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Seminário Grupo 6: Camila Mathias Domingues D'avila, Júlia Pellenz Steffen, Gustavo Tasca Schutzler, Nathan Arnaldo Roble Alves, Robin Thomaz Burgardt. EMBRIOLOGIA DA CABEÇA E PESCOÇO Arcos faríngeos; Bolsas faríngeas; Fendas faríngeas; Língua; Glândula Tireóide; Face; Segmento intermaxilar; Palato secundário; Cavidades Nasais; Dentes. Universidade do Contestado — UnC Curso de Medicina INTRODUÇÃO Cabeça e pescoço or ig inam-se: Mesoderma para-axial Lâmina lateral do mesoderma Cristas neurais Placódeos Ectodérmicos O desenvolvimento embrionário do aparelho faríngeo, tem como resultado a formação de arcos, bolsas, sulcos e membranas faríngeas, sua origem é essencial para a formação embrionária inicial da face e pescoço. Cabeça Pescoço ectoderma endoderma mesoderma Esquema ilustrando os derivados das três camadas germinativas: As células dessas camadas contribuem para a formação de diferentes tecidos e órgãos. Arcos Faríngeos Os arcos sustentam as paredes laterais da faringe primitiva, que se derivam da parte cranial do intestino anterior; O estomodeu inicialmente aparece como uma ligeira depressão do ectoderma superficial; Ele é separado da cavidade da faringe primitiva por uma membrana bilaminar, a membrana bucofaríngea, que é composta externamente por ectoderma e internamente por endoderma; Essa membrana rompe-se com aproximadamente 26 dias, fazendo com que a faringe e o intestino anterior se comuniquem com a cavidade amniótica. Arcos Faríngeos O revestimento ectodérmico do primeiro arco forma o epitélio oral; Os arcos faríngeos consistem em um centro de mesênquima recoberto externamente por ectoderma e internamente por endoderma; Durante a 3ª semana o mesênquima deriva do mesoderma; Produzem as proeminências maxilar e mandibular; Forma todo o tecido conjuntivo, derme e músculo liso. Durante a 4ª semana a mai or parte do mesênquima der iva das cé lu la s da cr ista neural e migra para os ar cos; Arcos Faríngeos O mesoderma miogênico das regiões paraxiais movem-se para cada arco, formando um núcleo central do primórdio do músculo; As células endoteliais nos arcos são derivadas do mesoderma lateral e de angioblastos invasivos (células que se diferenciam em endotélio dos vasos sanguíneos) que se movem para dentro dos arcos; O endoderma faríngeo desempenha o papel de regulação do desenvolvimento dos arcos. Os arcos faríngeos começam a se desenvolver no início da quarta semana, quando as células da crista neural migram para as futuras regiões da cabeça e do pescoço; A sinalização Sonic hedgehog desempenha um papel importante na formação dos primeiros arcos faríngeos. O primeiro par de arcos, as mandíbulas primordiais, aparece como elevações superficiais laterais à faringe em desenvolvimento. Fotografia de um embrião humano no estágio 13, com 4,5 semanas. Arcos Faríngeos Arcos Faríngeos Outros arcos logo aparecem como cr istas em cada lado das futuras regiões da cabeça e pescoço. Ao f inal da quarta semana, quatro pares de arcos são v is íveis externamente. O quinto e o sexto arco são rudimentares e não são v is íveis na superf ície do embrião. FIGURA9-1 Aparelho faríngeo. A, Vista dorsal da parte superior de um embrião de 23 dias. B-D, Vistas laterais mostram o desenvolvimento posterior dos arcos faríngeos. E-G, Vista ventral ou facial mostra a relação entre o primeiro arco e o estomodeu. São separados pelos sulcos far íngeos; Enumerados em sequência craniocaudal ; Separa-se nas proeminências maxilar e mandibular; forma a maxila, osso zigomático e uma porção do osso vômer; origina os músculos da mastigação. 1º arco: Forma o estribo, ligamento estilo- hioideo. Formam o osso hioide. Forma o músculo estilofaríngeo; Primeiro arco de anéis da traquéia. Originam as cartilagens da laringe. Forma os músculos intrínsecos da laringe. 