf ORTjí MÍIA tK> DEDO INDICADOR 1 v——7/" --- -------- / UM PATRÃO FAZ ASSIM COM O INDICADOR . E TRÊS MIL O^RaRIOS http: / /cconomi aclara. files.wordpress.com '2009/0"7i ndicador-de- -de scmprcgíi jpg^'=5ÜÜ Os eleitos da Globalização no cmprtgo não são lineares. dependendo das características próprias de cada país, variando cm função dos di- fe rentes sei ores de atividade econômica, e variando ainda cm timcào dss políticas económicas edas políticas relativas ao mercado de traba lho, seguidas por cada país. Patít dar um exemplo óbvio, uma dcsloca- lizaçào produtiva signilicarã perda de emprego cm determinar lo pais e ganho de emprego noutro. 27 ss.com Mais genericamente, as dcslocalbiações produtivas significam perda de cm prego pera os países mais desenvolvidos, no entanto, « aposta seguida por muitas empresas europeias exportadoras de bens e servi ços nas potencialidades oferecidas por um merendo global traduz-se, frequentemente, cm novos empregos. A verdade c que diariamente novos empregos são criados e outros são perdidos* sabendo-qe quç as peidas £ os ganhas não ocorrem nos mesmos setores de atividade econômica, nem nas mesmas empresas ou regiões, c que esta troca c também desigual, no que respeita às características dos trabalhadores ■sexo, idade, quâlific*Çso profissional etc), assim como serão diferen tes a$ respectivas remunerações c sistemas de segurança social que lhes estão associados. De qualquer modo, em virtude da maior premência de competitivida de inicrtiac tonal que é sentida petos empresas* <’ processo de (lloha-lizaçao tem conhecido importantes consequências na qualidade e na quantidade do emprega. h II p; ' / d. £ p íl C -È . U cr V o í í „ p t / r tl P C b Ê t s t r c ;l m / 3 Í3 1 4/2468 / 1 / ImnjJ 28 Movimentos Anti globalização O processo de Globalização desencadeou vários problemas socioeconâmícas um diversas partes do globo^ inclusive nos países desenvolvidos. Esse fenômeno originou os movjmcfl-* tos antiglobfliização, formados por distintas organizações da sociedade civil como, por exemplo, Organizações Não Gover namentais (ONGs), sindicatos, movimentos ambientalistas, grupos indígenas, entre outros. A maioria desses movimentos argumenta que as transna- cionais obtiveram muito poder com o processo de Globa lização c que essas empresas estão dando forma ao mundo de acordo com os seus interesses econômicos, (ato que tem intensificado as disparidades sociais, além de ter promovido 29 a degradação ambiental. Os movimentos atltçlübaüzação são heterogêneos, tendo fo cos de atuação diferentes. Sào considerados movimentos de cidadãos que lutam pela justiça e por uma política económica e social mais igualitária, que possa reduzir as discrepâncias entre os povos do planeta, A primara grande manifestação realizada por grupos andglo- baJizaçâo ocorreu no final do século XX, durante um evento organizado pela Organização Mundial do Comércio (OMQ, que reuniu representantes de 130 países em Scattlc EUA) para “Rodada do Milênio”, que discutiu as perspectivas do comércio internacional para o século XXI. <)utro evento antíglobaíizaçao de muita importância c o Fórum Social Mundial fbSM), cujo principal objetivo é organizar um encontro mundial de pessoas e movimentos sociais contrários ãs políticas neolibetais do FEM (Fórum Económico Mundial). A primeira edição do Fórum Social Mundial foi realizada em 2001, na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande Sul, Brasil. Nessa ocasião, mais de 20 mil pessoas, dc 117 países diferentes, reuniram-se para manifestar contra as políticas iic- oliberais do Fórum Econômico Mundial (FEM), sob o lema: “Outro mundo é possívcTã O Fórum Social Mundial ganhou força c representativ idade c, atualmente, é o principal movimento antíglobalização. Novas edições foram realizadas cm Porto Alegre (2002 c 2003}, Mum- J* bai, capital da índia (2004), Caracas, capital venezuelana (2006), Nairóbi, no Quénia (2007) e Belém, Brasil, (2009). Um fato irónico desses movimentos antigÈobalizaçào é que, 30 na maioria das vezes, são organizados e divulgados utilizan do a internet como ferramenta, sendo que essa c o principal símbolo do processo de Globafiüação, visto que proporciona condições de comunicação entre usuários espalhados por di versos países do mundo. 1\í- Vísgncr <J< íxrqudra c Francisco t fiadiHclo cm (saigTjiliJi Tiquipe BtaUl l,'scnla. Chtip: /vLT.w.brasilescühcüm. gctH"T3iia. As próximas unidades deste livro trarão um apronfudamento dos principais aspectos da Globa lização, destacados neste início de nossos estudos; Iremos aos poucos nos situando, no oontexte de mundo atual, para, então, entendermos a importância c os desafios da Educação e de um tutor cm EaD. 31 Exercícios propostos 1. Das definições de Globalização apresentadas no Manual da Introdução à Globalização, do IBJC, es colha uma que a seu ver está mais compatível com o conceito que você já tem internalizado sobre este fenômeno, e justifique sua escolha. 2. A Globalização é uma realização da década pre sente? Por que? 3. Quais foram os principais meios que, a partir de suas inovações c evoluções promoveram o processo de Globalização? Justifique. 4. Cite um pró e um contra da Globalização, segun do o texto apresentado nesta unidade. 5. Segundo o texto “Globalização e Desemprego”, quais as mudanças causadas pela Globalização que podem aumentar o desemprego? 