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INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 1 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOS LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de proposições iniciais redunda em uma outra proposição final, que será consequência das primeiras. Dito de outra forma, argumento é a relação que associa um conjunto de proposições P1, P2,.......Pn ,chamadas premissas do argumento, a uma proposição C, chamada de conclusão do argumento. No lugar dos termos premissa e conclusão podem ser também usados os correspondentes hipótese e tese, respectivamente. Importante: o termo ‘Aferir” significa concluir. Vejamos alguns exemplos de argumentos: Exemplo 1) P1: Todos os cearenses são humoristas. P2: Todos os humoristas gostam de música. C:Todos os cearenses gostam de música. 2) P1: Todos os cientistas são loucos. P2: Martiniano é louco. C: Martiniano é um cientista. Existem argumentos com apenas uma premissa e uma conclusão. Veja o exemplo: Todos os peixes precisam de água. Logo, este peixe também precisa de água. Premissa: Todos os peixes precisam de água. Conclusão: este peixe também precisa de água. Importante dizer que nem sempre a conclusão é a última proposição. Observe o exemplo: Hoje vai chover, pois há nuvens no céu, e sempre chove quando há nuvens no céu. Organizando o argumento teríamos: P1: há nuvens no céu. P2: sempre chove quando há nuvens no céu. C:hoje vai chover. Da mesma forma nada impede que a conclusão seja colocada entre duas premissas. Veja o seguinte argumento; Como faltou a mais da metade das aulas, Roberto reprovou por faltas, pois tem frequência inferior a 50%. Organizando o argumento teríamos: P1: Roberto faltou a mais da metade das aulas P2: Roberto tem frequência inferior a 50%. C: Roberto reprovou por faltas. FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO ARGUMENTO 1ª forma: Premissa 1.Premissa 2 | Conclusão 2ª forma: Premissa 1 Premissa 2 Conclusão O tipo de argumento ilustrado nos exemplos anteriores é chamado silogismo. Tipos de argumentos: dedutivo e indutivo DEDUTIVO Argumento dedutivo é aquele que parte de proposições cada vez mais universais para proposições particulares, proporcionando o que chamamos de demonstração, pois que sua inferência (a conclusão é extraída das premissas) é a inclusão de um termo menos extenso em outro de maior extensão. De forma mais prática partindo do genérico concluímos o particular. dedutivo Os seguintes exemplos podem elucidar melhor: Exemplo 1 Todo homem é mortal. João é homem Logo, João é mortal. Observe que no primeiro exemplo o argumento parte de uma premissa universal para uma conclusão com proposição particular (porque a segunda premissa é também particular) Exemplo 2 Todo brasileiro é mortal Todo paulista é brasileiro. Logo, todo paulista é mortal. No segundo argumento, todas as premissas, bem como a conclusão, são universais. No entanto, em ambos ocorrem a inferência, pois que os termos dados (mortal, homem e João – primeiro argumento, mortal, brasileiro e paulista – segundo argumento) possuem uma relação de extensão entre si que vai do maior termo(geral), passando pelo médio (através do qual há mediação) e chegando, por fim, ao termo menor (particular). Silogismo é o argumento formado por duas premissas e a conclusão. Particular Geral INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 2 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOS INDUTIVO O segundo tipo de argumento é o indutivo. Este tipo de argumento parte de proposições particulares ou com termos relativamente menores do que os que estão na conclusão, e chega a termos mais universais ou mais extensos. Veja os exemplos abaixo: indutivo Exemplo 1 O ferro conduz eletricidade. O ouro conduz eletricidade. O chumbo conduz eletricidade. A prata conduz eletricidade. Logo, todo metal conduz eletricidade. Exemplo 2 Todo cão é mortal. Todo gato é mortal. Todo peixe é mortal. Todo pássaro é mortal. Logo, todo animal é mortal. VALIDADE DE UM ARGUMENTO Argumento Válido Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas. Veremos em alguns exemplos adiante que as premissas e a própria conclusão poderão ser visivelmente falsas (e até absurdas!), e o argumento, ainda assim, será considerado válido. Isto pode ocorrer porque, na Lógica, o estudo dos argumentos não leva em conta a verdade ou a falsidade das premissas que compõem o argumento, mas tão somente a validade deste. Exemplo: Considere o argumento P1: Todos os homens são pássaros. P2: Nenhum pássaro é animal. C: Portanto, nenhum homem é animal. O argumento está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, é um argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da conclusão sejam totalmente questionáveis. Repetindo: o que vale é a construção, e não o seu conteúdo! