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2 LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias Emily Cristina dos Ouros e Murilo de Almeida Gonçalves Estudo da escr ita - Redação L ENTRE FRASES C Redação para vestibular medicina 4ª edição Belo Horizonte 2019 © Hexag Sistema de Ensino, 2018 Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2019 Todos os direitos reservados. Autores Emily Cristina dos Ouros Murilo de Almeida Gonçalves Colaboradora - Aula 6 Thaiane dos Santos Guerra Diretor geral Herlan Fellini Coordenador geral Raphael de Souza Motta Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica Hexag Sistema de Ensino Diretor editorial Pedro Tadeu Batista Editoração eletrônica Arthur Tahan Miguel Torres Claudio Guilherme da Silva Eder Carlos Bastos de Lima Fernando Cruz Botelho de Souza Matheus Franco da Silveira Raphael de Souza Motta Raphael Campos Silva Projeto gráfico e capa Raphael Campos Silva Foto da capa pixabay (http://pixabay.com) Impressão e acabamento Meta Solutions ISBN: 978-85-9542-148-6 Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições. O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não representando qual- quer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora. 2019 Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino. Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP CEP: 04043-300 Telefone: (11) 3259-5005 www.hexag.com.br contato@hexag.com.br CARO ALUNOCARO ALUNO O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos principais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo enri- quecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2019. Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores. No total, são 103 livros, 24 cadernos de Estudo Orientado e 6 cadernos de aula. O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Todo livro é iniciado por um infográfico. Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados nos principais vestibulares, voltados para o curso de medicina em todo território nacional. O conteúdo das aulas está dividido da seguinte forma: TEORIA Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões propos- tas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam as explicações dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de informações para o estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos. TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS) Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais acessível e de bom entendimento aos olhos do estudante. Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula. INTERATIVIDADE Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar o repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do aluno. Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado com finos critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante. INTERDISCIPLINARIDADE Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares de hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria. Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e química, história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações que relacio- nam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, o estudante consegue entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive. APLICAÇÃO NO COTIDIANO Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando o contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas” de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção “Aplicação no Cotidiano”. Como o próprio nome já aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm contato em seu dia a dia. CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expositiva, descre- vendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a apurá-las na sua prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade. ESTRUTURA CONCEITUAL Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um deles é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas mentais e fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios. A edição 2019 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina. Herlan Fellini SUMÁRIO ESTUDO DA ESCRITA - REDAÇÃO ENTRE FRASES Aula 6: Principais faculdades particulares de medicina em Minas Gerais 7 Aula 7: Parágrafo padrão e tópico frasal 19 Aula 8: Estratégias Argumentativas I 37 Aula 9: EstratégiasArgumentativas II 55 Redações extras 73 Prontuário 87 0 6 Principais faculdadesparticulares de medicina em Minas Gerais L C ENTRE FRASES 0 6 Principais faculdadesparticulares de medicina em Minas Gerais L C ENTRE FRASES 9 PrinciPais faculdades Particulares de medicina em mG Entre as principais instituições que serão priorizadas neste estudo estão: CCMG, PUC-MG, UNIFENAS, FA- SEH, FAMINAS, UIT, FAME e SUPREMA. De modo geral, elas possuem algumas particularidades na prova de redação. Apesar disso, essas bancas avaliam os mesmos elementos que devem ser dominados pelos candidatos no Enem. Ou seja, os critérios observados no texto que você escreverá são similares aos exigidos pelo Inep. Por esse motivo, a redação que você fará para as provas de instituições particulares de MG não é nenhuma grande novidade. Apesar disso, se você está à procura de informações específicas sobre cada prova, pode buscar o Edital do vestibular ou Manual do Candidato, documentos elaborados pelas instituições para dar clareza sobre as especifi- cidades da prova, incluindo distribuição de pontos, conteúdo previsto e detalhes sobre a redação. Por isso, sempre que seu objetivo for o de saber como é a prova em uma determinada faculdade, são esses os documentos que você deve ler atentamente. As bases do texto nas particulares de MG Ao analisar os editais e provas anteriores das principais particulares de Medicina de Minas Gerais, observa- -se uma exigência comum: a escrita de um texto dissertativo-argumentativo em que você discuta e se posicione diante de um tema. Portanto, nada disso se diferencia do que você estudou em aulas passadas (com exceção da faculdade CCMG e PUC-MG, que são mais distintas). Via de regra será solicitado um texto em que a banca apresenta um tema de relevância social que é apoiado por textos motivadores para direcionar a escrita. A seguir são apresentados os critérios básicos que serão examinados em redações que você produ- za para qualquer vestibular, incluindo aqueles de instituições particulares em Minas: 1. Compreensão do tema 2. Domínio do gênero textual exigido 3. Seleção e organização das ideias e consistência da argumentação 4. Domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa 5. Emprego de recursos coesivos Ao compreender que esses cinco elementos são a base do texto de todo vestibular, estará seguro de que, embora cada prova seja diferente e dê foco a este ou aquele aspecto, os conhecimentos básicos sobre como escrever adequadamente já são dominados por você. As especificidades do texto nas particulares de MG As faculdades particulares de Minas Gerais possuem algumas características bem típicas em relação à redação. A mais expressiva delas é o tipo de tema mais frequente em provas. A dificuldade sentida pela maioria dos candidatos diante desses vestibulares é que algumas das instituições não divulgam publicamente as provas aplicadas, o que gera uma dificuldade em conhecer as características do exame. Este é o caso da UNI-BH, UIT e FAME, por exemplo. 10 Assunto generalista versus assunto da saúde Em relação ao tipo de assunto que pode ser cobrado na redação das particulares de medicina de MG, clas- sificamos em dois tipos: § Assunto generalista: é aquele que pode pertencer a qualquer área ou assunto, abrangendo discussões do âmbito da cidadania, minorias, cultura, ciência, tecnologia, comportamento, educação, meio ambiente etc. § Assunto da saúde: é aquele que está restrito a essa área, incluindo discussões sobre bem-estar físico e psíquico, postura médica, políticas públicas de saúde, relação médico-paciente, entre outros. Tema-problema versus tema dualístico O ponto de vista a ser defendido em uma redação irá ser definido também pelo tipo de tema exposto ou até mesmo pela forma como ele é apresentado. A partir da análise geral de como um candidato pode se posicionar, classificamos os temas em: § Tema-problema: aponta para um único ponto de vista possível: a identificação de uma situação-proble- ma. Exemplo: Violência doméstica contra crianças no Brasil. § Tema dualístico: evidencia a possibilidade de o candidato defender um ponto de vista x ou y. Exemplo: A reforma da previdência é necessária? Tema objetivo versus tema subjetivo Como cada banca de vestibular possui suas características específicas, também é possível classificar o tema como objetivo ou subjetivo tendo em vista as seguintes características: § Tema objetivo: relacionado a questões sociais comumente noticiados e