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Lídia Negrão -Med 3 1 OBJETIVOS: 1. Descrever o ciclo menstrual. 2. Caracterizar os distúrbios menstruais. (Periodicidade, duração e fluxo) 3. Compreender os processos de espermatogênese e ovogenêse; 4. Caracterizar a embriogênese até a 8ª semana 5. Descrever o eixo hipotálamo- hipofisário-gonadal na mulher. SISTEMA HORMONAL FEMININO: Consiste em 3 hierarquias de hormônios. 1. O hormônio de liberação hipotalâmica, o hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH). 2. Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), ambos secretados em resposta à liberação de GnRH do hipotálamo. 3. Hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona que são secretados pelos ovários, em resposta aos dois hormônios sexuais femininos da hipófise anterior. Esses hormônios são secretados com intensidades diferentes, durante cada fase do ciclo sexual mensal. A quantidade de GnRH é liberada pelo hipotálamo e sobe e desce de maneira menos drástica durante o ciclo sexual mensal. CICLO OVARIANO: • As alterações ovarianas dependem totalmente dos hormônios gonadotrópicos, FSH e LH, na ausência os ovários permanecem inativos. • FSH e LH são glicoproteínas que estimulam a ativação do segundo mensageiros AMPc no citoplasma da célula, o que determina a formação da proteinocnase e de múltiplas fosforilações de enzima- chave que estimula a síntese dos hormônios sexuais. à Fase folicular; • Ao nascimento cada ovulo é circundado por uma camada única de células da granulosa, sendo chamada de folículo primordial • O folículo primordial é mantido em prófase da divisão meiótica • Na puberdade, os ovários e os folículos começam a crescer. O crescimento de camadas adicionais de células da granulosa nos folículos, chamados de folículos primários • A cada mês o FSH e o LH promovem o crescimento acelerado de 6 a 12 folículos primários. Com o aumento de camadas na granulosa e o acúmulo de células fusiformes do interstício, produzindo a teca à Teca interna: secreta hormônios sexuais (estrogênio e progesterona) à Teca externa: tecido conjuntivo vascularizado • A massa de células da granulosa secreta um liquido folicular, que contém alta concentração de estrogênio. Concepção e formação do ser humano e gestação Lídia Negrão -Med 3 2 • O acúmulo desse liquido determina o aparecimento do antro no interior do folículo, se chamando agora de folículo secundário. • Um dos folículos cresce mais que o outro e os 5 a 11 folículos tem involução (atresia). O que cresce chama-se folículo maduro. à Ovulação: -A ovulação só ocorre com o pico de LH- • Estigma protrusão da parede do folículo, seu rompimento permite a saída de um liquido viscoso e do ovulo circundado pela corona radiata. • LH é necessário para crescimento folicular final e para a ovulação. • O FSH e o LH (pico +ou- 2 dias antes) atuam causando um rápido aumento de volume do folículo. O LH age nas células da granulosa e nas tecais, convertendo-as em células secretoras de progesterona. 1. Teca externa começa a liberar enzimas proteolíticas a partir dos lisossomos que causam a dissolução da parede capsular e enfraquecimento, aumentando o volume do folículo e degeneração do estigma. 2. Simultaneamente, ocorre rápido crescimento de novos vasos sanguíneos no interior da parede do folículo e são secretadas prostaglandinas (hormônio local que causa vasodilatação) nos tecidos foliculares. à Fase Lútea • Após a expulsão do ovulo, as células foliculares e a teca se transformam em células luteinicas • O corpo lúteo secreta progesterona e estrogênio (depende do LH). • Corpo albicans involução do corpo lúteo • Os hormônios secretados pelo corpo lúteo exercem efeito na hipófise, mantendo as baixas taxas de FSH e LH, a perda destes hormônios provoca a degeneração do corpo lúteo. • A interrupção do estrogênio, progesterona e inibina permite a secreção crescente de FSH e LH, iniciando um novo ciclo. (Inicio da Menstruação) à No útero, as fases são, proliferativa, secretora e por fim a menstruação. FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS