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INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO_OCR

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InformQçõo, comunicoçôo
e educQçõo
Ana Luiza Zonzini
how
educacional
F Edição [ Fevereiro | 2014
Impressão em São Paulo/SP
InFormoçôo, comunicoçõo 
e educação
Coordenação Geral 
Nelson Boní
Professor Responsável
Ana Luiza Zonziní
Coordenação de Projetos
1 jeandro 1 -ousada
Revisão Ortográfica
Célia Ferreira Pinto
Projeto Gráfico, D í agram ação 
e Capa
Ana Flávia Marcheti
Io Edição: Fevereiro de 2014
Impressão em São Paulo/SP
í’;U-ilc>g:içio çlsLlixjr.idíii por Gtaucy cios Santos Süva - (.RB8/6353
koowhow
t e t n o[5 I a educacional
Sumário
Unidade 1-----------
Aspectos da globalização
1.1. Globalização
1.2, Conceitos de Globalização
1.3, Definições de Globalização
1.4. Ptó$ c Contras
Goboríto.................................. 35
Referêncios Bibliográficos------ 45
Unidode 1
Aspectos do globalização
Caro(a) Aluno(a)
Seja bem-vindo(a)!
Nesta primeira unidade, faremos uma breve 
abordagem informativa dos aspectos da Glo­
balização de maior relevância no contexto de 
nossos estudos, que visam à formação de tuto­
res cm EaD.
Bons estudos!
1 < 1 . Globalização
A Globalização é um assunto que está sem­
pre em destaque, por vários contextos e diferentes 
motivos, nos meios de comunicação, nos livros de 
Geografia, Sociologia, em congressos, na Política, na 
Educação etc.
Quando se fala cm internet, na maioria das 
vezes, pensa-se nas possibilidades da Globalização. 
Quando estamos em um supermercado e temos a 
opção dc comprar, por exemplo, uma lata dc milho 
verde nacional ou importada, que estão lado a lado 
na prateleira, com uma variação mínima dc preço, 
pensamos nos efeitos da Globalização. E, quando 
você almejava ocupar um cargo de gerência em sua 
empresa e este cargo é ocupado por um profissional 
norte americano, recém contratado, vocc logo re­
monta a uma consequência da Globalização.
Muito se faia sobre este modelo c, neste mo­
mento você é convidado a pesquisar um pouquinho 
sobre o que é a Globalização e como este fenômeno 
impacta diretamente cm sua vida, principalmente em 
sua vivência profissional, seja você um profissional 
dc EaD cm busca dc aprimoramento profissional, 
Seja você um profissional que busca pela inserção 
neste mercado em expansão,
A noção dc Globalização nem sempre é clara, 
prestando-sc a usos e sentidos muito diversos.
7
Algumas definições acentuam o caráter multidi- 
menslonal do processo; outras se focalizam mais um 
sua dimensão econômica, política ou cultural e, em 
certos casos, associam o processo de Globalização 
ao sistema econômico capitalista e à ideologia ncoli- 
beral. Outras definições ainda destacam que se trata 
de um processo conduzido pelos homens, enquanto 
algumas se referem à Globalização enquanto motor 
de um processo civilizacional, deixando implícito ser 
um processo natural e inevitável.
Como este não é um livro técnico, buscaremos 
discutir de forma simplificada a Globalização, ape­
nas para que você utilize estas informações como 
ponto de partida para suas pesquisas c ampliação de 
seu conhecimento.
1.2. Conceitos de globalização
O manual Introdução à Globalização de Luís 
Campos e Sara Canavezes, publicado em abril de 
2007 pelo Instituto Bento Jesus Caraça - Depar­
tamento de Formação da CGTP-IhJ, destina-se às 
açôcs de formação (presenciais ou a distância) pro­
movidas pelo Instituto Bento de Jesus Caraça (IBJC), 
em Portugal.
8
3
Fàntv: < http:/ /w ww.cgcptpr/ ftjrmíioio > -
Extraímos, deste manual, um quadro que apre­
senta as definições de Globalização nos diferentes 
aspectos já citados. Por se tratar de uma publicação 
produzida em Portugal, optamos por preservar sua 
grafia original.
9
Definições de GJobídicaçâo Autor
Propomos que a palavra dc- 
signe o alargamento a todo 
o phneta: • de um m« id< > de 
produção (q Capitalismo, na sua 
Fase de Capitalismo financeiro); 
• de uma ideologia c de uma 
forma dc governo - o X eolihe ra­
li smt>); • da dominação cultural, 
comercia] e, se necessário, mili­
tar, pelos países ocidentais.
Academia Sindicai
Europeia ASE, 21104)
A Globalização c um fenômeno 
complexo de muitas repercus- 
sSei Não é, por conseguinte, 
surpreendente que o termo 
‘"Globalização’’ tenha adquirido 
numerosas cononçòcs emocio­
nais Xo limite, é considera­
da como uma força irresistível 
e benéfica que trará a prospe­
ridade econômica a rtxios os 
habitantes do mundo. Xo outro 
cxiicmo, vc-se nela a fonte de 
todos os males contemporâneos.
Comissão Mundial sobre a Di­
mensão Social da Globalização
10
í£ wni foiça condurorn. «nrral 
por trás das rápidíis mudanças sí>
dais, pd/cicas t eci rtiòmicas que 
estão a remodelar as sodedades 
modernas e a ordem mundial.
David Hdd (1999)
O conceito de Globalização 
implica primeiro ç acima de 
tudo cni um alongamento das 
atividades sociais, políticas e 
econômicas através das fron- 
teiras, de tal modo que aconte­
cimentos, decisões e atividades 
numa região do mundo podem 
ter significado para indivíduos e 
atividades cm regiões distintas 
do globo.
Diivid Udd(l999)
Falar de mundíalizaçào c evocar 
a dominação de um sistema 
LCortomico, o í .apitalistíio, Sobre 
o espaço mundial. (,—)
A mu ndialização c t.im bem, 
e sobretudo, um processo de 
coriromíir, atenuar e, por fim, 
desmantelar as frcNifdras físicas 
c regulares qui constituem obs­
táculo à acumulação da capital à 
escala mundial.
lacqücs Adda (1996)
Fundamentalmentc, é a integra­
ção mais estreita dos países c 
dos povos que resultou da enor­
me redução dos custos de trans­
portes c de comunicação e a 
destruição dc barreiras artificiais 
à circulação transírontciriça dc 
mercadorias, serviços, capitais, 
conhecimentos c (em menor 
escala) pessoas.
Joscpb Sti^itz (2004)
II
A Globalização pode dchiür-
■ sc como um processo social
através do qual diminuem os
CúnstrangimefitDS gc< )graí icos 
sobre os processos sociais c 
culturais, cem que os indivídu­
os consciencializam-se, cada vez
mais, dessa redução
Malcom Waters. (1999)
Pôdemos dchnir Globalização 
como um processo que cem
conduzido ao condicionamento 
crescente das políticas econômi­
cas nacionais pela esfera megae- 
conòmica, ao mesmo tempo cm 
que se adensam as relações de
i nterdepe ndênciat d< >minação 
c dependência entre os atores 
internacionais e nacionais in­
cluindo os próprios governos 
nacionais que procuram pôr çm 
prática as suas estratégias nu
mercado glohaL
Mário Murteira (2003)
A Globalização ê simplesmente
uma versão atual do Qjlonia- 
iismcx
AJíiídn Kübr
(eirado cm BONAGLIA, 20(16)
1,3, Definições de globalização
As informações, a Seguir, foram extraídas e adap-
12
tadas de diferentes fontes, citadas ao final deste livro.
A Globalização e um fenômeno social que 
ocorre cm escala global. Esse processo consiste cm 
uma integração em caráter econômico, social, cultu­
ral e político entre diferentes países.
Envolve países ricos, pobres, pequenos ou 
grandes e atinge todos os setores da sociedade, c por 
ser um fenômeno tão abrangente, exige novos mo­
dos de pensar e enxergar a realidade.
A Globalização não é uma realização do pre­
sente, vem de longa data. Tudo começou há muito 
tempo, quando povos primitivos passaram a explo­
rar o ambiente em que viviam. No século XV, os eu­
ropeus viajavam pelos mares a fim de ligar o Oriente 
e Ocidente. A Revolução Industrial foi outro fator 
que permitiu o avanço de países industrializados so­
bre o restante do mundo.
No final dos anos 70, os economistas passaram 
a usar o termo “Globalização1’ fora das discussões 
econômicas, facilitando as negociações entre os paí­
ses. Nos anos 80, começaram a ser difondidas novas 
tecnologias que uniam os avanços da ciência com 
a produção, por exemplo: nas fábricas, com robôs 
ligados aos computadores para acelerar a produção.