33 Goborito Unidade 1 Aspectos da globalização 1. Resposta. O aluno deverá escolher uma das defi nições do quadro reproduzido nesta unidade. A jus tificativa é pessoal 2. Resposta, A Globalização não é uma realização do presente, vem de longa data. Tudo começou há mui to tempo quando povos primitivos passaram a ex plorar o ambiente cm que viviam. No século XV os europeus viajavam pelos mares, a fim de ligar Orien te e Ocidente. A Revolução Industrial foi outro fa tor que permitiu o avanço de países industrializados sobre o restante do mundo. No final dos anos 70, os economistas passaram a usar o termo ^Globali zação” fora das discussões econômicas, facilitando as negociações entre os países. Nos anos 80, come çaram a ser difundidas novas tecnologias, que uniam os avanços da ciência com a produção, por exemplo: nas fábricas, com robôs ligados aos computadores para acelerar a produção. 3. Resposta. As inovações tecnológicas, principalmcn- te nas telecomunicações c na informática, promove ram o processo de Globalização A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e móvel, internet, tele visão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a di 36 fusão de informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo. 4. Resposta. Lm ponto positivo, no caso brasileiro, por exemplo, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a modernização da Eco nomia, o consumidor foi beneficiado com a entrada de produtos importados. Temos acesso a produtos importados mais baratos e de melhor qualidade, e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade dc produtos nacionais, com preços menores c mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias c restaurantes. Mas, cm contrapartida, a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas, trouxe um efeito negativo, que foi o desemprego. Para redu zir custos c poder baixar os preços, as empresas tive ram de aprender a produzir mais, com menos gente. Com o uso de novas tecnologias e de máquinas nas linhas dc produção, o trabalhador perdeu espaço. 5. Resposta. Mudança de sede ou dc um setor de multinacionais para outro país; Mudança de ramo da empresa em busca de pro dutos competitivos; Aumento da competitividade e o livre mercado; Abertura de importações no país, com redução de impostos para multinacionais. 37 38 Referencio Brasil Escola. Disponível em: <hrtp://w’wxvbrasi- lescola.com/geografia/globanzacao.htin>. Acesso cm: 17 set. 2013. Brasil Escola. Disponível em: <http://wxvxv.bcasi- lescola.com/geografia/movimentos-antiglobaliza- caoJirm>. 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A expansão do Conhecimento^ a Aprendizagem e o Tutor em EaD 2.4,1, O Tutor c sua responsabilidade como facilita dor da Aprendizagem Gabarito------------------------------ Referências Bibliográficas 4 Unidode 2 Comunicaçõo. informação e o exponsõo do conhecimento Carofâ) Alunofa) Na unidade 1, falamos sobre a Globalização e a expansão do acesso e a disseminação da informação, com a evolução dos meios de comunicação. Continuaremos, neste momento, a refletir sobre a comuni cação e a informação e, pensando em nosso papel enquanto profissionais da EaD, seja buscando apmnoeamenio ou a in serção profissional na área de tutoria. Devemos ter clareza das diferenças entre informação e comunicação para melhor con duzirmos nossos estudos ou nossos alunos a um aprendizado significativo, com vistas à expansão de seu conhecimento. Bons estudos!!' 2-1- Comunicação e informação Em nosso dia a dia, os conceitos de comunica- £■ ção e informação confundem-se com facilidade. E comum, encontrarmos no painel dc avisos do pré dio, por exemplo, um impresso que diz o seguinte: & Comunicamos aos moradores que este edi fício ficará sem abastecimentode água no dia 22/09, das 14h às 16h. Neste caso, será que o termo “comunicamos” está corre- tamente empregado, ou deveria ser "informamos”? Se eu publico em minha página do face- book, por exemplo: “Muito frio na cidade de São Paulo, hoje!” Isso é uma informação. Mas, se algum amigo interagir nesta publicação dizen do, por exemplo: “Aqui, no sul, também está muito trio. E efeito de uma frente fria que chegou ontem e vai durar até sexta feira.” —--------------------- 7 Xeste momento, estabelece-se uma comunica ção, correto? Como o objetivo deste livro é tratar os temas de forma prática, não vamos nos aprofundar nos estu dos científicos sobre cada termo c sua aplicabilidade. Em linhas gerais, podemos dizer, então, que: Informação é apenas o relato de um fato. Comunicação é ama troca de informações, en tre duas ou mais pessoas, sobre um mesmo assunto. Se todas as pessoas envolvidas entenderam corre- tamente os conteúdos das informações que receberam, pode-se dizer que a comunicação está concretizada. Informação é quando um emissor passa para um receptor um conjunto de dados (mensagem) e esse conjunto elimina uma serie de incertezas* Comunicação c quando essa mensagem, que sai do emissor e chega ao receptor c entendida, decodifica da e retomada, estabelecendo assim, o que é chamado de feedbadg que é a compreensão dessa mensagem. 8 - Ao fazer uma pergunta, estamos pedindo □ ma informação. - Quando assistimos televisão ou um filme, estamos absorvendo informação. - Ao ler um jornal, sabemos que estamos lidando com algum tipo de informação. Usamos, absorvemos, assimilamos, manipula mos, transformamos, produzimos e transmitimos informação durante rodo o tempo. 