discutidos na sociedade. Não exigem uma interpretação profunda do tema, pois são apresentados de maneira direta e clara. Exem- plo: Os problemas trazidos pela urbanização no contexto brasileiro. § Tema subjetivo/abstrato: relacionado a questões de natureza filosófica, psíquica ou artística que são mais incomuns em discussões na mídia e sociedade. Exigem um maior cuidado e atenção para ser interpretado e redigido. Exemplo: Individualismo e solidão nas grandes cidades. Para abordagem do tema subjetivo, é comum alguma insegurança que pode ser vencida com boas estraté- gias como: § Transformar o subjetivo em objetivo: selecionar situações, exemplos e dados concretos relacionadas ao tema § Apresentar e discutir ideias filosóficas, sociológicas sem vagueza e exagero § Evidenciar capacidade reflexiva e análise crítica ao argumentar § Liberdade maior de utilizar uma linguagem mais figurada Conclusão simples versus conclusão com proposta de intervenção Questionar-se sobre o tipo de conclusão mais adequado para a redação de faculdades particulares de MG é um ponto importante para elaborar um bom texto. O básico a se saber é que o Enem sempre exige uma proposta de intervenção justamente porque os temas elaborados se vinculam necessariamente a um problema cuja resolução está ao alcance de diferentes setores da sociedade. Entretanto, apresentar soluções não é uma obrigatoriedade em todo vestibular. Por isso, o importante é ler o comando e as instruções com atenção pois, se a proposta de intervenção for obrigatória, a indicação será feita pela banca de forma clara e explícita. Caso não seja obrigatória, vale avaliar se será possível ou benéfico apresentar soluções. 11 Quando se trata de um tema-problema, o encaminhamento para propostas de intervenção é um movimento natural da escrita. Por outro lado, caso o tema seja do tipo dualístico, o candidato pode sentir dificuldade de propor soluções porque não necessariamente problematizou o tema ao longo do desenvolvimento. Por esse motivo, pode- -se pensar na escolha mais adequada tendo em vista que: § Conclusão simples: é aquela realizada normalmente diante da percepção de um tema dualístico, que permite que o texto seja finalizado com uma simples retomada de ideias e um fechamento geral. § Conclusão com proposta de intervenção: é aquela que pode surgir da discussão de um problema central verificado diante de um tema e caracteriza-se pela apresentação de soluções para resolução do que foi problematizado. Redação sem título versus redação com título Você já deve saber que o Enem não exige que o texto tenha um título obrigatório. Porém, alguma insegu- rança pode surgir diante de outros vestibulares. Neste caso, o recomendado é: § Se as instruções da redação indicam que o candidato deve dar um título, esse elemento é obrigatório. § Se as instruções não citam a obrigatoriedade do título, o elemento é facultativo e, dessa maneira, o candi- dato pode apresenta-lo ou não. Quadro-resumo: a redação nas particulares de MG Para que você tenha uma visão geral de como cada uma das faculdades particulares de medicina de Minas Gerais se comporta em relação à redação, veja mais detalhes no quadro-resumo a seguir. Faculdade Gênero textual Tipo de tema Temas já cobrados OBS. PUC-MG BH Artigo de Opinião ou Carta Argumentativa Assunto generalista Tema dualístico § o papel da mídia na nossa sociedade § A Demarcação das Terras Indígenas noBrasil § Textos mais opinati- vos, com maior carga de subjetividade CCMG BH Texto dissertativo-argu- mentativo e Texto argu- mentativo Assunto da saúde e Assunto arte/literatura § O hipocondríaco tem medo de viver ou medo de morrer? § A necessidade de gritar quando o mundo é surdo § Máximo de 10 linhas UNIFENAS BH Texto dissertativo-argu- mentativo *posicionando-se sobre Assunto generalista Tema-problema ou dua- lístico § Necessidade huma- na de desvendar o uni- verso § Êxodo de brasileiros para o exterior § Título obrigatório § Tema não é apresen- tado em uma sentença UNI-BH Texto dissertativo-argu- mentativo Assunto generalista Tema-problema § As manifestações de julho de 2013 no Brasil § Soluções de mobili- dade urbana para o Brasil § Texto estilo Enem § Proposta de inter- venção obrigatória 12 Faculdade Gênero textual Tipo de tema Temas já cobrados OBS. FASEH BH - Vespasiano Texto dissertativo-argu- mentativo *posicionando-se sobre Assunto da saúde Tema dualístico § A destruição das últi- mas amostras do vírus da varíola no mundo § A decisão do gover- no de incluir terapias al- ternativas no SUS § Não exige título nem proposta de intervenção FAMINAS BH Texto dissertativo-argu- mentativo Assunto da saúde Tema-problema ou dua- lístico § A influência da tec- nologia no século XXI: imposição ou escolha? § Reflexos da imigra- ção para a saúde no terri- tório brasileiro § Não exige título nem proposta de intervenção UIT Itaúna Texto dissertativo-argu- mentativo * posicionando-se sobre Assunto generalista Tema dualístico § Episódios de racismo e posição assumida pela população § Estamos virando uma sociedade em que tudo se compra? § Título obrigatório FAME Barbacena Texto dissertativo-argu- mentativo + posicionan- do-se Assunto generalista Tema dualístico § A jornada de traba- lho deve ser alterada? § O Congresso Na- cional deveria aprovar a volta da CPMF? § Proposta de inter- venção obrigatória SUPREMA Juiz de Fora Texto dissertativo-argu- mentativo Assunto da saúde Tema-problema § Prevenção das doen- ças H1N1, Zica Chikun- gunya e dengue § A importância do agente comunitário de saúde § Título obrigatório O aumentO da HiV entre idOsOs nO Brasil ACERVO TEXTO I Costureira de 67 anos relata angústia ao descobrir HIV: 'não pensei na camisinha' Incidência do vírus da Aids entre idosos aumentou 60% no Estado de São Paulo entre 2009 e 2015. Uso de preservativos é tabu entre os mais velhos, afirma coordenadora de Saúde. 13 Até pouco tempo atrás, a costureira Maria Rita Alves Lemes, de Ribeirão Preto (SP), considerava ter chegado à fase mais tranquila de sua vida. Mas, aos 67 anos, com três filhos e divorciada, o que ela menos imaginou foi ser diagnosticada com HIV na terceira idade. "Não tive cuidado, porque não pensei na camisinha. (...)", conta. O alerta de Maria Rita traduz os números da transmissão do vírus da Aids entre idosos. Os casos subiram 60,6% em São Paulo entre 2007 e 2015. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a incidência subiu de 3,3 para 5,3 casos para cada cem mil habitantes nesse período. Uma estatística que encontra explicação num traço de comportamento comum entre os mais velhos - o que exaustivamente gera alerta entre as autoridades médicas – é a falta do preservativo na relação sexual, de acordo com a coordenadora do Programa DST/Aids de Ribeirão Preto, Lis Neves. “Observamos que os idosos estão saindo mais, aproveitando a vida um pouco mais, estão se divertindo mais. Isso asso- ciado aos estimulantes sexuais, e os idosos de um modo geral não têm o hábito da prevenção em relação ao HIV", afirma. (...) https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/costureira-de-67-anos-relata-angustia- -ao-descobrir-hiv-nao-pensei-na-camisinha.ghtml (15.10.2017) TEXTO II Para o infectologista Jean Gorinchteyn, médico do Ambulatório de Aids do Idoso do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e autor do livro “Sexo e Aids depois dos 50”, ignorar a sexualidade dos idosos chegou a atrapalhar a sociedade médica em diagnós- ticos. "Não é só um preconceito da população. Quando os casos começaram a aparecer, em 1996, a sexualidade dessa população não era nem considerada". Doenças do próprio envelhecimento acabavam escondendo o HIV. A avaliação de pneumonias entre idosos e jovens pode ser usada como um exemplo, explica o profissional. Nos mais experientes, a doença seria justificada pela saúde frágil e mudança climática. Já nos mais novos, o quadro causa estranheza e é investigado. “A doença não é mais exclusiva aos profissionais do sexo, homossexuais e viciados. Aqui tratamos donas de casa que por falta de informação acabaram se contaminando”, explica a enfermeira-chefe Thalita Silveira, de 25 anos. Ela explica que todas as pacientes enfrentam período de descrença já que não é uma doença da geração delas. “Acreditam que são imunes”, diz. A paciente mais velha da casa é uma mulher de 77 anos, que contraiu a doença em 1999. Com os cabelos cuidadosamente penteados e exi- bindo as unhas pintadas, a idosa culpa seu vizinho, “um homem casado e com filhos”, pela doença. Descobrir ser portador de um vírus incurável é devastador. Entre pessoas acima de 60 anos, ainda pode provocar a ruptura de laços familiares. O infectologista Gorinchteyn explica que é comum a não aceitação dos filhos pela carga de promiscuidade que a Aids carrega. “Muitos contraíram em uma aventura fora do casamento ou durante