A Globalização e oriunda de evoluções ocorri­
das, principal mente, nos meios de transportes e nas 
telecomunicações, fazendo com que o mundo “en­
curtasse” as distâncias. No passado, para a realização13
de uma viagem entre dois continentes eram neces­
sárias cerca de quatro semanas. í loje, esse tempo di­
minuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa 
chegava ao conhecimento dos brasileiros 60 dias de­
pois, agora a notícia c divulgada cm tempo real. Na 
década de 50, uma viagem de avião cruzando o Oce­
ano Atlântico durava 18 horas. Atualmente, a mesma 
rota pode ser feita cm menos de 5 horas. Em 1865, a 
notícia da morte de Abraham IJncoln levou 13 dias 
para chegar na Europa, mas, hoje, ficamos sabendo 
de tudo o que acontece no mundo cm apenas alguns 
minutos e por diversas fontes:
[ am stunned. My friend, Michael
Jackson isdead. Helived with me fora 
week on "Golden Pond” set after 
"Thriller.”
h «p:/ /gl^lobc. ci>m/ N oticias/NÍ usica/ fn 19367 5- FM M J X ).j pg
http://w w w.cl k rbs.cu m .br / rbs/ i mage /6 585515. JP G 
http:/., gÈ .gl<jbtj.ct>m ■'XiJticins/Musiej/i"tJtt)/i '1T211 9Ó334-liX,0Ü.jpg
14
http://w
O processo de Globalização surgiu pata aten­
der ao Capitalismo e, principalmente, os países de­
senvolvidos, de modo que pudessem buscar novos 
mercados, tendo em vista que o consumo interno 
encontrava-se saturado.
A Globalização é a fase mais avançada do Ca­
pitalismo. Com o declínio do Socialismo, o sistema 
capitalista tornou-se predominante no mundo. A 
consolidação do Capitalismo iniciou a era da Globa­
lização, principalmente, econômica e comercial.
A integração mundial decorrente do processo 
de Globalização ocorreu em razão de dois fatores: 
as inovações tecnológicas c o incremento no fluxo 
comercia] mundial.
As inovações tecnológicas, principal mente nas 
telecomunicações e na informática, promoveram o 
processo de Globalização. A partir da rede dc tele­
comunicação (telefonia fixa e móvel, internet, televi­
são, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difu­
são de informações entre as empresas e instituições 
financeiras, ligando os mercados do mundo.
O incremento no fluxo comercial mundial tem 
como principal fator a modernização dos transportes, 
espedalmente o marítimo, pelo qual ocorre grande 
parte das transações comerciais (importação c expor­
tação). O transporte marítimo possui uma elevada 
capacidade de carga, que permite também a inundiali- 
zação das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é
15
encontrado cm diferentes pontos do planeta,
O processo de Globalização estreitou as rela­
ções comerciais entre os países e as empresas. As 
multinacionais ou transnacionais contribuíram para 
a efetivação do processo de Globalização, tendo em 
vista que essas empresas desenvolvem atividades em 
diferentes territórios.
Desígnam-sc por transnacionais as empresas que organizam os seus 
investimentos, a sua produção e a comercialização de mercadorias e 
serviços cm mais do que uni país.
Por exemplo, uma conhecida empresa holandesa de eletrônica, a Phi-
lips, comercializa mais de 85% da sua produção eni outros países.
Num sentido mais estrito, alguns autores consideram que umi trans- 
nacionat é uma empresa que, através de investimento direto no es- 
trarigdro, controla e dirige subsidiárias num ou mais países para além 
daquele cm que está sediada.
Atualmente, as empresas transnacioiiais estão presentes em todos ou
quase todos os setores de atividade ccotkjnlica: na extração de luate- 
ri as-primas, nas indústrias transformadoras, na finança, na produção 
agrícola ena prestação de serviços.
De acordo com estimativas da Conferencia das Nações Unidas para 
o Comércio c o Desenvolvimento (1’NCTAD, 2006). o universo das 
empresas transn acionais engloba presente mente cerca de 77,000 cm- 
presas-mãe, contando com mais de 770.000 filiais estrangeiras. (...)
16
O um verso das empresas transnacLoreus continua dominado por um 
pequeno conjunto de países: o Japão, os Estados Unidos e a União 
Europeia, omk 85 das 1EK1 maiores sociedades transnacionais do 
mundo tem a sua sede.
As empresas transnsici onais não sào todas iguais, designadamente tio 
que respeita ã sua dimensão 'uma pequena ou média empresa por­
tuguesa, que também opera em Espanha, por exemplo comerciali 
zando aí parte da sua produção, não pode nem deve comparar-se ou 
considerar-se nos mesmos termos que uma multinacional como, por 
exemplo, a Nesdé).
Em alguns casos, as empresas t rans nacionais atingem uma dimensão 
econômica invejável e mesmo superior a alguns dos países cm que 
operam. Xo seu conjunto, as maiores empresas transnacionaís detém 
um papel proeminente na economia mundial:
- cerca de 100 transaattonais têm um papel líder na Globalização da 
produção de manufaturas e serviços
- no seu conjunto, as 100 maiores multinacionais controlam cerca dc 
2(J% dos ativos estrangeiros globais, empregam 6 milhões de traba­
lhadores c representam cerca dc 30% do total dc vendas de todas a 
muhinach mais.
- um pequeno numero de empresas transEiacionais domina os merca­
dos mundiais da produção c distribuição de petróleo c derivados. O 
mesmo aconteci' nos setores da produção dc automóvel, da indústria
de componentes informáticos, da indústria farmacêutica e em certos
segmentos da produção alimentar clC.
<htlp: /dtspacc.ucT4Tii.pc/rdp</HÍ^5trú«m / 1 n | 74/2448/t /
Inirwài%C5* i tohdiza%C3%A,J™<L3%A3a.píH>. ■/
r
As inovações tecnológicas e a relativa diminui­
ção dos custos de transporte e telecomunicações, a 
informática e automatização permitiram às empre­
sas traflsnacionais repartir e transferir de país para 
país diferentes unidades do ciclo de produção. Atu- 
almenre, a produção de determinada mercadoria 
encontra-se frequentemente espalhada cm subuni- 
dades produtivas com uma localização dispersa, por 
vários regiões e países.
(
O exemplo da 1x*neca Barbie ilustra bem a chamada “desintegração ver- 
tical” do processo produtivo c o que isso rtvch sobre a nova estrutura
- as matérias pnims (o plástico co cabelo) vêm da Tailândia e do Japão;
- a montagem é feita nas Filipinas;
- os moldes são concebidos c fabricados nos EUA;
- (prova v cimente, a boneca Barbie é sobtetndo vendida no mundo 
ocidental).
18
h [ i p- / h itng2. ml snaúc com/bn rbi&-fa $h ion-3-mude los-pwa- VOC-es­
colher- trctc-gr atis_A 1 í .B- F-46WJ877347JJ72O13.jpg
Outra faceta da Globalização c a formação de 
blocos econômicos, que buscam se fortalecer no 
mercado que está cada vez mais competitivo.
Além de fatores econômicos e sociais, a Glo­
balização também interfere nos aspectos culturais 
de urna determinada população. O grande fluxo de 
informações obtidas por meio de programas televi­
sivos e, ptincipalmentc, pela internet, exerce influen­
cia cm alguns hábitos humanos.
19
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20
k.com
Entretanto, elementos da cultura local perdu­
ram em meio à população,promovendo, assim, a di­
ferenciação entre as culturas existentes.
As Ciências Sociais há muito nos apontam que 
os consumidores não são sujeitos passivos, pelo 
contrário, são sujeitos ativos: nas suas práticas de 
consumo, apropriam-se dos conteúdos e frequente­
mente nos reinventam, investindo neles elementos 
próprios das suas respectivas culturas (modos de set, 
fazer e entender).
Por falar cm diversidade cultural c cm desenvol­
vimento rc enológico, na Globalização, estes fatores 
permitem e promovem dinâmicas de expressão e de 
criatividade pessoal, não apenas cm termos de pro­
dução como também, da difusão cultural.
Pôr exempla, é verdade que o controle da edição c difusão musical 
' está mais centralizado em algumas mui ti nacionais e a oferta do mer­
cado discográfico é maioritariamente constituído por reedições de 
arrisras consagrados c de coletâneas de bits, â que sc acrescentam al­
guns, poucos, artistas com particular êxito no momento (êxito que, de 
resto, é também resultado dcum forte im cstimctito promcdonal por 
parte das grandes editoras). No entanto, é igualmente verdade que, 
atualmente, qualquer pessoa pode, sem sair dc casa, produzir. editar e
mesmo difundir um registo musical.
<ht[p:/ / dspncc.u cvpra.pt/rdpc7biiscream /101 7 4/2468/1 / \
Introdi/tiO" iA7%C3M4l3rftíWC3tt AÜ%2úGtolMÍiaá%C3%A,7*AC3%A.VLpdÉ>.
21
cvpra.pt/rdpc7biiscream
Os meios de comunicação são fortes aliados do 
processo de Globalização, pois é através deles que 
as notícias giram peia Terra e os produtos tornam-se 
mundialmente conhecidos. Também é a partir das 
inovações, nesse segmento, que foram e são possí­
veis as comunicações entre empresas ao redor do 
mundo inteiro. Meios como a televisão, a internet e 
o sistema de telefonia são extremamente importan­
tes para o desenvolvimento da era globalizada.
