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Pamela_Zmorzynski_Arco-iris_Alimentos_LTDA

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1 
 
UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CTC – Centro Tecnológico 
EQA – Departamento de Engenharia Química e Engenharia 
de Alimentos 
EQA5510 – Estágio Curricular (Não Obrigatório) 
Professora Orientadora: Débora de Oliveira 
Coordenador de Estágios: José Miguel Müller 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RLATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR (NÃO OBRIGATÓRIO) 
ARCO-ÍRIS ALIMENTOS LTDA 
 
 
 
 
 
 
 
PÂMELA ZMORZYNSKI 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis - SC 
Junho, 2015. 
2 
 
 
3 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 5 
2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................................................ 5 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................................................ 7 
3.1. NORMAS TÉCNICAS ..................................................................................................................... 7 
3.2. DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ....................................................................................... 8 
3.2.1. Biscoitos Salgados ............................................................................................................. 9 
3.2.1.1. Formulação F7 – Provençal Sablés ............................................................................................... 9 
3.2.1.2. Formulação Kümmel-Käsegebäck ................................................................................................. 9 
3.2.1.3. Formulação Duas Rodas .............................................................................................................. 10 
3.2.1.4. Formulação TOP-20 ..................................................................................................................... 10 
3.2.1.5. Biscoito Salgado Dukan ............................................................................................................... 11 
3.2.1.6. Biscoito Salgado Cortado À Fio ................................................................................................... 11 
3.2.2. Biscoito Equilibrar Comendo ............................................................................................ 12 
3.2.2.1. Biscoito Coco com Nozes ............................................................................................................ 12 
3.2.2.2. Biscoito Panetini com Queijo ...................................................................................................... 12 
3.2.2.3. Biscoito Cacau e Aveia ................................................................................................................. 13 
3.2.3. Biscoitos Doces – Nova Linha de Produtos ....................................................................... 14 
3.2.3.1. Biscoito Amanteigado com Raspas de Limão ............................................................................. 14 
3.2.3.2. Cookie Premium de Cranberry com Gotas de Chocolate Branco .............................................. 15 
3.3. PESQUISA DE EMBALAGEM.......................................................................................................... 15 
3.4. PRODUTOS SEM GLÚTEN ............................................................................................................ 16 
4. COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES .................................................................................................... 18 
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 19 
6. ANEXOS ........................................................................................................................................ 20 
 
 
ÍNDICE DE FIGURAS 
FIGURA 1 – EMPRESA ARCO-ÍRIS ALIMENTOS LTDA ............................................................................................. 6 
FIGURA 2 – LINHA DE PRODUTOS ARCO-ÍRIS ALIMENTOS ....................................................................................... 6 
FIGURA 3 – EMBALAGEM TIPO TOP-DOWN E TAMPA COM VÁLVULA DE SILICONE ........................................................ 16 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O período de estágio é de suma importância na vivência acadêmica, 
onde é possível aplicar a teoria e os conhecimentos adquiridos em sala de aula 
aos processos e operações da indústria, buscando promover melhorias para a 
empresa. Este relatório tem como finalidade descrever as atividades 
desenvolvidas durante os dois meses de estágio de caráter não obrigatório. 
 Através deste estágio pude desenvolver competências e habilidades que 
são de grande relevância, tanto na minha vida profissional quanto na pessoal. 
Foi possível acompanhar o dia-a-dia de uma empresa familiar, tendo contato 
com profissionais das mais diversas áreas, que me ajudaram na conduta de um 
bom estágio e a aprender ainda mais sobre os desafios e as possibilidades da 
profissão que escolhi. 
 O estágio foi realizado na Arco-Íris Alimentos LTDA, uma indústria 
localizada em Jaraguá do Sul (SC), que produz os mais variados tipos de 
biscoitos. Durante o período de 19 de janeiro a 20 de março de 2015, atuei 
principalmente no setor de controle de qualidade e de desenvolvimento de 
novos produtos, sob a orientação da gerente industrial da empresa, a 
engenheira de alimentos Larissa Franzner da Silva. 
 
