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mandibula e lingua

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FACULDADE PROMOVE
BIANKA DOMITILLA
DESENVOLVIMENTO DA MANDÍBULA E LÍNGUA 
Trabalho discente efetivo em caráter de regime 
especial de estudos, apresentado à Faculdade 
Promove no curso de Odontologia na disciplina de
 Morfologia e Embriologia Oral e Maxilo-Facial.
Orientador: Prof. Lucas de Morais Barros
BELO HORIZONTE 
2020
Mandíbula
Os arcos faríngeos aparecem no embrião humano da quarta à sexta semana de 
desenvolvimento e constituem estruturas típicas do desenvolvimento da cabeça e 
pescoço. Eles se encontram dispostos bilateralmente, e são formados por proliferações 
do ectoderma de revestimento com o eixo mesenquimal e o revestimento interno de 
endoderma, com exceção do 1º arco, revestido internamente de ectoderma oral. O exame
da superfície externa de um embrião ao final da quarta semana de vida intrauterina revela
quatro pares de arcos faríngeos distintos.
Nesse período, a face do embrião ainda é constituída de um aglomerado de processos, 
um frontal, dois maxilares e dois mandibulares. Um dos primeiros eventos na formação 
das estruturas faciais é a fusão das extremidades mediais dos processos mandibulares na
linha média para formar o mento e o lábio inferior. O processo mandibular, responsável 
pela formação da mandíbula, é, na realidade, o primeiro arco faríngeo e o único que dá 
origem a estruturas da face. Os outros originam a estruturas ósseas, cartilaginosas e 
musculares da região do pescoço. Os processos mandibulares se desenvolvem muito 
rapidamente, são os primeiros a se fusionarem, e, no início da 6ª semana, já constituem 
uma estrutura única que forma a mandíbula. A fusão dos processos mandibulares ocorre 
precocemente no contexto da formação facial, portanto, este evento pode estar associado
à baixa prevalência de fissuras na mandíbula. A fissura mandibular, ou também 
denominada fissura mediana inferior, pertence ao grupo de fissuras raras da face e 
dificilmente aparece sozinha. Geralmente é acompanhada por outros defeitos estruturais, 
como, por exemplo, ausência de ramo mandibular, ausência de processo coronoide ou de
côndilo e alterações de membros. Estas anomalias são decorrentes do desenvolvimento 
anormal dos primeiros, e segundos arcos faríngeos são encontradas na Síndrome 
Richieri Costa Pereira.
Por serem formados principalmente por mesênquima, os arcos faríngeos têm o aspecto 
gelatinoso e necessitam de uma estrutura mais sólida para garantir sua sustentação. 
Cada arco faríngeo apresenta uma estrutura cartilaginosa que representa seu arcabouço 
estrutural. Além disso, cada arco recebe a própria inervação e vascularização, portanto, 
as estruturas originadas de um determinado arco faríngeo terão a mesma vascularização 
e inervação que o seu predecessor. A cartilagem do primeiro arco faríngeo recebe o nome
de cartilagem de Meckel e sua extremidade dorsal contribui para a formação de dois 
ossículos do ouvido médio – martelo e bigorna. O terceiro ossículo do ouvido médio, o 
estribo, é formado a partir da cartilagem do segundo arco faríngeo, a cartilagem de 
Reichert. A cartilagem de Meckel desempenha apenas o papel de arcabouço para a 
formação da mandíbula e desaparece à medida que este osso é ossificado intra 
membranosamente a partir do mesênquima lateral a ela, por volta da oitava semana de 
desenvolvimento. Enquanto a maior parte da mandíbula se desenvolve a partir de 
ossificação intramembranosa, o côndilo, o processo coronoide e a sínfise se originam de 
ossificação endocondral. Estas são as chamadas cartilagens secundárias, pois se formam
depois das cartilagens primárias. 
Existem dois tipos de cartilagem, as primárias e as secundárias. As cartilagens primárias 
formam-se no período embrionário, são responsáveis pelo arcabouço estrutural do 
embrião, não recebem influências ambientais e são fortemente influenciadas pela 
Genética. São cartilagens primárias: a base do crânio, o septo nasal e as cartilagens dos 
arcos faríngeos. As cartilagens secundárias surgem a partir do período fetal e têm uma 
influência ambiental maior do que as cartilagens primárias. São exemplos de cartilagem 
secundária a cartilagem do côndilo, que dá origem ao côndilo, a cartilagem do processo 
coronoide, que dá origem ao processo coronoide, e a cartilagem do mento, que dá origem
ao mento ou sínfise. 
No início da quarta semana de desenvolvimento, a face é muito pequena, perto de 40 
vezes menor do que o crânio, e encontra-se comprimida entre a cabeça e o coração.
As proporções craniofaciais são alvo de constantes alterações durante o período 
embrionário e, ao final deste, a cabeça representa metade do comprimento do corpo e ao 
nascimento, ¼ do comprimento total. À medida que o coração recua no sentido caudal do 
embrião, obedecendo à diminuição de flexão deste, o espaço para o desenvolvimento da 
face e pescoço vai sendo ampliado, o que possibilita a fusão sucessiva dos arcos 
faríngeos com seus correspondentes opostos na linha média. A mandíbula se desloca 
para frente e para baixo durante o crescimento pré-natal, a face reflete o crescimento pós-
natal, ou seja, a face emerge da base do crânio e desloca-se para frente e para baixo. 