Se antes uma pessoa estava limitada à imprensa 
local, agora ela mesma pode sc tornar parte da impren­
sa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo 
apenas como fator de limitação a barreira linguística.
Outra característica da Globalização das comu- Ji
nícações é o aumento da universalização do acesso 
aos meios de comunicação. Percebemos isso com o 
barateamento dos aparelhos, principalmcnrc celula­
res c também na infraestrutura para as operadoras, 
com aumento da cobertura e incremento geral da 
qualidade graças à inovação tecnológica.
Hoje, uma inovação criada no Japão pode apa­
recer no mercado português ou brasileiro em pou­
cos dias e virar sucesso de mercado.
É impossível falar de Globalização sem falar da 
Internet, que a cada minuto nos proporciona uma 
viagem pelo mundo sem sair do lugar. Dentro da 
rede, conhecemos novas culturas, podemos fazer 
amizades com pessoas que moram horas de distãn-
22
ciâj trabalhamos e, ainda, podemos nos aperfeiçoar 
cada vez mais nos assuntos ligados à nossa área de 
interesse, através dela, milhões de negócios são fe­
chados por dia.
f*—: O desenvolvimento e a expansão dos statemas de comunicação por sa- 
V,
• Vtèlites; informática, transportes e telefonia proporcionaram o aparato 
cécnko c estrutural para a intensificação das rdações socioeconócnfcas 
tm âmbito mundial, Esse pioCCSSfi C úma consequência da TcrCcim
Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico- 
'Cicnníico Jnborniactonal, unia vez que, por meio dos avanços tecoo-
lógicos obtidos, foj pnssívd promover maior integração econômica c 
cultural entre regiões e países de diferentes pontos do planeta.
í sistchus dc Informarão são cssrndais i Globüizifãh
< htip;/ / ^■v.snumkicdifcacatuciKrti/pijj^afi j-cconrçiíiici/r>*|tM;.^kibdizacaahim^
■O
23
1.4. Prós e contras
Entendemos a abertura da Economia c a Glo 
balizaçào como processos irreversíveis, que nos 
atingem, de diversas formas, cm nosso dia a dia. 
Precisamos de informação e de adaptação a estes fe­
nômenos, uma vez que nos trazem mudanças tanto 
positivas quanto negativas.
V m ponto positivo, no caso brasileiro, por 
exemplo, a abertura foi ponto fundamental no com­
bate à inflação e para a modernização da econo­
mia, o consumidor foi beneficiado com a entrada 
de produtos importados. Temos acesso a produtos 
importados mais baratos e de melhor qualidade, c 
essa oferta maior ampliou também a disponibilidade 
de produtos nacionais com preços menores e mais 
J*
qualidade. E o que vemos em vários setores, como 
eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos c cm 
serviços, como lavanderias u restaurantes.
Mas, em contrapartida, a necessidade de mo­
dernização e de aumento da competitividade das 
empresas trouxe um efeito negativo, que foi o de­
semprego. Para reduzir custos e poder baixar os 
preços, as empresas tiveram de aprender a produzir 
mais com menos gente.
Com o uso de novas tecnologias e de máquinas 
nas linhas de produção, o trabalhador perdeu espaço.
Não só o Brasil, mas algumas das principais 
24
economias do mundo têm hoje pela frente este de­
safio: crescer o suficiente para absorver a mão de 
obra disponível no mercado.
Além disso, houve o aumento da distância e da 
dependência tecnológica dos países periféricos cm 
relação aos desenvolvidos*
A questão que se coloca, nesses tempos, é 
como identificar a aproveitar as oportunidades que 
estão surgindo de uma economia internacional cada 
vez mais integrada.
(
tb Globalização c o Desemprego.
O aumento concorrência internacional gerado pela Globalização 
obriga as umprcsíts a cortíinem custos, diminuindo os preços. Como 
os países mais ricos possuem akos salários, as empresas procuram 
instalar suas tãbricas cm locais que possuam mão dc obra bafara. Com 
isso, há unia rrnnstcrcncia de empregos dos países mais ricos para cs 
mais pobres.
O desemprego estrutural c uma tendência cm que são cortados vá­
rios postos dc trabalho e uma das principais cansas é a automação 
dc várias rot irias dc trabalho, substituindo a mão de obra di> homem. 
As fabricas estão substituindo operários por robôs, os bancos estão 
substituindo funcionários por caixas eletrônicos, os escritórios iníbr- 
matbadus jí possuem sistemas que executam tarefas repetitivas c de­
moradas, eliminando alguns funcionários.
Em contrapartida, existe também a criação de novos pontos dc tra­
balho, gerando novas oportunidades de empregos, mas esses novtjs 
25
çmpnjgos exigem pmhssionais com boa tormaçao c com isso o de; 
sem prego continua nas camadas mais baixas.
Não só no ramo industrial vê-se o efeito da Globalização no desem­
prego O comerão também está bastante aLÍiigido. As grandes em­
presas multinacionais chegam e acabam com as empresas locais. O 
aumento de shoppings ccntcrs vem acabando com o comerão de rua. 
Por outro lado, vemos a Globalização funcionando no NERCOSUL 
e outros blocos econômicos. As empresas globais lançam produtos 
globais para COtlquibtar meneados C ampliar os seuS domínios.
"A empresa diante- da economia globalizada poderá ser uma dádiva ou 
um tremendo problema."
As mudanças causadas pela Globalização quie podem aumentar 
o desemprego:
- miidança de sede ou de um sttot de mLIttinacionais para outro país; 
-mudança de ramo da empresa em busca de produtos competitivos;
- aumento da competitividade c o livre mercado;
- abertura de importações no país, com redução de impostos 
para multinacionais.
Chiip:/.-'Hcmnogi.btogiipot.-rom.hr/2011 /(l9/gk?baJizacao-c-a-descmpregtxhtmJ> 7
26
rom.hr/2011
S É INCRÍVEL A 
TMf ORTjí MÍIA tK> 
DEDO INDICADOR 1 
v——7/" --- --------
/
UM PATRÃO FAZ ASSIM 
COM O INDICADOR . E 
TRÊS MIL O^RaRIOS
http: / /cconomi aclara. files.wordpress.com '2009/0"7i ndicador-de- 
-de scmprcgíi jpg^'=5ÜÜ
Os eleitos da Globalização no cmprtgo não são lineares. dependendo 
das características próprias de cada país, variando cm função dos di- 
fe rentes sei ores de atividade econômica, e variando ainda cm timcào 
dss políticas económicas edas políticas relativas ao mercado de traba­
lho, seguidas por cada país. Patít dar um exemplo óbvio, uma dcsloca- 
lizaçào produtiva signilicarã perda de emprego cm determinar lo pais 
e ganho de emprego noutro.
27
ss.com
Mais genericamente, as dcslocalbiações produtivas significam perda 
de cm prego pera os países mais desenvolvidos, no entanto, « aposta 
seguida por muitas empresas europeias exportadoras de bens e servi­
ços nas potencialidades oferecidas por um merendo global traduz-se, 
frequentemente, cm novos empregos. A verdade c que diariamente 
novos empregos são criados e outros são perdidos* sabendo-qe quç 
as peidas £ os ganhas não ocorrem nos mesmos setores de atividade 
econômica, nem nas mesmas empresas ou regiões, c que esta troca c 
também desigual, no que respeita às características dos trabalhadores 
■sexo, idade, quâlific*Çso profissional etc), assim como serão diferen­
tes a$ respectivas remunerações c sistemas de segurança social que 
lhes estão associados.
De qualquer modo, em virtude da maior premência de competitivida­
de inicrtiac tonal que é sentida petos empresas* <’ processo de (lloha-lizaçao tem conhecido importantes consequências na qualidade e na 
quantidade do emprega.
h II p; ' / d. £ p íl C -È . U cr V o í í „ p t / r tl P C b Ê t s t r c ;l m / 3 Í3 1 4/2468 / 1 /
ImnjJ
28
Movimentos Anti globalização
O processo de Globalização desencadeou vários problemas 
socioeconâmícas um diversas partes do globo^ inclusive nos 
países desenvolvidos. Esse fenômeno originou os movjmcfl-* 
tos antiglobfliização, formados por distintas organizações da 
sociedade civil como, por exemplo, Organizações Não Gover­
namentais (ONGs), sindicatos, movimentos ambientalistas, 
grupos indígenas, entre outros.
A maioria desses movimentos argumenta que as transna- 
cionais obtiveram muito poder com o processo de Globa­
lização c que essas empresas estão dando forma ao mundo 
de acordo com os seus interesses econômicos, (ato que tem 
intensificado as disparidades sociais, além de ter promovido 
29
a degradação ambiental.
Os movimentos atltçlübaüzação são heterogêneos, tendo fo­
cos de atuação diferentes. Sào considerados movimentos de 
cidadãos que lutam pela justiça e por uma política económica e 
social mais igualitária, que possa reduzir as discrepâncias entre 
os povos do planeta,
A primara grande manifestação realizada por grupos andglo- 
baJizaçâo ocorreu no final do século XX, durante um evento 
organizado pela Organização Mundial do Comércio (OMQ, 
que reuniu representantes de 130 países em Scattlc EUA) para 
“Rodada do Milênio”, que discutiu as perspectivas do comércio 
internacional para o século XXI.