relações bissexuais. Não é fácil imaginar que o vovô traiu a vovó”. O nível de revolta aumenta entre famílias tradicionais. https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-12-22/com-aumento-de-80-dos-casos-idosos-lutam-contra-aids-e-rejeicao-familiar.html (22.12.2013) 14 TEXTO III http://blogjornaldamulher.blogspot.com/2018/03/hiv-em-idosos-aumenta-em-103-os-casos.html (21.03.2018) 15 É imPOrtante saBer I. DADO ESTATÍSTICO RELEVANTE Segundo o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2017, foram registrados 2.217 casos de aids no Brasil, em 2016, entre pessoas com 60 anos de idade ou mais. Em 2015, houve 2.152 casos. A taxa de detecção manteve-se estável com 9,3 casos para cada 100 mil habitantes em 2016; em 2015, a taxa era de 9 casos. Já nos casos de HIV, o Brasil apresentou 1.294 ocor- rências em pessoas a partir dos 60 anos, em 2016, e 1.125, em 2015. www.aids.gov.br/noticias (18.05.2018) II. ARGUMENTO DE AUTORIDADE A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) propôs o debate, na Câmara dos Deputados, sobre o aumento dos índices de infecção pelo vírus HIV estão entre a população idosa. Ela é enfermeira e se preocupa em saber como os idosos estão sendo recebidos nas unidades de saúde. "Quando se olha para um idoso sexualmente ativo como promíscuo, está se cometendo um grave equívoco. A gente precisa trabalhar muito os profissionais de todas as áreas, em especial a equipe multiprofissional da saúde, para o acolhimento diferenciado em qualquer que seja dos ambientes", disse ela. www.camara.leg.br (16.05.2018) III. DADO HISTÓRICO RELEVANTE A Sindrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos EUA, a partir da identificação de um nú- mero elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune. Todos estes fatos convergiram para a inferência de que se tratava de uma nova doença, ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível. www.bvsms.saude.gov.br (Acessado em 11.08.2019) IV. LEGISLAÇÃO Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doençasque afetam preferencialmente os idosos. Estatuto do Idoso - 2003 ASSISTIR INTERATIVIAA DADE Filme Sites ACESSAR Vídeo 16 As Horas UNAIDS O filme aborda a AIDS de maneira secundaria, mas nem por isso irrelevante. Como o filme é dividido em três épocas distintas, a questão da aids é abordada no momento mais presente. Nesse período Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo. Ou seja, o longa mostra que independente do “problema” com a doença, o amor dos próximos (amigos, família etc) existe e não pode nunca ser esquecido nesse período tão difícil. HIV e AIDS: DEPOIMENTOS REAIS Fonte: Youtube unaids.org.br/ ASSISTIR INTERATIVIAA DADE Filme Sites ACESSAR Vídeo 18 ProPosta 6 TEXTO 1 Em 10 anos, o número de idosos com HIV no Brasil cresceu 103%, segundo dados do Ministério da Saúde. A falta de políticas públicas, o tabu que envolve a vida sexual de pessoas acima de 60 anos e o comércio de me- dicamentos para disfunção erétil são os principais fatores que se articulam para gerar o alarmante dado, segundo especialistas. Dados recentes do Boletim Epidemiológico de 2017 apontam que, em 2016, quando foram registrados 1.294 casos, houve o crescimento de 15% no índice de pessoas acima de 60 anos com o vírus. Em 2015, por sua vez, aumentou 51,16%, com 1.125 pessoas infectadas, em relação aos números de 2014, quando 856 foram diagnosticados. O pior ano foi 2016, com 2.217 casos. O aumento constante segue uma tendência mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, se o ritmo de infecções nessa faixa etária prosseguir como está, em 2030, 70% da população mun- dial com mais de 60 anos terá o vírus causador da Aids. https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2018/03/25/interna_ciencia_saude,668253/ numero-de-idosos-com-hiv-no-brasil-cresce-103-na-ultima-decada.shtml (25.03.2018) TEXTO II Hoje, vivemos uma terceira onda de como a Aids é apresentada no Brasil. As últimas políticas anunciadas indicam que o caminho governamental para o enfrentamento passa por duas ordens claras: descubra o mais rápido possível, e não transmita a ninguém. Alheio à realidade das pessoas que vivem com HIV, principalmente nas questões apontadas pela sociedade civil organizada, o governo federal investe cada vez mais em ações fáceis, desprezando anos de avanços na con- cepção de saúde aliada a direitos humanos. Assistimos a propostas curiosas, como o fim do aconselhamento na testagem e a venda de kits de autotes- tagem em farmácias e outros locais. Um resultado que impacta fortemente a vida de uma pessoa acaba ao lado de sabonetes e cotonetes. Vivemos um tempo de banalização da própria vida com aumento da violência e dos crimes institucionais, com a ampliação do descaso do Estado e com a queda da intersetorialidade como preceito de saúde pública mais ampla. Vivemos também um tempo de banalização da Aids. Se antes o medo se destacava, e depois venderam a ideia do controle, hoje nota-se a estratégia de tornar banal um resultado positivo. A resposta do momento é totalmente medicamentosa. Saúde pública sem direitos humanos respeitados é mero higienismo disfarçado, que gera banalização de coisas sérias e respostas meramente artificiais e limitadas. https://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/03/30/brasil-vive-tempo-de-banalizacao-da-aids.htm (30.03.2014) A reflexão suscitada por esses textos é muito importante. Com base nessas discussões, elabore uma redação dissertativo-argumentativa apresentando sua opinião sobre O aumento da HIV entre idosos no Brasil. Dê um título ao seu texto. 0 7 Parágrafo padrão e tópico frasal L C ENTRE FRASES 21 Parágrafo Padrão e tóPico frasal PARÁGRAFO PADRÃO Na dissertação argumentativa, parágrafo padrão é a unidade composta por vários períodos na qual se desenvolve uma ideia central. Ele deve conter apenas um assunto, pois é justamente a centralidade da ideia que garante sua unidade. A maior parte dos parágrafos confusos são aqueles que se propõem a discutir – num mesmo espaço – dois ou três assuntos diferentes, prejudicando compreensão geral do texto, sobretudo por apresentarem grandes saltos temáticos. O parágrafo-padrão também possui uma estrutura fixa que deve ser respeitada, com uma espécie de intro- dução, desenvolvimento e conclusão, conforme o parágrafo abaixo. Em segunda análise, o preconceito da sociedade com os deficientes apresenta-se como outro fator prepon- derante para a dificuldade na efetivação da educação de pessoas surdas. Essa forma de preconceito não é algo re- cente na história da humanidade: ainda no Império Romano, crianças deficientes eram sentenciadas à morte, sendo jogadas de penhascos. O preconceito ao deficiente auditivo, no entanto, reverbera na sociedade atual, calcada na ética utilitarista, que considera inútil pessoas que, aparentemente menos capacitadas, têm pouca serventia à co- munidade, como é o caso dos surdos. Os deficientes auditivos, desse modo, são muitas vezes vistos como pessoas de menor capacidade intelectual, sendo excluídos pelos demais, o que dificulta aos surdos não somente o acesso à educação, mas também à posterior entrada no mercado de trabalho. No exemplo, podemos perceber que que o primeiro período configura a abertura de uma ideia (vermelho); os seguintes, o desenvolvimento (azul); e o último, a conclusão (verde), apresentada como uma consequência do problema discutido. De modo geral, a organização escolhida deixou o trecho perfeitamente compreensível. Assim, é importante que o parágrafo padrão preze sempre por uma lógica sequencial, isto é, as informações precisam estar apresentadas de acordo com o raciocínio que o autor deseja mostrar. Muitas vezes, seja pelo nervo- sismo ou pela falta de experiência com a escrita, muitos alunos acumulam informações no parágrafo, tornando-o incoerente e até mesmo incompreensível. Nesses casos, uma boa dica é escrever períodos curtos e realizar uma leitura atenta do parágrafo após terminar de redigi-lo. A forma mais segura para a construção do parágrafo padrão chama-se tópico frasal. Ela é utilizada com frequência por garantir organização e unidade na redação. No entanto, ela não é a única forma de estruturá-lo: alguns temas mais filosóficos ou sociológicos, como os da FUVEST, podem ser estruturados de outro modo. TÓPICO FRASAL Chama-se tópico frasal o período-síntese que anuncia a ideia a ser desenvolvida no parágrafo. Ele deve ser curto e conciso, e deve sempre pressupor explicações. Outro detalhe importante: em boa parte dos empregos eles estão acompanhados de conjunções que fazem a conexão com o parágrafo anterior. Abaixo seguem alguns exemplos extraídos das melhores redações do ENEM e da FUVEST. O uso da afirmação/declaração é o principal modo de empregar tópico frasal. Trata-se de uma ideia do autor que orientará o parágrafo. Por se