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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Modelagem do Vestuário
Modelagem em
Tecidos com Elastano
Governador
Vice Governador
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Cid Ferreira Gomes
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Andréa Araújo Rocha
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
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 MODELAGEM EM TECIDOS COM ELASTANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.REVISÃO :MODELAGEM EM GERAL 
 
2. MATERIAL NECESSÁRIO PAR A MODELAGEM 
 
3. O ELASTANO 
 
4. MODELAGEM COM TECIDO COM ELASTANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.REVISÃO :MODELAGEM EM GERAL 
O Modelista 
 
O Modelista 
Chama-se de modelista o profissional que transforma um modelo 
(partindo de um desenho, de uma foto ou, muitas vezes, de outra 
peça de vestuário) em um objeto concreto, utilizando-se das 
técnicas pré-adquiridas da modelagem para confecção. 
Esse profissional trabalha em conjunto com o estilista e é capaz 
de interpretar o croqui (esboço de um desenho). O modelista deve 
saber tirar medidas de acordo com as técnicas recomendadas 
pela metodologia específica, elaborar ficha técnica, conhecer 
aviamentos e ainda conhecer sempre a composição, o caimento 
e as demais características do tecido. Ele é responsável por 
analisara pilotagem e fazer as alterações finais no molde para 
entãoproduzir em série. 
Um dos aspectos principais, ao se realizar uma interpretação de 
modelagem, é a análise detalhada do desenho, observando 
recortes, pences, comprimentos, folgas e amplitude damodelagem. 
Enfim, cabe ao modelista analisar o desenho levando 
em consideração cada detalhe que este apresentar, para então 
definir a aplicação de cada técnica específica na construção do 
molde. Todo esse processo visa obter um produto que seja fiel à 
idéia inicial, imaginada pelo criador. 
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A mesa de modelagem e o manequim são peças essenciais do 
equipamento de um modelista. A mesa de modelagem deve ser 
plana, ter um metro de altura, ser retangular (com no mínimo 1,2m 
de largura) e seu comprimento deve ter no mínimo 2m para que 
seja possível cortar peças-piloto, como um vestido longo. Sua 
superfície deve ser bem lisa para que tecidos delicados não puxem 
fios quando colocados sobre ela. 
 
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Tipos de Modelagem 
Modelagem Plana (Bidimensional) 
É uma técnica utilizada para reproduzir, em segunda dimensão, algo 
que será usado sobre o corpo humano, em tecido ou similar, de forma 
tridimensional. Essa modelagem, manual ou computadorizada, pode 
ser utilizada para confeccionar uma peça de roupa apenas ou para 
produção em grande escala, como acontece na confecção industrial 
de pequeno, médio ou grande portes. 
Moulage (Tridimensional) 
É a manipulação do tecido de forma tridimensional. Trabalha-se 
com o tecido sobre os manequins, que têm suas medidas 
padronizadas. Na moulage, podem ser feitos os ajustes direto nas 
curvas do corpo, resultando em um caimento perfeito. 
 
O Processo de Modelagem 
As interpretações de modelagem são baseadas em três etapas 
de construção de moldes, denominadas de: moldes básicos, 
moldes de trabalho e moldes para corte ou interpretados. 
-Moldes básicos (caixas de modelagem) 
Os moldes básicos servem como base para o início das alterações 
a serem feitas de acordo com o desenho da peça. Eles são 
confeccionados seguindo a tabela de medidas-base da empresa. 
No processo industrial de confecção, o uso de moldes básicos 
facilita o processo produtivo do setor de modelagem, uma vez 
que este possui as medidas específicas da tabela do público da 
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empresa. Estando pronto uma única vez, não necessita de 
repetição do traçado inicial. A praticidade do uso de moldes 
básicos gera lucros e economia de tempo e de processo para a 
confecção das partes do molde interpretado. 
Após obter a caixa do molde, os moldes de trabalho são utilizados 
para fazer as alterações necessárias, de acordo com o modelo, 
servindo como uma espécie de rascunho para a definição do 
molde interpretado 
Molde de Trabalho 
Os moldes de trabalho são feitos a partir da 
cópia dos moldes básicos, e as etapas de alterações a serem 
realizadas sobre eles variam em quantidade e tipos de aplicação 
de técnicas específicas, de acordo com o modelo desejado. 
Molde para corte ou interpretado 
São os moldes utilizados para riscar e cortar a peça sobre o tecido, 
contendo todas as alterações realizadas no processo anterior, as 
margens para costura e as marcações necessárias para a 
montagem da peça.O que define um bom molde básico é a 
exatidão das medidas,pois elas caracterizam um molde perfeito e 
economizam tempo para a produção.As medidas classificam-se em: 
Fundamentais -circunferência do busto, dacintura e dos quadris, 
etc. 
Auxiliares - medida doombro, largura da frente e altura 
do busto, etc. 
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Complementares - folgas, comprimento da 
frente, das costas, da manga, contorno do braço, do pescoço e 
alturatotal do corpo, etc. 
É importante ressaltar que existe metodologia específica para 
coletar as medidas do corpo humano. A ABNT desenvolveu a 
NBR 15.127 – Corpo humano – definição de medidas, publicada 
em 2004. Essa norma teve como base a ISO 7.250 e estabelece 
um procedimento para medir partes do corpo humano, ou seja, 
mostra como se deve tomar a medida da altura do ombro e das 
pernas, dos perímetros do pescoço, da coxa e de outras áreas. 
No total, são 54 medidas do corpo humano. Procure conhecê-las 
e ainda pesquise as medidas de seu público-alvo, faça uma 
análise ponderada e construa a tabela de medidas do seu 
consumidor. Você verá que isso influenciará diretamente as 
vendas de sua empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de Medidas 
 
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Fonte (SEBRAE-CE) 
 