OVARIANOS: • Estrogênio + importante estradiol à características sexuais secundarias à sintetizado no ovário a partir do colesterol e acetil-coA à durante a fase folicular, quase toda a testosterona e a progesterona são convertidas em estrogênio pela célula granulosa à É transportado pela albumina e por globulinas especificas à É excretado na bile e pela urina à Fígado converte estradiol e estronal em estriol (+ fraco) • Funções do estrogênio à características sexuais femininas à osso: produz aumenta da atividade osteoblástica Lídia Negrão -Med 3 3 Na menopausa, a queda dos níveis de estrogênio provoca a redução da matriz óssea e a queda da deposição de cálcio e fosfato à causa ligeiro aumento da proteína corporal, causa deposição de gordura nos tecidos subcutâneos; pele mais vascularizada; retenção de sódio e de água pelos túbulos renais. • Progesterona à preparação do útero para a gravidez à fígado degrada em pregnanediol sendo excretado na urina • Funções da progesterona à promover alterações secretoras no útero, preparando para a implantação à diminui a frequência e a intensidade das contrações uterinas à aumenta a secreção nos tubos, nutrindo o ovulo fertilizado à aumenta o volume das mamas. CICLO ENDOMETRIAL; 1. Proliferação do endométrio 2. Desenvolvimento de alterações secretoras no endométrio 3. Descamação do endométrio (menstruação) à Fase proliferativa (estrogênica); • Antes da ovulação • Sob influência do estrogênio ocorre rápida proliferação das células do estroma (tecido conj. que pertence ao tecido nutritivo e de sustentação de uma célula, tecido ou órgão). • Aumento considerável do endométrio • As glândulas do endométrio secretam muco fino e filamentoso que ajudam a orientar o espermatozoide da vagina pro útero. à Fase secretora (progestacional) • Após a ovulação, estrogênio e progesterona são secretados em grande quantidade pelo corpo lúteo • Estrogênioà proliferação das células do endométrio • Progesteronaà aumento do volume do endométrio e desenvolvimento secretor • Objetivo de produzir um endométrio altamente secretor com as condições adequadas para a implantação do ovo fertilizado (leite uterino). • Após a implantação, o ovo começa a digerir o endométrio e a absorver as substâncias armazenadas, tornando disponível grande quantidade de nutrientes. à Fase menstrual • Involução do corpo lúteo • A menstruação é causada pela queda de estrogênio e progesterona • Ocorre o vaso espasmo dos vasos sanguíneos sinuosos por conta da prostaglandina • Ocorre a descamação do endométrio • Liquido menstrual, não coagula = fribrinolina REGULAÇÃO DO RITMO MENSAL: à Secreção pulsátil intermitente do GnRH pelo hipotálamo • Liberação pulsátil de LH pela hipófise anterior • A natureza pulsátil da liberação do GnRH é essencial para o desempenho da sua função. FEEDBACK NEGATIVO: Lídia Negrão -Med 3 4 • Estrogênio e progesterona exercem efeito inibitório para a produção de FSH e LH • Hormônio inibina do corpo lúteo inibe FSH e LH FEEDBACK POSITIVO (ANTES DA OVULAÇÃO): • Surto pré-ovulatorio de LH • Estrogênio estimula a secreção de LH e FSH à Ciclos Ovulatório • É determinada pela ausência de corpo lúteo à Menopausa • Causada pela extinção dos ovários • A produção de estrogênio diminui à medida que o numero de folículos primordiais aproxima-se de zero ANORMALIDADES DA SECREÇÃO PELOS OVÁRIOS: à Hipogonadismo • Ovários estão ausentes ou não funcionais não há o desenvolvimento das características sexuais secundarias à Hipersecreção • Surge tumor feminilizante O ATO SEXUAL FEMININO: • Ereção e lubrificação é controlado pelos nervos parassimpáticos,que passam pelo plexo sacral para a genitália externa pelos nervos eretores. • Dilatam as artérias do tecido erétil como resultado da liberação de acetil coA, acido nítrico e polipeptídio intestinal vasoativo (VIP) nas terminações nervosas • O orgasmo provoca contrações rítmicas (ocitocina) nos músculos do períneo, como resultados dos reflexos da medula espinhal; aumento da motilidade uterina e tubaria ajudando o transporte dos espermatozoides FERTILIDADE FEMINA: • Ovulo