9 2.2. Componentes da comunicação Existem diferentes formas c tipos de comuni cação, nos diferentes contextos, meios e situações de nossas vidas. : Componentes da Comunicação São componentes do pTOCesSo de Comunicação: <> emissor da men sagem, o receptor, a mensagem em si, o canal de propagação, o meio dc comunicação, a resposta (fccdback) <■ t> ambiente onde o processo comunicativo acontece. Com relação ao ambiente, o processo comunicadoníd sofre inter ferências do ruído c a interpretação c compreensão da nacosagem fica subordinada ao repertório (crenças, modo de ser, comporta- mentos) do receptor. lím relação à forma, a comunicação pode ser verbal, nào-verbal, ges- tunl e mediada. Verbal - Comunicação através da fala propriamente dita, formada por palavras <■ frases. Tem suas dificuldades (dmidez, gagueira etc.), mas ainda e a melhor iorma de comunicação. Não-verbal - Comunicação que não é feita por palavras filadas ou escritas. Usam-se muito os símbolos (sinais, placas, logotipos, ícones) que sào constituídos de formas, cores v tipografias, que combinados transmitem uma idda ou mensagem. Linguagem corporal - Corresponde n todos os movimentos gçsruais e dc postura qilc fazem com que a comunicação Seja mai$ efetiva. AgCS- 10 titulação foi a primeira for rua dc comunicação. Com o aparecimento da palavra falada 05 gestos foram tomando*Se secundários, contudo constiiucm o compk-mcnro da expressão, devendo ser coerentes com o conte ú do da mensagem. A expressão corporal c fortemente ligada ao psicológico, traços com por ramentais são secundários e auxiliares. Geralmcnrc, c utilizada para auxiliar na comunicâçào verbal, porem, deve-se tomar cuidado, pois multas vezes a boca diz uma coisa, mas o corpo fàla ourra eomplcra- mtittC diferente Comunicação mediada - Processo de comunicação em que está envol vido algum tipo dc aparato técnico que intermedia os locutores. Toda essa inovação nas formas dc comunicação, fez com que a hu manidade passasse a viver dc uma forma total mente nova, onde as tii uni ir.is lisira- íkix.m: di ser ohsláculos á o jmunfoicn 1 cmlsLuilL entre os povos. Formas que até alguns anos eram impensáveis, passam a fazer pane do nosso dia a dia. Ltò universo novo se apresenta e, sc os horizontes sc alargam, perde- -se o controle da informação próxima c garantida. Chegamos ã exa cerbação da informação (que é diferente do conhecimento), através dos meios eletrónicos, dos quais a internet c a campeã. Nesse univ er so tecnológico, predomina a sapiência humana, suas qualidades, mas também, suas mazelas. Cabe as pessoas que sc Comunicam, taze 4o dc forma a utilizar as informações como fonte dc troca pata aquisição do conhecimento e usá-las com sabedoria. <hrtpt/ / wwmán focscola.com/ln noEh/Iãs*orifr da-cotnunicacao-h umnria/ >. II hrtpt/_/_wwm%25c3%25a1n_focscola.com/ln_noEh/I%25c3%25a3s*orifr_da-cotnunicacao-h_umnria/_ História da Comunicação Humana Os homens das cavernas» com seu cérebro rudimentar, deviam se co municar através dv gestos, posturas, gritos c grunhidos, assim como os demais animais não dotados da capacidade dc expressão mais tchiuda.. Cqm certeza, cm um determinado momento desse passado, esse homem aprendeu a relacionar objetos e seu uso e a criaic utensílios para caça e proteção c pode ter passado isso aos demais, através de gestos e repetição do processo. Criando assim» uma toma primitiva e simples dc linguagem. Com o tempo, essa comunicação foi adquirindo formas mais claras e evoluídas» facilitando a comunicação não só entre os povos de uma mesma trily>, como entre tribos diferentes. As primeiras comunica ções escritas (desenhos) dc que se tem notícias são das inscrições nas cavernas 8.900 anos a,C, O povo sumária considerada a uma das mais antigas civilizações do mundo, jã ocupava a região da Mcsoporámia quatro séculos antes de Crista Jéssa dvilizaçào foi a primeira a usar o sistema pictografico (escritas feitas nas cavernas, com tintas). Esse ripo de escrita era utilizada, também, pelos egípcios qut. cm llOO a.C., criaram seus hjerós glyphós ou “escrita sagrada", como os gregos as chamavam. Esse tipo dc escrita era, além dc pictórica» ideográfica, ou seja, utili zava símbolos simples para representar tanto objetos materiais, como ideias abstratas. Utilizava « princípio do ideograma (sinal que exprime ideias) no estágio em que deixa dc significar o objeto que representa, para indicar c> fonograms referente ao nome desse objeto, Lmi das mais signihcativas contribuições dos sunicrianos está ligada 12 ao dcsenvolviiTicíWo da chimiada escrita Cunciíbrmt Xessc sistema, observamos a impressão tios caracteres sobre uma base dc Argila que era exposta ao sol c, logo depois, endurecida com sua exposição ao fogo. De fato, essa civilização mcsopotâmica produziu uma extensa atividade literária que Contou corri a criação de poemas, códigos de leis, rábulas, mitos c outras narrativas. E a língua escrita mais antiga que se tem testemunhos gráficos. As primeiras inscrições procedem de 3.000 a.C. Um estágio moderno da comunicação humana foi a descoberta da ti pografia (arte de imprimir), pelo ak-mào Johann Guteniberg, em 1445. Essa invenção multiplico li c barateou 05 custos dos escritos da epoca e abriu a era da comunicação social. <h[ tpc/ /wuv.iri foeset ilü-Cr »m/ h i sterin/histi >rji-dj-comunicaçn>-h umam/ >, 2,3* Informação e conhecimento Ainda, na tentativa de encontrar uma definição para o conceito de informação, encontramos a se guinte descrição: A informação é um conjunto organizado de dados, que constitui unia mensagem sobre um de terminado fenômeno ou evento. A informação per mite resolver problemas e tomar decisões, tendo em conta que o seu uso racional é a base do conheci-; mento. Como tal, outra perspectiva indica-nos que a 13 informação é um fenômeno que confere significado ou sentido às coisas, já que através de códigos u de conjuntos de dados, forma os modelos do pensa mento humano. < h itp:/ 'c< 3 ncf ÍEade/mfbriTtâcao#Íxzz2dKnqVSe9 >. 