 
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A tabela de medidas é um conjunto de medidas necessárias para a 
construção das bases de modelagem. Elas são baseadas em 
médiascalculadas a partir de medidas tiradas em um determinado 
númerode pessoas. Com isso, percebe-se que é praticamente 
impossívelencontrar uma só pessoa que possua exatamente todas 
as medidasda tabela. Porém, em escala industrial, não existe outra 
maneira detrabalhar a não ser padronizando as medidas. 
Você encontrará diferentes tabelas de medidas. De país para país, 
essas tabelas podem variar de acordo com o tipo físico da 
população.No Brasil, não existe um padrão de tamanho obrigatório 
para ovestuário, ocorrendo diferenças de tamanho entre as 
confecções.Assim, as grifes determinam suas próprias tabelas de 
tamanho,direcionadas ao seu público-alvo. 
O correto seria existir uma tabela-padrão oficial para as medidas 
fundamentais e auxiliares e outra da empresa, de acordo com sua 
segmentação de mercado (com características de seu público-alvo, 
adaptando as medidas complementares ao seu próprio padrão). 
Entretanto, a falta de padronização de medidas no Brasil começa a 
ser resolvida. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização 
e Qualidade Industrial (Inmetro) recebeu do Comitê Brasileiro de 
Têxteis e Vestuário, da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), a solicitação para edição de uma norma que fixará um 
prazo para as confecções brasileiras se adequarem ao Novo 
Regulamento Técnico de Etiquetagem de Produtos Têxteis. 
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A lei antiga já obrigava os confeccionistas a afixarem nas roupas 
etiquetas com informações sobre o fabricante (CNPJ), a 
composição do tecido e os cuidados para a conservação do 
produto. Agora, exige que a etiqueta traga também o tamanho da 
roupa – com base em uma medida de referência-padrão. 
Hoje, conforme comentado, as normas são de caráter voluntário, 
istoé, cada empresa tem sua própria tabela voltada para o público 
quequer atingir. Mas, com a regulamentação pelo Inmetro, os 
fabricantesque não se enquadrarem poderão ser autuados e 
multados. 
A tabela, a ser utilizada na regulamentação é normatizada pela 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi criada em 
maio de 1995 (a NBR 13377 – Medidas Normativas Referenciais 
Mínimas para o Vestuário), regulamentando as escalas de 
tamanhos das roupas de PP a GG, ou seja, de 34 ao 52. 
Porém, foi detectada a necessidade de se ampliar a NBR 13377. 
Essa constatação foi realizada pelo Programa de Certificação de 
Qualidade dos Produtos da Indústria do Vestuário. O programa é 
desenvolvido pela Associação Brasileira do Vestuário (ABRAVEST) 
para qualificar e credenciar o setor e atender à Resolução 04/92 
(CONMETRO Lei das Etiquetas) e ao Código de Defesa do 
Consumidor. Iniciou-se um Censo Antropométrico Brasileiro com 
o intuito principal de conhecer o biótipo brasileiro. Sendo assim, 
a norma está sendo revisada pela Comissão de Estudos de 
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Medidas de Tamanho de Artigos Confeccionados (CE 17.700.04), 
do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17), 
tendoum enfoque mais ligado aos resultados deste trabalho. 
A norma em vigor pode ser adquirida por meio do site da ABNT 
Digital (http://www.abntdigital.com.br) ou entrando em contato 
com os endereços de atendimento encontrados na página da 
ABNT (http://www.abnt.org.br), no link ―Nossos Endereços‖. 
Contudo, as normas da ABNT têm redação bastante técnica e, por 
isso, a ABRAVEST disponibiliza em seu site (www.abravest.org.br) 
um manual de Padrões de Tamanho do Vestuário Brasileiro. O 
Manual interpreta a Norma NBR 13377, apresentando medidas do 
corpo humano para o vestuário e padrões referenciais que cada 
empresa deve adaptar à sua realidade e ao perfil do seu 
consumidor. 
Recentemente, a ABRAVEST firmou convênio com a ABNT para o 
fornecimento de um certificado às empresas que produzem suas 
peças de acordo com a portaria. 
De posse da Certificação de Conformidade, essas empresas 
podem solicitar o selo de qualidade da ABRAVEST. 
Veja abaixo as medidas mais utilizadas na modelagem: 
1. Busto - Medida de contorno do corpo na altura dos mamilos. 
2. Cintura - Medida de contorno naaltura da cintura. Geralmente, 
essaaltura fica a 2,0cm acima do umbigopara as mulheres e no 
umbigo paraos homens. 
3. Quadril - Medida de contorno 
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na altura onde o quadril é mais saliente. Geralmente, fica 2,0cm 
abaixo da cintura. 
4. Pescoço - Medida de contorno na base do pescoço. 
5. Tórax - Medida de contorno acima do busto e logo abaixo das 
axilas. É geralmente bem menor que a medida do busto. A 
diferença entre o busto e o tórax vai determinar a profundidade 
dapence do busto na base do corpo, quando quisermos trabalhar 
sob medida. No nosso caso, de acordo com a tabela de medidas, 
essa diferença é sempre 4,0cm, fazendo que a pence permaneça 
com a mesma medida em todos os manequins. 
6. Braço - Medida de contorno do braço logo abaixo da axila. 
7. Punho - Medida utilizada para o traçado da base da manga. 
Nesse caso, medimos o contorno da mão em vez do punho (pulso) 
propriamente dito. A medida é tirada na parte mais larga da mão, 
com os dedos esticados e o polegar encostado na palma. Dessa 
forma, temos a medida mínima que a boca da manga precisa ter 
para vestir sem a necessidade de qualquer abertura. 
8. Altura das costas - Medida de altura, no centro das costas, 
 entre a base do pescoço e a linha da cintura. 
9. Largura das costas - Distância entre as cavas nas costas, 
tomada numa altura correspondente à metade da altura entre o 
ombro e a dobra da axila. A medida deve ser tirada com os braços 
cruzados na frente. 
10. Distância do busto - Distância entre os mamilos. 
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11. Altura do busto - Distância entre a linha da cintura e a linha 
do busto (mamilo). 
12. Comprimento da manga - Distância entre o ombro e o punho, 
tomada com o braço dobrado em um ângulo de 90°. 
13. Altura do quadril - Distância entre a linha da cintura e a linha 
do quadril, tomada pela lateral. 
14. Comprimento da saia - Corresponde à altura do joelho. É a 
distância entre a linha da cintura e a linha do joelho, tomada pela 
lateral. 
15. Comprimento da calça - Distância entre a linha da cintura e o 
chão, tomada pela lateral com a pessoa descalça. 
16. Altura da entreperna - Distância entre a virilha e o chão. A 
medida é tomada colocando-se uma régua encostada na virilha, 
perpendicular ao chão, medindo-se essa distância. 
17. Altura do gancho - É a diferença entre a medida 15 
(comprimento da calça) e a medida 16 (altura da entreperna). 
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INFORMAÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO DO MOLDE 
A fim de evitar erros e otimizar o tempo dentro do setor de 
modelagem, corte e costura, o ideal em um molde é que ele 
contenha as seguintes informações: 
� Nome do molde: exemplo: traçado do molde básico da calça 
ou molde da minissaia; 
� Referência: o código da peça dentro das referências adotadas 
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por cada empresa; 
� Empresa: nome da empresa; 
� Modelista: nome do profissional que desenvolveu a modelagem; 
� Data: data do desenvolvimento da modelagem; 
� Componente ou parte de molde: frente, costas, manga, etc.; 
� Tamanho: tamanho do molde de acordo com a tabela utilizada; 
� Número de partes para corte: indica quantas vezes cada parte 
do molde deverá ser cortada no tecido para se obter uma peça 
completa – 1x, 2x, etc.; 
� Marcações essenciais feitas sobre os moldes: 
- Localização do centro: CF (Centro da Frente do molde), CC 
(Centro 
das Costas) e CM (Centro da Manga). 
- Piques: pequenos recortes utilizados para indicar pences ou 
regiões 
de encaixe de partes do molde, podendo ser internos ou externos. 
- Sentido do fio do tecido para corte da peça: indicado por meio 
de uma seta na direção do sentido do fio, da maneira como os 
moldes devem ser posicionados sobre o tecido para o corte das 
peças (podendo ser trama, urdume ou enviesado). 
- Localização da dobra do tecido: identifica se o molde deverá ser 
cortado com o tecido dobrado em alguma parte específica do 
mesmo. Pode ser indicada por meio de três pontos, uma seta 
conforme o desenho ou uma linha com traços longos, ambos 
localizados junto à dobra. 
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Existem, ainda, outras informações que devem ser marcadas nos 
moldes, de acordo com a peça a ser montada, são elas: 
� Abertura: indica o local onde deverá ser feita uma abertura por 
meio de recorte no molde; 
� Localização de botão; 
� Localização de caseado; 
� Embebimento: diminuição de uma das medidas das partes na 
hora da costura; 
� Franzido. 
� Números de montagem: indicações por meio de números 
localizados nas diferentes partes da peça, de acordo com a 
montagem da mesma. 
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A mesma modelagem pode ou não ser usada para outros tipos de 
tecidos. Muitas empresas usam o mesmo molde em mais de uma 
coleção, mudando os detalhes do modelo, acrescentando 
aviamentos onde antes não havia ou tirando-os. Isso pode ser feito 
desde que seja respeitada a composição, o caimento, o toque e 
largura do tecido. Ou seja, jamais colocar em produção sem fazer 
uma peça-piloto quando mudar o tecido. Algumas confecções 
consideram esses testes como atrasos, desnecessários ou perda 
de tempo. O que é um engano: antes perder algumas horas ou um 
dia de trabalho testando do que perder uma produção inteira. 
 
