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Atividade estudo de caso Gabriella de Souza Castilho 20774573 Paciente de 34 anos, de baixo nível sócio-econômico, internou-se em instituição privada, pela Previdência Social, para submeter-se à quarta operação cesárea. Seis horas após a cirurgia ocorreu sangramento intenso, que colocou em risco a vida da paciente que foi então reoperada para a retirada do útero (histerectomia). Não obstante, o sangramento persistiu, sendo realizada nova cirurgia para ligadura das artérias hipogástricas (último recurso para estancar a hemorragia). Durante as duas cirurgias, a paciente necessitou receber grande volume de sangue devido a sua crítica situação onde não foi realizada a dupla checagem dos dados da bolsa de sangue pela enfermeira. Posteriormente a paciente foi encaminhada para o alojamento conjunto e ficou aos cuidados da enfermagem em relação a admissão no setor , consulta de enfermagem e as devidas orientações do procedimento e alta hospitalar. Após quinze dias de internação, a paciente teve alta com seu recém-nascido. Enquanto isto, o Banco de Sangue constatou que, por erro de uma funcionária, foi transfundido sangue contaminado pelo vírus da hepatite B, sendo comunicado o fato ao médico assistente. Interpretando e analisando o caso apresentado responda as seguintes questões e as referencie. 1. Em relação ao direito do sigilo tanto em relação ao paciente e perante o acontecido para os familiares qual a conduta que a enfermagem juntamente com o médico deverá proceder? O enfermeiro, juntamente com o médico responsável, deverá relatar o acontecido a paciente seguindo o Art. 20º da Resulução do Cofen 311/2007 que diz que o enfermeiro tem a responsabilidade de colaborar com a equipe de saúde no esclarecimento da pessoa, família e coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca de seu estado de saúde e tratamento. Após realizar o esclarecimento dos fatos a paciente, o enfermeiro devera respeitar o sigilo com o paciente e só revelar o acontecido aos familiares se for da vontade da paciente e com a sua permissão. 2. O enfermeiro desenvolve competências gerenciais como as atividades de prestar assistência ao indivíduo hospitalizado, orientar o indivíduo e o acompanhante se necessário. Quando se refere à transfusão, a atividade do enfermeiro demanda de mais autonomia e conhecimento científicos e éticos, pois este necessita avaliar os dados obtidos para monitorar a infusão, avaliar e realizar a evolução do indivíduo que recebe a transfusão. Estes procedimentos são de estrema importância na identificação de reações adversas e evolução do indivíduo e aspectos legais, descreva quais são. De acordo com a Norma Técnica para Atuação dos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem em Hemoterapia é de obrigatoriedade e competência, somente, do enfermeiro: 1. Atentar para os tempos de início da transfusão, após o recebimento na unidade, conforme preconizado: a. Eritrócitos e Concentrados de Hemácias: O tempo de infusão de cada unidade deve ser de 60 a 120 minutos em pacientes adultos. Em pacientes pediátricos, não exceder a velocidade de infusão de 20- 30ml/kg/hora. b. Concentrado de Plaquetas: o tempo de infusão da dose deve ser de aproximadamente 30 minutos em pacientes adultos ou pediátricos, não excedendo a velocidade de infusão de 20-30ml/kg/hora; c. Plasma Fresco Congelado: o tempo máximo de infusão deve ser de uma hora. Pré-procedimento 1. Garantir, sempre que possível, a assinatura do Termo de Consentimento informado, pelo paciente ou familiar/responsável; 2. Verificar a permeabilidade da punção, o calibre do cateter, presença de infiltração e sinais de infecção, para garantir a disponibilidade do acesso; 3. Confirmar obrigatoriamente a identificação do receptor, do rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de liberação, validade do produto, realização de inspeção visual da bolsa (cor e integridade) e temperatura, através de dupla checagem (Enfermeiro e Técnico de Enfermagem) para segurança do receptor; 4. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e registrados para analisá-los; 5. Garantir acesso venoso adequado, exclusivo e equipo com filtro sanguíneo; 6. Prescrever os cuidados de enfermagem relacionados ao procedimento; Intra-procedimento 1. Confirmar, novamente a identificação do receptor, confrontando com a identificação na pulseira, e rótulo do insumo a ser infundido; a. Verificar duas vezes o rótulo da bolsa do sangue ou hemoderivado para assegurar-se de que o grupo e tipo Rh concordam com o registro de compatibilidade; b. Verificar se o número e tipo no rótulo do sangue ou hemoderivado no prontuário do paciente estão corretos confirmando mais uma vez em voz alta, o nome completo do paciente; c. Verificar o conteúdo da bolsa, quanto a bolhas de ar e qualquer alteração no aspecto e cor do sangue ou hemoderivado (as bolhas de ar podem indicar crescimento bacteriano; a coloração anormal ou turvação podem ser sinais de hemólise); d. Assegurar que a transfusão seja iniciada nos 30 (trinta) minutos após a remoção da bolsa do refrigerador do banco de sangue; 2. A transfusão deve ser monitorada durante todo seu transcurso e o tempo máximo de infusão não deve ultrapassar 4 (quatro) horas. 