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido, independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão! Apenas argumentos Dedutivos podem ser avaliados como válidos ou inválido. Como saber que um determinado argumento é mesmo válido? Uma forma simples e eficaz de comprovar a validade de um argumento é utilizando-se de diagramas de conjuntos. Trata-se de um método muito útil e que será usado com frequência em questões que pedem a verificação da validade de um argumento qualquer. Vejamos como funciona, usando esse exemplo abaixo: P1: “todos os homens são pássaros”, P2: “Nenhum pássaro é animal”. C: “Nenhum homem é animal” Quando se afirma, na premissa P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar essa frase da seguinte maneira: Observem que todos os elementos do conjunto menor (homens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase “Todo A é B”. Dois conjuntos, um dentro do outro, estando o conjunto menor a representar o grupo de quem se segue à palavra todo. Façamos a representação gráfica da segunda premissa. Temos, agora, a seguinte frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a palavra chave desta sentença é nenhum. E a ideia que ela exprime é de uma total dissociação entre os dois conjuntos. Vejamos como fica sua representação gráfica: Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em comum. Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos: Geral Particular A validade de um argumento não tem nada haver com o fato das premissas e a conclusão serem falsas ou verdadeiras (no mundo real). com o fato das Animal Pássaro INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 3 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOSAgora, comparemos a conclusão do nosso argumento – Nenhum homem é animal– com o desenho das premissas acima. E aí? Será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o conjunto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido! ARGUMENTO INVÁLIDO Dizemos que um argumento é inválido – também denominado ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão. Entenderemos melhor com um exemplo. Exemplo: P1: Todas as crianças gostam de chocolate. P2: Melissa não é criança. C: Portanto, Melissa não gosta de chocolate. Veremos a seguir que este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão. Melissa pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois a primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam de chocolate. Da mesma forma que utilizamos diagramas de conjuntos para provar a validade do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo artifício, que o argumento em análise é inválido. Vamos lá: Comecemos pela primeira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”. Já aprendemos como se representa graficamente esse tipo de estrutura. Teremos: Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Melissa não é criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Melissa, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos facilmente que a Melissa só não poderá estar dentro do conjunto das crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto, concluímos que a Melissa poderá estar em dois lugares distintos do diagrama: 1º) Fora do conjunto maior; 2º) Dentro do conjunto maior (sem tocar o conjunto das crianças). Vejamos: Olhando para o desenho acima observamos que pode ser que ela goste de chocolate mas também pode ser que não goste (caso esteja fora do retângulo grande). Assim, temos então um argumento considerado inválido uma vez que as premissas não nos permite chegar a conclusão nenhuma. O argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a veracidade da conclusão! Importante