<)utro evento antíglobaíizaçao de muita importância c o Fórum 
Social Mundial fbSM), cujo principal objetivo é organizar um 
encontro mundial de pessoas e movimentos sociais contrários 
ãs políticas neolibetais do FEM (Fórum Económico Mundial). 
A primeira edição do Fórum Social Mundial foi realizada em 
2001, na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande Sul, 
Brasil. Nessa ocasião, mais de 20 mil pessoas, dc 117 países 
diferentes, reuniram-se para manifestar contra as políticas iic- 
oliberais do Fórum Econômico Mundial (FEM), sob o lema: 
“Outro mundo é possívcTã
O Fórum Social Mundial ganhou força c representativ idade c, 
atualmente, é o principal movimento antíglobalização. Novas 
edições foram realizadas cm Porto Alegre (2002 c 2003}, Mum-
J*
bai, capital da índia (2004), Caracas, capital venezuelana (2006),
Nairóbi, no Quénia (2007) e Belém, Brasil, (2009).
Um fato irónico desses movimentos antigÈobalizaçào é que, 
30
na maioria das vezes, são organizados e divulgados utilizan­
do a internet como ferramenta, sendo que essa c o principal 
símbolo do processo de Globafiüação, visto que proporciona 
condições de comunicação entre usuários espalhados por di­
versos países do mundo.
1\í- Vísgncr <J< íxrqudra c Francisco 
t fiadiHclo cm (saigTjiliJi
Tiquipe BtaUl l,'scnla.
Chtip: /vLT.w.brasilescühcüm. gctH"T3iia.
As próximas unidades deste livro trarão um 
apronfudamento dos principais aspectos da Globa­
lização, destacados neste início de nossos estudos;
Iremos aos poucos nos situando, no oontexte de 
mundo atual, para, então, entendermos a importância 
c os desafios da Educação e de um tutor cm EaD.
31
Exercícios propostos
1. Das definições de Globalização apresentadas no 
Manual da Introdução à Globalização, do IBJC, es­
colha uma que a seu ver está mais compatível com 
o conceito que você já tem internalizado sobre este 
fenômeno, e justifique sua escolha.
2. A Globalização é uma realização da década pre­
sente? Por que?
3. Quais foram os principais meios que, a partir de 
suas inovações c evoluções promoveram o processo 
de Globalização? Justifique.
4. Cite um pró e um contra da Globalização, segun­
do o texto apresentado nesta unidade.
5. Segundo o texto “Globalização e Desemprego”, 
quais as mudanças causadas pela Globalização que 
podem aumentar o desemprego?
33
Goborito
Unidade 1
Aspectos da globalização
1. Resposta. O aluno deverá escolher uma das defi­
nições do quadro reproduzido nesta unidade. A jus­
tificativa é pessoal
2. Resposta, A Globalização não é uma realização do 
presente, vem de longa data. Tudo começou há mui­
to tempo quando povos primitivos passaram a ex­
plorar o ambiente cm que viviam. No século XV os 
europeus viajavam pelos mares, a fim de ligar Orien­
te e Ocidente. A Revolução Industrial foi outro fa­
tor que permitiu o avanço de países industrializados 
sobre o restante do mundo. No final dos anos 70, 
os economistas passaram a usar o termo ^Globali­
zação” fora das discussões econômicas, facilitando 
as negociações entre os países. Nos anos 80, come­
çaram a ser difundidas novas tecnologias, que uniam 
os avanços da ciência com a produção, por exemplo: 
nas fábricas, com robôs ligados aos computadores 
para acelerar a produção.
3. Resposta. As inovações tecnológicas, principalmcn- 
te nas telecomunicações c na informática, promove­
ram o processo de Globalização A partir da rede de 
telecomunicação (telefonia fixa e móvel, internet, tele­
visão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a di­
36
fusão de informações entre as empresas e instituições 
financeiras, ligando os mercados do mundo.
4. Resposta. Lm ponto positivo, no caso brasileiro, 
por exemplo, a abertura foi ponto fundamental no 
combate à inflação e para a modernização da Eco­
nomia, o consumidor foi beneficiado com a entrada 
de produtos importados. Temos acesso a produtos 
importados mais baratos e de melhor qualidade, e 
essa oferta maior ampliou também a disponibilidade 
dc produtos nacionais, com preços menores c mais 
qualidade. É o que vemos em vários setores, como 
eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em 
serviços, como lavanderias c restaurantes. Mas, cm 
contrapartida, a necessidade de modernização e de 
aumento da competitividade das empresas, trouxe 
um efeito negativo, que foi o desemprego. Para redu­
zir custos c poder baixar os preços, as empresas tive­
ram de aprender a produzir mais, com menos gente. 
Com o uso de novas tecnologias e de máquinas nas 
linhas dc produção, o trabalhador perdeu espaço.
5. Resposta. Mudança de sede ou dc um setor de 
multinacionais para outro país;
Mudança de ramo da empresa em busca de pro­
dutos competitivos;
Aumento da competitividade e o livre mercado; 
Abertura de importações no país, com redução de 
impostos para multinacionais.
37
38
Referencio
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InformQçõo, comunicoçôo
e educQçõo
Ana Luiza Zonzini
how
educacional
F Edição [ Fevereiro | 2014
Impressão em São Paulo/SP
InFormoçôo, comunicoçõo 
e educação
Coordenação Geral 
Nelson Boní
Professor Responsável
Ana Luiza Zonziní
Coordenação de Projetos
1 jeandro 1 -ousada
Revisão Ortográfica
Célia Ferreira Pinto
Projeto Gráfico, D í agram ação 
e Capa
Ana Flávia Marcheti
Io Edição: Fevereiro de 2014
Impressão em São Paulo/SP
í’;U-ilc>g:içio çlsLlixjr.idíii por Gtaucy cios Santos Süva - (.RB8/6353
koowhow
t e t n o[5 I a educacional
Sumário
Unidade 2
Comuncação, informação c a expansão 
do conhecimento
2.1, Comunicação e informação
2.2, Componentes da Comunicação
2.3. Intormaçào c Conhecimento
2.4. A expansão do Conhecimento^ a Aprendizagem e o Tutor 
em EaD
2.4,1, O Tutor c sua responsabilidade como facilita dor 
da Aprendizagem
Gabarito------------------------------
Referências Bibliográficas 4
Unidode 2
Comunicaçõo. informação e o 
exponsõo do conhecimento
Carofâ) Alunofa)
Na unidade 1, falamos sobre a Globalização e a expansão do 
acesso e a disseminação da informação, com a evolução dos 
meios de comunicação.
Continuaremos, neste momento, a refletir sobre a comuni­
cação e a informação e, pensando em nosso papel enquanto 
profissionais da EaD, seja buscando apmnoeamenio ou a in­
serção profissional na área de tutoria. Devemos ter clareza das 
diferenças entre informação e comunicação para melhor con­
duzirmos nossos estudos ou nossos alunos a um aprendizado 
significativo, com vistas à expansão de seu conhecimento. 
Bons estudos!!'
2-1- Comunicação e informação
Em nosso dia a dia, os conceitos de comunica- 
£■ 
ção e informação confundem-se com facilidade. E 
comum, encontrarmos no painel dc avisos do pré­
dio, por exemplo, um impresso que diz o seguinte:
&
Comunicamos aos moradores que este edi­
fício ficará sem abastecimentode água no 
dia 22/09, das 14h às 16h.
Neste caso, será que o termo “comunicamos” está corre- 
tamente empregado, ou deveria ser "informamos”?
Se eu publico em minha página do face-
book, por exemplo:
“Muito frio na cidade de São Paulo, hoje!”
Isso é uma informação. Mas, se algum 
amigo interagir nesta publicação dizen­
do, por exemplo:
“Aqui, no sul, também está muito trio. E efeito de uma 
frente fria que chegou ontem e vai durar até sexta feira.”
—---------------------
7
Xeste momento, estabelece-se uma comunica­
ção, correto?
Como o objetivo deste livro é tratar os temas de 
forma prática, não vamos nos aprofundar nos estu­
dos científicos sobre cada termo c sua aplicabilidade. 
Em linhas gerais, podemos dizer, então, que:
Informação é apenas o relato de um fato.
Comunicação é ama troca de informações, en­
tre duas ou mais pessoas, sobre um mesmo assunto. 
Se todas as pessoas envolvidas entenderam corre- 
tamente os conteúdos das informações que receberam, 
pode-se dizer que a comunicação está concretizada.
Informação é quando um emissor passa para 
um receptor um conjunto de dados (mensagem) e 
esse conjunto elimina uma serie de incertezas*
Comunicação c quando essa mensagem, que sai 
do emissor e chega ao receptor c entendida, decodifica­
da e retomada, estabelecendo assim, o que é chamado 
de feedbadg que é a compreensão dessa mensagem.