tratar de uma declaração geral, deve ser redigida por períodos argumentativos, isto é, períodos que contenham julgamentos, avaliações, ou definições do próprio autor que, obrigatoriamente, exijam explicações. Ex1: As habilidades publicitárias são poderosas. O uso de ídolos infantis, desenhos animados e trilhas sono- ras induzem a criança a relacionar seus gostos a vários produtos. Dessa maneira, as indústrias acabam comparti- 22 lhando seus espaços; como exemplo as bonecas Monster High fazendo propaganda para o fast food Mc Donalds. A falta de discussão sobre o assunto é evidenciada pelas opiniões distintas dos países. Conforme a OMS, no Reino Unido há leis que limitam a publicidade para crianças como a que proíbe parcialmente – em que comerciais são proibidos em certos horários -, e a que personagens famosos não podem aparecer em propagandas de alimentos infantis. Já no Brasil há a auto-regulamentação, na qual o setor publicitário cria normase as acorda com o governo, sem legislação específica. (Trecho extraído de redação modelo do exame ENEM 2014) No exemplo abaixo, há dois parágrafos extraídos da mesma redação. Além de cada um deles desenvolver uma ideia diferente – reforçando a opinião da autora – eles estão muito bem conectados por uma conjunção. Ex2: Os indivíduos com idade pouco avançada, em sua maioria, ainda não possuem condições emocionais para avaliar a necessidade de compra ou não de determinado brinquedo ou jogo. Isso porque eles não desenvol- veram o senso crítico que possibilita uma escolha consciente e não impulsiva por um produto, como já observou Freud em seus estudos sobre os desejos e impulsos do homem. Consequentemente, os pais, principais responsáveis pela educação dos filhos, devem ter o controle sobre o que é divulgado para eles, pois possuem maior capacidade para enxergar vantagens e desvantagens do que é anunciado. Além disso, pela pouca maturidade, as crianças são facilmente manipuláveis pela mídia. Isso ocorre por uma crença inocente em imagens meramente ilustrativas, que despertam a imaginação e promovem o deslocamento da realidade, deixando a sensação de admiração pelo produto. Como consequência, empresas interessadas na venda em larga escala e no lucro aproveitam esse quadro para divulgar propagandas enganosas, em muitos casos. (Trecho extraído de redação modelo do exame ENEM 2014) Ex 3: Além disso, a maioria das escolas brasileiras não incluem os surdos, assim como os demais portadores de necessidades especiais, em seus programas, estimulando a diferença e o preconceito. Por mais que a legislação brasileira garanta o ensino inclusivo, a maioria das escolas brasileiras não possuem estrutura para atender aos deficientes auditivos, principalmente por conta da falta de profissionais qualificados. A pouca inclusão dos jovens deficientes e não-deficientes valoriza a diferença entre eles, gerando discriminação e uma sociedade dividida. O renomado geógrafo Milton Santos dizia que uma sociedade alienada é aquela que enxerga o que separa, mas não o que une seus membros, algo que se evidencia na exclusão de surdos em todos os níveis de ensino. (Trecho extraído de redação modelo do exame ENEM 2016) Às vezes, o tópico frasal pode estar acompanhado de referências: Ex 4: A crescente valorização do consumo é preocupante se uma economia de mercado transforma-se em uma sociedade de mercado, como define Michael Sandel. Nesse tipo de sociedade, tudo pode ser comprado e tem um preço. São exemplos dessa possível transformação a venda da virgindade pela jovem brasileira em 2012 e a compra de votos no chamado Mensalão. Nesses casos, a virgindade e o deve cívico do voto, a princípio sem preço, foram vendidos como simples mercadorias. Desvirtua-se, portanto, os valores da sociedade e, de fato, cartões de credito e dinheiro poderão comprar felicidade e tudo o que o mundo oferece. (Trecho extraído de redação modelo do exame FUVEST 2013) 23 Ex 5: Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma reprodução da casa colonial, como dis- serta Gilberto Freyre em “Casa-Grande Senzala”. O autor ensina que a realidade do Brasil até o século XIX estava compactada no interior da casa-grande, cuja religião era católica, e as demais crenças – sobretudo africanas – eram marginalizadas e se mantiveram vivas porque os negros lhe deram aparência cristã, conhecida hoje por sincretismo religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja uma religião que subjugue as outras, o que deve, pois, ser repudiado em um estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença. (Trecho extraído de redação modelo do exame ENEM 2016) Em alguns casos, o tópico pode estar estruturado com uma oração concessiva. Ela serve para conduzir um raciocínio por meio de ressalvas e é introduzida pelas conjunções embora, ainda que, mesmo que, por mais que. Ex 6: Em uma primeira abordagem, é importante sinalizar que, ainda que leis como a “Maria da Penha” tenham contribuído bastante para o crescimento do número de denúncias relacionadas à violência – física, moral, psicológica, sexual – contra a mulher, ainda se faz presente uma limitação. A questão emocional, ou seja, o medo, é uma causa que desencoraja inúmeras denúncias. Muitas vezes, a suposta submissão econômica da figura feminina agrava o desconforto. Em outros casos, fora do âmbito familiar, são instrumentos da perpetuação da violência o medo de uma retaliação do agressor e a “vergonha social”, o que desestimula a busca por justiça e por direitos, peças-chave na manutenção de qualquer democracia. (Trecho extraído de redação modelo do exame ENEM 2015) Ex 7: Contudo, ainda que o mundo esteja enfrentando essa situação caótica, há uma esperança (por sorte pandora não a deixou escapar): basta o homem se conscientizar de que a felicidade não é comprável, de que não devemos permutar nossa individualidade por um padrão social e de que satisfazer-se através de uma “tarde de compras no shopping” é um indício de um intelecto infantil, já que o consumo não traz nenhum avanço a ninguém. (Trecho extraído de redação modelo do exame FUVEST 2013) Outro modo de construir o tópico frasal é por meio de comparações: Ex 8: O shopping center funciona exatamente como a montanha russa. Bombardeados por anúncios, luzes e lojas, os consumidores entram em um estado de frenesi, que os induz a comprar mais. A perda de referências se dá pela ausência de marcadores de tempo (relógios ou entradas de luz natural) e pela rapidez com que os produtos se renovam. Absolutamente tudo é novo e melhor. Com a inovação constante, o velho se torna obsoleto e a felicidade se encontra em obter as novidades, dispensando até mesmo o seu aproveitamento. (Trecho extraído de redação modelo do exame FUVEST 2013) 24 exercícios EXERCÍCIO 1: Redija um parágrafo de um texto dissertativo-argumentativo a partir dos tópicos fra- sais abaixo. Procure reunir informações, exemplos, dados ou citações de seu repertório pessoal, que reafirmem a ideia proposta no período. a. As residências, nos grandes centros urbanos, transformaram-se em fortalezas repletas de segurança. ... .......................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... b. Muitas empresas se valem do desconhecimento e ignorância dos consumidores para impor a necessidade de no- vos produtos......................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ............................................................................................................................................................ c. A falta de estrutura nas escolas e o baixo incentivo em formação continuada prejudica o desempenho dos professores da educação básica..................... ................................................................................ ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... d. As questões ambientais, no Brasil, são frequentemente atravessadas por conflitos entre ambientalistas e empre- sas privadas......................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... EXERCÍCIO 2: Agora, redija o parágrafo considerando as ressalvas realizadas no tópico frasal. a. Embora a lei de imigração, de 2016, tenha facilitado a permanência legal dos estrangeiros no Brasil, a xenofobia existente em relação a algumas nacionalidades continua a torturar parte da população imi- grante que vive no país........................................................................................................................ 25 ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ............................................................................................................................................................ b. Por mais que haja problemas graves na rede de atendimento do SUS, sua cobertura contempla diversos programas de excelência na saúde pública .......................