observar que a validade de um argumento não tem nenhuma relação com a veracidade das premissas e conclusão no mundo real e sim com a forma como ele está construído. Podemos ter premissas e conclusão falsas (no mundo real) e mesmo assim o argumento ser válido. Observe o exemplo: P1: Todo peixe têm asa. (Falso) P2: Todo o cão é peixe. (Falso) C: Todo o cão têm asa. (Falso) Veja a representação gráfica das premissas: Pelo diagrama concluímos que todo cão tem asa que exatamente a conclusão apresentada pelo argumento. Dessa forma a conclusão está de acordo com as premissas tornando o argumento válido. Observe que a validade do argumento não tem nada haver com o fato das proposições serem absurdas (falsas) quando pensamos no mundo real. O que vale mesmo é o fato do argumento estar bem construído. INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 4 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOS SILOGISMO. Raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de duas proposições (premissas), das quais se obtém por inferência uma terceira (conclusão). Exemplo: "todos os homens são mortais; os gregos são homens; logo, os gregos são mortais”. O primeiro pensador que formulou uma teoria sobre silogismos foi Aristóteles. Este filósofo é considerado o pai da lógica. Os silogismos permanecem como um dos principais modos de raciocínio humano e são geralmente representados usando um tipo de fórmula matemática para ajudar a compreendê-los melhor. Existem diferentes tipos de silogismos, classificados em quatro figuras. Todos têm os três termos mencionados (duas premissas e a conclusão), e até 256 silogismos diferentes podem ser encontrados. Entre esses, apenas 19 são considerados válidos ou legítimos. Os silogismos deram origem ao aparecimento de falácias (argumentos inválidos), que ocorrem pelo uso indevido dos elementos lógicos estabelecidos neles. Vamos destacar dois tipos de silogismos: o hipotético e o categórico. Silogismo hipotético Em lógica proposicional o silogismo hipotético expressa uma regra de inferência (inferência significa concluir algo) que utiliza por exemplo os chamados conectivos lógicos como a condicional e a disjunção. Exemplo: P1 - Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve. P2 - A temperatura da água é de 100°C. C – A água ferve. Como regra geral, a notação hipotética é a seguinte: 1ª premissa: P -> Q 2ª premissa: Q -> R Conclusão: P -> R. Para que a fórmula seja mais compreensível, ela pode ser resumida da seguinte forma: P1: Se A então B. P2: Se B então C. C: Se A então C. Os 3 principais tipos de silogismos hipotéticos Dentro dos silogismos hipotéticos existem vários tipos diferentes que, apesar de compartilharem a mesma estrutura e características, possuem pequenas diferenças. 1- Silogismo hipotético puro É aquele que foi explicado anteriormente, no qual a estrutura lógica é mantida sem qualquer alteração em relação à regra. Dessa maneira, conhecer tanto a primeira premissa (A e B) quanto a segunda (B e C) podem inferir uma conclusão lógica. Exemplo "Se eu adormecer de manhã, vou me atrasar para o trabalho. Se estou atrasado para o trabalho, eles chamam minha atenção. Portanto, se eu adormecer de manhã, eles vão chamar a atenção para mim no trabalho ". 2- Silogismo hipotético misto O misto mistura a hipótese da primeira premissa com uma segunda e uma terceira categórica. Eles podem ser negativos ou positivos, com estruturas diferentes. Exemplo de silogismo misto afirmativo A afirmativa, chamada modus ponens, isso se traduziria em um silogismo assim: "Se estiver ensolarado, então é dia. Esta ensolarado. Portanto, é dia ". Representação (modus ponens) P1: A → B P2: A C: B Exemplo de silogismo misto negativo O negativo modus tollens seria o seguinte: "Se a lua nascer, então é noite. Não é noite. Portanto, não vemos a lua. Representação (modus tollens) P1: A → B P2: ~B C: ~A 3- Silogismo hipotético disjuntivo Mistura a hipótese e o disjuntivo (ou) em sua premissa principal. Se isso ocorrer, um silogismo disjuntivo hipotético é gerado. Como os mistos, eles têm um positivo e um negativo, com os mesmos nomes que foram apontados. “Ele tem mais que 16 anos ou ele é criança. Ele não tem mais que 16 anos. Logo, ele é criança.” O silogismo