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APOSTILAS CPP

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ZERO UM CONCURSOS 
Direito Processual Penal 
Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 
Prof. Carlos Alfama 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO 
01) INTRODUÇÃO 
O estudo da aplicação da lei processual penal no espaço busca 
analisar a quais atos processuais será aplicada a lei processual 
penal brasileira. 
É certo que se o processo tramitar no Brasil e o ato processual for 
praticado em território brasileiro será aplicada a lei processual 
penal brasileira. 
Situação distinta, por outro lado, é aquela em que o processo 
tramita no Brasil, mas o ato processual será praticado em outro 
país, por exemplo no caso da citação de um acusado que reside 
fora do território brasileiro. Nesse caso, pergunta-se: será a lei 
processual penal brasileira aplicada à prática desse ato de citação? 
A resposta a essa pergunta e a outras semelhantes é dada pelas 
regras de aplicação da lei processual penal no espaço. 
CUIDADO! Não confunda o âmbito do estudo da aplicação da lei 
penal no espaço com o âmbito do estudo da aplicação da lei 
processual penal no espaço. 
LEI PENAL NO ESPAÇO LEI PROCESSUAL PENAL NO 
ESPAÇO 
Busca conhecer a quais 
crimes será aplicada a lei 
penal brasileira. 
Busca saber a quais atos 
processuais será aplicada a lei 
processual penal brasileira. 
O enfoque é no crime. O enfoque é no ato 
processual. 
 
02) PRINCÍPIO DA ABSOLUTA TERRITORIALIDADE (LEX 
FORI ou LOCUS REGIT ACTUM) 
A aplicação da lei processual penal no espaço é regida pelo 
princípio da absoluta territorialidade, segundo o qual: 
Aos atos processuais praticados em território brasileiro aplica-se a 
lei brasileira. 
 
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Trata-se de uma questão de soberania nacional: não se pode 
admitir que um dos poderes da República (Poder Judiciário) tenha 
sua atuação regida por lei estrangeira. 
Vale ressaltar ainda que, em relação à lei processual penal no 
espaço, diz-se que foi adotado o princípio da absoluta 
territorialidade, pois: 
• Não se admitem hipóteses de aplicação da lei 
processual penal brasileira ao ato processual 
praticado em território estrangeiro (não se fala, 
portanto, em extraterritorialidade da lei processual penal); 
Assim, aplica-se a lei processual penal brasileira até mesmo aos 
atos referentes a processos que correm fora do país, mas que 
forem ser praticados em território brasileiro. Exemplo: O 
cumprimento no Brasil de carta rogatória vinda de outro país será 
regido pela lei processual penal brasileira. 
• Também não se admitem hipóteses de aplicação da lei 
estrangeira ao ato processual praticado no território 
nacional (não se fala, portanto, em intraterritorialidade da 
lei processual penal). 
Assim, podemos concluir que não se aplica a lei processual penal 
brasileira ao ato processual que for praticado fora do Brasil, ainda 
que o processo tramite em território brasileiro. Exemplo: Na 
citação de um acusado que reside fora do território brasileiro 
através da carta rogatória, o cumprimento da citação será regido 
pelas leis do país em que o acusado se encontrar. 
O princípio da territorialidade encontra respaldo no art. 1º, CPP: 
CPP, art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território 
brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, 
dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente 
da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos 
crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 
100); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
 
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IV - os processos da competência do tribunal especial 
(Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF nº 130 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos 
processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os 
regulam não dispuserem de modo diverso. 
 
03) POSSIBILIDADE DE NÃO APLICAÇÃO DA LEI 
PROCESSUAL AO CRIME OCORRIDO NO BRASIL 
Como vimos, pelo princípio da absoluta territorialidade da lei 
processual penal, ao ATO PROCESSUAL praticado no Brasil será 
aplicada a lei processual penal brasileira. 
Diante dessa conclusão, a pergunta que pode ser feita em provas 
de concurso é a seguinte: é possível a não aplicação da lei 
processual penal brasileira ao CRIME ocorrido no Brasil? 
A resposta a essa pergunta é positiva. Há uma situação em que 
não se aplica a lei processual penal brasileira ao crime ocorrido em 
território brasileiro. 
A aplicação da lei processual penal brasileira a crimes ocorridos no 
Brasil é afastada quando houver tratado, convenção ou regras 
de direito internacional ratificado pelo Brasil. 
Exemplo: É o caso de crimes praticados por agentes detentores de 
imunidade diplomática, que, ainda que pratiquem crimes em 
território brasileiro, não podem ser processados de acordo com a 
lei processual penal brasileira. 
O entendimento fundamenta-se na conclusão de que nesses casos, 
apesar de o crime ter sido praticado no Brasil, o processo não 
tramitará em território nacional, logo, como aos atos processuais 
destinados ao julgamento do delito serão praticados em 
outro país, não poderá ser aplicada a lei processual penal 
brasileira. 
 