2º arco: 2º e 3º arcos: 3º arco: 4º e 6º arcos: 6º arco: Componentes dos Arcos Faríngeos Destino dos arcos faríngeos Os arcos faríngeos contribuem extensivamente para a formação da face, das cavidades nasais, da boca, da laringe, da faringe e do pescoço; Durante a quinta semana, o segundo arco aumenta e recobre o terceiro e o quarto arco, formando uma depressão ectodérmica, o seio cervical; Ao final da sétima semana, o segundo até o quarto sulco faríngeo e o seio cervical desaparecem, dando ao pescoço um contorno liso. Destino dos arcos faríngeos A extremidade dorsal da cartilagem do primeiro arco (cartilagem de Meckel) está intimamente relacionada com o desenvolvimento da orelha: Pequenos nódulos soltam-se da parte proximal da cartilagem e formam dois dos ossos da orelha média, o martelo e a bigorna; A porção média da cartilagem regride, mas seu pericôndrio forma o ligamento anterior do martelo e o ligamento esfenomandibular. 1. 2. Derivados dos nervos dos arcos faríngeos Bolsas faríngeas São divertículos semelhantes a balões; Os pares de bolsas desenvolvem-se entre os arcos numa sequência cefalocaudal; Quatro pares de bolsas faríngeas são bem definidos; o quinto par é ausente ou rudimentar; Revestimento epitelial endodérmico: Origina o timo e as paratireóides. Bolsas faríngeas Primeira Bolsa Origina o recesso tubotimpânico Porção distal deste recesso entra em contato com o primeiro Cavidade do recesso dá origem à cavidade timpânica e ao antro mastoideo; A conexão do recesso tubotimpânico com a faringe forma a tuba faringotimpânica (tuba auditiva). sulco faríngeo formação da membrana timpânica; Segunda e terceira bolsas A parte central se fragmenta, formando criptas; O endoderma forma o epitélio superficial e o revestimento das criptas tonsilares; O mesênquima se diferencia em tecido linfóide, gerando a tonsila palatina. Na 6ª semana, o epitélio de cada porção bulbar dorsal começa a se diferenciar em uma paratireóide inferior; Reúnem-se no plano mediano para formar o timo, que então desce para o mediastino superior. Segunda bolsa Terceira bolsa Quarta bolsa A parte dorsal da 4ª bolsa faríngea gera uma glândula paratireóide superior; A porção ventral alongada de cada uma das quartas bolsas forma o corpo ultimobranquial; O corpo funde-se com a tireóide e suas células se dispersam dentro desta Origina as células parafoliculares da tireóide ou células C (produtoras de calcitonina); A 5ª bolsa faríngea, rudimentar, ao se desenvolver torna-se parte da 4ª bolsa e ajuda a formar o corpo ultimobranquial. Histogênese do timo O timo é o primeiro órgão linfoide a se desenvolver durante a ontogênese. No ser humano, os primórdios de tecido tímico surgem no final da quinta semana da vida embrionária. O par de rudimentos epiteliais se origina bilateralmente a partir do endoderma do terceiro par de bolsas faríngeas, na porção anterior do tubo digestivo; penetra no mesoderma e é cercado por células mesenquimais residentes, derivadas da crista neural. O mesênquima dá origem a estruturas tímicas como cápsula, septos e células perivasculares. A interação entre as células epiteliais e o mesênquima é essencial para o sucesso do desenvolvimento e função do timo. Durante a oitava semana de vida intrauterina, o par de tecidos tímicos perde a conexão com a faringe e migra para o local definitivo, a região ântero–superior do mediastino, onde se funde para formar um único órgão bilobado. Cada lobo tem, individualizados, o suprimento sanguíneo, a drenagem linfática e a inervação. Por volta da décima semana de desenvolvimento embrionário, quando a vascularização do timo já está formada, o interstício entre as células epiteliais se torna colonizado por células–tronco hematopoiéticas precursoras dos timócitos (linfócitos T intratímicos). Histogênese das paratireóides O epitélio das porções dorsais da terceira e quarta bolsas faríngeas prolifera durante a quinta semana e forma pequenos nódulos na face dorsal de cada bolsa. O mesênquima vascular logo cresce dentro destes nódulos, formando uma rede capilar. As células principais sediferenciam durante o período embrionário, e acredita-se que se tornam funcionalmente ativas na regulação do metabolismo de cálcio fetal. As células oxífilas se diferenciam 5 a 7 anos após o nascimento. A porção ventral alongada de cada uma das quartas bolsas forma um corpo ultimofaríngeo, que se funde com a tireoide, e suas células se dispersam dentro desta, dando origem as células parafoliculares da tireoide também chamadas de células C, para indicar que produzem calcitonina, um hormônio que está envolvido na regulação do nível normal de cálcio nos fluidos do corpo. As células C se diferenciam a partir das células da crista neural que migram dos arcos faríngeos para o quarto par de bolsas faríngeas. 