permanece viável por 24 horas • Pílula: inibe a ovulação, pois impede o surto de LH. (hormônio sintético pois resiste ao fígado) • Etinil, estradiol e o mestrol • Noretindrona, norentindrel, etinodiol e norgestrel à Infertilidade - ausência de evolução por hipersecreção dos hormônios gonadotrópicos - endometriose - salpingite (inflamação das trompas de falópio) - secreção do muco anormal FEEDBACK POSITIVO E NEGATIVO DO ESTROGENIO E DA PROGESTERONA: O estrogênio em pequena quantidade, exerce forte efeito inibitório a produção de LH e FSH. Além disso, quando a progesterona está disponível, o efeito inibitório do estrógeno é multiplicado. Inibina é um hormônio secretado juntamente com os hormônios esteroides, pelas células da granulosa do corpo lúteo. Esse hormônio Lídia Negrão -Med 3 5 age inibindo a secreção de LH e FSH pela hipófise anterior. O contrário ocorre antes da ovulação, em que os altos níveis de estrogênio causa um surto abrupto de LH, determinando a ovulação. ESPERMATOGÉNESE: É a sequência de eventos que as espermatogonias são transformadas em espermatozoides maduros. Esse processo tem inicio na puberdade. à espermatogonias permanece nos túbulos seminíferos, aumentando durante a puberdade à espermatogoniasàespermatocitos primáriosà espermatocitos secundários haploidesà espermatides haploidesà transformadas em quatro espermatozoides maduros (espermiogenese). Dura 2 meses. Quando a espermiogênese é completada, os espermatozoides entram na luz dos túbulos seminíferos. As células de sertoli que revestem os túbulos seminíferos dão suporte e nutrição para as células germinativas. Os espermatozoides são transportados passivamente dos túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados e se tornam maduros. O epidídimo é um ducto longo localizado na borda posterior do testículo ele fica com continuidade com o ducto deferente que transporta os espermatozoides para a uretra. OVOGÊNESE: A ovo gênese é a sequência de eventos que as ovogonias se transforma em ovócitos maduros. Esse processo inicia antes do nascimento e tem seu fim depois da puberdade. A ovo gênese continua ate a menopausa. à Maturação pré-natal dos ovócitos • As ovogonias crescem para formar os ovócitos primários antes do nascimento • O ovócito primário circundado por uma camada de células foliculares achatadas constitui um folículo primário. • Durante a puberdade o ovócito cresce e as células epiteliais se tornam cuboides e depois cilíndricas formando um folículo primário. • O ovócito primário é envolvido pela zona pelúcida • A prófase dos ovócitos não se completa ate a adolescência, pois as células que circundam o ovócito primário secretam uma substância chamada inibidor da maturação do ovócito que ‘’estaciona’’ o processo de meiose do ovócito. à Maturação pós-natal dos ovócitos • Um folículo amadurece por mês e ocorre a ovulação (exceto quando ocorre o uso de contraceptivos orais) • Nenhum ovócito primário se forma após o nascimento diferente dos espermatocitos ‘’Você já esteve na barriga da sua avó’’ • Os ovócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos ate a puberdade, com a maturação do folículo, o ovócito primário aumenta de tamanho e completa a primeira divisão meiótica antes da ovulação assim dando origem a um ovócito secundário e ao primeiro corpo polar. Lídia Negrão -Med 3 6 • O ovócito secundário recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar pouco, pois é uma célula pequena não funcional. • Segundo corpo polar também é pequeno e não funcional, assim que os corpos polares são extrudidos, a maturação do ovócito é completada. GAMETAS (CÉLULAS SEXUAIS) São células haploides (metade dos cromossomos) cariogamia (junção 23X e 23Y) ÚTERO Durante a fase lútea do ciclo menstrual é fácil de distinguir as três camadas de endométrio (perimetrio, miométrio e o endométrio) TUBAS UTERINAS As tubas conduzem os ovócitos a partir do ovários e os espermatozoides que entram pelo útero para alcançar o local de fecundação na ampola. A tuba também conduz o zigoto em clivagem para a cavidade uterina. OVÁRIOS São glândulas