disjuntivo, também conhecido historicamente como modus tollendo ponens, é uma forma de argumento simples, classifica-se válido, do tipo: P1: P ou Q P2: ~ P C: Q INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 5 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOS Silogismo categórico Um silogismo categórico é um argumento que consiste em três proposições categóricas que contêm exatamente três termos, cada um dos quais ocorre exatamente em duas das proposições constituintes. Exemplo: P1- Todos os homens são mortais. P2- João é homem.C: João é mortal”. A conclusão de um silogismo categórico de forma típica é uma proposição categórica de forma típica que contém dois dos três termos do silogismo. O termo predicado da conclusão é denominado o termo maior (mortal) do silogismo, e o termo sujeito da conclusão tem o nome de termo menor(João) do silogismo. O termo que aparece em ambas as premissas é chamado de termo médio (homen). Exemplo: Nenhum herói é covarde. Alguns soldados são covardes. Logo, alguns soldados não são heróis O termo maior é ‘herói’, o termo menor é ‘soldados’ e o termo médio é ‘covarde’. Observação: as proposições categóricas podem ser classificadas como: a) Proposições universais Todo A é B (afirmativa) Nenhum A é B (negativa) b) Proposições particulares Algum A é B (afirmativa) Algum Anão é B (negativa) Regras do silogismo categórico A - Em relação aos termos 1-Todo silogismo contém somente 3 termos: maior, médio (o termo comum) e menor; 2- Os termos da conclusão não podem ter extensão maior que os termos das premissas; 3- O termo médio não pode entrar na conclusão; 4 - O termo médio deve ser universal ao menos uma vez; B - Em relação as premissas 5 - De duas premissas negativas, nada se conclui; 6- De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa; se houver uma premissa negativa a conclusão deverá ser negativa. 7- A conclusão segue sempre a premissa mais fraca; 8 - De duas premissas particulares, nada se conclui. Estas regras reduzem-se às três regras que Aristóteles definiu. O que se entende por “parte mais fraca” são as seguintes situações: entre uma premissa universal e uma particular, a “parte mais fraca” é a particular; entre uma premissa afirmativa e outra negativa, a “parte mais fraca” é a negativa. Fique atento as regras 3 e 7 !!!!!! LEITURA COMPLEMENTAR RACIOCÍNIO DEDUTIVO e INDUTIVO A Lógica estuda o argumento. Este possui formas próprias capazes de evidenciar que uma conclusão é derivada daquilo que fora estabelecido nas premissas ou proposições dadas anteriormente. Há duas formas de se proceder quando se pretende formar uma argumentação, são elas: o dedutivo e o indutivo. DEDUTIVO Argumento dedutivo é aquele que procede de proposições cada vez mais universais para proposições particulares, proporcionando o que chamamos de demonstração, pois que sua inferência (a conclusão é extraída das premissas) é a inclusão de um termo menos extenso em outro de maior extensão. Partimos de uma proposição geral para uma proposição particular. Os argumentos dedutivos são muito utilizados pelos matemáticos e cientistas. Exemplo 1: Todo homem é mortal. João é homem. Logo, João é mortal. Exemplo 2: Todo brasileiro é mortal. Todo paulista é brasileiro. Logo, todo paulista é mortal. INDUTIVO Este parte de proposições particulares ou com termos relativamente menores do que os que estão na conclusão, e chega a termos mais universais ou mais extensos. Veja os exemplos abaixo: Na indução nada autoriza que a conclusão tenha relação com as premissas, porque se trata de um termo que não foi dado anteriormente. Não existe silogismo se não houver termo médio. GERAL PARTICULAR GERAL PARTICULAR INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 6 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOS Exemplo 1 O ferro conduz eletricidade. O ouro conduz eletricidade. O chumbo conduz eletricidade. A prata conduz eletricidade. etc.............. Logo, todo metal conduz eletricidade. Exemplo 2 Todo cão é mortal. Todo gato é mortal. Todo peixe é mortal. Todo pássaro é mortal. Logo, todo animal é mortal. No raciocínio indutivo, o papel das premissas é fornecer um forte apoio à conclusão, mas a verdade da conclusão não é garantida. Observe: “Tenho visto muitos