1ª Bolsa - recesso tubo timpânico, cavidade do tímpano, tuba auditiva. 2ª Bolsa - seio tonsilar, nódulos linfáticos da tonsila palatina. 3ª Bolsa - Timo e superfície ventral da paratireoide. 4ª Bolsa – Superfície dorsal da paratireoide. Sulcos faríngeos As regiões da cabeça e do pescoço do embrião exibem quatro sulcos (fendas branquiais), em cada lado, durante a quarta e quinta semanas. Esses sulcos separam os arcos externamente. Apenas um par de sulcos contribui para estruturas pós-natais; o primeiro par persiste como o meato acústico externo (canais auditivos). Os outros sulcos situam-se em uma depressão do tipo fenda (seios cervicais) e são normalmente obliterados com o seio conforme o pescoço se desenvolve. Anomalias congênitas do segundo sulco são relativamente comuns. Membranas faríngeas Essas membranas se formam onde os epitélios dos sulcos e das bolsas se aproximam. O endoderma das bolsas e o ectoderma dos sulcos são logo infiltrados e separados pelo mesênquima. Apenas um par de membranas contribui para a formação de estruturas adultas; a primeira membrana e a camada interposta de mesênquima torna-se a membrana timpânica As membranas far íngeas aparecem nos assoalhos dos sulcos far íngeos Desenvolvimento da glândula tireoide A glândula t i reoide é a pr imeira g lândula endócr ina a se desenvolver no embrião. Sob a influência de vias de sinalização do fator de crescimento do fibroblasto, ela começa a se formar aproximadamente com 24 dias após a fecundação a partir de um espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva. Esse espessamento rapidamente forma uma pequena evaginação, o primórdio da tireoide. À medida que o embrião e a língua crescem a glândula tireoide em desenvolvimento desce pelo pescoço, passando ventralmente ao osso hioide a as cartilagens laríngeas em desenvolvimento. Por um curto tempo, a glândula está ligada à língua por um tubo estreito, o ducto tireoglosso. A princípio, o primórdio da tireoide é oco, mas logo se torna uma massa sólida de células. Desenvolvimento da glândula tireoide A princípio, o primórdio da tireoide é oco, mas logo se torna uma massa sólida de células. Ele se divide em lobos, direito e esquerdo, que são ligados pelo istmo da glândula tireoide que se encontra anterior ao segundo e terceiro anéis traqueais em desenvolvimento. Desenvolvimento da glândula tireoide Em 7 semanas, a glândula tireoide assume sua forma definitiva e está geralmente localizada em seu local final no pescoço. Nessa altura, o ducto tireoglosso normalmente já degenerou e desapareceu. A abertura proximal do ducto persiste como uma pequena fosseta no dorso da língua, o forame cego. Um lobo piramidal da glândula tireoide estende-se superiormente, a partir do istmo, em aproximadamente 50% das pessoas. Histogênese da Glândula Tireoide O primórdio da tireoide consiste em uma massa sólida de células endodérmicas. Esse agregado celular posteriormente se rompe em uma rede de cordões epiteliais conforme é invadido por mesênquima vascular circundante. Com 10 semanas, os cordões dividem-se em pequenos grupos celulares. Um lúmen rapidamente se forma em cada aglomerado celular, e essas células ficam dispostas em uma única camada em torno dos folículos tireoidianos. Durante a 11ª semana, o coloide começa a aparecer; depois disso, a concentração de iodo e a síntese de hormônios da tireoide podem ser demonstradas. Por volta da 20ª semana, os níveis do hormônio estimulante da tireoide e a tiroxina começam a aumentar, alcançando níveis adultos com 35 semanas. Próximo ao final da quarta semana, uma elevação triangular mediana aparece no assoalho da faringe primitiva, imediatamente rostral ao forame cego. Essa