2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 
 A Arco-Íris Alimentos LTDA é uma empresa fundada em 1985 por Márcia 
Franzner da Silva e Emílio da Silva Neto, localizada em Jaraguá do Sul – SC 
(Figura 1). A indústria funciona durante o ano todo, fabricando os mais diversos 
produtos (Figura 2), classificados em cinco linhas: biscoitos, pães de mel, kids, 
matinal e especial. 
 Na linha de biscoitos estão os biscoitos amanteigados (leite, coco, aveia 
e mel, chocolate com amendoim, três chocolates e banana nevada com 
canela); casadinho (morango); cookies Premium (confetes e gotas de 
chocolate); e biscoitos cobertos com chocolate (Seducción e do tipo suíço). 
Dentre os pães de mel estão a linha tradicional; a linha especial (integral, light, 
panetone com frutas, dois amores, festa); e os recheados (doce de leite e 
morango). 
6 
 
Figura 1 – Empresa Arco-Íris Alimentos LTDA 
 
 
 Na linha de biscoitos estão os biscoitos amanteigados (leite, coco, aveia 
e mel, chocolate com amendoim, três chocolates e banana nevada com 
canela); casadinho (morango); cookies Premium (confetes e gotas de 
chocolate); e biscoitos cobertos com chocolate (Seducción e do tipo suíço). 
Dentre os pães de mel estão a linha tradicional; a linha especial (integral, light, 
panetone com frutas, dois amores, festa); e os recheados (doce de leite e 
morango). 
Figura 2 – Linha de Produtos Arco-Íris Alimentos 
 
 
7 
 
 Os matinais abrangem os melados de cana; e a linha kids, biscoitos de 
leite, chocolate, e leite condensado com flocos, em formatos divertidos. A linha 
especial é composta de pães de mel e biscoito produzidos especialmente para 
datas festivas, como Páscoa, Dia das Mães e Natal. 
 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 Durante as primeiras semanas de estágio, pude me familiarizar com o 
sistema de fabricação da empresa, seus produtos, funcionários e gestores. 
Tive a oportunidade de analisar os registros anteriores e verificar o andamento 
de diversos projetos; principalmente na área de qualidade, que é a implantação 
do sistema APPCC e métodos de controle e análise dos processos. 
 Logo nos primeiros dias, realizei testes com três variedades de 
chocolate para cobertura de biscoitos e pães de mel, advindo de um novo 
fornecedor. O objetivo era verificar a qualidade das matérias-primas, para uma 
possível substituição pela nova marca, através da manufatura em pequena 
escala de pães de mel com as diferentescoberturas e posterior análise 
sensorial das amostras. 
 Durante as semanas seguintes, fiz o acompanhamento habitual da 
produção, principalmente com a realização de inspeção dos produtos por 
atributos, bem como cálculos da produtividade das máquinas de corte à fio dos 
biscoitos, e participei de alguns projetos, que serão descritos adiante. 
 
3.1. Normas técnicas 
 Conforme me familiarizava com o acompanhamento habitual da 
produção, com a realização de inspeção dos produtos por atributos e do peso 
das embalagens por amostragem, bem como o registro de rastreabilidade das 
matérias primas, foram percebidas algumas falhas no sistema de registro e, 
portanto, fez-se necessário o ajuste de algumas das normas internas, a fim de 
melhorar o processo de controle. 
 Fiz modificações nos documentos que se seguem: 
 Norma Técnica Básica Geral 01 (TBG-01) – Pesos e Volumes de 
Produtos: correção dos critérios para aprovação do lote e exemplo 
demonstrado, com base na norma do INMETRO nº248/2008. 
8 
 