reprodutivas, também produzem estrogênio e progesterona. (hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundarias e pela regulação da gestação) TRANSPORTE DO OVÓCITO O ovócito é expelido do folículo ovariano com liquido folicular que escapa. As fimbrias fazem movimentos de ‘’varredura’’ juntamente com o liquido produzido pelos cílios ‘’varrem’’ o ovócito secundário para o infundíbulo e chega na tuba em direção ao útero. TRANSPORTE DOS ESPERMATOZOIDES Os espermatozoides são rapidamente transportados do epidídimo para a uretra por contrações peristálticas muscular do ducto deferente. As glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais produzem secreções que são adicionadas ao liquido que contém espermatozoides no ducto deferente e na uretra. MATURAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES A capacitação dura cerca de 7 horas, durante esse processo, uma cobertura glicoproteica e proteínas seminais são removidas da superfície só acrossomo. Os espermatozoides capacitados são mais rápidos. VIABILIDADE DOS GAMETAS Os ovócitos humanos são fecundados em ate 12h após a ovulação. A maioria dos espermatozoides humanos não sobrevive mais de 48h no trato genital. FECUNDAÇÃO O local da fecundação é a ampola uterina, geralmente. Caso não seja fecundado lá ele passa lentamente pela tuba para o corpo do útero, onde se degenera e é reabsorvido. • Inicia com o contato entre um espermatozoide um ovócito e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão meiótica do zigoto. • Esse processo leva 24h à Fases da fecundação: Lídia Negrão -Med 3 7 • Passagem do espermatozoide através da corona radiata. (dispersão das células foliculares da corona radiata circunda o ovócito e da zona pelúcida resulta na ação da enzima hialuronidase liberada da acrossomo.) • Penetração da zona pelúcida. (fase importante no inicio da fecundação, assim que o espermatozoide penetra a zona pelúcida ocorre uma reação zonal (mudança nas propriedades da zona pelúcida que torna ela impermeável a outros espermatozoides) • Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide (A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do ovócito, mas a membrana celular do espermatozoide e as mitocôndrias são deixadas para trás.) • Termino da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do pro núcleo feminino. (A penetração ativa o ovócito a completar a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e um segundo polar). • Formação de pro núcleo masculino (Dentro do citoplasma do ovócito o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o pro núcleo e a cauda se degenera) – se torna oótide Logo que os pro núcleos se fundem em uma agregação de cromossomos única e diploide, a oótide se torna um zigoto. CLIVAGEM DO ZIGOTO A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento do numero de células (blastômeros). • Ocorre quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção do útero. • Durante a clivagem o zigoto se encontra dentro da zona pelúcida. • A divisão do zigoto em blastômeros se inicia 30 horas depois da fecundação.• Após o estagio de nove células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente um com os outros pra formar uma ‘’bola compacta’’ de células. • A compactação possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré-requisito para a segregação das células internas que formam o embrioblasto do blastocisto. Lídia Negrão -Med 3 8 • Quando já existem de 12 a 32 blastômeros o ser humano em desenvolvimento é chamado de mórula. • A mórula é circundada por células trofoblásticas. SEGUNDA E TERCEIRA SEMANA DE GESTAÇÃO • A implantação do blastocisto completa-se na 2ª semana • O embrioblasto sofre mudanças morfológicas, produzindo o disco embrionário (epiblasto e hipoblasto) que vai dar origem as células germinativas • As estruturas extraembrionárias: cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedículo de conexão e o saco coriônico. à TERMINO DA IMPLANTAÇÃO E CONTINUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Trofoblasto se diferencia em: à citotrofoblasto: mononucleadas