 
FOLGAS NA MODELAGEM 
A modelagem plana, como já se sabe, parte da definição das 
medidas e do traçado dos moldes básicos. Os moldes básicos 
pretendem vestir o corpo de forma muito ajustada, sem o 
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acréscimo de folgas. 
Desse modo, na hora de interpretar os modelos, pode-se ter uma 
boa noção da forma do corpo, o que facilitará a decisão do valor 
das folgas e dos acréscimos necessários à modelagem, de acordo 
com o modelo apresentado. 
A distância que a roupa ficará do corpo, de acordo com a análise 
do modelo a ser confeccionado, será a folga acrescentada ao 
molde. E é a inserção dessas medidas, junto com as pences e os 
recortes, que determinam o estilo da peça. 
A quantidade de folga varia de acordo com o modelo, estilo da 
roupa, tipo de atividade, tecido e a constituição física do indivíduo 
ou público. Você deve considerar, primeiramente, o modelo ou 
desenho recebido do estilista para saber qual a função que a folga 
deverá exercer no mesmo. 
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Existem dois tipos de folgas na modelagem: as folgas de 
movimento e as folgas determinadas pelo desenho ou modelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MARGENS DE COSTURA 
 
 
 
As margens de costura são um acréscimo de medida aos moldes, 
nas partes que serão unidas ou nas que receberão algum 
acabamento na peça. Recomenda-se que as medidas das margens 
http://manequim.abril.com.br/blogs/olhar-da-modelagem/2009/12/03/margem-de-costura/margem-de-costura2/
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de costura sejam acrescentadas aos moldes na etapa de 
finalização, ou seja, depois de realizadas todas as alterações no 
molde de trabalho. Isso resultará na uniformidade das 
medidas, em todos os contornos das partes que compõem o 
molde interpretado. 
Os acréscimos necessários para as margens de costura variam de 
indústria para indústria, de acordo com o segmento específico da 
área da moda. 
Vários fatores podem ser considerados definitivos para a 
quantidade e a medida das margens de costura. Dentre eles, estão 
o tipo de tecido, o acabamento que será realizado ou aplicado na 
borda do mesmo, qual parte do molde e que máquina e ponto 
serão utilizados para tal. 
Como orientação geral, você poderá utilizar, para tecidos planos, as 
medidas sugeridas abaixo, específicas para a produção industrial: 
� Costuras laterais: de 1cm até 2cm; 
� Costuras de contornos dos moldes (decotes, cavas, golas, 
etc.): 0,5cm; 
� Barras ou bainhas: de 1cm até 5cm. 
É de extrema importância a exatidão das margens de costura 
colocadas sobre os moldes, devendo a linha externa (sobre a 
qual se fará o corte no tecido) ser uniforme e paralela à borda do 
molde de trabalho. 
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Vale salientar que qualquer alteração ou desproporção nas 
margens de costura poderá modificar as medidas de todo o 
molde, ocasionando erros ou defeitos na produção das peças. 
 
PEÇA PILOTO OU PROTÓTIPO 
O protótipo ou peça-piloto é uma peça confeccionada para 
prova e correção de algum eventual problema. Depois de 
analisada, se houver necessidade, faz-se a correção no molde, 
pilota-se novamente e somente depois se passa para a fase de 
graduação do molde. 
É responsabilidade do modelistaacompanhar o desenvolvimento 
da peça-piloto. 
A pilotagem dos moldes básicos traçados tem como objetivo o 
teste da modelagem no corpo humano ou no manequim, ou seja, 
é a maneira utilizada para experimentar a base já confeccionada 
em tecido e conferir as medidas do molde. Pode-se atribuir o 
sucesso de uma modelagem já interpretada ao fato de terem sido 
feitas as alterações corretas sobre os moldes. Porém, essas 
alterações só são possíveis se o profissional compreender a 
utilização e o funcionamento dos moldes básicos. A pilotagem 
dos moldes básicos permite a visualização e compreensão com 
relação ao efeito deles no corpo humano. 
As provas, ou testes das peças-piloto (protótipos), até podem ser 
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testadase experimentadas em pessoas que possuam medidas de 
acordo com a tabela que foi utilizada, desde que a pessoa seja 
medida a cada data de prova para conferir se continua com as 
medidas adequadas. O ideale o correto é que as provas sejam 
testadas e corrigidas no manequim (boneca ou busto), de 
preferência acolchoado ou estufado para que 
possa ser alfinetado, fazendoassim as correções que forem 
necessáriasna peça- piloto ou modelagem. Você pode mandar 
confeccionarmanequins de prova de acordo com a tabela de 
medidas utilizada pela sua empresa. Informe-se. 
 
GRADUAÇÃO 
Chama-se de graduação ou escala de tamanhos em modelagem 
o processo de aumento e diminuição de moldes, partindo-se do 
molde do protótipo ou da peça-piloto já aprovada. O conceito é 
de que as peças produzidas possam ser vestidas por um grupo 
maior de pessoas, que tenha medidas anatômicas diferentes, mas 
proporcionais. Então, esse recurso passa a significar para a 
empresa uma redução de tempo para fazer os demais tamanhos 
de moldes a serem produzidos e, conseqüentemente, uma 
redução de custos em decorrência disso. 
O ideal é que se pilote uma peça de cada tamanho antes de 
começar a produção. 
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Considerando-se o público com que a empresa trabalha, esta vai 
determinar (por meio de pesquisa) uma tabela de medidas-padrão, 
que utilizará para confeccionar suas peças e ter sucesso em suas 
vendas. Da mesma forma, também determinará as medidas de 
aumento e diminuição entre os tamanhos. Vale lembrar que a 
determinação da grade de tamanhos depende do tipo de roupa e 
do tipo de material utilizado. Roupas amplas não necessitam de 
tantos tamanhos quanto as ajustadas, e tecidos planos requerem 
mais tolerância do que um tecido com elastano. 
As medidas básicas consideradas para determinar o código de 
variação são: busto, cintura e quadril. A constância entre esses 
três valores deve sempre ser mantida. O código da variação pode 
ser definido, considerando: 
� Tamanho geral do corpo; 
Geralmente usada em roupas amplas, a nomenclatura é: pequeno, 
médio e grande. Nesse caso, o código de variação tem valor de 
6cm; 
� Relação proporcional do corpo; 
Geralmente usada em roupas ajustadas ao corpo, a nomenclatura 
é pela numeração de 34, 36, 38, 40, 42, 44, 46, etc. Nesse caso, o 
valor do código é de 4cm; 
� Idade. 
No Brasil, é muito usada para roupas infantis e infanto-juvenis. 
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Usa-se a idade 2, 4, 6, 8, ou então 2, 3, 4, 5, etc., como 
nomenclatura. 
Para o infantil, a estrutura segue outros valores diferentes das 
do adulto, considerando-se o crescimento da criança nas 
diferentes faixas etárias; 
� Tamanho dimensional das partes do corpo. 
Geralmente usado em roupas, pode-se optar por um valor de 4cm. 
Pode-se perceber, pela classificação mencionada, que, em relação 
ao valor do código de variação, não existe um considerado correto. 
Há várias alternativas e essas medidas referem-se ao valor a ser 
acrescido na medida total da circunferência do corpo. 
Outro aspecto importante a ser considerado no processo de 
ampliação e redução é que este é realizado somente nos moldes 
para corte ou interpretados com as devidas alterações já 
realizadas, marcações e margens para costura. 
 
 
 
ENCAIXE 
O planejamento de encaixe dos moldes para o corte é feito após 
a aprovação das peças pilotadas e quando definidas as 
quantidades e os tamanhos para a produção. Essa etapa é 
fundamental para o cálculo preciso do custo das peças, prevendo 
o consumo médio de matéria-prima para a produção. O consumo 
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de tecido é feito por meio de uma simulação de encaixe dos 
moldes sobre o tecido, nos tamanhos definidos pela graduação e 
nas quantidades de peças produzidas em cada tamanho. 
Além da largura, ao planejar o encaixe dos moldes, deve-se 
considerar a estampa e o pé do tecido. Tecidos com estampas 
xadrezes, listradas ou com sentido (desenhos voltados sempre 
para o mesmo lado) exigem uma atenção especial na hora do 
encaixe para que as padronagens mantenham-se as mesmas 
depois da montagem da peça. As costuras não devem 
interromper a continuidade da estampa. Para tal, no momento do 
encaixe, deve-se posicionar cada parte de molde de acordo com 
a sua montagem, considerando costuras laterais, centrais 
(incluindo pences), nos ombros, nas cavas, mangas e cintura. O pé 
do tecido existente em felpudos, veludos ou acamurçados deve 
ser respeitado, a fim de que o reflexo nas partes da peça não 
apresente diferenças (partes mais escuras ou mais claras). Nesses 
casos, deve-se tomar cuidado para que as partes do molde fiquem 
dispostas sempre com o sentido do pêlo para cima. O sentido do 
pêlo pode ser observado com o reflexo da luz sobre o tecido, além 
de apresentar uma superfície mais lisa por meio do toque ao se 
passar a mão sobre o tecido. 
 