8
- Ao fazer uma pergunta, estamos pedindo 
□ ma informação.
- Quando assistimos televisão ou um filme, estamos 
absorvendo informação.
- Ao ler um jornal, sabemos que estamos lidando 
com algum tipo de informação.
Usamos, absorvemos, assimilamos, manipula­
mos, transformamos, produzimos e transmitimos 
informação durante rodo o tempo.
9
2.2. Componentes da comunicação
Existem diferentes formas c tipos de comuni­
cação, nos diferentes contextos, meios e situações de 
nossas vidas.
: Componentes da Comunicação
São componentes do pTOCesSo de Comunicação: <> emissor da men­
sagem, o receptor, a mensagem em si, o canal de propagação, o 
meio dc comunicação, a resposta (fccdback) <■ t> ambiente onde o 
processo comunicativo acontece.
Com relação ao ambiente, o processo comunicadoníd sofre inter­
ferências do ruído c a interpretação c compreensão da nacosagem 
fica subordinada ao repertório (crenças, modo de ser, comporta- 
mentos) do receptor.
lím relação à forma, a comunicação pode ser verbal, nào-verbal, ges- 
tunl e mediada.
Verbal - Comunicação através da fala propriamente dita, formada por 
palavras <■ frases. Tem suas dificuldades (dmidez, gagueira etc.), mas 
ainda e a melhor iorma de comunicação.
Não-verbal - Comunicação que não é feita por palavras filadas ou 
escritas. Usam-se muito os símbolos (sinais, placas, logotipos, ícones) 
que sào constituídos de formas, cores v tipografias, que combinados 
transmitem uma idda ou mensagem.
Linguagem corporal - Corresponde n todos os movimentos gçsruais e 
dc postura qilc fazem com que a comunicação Seja mai$ efetiva. AgCS- 
10
titulação foi a primeira for rua dc comunicação. Com o aparecimento 
da palavra falada 05 gestos foram tomando*Se secundários, contudo 
constiiucm o compk-mcnro da expressão, devendo ser coerentes com 
o conte ú do da mensagem.
A expressão corporal c fortemente ligada ao psicológico, traços com­
por ramentais são secundários e auxiliares. Geralmcnrc, c utilizada para 
auxiliar na comunicâçào verbal, porem, deve-se tomar cuidado, pois 
multas vezes a boca diz uma coisa, mas o corpo fàla ourra eomplcra- 
mtittC diferente
Comunicação mediada - Processo de comunicação em que está envol­
vido algum tipo dc aparato técnico que intermedia os locutores.
Toda essa inovação nas formas dc comunicação, fez com que a hu­
manidade passasse a viver dc uma forma total mente nova, onde as 
tii uni ir.is lisira- íkix.m: di ser ohsláculos á o jmunfoicn 1 cmlsLuilL 
entre os povos. Formas que até alguns anos eram impensáveis, passam 
a fazer pane do nosso dia a dia.
Ltò universo novo se apresenta e, sc os horizontes sc alargam, perde- 
-se o controle da informação próxima c garantida. Chegamos ã exa­
cerbação da informação (que é diferente do conhecimento), através 
dos meios eletrónicos, dos quais a internet c a campeã. Nesse univ er­
so tecnológico, predomina a sapiência humana, suas qualidades, mas 
também, suas mazelas. Cabe as pessoas que sc Comunicam, taze 4o dc 
forma a utilizar as informações como fonte dc troca pata aquisição do 
conhecimento e usá-las com sabedoria.
<hrtpt/ / wwmán focscola.com/ln noEh/Iãs*orifr da-cotnunicacao-h umnria/ >.
II
hrtpt/_/_wwm%25c3%25a1n_focscola.com/ln_noEh/I%25c3%25a3s*orifr_da-cotnunicacao-h_umnria/_
História da Comunicação Humana
Os homens das cavernas» com seu cérebro rudimentar, deviam se co­
municar através dv gestos, posturas, gritos c grunhidos, assim como os 
demais animais não dotados da capacidade dc expressão mais tchiuda.. 
Cqm certeza, cm um determinado momento desse passado, esse 
homem aprendeu a relacionar objetos e seu uso e a criaic utensílios 
para caça e proteção c pode ter passado isso aos demais, através de 
gestos e repetição do processo. Criando assim» uma toma primitiva 
e simples dc linguagem.
Com o tempo, essa comunicação foi adquirindo formas mais claras 
e evoluídas» facilitando a comunicação não só entre os povos de uma 
mesma trily>, como entre tribos diferentes. As primeiras comunica­
ções escritas (desenhos) dc que se tem notícias são das inscrições nas 
cavernas 8.900 anos a,C,
O povo sumária considerada a uma das mais antigas civilizações do 
mundo, jã ocupava a região da Mcsoporámia quatro séculos antes de 
Crista Jéssa dvilizaçào foi a primeira a usar o sistema pictografico 
(escritas feitas nas cavernas, com tintas).
Esse ripo de escrita era utilizada, também, pelos egípcios qut. cm 
llOO a.C., criaram seus hjerós glyphós ou “escrita sagrada", como os 
gregos as chamavam.
Esse tipo dc escrita era, além dc pictórica» ideográfica, ou seja, utili­
zava símbolos simples para representar tanto objetos materiais, como 
ideias abstratas. Utilizava « princípio do ideograma (sinal que exprime 
ideias) no estágio em que deixa dc significar o objeto que representa, 
para indicar c> fonograms referente ao nome desse objeto,
Lmi das mais signihcativas contribuições dos sunicrianos está ligada 
12
ao dcsenvolviiTicíWo da chimiada escrita Cunciíbrmt Xessc sistema, 
observamos a impressão tios caracteres sobre uma base dc Argila que 
era exposta ao sol c, logo depois, endurecida com sua exposição ao 
fogo. De fato, essa civilização mcsopotâmica produziu uma extensa 
atividade literária que Contou corri a criação de poemas, códigos de 
leis, rábulas, mitos c outras narrativas. E a língua escrita mais antiga 
que se tem testemunhos gráficos. As primeiras inscrições procedem 
de 3.000 a.C.
Um estágio moderno da comunicação humana foi a descoberta da ti­
pografia (arte de imprimir), pelo ak-mào Johann Guteniberg, em 1445. 
Essa invenção multiplico li c barateou 05 custos dos escritos da epoca 
e abriu a era da comunicação social.
<h[ tpc/ /wuv.iri foeset ilü-Cr »m/ h i sterin/histi >rji-dj-comunicaçn>-h umam/ >,
2,3* Informação e conhecimento
Ainda, na tentativa de encontrar uma definição 
para o conceito de informação, encontramos a se­
guinte descrição:
A informação é um conjunto organizado de 
dados, que constitui unia mensagem sobre um de­
terminado fenômeno ou evento. A informação per­
mite resolver problemas e tomar decisões, tendo em 
conta que o seu uso racional é a base do conheci-; 
mento. Como tal, outra perspectiva indica-nos que a 
13
informação é um fenômeno que confere significado 
ou sentido às coisas, já que através de códigos u de 
conjuntos de dados, forma os modelos do pensa­
mento humano.
< h itp:/ 'c< 3 ncf ÍEade/mfbriTtâcao#Íxzz2dKnqVSe9 >.
113 DA lMAGlíM:"4O5lJ’<4b
Neste momento, percebemos que para ha­
ver conhecimento deve haver uma informação 
3*
para embasá-lo.
Vamos ler o texto, a seguir,elaborado pelo Pro- 
a»
iessor Celso Antunes. E direcionado ao ensino pre-
14
sencial, mas enquanto tutores de Ha D, podemos uti­
lizar as informações do texto c traze-las para nossa 
área de atuação*
Como já discutido, neste curso de PÓS Gradu­
ação, a EaD c uma modalidade de ensino. Seja pre­
sencial ou a distância, o estímulo e a reflexão peda­
gógica devem estar presentes no trabalho do pro­
fessor-tutor, com vistas a um ensino aprendizagem 
significativo e de qualidade.
A Diferença entre informação e conhecimento
C< t[ihcciniL-[iru c Informação são palavras que sc confondcm e, ainda que 
muitos pais e mucos professores saibam a>mc> transformar informação 
cm conheci mento, não é este saber, infeliz merue, de domínio comum. 
Neste resto, buscamos estabelecer diferenças e sugerir procedi­
mentos para que Se viabilize essa r rans formação imprescindível 
para uma boa aprendizagem.
Uma “informação” é coosdtuída de fatos conhecidos ou dados co­
municados acerta dc alguciti ou de aigo. Pode se Caracterizar pela 
banalidade do cotidiano (Você sabia que o Figueircnsc ganhou mais 
uma?*), ou consricuir-sç em uma “instrução" (A capital de Sanra Ca­
tarina ê Florianópolis.).