 Normas Técnicas Operacionais (TOP): TOP-39 – Preparação de 
Biscoitos Amanteigados; TOP-40 – Preparação de Biscoitos Estampados; 
TOP-41 – Preparação de Biscoitos Pingados; TOP-42 – Preparação de Pães 
de Mel: atualização das planilhas das formulações. 
 Registros de Rastreabilidade (RAS): RAS-5e – Pão de Mel Festa; RAS -
5f – Pães de Mel Dois Amores; RAS-7c – Kids Leite Condensado e Flocos; 
RAS-9e – Banana Nevada; RAS-13 – Melado de Cana: inserção de 
ingredientes faltantes. RAS-1a – Biscoito de Mel Tradicional; RAS-1b – Biscoito 
de Mel Integral; RAS-1c – Biscoito de Mel Light; RAS-1d – Biscoito de Mel 
Panetone com Frutas: criação. 
 Registros de Inspeção (RI): RI-1a – Biscoito de Mel; RI-1b – Biscoito de 
Mel Integral; RI-1c – Biscoito de Mel Light; RI-1d – Biscoito de Mel Panetone 
com Frutas; RI-5a – Pão de Mel tradicional: criação e correção de parâmetros. 
 Planos de Amostragem (PAM): PAM-1a – Biscoito de Mel; PAM-1b – 
Biscoito de Mel Integral; PAM-1c – Biscoito de Mel Light; PAM-1d – Biscoito de 
Mel Panetone com Frutas: criação. 
 
3.2. Desenvolvimento de Novos Produtos 
 Devido à alta concorrência, grande número de produtos e ao 
consumidor, que está cada vez mais exigente em relação à qualidade dos 
produtos consumidos, as empresas precisam estar sempre à frente para não 
manter seu espaço no mercado. É necessário, portanto, que estejam 
atualizadas tecnologicamente para manter o melhor nível de eficiência 
possível. 
 Para garantir um nível de qualidade confiável, a pesquisa do mercado é 
essencial. Os dados coletados são classificados em necessidades de novos 
produtos e necessidades de melhorias em produtos existentes. As 
necessidades de novos produtos são verificadas com o planejamento da 
empresa e estudos da previsão de mudanças mercadológicas, com os 
movimentos dos concorrentes, com as normas requeridas e com a análise dos 
custos. Antes que se inicie o projeto, protótipos são testados intensivamente e 
avaliados através de vários métodos de análise de falhas, assegurando a 
segurança e a confiabilidade do produto para estar em harmonia com o 
9 
 
mercado (FALCONI, 1999). 
 O aumento da renda e do poder de compra da população incentiva a 
criação de produtos mais sofisticados, com maior valor agregado. O 
desenvolvimento de novos produtos na Arco-Íris visa à ampliação de seu 
portfólio de produtos e à inovação perante seus clientes, mantendo sempre a 
alta qualidade, característica notável em todos os produtos desta empresa. 
 
3.2.1. Biscoitos Salgados 
 Um dos equipamentos disponíveis na fábrica é uma máquina que 
modela os biscoitos por estapagem, chamada Janssen. Atualmente, produz 
apenas os biscoitos do tipo Kids, e é de interesse da empresa, além de 
aumentar a utilização deste equipamento, seguir a linha de biscoitos salgados. 
 Para isto, foi realizado um longo estudo acerca das mais diversas 
formulações de biscoitos, para encontrar a melhor formulação para a Janssen, 
visto que é de grande dificuldade atingir o ponto de massa ideal para ser 
processado neste equipamento sem problemas. Destes estudos, foram 
realizados testes com somente algumas das formulações, que seguem abaixo. 
3.2.1.1. Formulação F7 – Provençal Sablés 
 Foram estudadas diversas formulações de biscoitos salgados (estilo 
sablét), e a partir deste estudo, gerado um documento (“Formulação de 
Biscoito Salgado”, disponível no sistema interno da empresa), onde estão 
descritas 10 formulações. Foi realizado um teste com a formulação de número 
7, Provençal sablés, no dia 05 de março. 
 O biscoito não passou bem devido talvez à grande quantidade de 
alecrim presente, e sua aparência não ficou muito ideal (compacta e 
umedecida). Aroma muito forte de alecrim, e o queijo ficou imperceptível. Uma 
sugestão de melhoria é diminuir consideravelmente a quantidade de alecrim, 
talvez melhore o corte, e fique um tanto mais seca, visto a grande quantidade 
de óleo presente nesta erva. 
3.2.1.2. Formulação Kümmel-Käsegebäck 
 Esta formulação foi retirada do manual da máquina Janssen,e testada 
10 
 