tumefação lingual mediana é a primeira indicação do desenvolvimento da língua. Logo depois, duas tumefações linguais laterais ovais desenvolvem-se em cada lado da tumefação lingual mediana. As três tumefações resultam da proliferação do mesênquima nas porções ventromediais do primeiro par de arcos faríngeos. As tumefações linguais laterais rapidamente aumentam em tamanho, fundem-se uma com a outra, e crescem sobre a tumefação lingual mediana. Desenvolvimento da língua As tumefações linguais laterais fundidas formam os dois terços anteriores da língua (parte oral). O local de fusão das tumefações é indicado pelo sulco da linha média e internamente pelo septo lingual fibroso. A tumefação lingual mediana não forma uma porção reconhecível da língua adulta. A formação do terço posterior da língua (parte faríngea) é indicada no feto por duas elevações que se desenvolvem caudalmente ao forame cego. Desenvolvimento da língua Durante o desenvolvimento da língua, a cópula é gradativamente coberta pela eminência hipofaríngea e desaparece. O terço posterior da língua se desenvolve a partir da parte rostral da eminência hipofaríngea. A linha de fusão das partes anterior e posterior da língua é grosseiramente indicada por um sulco em forma de V, o sulco terminal. As células da crista neural craniais migram para a língua em desenvolvimento e dão origem ao seu tecido conjuntivo e vasculatura. O nervo hipoglosso acompanha os mioblastos (precursores miogênicos) durante sua migração e inerva os músculos da língua à medida que estes se desenvolvem. As partes anterior e posterior da língua estão localizadas dentro da cavidade oral no nascimento; o terço posterior da língua desce para a orofaringe (parte oral da faringe) por volta dos 4 anos de idade. Desenvolvimento da língua Desenvolvimento da língua PAPILAS E CORPÚSCULOS GUSTATIVOS DA LÍNGUA As papilas linguais aparecem no final da oitava semana. As papilas circunvaladas e foliáceas aparecem primeiro e se situam próximas aos ramos terminais do nervo glossofaríngeo. As papilas fungiformes aparecem posteriormente próximas às terminações do ramo da corda do tímpano do nervo facial. As papilas longas e numerosas são chamadas papilas filiformes, devido à sua forma semelhante a um fio. Elas se desenvolvem durante o período fetal inicial (10 a 11 semanas). Elas contêm terminações nervosas aferentes que são sensíveis ao toque. Os corpúsculos gustativos desenvolvem-se durante a 11ª e 13ª semanas por interação indutiva entre as células epiteliais da língua e a invasão de células nervosas gustativas a partir dos nervos da corda do tímpano, glossofaríngeo e vago. A maioria dos corpúsculos gustativos forma-se na superfície dorsal da língua, e alguns se desenvolvem nos arcos palatoglossos, no palato, na superfície posterior da epiglote e na parede posterior da orofaringe. As respostas faciais fetais podem ser induzidas por substâncias de gosto amargo, com 26 a 28 semanas, indicando que as vias de reflexo entre os corpúsculos gustativos e os músculos faciais estão estabelecidas. Desenvolvimento da face Os pr imó rd ios da face começam a aparecer no in ício da quarta semana em torno do grande estomodeu pr imit ivo. O desenvolv imento da face depende da inf luência indutora dos centros organizadores do prosencéfa lo e do rombencéfa lo . O centro organizador prosencefá l ico, der ivado do mesoderma pré -cordal que migra da l inha pr imit iva, f ica local izado rostra lmente à notocorda e ventralmente ao prosencéfa lo . Uma saliência frontonasal. O par das saliências maxilares.O par das saliências mandibulares. Os cinco primórdios da face aparecem como saliências em torno do estomodeu são: A saliência frontonasal (SFN) circunda a parte ventrolateral do encéfalo anterior, que origina as vesículas ópticas formadoras dos olhos. A parte frontal da SFN forma a testa; a parte nasal da SFN forma o limite rostral do estomodeu, da boca primitiva e do nariz. As saliências maxilares pares formam os limites laterais do estomodeu, e o par de saliências mandibulares constitui o limite caudal da boca primitiva. Desenvolvimento da face