 
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
30 
 
 
Após a análise dos aspectos acima citados, o encaixe dos moldes 
pode ser realizado dispondo-os diretamente sobre a folha de risco, 
em seus tamanhos naturais, ou ainda com miniaturas 
confeccionadas em escala, de acordo com o fio do tecido marcado 
em cada parte de molde. Os cálculos de consumo no encaixe 
manual podem ser feitos por meio da realização do corte de uma 
folha (ou do enfesto), pesando-se a parte aproveitada e os resíduos 
separadamente. O percentual de aproveitamento do tecido é obtido 
pela comparação entre o peso total e o peso da parte aproveitada. 
O sistema CAD/CAM tem como uma de suas maiores vantagens a 
agilidade e a economia geradas no planejamento do encaixe. 
 
MODELAGEM | FERRAMENTA COMPETITIVA PARA A 
INDÚSTRIA DA MODA 
Corte das Peças 
Antes de marcar e cortar qualquer peça, deve-se preparar, além 
da modelagem, também o tecido, para que seja feito da maneira 
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
31 
correta a fim de evitar erros que, muitas vezes, provêm de falta de 
informação ou atenção em algum detalhe. 
Primeiramente, deve-se avaliar o tecido que será utilizado e contar 
com um possível encolhimento deste após a primeira lavagem 
da peça. Uma das orientações para que isso não aconteça é 
mergulhar toda a peça de tecido em água e deixá-la por cerca de 
12 horas. Após, estende-se o tecido ao vento sem torcê-lo (é 
importante observar que não é aconselhável estender o tecido 
ao sol) e passa-se a ferro enquanto estiver ligeiramente úmido 
pelo lado avesso. 
Para processos industriais, aconselha-se que, além das etapas de 
encolhimento e descanso do tecido, se faça inicialmente uma 
peça-piloto, passando esta também pelos processos de descanso, 
lavagem e vaporização como testes de encolhimento e reações 
adversas, de acordo com o segmento de moda. Como exemplos, 
podem ser citados os tecidos de malha circular (que necessitam 
de um determinado tempo de descanso para encolhimento antes 
do corte das peças) e as peças confeccionadas (que, após sua 
confecção, ainda no material bruto, passam por processos de 
lavagens com utilização de produtos químicos para amaciamento 
e outros tipos de efeitos estéticos na peça, o que resulta em 
alterações nas medidas das mesmas). 
Para localização exata dos moldes que 
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
32 
serão cortados sobre o tecido, deve-se, primeiramente, conhecer e 
analisar sua estrutura, sabendo-se que os tecidos possuem trama 
(fios da largura) e urdume (fios do comprimento). Em qualquer 
tecido, é necessário que se saiba qualo sentido da trama e do 
urdume para que as peças sejam cortadas de acordo 
com uma ou a outra, tendo, assim, o fio do tecido. Para peças 
cortadas no viés, dobra-se o tecido num ângulo de 45°, de forma 
queo urdume fique na mesma direção da trama. 
Quanto ao fio do tecido, vale dizer que este é fundamental para 
um bom caimento da peça e para que se obtenha o efeito 
desejado. Muitas vezes, a modelagem pode estar correta, 
porém, se não forem tomados os devidos cuidados na hora do 
encaixe e do corte, é possível danificar a peça ou até mesmo 
toda a produção, resultando prejuízos para a empresa. Podese 
citar como exemplos costuras laterais retorcidas em blusas 
ou pernas de calças, provenientes do mau posicionamento do 
molde sobre o tecido. 
 
 
SISTEMA CAD/CAM 
A modelagem industrial plana, conforme já mencionado, também 
pode ser desenvolvida por meio de sistemas CAD/CAM, com 
softwares criados com ferramentas específicas para a confecção 
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
33 
dos moldes, a graduação e o encaixe, criando peças básicas de 
vestuário em cinco minutos e evitando o desperdício de tecidos 
na hora do corte. 
Esses sistemas facilitam o processo produtivo por representarem 
uma grande economia de tempo, permitindo que os moldes sejam 
desenvolvidos por meio da alteração de bases arquivadas no 
sistema ou da digitalização de moldes produzidos fora do sistema. 
 
O processo é simples e segue os mesmos princípios apresentados 
no método para modelagem manual. Entretanto, em vez de utilizar 
mesa, régua, papel, lápis e tesoura, a execução dos moldes é 
desenvolvida na tela do computador. O traçado é realizado com a 
inserção das medidas e com a movimentação de pontos, 
utilizando o mouse e as ferramentas disponíveis. 
Depois de desenvolver o molde no computador ou na mesa 
digitalizadora (equipamento que ajuda na criação do desenho), 
o modelo é reproduzido em um plotter, espécie de impressora que 
produz desenhos em grandes dimensões. Na seqüência, basta 
colocar o molde sobre o tecido e cortar a peça. 
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
34 
 
Pode-se considerar como grandes vantagens na utilização de 
sistemas CAD/CAM a agilidade e a precisão no momento de 
efetuar a graduação e o encaixe dos moldes. 
É possível configurar uma graduação automaticamente, por meio 
das medidas da tabela utilizada pela empresa, usando-se o mouse 
para controlar ângulos e distâncias entre as partes do molde, 
definidas pelas regras gravadas no sistema. Este também gerencia 
as devidas alterações de piques e margens de costura e calcula 
as alterações nos moldes em função de percentuais de 
encolhimento previstos para cada tipo de tecido. 
 
 
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
35 
MODELAGEM | FERRAMENTA COMPETITIVA PARA A 
INDÚSTRIA DA MODA 
A simulação do encaixe dos moldes no tecido também pode ser 
feita utilizando ferramentas de encaixe automático e interativo, 
ajustadas pelo operador. O sistema mostra-se extremamente 
vantajoso, economizando tempo e matéria-prima, uma vez que, 
concluído o processo de simulação do encaixe, o sistema 
fornece o consumo total de tecido, de acordo com sua largura, 
além do consumo médio por peça e o índice de aproveitamento 
para a produção. 
O encaixe dos moldes feito no sistema CAD/CAM é liberado 
pronto para a produção das peças em seu tamanho natural e com 
o consumo mínimo calculado anteriormente, além de respeitar, 
com exatidão, o fio do tecido para o corte de cada parte da peça. 
O investimento na modelagem assistida por computador consiste 
na aquisição do software, da mesa digitalizadora e do plotter, além 
de ser necessário um computador para a instalação. A maioria 
dos fornecedores oferece um pacote completo com o software, a 
mesa digitalizadora, o plotter e o treinamento para ajudar na 
utilização do produto. Porém, conforme os recursos do software, é 
possível até dispensar o uso da mesa. Para quem não pode 
comprar o software, alguns fornecedores alugam o programa ou 
prestam serviços de impressão de moldes. 
Caso você precise de fornecedores de software, entre em contato 
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
36 
com a Central de Atendimento do Sebrae (51) 3216-5006. 
É importante tomar alguns cuidados básicos antes de comprar 
um software de modelagem. Primeiro, verifique se a sua confecção 
tem um volume de produção que justifique o investimento. Além 
disso, é necessário ter um microcomputador com configuração 
suficiente para fazer o software funcionar. Escolha também um 
fornecedor que dê treinamento gratuito e que possa financiar a 
compra dos equipamentos. 
Não se esqueça de verificar ainda se o fabricante oferece suporte 
técnico e atualização periódica do programa. Esse procedimento 
serve para deixar o software sempre mais eficiente, com a inclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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37 
 
 
 
Calça 
 
1- Definir as partes verticais, n.º 1 e 2 que separadas são: gancho e quadril. 
2- Definir as partes horizontais, n.º 3, que são: altura do gancho e comprimento. 
3- Na proporção horizontal, de acordo com a tabela do método MIB, a medida 
horizontal do quadril e da cintura aumenta ou dimunui4 cm, que divididos por 4 resulta 
em 1 cm para cada quarta parte do molde. 
 
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnQk2ipYSI/AAAAAAAAEME/ubvs27LaQhw/s1600-h/Fig.+1.jpg
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
38 
 
4- Aumentar 0,3 cm no gancho, 0,2 cm na altura do gancho e 1 cm no quadril. Para 
que a calça não se transforme em pantalona, na largura do quadril (parte 2) afastamos 
1 cm e na largura da boca (parte 4) afastamos 0,8 cm. 
PENCES 
Pences 
As pences são pregas em forma de triângulo que formam um bojo em sua extremidade. São 
utilizadas em roupas colantes e bem estruturadas. Devem ser executadas de forma que se 
tornem quase invisíveis. 
Como trabalhar as pences: 
Figura 1 
Pence com terminação na costura 
http://bp0.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnQfGipYRI/AAAAAAAAEL8/dtnDKw-mq1A/s1600-h/Fig.+2.jpg
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
39 
 
Figura 2 
Como Costurar 
Dobre o tecido pelo eixo da Pence e costure prolongando suavemente junto à dobra, em média 
2 pontos de máquina na dobra. 
 