113 DA lMAGlíM:"4O5lJ’<4b Neste momento, percebemos que para ha ver conhecimento deve haver uma informação 3* para embasá-lo. Vamos ler o texto, a seguir,elaborado pelo Pro- a» iessor Celso Antunes. E direcionado ao ensino pre- 14 sencial, mas enquanto tutores de Ha D, podemos uti lizar as informações do texto c traze-las para nossa área de atuação* Como já discutido, neste curso de PÓS Gradu ação, a EaD c uma modalidade de ensino. Seja pre sencial ou a distância, o estímulo e a reflexão peda gógica devem estar presentes no trabalho do pro fessor-tutor, com vistas a um ensino aprendizagem significativo e de qualidade. A Diferença entre informação e conhecimento C< t[ihcciniL-[iru c Informação são palavras que sc confondcm e, ainda que muitos pais e mucos professores saibam a>mc> transformar informação cm conheci mento, não é este saber, infeliz merue, de domínio comum. Neste resto, buscamos estabelecer diferenças e sugerir procedi mentos para que Se viabilize essa r rans formação imprescindível para uma boa aprendizagem. Uma “informação” é coosdtuída de fatos conhecidos ou dados co municados acerta dc alguciti ou de aigo. Pode se Caracterizar pela banalidade do cotidiano (Você sabia que o Figueircnsc ganhou mais uma?*), ou consricuir-sç em uma “instrução" (A capital de Sanra Ca tarina ê Florianópolis.). Vivemos cercados por informações onde quer que estejamos, Algu mas são Lforivamcntc úteis para nossos interesses, mesmo que não o sejam para outros e algumas rxitras consideramos inúteis e, dessa ior- I 5 ma, as descartamos. O ato de poder se livrar de informações inúteis c essenciilmeme válido para o ser humano e extremamente saudável para a memória, e somente pessoas com sérios distúrbios mentais bus cam reter todas as informações que colhem. As i o formações estão presentes na rotina escolar e não se pode ima ginar que uma escola não tenha um conjunto de conhecimentos que, agrupados em disciplinas, dao forma ao currículo escolar. Mas, se as informações são csscnciajs ac currículo, sua retenção pelo aluno so mente st justifica em duas condíçõcst • quando representam elos essenciais para que com elas se possam construir informações novas, emprestando -lhes um sentido; • quando o aluno pode transformar a informação cm conhecimento e, dessa forma, contextua ti zã-la cm sua vida e nos desafios que enfren tará para conviver. !...) o ensino cn) uma escola convencional (...) a informação é pro priedade específica do professor e cabe a ele discernir se cra ou nào útil para seus alunos. Guralmente, não existe preocupação com o se* qitencia mento da informação c dc seu uso como “gancho** para que novas informações se busquem c, menos ainda, não há vontade no professor para que a informação pudesse ser útil para o aluno si ver. A concepção de aluno visualiza-o, unicamente, como receptor de in formações, enquanto mais as tivesse, melhor ilustrado seria, Esaltam alunos “ilustres” que dominam, tal como dicionário ambulante, uma porção de informações e os “outros” que, com menor capacidade de retenção, não podem aspirar a essa condiçào, Quando, entretanto, sc percebe que cm sala de aula a informíiçao c essencial mente válida, quando sc transforma cm conhecimento, cabc discutir o que significa "conhecimento" e como é possível, através da 16 prática pcilagógica ou da nula, produzir essa Tran5±orma<;ão. O conhecimento resulta th interação entre o indivíduo, a ünformação que lhe c exterior c o significado que este lhe atribui, 1'., pois. resultado ele um processo de construção, que implica o sujeito que o constrói como o principal protagonista desse processe*. Considerando essa ideia abrangente de "■conhecimento”, percebe-se que se torna extremamente distinta da informação, O quadro, a seguir, ilustra essa diferença: Informação Conhecimento ■ lán oej mais taros conhecidos, p ré- organ i zj.dejs> prchJuzidus fora do espaço escolar, comple tos c acabados c que devem ser assumidos pelos alunos. ■ () professor que não transfor ma a uafonmçào cm conheci- mu mo toma-se o responsável por sua transmissão^ raJ como o faz um Texto, um vídeo, uma emissora de rádio ou outra mí dia c, portanto pode ser -subs- cituidu. Em sua aula, o aluno é apenas ouvinte e espectador. * ProduK» de uma interação en tre o indivíduo faluno), a infor mação que lhe c exterior c que chega trazida pdõ professor ou por outras fontes, que instiga o aluno a acessar c incorporar sig nificado para essa informação * O professor qit£ transforma an formação cm conhecimento faz de seu aluno um protago nista que descobre como asso ciar informações, que jâ possui, para atribuir significado às in íorniaçòes que recebe. Estabelecida a diferença essencial entre "informação" <■ "conhecimen to”, tndaga-sc de que forma pode a aula constituir-se em uma situação c um momento especifico, em que essa r rans formação se manifesta. Observe 05 dois exemplos seguintes: r A Aula. com transmissão dc infotmaçãu c apelo ã memorização Prestem atenção. O tema vai cair na prova e é importante que vocês ouçam o que tenho a, transmitir. Anotem cm seus cadernos, copian do o quu está na lousa para que melhor o retenham e, ao chegar a casa, leiam c releiam, muitas ve?cs, essas informações; assim estando pronto para o crucial