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... c. Apesar da possibilidade de desenvolver efeitos colaterais a longo prazo, é fundamental que a vacinação seja defendida e valorizada ................................................................................................................ ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... 26 educação domiciliar ACERVO Homeschooling: 14 perguntas e respostas 3mil famílias brasileiras são praticantes do homeschooling (chamado também de Educação domiciliar ou ensino domés- tico). A estimativa é da Associação Nacional De Educação Domiciliar (Aned). A prática teve início no Brasil nos anos 1990 e vem conquistando a cada ano mais adeptos. Na última pesquisa realizada pelo grupo, em 2016, o número de famílias adeptas era de 3,2 mil. Hoje, o Brasil não possui regulamentação sobre Educação domiciliar. Por isso, quem deseja ensinar os filhos em casa precisa recorrer à justiça para obter autorização, sem a certeza de que irá obtê-la. O cenário, no entanto, deverá mudar nos próximos meses. Isso porque o Governo de Jair Bolsonaro (PSL) colocou o tema prioritário em seus 100 primeiros dias de gestão. Abaixo responde- mos às principais dúvidas sobre homeschooling. 1. O que é o homeschooling (Educação domiciliar)? É a prática de Educação que não acontece na escola, mas em casa. Pelo modelo, as crianças e jovens são ensinados em domicílio com o apoio de um ou mais adultos que assumem a responsabilidade pela aprendizagem. 2. Com quem as crianças que estudam em casa aprendem? Não há um único modelo para a prática. Entre os mais comuns estão os próprios familiares assumirem a tutoria dos estudos ou mesmo um grupo de pais e outros responsáveis pelas crianças adeptas da Educação domiciliar se unirem e dividirem o ensino dos diferentes componentes curriculares. Há ainda o modelo em que professores particulares são contratados para fazer a tutoria da aprendizagem em casa. A modalidade também obedece o ritmo e os interesses de cada criança. 3. As crianças que estudam em casa aprendem os mesmos conteúdos dados na escola regular? Não necessariamente. Há quem até mesmo utilize de materiais e conteúdo programático usados por escolas para guiar os estudos em casa. No entanto, como no Brasil não há lei que regulamente a prática do homeschooling, este modelo não é obrigató- rio. Em outros casos, os tutores – sejam estes contratados ou familiares – são mais vistos como mediadores do ensino e não focam em todos os conteúdos trabalhados pela escola, mas em ensinar as crianças a aprender. Projetos pedagógicos, cursos de idiomas e livros podem apoiar esse trabalho domiciliar. No caso dos pais que tentam cumprir um conteúdo programático, mas não possuem tanta habilidade ou proximidade com o conteúdo ou componente curricular, há ainda a possibilidade de contratar um professor para orientar esse trabalho. 4. O que a legislação brasileira diz sobre o tema? Não há legislação específica sobre o assunto. Embora a lei não proíba explicitamente a prática, ela também não a respalda. De acordo com a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases Educacionais (LDB), a Educação é “dever do Estado e da família”. Ainda na LDB é colocado como dever dos pais ou responsáveis “efetuar a matrícula das crianças na Educação Básica a partir dos quatro anos de idade”. Visando garantir o direito à Educação previsto na Constituição, o Código Penal criminaliza os responsáveis que não matri- culam seus filhos em escola autorizada pelo Ministério da Educação (MEC). Aqueles que não o fazem podem sofrer ações judiciais. No entanto, pelo fato do ensino domiciliar não ser tratado explicitamente na legislação, é possível recorrer na justiça para conseguir autorização para educar em casa. No entanto, a decisão cabe à interpretação da justiça e nem todas as famílias conseguem a garantia da prática. A busca pela regulamentação não é nova. Há projetos de 2001, 2003, 2008, 2009, 2012, 2015e 2018 que tratam sobre o tema. Em 2009, o MEC emitiu um parecer em que considerava inconstitucional a modalidade. No entanto, em outubro de 2017, sob a liderança do então ministro Mendonça Filho, o MEC iniciou um estudotécnico sobre o assunto para revisão da posição sobre a prática. A discussão foi encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) e para o Supremo Tribunal Federal (STF). Em setembro de 2018, o STF julgou que o homeschooling não deveria ser admitido enquanto não houvesse uma lei que o regulamentasse o tema. No entanto, a decisão não mudou o atual entendimento sobre o tema, já que não houve julgamento de inconstitucionalidade na decisão. Os próximos passos para a regulamentação ou proibição da prática ficam sob responsabilidade do Congresso. O Governo de Jair Bolsonaro já declarou que o tema é uma das medidas prioritárias dos 100 primeiros dias de gestão e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos edita uma medida provisória (MP) com uma proposta para regulamentação. 27 5. Por que algumas famílias querem uma alternativa à escola? As motivações para o ensino domiciliar são variadas. Há famílias que buscam por questões religiosas, prevalência de con- vicções e valores familiares na Educação dos filhos, preservar as crianças de assédio moral ou bullying, insatisfação com o ambiente escolar e crença de que a Educação domiciliar permitirá melhor qualidade de ensino às crianças e adolescentes. 6. O que acontece hoje quando alguma família quer praticar Educação domiciliar? Como a prática não é regulamentada – a lei não diz explicitamente se é proibido ou não –, as famílias precisam recorrer à justiça para conseguirem autorização para ensinar as crianças e adolescentes em casa. Como a decisão fica à cargo da justiça, não é certeza que a família consiga autorização para o ensino domiciliar. Caso não haja autorização da justiça e a família não matricule seus filhos na escola, ela pode sofrer uma ação judicial já que a matrícula na escola é obrigatória a partir dos quatro anos de idade. 7. Há outros países em que o homeschooling é liberado? Sim. De acordo com a Aned, ao menos 60 países são adeptos da prática. Estados Unidos, França, Portugal, México e Paraguai, por exemplo, possuem regulamentação sobre o tema e não há necessidade de recorrer à justiça para educar crianças e adolescentes em casa. Nos Estados Unidos, os adeptos da modalidade chegam a 2 milhões. 8. Há países em que o homeschooling é proibido? Na Alemanha e Suécia, a prática é proibida e considerada crime. 9. Por que ele está sendo tão falado? A regulamentação da Educação domiciliar é uma das medidas prioritárias dos 100 primeiros dias do Governo de Jair Bolsonaro. A responsabilidade de trazer uma proposta sobre o tema está com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Com auxílio da Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned), o ministério está redigindo uma medida provisória para regulamentar a modalidade. Até 2018, a discussão do ensino em casa era de responsabilidade do Ministério da Educação. No entanto, na gestão de Bolsonaro, a pauta está sendo tratada como um direito da família e não uma política educacional. A proposta de regulamentação do homeschooling é apoiada pelo Ministério da Educação (MEC). 10. O que consta na medida provisória? Ela ainda não foi divulgada e, portanto, ainda não há definições claras. Uma das propostas discutidas no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos é de que haja a cobrança de uma taxa para as famílias que optem pela modalidade. A medida teria a função de ajudar a viabilizar financeiramente a fiscalização do homeschooling. Em 2018, o MEC chegar a encaminhar uma proposta sobre o tema para discussão para o Conselho Nacional de Educação (CNE). Entre os caminhos possíveis, estavam o estabelecimento de regras para garantir equidade para as crianças que estudem em casa em e a garantia da presença dos conteúdos determinados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para isso, os respon- sáveis que optassem pela modalidade precisariam apresentar uma proposta de estudo das crianças e adolescentes ao Conselho Estadual ou Municipal, que deverá validá-la e definir estratégias de acompanhamento. Não há evidências, no entanto, de que as propostas encaminhadas pelo MEC de Michel Temer estejam contempladas na MP editada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. 