Figura 3 
Pence Interna 
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40 
Arredonde suavemente os ângulos formados no centro da pence . 
 
 
Figura 4 
Como Costurar 
Dobre a Pence pelo eixo e costure prolongando suavemente as terminações junto à dobra do 
tecido. 
 
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41 
 
Figura 5 
Acabamento final 
Para que a pence fique delicada e quase invisível, principalmente em tecidos estampados, 
corte com a tesoura a dobra interna da pence até bem perto da ponta. Abra a costura com o 
ferro de passar e chuleie as bordas. 
 
 
Figura 6Na pence interna faça piques na dobra da pence no avesso, em seguida, através de um dos 
piques, corte no eixo da pence. Abra a costura com o ferro de passar. 
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
42 
 
 
 
 
Transporte de Pences 
Quando trabalhamos com Tecido Plano e o 
modelo é justo ao corpo, existe a 
necessidade de pences, pregas ou recortes. 
Nem sempre o modelo que queremos fazer 
possui as pences clássicas: Busto e Cintura. 
Neste caso é necessário que se façam 
algumas alterações na localização das 
pences. 
Faremos uma demonstração do processo 
de Transporte de Pences com o Molde 
Básico da Frente. Neste primeiro momento 
trataremos somente da transferência das 
pences de um lugar ao outro. 
Posteriormente faremos outras alterações 
possíveis, como recorte e pregas. 
1 - Copie o Molde Básico da Frente para 
outro papel, conforme Figura.1. 
 
 
 
 
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43 
Obs. É importante que você faça uma cópia, 
visto que iremos fazer recortes no Molde 
Básico. Assim preservaremos o molde 
original pois, com certeza, o mesmo será 
utilizado em outras situações. 
Figura 1 
 
2. Toda e qualquer pence para ser 
transportada deverá terminar sempre no 
ponto R,. Esse ponto fica justamente no 
encontro da Medida da Separaçãodo 
Busto com a Altura do Busto. Observe 
esse encontro na figura 2. Caso uma das 
pences não termine no ponto R, faça essa 
correção, ou seja, prolongue-as até o ponto 
R antes de começar o processo de 
transporte de pences. 
Figura 2 
 
3. Transportando a pence para o meio da 
cintura na Frente (Figura 3). 
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44 
Figura 3 
 
3.1 - Trace com o lápis a direção da nova 
pence (Figura 4). Corte com uma tesoura 
este traço, até o ponto R (Figura 5) 
Figura 4 
 
Figura 5 
 
3.2 - Com o auxílio de durex, feche a pence 
do Busto e a da Cintura (Figura 5 e 6). 
Figura 5 
 
Figura 6 
 
 
4. Coloque um papel por baixo da abertura 
da nova pence e cole com durex (Figura 7) . 
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45 
Feche a pence e refaça a linha da cintura 
(Figura 8). 
 
5. Dessa forma terminamos o primeiro 
exemplo de transporte de pences. 
6. Pence no Decote (Figura 9) 
Figura 9 
 
7. Trace uma linha determinando o lugar da 
nova pence (figura 10). Feche a Pence do 
Busto e a da Cintura e cole com durex. 
Feche a pence e refaça a linha do decote 
(Figura 11) . 
Figura 10 Figura 11 
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46 
 
 
8. Pence No Ombro (Figura 12) 
Figura 12 
 
9. Trace a linha determinando o lugar da 
nova pence (Figura 13). Recorte essa linha 
até o ponto R e feche as pences da cintura 
e do busto, conforme Figura 14. 
Figura 13 
 
Figura 14 
 
10. Esses são apenas alguns exemplos. 
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47 
 
 
 
 
 
Você pode determinar o lugar da pence 
conforme o modelo e o processo será 
sempre o mesmo. Recorte a linha da nova 
pence e feche as duas pences existentes. 
11. Para que fique apenas uma pence, ou a 
da Cintura ou a do Busto, recorte no centro 
da pence que você quer deixar e feche a 
outra pence. 
12. Caso o modelo da roupa tenha algumas 
dessas pences dos exemplos acima, 
lembre-se de diminuir o tamanho da pence 
visto que fica muito deselegante uma pence 
que termine na ponta do mamilo. Para 
diminuir a pence trace uma linha no centro 
da pence, que será o eixo da pence, e 
diminua 2 ou 3cm o tamanho da pence. 
 
 
www.cortandoecosturando.com 
 
 
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48 
 
5- Sobrepor os papeis referentes a cada tamanho .Cortar a lateral. 
 
6- Afastar 1 cm no ponto cintura/lateral e 0,8 cm na bainha.Cortar o gancho. 
http://bp1.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnQQWipYQI/AAAAAAAAEL0/rDDude7sQ50/s1600-h/Fig.3.jpg
http://bp1.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnQJWipYPI/AAAAAAAAELs/Yqy2DT-hCAw/s1600-h/Fig.+4.jpg
http://bp1.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnQQWipYQI/AAAAAAAAEL0/rDDude7sQ50/s1600-h/Fig.3.jpg
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7- Centralizar os moldes afastando 0,5 cm na lateral e no centro costas.Cortar a 
cintura ,marcando a pence. 
 
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnQD2ipYOI/AAAAAAAAELk/5411vVcU014/s1600-h/Fig.5.jpg
http://bp1.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnxvWipYoI/AAAAAAAAEO0/UD_VbB90Ihc/s1600-h/Fig.6.jpg
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnQD2ipYOI/AAAAAAAAELk/5411vVcU014/s1600-h/Fig.5.jpg
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50 
8- Afastar 1,3 cm na lateral, 0,9 cm na bainha e 0,2 cm na cintura.Cortar as 
entrepernas e a bainha. 
 
 
 
Proporção da grade 
 
 
 
 
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnxf2ipYnI/AAAAAAAAEOs/2V93tC0wjSE/s1600-h/Fig.7.jpg
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Grade 
Postado por Sonia Duarte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.blogger.com/profile/16188592219683972630
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnw1mipYlI/AAAAAAAAEOc/gPsdYcDcFPA/s1600-h/Moldes.jpg
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52 
 
Saia 
 
 
1- Definir as partes verticais: n.º 1 e 2 ,que separadas são três 
partes,centrocostas,entrepence e lateral. 
2- Definir as partes horizontais: n.º 3 ,que separadas são duas partes, quadril e 
comprimento. 
3- Na proporção horizontal, de acordo com a tabela do método MIB, a medida do 
quadril aumenta ou diminui 4 cm, que divididos por 4 resulta em 1 cm para cada quarta 
parte do molde. 
 
 
 
 
 
 
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53 
 
4- Afastar 0,5 cm nos pontos 1, 2 e 3, dessa forma a largura fica com mais 1 cm e o 
comprimento com mais 0,5 cm. 
 
 
5- Alinhar os papeis referentes a cada tamanho. Representar com movimentos os 
devidos afastamentos da fig. 2 ,cor rosa tam.G , cor lilás tam M. 
6- Afastar para cada tamanho 1 cm no centro costas e 0,5 cm na bainha. Alfinetar o 
molde piloto e cortar as 3 laterais juntas. 
 
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCniBmipYiI/AAAAAAAAEOE/UUDfnLmCYgg/s1600-h/Fig.2.jpg
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnh62ipYhI/AAAAAAAAEN8/wsujylqXFqk/s1600-h/Fig.+3.jpg
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCniBmipYiI/AAAAAAAAEOE/UUDfnLmCYgg/s1600-h/Fig.2.jpg
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnh62ipYhI/AAAAAAAAEN8/wsujylqXFqk/s1600-h/Fig.+3.jpg
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Modelagem do Vestuário– Modelagem em Tecidos com Elastano 
54 
 
 
7- Centralizar o molde piloto, afastar 0,5 cm para cada tamanho no centro costas, na 
lateral e na bainha. Cortar a linha da cintura e marcar a pence. 
 