dia 12 de março. A massa não passou bem na Janssen, mesmo após o 
aquecimento da máquina. A massa crua grudava muito nos rolos, e o corte foi 
prejudicado. Foram feitos biscoitos à mão para testar o sabor. 
 A aparência dos biscoitos era de úmida, e havia pequenos pontos em 
laranja devido ao queijo torrado no forno. Possuía um forte aroma de queijo, 
que causava certa “aspereza” ou “ardência” na garganta. Como sugestão, 
diminuir a quantidade de queijo, e aumentar a quantidade de farinha (ou 
diminuir a quantidade de gordura) para ter um corte melhor na máquina. 
3.2.1.3. Formulação Duas Rodas 
 Nas últimas páginas do livro de Normas Operacionais Padrão para as 
formulações, que fica na sala de massas, há algumas formulações antigas da 
Mathedi (fábrica de geleias inativa) e Arco-Íris, entre elas, duas formulações de 
biscoito salgado. 
 Uma delas, titulada Formulação Janssen, é bastante parecida com 
Kümmel-Käsegebäck. Seu teste foi programado porém, infelizmente, não pode 
ser realizado devido à não conciliação do período de estágio e do cronograma 
de produção da fábrica, visto que os testes são realizados quando há baixa 
produção de biscoitos. A segunda fórmula, Formulação Duas Rodas, é um 
tanto mais complexa que a primeira. Foi decidido realizar teste com esta 
formulação, por ser diferenciada do que já tentamos e por termos todos os 
ingredientes na fábrica. 
 O teste foi realizado dia 19 de março, e como resultado, um biscoito 
saboroso, porém a massa não passou na Janssen, mesmo adicionando 1kg a 
mais de farinha de trigo na formulação. Talvez, para os próximos testes, se 
diminuir a quantidade de gordura na massa, o processamento ficaria facilitado. 
3.2.1.4. Formulação TOP-20 
 Ao revisar as normas de fabricação de biscoitos, encontrou-se numa 
antiga norma a formulação de biscoito salgado já em desuso pela fábrica. 
Resolveu-se fazer um teste com esta formulação, pois, visto que já estava em 
uma das antigas normas, a chance de sucesso era grande. 
 O primeiro teste foi realizado dia 12 de março, e o resultado foi 
11 
 
surpreendente. A massa passou maravilhosamente bem na Janssen, o ponto 
de massa é perfeito (“massa podre” bastante esfarelada, lembrando farofa). 
Entretanto, o biscoito ficou pouco salgado, e mal se notou o aroma de azeite de 
oliva. Em outra forma foi polvilhado sal grosso, e o biscoito ficou interessante. 
Como sugestão, polvilhar sal marinho sobre os biscoitos conformados, como 
finalização, ainda antes de ir ao forno. Desta maneira, o biscoito fica saboroso 
sem precisar modificar a formulação. 
 Para o segundo teste, realizado dia 19 de março, foi corrigido o fator do 
sal na formulação, e acrescentado orégano e aroma de azeite de oliva. A 
massa ficou com uma textura ótima, passou muito bem na Janssen, e o 
biscoito ficou muito saboroso, emboratalvez com um pequeno excesso de sal. 
A sugestão é seguir esta formulação e modificar os aromas, com aditivos 
alimentares, como por exemplo, bacon, pizza, cebola e salsa, etc. 
3.2.1.5. Biscoito Salgado Dukan 
 Do exterior foi trazida uma amostra de Biscoito Salgado de Farelo de 
Aveia, da marca Dukan. O objetivo é fazer um biscoito parecido, portanto os 
ingredientes utilizados no biscoito foram retirados do rótulo da embalagem e 
foram definidas quantidades para cada ingrediente. Na formulação original é 
utilizado hidróxido de sódio como corretor de acidez, o que foi modificado para 
bicarbonato de sódio (que também está disponível na fábrica). 
 Esta experiência também, infelizmente, não pode ser realizada, porém a 
formulação foi detalhada e está pronta para ser testada. 
3.2.1.6. Biscoito Salgado Cortado À Fio 
 Após uma visita técnica à uma fábrica da região, foram obtidas amostras 
de biscoitos salgados em desenvolvimento na empresa Vitalin (biscoitos sem 
glúten). Através de troca de informações, surgiu a ideia de que os biscoitos não 
precisam ser necessariamente estampados, também é possível fazê-los na 
máquina a fio, com espessura mínima. 
 A sugestão é de utilizar alguma das formulações que não passaram bem 
na Janssen e testar na máquina de corte à fio, para verificar a espessura 
mínima que as máquinas disponíveis na Arco-Íris conseguem passar. Se for de 
12 
 