 
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04) EXCEÇÕES À TERRITORIALIDADE DO CPP 
Em regra, aos atos processuais praticados em território nacional 
aplica-se o Código de Processo Penal (CPP). Contudo, de acordo 
com o art. 1º, não se aplica o CPP a processos praticados em 
território nacional em algumas hipóteses listadas em seus incisos. 
São elas: 
• Processo de julgamento dos crimes de responsabilidade do 
Presidente da República, ministros de Estado (nos crimes 
conexos com os do Presidente da República) e dos ministros 
do STF. 
 
• Aos processos de competência da Justiça Militar não se 
aplica o Código de Processo Penal, mas sim o Código de 
Processo Penal Militar. 
Também não se aplica o Código de Processo Penal se houver lei 
específica prevendo procedimento especial de julgamento para 
determinados delitos/acusados. O entendimento decorre da 
aplicação do princípio da especialidade, que determina que a lei 
específica deve ser aplicada em detrimento da aplicação da lei 
geral. É o que ocorre, por exemplo, na Lei de Drogas (Lei nº 
11.343/06), que traz um procedimento especial de julgamento 
para seus delitos. No julgamento dos crimes da Lei de Drogas não 
se aplica o Código de Processo Penal, mas sim o procedimento 
específico da Lei nº 11.343/06. 
ATENÇÃO! Ao contrário do que possa parecer, tais hipóteses não 
configuram exceções à territorialidade da lei processual 
penal brasileira, mas sim exceções a aplicação do Código de 
Processo Penal. Isso porque, apesar de não ser aplicado o Código 
de Processo Penal, continuará sendo aplicada uma lei processual 
penal brasileira. 
Observação: O tribunal especial a que se refere o art. 1º, IV do 
CPP é o Tribunal de Segurança Nacional, que foi extinto pela CF de 
1946. Portanto, tal dispositivo legal não possui mais aplicabilidade. 
No mesmo sentido, a lei de imprensa (Lei nº 5.250/67) também 
não foi recepcionada pela CF/88 (ADPF nº 130). 
 
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05) TERRITÓRIO NACIONAL 
Vimos que, é a lei processual penal brasileira que se aplica aos atos 
processuais a serem praticados no território nacional. Mas o que 
compreende o conceito de território brasileiro? O território 
nacional compreende dois prismas: 
 
A) TERRITÓRIO SOB O ASPECTO FÍSICO: É o espaço territorial 
delimitado por fronteirasgeográficas e o respectivo espaço 
aéreo. 
 
O conceito de território inclui o mar territorial, que é a faixa de 
mar exterior ao longo da costa, que se estende por 12 milhas 
marítimas de largura, medidas a partir da baixa-mar do litoral 
continental e insular brasileiro. 
 
ATENÇÃO! O conceito de território não compreende a Zona 
Contígua, a Zona Econômica Exclusiva e a Plataforma Continental! 
 
B) TERRITÓRIO SOB O ASPECTO JURÍDICO: 
 
i. Embarcação ou aeronave pública ou a serviço do governo brasileiro 
são considerados extensão do território brasileiro onde quer que se 
encontrem. 
ii. Embarcação ou aeronave brasileira, privada ou mercante, em alto-
mar ou no espaço aéreo correspondente é parte do território 
brasileiro. 
iii. Embarcação ou aeronave estrangeira, privado ou mercante, 
quando em território brasileiro é considerado território brasileiro. 
 