momento, cm que irei interrogá-los. Agora, não conversem e prestem atençàa A aula transformando informações em conhecúmenfos Observem que existe neste resto tmna frase- F.sta frase ú uma ínforma- ção, que junto a muitas outras dá forma ao currículo. Qual o signitica- do dessa informação? Como dize-h de outras maneiras, usando ou ms palavras? Jissa informação traz alguma rdação com un»a corrida de automóveis, ou com um destile de carnaval? Vou pedir a vocês que se oiganucm cm pequenos grupos e discutam essas qtwsròes- Mas, além dessas, busquem outras. Por exemplo: O que pode tornar uma informação importante? Por que os currículos de- uma disciplina esco lar atribuem importância a essa informação? Que nutras informações essas que aí estão, levam-nos a pensar? \s duas situações hipotéticas ilustram apenOS um singelo exemplo. Nâo existe uma única forma dc agir cm relação ao trabalho do pro fessor, que transforma a informação em conhecimento. O objetivo desta mtnparação u destacar que <» esforços u os tteursos usados por ume por outro professor são, prauramente, idênticos, mas enquanto um deles impòe a passividade, a monotonia, a memorização e imagina uma ideia dc "aprender” como um processo, que cm si se centraliza, o outro propõe desafios, sugere buscas, protagoniza a ação do aluno em aula c instiga o confronto entre a realidade objetiva da informação Com o Conjunto dc significados; que Cada aluilo constrói acerca dessa 18 mesma mtormação, explorando cxpcncncías individuais c contcxtu- ítlizsindo o Conteúdo, que ensina à vida que se vive e que ê sempre singular a cada um. (Professor Cdso Antunes. Especial para o Sistema de Ensino Energia.} <htcp: 1 /vnvw.diJc^hjtc.ncí CLaudial ^ranccz/informacK-c-unhecimrntu»K6U1 Úl 8>. X-z- 7 Veremos, na unidade 3, a Sociedade da Infor mação e a Sociedade do Conhecimento e, nesse con- texto, segundo BIAGIO Tecchio, et al, 2008, o co nhecimento e a informação tomaram-se as matérias- -primas básicas e os produtos mais importantes para a sociedade do conhecimento. O capital intelectual tornou-se um dos principais parâmetros de aferição de sucesso das organizações. Ainda, segundo seus estudos, nas instituições de ensino, que melhor caracterizam-se como empre sas do conhecimento, na atual sociedade, as pessoas dirctamente ligadas ao processo de ensino - seja este presencial ou a distancia - são encaradas como o di ferencial competitivo desta. Pensando na Educação a distância e no papel do rutor, destaca que os tutores assumem um papel relevante no sucesso do curso. 19 “O tutor é sempre alguém que possui duas ca racterísticas essenciais: domínio dó conteúdo técni co-científico e, ac mesmo tempo, habilidade para estimulara busca de respostas pelo participante? <h np: ■'/ww. abcxl.ntj5.br / cong re$so2í JOS/ic/51120081 Ü2< 'ZOpm.pd f>. Então, o tutor que estimula a busca de respos tas, apresenta diversas fontes de informação e Esta belece uma comunicação clara e participativa, cola bora com a construção do conhecimento. 2 . 4 ♦ A expansão do conhecimento a aprendizagem e o tutor em EAD Para falarmos, mais adiante, do conhecimento, da busca pelo conhecimento c das práticas que con duzem ao estímulo u a construção do mesmo, vamos começai este capítulo com uma definição muito in teressante e didática. De autor desconhecido, amplia nossos horizontes e conduz-nos à reflexão: A diferença entre dado, informação, conhecimento e sabedoria Há uma certa confusão sobre a diferença entre dado, snformncao, co- nhccuncnm e sabedoria. 20 abcxl.ntj5.br C ) dado c um pingo dc chuva. Você es© andando c sente um pingo, um segundo pingo, uiti terceiro pingo. Aquilo nào significa que é uma chuva, pode ser um ar condicio- nado, pingando num dia de calor. No momento cm que voccoíha para oocu e repara que existem nuvens, e que começa ver os primeiros raios c sentir mais pingos, complementa aquele conjunto de dados e chega a uma informação: vai choverl O conhcamento é quando você percebe que com a chuva você vai se molhar, c se você se molhar não vai poder chegar ao trabalho todo molhado, e pode ficar resfriado. Então, isso é um conhecimento. A sabedoria é o qac vai fazer com tudo isso. Sc você vai continuar anilando desesperada mente no meio da chuva c se molhar rodo, n,i vai se preservar numa marquise e deixar a chuva passar. A harmonia cnirc o dado, a informação, o conhedmenvo c a sabedo ria, poderiamos resumir que c a aitt de viver. E isso funciona tanto \ para cada pessoa, para cada grupo, para cada empresa e para cada pais. . / 21 2.4 > 1 * O tutor e sua responsabilidade como facilitador da aprendizagem Independente do papel que estamos assumindo neste momento, á busca e a ampliação do conhecimen to sào farores importantes, eque devem estar presentes em todos os momentos e setores de nossa vida. Veremos, a seguir, informações que serão muito importantes, neste processo de construção do conhecimento. Seja você, um aluno ou um profissional de EaD. Vamos, neste momento, pensar sobre a aprendizagem: Aprendizagem é um pmoesso de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais c ambientais. jVprender é o resultado da interação entre estruturas mentais c o meio ambiente De acordo com a nova ênfase educacional, centrada na aprendizagem, o pro fessor é coautor do processo de aprendizagem dos alunos. Nesse enfoque centrado na aprendizagem, o conhecimento é construído e reconstruído comi nuamente. Amélia 1 lanize. < h 11 p: / / edil c;kI< ír.bmsi kscola.com /1 rabal h o -d< menie /o-que-e- -jiprend izagum, h tm >. 