mitoticamente ativas à sinciotrofoblasto: multinucleada • O sinciotrofoblasto (produz HCG) invade o tecido endometrial e o blastocisto se aprofunda no sitio de implantação • O mecanismo molecular da implantação envolve a sincronização entre o blastocisto invasor e um ENDOMÉTRIO RECEPTOR. (microvilosidades das células endometriais, moléculas celulares de adesão, citocinas, prostaglandinas, genes homebox, fatores de crescimento e metalproteinases de matriz. • Em torno do sitio de implantação as células do tecido conjuntivo acumulam glicogênio e lipídios – células deciduais- fornecem uma rica fonte para a nutrição embrionária. • O hCG mantem a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário durante a gravidez à estrogênio e progesterona • hCG entra no sangue materno pelas lacunas do sinciciotrofoblasto à Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino. • Cavidade amniótica – pequeno espaço no embrioblasto Lídia Negrão -Med 3 9 • O embrioblasto sofre mudanças morfológicas, formando o disco embrionário, composto por: à epiblasto: mais espessa, relacionada a cavidade amniótica. à hipoblasto: pequenas células voltadas para a cavidade exocelômica. Na imagem – gastrulação -- O hipoblasto, por mitose, passa a revestir a cavidade exocelômica, formando a membrana de Heuser, que juntas formam o saco vitelino primitivo. (forma a mesoderma embrionário que circunda o âmnio e o saco vitelino.) • A comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas estabelece a circulação uteroplacentária primitiva. Quando o sangue materno flui para as lacunas, o oxigênio e as substâncias nutritivas tornam-se disponíveis para o embrião. • No 10º dia o embrião e as membranas extraembrionárias está completamente implantado no endométrio. • A implantação no endométrio provoca uma transformação nas células do tecido conjuntivo - reação decidual- • No 12º dia as lacunas se fundem e forma as redes lacunares, que são os espaços intervilosos da planta • O trofoblasto absorve o fluido nutritivo (embriotrofo) das redes lacunares e transfere para o embrião. • O mesoderma embrionário cresce e surgem os espaços celômicos extraembrionários isolados, que se fundem e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extraembrionário. Essa cavidade preenchida por fluido envolve o âmnio e o saco vitelino. • O celoma faz o saco vitelino primitivo diminuir e forma o saco vitelino secundário. • O saco vitelino não contém vitelo, é importante para a transferência de nutrientes para o embrião na 2ª e na 3ª semana. É o sitio de origem das células germinativas primordiais. É incorporado como intestino primitivo na 4ª semana, a formação do sangue ocorre no primeiro mesoderma extraembrionário que cobre a parede do saco vitelino à DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO • O fim da 2ª semana é caracterizado pelas vilosidades coriônicas primarias, que surge devido ao crescimento das células do citotrofoblasto para o sincíciotrofoblasto, sendo o primeiro estagio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta. • O celoma divide o mesoderma extraembrionário em: Lídia Negrão -Med 3 10 à mesoderma somático (cavidade) reveste o trofoblasto e o âmnio à mesoderma esplênico (vitelino) envolve o saco vitelino • Córion à citotrofoblasto e sincíciotrofoblasto, mesoderma somático extraembrionário No 14º dia a placa precordal é formada, devido ao espessamento das células holoblásticas do disco embrionário, indicando o futuro local da boca. Durante a 3ª semana o rápido desenvolvimento do embrião é caracterizado por: - aparecimento da linha primitiva - desenvolvimento da notocorda -aparecimento das 3 camadas germinativas O sangramento da implantação resulta ao extravasamento de sangue para a cavidade externa proveniente das redes lacunares rompidas no blastócito implantado. à GASTRULAÇÃO: FORMAÇÃO DAS CAMADAS GERMINATIVAS São precursores de todos os tecidos embrionários. • O disco bilaminar é convertido em trilaminar (dias 15 a 16) • É o inicio da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo) • Se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto. • Três