Vivemos cercados por informações onde quer que estejamos, Algu­
mas são Lforivamcntc úteis para nossos interesses, mesmo que não o 
sejam para outros e algumas rxitras consideramos inúteis e, dessa ior-
I 5
ma, as descartamos. O ato de poder se livrar de informações inúteis 
c essenciilmeme válido para o ser humano e extremamente saudável 
para a memória, e somente pessoas com sérios distúrbios mentais bus­
cam reter todas as informações que colhem.
As i o formações estão presentes na rotina escolar e não se pode ima­
ginar que uma escola não tenha um conjunto de conhecimentos que, 
agrupados em disciplinas, dao forma ao currículo escolar. Mas, se as 
informações são csscnciajs ac currículo, sua retenção pelo aluno so­
mente st justifica em duas condíçõcst
• quando representam elos essenciais para que com elas se possam 
construir informações novas, emprestando -lhes um sentido;
• quando o aluno pode transformar a informação cm conhecimento e, 
dessa forma, contextua ti zã-la cm sua vida e nos desafios que enfren­
tará para conviver.
!...) o ensino cn) uma escola convencional (...) a informação é pro­
priedade específica do professor e cabe a ele discernir se cra ou nào 
útil para seus alunos. Guralmente, não existe preocupação com o se* 
qitencia mento da informação c dc seu uso como “gancho** para que 
novas informações se busquem c, menos ainda, não há vontade no 
professor para que a informação pudesse ser útil para o aluno si ver. 
A concepção de aluno visualiza-o, unicamente, como receptor de in­
formações, enquanto mais as tivesse, melhor ilustrado seria, Esaltam 
alunos “ilustres” que dominam, tal como dicionário ambulante, uma 
porção de informações e os “outros” que, com menor capacidade de 
retenção, não podem aspirar a essa condiçào,
Quando, entretanto, sc percebe que cm sala de aula a informíiçao c 
essencial mente válida, quando sc transforma cm conhecimento, cabc 
discutir o que significa "conhecimento" e como é possível, através da 
16
prática pcilagógica ou da nula, produzir essa Tran5±orma<;ão.
O conhecimento resulta th interação entre o indivíduo, a ünformação 
que lhe c exterior c o significado que este lhe atribui, 1'., pois. resultado 
ele um processo de construção, que implica o sujeito que o constrói 
como o principal protagonista desse processe*.
Considerando essa ideia abrangente de "■conhecimento”, percebe-se 
que se torna extremamente distinta da informação, O quadro, a seguir, 
ilustra essa diferença:
Informação Conhecimento
■ lán oej mais taros conhecidos, 
p ré- organ i zj.dejs> prchJuzidus 
fora do espaço escolar, comple­
tos c acabados c que devem ser 
assumidos pelos alunos.
■ () professor que não transfor­
ma a uafonmçào cm conheci- 
mu mo toma-se o responsável 
por sua transmissão^ raJ como 
o faz um Texto, um vídeo, uma 
emissora de rádio ou outra mí­
dia c, portanto pode ser -subs- 
cituidu. Em sua aula, o aluno é 
apenas ouvinte e espectador.
* ProduK» de uma interação en­
tre o indivíduo faluno), a infor­
mação que lhe c exterior c que 
chega trazida pdõ professor ou 
por outras fontes, que instiga o 
aluno a acessar c incorporar sig­
nificado para essa informação
* O professor qit£ transforma 
an formação cm conhecimento 
faz de seu aluno um protago­
nista que descobre como asso­
ciar informações, que jâ possui, 
para atribuir significado às in 
íorniaçòes que recebe.
Estabelecida a diferença essencial entre "informação" <■ "conhecimen­
to”, tndaga-sc de que forma pode a aula constituir-se em uma situação 
c um momento especifico, em que essa r rans formação se manifesta. 
Observe 05 dois exemplos seguintes:
r
A Aula. com transmissão dc infotmaçãu c apelo ã memorização 
Prestem atenção. O tema vai cair na prova e é importante que vocês 
ouçam o que tenho a, transmitir. Anotem cm seus cadernos, copian­
do o quu está na lousa para que melhor o retenham e, ao chegar a 
casa, leiam c releiam, muitas ve?cs, essas informações; assim estando 
pronto para o crucial momento, cm que irei interrogá-los. Agora, não 
conversem e prestem atençàa
A aula transformando informações em conhecúmenfos
Observem que existe neste resto tmna frase- F.sta frase ú uma ínforma- 
ção, que junto a muitas outras dá forma ao currículo. Qual o signitica- 
do dessa informação? Como dize-h de outras maneiras, usando ou ms 
palavras? Jissa informação traz alguma rdação com un»a corrida de 
automóveis, ou com um destile de carnaval? Vou pedir a vocês que 
se oiganucm cm pequenos grupos e discutam essas qtwsròes- Mas, 
além dessas, busquem outras. Por exemplo: O que pode tornar uma 
informação importante? Por que os currículos de- uma disciplina esco­
lar atribuem importância a essa informação? Que nutras informações 
essas que aí estão, levam-nos a pensar? \s duas situações hipotéticas 
ilustram apenOS um singelo exemplo.
Nâo existe uma única forma dc agir cm relação ao trabalho do pro­
fessor, que transforma a informação em conhecimento. O objetivo 
desta mtnparação u destacar que <» esforços u os tteursos usados por 
ume por outro professor são, prauramente, idênticos, mas enquanto 
um deles impòe a passividade, a monotonia, a memorização e imagina 
uma ideia dc "aprender” como um processo, que cm si se centraliza, 
o outro propõe desafios, sugere buscas, protagoniza a ação do aluno 
em aula c instiga o confronto entre a realidade objetiva da informação 
Com o Conjunto dc significados; que Cada aluilo constrói acerca dessa 
18
mesma mtormação, explorando cxpcncncías individuais c contcxtu- 
ítlizsindo o Conteúdo, que ensina à vida que se vive e que ê sempre
singular a cada um.
(Professor Cdso Antunes. Especial para o Sistema de Ensino Energia.}
<htcp: 1 /vnvw.diJc^hjtc.ncí CLaudial ^ranccz/informacK-c-unhecimrntu»K6U1 Úl 8>.
X-z-
7
Veremos, na unidade 3, a Sociedade da Infor­
mação e a Sociedade do Conhecimento e, nesse con- 
texto, segundo BIAGIO Tecchio, et al, 2008, o co­
nhecimento e a informação tomaram-se as matérias- 
-primas básicas e os produtos mais importantes para 
a sociedade do conhecimento. O capital intelectual 
tornou-se um dos principais parâmetros de aferição 
de sucesso das organizações.
Ainda, segundo seus estudos, nas instituições 
de ensino, que melhor caracterizam-se como empre­
sas do conhecimento, na atual sociedade, as pessoas 
dirctamente ligadas ao processo de ensino - seja este 
presencial ou a distancia - são encaradas como o di­
ferencial competitivo desta.
Pensando na Educação a distância e no papel 
do rutor, destaca que os tutores assumem um papel 
relevante no sucesso do curso.
19
“O tutor é sempre alguém que possui duas ca­
racterísticas essenciais: domínio dó conteúdo técni­
co-científico e, ac mesmo tempo, habilidade para 
estimulara busca de respostas pelo participante?
<h np: ■'/ww. abcxl.ntj5.br / cong re$so2í JOS/ic/51120081 Ü2< 'ZOpm.pd f>.
Então, o tutor que estimula a busca de respos­
tas, apresenta diversas fontes de informação e Esta­
belece uma comunicação clara e participativa, cola­
bora com a construção do conhecimento.
2 . 4 ♦ A expansão do conhecimento a 
aprendizagem e o tutor em EAD
Para falarmos, mais adiante, do conhecimento, 
da busca pelo conhecimento c das práticas que con­
duzem ao estímulo u a construção do mesmo, vamos 
começai este capítulo com uma definição muito in­
teressante e didática. De autor desconhecido, amplia 
nossos horizontes e conduz-nos à reflexão:
A diferença entre dado, informação, conhecimento e sabedoria
Há uma certa confusão sobre a diferença entre dado, snformncao, co- 
nhccuncnm e sabedoria.
20
abcxl.ntj5.br
C ) dado c um pingo dc chuva.
Você es© andando c sente um pingo, um segundo pingo, uiti terceiro
pingo. Aquilo nào significa que é uma chuva, pode ser um ar condicio- 
nado, pingando num dia de calor.
No momento cm que voccoíha para oocu e repara que existem nuvens, 
e que começa ver os primeiros raios c sentir mais pingos, complementa 
aquele conjunto de dados e chega a uma informação: vai choverl
O conhcamento é quando você percebe que com a chuva você vai 
se molhar, c se você se molhar não vai poder chegar ao trabalho todo 
molhado, e pode ficar resfriado. Então, isso é um conhecimento.
A sabedoria é o qac vai fazer com tudo isso. Sc você vai continuar 
anilando desesperada mente no meio da chuva c se molhar rodo, n,i 
vai se preservar numa marquise e deixar a chuva passar.