 
 
Proporção da grade 
 
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnhzmipYgI/AAAAAAAAEN0/6zl77EuFZKY/s1600-h/Fig.+4.jpg
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnhqmipYfI/AAAAAAAAENs/iLaceT6YsnY/s1600-h/Fig.+5.jpg
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnhzmipYgI/AAAAAAAAEN0/6zl77EuFZKY/s1600-h/Fig.+4.jpg
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnhqmipYfI/AAAAAAAAENs/iLaceT6YsnY/s1600-h/Fig.+5.jpg
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Grade 
 
 
Graduação de Moldes 
Blusa 
 
http://bp0.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnhJGipYcI/AAAAAAAAENU/7zIykx8Vcxs/s1600-h/Moldes.jpg
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoRGWipY_I/AAAAAAAAERs/MMYAVM2uhr4/s1600-h/Fig.1.jpg
http://bp0.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCnhJGipYcI/AAAAAAAAENU/7zIykx8Vcxs/s1600-h/Moldes.jpg
http://bp2.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoRGWipY_I/AAAAAAAAERs/MMYAVM2uhr4/s1600-h/Fig.1.jpg
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1- Definir as partes verticais, n.º 1,nº2 e nº3, que separadas são: decote, ombro e 
cava. 
2-Definir as partes horizontais, n.º 4, que separadas são: altura da cava e centro 
costas. 
3-Na proporção horizontal, de acordo com a tabela do método MIB, a medida 
horizontal do busto e da cintura aumenta ou dimunui4 cm, que divididos por 4 resulta 
em 1 cm para cada quarta parte do molde. 
 
4- Aumentar 0,2 cm no decote, 0,3 cm no ombro, 0,5 na lateral, totalizando 1 cm na 
largura e 0,5 cm no meio da cava para aumentar o centro costas e a cava. 
 
5- Alinhar os papeis referentes a cada tamanho, afastando 0,2 cm entre eles no centro 
costas. Cortar o decote. 
http://bp1.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoRCGipY-I/AAAAAAAAERk/H_pxBxoBUN0/s1600-h/Fig.2.jpg
http://bp0.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQ92ipY9I/AAAAAAAAERc/LebTD9zVJF0/s1600-h/Fig.+3.jpg
http://bp1.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoRCGipY-I/AAAAAAAAERk/H_pxBxoBUN0/s1600-h/Fig.2.jpg
http://bp0.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQ92ipY9I/AAAAAAAAERc/LebTD9zVJF0/s1600-h/Fig.+3.jpg
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Modelagem do Vestuário – Modelagem em Tecidos com Elastano 
57 
 
6- Afastar cada papel 0,5 cm no centro costas .Cortar o ombro. (0,2 cm do decote + 
0,3 cm do ombro = 0,5 cm). 
 
 
 
7- Afastar cada papel 1 cm no centro costas .Cortar a lateral. 
http://bp0.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQ42ipY8I/AAAAAAAAERU/AxLNfy-bZg4/s1600-h/Fig.+4.jpg
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQymipY7I/AAAAAAAAERM/iAgJ_E5J_jo/s1600-h/Fig.+5.jpg
http://bp0.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQ42ipY8I/AAAAAAAAERU/AxLNfy-bZg4/s1600-h/Fig.+4.jpg
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQymipY7I/AAAAAAAAERM/iAgJ_E5J_jo/s1600-h/Fig.+5.jpg
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58 
 
8- Centralizar os moldes 0,5 cm no centro costas e na lateral nivelando pelo 
ombro.Cortar a cava. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Afastar 0,5 cm no centro costas, na lateral e no ombro. 
Cortar a cintura marcando a pence. 
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQtmipY6I/AAAAAAAAERE/VHpV7OrH-yc/s1600-h/Fig.+6.jpg
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQmmipY5I/AAAAAAAAEQ8/S0c9zKuXdKo/s1600-h/Fig.7.jpg
http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoQtmipY6I/AAAAAAAAERE/VHpV7OrH-yc/s1600-h/Fig.+6.jpg
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Proporção da grade 
 
 
 
Grade 
 
 
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http://bp3.blogger.com/_KGz0oxwD40c/SCoOwmipYvI/AAAAAAAAEPs/ktBi9VrJu1w/s1600-h/Moldes.jpg
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FONTE(Readmore: http://www.modelagemmib.com/2008/05/gradao-de-
moldes.html#ixzz1nDsoG6j4 Under Creative Commons License: Attribution) 
 
MARGEM DE COSTURA 
Margens de Costura 
As margens de costura são um acréscimo de medida aos moldes, 
nas partes que serão unidas ou nas que receberão algum 
acabamento na peça. Recomenda-se que as medidas das margens 
de costura sejam acrescentadas aos moldes na etapa de 
finalização, ou seja, depois de realizadas todas as alterações no 
molde de trabalho. Isso resultará na uniformidade das 
medidas, em todos os contornos das partes que compõem o 
molde interpretado. 
Os acréscimos necessários para as margens de costura variam de 
indústria para indústria, de acordo com o segmento específico da 
área da moda. 
Vários fatores podem ser considerados definitivos para a 
quantidade e a medida das margens de costura. Dentre eles, estão 
o tipo de tecido, o acabamento que será realizado ou aplicado na 
borda do mesmo, qual parte do molde e que máquina e ponto 
serão utilizados para tal. 
Como orientação geral, você poderá utilizar, para tecidos planos, as 
medidas sugeridas abaixo, específicas para a produção industrial: 
 Costuras laterais: de 1cm até 2cm; 
 Costuras de contornos dos moldes (decotes, cavas, golas, 
etc.): 0,5cm; 
 Barras ou bainhas: de 1cm até 5cm. 
É de extrema importância a exatidão das margens de costura 
colocadas sobre os moldes, devendo a linha externa (sobre a 
http://www.modelagemmib.com/2008/05/gradao-de-moldes.html#ixzz1nDsoG6j4
http://www.modelagemmib.com/2008/05/gradao-de-moldes.html#ixzz1nDsoG6j4
http://creativecommons.org/licenses/by/3.0
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61 
qual se fará o corte no tecido) ser uniforme e paralela à borda do 
molde de trabalho. 
Vale salientar que qualquer alteração ou desproporção nas 
margens de costura poderá modificar as medidas de todo o 
molde, ocasionando erros ou defeitos na produção das peças. 
 
AS MARGENSDE COSTURA (fonte: Olhar da Modelagem- MANEQUIM) 
 
As Margens das costuras são determinadas pelo tipo de máquina que fará a operação de 
costura. 
Malha → 0,5 cm para máquina overloque. 
Malha → 1,0 cm para máquina interloque. 
Malha → 0,0 cm para aparelho de aplicação de viés. 
Tecido plano →1,0 cm para máquina reta e quase todas as outras máquinas. 
Camisaria plana → 1,5 cm para máquinas de cavas e ocasionalmente as laterais. 
Jeans →1,0 cm pra máquina interloque. 
Jeans →1,5 cm para máquina de braço. 
Alta costura →1,5 a 2,5 cm para máquina reta. 
Alta costura → 1,0 a 1,5 cm para cavas e decotes. 
 
INFORMAÇÕES QUE DEVEM CONTER NO MOLDE 
Como você pode ver a modelagem sempre traz por escrito, as seguintes referências 
básicas: 
· Nome da peça (frente direita, frente esquerda, costas, etc...). 
· Tamanho da peça (T – 42 = TAMANHO 42) 
· Referência da peça (ex: 714) 
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62 
· Quantidade de vezes que a parte aparece na peça (1x, 2x, 1 par, etc...). 
· Sentido do fio. 
 
Abaixo alguns tipos de máquinas de costura industriais: 
1. Ziguezague - Utilizada para rebater elásticos em lingerie, unir 
partes de couro,bordar, pregar zíper; 
2. Reta - Utilizada como equipamento básico para todo tipo de 
vestuário; 
3. Overloque - Utilizada para fechamento ou acabamento; 
4. Interloque- Utilizada para fechamento em tecidos médios a 
pesados (jeans); 
5. Galoneira- Equipamento direcionado para uso industrial no 
segmento de malharia. Utilizada para bainhas, aplicação de galão 
ou viés, costuras decorativas e outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LAYOUT DE UMA PRODUÇÃO 
 
 
 
 
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2. MATERIAL NECESSÁRIO PAR A MODELAGEM 
 
 papelsemikraft gramatura 80 ou papel madeira 
 folhas de papel carbono 
 1 conjunto de réguas: par de esquadros, reta de 50 ou 60cm, curva de quadril, 
curva de alfaiate (opcional), curva de cava e/ou curva francesa. 
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65 
 
 2 tesouras: uma para cortar papel e outra para cortar tecido. 
 