uma espessura razoável, torna-se uma alternativa de produção, até que 
desenvolva-se com perfeição uma formulação para a Janssen. 
 
3.2.2. Biscoito Equilibrar Comendo 
 A empresa Equilibrar Comendo está interessada em terceirizar a 
produção de seus biscoitos com a Arco-Íris e, portanto o objetivo é produzir 
biscoitos similares ao padrão (três diferentes sabores). A dificuldade está na 
formulação que nos foi repassada, que aparenta não ser exatamente a que é 
utilizada na fabricação destes biscoitos. A maior dificuldade está em dosar a 
quantidade de adoçante, para que a textura e sabor do biscoito fique o mais 
próximo possível dos biscoitos que já são vendidos por essa empresa. 
3.2.2.1. Biscoito Coco com Nozes 
 Dia 10 de fevereiro foi feito um teste com a formulação que nos foi dada 
via email pela empresa Equilibrar Comendo. A massa não aparentava estar no 
ponto certo, portanto foram feitas pequenas adições de ingredientes na 
formulação original. 
 A massa passou bem na cortadeira, porém o biscoito ficou nada 
característico com a amostra. Biscoito bastante fibroso e com bastante gosto 
residual de adoçante (sucralose). 
 Um segundo teste foi programado, mas infelizmente não pode ser 
realizado durante meu período de estágio. A formulação ficou adequada 
utilizando-se, ao invés de edulcorantes, açúcar de coco. 
3.2.2.2. Biscoito Panetini com Queijo 
 Este teste também foi realizado dia 10 de fevereiro, e esta formulação foi 
a mais condizente com o padrão. O sabor ficou próximo da amostra, porém 
faltou aroma e a textura ficou muito mais suave (menos crocante) que o 
padrão. Como sugestão, aumentar o tempo de cozimento, ou diminuir a 
quantidade de água na formulação. 
13 
 