Os pares de sal iências da face der ivam do pr imeiro par de arcos far íngeos. As sal iências são produzidas predominantemente pela prol i feração de cé lu las da cr ista neural , que migram das pregas neurais das regiões do mesencéfa lo infer ior e do rombencéfa lo super ior para os arcos durante a quarta semana. Estas cé lu las são a fonte pr incipal dos componentes do tecido conjunt ivo, inclusive da cart i lagem, dos ossos e dos l igamentos nas regiões facia l e ora l . O desenvolvimento facial ocorre sobretudo entre a quarta e a oitava semana. Ao final do período embrionário, a face tem um aspecto inquestionavelmente humano. As proporções faciais se desenvolvem durante o período fetal. A mandíbula e o lábio inferior são as primeiras partes da face a se formar. Eles resultam da fusão das extremidades mediais das saliências mandibulares no plano mediano. Desenvolvimento da face Desenvolvimento da face Ao final da quarta semana, espessamentos ovalados bilaterais do ectoderma superficial — placóides nasais —, os primórdios do nariz e das cavidades nasais, desenvolveram- se nas partes ínfero-laterais da SFN. Inicialmente, estes placóides são convexos, porém mais tarde são estirados, formando uma depressão resultado, os placóides nasais ficam situados no fundo de plana em cada placóide. O mesênquima das margens dos depressões — as fossetas nasais. Estas placóides prolifera, produzindo elevações em forma de fossetas são os primórdios das narinas e das cavidades naferradura — saliências nasais mediais e laterais. A proliferação do mesênquima nas saliências maxilares faz com que estas aumentem de tamanho e cresçam medialmente em direção uma à outra e às saliências nasais. A migração medial das saliências maxilares desloca as saliências nasais mediais em direção ao plano mediano e uma em direção à outra. Desenvolvimento da face Cada saliência nasal lateral é separada da saliência maxilar por uma fenda denominada sulco nasolacrimal. Ao final da quinta semana, os primórdios dos pavilhões auriculares (parte externa das orelhas) começaram a se desenvolver. Seis elevações auriculares (três intumescências mesenquimais) se formam em torno do primeiro sulco faríngeo (três de cada lado), dos primórdios da aurícula e do meato acústico externo, respectivamente. Inicialmente, as orelhas externas ficam localizadas na região do pescoço; entretanto, à medida que a mandíbula se desenvolve, estas ascendem para o lado da cabeça ao nível dos olhos. Ao final da sexta semana, cada saliência maxilar começa a fundir-se com a saliência nasal lateral ao longo da linha do sulco nasolacrimal. Isto estabelece a continuidade entre o lado do nariz, formado pela saliência nasal lateral, e a região da bochecha formada pela saliência maxilar. O dueto nasolacrimal desenvolve-se a partir de um espessamento ectodérmico em forma de bastão no soalho do sulco nasolacrimal. Este espessamento dá origem a um cordão epitelial compacto, que se separa do ectoderma e se aprofunda no mesênquima. Mais tarde, em consequência da degeneração celular, este cordão epitelial se canaliza para formar o dueto nasolacrimal. A extremidade cefálica deste dueto se expande para formar o saco lacrimal. Desenvolvimento da face À parte central (filtro) do lábio superior. À parte pré-maxilar da maxila e a gengiva associada. Ao palato primário. No final do período fetal, o dueto nasolacrimal drena para o meato inferior na parede lateral da cavidade nasal. O dueto só se torna completamente aberto após o nascimento. Entre a 71 e a 10a semana, as saliências nasais mediais fundem-se uma com a outra e com as saliências maxilares e nasais laterais. A fusão destas saliências requer a desintegração dos epitélios superficiais, que estavam em contato. Isto resulta na mistura das células mesenquimais subjacentes. A fusão das saliências nasal medial e maxilar resulta na continuidade da maxila e do lábio e na separação das fossetas nasais do estomodeu. Quando as saliências nasais mediais se fundem, elas formam um segmento intermaxilar. O segmento intermaxilar dá origem: Desenvolvimento da face Desenvolv imento