22 kscola.com Como professores-tutores e/ou alunos, deve mos nos conscientizar no sentido de buscar e usar toda a informação a que temos acesso, na direção do enriquecimento intelectual, na autoinstrução. Enquanto tutores, não podemos, cm nossa prá tica pedagógica, sermos apenas transmissores de in formações. Devemos ser criadores de ambientes de aprendizagem, parceiros e colaboradores no proces so de construção de um conhecimento que se atua lize conrinuamente. Publicado cm 2003, pela The Commonwealth of Learning (COL), sob a autoria de Jenniffer ORourke, o documente Tutoria no EaD: um manual para tu tores, foi citado c destacado no módulo Praticas de Tutoria em Educação a Distância deste curso. Vamos retomar, neste momento, os aspectos que tratam das responsabilidades c competências do tutor no apoio ao aluno, principalmente no sentido de facilitar a aprendizagem. Segundo o documento, facilitar a aprendizagem de acordo com as necessidades e uma das principais áreas da responsabilidade dos tutores no apoio aos alunos. Vamos retomar este fragmento do documento, agora, partindo do conhecimento, que já pudemos adquirir por meio das informações e das reflexões, acerca dos conceitos de informação, comunicação e conhecimento, apresentados nesta unidade. 23 Facilitar a aprendizagem de acordo Com as necessidades «5^V- Àlém de manterem uma presença de fundo, os tutores têm de ajudar os alunos a desenvolverem as suas capacidades de aprendizagem, faci litar a aprendizagem cn volve sugerir aos alunos cama poderão trilhar o seu próprio caminho na aprendizagem, ou superar obstáculos. Isto requer comunicação, motivação e técnicas de resolução de problemas, c uma compreensão de como os alunos desenvolvem os seus métodos de aprendizagem, O termo ''facilitar \ muitas vezus, refere-se ao papel dos tutores na aprendizagem cm grttpo, c na aprendizagem online, cm particular. Embora os tutores possam usar estratégias diferentes para facilitar a aprendizagem em grupo c individuaimente, o objetivo é o mesmo: permitir aos alunos desenvolverem métodos de aprendizagem que vào ao encontro das suas necessidodex e <|uc sejam adequados ao come- údo e ao contexto. (...) Os estudos de educadores como Gibbs indicam que os rurore; podem incentivar estratégias de aprendizagem aprofundadas, que forneçam motivação intrínseca, que apoiem a aprendizagem ativa c a interação entre os alunos, e que os ajudem a integrarem os conheci mentos existentes com a nova aprendizagem. Estas incluem: • permitir aos alunos fazer escolhas na sua aprendizagem; • criar um ambiente de aprendizagem apoiada; • incentivar a aprendizagem baseada em problemas: • incentivara reflexão sobre o processo c o conteúdo da aprendizagem; • incentivar a aplicação do conhecimento, através de atividades dc aprendizagem c do trabalho cm grupo; 24 ■ oferecer aos alunos escolha?, nas tareias para avaliação; • conceber unu avaliação que envolva a resolução de problemas, em vez de memorização. O texto, a seguir, do Prof. Dr. José Manuel Mo- ran foi extraído do porta) do MEC. de um dos mó dulos de estudos do Programa de Formação Cont inuada ein Mídias na Educação, resultado da patcetia entre a extinta SEED. Instituições Públicas de Ensi no Superior e Secretarias de Educação. O programa é, especialmente, dedicado aos profissionais da Educação com o objetivo de cola bora l para o desenvolvimento de uma prática peda gógica cada vez mais crítica e criativa, baseada na uti lização Integrada, cooperativa e autoral de diferentes mídias (TV, informática, rádio e impressos). MlíitaI iIIW H C AH s^jjionP' AiJriV> fflís Vuiânti Sen lia Te-Prolnfo (<http; / eproi n fo. mec .gcv.br J 25 O Ambiente Colalxjrativo 06 Aprendizagem (e-Ptoinfo) c um am biente virtual colaborar! vo de ftpi'endizíigem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, come cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos eu labora tiv os e diversas outras formas de apoio a distânda c ao processo ensino-aprendizagem <ht cpi//cpr< >1 o f< n mcc.gí tv.br / >. Neste fragmentQ, $ão destacados os termos e os conceitos estudados nesta unidade. Ele nos conduz à reflexão, à prática, ao estímulo c à busca pelo conhecimento. v<*?f Caminhos que facilitam a aprendizagem Podemos extrair alguma inior mação ou experiência que nos possa ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sa bemos, para íejekar de ter nu nadas visòeS de mufido, para itlcoípoíar novos pontos de vista. O conhecimento dá-se, fundamentalmentic, nu processo de interação, de Comunicação. A informação éo primeiro passo para conhecer. Porque falamos isso? Porque a mformaç» > é o resultado da organização de dados que estavam sol tos, de oktecer algum tipo de estrutura que faolite a sua compocensãa Conhecimento c o processo de percepção, decodihcação, compreen são e incorporação de algumas informações,que se tornam signiíca- tivas para cada um de nós. 26 O que é conheccrr Conhecer c relacionar. integrar, contextuai izar, Fa zer nosso o que vem de fora. Conhecer é saber, é desvendar, c ir atem da superfície, do previsível. d* exterioridade. Conhecer c aprofundar os níveis de descoberta, é penetrar mais fundo nas coisas, na realidade, no nosso interior. Sabedoria c o conhecimento percebido dentro de um contexto ético, o conheci mente de quem assume a honestidade intelectual, emocional e de comportamento como atitude fundamental. I ; um conhecimento que franxtorma, não $ó que Sc acumula. Conhecer ê conseguir chegar ao nível da