11. Como funciona a tramitação de uma medida provisória? Diferente dos projetos de lei (PL), que percorrem a Câmara dos Deputados e o Senado até chegarem ao presidente, as medidas provisórias são instauradas pelo presidente e só depois são discutidas nas duas casas. A MP é prevista no artigo 62 da Constituição Federalbrasileira e só pode ser adotada em casos relevantes e urgentes. As medidas nascem com força de lei sob o prazo de 60 dias. Durante esse período, o texto é encaminhado à Câmara e, posteriormente, ao Senado. Cabe às duas casas emi- tirem pareceres sobre o tema e sugerirem alterações no texto enviado pelo ministério. As casas devem decidir se a proposta vira uma lei permanente ou não. Caso ela não seja convertida em lei nos 60 dias, o prazo de vigência da MP pode ser prorrogado por mais 60 dias. Após passar pela Câmara e Senado, se aprovado, o documento segue para o presidente, que tem o direito de vetar par- cial ou integralmente o texto, caso discorde de pontos da proposta ou de alterações no texto original feitas pelo Congresso. Por natureza, a MP tem uma tramitação mais rápida do que os PL, que podem percorrer anos no Congresso. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a Reforma do Ensino Médio, editada via MP. A proposta do novo modelo foi apresentada em 22 de setembro de 2016. O texto foi aprovado na Câmara em 13 de dezembro do mesmo ano e pelo Senado em 8 de fevereiro de 2017. Oito dias depois, foi sancionada pelo então presidente Michel Temer. 12. O que significa regulamentar o homeschooling? Significa ter uma legislação que determine a liberação do homeschooling e que determine regras para que ela aconteça. Em 2018, o MEC enviou uma proposta ao CNE em que sugeria algumas regras para a regulamentação. Entre elas estavam a garantia de que os conteúdos estudados em casa contemplassem aqueles determinados pela BNCC. Para isso, os responsáveis pelas crianças 28 precisariam apresentar uma proposta de estudo para validação do Conselho Estadual ou Municipal, que também definiria estraté- gias de acompanhamento do cumprimento das regras estabelecidas. Apesar da proposta do MEC em 2018, a regulamentação em discussão será baseada na medida provisória que está sendo editada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos como política prioritária dos primeiros 100 dias do Governo Bolsonaro. Na maioria dos países adeptos do ensino domiciliar, é exigi- do que as crianças e adolescentes que estudam em casa participem de uma avaliação anual. 13. Quais são os argumentos dos que são contrários ao homeschooling? O primeiro argumento, diante do fato de que não há regulamentação da modalidade, é de que não há mecanismos de controle em relação à frequência e conteúdo lecionado. Sem a definição de regras para a prática da Educação domiciliar, não haveria garantia da qualidade do ensino praticado em casa. Além disso, os contrários à liberação também defendem que a convivência social com grupos variados e interação com opiniões diferentes proporcionada pelo ambiente escolar é de grande importância e não é necessariamente garantida pelos responsáveis que optam pelo homeschooling. Competências como falar em público, trabalhar colaborativamente e empatia para lidar com pontos de vista conflitantes também seriam prejudicadas na modalidade. Além disso, alguns especialistas ainda apontam a importância da escola em identificar comportamentos de risco dentro dos ambientes familia- res, como abuso sexual, violência doméstica e exploração. Há ainda uma crítica de que apenas as famílias com um poder aquisitivo mais alto poderiam optar pela Educação domiciliar, já que ela pressupõe disponibilidade dos responsáveis para guiar os estudos em casa e, portanto, domínio dos conteúdos a serem ministrados ou ainda condições financeiraspara bancar professores particulares. 14. Quais são os argumentos dos que são favoráveis ao homeschooling? Como a prática é motivada por diferentes fatores, há diferentes argumentos entre os grupos favoráveis. Alguns manifes- tam preocupação com assédio moral, bullying e insegurança nas escolas e colocam que o ambiente familiar proporcionaria maior segurança e menor sofrimento emocional ou mesmo físico. Há ainda os que buscam resguardar as crianças moralmente da escola por questões religiosas ou crenças pessoais. Outras famílias alegam insatisfação com o ambiente escolar e acreditam que em casa poderiam proporcionar melhores resultados acadêmicos por meio da maior flexibilidade ao tempo, planejamento de conteúdos e acompanhamento individual, maior atenção aos problemas de aprendizagem e acompanhamento do desenvolvimento escolar mais próximo. https://novaescola.org.br/conteudo/15636/homeschooling-14-perguntas-e-respostas. (11.02.2019) 29 É imPortaNte saBer I. DADO ESTATÍSTICO RELEVANTE Cerca de 5 mil famílias brasileiras são praticantes do homeschooling (chamado também de Educação domiciliar ou ensino doméstico). A estimativa é da Associação Nacional De Educação Domiciliar (Aned). A prática teve início no Brasil nos anos 1990 e vem conquistando a cada ano mais adeptos. Na última pesquisa realizada pelo grupo, em 2016, o número de famílias adeptas era de 3,2 mil. https://novaescola.org.br/conteudo/15636/homeschooling-14-perguntas-e-respostas. (11.02.2019) II. ARGUMENTO DE AUTORIDADE a. A aprendizagem significativa não se faz pela assimilação de conteúdos dispostas nas redes de informação, mas antes pela capacidade de relacionar ideias, articular conhecimentos, sentimentos e posturas na constituição de si e de modos de ser em face da vida. Para tanto, importa que o indivíduo aprenda a interagir, argumentar e lidar com situações de conflito, assumindo a responsabilidade por suas decisões. Por isso, não há conhecimento independente de posturas, compromissos, desejos, valores e disponibilidades para a ação. Silvia Colello. Professora titular da Faculdade de Educação da USP. https://educacaoemvalores.word- press.com/2012/12/21/o-ensino-domiciliar-e-a-suposta-educacao-moral/ (21.12.2012) b. "A família tem valores privados. Se a família defende, por exemplo, o preconceito e o sexismo, é preciso que haja um lugar onde isso seja pensado de outra maneira. Pode ser que a escola esteja despreparada (para esse papel), mas há cada vez mais projetos de gestão democrática e combate ao bullying, por exemplo. É justamente na troca de experiências que as crianças aprendem. Mais do que trancar as crianças, vamos juntos melhorar a escola e exigir mais dela", opina Telma Vinha, professora da Faculdade de Educação da Unicamp. Os atrativos e as polêmicas da educação familiar. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42897647 (05.02.2018) III. EXEMPLOS DO COTIDIANO "Meu filho, quando tinha sete anos, apanhava na escola por ser baiano", conta Ricardo Iêne Dias, presidente da Aned. "Essa sociali- zação eu não quero. Está muito longe de haver o exercício de tolerância nas escolas. Eu ouvi do MEC que a escola é o espaço do aprendizado e do exercício da diferença. Mas se fosse isso mesmo, talvez meu filho ainda estivesse na escola." Ele defende ainda que crianças educadas em casa se destacam em trabalho em equipe e empreendedorismo porque "conseguem pensar fora da caixa por não terem passado pelo padrão massificado de aprendizado. Elas aprendem a interpretar textos e participam mais da vida domiciliar, onde a educação acontece o tempo todo". Os atrativos e as polêmicas da educação familiar. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42897647 (05.02.2018) IV. ATORES OU SITUAÇÕES QUE PODEM SER MOBILIZADOS NA DISCUSSÃO DO TEMA (PROPOSTA ENEM) (POLÍTICAS PÚBLICAS A PARTIR DE PARCERIAS) Para que o País realmente tenha uma educação de qualidade, é preciso implementar uma política pública que envolva todo o ecossistema educacional, com a participação conjunta de líderes políticos, gestores escolares, professores, pais, alunos, empresas e a própria comunidade do entorno das escolas. INTERATIVIAA DADE ASSISTIR Vídeos Vídeos Filme Filme 30 O primeiro passo, para avançarmos neste sentido, é contar com diretrizes educacionais claras, guiadas por um planejamento estratégico com metas para curto, médio e longo prazos, além de promover a avaliação periódica de resultados. Paralelamente, é preciso consolidar uma rede de relacionamentos que, por meio da colaboração, descubra novos caminhos para a educação. Isso significa envolver nessa teia todos os interessados na educação. Aos secretários de educação, por exemplo, cabe o papel de articuladores desse processo. Além de terem a capacidade de analisar resultados de avaliações externas e das próprias escolas, eles precisam promover o diálogo democrático com a sociedade e viabilizar a execução financeira, alinhada ao planejamento estratégico pré-definido. https://exame.abril.com.br/blog/crescer-em-rede/como-alcancar-uma-educacao-publica-de-qualidade/ (09.03.2017) V. LEGISLAÇÃO: Não há legislação específica sobre a educação domiciliar. Embora a lei não proíba explicitamente a prática, ela também não a respalda. De acordo com a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases Educacionais (LDB), a Educação é “dever do Estado e da família”. Ainda na LDB é colocado como dever dos pais ou responsáveis “efetuar a matrícula das crianças na Educação Básica a partir dos quatro anos de idade”. https://novaescola.org.br/conteudo/15636/homeschooling-14-perguntas-e-respostas. (11.02.2019) VI. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS/CRIANÇA: As crianças e os adolescentes têm direito a uma educação. A disciplina nas escolas deve respeitar a dignidade das crianças e dos adolescentes. A educação básica deve ser gratuita. As crianças e os adolescentes devem ser encorajados a ir para a escola até o nível educa- cional mais alto possível. https://www.unicef.org/brazil/pt/CDC_CEA.pdf INTERATIVIAA DADE ASSISTIR Vídeos Vídeos Filme Filme Educação domiciliar - Luiz Felipe Pondé Quando sinto que já sei Entre os muros da escola Pro dia nascer feliz Fonte: Youtube François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes complicadores. As situações que o adolescente brasileiro enfrenta no precário sistema de educação público do país, envolvendo preconceito, precariedade, violência e esperança. Adolescentes de locais dos mais variados tipos de três estados diferentes, de classes sociais distintas, falam de suas vidas na escola, seus projetos e inquietações. 31 ASSISTIR Filme Sites ACESSAR 32 Associação Nacional de Educação Domiciliar www.aned.org.br/ Educação Domiciliar Fonte: Futura PLAY 33 ASSISTIR Filme Sites ACESSAR ProPosta 7 - Vestibular TEXTO 1 No que diz respeito à legislação brasileira, a orientação é clara: desde 1934 é firmada a obrigatoriedade escolar, que envolve, a um só tempo, a obrigação de o Estado oferecer escolas e a obrigação de os pais enviarem seus filhos à escola. Os adeptos do homeschooling – o ensino doméstico ou domiciliar – alegam que há brechas na legislação brasileira, o que possibilita a defesa dessa modalidade de educação. Afirmam, para isso, basicamente os princípios de liberdade de escolha do tipo de instrução que os pais desejam dar a seus filhos. https://jornal.usp.br/artigos/homeschooling-a-pratica-de-educar-em-casa/ (16.03.2018) TEXTO 2 O homeschooling vem sendo muito discutido no Brasil como pauta de um ensino abrangente. Algumas pessoas acham que essa é a solução do problema da falta de escolas em lugares distantes e esquecidos, uma das causas da grandeevasão escolar do Brasil, que já é de 2,8 milhões; já outras acham que a falta do ambiente escolar e de um professor presente diariamente causam grandes danos à formação do indivíduo. No meio dessa discussão, também aparece a terceirização da educação dos filhos e exclusão social da criança. https://exame.abril.com.br/negocios/dino/homeschooling-o-polemico-ensino-domiciliar-na-pratica/ (01.02.2019) TEXTO 3 “Optamos pelo homeschooling porque achamos que a qualidade do desenvolvimento físico, social e moral é me- lhor quando a criança está mais tempo em casa com a família”, defende a ilustradora Manoela Martins. “A escola toma muito tempo do dia da criança e o homeschooling dá a possibilidade da criança aprender em espaços mais naturais compatíveis com o que vai ser a vida adulta, ela aprende na vida, não no simulado”, diz Manoela. Para especialistas no tema, como Maria Celi Vasconcelos, doutora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que observou o ensino em diversas famílias e conduziu um estudo sobre a inserção de homeschooling na legislação educacional no Brasil e em Portugal, a educação domiciliar não prejudica a formação de crianças e adolescentes se for bem feita. “Eu não acho que o homeschooling possa atrapalhar o futuro dessas crianças. As crianças que eu entrevistei em nada se diferenciavam das que estavam na escola”. http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/educacao-domiciliar-ganha-forca-no-brasil-e-busca- -legalizacao-7wvulatmksl azdhwncstr7tco#ancora-2 (08.05.2016) TEXTO 4 Ao considerar internamente a proposta de ensino domiciliar, condenamos com veemência o pressuposto de que o projeto educativo de formação humana possa ser levado a cabo pela mera coleção de saberes adquiridos no con- texto do isolamento e da superproteção familiar. A aprendizagem significativa não se faz pela assimilação de con- teúdos dispostas nas redes de informação, mas antes pela capacidade de relacionar ideias, articular conhecimentos, sentimentos e posturas na constituição de si e de modos de ser em face da vida. Para tanto, importa que o indivíduo aprenda a interagir, argumentar e lidar com situações de conflito, assumindo a responsabilidade por suas decisões. Por isso, não há conhecimento independente de posturas, compromissos, desejos, valores e disponibilidades para a ação. Além disso, a resolução de problemas que se colocam nas inúmeras relações com os outros e com os objetos de conhecimento funcionam como um verdadeiro mote para o despertar de interesses, a ampliação de horizontes e a promoção do “aprender a aprender”. Do ponto de vista da aprendizagem, é pouco provável que o contato com os pais-professores, por mais eruditos que sejam, possa superar as situações promovidas em classe por aproximadamente 85 professores especialistas que integram a trajetória da Educação Básica. É pouco provável também que, nos limites da própria casa, os jovens tenham a oportunidade de desenvolver competências e de colocar seus saberes a serviço da inserção social. Silvia Colello. Professora titular da Faculdade de Educação da USP. https://educacaoemvalores.word- press.com/2012/12/21/o-ensino-domiciliar-e-a-suposta-educacao-moral/ (21.12.2012) Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma--padrão da língua portuguesa, sobre o tema: A EDUCAÇÃO DOMICILIAR É UMA MEDIDA POSITIVA PARA O SISTEMA ESCOLAR BRASILEIRO? 35 ProPosta 7 - eNeM TEXTO 1 O Brasil é um dos países em que há menos estudantes resilientes, aqueles que apesar da condição de pobreza con- seguem ter bom desempenho escolar. Um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra só 2,1% dos alunos brasileiros com esse perfil. A pesquisa analisou resultados da última edição do Pisa, maior avaliação internacional de educação, feita por jovens de 15 anos. A média de resiliência entre países membros da OCDE é de 25,2%. No ranking de 71 países participantes, o Brasil ficou em 62.º, abaixo de outros latinos como Chile, Uruguai e Argentina. Uma das razões é o fato de alunos de baixa renda, em geral, frequentarem as piores escolas. “O Brasil ainda tem um longo caminho para garantir que estudantes tenham acesso igualitário às oportunidades educacio- nais, independentemente da origem dos seus pais ou do lugar em que vivem”, disse ao Estado um dos autores do estudo na OCDE Francesco Avvisati. https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,apenas-2-1-dos-alunos-pobres-do-pais-tem-bom-desempenho-escolar,70002213621. (04.03.2018) TEXTO 2 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, fixa que é dever do Estado garantir padrões mínimos de qua- lidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. “É claro que bibliotecas, o acesso à internet laboratórias de ciências são imprescindíveis à educação hoje, isso para não falar no básico do básico que é a garantia de água e esgoto”, disse o coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara. Apesar dessa importância, ele avalia que o Estado brasileiro, por meio de diversos governos, não tem dado priori- dade ao financiamento do setor. Como exemplo, cita que, desde 2010, o Conselho Nacional de Educação aprovou, por unanimidade, e normatizou o Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi), a fim de padronizar esses investimentos, mas até hoje a decisão não foi homologada. http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-01/censo-aponta-que-escolas-publicas-ainda-tem-deficiencias-de-infraestrutura (31.01.2018) TEXTO 3 "O Brasil não precisa esperar ter mais recursos. Aliás, se o Brasil não investir em educação, não se tornará um país rico. A Coreia do Sul era muito mais pobre que o Brasil nos anos 60 e usou todos os últimos recursos que tinha em educação. E foi isso que fez com que se tornasse um país rico", afirma o diretor do departamento de educação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andreas Schleicher. Segundo ele, qualidade da educação num país não tem a ver com o nível de riqueza, mas sim com o investimento inteligente dos recursos de que dispõe. "As pessoas dizem: 'O Brasil é um país pobre e precisa ficar rico antes de alcançar uma boa educação.' E isso não é verdade. Você pode ver países como o Vietnã, onde os mais pobres vão tão bem quanto os ricos no Brasil." O dire- tor da OCDE critica o que chama de "investimentos desproporcionais" do governo brasileiro no ensino superior, em comparação com os gastos com ensino fundamental. Uma estratégia que, segundo ele, "cimenta desigualdades". https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45657049 (03.08.2018 36 TEXTO 4 https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/08/30/7-de-cada-10-alunos-do-ensino-medio-tem- -nivel-insuficiente-em-portugues-e-matematica-diz-mec.ghtml (30.08.2018) A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua for- mação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A DEFICIÊNCIA NA QUALIDADE DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 0 8 Estratégias argumentativas I L C ENTRE FRASES 39 Estratégias argumentativas I: CAUSA E EFEITO / EXEMPLIFICAÇÃO/ DADOS ESTATÍSTICOS / NARRAÇÃO / OPOSIÇÃO/CONTRA-ARGUMENTAÇÃO O objetivo principal deste e do próximo capítulo é oferecer um conjunto organizado de estratégias e téc- nicas que facilitem a composição de um parágrafo de argumentação, levando em conta a existência de um tópico frasal. É importante lembrarmos que, como foi dito na aula anterior, o tópico frasal não é a único modelo de intro- dução de parágrafos, mas ainda assim é um modelo cujos recursosprecisam ser praticados para que, em momento posterior, o estudante possa fazer uso de técnicas mais elaboradas. 