das cavidades nasais A medida que a face se desenvolve, os placóides nasais tornam-se deprimidos, formando fossetas nasais. A proliferação do mesênquima subjacente forma as saliências nasais mediais e laterais, que resultam no aprofundamento das fossetas nasais e na formação dos sacos nasais primitivos. Cada saco nasal cresce dorsalmente, em posição ventral ao encéfalo em desenvolvimento. Inicialmente, os sacos nasais estão separados da cavidade oral pela membrana oronasal. Esta membrana se rompe ao final da sexta semana, fazendo com que as cavidades nasal e oral se comunique. Um tampão epitelial temporário forma-se na cavidade nasal pela proliferação das células que a revestem. Entre 13 e 15 semanas, este tampão é reabsorvido e desaparece. Desenvolv imento das cavidades nasais As regiões de continuidade entre as cavidades nasal e oral são as coanas primitivas, situadas posteriormente ao palato primário. Após o desenvolvimento do palato secundário, as coanas se localizam na junção da cavidade nasal com a faringe. Enquanto estas alterações estão ocorrendo, as conchas superior, média e inferior se desenvolvem como elevações das paredes laterais das cavidades nasais. Concomitantemente o epitélio ectodérmico do teto de cada cavidade nasal se especializa para formar o epitélio olfatório. Algumas células epiteliais se diferenciam em células receptoras olfativas (neurônios). Os axônios destas células constituem os nervos olfatórios, que crescem para os bulbos olfatórios do encéfalo. Desenvolv imento das cavidades nasais A maior parte do lábio superior, do maxilar e do palato secundário forma-se a partir das saliências maxilares. Estas saliências se fundem lateralmente com as saliências mandibulares. Os lábios e as bochechas primitivo são invadidos pelo mesênquima do segundo par de arcos faríngeos, que se diferenciam nos músculo faciais. Estes músculos da expressão facial são inervados pelo nervo facial (NC VII), o nervo do segundo arco. O mesênquima do primeiro par de arcos se diferencia nos músculos da mastigação e em alguns outros, todos eles inervados pelo nervo trigêmeos (NC V), o qual supre o primeiro par de arcos. Seios paranasais Alguns seios paranasais começam a se desenvolver durante o final da vida fetal, como os seios maxilares; os seios restantes se desenvolvem após o nascimento. Eles são formados por divertículos das paredes das cavidades nasais e se tornam extensões pneumatizadas (cheias de ar) das cavidades nasais nos ossos adjacentes, tais como os seios maxilares nas maxilas e os seios frontais nos ossos frontais. As aberturas originais dos divertículos persistem como os orifícios dos seios adultos. O primeiro sinal do desenvolvimento do primórdio vomeronasal aparece sob a forma de um espessamento epitelial bilateral no septo nasal. A posterior invaginação do primórdio e a sua separação do epitélio do septo nasal originam um órgão vomeronasal (OVN] de Jacobson) tubular entre o 372 e o 432 dia. Estas estruturas quimiossensoriais, que terminam em fundo cego posteriormente, alcançam o seu maior desenvolvimento entre a 12a e a 14ª semanas. Mais tarde, ocorre uma substituição gradual da população receptora entre as células ciliadas. Os OVN estão consistentemente presentes sob a forma de uma estrutura ductiforme bilateral no septo nasal, superior à cartilagemparasseptal em qualquer idade Uma cartilagem parasseptal desenvolve-se inferiormente ao OVN. O OVN humano tubular com suas diminutas aberturas anteriores e a cartilagem parasseptal são revestidos por um epitélio quimiossensorial semelhante ao do epitélio olfatório, exceto pelo fato de que os quimiorreceptores do OVN não apresentam cílios. Um OVN distinto projeta-se para o bulbo olfatório acessório com conexões para as amígdalas e para outros centros límbicos. Seios paranasais Desenvolvimento do palato O palato desenvolve-se a partir de dois primórdios, os palatos primário e secundário; A palatogênese é o processo morfogenético regulado, começa na sexta semana, mas não é completada até a 12ª semana; Vias moleculares, incluindo WNT E PRICKLE1, estão envolvidas neste processo; O