 
 
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APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO 
01) INTRODUÇÃO 
O estudo da aplicação da lei processual penal no tempo busca 
analisar qual será a lei processual penal aplicada à pratica de 
determinado ato processual. 
Caso somente exista uma lei processual penal vigente ao tempo do 
crime, ao tempo do início do processo e ao tempo da prática do ato 
processual não haverá dúvida, essa deverá ser a lei aplicada. 
Situação distinta será verificada se estiver vigente uma lei 
processual ao tempo do crime, uma lei diversa ao tempo do início 
do processo e outra lei no momento da prática de determinado ato 
processual. Nesse caso, qual lei regulará a prática desse ato 
processual? 
A resposta a essa pergunta e a outras semelhantes é dada pela 
análise das regras de aplicação da lei processual penal no tempo. 
CUIDADO! Não confunda o âmbito do estudo da aplicação da lei 
penal no tempo com o âmbito do estudo da aplicação da lei 
processual penal no tempo. 
LEI PENAL NO TEMPO LEI PROCESSUAL PENAL NO 
TEMPO 
 
Busca conhecer qual a lei penal 
será aplicada no julgamento de 
um crime. 
 
Busca saber qual a lei 
processual penal será aplicada 
na prática de um ato 
processual. 
 
 
O enfoque é no crime. 
 
O enfoque é no ato 
processual. 
 
 
 
 
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02) APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO 
A aplicação da lei processual penal no tempo é regulada pelo art. 
2º, CPP: 
CPP. Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem 
prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei 
anterior. 
O dispositivo consubstancia a adoção do princípio da 
imediatidade, também chamado de princípio do tempus regit 
actum. 
Segundo esse princípio o ato processual será regulado pela lei 
processual vigente no dia em que ele for praticado. Assim, para a 
aplicação da lei processual penal, não importa: 
1) Quando o processo se iniciou; ou 
2) Quando o fato foi praticado. 
Em virtude da adoção, no Direito Processual Penal, do princípio do 
tempus regit actum, a lei processual penal aplicável será a lei 
vigente no momento em que o ato for praticado. 
Nesse sentido, podemos concluir que da aplicação do princípio da 
imediatidade derivam duas consequências: 
I. A lei processual aplica-se de forma imediata, mesmo aos processos 
já em andamento iniciados sob a égide de lei anterior; 
II. Os atos processuais praticados sob a vigência de lei anterior são 
válidos e não são atingidos pela nova lei processual, ainda que 
seja benéfica ao réu. Ou seja, a lei processual penal não 
retroage nem mesmo em benefício do agente. 
 
03) LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO X LEI PENAL NO 
TEMPO 
É comum que nas questões que cobrem a aplicação da lei 
processual penal no tempo as provas de concurso busquem 
confundir os candidatos com o estudo da aplicação da lei penal no 
tempo. 
 
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Isso porque, como vimos, a lei processual penal no tempo é regida 
pelo princípio da imediatidade (tempus regit actum). 
Por sua vez, a aplicação da lei penal no tempo é regida pelo 
princípio da retroatividade da lei benéfica (art. 5º, XL, CF/88). 
LEI PROCESSUAL PENAL NO 
TEMPO 
LEI PENAL NO TEMPO 
Princípio da imediatidade. Princípio da retroatividade da 
lei penal benéfica. 
A lei processual penal se aplica 
desde logo, sem prejuízo da 
validade dos atos praticados 
antes de sua vigência. Ou seja, 
a lei processual penal não 
retroage, ainda que benéfica. 
 
A lei penal retroage se 
beneficiar o réu. 
 
04) PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE E TRANSCURSO DE 
PRAZO INICIADO 
ATENÇÃO! O princípio da imediatidade não abarca o transcurso de 
prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para interposição de 
recurso, quando a nova lei for prejudicial ao réu (art. 3º, LICPP). 
Em outras palavras, em regra, o prazo para a prática de um ato 
no processo será regulado pela lei que estiver em vigor quando 
surgir o direito de praticá-lo. 
Exceção: Se a nova lei processual for benéfica (ampliar o prazo 
para prática do ato) será aplicada ainda já tenha sido iniciado o 
transcurso do prazo. 
Ex.: Na data em que foi proferida a decisão havia previsão da 
possibilidade de recurso, mas durante o transcurso do lapso 
temporal a possibilidade do recurso foi suprimido. Ainda assim será 
possível a interposição de recurso, pois o transcurso do prazo já 
havia sido iniciado e a nova lei processual não se aplica 
imediatamente na situação do transcurso de prazo já iniciado. 
 