 4m de tecido ( pode ser algodãozinho ou popelina lisa de uma só cor para 
execução de protótipos) 
 Linha da cor do tecido 
 3 agulhas de máquina industrial cabo grosso nº 14 e 3 de mão nº 7 
 1cx de alfinetes corrente nº 29 
 1 carretilha 
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66 
 
 1 fita métrica 
 
 Lápis 2B ou lapiseira 0,9mm 
 1 Borracha branca de preferência retangular 
 1 Apontador ou estilete 
 1 Cola branca 
 1 fita adesiva pequeno 
 Giz de alfaiate 
 
 Alfinetes de cabeça colorida (marcador de mapa) ou percevejo (uma caixinha) 
 Alicate de picotar (opcional) 
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 
 1 pasta para guardar moldes 
 1 grampeador pequeno 
 
 
 
 
 
 
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3.O ELASTANO 
 
Elastano é um filamento sintético conhecido por sua excepcional 
elasticidade. É a lycra essencialmente pura, sem adição de 
poliamida ,e que é denominada de Lycra comercial ou Industrial. 
É mais forte e durável que a borracha, seu principal concorrente. 
Ele foi inventado em 1959 por Joseph Shivers, da DuPont. Quando 
foi colocado no mercado, revolucionou muitas áreas da indústria de 
vestuário. Ele também é conhecido como spandex (nos EUA e 
Austrália). 
Definição conceitual 
Elastano é uma fibra sintética formada por, no mínimo, 85% de 
poliuretano segmentado. 
Produção 
Existem dois processos básicos de produção de elastano: wet-spun 
(por coagulação do extrudado) e dry-spun (secagem do extrudado). 
Atualmente, produz-se mais de 90% do elastano pelo método dry-
spun. Há também os elastanos base poliéster, onde o polietileno-
glicol é substituído por um poliéster-poliol, mas hoje sua 
participação não é significativa na capacidade total instalada. 
Depois adiciona-se extensores de cadeia para atingir o grau de 
polimerização desejado. Para ter viscosidade suficiente para escoar 
pelas tubulações e chegar às fieiras, ele é dissolvido em DMAC 
(dimetilacetamida) ou DMF (dimetil-formamida). O polímero 
dissolvido é extrudado pelas fieiras. Logo após, os filamentos 
passam por um fluxo de gás inerte (nitrogênio) a alta temperatura 
para evaporar o solvente. Os filamentos ainda sofrem uma 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lycra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliamida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Borracha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliuretano
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69 
aplicação de óleo de silicone e por fim são enrolados sobre tubos 
plásticos ou de papelão. 
Características da fibra 
 Alongamento de mais de 500% 
 Capaz de recuperar o comprimento original mesmo após 
ciclos repetidos de alongamento e retração; 
 Leve (mesma força de retração com título mais baixo que a 
borracha); 
 Maior resistência a produtos químicos que a borracha 
 Tem baixa resistência e perde propriedades quando em 
contato com produtos oleosos. 
 Perde resistência em temperatura elevada. 
Usos mais freqüentes 
 vestuário esportivo (roupa para ginástica) 
 moda praia (sungas, biquínis e maiôs) 
 fitas elásticas para roupa íntima 
 leggings 
 meias-calças 
 meias soquete 
 camisaria 
 calças 
 lingerie 
 meias de compressão 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Borracha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Borracha
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70 
 compressas médicas 
 fraldas 
 munhequeiras 
 As malhas 
4. MODELAGEM COM TECIDO COM ELASTANO 
COMO CONFECCIONAR COM TECIDO COM ELASTANO 
• Armazenar os tecidos sempre na posição horizontal e em 
paralelo. 
• Desenrolar o tecido de maneira mais branda, evitando 
tensões excessivas. 
• Descansar o tecido acima de 36 horas. 
• Compensar a modelagem de acordo com o percentual de 
alongamento do tecido. 
• Cortar forros de bolsos sempre em viés. 
• Utilizar máquinas de ponto corrente nas costuras que exijam 
elasticidade. 
• Reduzir a velocidade da máquina em 25%. 
• Utilizar agulhas de ponta bola. 
• Utilizar 4 a 5 pontos/cm nas costuras. 
• Utilizar, para tecidos PT, linha 100% de algodão (Corrente- 
COW3C), linhas de nylon ou já tintas. 
• Secar as peças na faixa de 80 a 100 graus de temperatura. 
 
 
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CARACTERÍSTICASFÍSICAS 
• Os tecidos com elastano têm características particulares de 
encolhimento e largura. 
• É um produto elastizado que merece tratamento especial 
durante todo o processo de confecção. 
• Esse tecido apresenta alongamento no sentido 
largura/trama, é mais estreito que os tecidos comuns 
porque é produzido nos mesmos teares planos e necessita 
ser relaxado para obtenção da largura final. 
• Os rolos de tecidos com elastano devem ser armazenados 
sempre no sentido horizontal e em paralelo, 
nunca em pé ou em forma de fogueira. Esses últimos 
procedimentos podem ocasionar distorções no 
tecido. 
 
TECIDOSPT (para tingir) 
• A lavanderia deve sempre pilotar o mínimo de20 prendas, 
testando o processo completo até a passadoria. 
• Esses tecidos não necessitam de qualquer preparação 
prévia antes do tingimento (pré-alvejamento, purga alcalina, 
desengomagem, etc.), pois o mesmo já está preparado para 
ser tingido. 
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• Se o cliente desejar fazer uma lavagem prévia para eliminar 
sujeiras provenientes da confecção, deve efetuar uma simples 
lavagem com detergente a 60º C por 15 minutos. 
• Para a cor branca, após a peça confeccionada, o cliente 
deve alvejá-la apenas com água oxigenada e 
estabilizador orgânico em meio alcalino. 
 
 - Receita básica: 
2 g/l de deslizante. 
2 g/l de detergente aniônico. 
3 g/l de carbonato de sódio. 
 10 ml de água oxigenada (peróxido de hidrogênio). 
5 g/l de branco ótico. 
Subir a 90º C em 20 minutos. 
Tratardurante 40 minutos. 
Enxugar à temperatura quente e fria. 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
Orientações gerais 
Para melhor entendimento do material do site, orientamos ler 
as instruções abaixo: 
O primeiro passo para a modelagem é definir as medidas do 
corpo. Em seguida serão executados os Moldes 
Básicos que servirão como ponto de partida para 
interpretação de diversos modelos. 
Principais Moldes Básicos: 
Tecido Plano: 
- Base da blusa, base da manga, base da saia e base da 
calça. 
Malha: 
- Base da blusa justa, base da manga justa e base da calça. 
 
Listamos abaixo o material necessário para execução 
dos moldes: 
- Papel Manilha ou papel Pardo 
- Lapiseira 0,7mm ou 0,9mm 
- Régua curva pequena 
- Régua curva grande 
- Esquadro 
- Fita Métrica 
- Tesoura para papel 
- Fita adesiva e cola 
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- Carretilha 
- Borracha 
- Papel carbono para tecido nas cores branco, amarelo e 
vermelho. 
Orientações sobre a execução dos moldes. 
Os moldes serão traçados através de diagramas. 
Exemplo: Trace o retângulo ABCD com as seguintes 
dimensões: 
A - B = 1/2 do quadril 
A - C e B - D = Altura do quadril 
 
 
- As bases serão quase sempre traçadas pelas metades, das 
costas e da frente, com exceção da calça que é traçada com 
o papel aberto. 
- Para todas as bases, os traços serão orientados através de 
letras ou números. 
Para o traçado dos moldes é de grande ajuda um conjunto de 
réguas como o da figura abaixo, mas não é indispensável.. 
 