período crítico da palatogênese é a partir do final da sexta semana até o início da nona semana. O palato desenvolve-se em dois estágios: primário e secundário. No início da sexta semana, o palato primário começa a se desenvolver (processo mediano); Formado pela fusão das proeminências nasais mediais, este segmento é inicialmente uma massa em forma de cunha de mesênquima entre as superfícies internas das proeminências maxilares das maxilas em desenvolvimento; O palato primário forma a face anterior e da linha média da maxila, a parte pré-maxilar da maxila. Ele representa apenas uma pequena parte do palato duro no adulto (anterior à fossa incisiva). Palato Primário FIGURA: Secção sagital da cabeça de um feto de 20 semanas mostra a localização do palato. / 2. Palato ósseo e arco alveolar de um adulto jovem. Asutura entre a parte pré-maxilar da maxila e os processos palatinos fundidos das maxilas geralmente é visível no crânio de um adulto jovem. Em crânios secos de adultos mais velhos, a sutura não é visível. O palato secundário (palato definitivo) é o primórdio das partes duras e moles do palato. O palato começa a se desenvolver no início da sexta semana, a partir de duas projeções mesenquimais que se estendem das faces internas das proeminências maxilares. Esses processos palatinos laterais (prateleiras palatinas) inicialmente projetam-se inferomedialmente em cada lado da língua. Com o alongamento da mandíbula, a língua é puxada de sua raiz, e é trazida em uma posição inferior na boca. Palato Secundário FIGURA: A, Desenho de uma secção sagital da cabeça embrionária no final da sexta semana mostra o processo palatino mediano. B, D, F e H, Secções do teto da boca da sexta à 12ª semana mostra o desenvolvimento do palato. As linhas tracejadas em D e F indicam a fusão dos processos palatinos. As setas indicam o crescimento medial e posterior dos processos palatinos laterais. C, E e G, Secções frontais da cabeça mostram a fusão dos processos palatinos laterais entre si, o septo nasal e a separação das cavidades nasal e oral. Parte do palato que se desenvolve primeiramente, e contém os dentes incisivos centrais e laterais. Prateleiras são formadas na proeminência maxilar, inicialmente surgindo como protuberâncias e se projetando medialmente em direção à língua. Conforme a língua desce para o assoalho da boca, ela deixa de separar as prateleiras palatinas convergentes, e elas eventualmente se fundem. Essa fusão forma o palato secundário. O forame incisivo é o ponto de encontro das placas primária e secundária. O palato definitivo se desenvolve quando a fusão final dos palatos primário e secundário ocorre, em conjunto com o septo nasal. Segmento intermaxilar A formação dos dentes tem início entre a sexta e sétima semana de desenvolvimento embrionário. É caracterizada por um fenómeno de indução: uma interação entre tecidos embrionários em que os tecidos mesenquimais influenciam os tecidos da ectoderme para que a odontogênese seja iniciada. No início da sexta semana, a “boca primitiva” está revestida pela ectoderme, sendo que a porção mais externa deste tecido dará origem ao epitélio oral. Numa localização mais profunda em relação ao epitélio oral em formação localiza-se o mesênquima, que é influenciado por células da crista neural que migraram para este local. Dentes Na “boca primitiva”, o epitélio oral e o mesênquima são separados por uma importante estrutura acelular, a membrana basal. Na sétima semana, o epitélio oral invade o mesênquima e inicia a produção da lâmina dentária. Esta estrutura forma, inicialmente, a linha média de ambas as arcadas dentárias, progredindo posteriormente para erupção dos dentes. Dentes Graham A. The development and evolution of the pharyngeal arches. J Anat. 2001 Jul- Aug;199(Pt 1-2):133-41. Moore, K.L.; Persaud, T.V.N.; Torchia, M.G. 2013. Embriologia clínica. 9. ed. Editora Elsevier. MOTA, Rafael Souza, Et al. Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes idades fetais. Dental Press J. Orthod. vol.15 no.2 Maringá Mar./Apr. 2010. Referências
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