sabedoria, da integração to tal, da percepção da grande síntese, que se consegue ao ctjmunLcar- -sc com uma nova visão do mundo, das pessoas c com o mergulho profundo no nosso eu. O conhecimento dá-se no processo rico de interação externo c interna Pela comunicação aberta e confiante desenvolvemos contínuos e ines gotáveis processos de aprofundamento dos níveis de conhecimento pessoal, comunitário c social. Conseguimos compreender melhor o mundo e os outros, ccpti li brando os processos de interação ç dç inte- riotização. Reli interação, entramos em contato com tudo o que nos rodeia; captamos as mensagens, rcvdamo-nas c ampliamos a percep ção externa. Mas, a compreensão só se completa com a inturiorização, Com o pfoCcsso de snlLesc pcSsoal, dt ruelaboiaçào dtj tudo o que captamos através da interação. Temos muitas chances de interagir, dc buscar novas informações. So mos ioliçifados contiiiuamcnrc a ver novas coisas ;l efiCOntraí novas pessoas, a ler novos textos. A sociedade, principal mente, pelos meios dc comunicação, puxa-nos em direção ao externo e não há a mesma preocupação em equilibrar a saída para o inundo com a interiorizaçAo. 27 Com o ambiente de calma, meditação c paz que s» necessários para reencontrar-nos, para aceitar-nos, para elaborar novas sínteses. Hoje, há mais pessoas voltadas para fora do que para dentro de si, mais repetidoras do que criadoras, mais desorientadas do que integradas. InteragíremoiS melhor, se Soubermos também interiorizar, sc encon trarmos formas mais ricas de compreensão, que levará para novos momentos de interação. Se equilibramos o interagir e o interiorizar, avançaremos mais c consegui remos compreender melhor o que nos rodeia, o que somos. Conseguiremos lesar a outras novas sínteses, c nào sermos, só, papagaios, repetidores do que ouvimos. Um dos grandes desafios para o educador c ajudar a tornar a informa ção significativa, a escolher as informações, verdadeiramente, impor tantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e proiunda. c a torná-las parte do nosso icicrcnciaL Que tatores podem nos kn ar a aprender nn.Hn rf e de forma mais prazerosa? Aprendemos melhor quando vi venci amos, experimentamos, senti mos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecemos vínculos, la ços entre o que estava solto, caótico, disperso, inregrando-o cm um novo contesto, dando-lhe significado, encontrando um novo sentido. Aprendemos quando descobrimos novas dimensões de significação que antes nos escapavam, quando vamos ampliando o circulo de compreensão do que tios rodeia, quando con.lt) numa Cebola, vamos descascando novas camidas, que antes permaneciam ocultas ã nossa percepção, o que nos faz perceber de outra forma. A prendemos mais, quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a expe riência e a coTicciruaçao, entre a teoria c a pratica: quando ambas se alimentam mutuamente. Aprendemos quando equilibramos e integra mos o seíisoiiâl, o racional, o emocional, o ético, o pessoal c o social. 28 Aprendemos peio pensamento divergente, através eh tensão, da busca e pela convergência - pela organização, integração, Aprendemos peta concentração em temas ou objetivos definidos, ou peta atenção difusa, quando estamos de antenas ligadas, atentos ao que acontece ao nosso lado. Aprendemos quando perguntamos, questionamos, quando esta mos aremos, de amenas ligadas. Aprendemos quando interagimos dom os outros e ú mundo e depois, quando interiorizamos, quando nos voltamos para dentro, fazendo nossa própria síntese, nosso reencontro tio mundo exterior com a nossa redaboraçào pessoal. Aprendemos pelo interesse, necessidade. Aprendemos ni.iis, facilmente, quando percebemos o objetive?, a utili dade de algo, quando nos traz vantagens perceptíveis. Se precisamos comunicar-nos cm inglês pela Internet ou viajar para fora do país, o desejo de aprender inglês aumenta e facilita a aprendizagem dessa língua. Aprendemos pula criação de hábitos, pela automatização de processos, pela repetição. Ensinar toma-se mais duradouro, se con seguirmos que os t nitros repitam processos desejados. líx.: ler textos com frequência facilita que a leitura faça pane do nosso dia a dia. Nossa resistência a ler vai diminuindo. Aprendemos pela credibilidade que alguém nos merece. A mesma mensagem dita por uma pessoa, OU por outra, pode ter pesos bem diferentes, dependendo de quem fala e de como o faz. Aprendemos também pelo estimulo, motivação de alguém que nos mostra que vale a pena investh num determinado programa, cursa L‘m professor que transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos c a disposição para aprender. Aprende mos pdo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. ( ) jogo, o amhicnrc agradável, o estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem. Aprendemos mais, quando conseguimos jun- 29 tar todos os Fatores: temos interesse, motivação clara; desenmkemos hábitos que facilitam o processo de aprendizagem; e sentimos pra zer no que estudamos e na forma de fazê-lo. Aprendemos realmenre, qciando conseguirmos transformar nossa vida em um processo per manente, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. Ptottrsso permanente, porque nunca acaba. Paciente, porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente e sempre se modificam. Confiante, porque aprendemos mais se tivermos umci atitude confame, positi va diante da vida, do mundo t dc nós mesmos. Processo afittuoso, impregnado de carinho, de ternura, dc compreensão, parque nos faz avançar