A harmonia cnirc o dado, a informação, o conhedmenvo c a sabedo­
ria, poderiamos resumir que c a aitt de viver. E isso funciona tanto \ 
para cada pessoa, para cada grupo, para cada empresa e para cada pais. . /
21
2.4 > 1 * O tutor e sua responsabilidade 
como facilitador da aprendizagem
Independente do papel que estamos assumindo 
neste momento, á busca e a ampliação do conhecimen­
to sào farores importantes, eque devem estar presentes 
em todos os momentos e setores de nossa vida.
Veremos, a seguir, informações que serão 
muito importantes, neste processo de construção 
do conhecimento.
Seja você, um aluno ou um profissional de EaD. 
Vamos, neste momento, pensar sobre a aprendizagem: 
Aprendizagem é um pmoesso de mudança de comportamento 
obtido através da experiência construída por fatores emocionais, 
neurológicos, relacionais c ambientais. jVprender é o resultado da 
interação entre estruturas mentais c o meio ambiente De acordo 
com a nova ênfase educacional, centrada na aprendizagem, o pro­
fessor é coautor do processo de aprendizagem dos alunos. Nesse 
enfoque centrado na aprendizagem, o conhecimento é construído 
e reconstruído comi nuamente.
Amélia 1 lanize.
< h 11 p: / / edil c;kI< ír.bmsi kscola.com /1 rabal h o -d< menie /o-que-e- 
-jiprend izagum, h tm >.
22
kscola.com
Como professores-tutores e/ou alunos, deve­
mos nos conscientizar no sentido de buscar e usar 
toda a informação a que temos acesso, na direção do 
enriquecimento intelectual, na autoinstrução.
Enquanto tutores, não podemos, cm nossa prá­
tica pedagógica, sermos apenas transmissores de in­
formações. Devemos ser criadores de ambientes de 
aprendizagem, parceiros e colaboradores no proces­
so de construção de um conhecimento que se atua­
lize conrinuamente.
Publicado cm 2003, pela The Commonwealth of 
Learning (COL), sob a autoria de Jenniffer ORourke, 
o documente Tutoria no EaD: um manual para tu­
tores, foi citado c destacado no módulo Praticas de 
Tutoria em Educação a Distância deste curso.
Vamos retomar, neste momento, os aspectos 
que tratam das responsabilidades c competências do 
tutor no apoio ao aluno, principalmente no sentido 
de facilitar a aprendizagem.
Segundo o documento, facilitar a aprendizagem de 
acordo com as necessidades e uma das principais áreas 
da responsabilidade dos tutores no apoio aos alunos.
Vamos retomar este fragmento do documento, 
agora, partindo do conhecimento, que já pudemos 
adquirir por meio das informações e das reflexões, 
acerca dos conceitos de informação, comunicação e 
conhecimento, apresentados nesta unidade.
23
Facilitar a aprendizagem de acordo Com as necessidades 
«5^V-
Àlém de manterem uma presença de fundo, os tutores têm de ajudar 
os alunos a desenvolverem as suas capacidades de aprendizagem, faci­
litar a aprendizagem cn volve sugerir aos alunos cama poderão trilhar 
o seu próprio caminho na aprendizagem, ou superar obstáculos. Isto 
requer comunicação, motivação e técnicas de resolução de problemas, 
c uma compreensão de como os alunos desenvolvem os seus métodos 
de aprendizagem,
O termo ''facilitar \ muitas vezus, refere-se ao papel dos tutores na 
aprendizagem cm grttpo, c na aprendizagem online, cm particular. 
Embora os tutores possam usar estratégias diferentes para facilitar a 
aprendizagem em grupo c individuaimente, o objetivo é o mesmo: 
permitir aos alunos desenvolverem métodos de aprendizagem que vào 
ao encontro das suas necessidodex e <|uc sejam adequados ao come- 
údo e ao contexto.
(...) Os estudos de educadores como Gibbs indicam que os rurore; 
podem incentivar estratégias de aprendizagem aprofundadas, que 
forneçam motivação intrínseca, que apoiem a aprendizagem ativa c a 
interação entre os alunos, e que os ajudem a integrarem os conheci­
mentos existentes com a nova aprendizagem. Estas incluem:
• permitir aos alunos fazer escolhas na sua aprendizagem;
• criar um ambiente de aprendizagem apoiada;
• incentivar a aprendizagem baseada em problemas:
• incentivara reflexão sobre o processo c o conteúdo da aprendizagem;
• incentivar a aplicação do conhecimento, através de atividades dc 
aprendizagem c do trabalho cm grupo;
24
■ oferecer aos alunos escolha?, nas tareias para avaliação;
• conceber unu avaliação que envolva a resolução de problemas, em 
vez de memorização.
O texto, a seguir, do Prof. Dr. José Manuel Mo- 
ran foi extraído do porta) do MEC. de um dos mó­
dulos de estudos do Programa de Formação Cont­
inuada ein Mídias na Educação, resultado da patcetia 
entre a extinta SEED. Instituições Públicas de Ensi­
no Superior e Secretarias de Educação.
O programa é, especialmente, dedicado aos 
profissionais da Educação com o objetivo de cola­
bora l para o desenvolvimento de uma prática peda 
gógica cada vez mais crítica e criativa, baseada na uti­
lização Integrada, cooperativa e autoral de diferentes 
mídias (TV, informática, rádio e impressos).
MlíitaI
iIIW H C AH s^jjionP'
AiJriV> fflís
Vuiânti
Sen lia
Te-Prolnfo
(<http; / eproi n fo. mec .gcv.br J
25
O Ambiente Colalxjrativo 06 Aprendizagem (e-Ptoinfo) c um am­
biente virtual colaborar! vo de ftpi'endizíigem que permite a concepção, 
administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, come 
cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de 
pesquisa, projetos eu labora tiv os e diversas outras formas de apoio a 
distânda c ao processo ensino-aprendizagem
<ht cpi//cpr< >1 o f< n mcc.gí tv.br / >.
Neste fragmentQ, $ão destacados os termos 
e os conceitos estudados nesta unidade. Ele nos 
conduz à reflexão, à prática, ao estímulo c à busca 
pelo conhecimento.
v<*?f
Caminhos que facilitam a aprendizagem
Podemos extrair alguma inior mação ou experiência que nos possa 
ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sa­
bemos, para íejekar de ter nu nadas visòeS de mufido, para itlcoípoíar 
novos pontos de vista.
O conhecimento dá-se, fundamentalmentic, nu processo de interação, 
de Comunicação.
A informação éo primeiro passo para conhecer. Porque falamos isso? 
Porque a mformaç» > é o resultado da organização de dados que estavam sol­
tos, de oktecer algum tipo de estrutura que faolite a sua compocensãa
Conhecimento c o processo de percepção, decodihcação, compreen­
são e incorporação de algumas informações,que se tornam signiíca- 
tivas para cada um de nós.
26
O que é conheccrr Conhecer c relacionar. integrar, contextuai izar, Fa­
zer nosso o que vem de fora. Conhecer é saber, é desvendar, c ir atem 
da superfície, do previsível. d* exterioridade. Conhecer c aprofundar 
os níveis de descoberta, é penetrar mais fundo nas coisas, na realidade, 
no nosso interior.
Sabedoria c o conhecimento percebido dentro de um contexto ético, 
o conheci mente de quem assume a honestidade intelectual, emocional 
e de comportamento como atitude fundamental. I ; um conhecimento 
que franxtorma, não $ó que Sc acumula.
Conhecer ê conseguir chegar ao nível da sabedoria, da integração to­
tal, da percepção da grande síntese, que se consegue ao ctjmunLcar- 
-sc com uma nova visão do mundo, das pessoas c com o mergulho 
profundo no nosso eu. O conhecimento dá-se no processo rico de 
interação externo c interna
Pela comunicação aberta e confiante desenvolvemos contínuos e ines­
gotáveis processos de aprofundamento dos níveis de conhecimento 
pessoal, comunitário c social. Conseguimos compreender melhor o 
mundo e os outros, ccpti li brando os processos de interação ç dç inte- 
riotização. Reli interação, entramos em contato com tudo o que nos 
rodeia; captamos as mensagens, rcvdamo-nas c ampliamos a percep­
ção externa. Mas, a compreensão só se completa com a inturiorização, 
Com o pfoCcsso de snlLesc pcSsoal, dt ruelaboiaçào dtj tudo o que 
captamos através da interação.
Temos muitas chances de interagir, dc buscar novas informações. So­
mos ioliçifados contiiiuamcnrc a ver novas coisas ;l efiCOntraí novas 
pessoas, a ler novos textos. A sociedade, principal mente, pelos meios 
dc comunicação, puxa-nos em direção ao externo e não há a mesma 
preocupação em equilibrar a saída para o inundo com a interiorizaçAo.
27
Com o ambiente de calma, meditação c paz que s» necessários para 
reencontrar-nos, para aceitar-nos, para elaborar novas sínteses.
Hoje, há mais pessoas voltadas para fora do que para dentro de si, mais 
repetidoras do que criadoras, mais desorientadas do que integradas.