 
Sobre a Malha 
Diferente do Tecido Plano, as malhas são produzidas por laçadas interligadas que resultam em 
uma estrutura flexível 
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75 
Dependendo do fio e da estrutura utilizada é determinado o grau de elasticidade da malha. 
Tipos de Malha: 
Malhas Firmes 
- Meia-malha de algodão 
- Moletom, plush etc. 
Malhas elásticas 
- Lycra, cotton-lycra,etc. 
Preparação da Malha para o Corte 
- A malha antes de ser cortada deve passar pelo processo de descanso, que consiste em 
deixá-la desenrolada em uma superfície plana durante 24 horas. 
Máquinas utilizadas para Malhas: 
- Galoneira 
- Overlock 
- Reta 
- Interlock 
Para Costurar Malha: 
- Agulha de máquina nº 9 ou 11 (ponta bola) 
- Fio Nylon ou poliester 
Obs: 
- Utilize 4 pontos de máquina por centímetro 
- Reduza a tensão do fio. 
 
Cálculo da Elasticidade da Malha 
A modelagem para malha sofre reduções de acordo com a elasticidade da malha. 
1 - Com uma amostra do tecido estique-o para verificar qual o sentido que possui maior 
elasticidade, em geral é o perpendicular a ourela. 
2 - Corte um retângulo com 12cm de comprimento e 5cm de largura, observe que o 
comprimento vai ser o que tem maior elasticidade. 
3 - Coloque ( no retângulo de 12cm cortado) dois alfinetes com distância de 10cm um do outro. 
Encoste o alfinete da esquerda sobre o ponto zero da régua e estique o máximo possível (puxe 
pelo alfinete da direita). Anote o número onde o alfinete da direita alcançou. 
Ex: Quando esticou o alfinete da direita e alcançou 14cm isso quer dizer que a malha tem 40% 
de elasticidade. 
Elasticidade das malhas: 
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76 
Baixa Elasticidade - Até 12 
- Use a tabela de medidas para tecido plano 
Média Elasticidade - de 12 a 18 
- Use a tabela de medidas para malha de média elasticidade 
Alta Elasticidade - acima de 18 
- Use a tabela de medidas para malha de alta elasticidade 
 
 
 
Calça Legging com Costura Lateral 
 
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77 
 
Esse molde deverá ser feita somente com a Tabela de Medidas para Malha de 
Média ou de Alta Elasticidade. 
Trace o retângulo ABCD com as seguintes dimensões: 
A - B = 1/4 do Quadril; 
A - C e B - D = Altura da Calça. 
Divida o retângulo ao meio e marque os pontos EeF. 
A - G e B - H = Altura do Quadril; 
Ligue G - H. 
A - I e B - J = Altura do Gancho; 
Ligue I - J. 
A - K e B - L = Altura do Joelho. 
Ligue K - L. 
http://www.cortandoecosturando.com/tabela_femenino.html
http://www.cortandoecosturando.com/tabela_femenino.html
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78 
 
Frente 
Figura 2 
I - M = 1/5 de A - B: 
N - O = 1/2 do Tornozelo mais2cm: 
Divida a linha N - O por dois e coloque a metade para cada lado de F. 
Ligue N - G. 
Marque o ponto P no cruzamento da linha G - N com K - L. 
A - Q = 1/4 da Cintura. 
Ligue Q - H - O, conforme ilustração. 
Figura 3 
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79 
Ligue M - P - N com uma curva suave conforme ilustração. 
 
 
 
Figura 4 
Copie com a carretilha em outra folha de papel, o Molde da Frente, contornando os 
pontos: 
A - Q - H - O - N - P - M - G - A. 
Copie também a linha E - F, que servirá como indicação do Sentido do Fio. 
Atenção: Reserve o molde mas não recorte ainda. 
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80 
 
Costas 
Figura 5 
M - R = medida de I - M 
R - S = 0,5cm; 
P - U = 2cm; 
N - V = 2cm. 
Ligue S - U - V, conforme ilustração. 
Figura 6 
A - X = a medida de B - Q; 
X - T = 3cm. 
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81 
Ligue S - G - X - T, conforme ilustrado na Figura 6.. 
 
Figura 7 
O molde das Costas passa pelos pontos: 
T - B - H - O - V - U - S - G - X - T. 
Marque a linha E - F para indicar o Sentido do Fio. 
Atenção: Reserve o molde mas não recorte ainda. 
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82 
 
Cós 
O Cós pode ser feito de duas maneiras: 
1. Cós separado. 
Figura 8 
Nesse caso, trace um retângulo com o comprimento igual a soma das medidas de A - 
Q do molde da Frente e, T - B do molde das Costas e de largura 6cm. 
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83 
 
2. Cós Junto 
Frente 
Figura 9 
A - 1 e B - 2 = 3cm. 
Ligue A - 1 - 2 - Q . 
Dobre o papel na linha 1 - 2 e copie com a carretilha contornando os pontos: 
1 - A - Q - 2. 
 
Figura 10 
Abra o papel e reforce com lápis as linhas formadas pela carretilha. 
Recorte o molde contornando os pontos: 
A' - Q' - H - O - N - P - M - G - A - A' 
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84 
 
Costas 
Figura 11 
T - 3 e B - 4 = 3cm 
Ligue T - 3 - 4 - B . 
Dobre o papel na linha 3 - 4 e copie com a carretilha contornando os pontos: 
T - 3 - 4 - B.. 
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85 
 
Figura 12 
Abra o papel e reforce comlápis as linhas formadas pela carretilha. 
Recorte o molde contornando os pontos: 
T' - B' - 4 - B - H - O - V - U - S - G - X - T - 3 - T' 
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Figura 13 
Molde da Frente 
Figura 14 
Molde das Costas 
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MOLDE ASSIMÉTRICO 
 
 
 
 
MOLDE SIMÉTRICO 
 
 
 
 
 
 
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89 
Elastano 
Odesenvolvimento da fibra de elastano foi realizado pela 
DuPont por volta de 1950 e sua 
comercialização, com nome Lycra®, foi iniciada em 1958. 
Atualmente, esta fibra é produzida em 
oito unidades da DuPont localizadas em diferentes países do 
mundo. Existem outros produtores de 
elastano na Alemanha e na Ásia. A fibra elastano não é usada 
isoladamente, sua utilização industrial 
se dá sempre em conjunto com outras fibras, como a poliamida em 
maiôs e meias e o algodão em 
malharia ou tecelagem plana. 
A fibra é obtida pela extrusão, através da fieira, numa atmosfera de 
vapor que promove as ligações 
transversais. O elastano é normalmente mantido incolor ouna cor 
branca leitosa pigmentada por 
dióxido de titânio. Como só é utilizado em combinação com outras 
fibras, são estas as efetivamente 
responsáveis pela cor do artigo final. 
A principal propriedade destas fibras é conferir elasticidade aos 
tecidos convencionais (de malha ou 
tecidos planos), o que permite confeccionar peças de 
vestuário que aderem ao corpo, 
acompanhando as formas e movimentos. 
 
 
 
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90 
Características do Elastano. 
 
Estacaracterística as torna particularmente apropriadas à 
confecção de roupas de praia, peças femininas, esportivas e 
íntimas, meias e artigos para aplicações médicas e estéticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
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91 
 
ALVARES, Adélia Parron. Modelagem Industrial – Método Elite. 
Curitiba, ansa1990. 
DUARTE, Sonia e Sylvia Saggese. Modelagem Industrial 
Brasileira. Rio de Janeiro; 
letras& expressões, 1998. 232p. il. 
GIANESINI, Paulo. Apostila do Curso de Moda e Estilismo CEFET, 
Tecnologia da 
Confecção. 
SENAC. DN. Modelagem plana feminina / Paulo Fulco; Rosa Lúcia 
de Almeida Silva. 
Rio de Janeiro: ed. Senac nacional, 2003. 112 p, il. 
SENAC. DN. Modelagem plana masculina / Paulo de Tarso Fulco; 
Rosa Lucia de Almeida Silva. Rio de Janeiro: ed. Senac Nacional, 
2003. 144p. 
 Modelagem: ferramenta competitiva para a indústria da moda. — 
 Porto Alegre: SEBRAE/RS: FEEVALE, 2007 
 Gestão do processo produtivo. Porto Alegre: SEBRAE/RS, 2007. 
 Biermann, Maria Julieta Espindola 
 
 
 
 
 
 
Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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