3. A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que a instalou durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira do leito; a. Nos primeiros 15 (quinze) minutos, infundir lentamente, não devendo ultrapassar a 5 ml/min; b. Observar rigorosamente o paciente quanto aos efeitos adversos, e na negativa, aumentar a velocidade do fluxo; c. Garantir o monitoramento dos sinais vitais a intervalos regulares, comparando-os; d. Interromper a transfusão imediatamente e comunicar ao médico, na presença de qualquer sinal de reação adversa, tais como: inquietação, urticária, náuseas, vômitos, dor nas costas ou no tronco, falta de ar, hematúria, febre ou calafrios; e. Nos casos de intercorrência com interrupção da infusão, encaminhar a bolsa para análise; f. Recomenda-se a prescrição da troca do equipo de sangue a cada duas unidades transfundidas a fim de minimizar riscos de contaminação bacteriana. Pós-procedimento: 1. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e compará-lo com as medições de referência; 2. Descartar adequadamente o material utilizado e assegurar que todos os procedimentos técnicos, administrativos, de limpeza, desinfecção e do gerenciamento de resíduos, sejam executados em conformidade com os preceitos legais e critérios técnicos cientificamente comprovados, os quais devem estar descritos em procedimentos operacionais padrão (POP) e documentados nos registros dos respectivos setores de atividades. 3. Todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de hemoterapia devem ser registradas e documentadas de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo a identificação do profissional que realizou o procedimento. Devendo constar obrigatoriamente: a. Data; b. Horário de início e término; c. Sinais vitais no início e no término; d. Origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos; e. Identificação do profissional que a realizou; e f. Registro de reações adversas, quando for o caso. 4. Monitorar o paciente quanto a resposta e a eficácia do procedimento. 3. O enfermeiro deverá saber como agir diante dos conflitos que possam ser vivenciados durante o seu exercício profissional, por isso é imprescindível que o mesmo tenha o conhecimento do código de ética de enfermagem, além dos preceitos consignados tanto na Constituição Federal Brasileira quanto na Lei nº 8.080/90 (Lei do SUS), diante da situação do caso clinica a enfermeira prestará os cuidados nos pós operatório, descreva quatro orientações dentro da conduta ética sendo competência privativa da enfermagem que deverá ser realizada? É de cuidados privativos do enfermeiro no pós operatório a garantia que os sinais vitais serão aferidos e compará-los com as medições de referência; o descarte adequado do material utilizadoe assegurar que todos os procedimentos técnicos, administrativos, de limpeza, desinfecção e do gerenciamento de resíduos, tenham sido executados em conformidade com os preceitos legais e critérios técnicos cientificamente comprovados, os quais devem estar descritos em procedimentos operacionais padrão (POP) e documentados nos registros dos respectivos setores de atividades; que todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de hemoterapia foram registradas e documentadas de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo a identificação do profissional que realizou o procedimento. Devendo constar obrigatoriamente: Data; horário de início e término; sinais vitais no início e no término; origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos; identificação do profissional que a realizou; e registro de reações adversas, quando for o caso. Também devera monitorar o paciente quanto a resposta e a eficácia do procedimento. 4. Frente à situação que o médico assistente apresentou estando ciente que a bolsa de sangue estava contaminada e não comunicou a equipe, entendemos que o mesmo agiu contra um princípio ético, descreva qual e você como enfermeiro responsável da situação adotaria qual conduta? Ao não se pronunciar sobre o sangue contaminado, o médico assistente não seguiu com o principio bioético de não maleficência ao paciente. Ao ficar consciente do acontecido, eu, enfermeira responsável, falaria com o medico assistente e informaria que levaria adiante para autoridades maiores dentro do hospital o acontecido para que possam ser tomadas as devidas providencias sobre o assunto. 5. Mesmo a paciente estando em um quadro clinico que a mesma não esta ciente da situação e foi realizado o procedimento sem a previa comunicação de necessidade de transfusão de hemocomponentes. Conforme a lei portaria do ministério da saúde 2712/2013 de transfusão de sangue e hemocomponentes, neste contexto apresentou as falhas/prejuízos se sim quais foram? Pontue quatro ações de competência do Enfermeiro frente à situação? As falhas apresentadas durante o processo para infusão de hemocomponentes foram: a falta da dupla checagem pelo enfermeiro durante o transporte da bolsa de sangue e a omissão do medico assistente frente a ciencia do sangue contaminado. O prejuízo foi a possível contaminação da paciente com a Hepatite B. Frente a essa situação, e de competência do enfermeiro notificar o hospital sobre o ocorrido, registrar todos os ocorridos durante o processo operatório e pós operatório, notificar a paciente juntamente com a equipe medica sobre a possível contaminação e acompanhar a evolução da paciente. Referências http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/ANEXO-NORMA-T%C3%89CNICA-ATUA%C3%87%C3%83O-DE-ENFERMEIROS-E-T%C3%89CNICOS-DE-ENFERMAGEM-EM-HEMOTERAPIA-1.pdf
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