Língua 
A língua é um órgão muscular que executa uma importante função na deglutição, sucção 
e fala. A primeira indicação do desenvolvimento da língua surge ao final da 4a semana do 
desenvolvimento embrionário quando uma elevação triangular mediana, denominada de 
saliência lingual mediana (também chamada de tubérculo ímpar), surge no assoalho da 
faringe primitiva. Na 5a semana se formam duas saliências linguais distais (também 
chamadas de saliências linguais laterais), em cada lado da saliência lingual mediana. 
Estas três saliências resultam da proliferação do mesênquima presente nas regiões 
ventromediais do primeiro par de arcos faríngeos. As saliências linguais laterais 
aumentam rapidamente de tamanho, se fundem uma com a outra e crescem sobre a 
saliência lingual mediana. As saliências linguais laterais continuam crescendo durante 
toda a vida embrionária e fetal e formam os dois terços anteriores da língua (parte oral), 
enquanto que a saliência lingual mediana não forma nenhuma região reconhecível na 
língua do adulto. O local de fusão das saliências linguais laterais é indicado externamente 
pelo sulco mediano da língua e internamente pelo septo fibroso. Este septo é formado 
pelo mesênquima derivado das células da crista neural cranial.
A formação do terço posterior da língua é indicada por duas elevações que se 
desenvolvem caudalmente ao forame cego, chamadas de cópula ou saliência 
hipobranquial e saliência hipofaríngea também chamada de saliência da epiglote. A 
cópula é uma saliência na linha média, formada no final da 4a semana pelo mesênquima 
ventromedial principalmente do segundo par de arco faríngeo. A saliência hipofaríngea, se
desenvolve caudalmente à cópula e também na linha média, a partir do mesênquima 
ventromedial do terceiro e quarto pares de arcos faríngeos. Conforme a língua se 
desenvolve, durante a 5a e 6a semanas, a cópula é englobada pelo grande crescimento 
da saliência hipofaríngea e desaparece. Como resultado, o terço posterior da língua (parte
faríngea) se desenvolve principalmente a partir da parte rostral da saliência hipofaríngea. 
As partes anterior e posterior da língua se fundem e esta região é marcada por um sulco 
denominado de sulco terminal. Durante o seu desenvolvimento inicial, a língua sofre um 
rápido alargamento e se diferencia em um órgão muscular. Também, em sua superfície 
ventral, a língua é inicialmente aderida ao assoalho da boca, sendo que, com o tempo, 
esta adesão regride na porção anterior da língua, liberando esta região. Já na região mais
posterior da língua, esta adesão permanece, dando origem ao frênulo lingual.
Com o desenvolvimento da língua, o epitélio que recobre os dois terços anteriores da 
língua se origina do endoderma (revestimento interno) do primeiro arco faríngeo, 
enquanto que o epitélio que recobre a maior parte do terço posteriorda língua é originado 
endoderma do terceiro arco faríngeo e uma pequena região do epitélio endodérmico do 
quarto arco faríngeo. As papilas linguais aparecem entre a 7a e 8a semana através de 
interação indutiva entre as células do epitélio lingual e as fibras aferentes viscerais 
especiais dos nervos cranianos VII e IX. Um estudo realizado por Witt e Reutter (1997), 
utilizando microscopia eletrônica de varredura, com línguas de fetos humanos, 
demonstraram que as primeiras papilas a aparecerem são papilas fungiformes, que estão 
presentes na parte anterior durante a 7a semana, e tendem a crescer entre a 8a e 15a 
semanas. Também, neste período já estão presentes as papilas circunvalas. Já, as 
papilas filiformes não se encontram presentes antes da 15a semana do desenvolvimento 
embrionário. Os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua são formados pela 
migração de somitos mesodérmicos occipitais. Eles se movem anteriormente com o nervo
hipoglosso, o décimo segundo nervo craniano. 
Referências:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/169756/TCC%20FINAL
%20Mar%C3%ADlia%20Andrezzo.pdf?sequence=1&isAllowed=y 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/lingua 
http://www.icb.usp.br/~ireneyan/EMBRIOLOGIAMOLECULAR_arquivos/aulas/
OdontoUSP/craniofacial.pdf 
https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2019/07/resumo-embrio-da-face-e-cavidade-
oral-andreza.pdf 
https://even3.blob.core.windows.net/anais/86729.pdf 
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/169756/TCC%20FINAL%20Mar%C3%ADlia%20Andrezzo.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/169756/TCC%20FINAL%20Mar%C3%ADlia%20Andrezzo.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://even3.blob.core.windows.net/anais/86729.pdf
https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2019/07/resumo-embrio-da-face-e-cavidade-oral-andreza.pdf
https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2019/07/resumo-embrio-da-face-e-cavidade-oral-andreza.pdf
http://www.icb.usp.br/~ireneyan/EMBRIOLOGIAMOLECULAR_arquivos/aulas/OdontoUSP/craniofacial.pdf
http://www.icb.usp.br/~ireneyan/EMBRIOLOGIAMOLECULAR_arquivos/aulas/OdontoUSP/craniofacial.pdf
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/lingua

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