muito mais. A Internet c demais tecnologias aj iidam-nos a realizar □ que já faze mos, ou que: desejamos, Se somos pessoas abertas, ajuda-nos a ampliar a nossa comunicação; sç somos fechados, contribui para controlar mais. Sc temos propostas inovadoras, facikta a mudança. Com ou Sem tecnologias avançadas, podemos vi venci ar processos parriçiparjvos dc compartilhamento dc ensinar e aprender (poder dis tribuído), através da comunicação mais aberta, confiante, dc motiva ção constante, dc integração de todas as possibilidades da aula-pesqui- síi/aula-comunicação, num processo dinâmico c amplo dc informação inovadora, reckdx irada pessoalmente c cm grupc\ de integração do obj cto dc estudo em todas as dimensões pcsSoats: Cognitivas, emo tivas, sociais, éticas c utilizando rodas as habilidades disponíveis do professor e do aluno. Informação c comunicação na Educação. |osé Manuel Moran. <http:; w-uw.nejaü.utòd?r/suh>jie niiiljúiseducjcKj/pdt' etapa.j^cíjmunicacatLpçlt*. 7^ 30 Exercícios propostos 1. Segundo as definições de Informação e de Conhe cimento apresentadas nesta unidade, defina: - Informação - Comunicação 2, Quais são os componentes do processo de comunicação? 3- Segundo o texto do professor Celso Antunes, ‘‘quan do, entretanto, se percebe que em sala de aula a infor mação é essencialmente válida, quando se transforma cm conhecimento, cabe discutir o que significa “conhe cimento” c como é possível, através da prática pedagó gica ou da aula, produzir essa transformação”. Neste contexto, quais as principais características que distin guem informação c conhecimento? 4. Estudos de educadores como Gibbs indicam queos tutores podem incentivar estratégias de apren dizagem aprofundadas, que forneçam motivação intrínseca, que apoiem a aprendizagem ativa e a in teração entre os alunos, e que ajudem os alunos a integrarem os conhecimentos existentes com a nova aprendizagem. Quais são estas estratégias? 5. Segundo o texto “Caminhos que facilitam a apren dizagem”, qual o papel fundamental da interação na facilitação da aprendizagem? 33 Goborito ^(Unidade 2 Comunicação, informação e a ex pansão do conhecimento 1. Resposta. Informação e quando um emissor passa para um receptor um conjunto de dados (mensagem) c esse conjunto de dados elimina uma serie de incertezas. Comunicação e quando essa mensagem que sai do emissor e chega ao receptor é entendida, decodifica da e retornada, estabelecendo assim, o que é chama do de fccdback, que é a compreensão dessa mensa gem que foi passada. 2. Resposta. São componentes do processo de co municação: o emissor da mensagem, o receptor, a mensagem em si, o canal de propagação, o meio de comunicação, a resposta (fccdback; c o ambiente, onde o processo comunicativo acontece. 3. Resposta. Informação • Um ou mais fatos conhecidos, pré-organizados, produzidos fora do espaço escolar, completos e aca bados, e que devem ser assumidos pelos alunos. • O professor que não transforma a informação em conhecimento torna-se o responsável por sua trans missão, tal como o faz um texto, um vídeo, uma emissora de rádio ou outra mídia e, portanto, pode 36 set substituído- Em sua aula, o aluno é apenas ouvin te e espectador Conhecimento * Produto de uma interação entre o indivíduo (alu no), a informação que lhe é exterior e que chega tra zida pelo professor, ou por outras fontes que insti gam o aluno a acessar e incorporar significado para essa informação. * O professor que transforma informação em co nhecimento faz de seu aluno um protagonista, que descobre como associar informações que já possui, para atribuir significado às informações que recebe. 4. Resposta: * permitir aos alunos fazer escolhas na sua aprendizagem; * criar um ambiente de aprendizagem apoiada; * incentivar a aprendizagem baseada em problemas; * incentivar a reflexão sobre o processo e o conteú do da aprendizagem; * incentivar a aplicação do conhecimento, através de atividades de aprendizagem c do trabalho cm grupo; * oferecer aos alunos escolhas nas tarefas para avaliação; * conceber uma avaliação que envolva a resolução de problemas, em vez de memorização. 5* Resposta* Pela interação entramos em contato com tudo o que nos rodeia; captamos as mensagens, reveiamw-nose ampliamos a percepção externa. Mas, a compreensão só se completa com a inrcriorizaçào, com o processo de síntese pessoal, cie reelaboração de tudo o que captamos através da interação. 38 40 Referencio Brasil Escola. Disponível em: <http://www.bt3SÍ- lescola.com/geografia/globanzacao.htin>. Acesso cm: 17 set. 2013. Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasí- lescola.com/geografia/movimentos-antiglobaliza- cao.htm>. Acesso cm: 17 set. 2013. Clic RBS. Disponível em: <http://wwwclfcrbsxorn.bi7 tbs/írnage/6585515.JPG>. Acesso em: 17 set. 2013. Coutinho, C; Lisboa, E. Sociedade da Informação, do Conhecimento e da Aprendizagem: desafios para educação no século XXI. RE, VoL XVII1, n.° 1, 2011. Disponível cm: <http://revista.educ.fc.ul.pt/ arquivo/vol_XVIH_1 / artigo l.pdf>. Acesso em: 17 set. 2013. Economia Clara. Disponível em: <http://ccono- m iad ara. fi lc s. word prcs sxo m /2009/07/indicâd or-c I e- -desemprego.jpg?w—500>. Acesso cm: 17 set. 2013. Espaço do empreendedor. Disponível em: <http$:// sites.google.com/site/espreendedor/a-importancia- -cm-sabcr-as-difcrcncas-entrc-informacao-c-comu- nicacao>. Acesso em: 17 set. 2013. Eulaks. Disponível em: <http://www.eulaks.eu/ concept.html?_lang=pL>. 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