cisnes e eles eram todos brancos. Portanto, todos os cisnes são brancos.” Neste caso, o raciocínio é correto porque a premissa apoia a conclusão, mas a conclusão é falsa, uma vez que existem cisnes negros. É o tipo de argumento trabalhado pelos filósofos e cientistas empíricos. FALÁCIAS (SOFISMA) Um raciocínio inválido, incorreto ou não legítimo é aquele onde a conclusão não decorre das premissas. Parecem ser válidos porém não são. É normal chamar esses argumentos inválidos (ou não legítimos) de sofisma ou falácias porém a uma pequena diferença entre eles. As falácias que são cometidas involuntariamente designam-se por paralogismos e as que são produzidas de forma a confundir alguém numa discussão designam-se por sofismas. Essa distinção não é, no entanto, aceitável, pois introduz um critério exterior à lógica - a ética. Assim na lógica proposicional os termos falácia e sofisma são sinônimos. Observe: 1- A pessoa se enganou porém esse engano não prejudicou a ninguém. Decorre de uma falha de quem argumenta. É um erro involuntário. É uma falha técnica. 2 - Quando alguém diz "Compre o meu carro que estou vendendo abaixo da tabela", mas omite o dado que ele já sofreu batida e foi recondicionado. Essa pessoa está sabendo que a omissão dessas informações irão futuramente prejudicar o comprador. Trata-se de um ‘erro voluntário’. Dito de outro modo, não compete à lógica apreciar as intenções de quem argumenta. Por isso, tornam-se como sinônimos os termos falácia e sofisma. DEDUÇÃO, INDUÇÃO E ABDUÇÃO Em lógica, pode-se distinguir três tipos de raciocínio lógico: dedução, indução e abdução. Dada uma premissa, uma conclusão, e uma regra segundo a qual a premissa implica a conclusão, eles podem ser explicados da seguinte forma: Dedução corresponde a determinar a conclusão. Utiliza-se da regra e sua premissa para chegar a uma conclusão. Exemplo: "Quando chove, a grama fica molhada. Choveu hoje. Portanto, a grama está molhada." É comum associar os matemáticos com este tipo de raciocínio. O raciocínio Dedutivo é o único que pode ser avaliado em válido ou inválido. Indução é determinar a regra. É aprender a regra a partir de diversos exemplos de como a conclusão segue da premissa. Exemplo: "A grama ficou molhada todas as vezes em que choveu. Então, se chover amanhã, a grama ficará molhada." É comum associar os cientistas com este estilo de raciocínio. O raciocínio Indutivo não pode ser avaliado em válido ou inválido uma vez que a sua conclusão tem chance de não ocorrer. Abdução significa determinar a premissa. Usa-se a conclusão e a regra para defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Exemplo: "Quando chove, a grama fica molhada. A grama está molhada, então pode ter chovido." Associa-se este tipo de raciocínio aos diagnosticistas e detetives. INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 7 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PE Prova: FCC - 2018 - MPE-PE - Analista Ministerial - Área Jurídica Suponha que sejam verdadeiras as premissas seguintes, mesmo que você não concorde com elas. - A maior parte dos cientistas não é constituída por pessoas ricas. - Muitas pessoas que não são ricas se alimentam mal. - Todas as pessoas que se alimentam bem são saudáveis. Com base nas premissas dadas, pode-se concluir corretamenteque A) Todos os cientistas, devido a seus conhecimentos científicos, se alimentam bem. B) Todas as pessoas ricas se alimentam bem. C) Todo cientista que se alimenta bem é saudável. D) A maior parte das pessoas ricas é saudável. E) Todos os cientistas que se alimentam mal não são saudáveis. 2) Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual. Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. • “Se José pagou o IPVA ou o IPTU, então ele comprou o apartamento e vendeu a casa”. • “José não comprou o apartamento”. Nessa situação, é correto inferir que A) “José pagou somente um dos dois impostos, mas não é possível determinar qual deles”. B) “José pagou os dois impostos, mas ele não vendeu a casa”. C) “José não pagou o IPVA, mas pagou o IPTU”. D) “José não pagou o IPTU, mas pagou o IPVA”. E) “José não pagou o IPVA nem o IPTU”. 3) Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEAD-AP Prova: FCC - 2018 - SEAD-AP - Assistente Administrativo Todo domingo, se não chove, Fernanda passeia. Se não é domingo ou faz frio, Vanessa não usa sua bicicleta. Sempre que chove, André leva consigo um guarda-chuva. Assim, se Vanessa usa sua bicicleta e André não leva consigo um guarda- chuva, A) é domingo e faz frio. B) é domingo e chove. C) faz frio e Fernanda passeia. D) não chove e Fernanda não passeia. E) não faz frio e Fernanda passeia. 4) Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: BNB Prova: CESPE - 2018 - BNB - Especialista Técnico - Analista de Sistema Paulo, Tiago e João, analistas de sistema do BNB, têm, cada um deles, uma única e diferente formação: engenharia da informação (EI), sistemas de informação (SI) ou ciência da computação (CC). Suas idades são 25, 27 e 29 anos. João não é formado em EI e tem 25 anos de idade. O analista formado em SI tem 29 anos de idade. Paulo não é formado em CC, e sua idade não é 29 anos. A respeito desses analistas, de suas formações e de suas idades, julgue o item que segue. Paulo tem 27 anos de idade. ( ) Certo ( ) Errado 5) Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SC Provas: FCC - 2018 - SEFAZ-SC - Auditor- Fiscal da Receita Estadual - Auditoria e Fiscalização Considere as seguintes premissas: - Se eu vou para a academia, eu durmo bem. - Eu durmo bem e me alimento bem. - Eu me alimento bem ou trabalho o dia inteiro. A partir dessas premissas, uma conclusão válida é A) “eu trabalho o dia inteiro e me alimento bem”. B) “se eu trabalho o dia inteiro, eu durmo bem”. C) “eu vou para a academia e durmo bem”. D) “se eu vou para a academia, eu trabalho o dia inteiro”. E) “eu vou para a academia ou trabalho o dia inteiro”. 6) Ano: 2018 Banca: UFPR Órgão: COREN-PR Prova: UFPR - 2018 - COREN-PR - Auxiliar Administrativo Em certa escola, no ano de 2017, nenhum dos estudantes cursando o terceiro ano ficou em recuperação. Com base nessa premissa, qual das seguintes afirmações é verdadeira? A) Se um estudante ficou em recuperação, ele não cursou o terceiro ano em 2017. B) Se um estudante não cursou o terceiro ano em 2017, ele não ficou em recuperação. C) Se um estudante não ficou em recuperação, então ele cursou o terceiro ano em 2017. D) Se um estudante ficou em recuperação, então ele cursou o terceiro ano em 2017. E) Se um estudante não cursou o terceiro ano em 2017, ele ficou em recuperação. INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 8 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOS 7) Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CFBio Provas: Quadrix - 2018 - CFBio - Técnico em TI A: Se alguém viaja, então gasta dinheiro. B: Se alguém não tem rendimento, então não gasta dinheiro. C: Todos os empregados têm rendimento. D: Nem todos os que viajam estão empregados. Considerando as sentenças acima, julgue o item seguinte. Há pessoas que têm rendimentos, mas não estão empregadas. ( ) Certo ( ) Errado 8) Ano: 2018 Banca: UFRR Órgão: UFRR Prova: UFRR - 2018 - UFRR - Assistente Social Paulo, Fernanda e Sócrates são estudantes de graduação da Universidade Federal de Roraima. Sabe-se que: - Paulo não é da área de humanas; - Fernanda não é da área de exatas; - Não é verdade que Fernanda e Paulo são da área de ciências biológicas. É correto afirmar que: A) Paulo, Fernanda e Sócrates são respectivamente das áreas de exatas, humanas e ciências biológicas. B) Paulo, Fernanda e Sócrates são respectivamente das áreas de ciências biológicas, humanas e exatas. C) Paulo, Fernanda e Sócrates são respectivamente das áreas de exatas, ciências biológicas e humanas. D) Paulo, Fernanda e Sócrates são respectivamente das áreas de ciências biológicas, exatas e humanas. E) Paulo, Fernanda e Sócrates são respectivamente das áreas de ciências humanas, exatas e ciências biológicas. 9) Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: FCC - 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Analista Judiciário - Área Administrativa Considere os dois argumentos a seguir: I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não sabe escrever petições. Ana Maria nunca escreve petições. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições. II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela nunca escreve petições. Ana Maria nunca escreve petições. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições. Comparando a validade formal dos dois argumentos e a plausibilidade das primeiras premissas de cada um, é correto concluir que: A) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, mesmo que a primeira premissa de I seja mais plausível que a de II. B) ambos os argumentos são válidos, a despeito das primeiras premissas de ambos serem ou não plausíveis. C) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das primeiras premissas de ambos serem ou não plausíveis. D) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, pois a primeira premissa de II é mais plausível que a de I. E) o argumento I é válido e o argumento II é inválido, mesmo que a primeira premissa de II seja mais plausível que a de I. 10) Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Agente Policial Assinale a alternativa que contém um argumento válido. A) Se derrubar o copo de vidro no chão, então recolherei os cacos. Se não recolhi os cacos, então não derrubei o copo de vidro no chão. B) Comprei um par de sapatos ou lanchei na padaria. Se não comprei um par de sapatos, então não lanchei na padaria. C) Fui à feira e guardei tudo. Se não guardei tudo, então não fui à feira. D) Se estudo muito, então passo de ano. Se passei de ano, então estudei muito. E) Não escrevi a carta ou não mandei o email. Se mandei o email, então escrevi a carta. QUESTÕES 11 A 14 Considere os silogismos abaixo e julgue em certo ou errado. 11) Dado que os cristãos não são ateus e que todos os ateus são pessoas más, podemos concluir que nenhuma pessoa má é cristã. O silogismo dado é inválido. ( ) Certo ( ) Errado 12) Tem filósofo que é burro, mas nenhuma pessoa burra sabe física quântica, logo tem filósofo que não sabe física quântica. O silogismo dado é válido. ( ) Certo ( ) Errado 13) Alguns estudantes de filosofia gostam de lógica, pois tem pessoas que gostam de lógica e todos os estudantes de filosofia são pessoas. O silogismo dado é inválido. ( ) Certo ( ) Errado 14) Uma vez que nenhuma pessoa inteligente mora em Varginha, e todos os lógicos sãointeligentes, então nenhum morador de Varginha é lógico. O silogismo dado é inválido. ( ) Certo ( ) Errado INSTAGRAN @Prof Sérgio Sarkis 9 YOUTUBE / Prof Sérgio Sarkis Acesse nosso site www.matematicalogica.com.br MATEMÁTICA E LÓGICA PROF SÉRGIO SARKIS RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 6 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO - ARGUMENTOS 15) As proposições que compõem as premissas e a conclusão dos silogismos podem ser (I ) universais ou particulares e (II ) afirmativas ou negativas. Considerando estas possibilidades, é correto afirmar que a proposição a) "Nenhum ser humano é imortal" é universal e negativa. b) "Todos os seres vivos não são organismos" é particular e negativa. c) "Algum ser vivo é mortal" é universal e afirmativa. d) "Sócrates é imortal" é universal e afirmativa. e) "Nenhum organismo é mortal" é particular e afirmativa. 16) Na lógica clássica, as proposições que compõem um raciocínio são classificadas como: (1) universais ou particulares e (2) afirmativas ou negativas. Assim sendo, as proposições : -"todo ser humano é mortal", -"algumas pessoas não usam óculos" -"alguns motoristas são descuidados" São classificadas, respectivamente, como: a) particular afirmativa, universal negativa e universal afirmativa. b) particular afirmativa, universal negativa e particular afirmativa. c) universal afirmativa, particular afirmativa e particular negativa. d) particular negativa, particular afirmativa e universal afirmativa. e) universal afirmativa, particular negativa e particular afirmativa. QUESTÕES 17 a 20 Julgue os silogismos abaixo e coloque V para os validos e I para os inválidos: 17) P1: Todo A é B P2: Todo B é C C: Algum C é A 18) P1: Nenhum A é B P2: Alguns A são C C: Alguns C não são B. 19) P1: Nenhum A é B P2: Todos os B são C C: Nenhum C é A 20) P1: O sonho não é um sucessão lógica de imagens. P2: Todos os sonhos são miragens. C: Nenhuma miragem é uma sucessão lógica de imagens. GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 C E E C B A C A E A 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 C C C E A E V V I I
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