camadas germinativas à ectoderma embrionário: origina a epiderme, SNC e SNP. à mesoderma embrionário: origina a musculatura lisa, tecido conjuntivo, células do sangue... à endoderma embrionário: vias respiratórias e trato gastrointestinal à Linha primitiva: • Primeiro sinal da gastrulação • Resulta da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. • Na região caudal a linha se alonga pela adição de células. Enquanto na região cranial ela se prolifera, formando o nó primitivo. • Ajuda a identificar a região cefalo- caudal do embrião • O sulco e a fosseta primitivos são invaginaçōes das células epiblasticas. Lídia Negrão -Med 3 11 • As células mesenquimais formam os tecidos de sustentação do embrião. • Hipoblasto à endoderma à no teto do saco vitelino Epiblasto à ectoderma à Destino da linha primitiva • Depois da 4ª semana a linha primitiva diminui de tamanho relativo e torna-se uma estrutura insignificante na região sacrocigea do embrião. Restos de linha primitiva podem persistir e dar origem a um tumor – o teratoma à Processo notocordal e notocorda • Células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta, formando um cordão celular mediano, o processo notocordal, a luz dele canal notocordal, ate alcançar a placa pre-cordal -> onde o ectoderma e o endoderma estão em contato. • É essencial para a indução do cérebro anterior e do olho. • Placa precordal é o primórdio da membrana bucofaringea (futura cavidade oral) que tem como papel ser o centro sinalizador para controlar o desenvolvimento de estruturas cranianas. • Células mesenquimais migram cefalicamente para onde o primórdio do coração começa a se desenvolver. Membrana cloacal indica o futuro anus Membrana bucofaringea e membrana cloacal (não forma 3 camadas, ou seja, sem mesoderma) ecto e endo estão fundidos, impedindo a migração das células mesenquimais entre os folhetos. • A notocorda define o eixo primitivo e fornece os sinais necessários para o esqueleto axial. • A notocorda se estende da membrana bucofaringea ao nó primitivo. Degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se formam, mas persiste como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral. • A notocorda induz o ectoderma a formar a pleuraneural, o primórdio do SNC. à Alantoide: • Membrana da parede do saco vitelino ate o pedículo do embrião, forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta à Neurulação: formação do tubo neural • Neurolação – processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais e fechamento dessas pregas para formar o tubo neural à Placa neurale tubo neural • O espessamento do ectoderma forma a placa neural, que dará origem ao SNC • No 18º dia a placa neural se invagina e forma o sulco neural mediano com pregas neurais, a fusão das pregas converte a placa em tubo neural. à Formação da Crista neural Lídia Negrão -Med 3 12 • A crista neural se separa em partes direita e esquerda para o tubo neural, originando os glanglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais à Desenvolvimento dos somitos • Nó primitivo também forma o mesoderma paraaxial, que próximo ao fim da 3ª semana se diferencia e começa a dividir-se em pares de corpos cuboides, os somitos (sentido cefalocaudal) • Usado para determinar a idade do embrião, a partir da 4ª e 5ª semana • Aparece 1ª na região occipital, dando origem ao esqueleto axial • Para sua expressão: genes da via notch, dos genes Hox à Desenvolvimento do celoma intraembrionario • Espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico, se juntam e formam o celoma intraembrionario, que divide o mesoderma em duas camadas: - camada parietal que cobre o âmnio, forma a parede do corpo do embrião ou somatopleura - camada visceral cobre o saco vitelínico, forma o intestino do embrião. • O celoma intraembrionario está dividido em 3 cavidades corporais: - cavidade pericordica - cavidade pleurais - cavidade peritoneal à Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular • No inicio da 3ª semana inicia-se: - vasculogêneseà formação de novos vasos pelos