 
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05) NORMAS PROCESSUAIS HÍBRIDAS (MISTAS) 
Normas processuais híbridas, também chamadas de normas 
processuais materiais ou normas mistas, são aquelas que possuem 
natureza jurídica tanto de direito penal (por terem relação direta 
com o poder punitivo do Estado) como de direito processual (por 
regularem a prática de atos da persecução criminal). 
Exemplos de normas híbridas são as normas que versam sobre a 
ação penal. Além disso, também são normas híbridas, as que 
versam sobre prisão preventiva e fiança (art. 2º da LICPP). 
A aplicação das normas processuais híbridas deve seguir as 
regras da aplicação das leis penais no tempo, ou seja, 
aplicam-se a elas os postulados da retroatividade da lei penal 
benéfica e da irretroatividade da lei penal prejudicial. 
06) NORMAS PROCESSUAIS HETEROTÓPICAS 
As normas processuais heterotópicas são aquelas previstas em 
uma lei processual, mas que possuem natureza de Direito Penal. 
Exemplo de norma heterotópica é o art. 186 do CPP, que 
assegura ao acusado o direito ao silêncio. 
Isso porque o acusado que se cala quando feita a ele uma pergunta 
da qual possa resultar em autoincriminação age no exercício 
regular de um direito. 
A aplicação das normas processuais heterotópicas deve seguir as 
regras da aplicação das leis penais no tempo, ou seja, aplicam-se 
a elas os postulados da retroatividade da lei penal benéfica e da 
irretroatividade da lei penal prejudicial. 
 
 
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QUESTIONÁRIO 
01) Qual o princípio rege a aplicação da lei processual penal 
no espaço? Qual o conteúdo desse princípio? 
 
02) Se um processo tramita fora do Brasil, mas um 
determinado ato processual será praticado em território 
brasileiro, qual a lei processual será aplicada? 
 
03) Existem hipóteses de extraterritorialidade da lei 
processual penal? 
 
04) Existe hipótese em que não se aplica a lei processual 
penal a um crime ocorrido no Brasil? 
 
05) Quando se fala que a lei processual penal brasileira será 
aplicada aos atos processuais praticados no território 
nacional, isso significa que é o Código de Processo Penal 
que serásempre aplicado? Ou existem outras leis 
processuais penais que podem ser aplicadas? 
 
06) O que é entendido por território brasileiro? 
 
07) O que é a atividade da lei? 
 
08) O que é a extra-atividade da lei? 
 
09) Qual o princípio regula a aplicação da lei processual 
penal no tempo? Qual o conteúdo desse princípio? 
 
10) A lei processual penal retroage se for benéfica ao 
acusado? 
 
11) O princípio da imediatidade abarca o transcurso de prazo 
já iniciado? 
 
12) O que são normas processuais híbridas? A elas se 
aplicam as regras de aplicação da lei penal no tempo ou as 
regras de aplicação da lei processual penal no tempo? 
 
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13) O que são normas processuais heterotópicas? A elas se 
aplicam as regras de aplicação da lei penal no tempo ou as 
regras de aplicação da lei processual penal no tempo? 
 
 
 
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QUESTÕES ANTERIORES 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO 
01. (CESPE – 2014 – TJ/CE – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Com 
relação à aplicação da lei processual no tempo, assinale a opção 
correta. 
 
a) Lei processual penal anterior à nova lei continuará a ser aplicada 
nos processos que se iniciaram sob a sua vigência. 
b) Nova lei processual penal retroage para alcançar os atos praticados 
na vigência da lei processual penal anterior. 
c) Nova lei processual penal tem incidência imediata nos processos já 
em andamento. 
d) Atos processuais realizados sob a vigência de lei processual penal 
anterior à nova lei serão considerados inválidos. 
e) Nova lei processual penal será aplicada apenas aos processos que 
se iniciarem após a sua publicação. 
 
02. (CESPE – 2013 – TJ/RN – JUIZ DE DIREITO) Nova lei que 
altere as regras de intimação no processo penal tem aplicação 
imediata, tornando automaticamente inválidas, nos processos em 
curso, todas as intimações já realizadas sob a forma da lei 
revogada. 
 
03. (CESPE – 2013 – SEGESP/AL – PAPILOSCOPISTA) A lei 
processual penal tem aplicação imediata, sem retroagir, 
independentemente de seu conteúdo ser mais benéfico para o 
acusado. 
 
04. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) A nova lei processual penal aplicar-se-á 
imediatamente, invalidando os atos realizados sob a vigência da lei 
anterior que com ela for incompatível. 
 
05. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) A lei processual penal posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplicar-se-á aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
 
06. (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia) A lei 
processual penal tem aplicação imediata, razão por que os atos 
processuais já praticados devem ser refeitos de acordo com a 
legislação que entrou em vigor. 
 