InteragíremoiS melhor, se Soubermos também interiorizar, sc encon­
trarmos formas mais ricas de compreensão, que levará para novos 
momentos de interação. Se equilibramos o interagir e o interiorizar, 
avançaremos mais c consegui remos compreender melhor o que nos 
rodeia, o que somos. Conseguiremos lesar a outras novas sínteses, c 
nào sermos, só, papagaios, repetidores do que ouvimos.
Um dos grandes desafios para o educador c ajudar a tornar a informa­
ção significativa, a escolher as informações, verdadeiramente, impor­
tantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez 
mais abrangente e proiunda. c a torná-las parte do nosso icicrcnciaL 
Que tatores podem nos kn ar a aprender nn.Hn rf e de forma mais prazerosa? 
Aprendemos melhor quando vi venci amos, experimentamos, senti­
mos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecemos vínculos, la­
ços entre o que estava solto, caótico, disperso, inregrando-o cm um 
novo contesto, dando-lhe significado, encontrando um novo sentido. 
Aprendemos quando descobrimos novas dimensões de significação 
que antes nos escapavam, quando vamos ampliando o circulo de 
compreensão do que tios rodeia, quando con.lt) numa Cebola, vamos 
descascando novas camidas, que antes permaneciam ocultas ã nossa 
percepção, o que nos faz perceber de outra forma. A prendemos mais, 
quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a expe­
riência e a coTicciruaçao, entre a teoria c a pratica: quando ambas se 
alimentam mutuamente. Aprendemos quando equilibramos e integra­
mos o seíisoiiâl, o racional, o emocional, o ético, o pessoal c o social.
28
Aprendemos peio pensamento divergente, através eh tensão, da busca 
e pela convergência - pela organização, integração, Aprendemos peta 
concentração em temas ou objetivos definidos, ou peta atenção difusa, 
quando estamos de antenas ligadas, atentos ao que acontece ao nosso 
lado. Aprendemos quando perguntamos, questionamos, quando esta­
mos aremos, de amenas ligadas.
Aprendemos quando interagimos dom os outros e ú mundo e depois, 
quando interiorizamos, quando nos voltamos para dentro, fazendo 
nossa própria síntese, nosso reencontro tio mundo exterior com a 
nossa redaboraçào pessoal. Aprendemos pelo interesse, necessidade. 
Aprendemos ni.iis, facilmente, quando percebemos o objetive?, a utili­
dade de algo, quando nos traz vantagens perceptíveis. Se precisamos 
comunicar-nos cm inglês pela Internet ou viajar para fora do país, 
o desejo de aprender inglês aumenta e facilita a aprendizagem dessa 
língua. Aprendemos pula criação de hábitos, pela automatização de 
processos, pela repetição. Ensinar toma-se mais duradouro, se con­
seguirmos que os t nitros repitam processos desejados. líx.: ler textos 
com frequência facilita que a leitura faça pane do nosso dia a dia. 
Nossa resistência a ler vai diminuindo. Aprendemos pela credibilidade 
que alguém nos merece. A mesma mensagem dita por uma pessoa, 
OU por outra, pode ter pesos bem diferentes, dependendo de quem 
fala e de como o faz. Aprendemos também pelo estimulo, motivação 
de alguém que nos mostra que vale a pena investh num determinado 
programa, cursa L‘m professor que transmite credibilidade facilita a 
comunicação com os alunos c a disposição para aprender. Aprende­
mos pdo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de 
uma pessoa. ( ) jogo, o amhicnrc agradável, o estímulo positivo podem 
facilitar a aprendizagem. Aprendemos mais, quando conseguimos jun-
29
tar todos os Fatores: temos interesse, motivação clara; desenmkemos 
hábitos que facilitam o processo de aprendizagem; e sentimos pra­
zer no que estudamos e na forma de fazê-lo. Aprendemos realmenre, 
qciando conseguirmos transformar nossa vida em um processo per­
manente, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. Ptottrsso 
permanente, porque nunca acaba. Paciente, porque os resultados nem 
sempre aparecem imediatamente e sempre se modificam. Confiante, 
porque aprendemos mais se tivermos umci atitude confame, positi­
va diante da vida, do mundo t dc nós mesmos. Processo afittuoso, 
impregnado de carinho, de ternura, dc compreensão, parque nos faz 
avançar muito mais.
A Internet c demais tecnologias aj iidam-nos a realizar □ que já faze­
mos, ou que: desejamos, Se somos pessoas abertas, ajuda-nos a ampliar 
a nossa comunicação; sç somos fechados, contribui para controlar 
mais. Sc temos propostas inovadoras, facikta a mudança.
Com ou Sem tecnologias avançadas, podemos vi venci ar processos 
parriçiparjvos dc compartilhamento dc ensinar e aprender (poder dis­
tribuído), através da comunicação mais aberta, confiante, dc motiva­
ção constante, dc integração de todas as possibilidades da aula-pesqui- 
síi/aula-comunicação, num processo dinâmico c amplo dc informação 
inovadora, reckdx irada pessoalmente c cm grupc\ de integração do 
obj cto dc estudo em todas as dimensões pcsSoats: Cognitivas, emo­
tivas, sociais, éticas c utilizando rodas as habilidades disponíveis do 
professor e do aluno.
Informação c comunicação na Educação.
|osé Manuel Moran.
<http:; w-uw.nejaü.utòd?r/suh>jie niiiljúiseducjcKj/pdt' etapa.j^cíjmunicacatLpçlt*. 7^
30
Exercícios propostos
1. Segundo as definições de Informação e de Conhe­
cimento apresentadas nesta unidade, defina:
- Informação
- Comunicação
2, Quais são os componentes do processo de comunicação? 
3- Segundo o texto do professor Celso Antunes, ‘‘quan­
do, entretanto, se percebe que em sala de aula a infor­
mação é essencialmente válida, quando se transforma 
cm conhecimento, cabe discutir o que significa “conhe­
cimento” c como é possível, através da prática pedagó­
gica ou da aula, produzir essa transformação”. Neste 
contexto, quais as principais características que distin­
guem informação c conhecimento?
4. Estudos de educadores como Gibbs indicam queos tutores podem incentivar estratégias de apren­
dizagem aprofundadas, que forneçam motivação 
intrínseca, que apoiem a aprendizagem ativa e a in­
teração entre os alunos, e que ajudem os alunos a 
integrarem os conhecimentos existentes com a nova 
aprendizagem. Quais são estas estratégias?
5. Segundo o texto “Caminhos que facilitam a apren­
dizagem”, qual o papel fundamental da interação na 
facilitação da aprendizagem?
33
Goborito
^(Unidade 2
Comunicação, informação e a ex­
pansão do conhecimento
1. Resposta. Informação e quando um emissor passa 
para um receptor um conjunto de dados (mensagem) c 
esse conjunto de dados elimina uma serie de incertezas. 
Comunicação e quando essa mensagem que sai do 
emissor e chega ao receptor é entendida, decodifica­
da e retornada, estabelecendo assim, o que é chama­
do de fccdback, que é a compreensão dessa mensa­
gem que foi passada.
2. Resposta. São componentes do processo de co­
municação: o emissor da mensagem, o receptor, a 
mensagem em si, o canal de propagação, o meio de 
comunicação, a resposta (fccdback; c o ambiente, 
onde o processo comunicativo acontece.
3. Resposta. Informação
• Um ou mais fatos conhecidos, pré-organizados, 
produzidos fora do espaço escolar, completos e aca­
bados, e que devem ser assumidos pelos alunos.
• O professor que não transforma a informação em 
conhecimento torna-se o responsável por sua trans­
missão, tal como o faz um texto, um vídeo, uma 
emissora de rádio ou outra mídia e, portanto, pode
36
set substituído- Em sua aula, o aluno é apenas ouvin­
te e espectador
Conhecimento
* Produto de uma interação entre o indivíduo (alu­
no), a informação que lhe é exterior e que chega tra­
zida pelo professor, ou por outras fontes que insti­
gam o aluno a acessar e incorporar significado para 
essa informação.
* O professor que transforma informação em co­
nhecimento faz de seu aluno um protagonista, que 
descobre como associar informações que já possui, 
para atribuir significado às informações que recebe.
4. Resposta:
* permitir aos alunos fazer escolhas na sua aprendizagem;
* criar um ambiente de aprendizagem apoiada;
* incentivar a aprendizagem baseada em problemas;
* incentivar a reflexão sobre o processo e o conteú­
do da aprendizagem;
* incentivar a aplicação do conhecimento, através de 
atividades de aprendizagem c do trabalho cm grupo;
* oferecer aos alunos escolhas nas tarefas para avaliação;
* conceber uma avaliação que envolva a resolução 
de problemas, em vez de memorização.
5* Resposta* Pela interação entramos em contato 
com tudo o que nos rodeia; captamos as mensagens, 
reveiamw-nose ampliamos a percepção externa. Mas, 
a compreensão só se completa com a inrcriorizaçào, 
com o processo de síntese pessoal, cie reelaboração 
de tudo o que captamos através da interação.
38
40
Referencio
Brasil Escola. Disponível em: <http://www.bt3SÍ- 
lescola.com/geografia/globanzacao.htin>. Acesso 
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Repositório digital de publicações científicas

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