1. Causa e efeito A estratégia argumentativa de causa e efeito consiste em duas etapas sequenciais. A primeira vale-se do tó- pico frasal para fazer uma declaração (em geral, trata-se de uma consequência de uma ação realizada no mundo). Em seguida, durante o desenvolvimento, é necessário complementar a informação, explicando o motivo dos fatos anteriormente apresentados. Exemplo: A propaganda é a principal arma das grandes empresas. Disseminada em todos os meios de comunicação, a ampla visibilidade publicitária atinge seu principal objetivo: expor um produto e explicar sua respectiva função. No entanto, essa mesma função é distorcida por anúncios apelativos, que transformam em sinônimos o prazer e a compra, atingindo principalmente as crianças. (Trecho de redação nota 1000 do ENEM 2014) O tópico frasal (em destaque) apresentado pelo candidato afirma que a propaganda é a principal arma das grandes empresas. A sequência do período em destaque (desenvolvimento) delineia os porquês. 2. Exemplificação Outra estratégia interessante de desenvolvimento do tópico frasal é a exemplificação. O movimento consiste em apresentar uma afirmação geral mais simples para, na sequência, realizar uma prova dessa afirmação por meio de exemplos que sustentem o tópico. Exemplo: Em primeiro lugar, é notória a dificuldade que há no homem em aceitar o diferente, principalmente ao se tratar de algo tão pessoal como a religião. Prova disso é a presença da não aceitação das crenças alheias em diferentes regiões e momentos históricos, como no Império Romano antigo, com as perseguições aos cristãos, na Europa medieval, com as Cruzadas e no atual Oriente Médio, com os conflitos envolvendo o Estado Islâmico. (Trecho de redação nota 1000 do ENEM 2016). Podemos perceber que o trecho destacado apresenta um tópico frasal bastante claro (é notória a dificuldade que há no homem em aceitar o diferente, principalmente ao se tratar de algo tão pessoal como a religião). Na 40 sequência, o candidato se vale do recurso de exemplificação (o trecho em destaque) para elencar alguns casos que ratifiquem a informação contida no tópico. 3. Dados estatísticos / científicos O desenvolvimento do tópico frasal também pode ser realizado por meio de dados estatísticos / científicos. Essa estratégia requer um pouco de cautela, pois não se recomenda que o estudante forneça dados estatísticos de sua memória, principalmente se não há certeza sobre as fontes de obtenção. A principal recomendação é que o texto replique dados fornecidos pela própria coletânea de textos que acompanha a proposta de redação. Exemplo Além dessa visão segregacionista, a lentidão e a burocracia do sistema punitivo colaboram com a perma- nência das inúmeras formas de agressão. No país, os processos são demorados e as medidas coercitivas acabam não sendo tomadas no devido momento. Isso ocorre também com a Lei Maria da Penha, que entre 2006 e 2011 teve apenas 33,4% dos casos julgados. Nessa perspectiva, muitos indivíduos ao verem essa ineficiência continuam violentando as mulheres e não são punidos. Assim, essas são alvos de torturas psicológicas e abusos sexuais em diversos locais, como em casa e no trabalho. (Trecho da redação nota 1000 do ENEM 2015) O trecho destacado evidencia que a candidata recorre a dados numéricos presentes na coletânea oferecida pelo ENEM para ratificar o tópico frasal de seu parágrafo. E também a partir desses dados, são encadeados argu- mentos conclusivos que estabelecem relação com o tema. 4. Narração Os processos argumentativos também podem ser encadeados por meio da construção de uma narrativa. Em termos mais claros, ocorre quando recuperamos uma história / um caso, com seus personagens, localidades e vínculos temporais. Para que não haja confusões entre o entendimento do que é uma narração e, por exemplo, uma descrição ou exemplificação, é necessário lembrar desses três pontos: I. O processo narrativo configura um conjunto de alterações de situações referentes a personagens determi- nadas. Essas personagens podem ser unitárias ou coletivas (podemos ter um indivíduo sobre o qual se conta algo, como o prefeito de São Paulo, ou podemos ter uma personagem coletiva, como a sociedade ou os jovens da geração 2000). II. Não podemos nos esquecer de que a história dessa(s) personagem(ns) precisa(m) estar vinculada(s) a uma temporalidade precisa, e a também a um espaço bem configurado. A narrativa é um texto figurativo que irá compor um argumento concreto de seu texto. III. Toda história possui uma progressão temporal (temos eventos anteriores, concomitantes e posteriores). Aqui, é essencial saber manipular os elementos verbais, inclusive para que possamos organizar a disposição desses eventos em ordens variadas, de acordo com a necessidade imposta pelo tema. Exemplo O contexto histórico brasileiro indubitavelmente influencia essa questão. A colonização portuguesa buscou catequizar os nativos de acordo com a religião europeia da época: a católica. Com a chegada dos negros africanos, 41 décadas depois, houve repressão cultural e, consequentemente, religiosa que, infelizmente, perpetua até os dias de hoje. Prova disso é o caso de uma menina carioca praticante do candomblé que, em junho de 2015, foi ferida com pedradas, e seus acompanhantes, alvos de provocações e xingamentos. Ainda que a violência verbal, assim como a física, vá contra a Constituição Federal, os agressores fugiram e, como em outras ocorrências, não foram punidos. (Trecho de redação nota 1000 do ENEM 2016) Para ratificar a ideia central de seu argumento, a candidata complementa o parágrafo com a narrativa de um fato concreto que está vinculado ao tema. As personagens dessa narrativa foram uma menina carioca, seus acompanhantes e os agressores. Os fatos foram devidamente encadeados a partir de um dado de temporali- dade (em junho de 2015) que exigia colocações verbais em pretérito perfeito. 5. Oposição a. A argumentação por oposição envolve, naturalmente, a apresentação de dois objetos, dois fatos, ou duas pessoas que possam ser contrapostos durante a exposição das ideias. É um recuso simples de ser usado, mas que deve estar vinculado a temas em que realmente existam contraposições a serem discutidas. Exemplo No limiar do século XXI, a intolerância religiosa é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país é laico e defende a liberdade ao culto e à crença religiosa. Por outro, as minorias que se distanciam do convencional se afundam em abismos cada vez mais profundos, cavados diariamente por opressores intolerantes. (Trecho de redação nota 1000 do ENEM 2015) No trecho apresentado, a candidata articula uma contradição em relação à intolerância religiosa, exibindo dois pontos de vista sobre o tema, os quais serão articulados em parágrafo posterior. 6. Contra-argumentação A contra-argumentação assemelha-se a oposição, já que apresenta posicionamentos diferentes. No en- tanto, sua característica básica é a de apresentar um posicionamento para depois questioná-lo, desconstruí-lo ou condená-lo. Além disso, é cabível enfatizar que, de acordo com Paulo Freire, um seu livro "Pedagogia do Oprimido", é necessário buscar uma "cultura de paz". De maneira análoga, muitos religiosos, a fim de evitar conflitos, hesitam em denunciar casos de intolerância, sobretudo quando envolvem violência. Entretanto, omitir crimes, ao contrário do que se pensa, significa colaborar com a insistência da discriminação, o que funciona como um forte empecilho para resolução dessa problemática. (Trecho de redação nota 1000 do ENEM 2016) No excerto, o candidato apresenta uma postura e a respectiva justificativa e, em seguida, condena com argumentos o posicionamento anteriormente apresentado. 42 ExErcícios EXERCÍCIO 1: Determine as estratégias
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