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07. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Técnico Judiciário) A lei 
processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade 
dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
08. (CESPE - 2012 - TJ-AL) Nova lei processual penal tem 
aplicação imediata, devendo ser desconsiderados, quando de sua 
edição, os atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
09. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) A aplicação da lei processual no tempo é regida pelo 
princípio da imediatidade, com incidência nos processos em 
andamento, não tendo efeitos retroativos, ainda que norma 
posterior possa ser mais benéfica ao réu. 
 
10. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área 
Processual) A lei processual penal, no tocante à aplicação da 
norma no tempo, como regra geral, é guiada pelo princípio da 
imediatidade, com plena incidência nos processos em curso, 
independentemente de ser mais prejudicial ou benéfica ao réu, 
assegurando-se, entretanto, a validade dos atos praticados sob a 
égide da legislação anterior. 
 
11. (CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário) Considere 
que, diante de uma sentença condenatória e no curso do prazo 
recursal, uma nova lei processual penal tenha entrado em vigor, 
com previsão de prazo para a interposição do recurso diferente do 
anterior. Nessa situação, deverá ser obedecido o prazo 
estabelecido pela lei anterior, porque o ato processual já estava em 
curso. 
 
12. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) Por força do princípio tempus regit actum, o fato de lei 
nova suprimir determinado recurso, existente em legislação 
anterior, não afasta o direito à recorribilidade subsistente pela lei 
anterior, quando o julgamento tiver ocorrido antes da entrada em 
vigor da lei nova. 
 
13. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) A nova lei processual penal aplicar-se-á 
imediatamente, invalidando os atos realizados sob a vigência da lei 
anterior que com ela for incompatível. 
 
 
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14. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) O princípio da imediatidade da lei processual penal 
abarca o transcurso do prazo processual iniciado sob a égide da 
legislação anterior, ainda que mais gravosa ao réu. 
 
15. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) A lei processual penal posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplicar-se-á aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO 
16. (CESPE – 2012 – TJ/AC – JUIZ DE DIREITO) Em relação à 
aplicação da lei no espaço, vigora o princípio da absoluta 
territorialidade da lei processual penal. 
 
17. (CESPE – 2013 – TJ/RN – JUIZ DE DIREITO) Dado o 
princípio da territorialidade, o CPP é aplicado em todo território 
nacional, inclusive no que se refere aos processos da competência 
da justiça militar. 
 
18. (CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário) Aos 
crimes militares aplicam-se as mesmas disposições do Código de 
Processo Penal, excluídas as normas de conteúdo penal que tratam 
de matéria específica diversa do direito penal comum. 
 
19. (CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário) Em regra, 
a norma processual penal prevista em tratado e(ou) convenção 
internacional, cuja vigência tenha sido regularmente admitida no 
ordenamento jurídico brasileiro, tem aplicação independentemente 
do Código de Processo Penal. 
 
20. (CESPE - 2012 - TJ-AL) O CPP aplica-se em todo o território 
brasileiro, inclusive aos processos da competência da justiça 
militar. 
 
21. (CESPE - 2012 - TJ-BA – Juiz) Aplica-se às normas 
processuais penais o princípio da extraterritorialidade, visto que 
são consideradas extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves públicas a serviço do governo brasileiro, onde quer que 
se encontrem. 
 
 
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22. (CESPE - 2010 - DPE-BA - Defensor Público) Aplica-se a lei 
processual penal brasileira a crime cometido por brasileiro no 
exterior, ou por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil. De 
igual modo, a CF assegura a retroatividade da lei processual penal 
que, de qualquer modo, favoreça ao réu, ainda que os fatos 
anteriores tenham sido decididos em sentença condenatória 
transitada em julgado. 
 
23. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) A extraterritorialidade da lei processual penal brasileira 
ocorrerá apenas nos crimes perpetrados, ainda que no estrangeiro, 
contra a vida ou a liberdade do presidente da República e contra o 
patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de estado, 
de território e de município.24. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) De acordo com o princípio da territorialidade, aplica-se 
a lei processual penal brasileira a todo delito ocorrido em território 
nacional, sem exceção, em vista do princípio da igualdade 
estabelecido na Constituição Federal de 1988. 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 
C E C E E E C E 
 
09 10 11 12 13 14 15 16 
C C C C E E E C 
 
17 18 19 20 21 22 23 24 
E E C E E E E E

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