angioblastos - angiogênese à novos vasos pela ramificação A formação de vasos sanguíneos, no mesoderma extraembrionário do saco vitelino, do pedículo e o do córion. • Primórdio de uma circulação uteroplacentária. • Ilhotas sanguíneas à agregação de grupos células angiogenicas associadas ao saco vitelino ou cordões endoteliais do embrião. • As células sanguíneas se desenvolvem a partir de células endoteliais dos vasos nas paredes do saco vitelino e do alantoide. à Sistema cardiovascular primitivo • O coração tubular une-se a vasos sanguíneos do embrião do pedículo, do córion e do saco vitelino formam o sistema cardiovascular primitivo • É o PRIMEIRO SISTEMA DE ÓRGÃOS que alcança um ESTADO FUNCIONAL. à Desenvolvimento das vilosidades coriônicas • Vilosidades coriônicas primarias, que surge devido a proliferação do citotrofoblasto para o sinciciotrofoblasto, começam a ramificar-se em vilosidades coriônicas secundarias recebem todo a superfície do saco coriônico. Lídia Negrão -Med 3 13 • Algumas células mesenquimais da vilosidade logo se diferenciam em capilares e células sanguíneas, sendo chamadas de vilosidades coriônicas terciarias, formando redes arteriocapilares, as quais logo se conectam ao coração do embrião através de vasos que se diferenciam no mesenquima do córion e no pedículo do embrião. QUARTA A OITAVA SEMANA à Organogênese • É o processo de formação dos principais órgãos do embrião a partir das três camadas germinativas. • Ocorre no 2º mês da gravidez • É o período mais crítico do desenvolvimento embrionário, pois a exposição à teratogênicos pode causar grandes anomalias congênitas • No final desse período, os principais sistemas já começaram a se desenvolver. Entretanto, o funcionamento é mínimo, com exceção do sistema cardiovascular • No final da 8ª semana o embrião apresenta aspecto nitidamente humano. à Fases do desenvolvimento embrionário 1ª fase: CRESCIMENTO divisão celular (mitose) 2ª fase: MORFOGÊNESE desenvolvimento da forma, tamanho. Ocorrem inúmeras interações, interações complexas 3ª fase: DIFERENCIAÇÃO maturação dos processos fisiológicos, o seu final resulta na formação de órgãos e tecidos com funções especializadas QUARTA SEMANA (22 A 28 DIAS) Grandes mudanças iniciam: quase reto, neuroporo caudal posterior e cefálico anterior aberto • Arcos faríngeos (22-23 dias) 1º arco: mandibular (ossos da face) 2º arco: hioideo (26 dias) 3º arco: 1º anel da traqueia (28 dias) 4º arco: cartilagens da laringe 24-25 dias: neuroporo rostral fechando 26-27 dias: brotos musculares superiores Neuporo rostral fechado Neuporo caudal fechado 28 dias: formato de C Neuroporo caudal fechado Broto muscular inferior Eminência caudal Coração forma uma grande saliência central e bombeia sangue O NÃO FECHAMENTO DO NEUROPORO ROSTRAL: - desenvolvimento incompleto do encéfalo com degeneração - desenvolvimento incompleto da calvaria (abóboda craniana) - alteração da face (meroanencefalia) Lídia Negrão -Med 3 14 NÃO FECHAMENTO DO NEUROPORO CAUDAL - déficit neural, caudal à lesão +/- pé torto - meningomielocele +/- hidrocéfalo - defeito no arco ventral espinha bífida curta QUINTA SEMANA (29 A 36 DIAS) Pequenas mudanças. - crescimento da cabeça excede o crescimento de outras regiões - formação do seio cervical, devido a sobreposição do 2º sobre o 3º arco faríngeo - raios digitais das mãos é visível cristas mesonéfricas SEXTA SEMANA (37 A 43 DIAS) - respostas a reflexos do toque - cotovelo e grandes placas das mãos e raios digitais - movimentos espontâneos - desenvolvimentos membros inferiores - olho bem evidente (pigmento/retina) - os intestinos penetram no celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical SÉTIMA SEMANA (44 A 50 DIAS) - chanfraduras nas mãos - pedículo vitelino - ossificação dos membros superiores OITAVA SEMANA (51 A 56 DIAS) - Chanfradura nos pés - plexo vascular do couro cabeludo - todas as regiões dos membros são evidentes, com movimentos voluntários - ossificação do fêmur - eminência caudal desaparece - já há diferenças entre os sexos
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