3.2.2.3. Biscoito Cacau e Aveia 
 Foi decidido focar primeiramente nos testes do biscoito sabor cacau e 
aveia, pelo fato de a empresa possuir a grande maioria dos ingredientes para 
sua fabricação. O primeiro teste foi realizado dia 10 de fevereiro, utilizando 
adoçante sucralose. A massa ficou num ponto bom para cortadeira, talvez 
devido ao desenvolvimento do glúten, que foi batido juntamente com a 
manteiga e a água (creme). Biscoito ficou esfarelado e com gosto residual de 
adoçante muito forte. 
 O segundo teste foi realizado dia 12 de março, para uma quantidade 
menor de massa ser cortada à mão. Desta vez foi utilizado um blend de 
edulcorantes – Litesse (nome comercial para polidextrose), Lactitol (nome 
comercial para maltitol) e SSC (nome comercial para blend de sacarina sódica, 
glicosídeos de esteviol e ciclamato de potássio) –, com algumas modificações 
nas farinhas utilizadas. A massa ficou num ponto bom, porém o biscoito ficou 
com cor mais escura que o padrão, menos crocante e com gosto residual 
extremamente forte de adoçante. 
 No dia seguinte, foram realizados mais quatro testes, para uma 
quantidade mínima de massa, variando somente o tipo de adoçante utilizado. 
No teste 3 foi utilizado Litesse, Lactitol e CSuSa (nome comercial para blend de 
ciclamato de potássio, sucralose e sacarina sódica); a massa ficou com boa 
textura porém o biscoito ficou pouco crocante, cor mais escura que o padrão e 
predominante sabor e aroma residual de adoçante. 
 No teste 4 foi utilizado apenas SSC (esteviol, sacarina e ciclamato); a 
massa ficou boa para corte, biscoito próximo ao padrão no quesito crocância, 
porém o aroma e sabor residual de adoçante ainda era bastante perceptível. 
 Já no quinto teste, foi utilizado apenas Litesse e Lactitol; a massa ficou 
bastante pegajosa, e depois de assada, bastante quebradiça. Pouco gosto 
residual de adoçante, mas ainda notável, além de forte amargor (resultado 
talvez da quantidade de cacau alcalino utilizada). 
 O sexto teste foi realizado com Lactitol e SSC (esteviol, sacarina e 
ciclamato); a massa ficou num ponto bom de corte, o biscoito ficou crocante, 
mas ainda percebia-se um residual metálico de adoçante. 
14 
 
 Notou-se que todos os biscoitos ficaram com cor muito mais escura que 
o padrão, então, como sugestão, talvez deva-se diminuir (ou excluir) o cacau 
alcalino da formulação, assim diminuiria também o amargor. O “melhor” 
biscoito no quesito sabor foi o teste de número 5, porém em crocância, foi o 
teste de número 4. Talvez num próximo teste, deva-se considerar repetir o 
teste de número 5, porém aumentar a quantidade do veículo (aveia, trigo) para 
diminuir o sabor residual e aumentar crocância. Também deve se considerar 
repetir o teste de número 4 e 6, porém reduzir a quantidade do adoçante 
utilizado. 
 Os testes não puderam ser finalizados durante meu período de estágio, 
porém, após mais algumas experiências na empresa, uma adequação foi 
realizada através da troca do edulcorante pelo açúcar de coco. 
 
3.2.3. Biscoitos Doces – Nova Linha de Produtos 
 Devido às razões citadas anteriormente, é de fundamental importância 
incentivar a inovação na empresa para atender as exigências dos 
consumidores e, para este fim, foram desenvolvidos dois novos biscoitos: 
cookie de cranberry com gotas de chocolate branco e biscoito amanteigado 
com raspas de limão. 
3.2.3.1. Biscoito Amanteigado com Raspas de Limão 
 Foi desenvolvida uma formulação de biscoito amanteigado a partir dos já 
existentes, modificando o aroma. No primeiro teste foi utilizado limão 
desidratado e aroma de limão. A textura da massa ficou boa para o corte à 
mão, porém o biscoito ficou com sabor pouco característico. 
 No segundo teste, foi dobrada a quantidade de aroma de limão, mas 
ainda assim ficou com pouco aroma. A textura da massa e a crocância do 
biscoito continuou ótima. Já no terceiro teste foi realizado um piloto, onde a 
quantidade de aroma de limão foi drasticamente aumentada. A massa foi 
cortada na pingadeira sem problemas, e os biscoitos ficaram perfeitos (ótima 
crocância, cor, sabor e aroma), prontos para entrarem no mercado. 
 Como sugestão, amolecer mais a massa (talvez acrescentar nata em 
substituição de parte da gordura) para diminuir a pressão utilizada na 
15 
 
pingadeira, e melhorar os parâmetros por questão de segurança no 
funcionamento do equipamento. 
3.2.3.2. Cookie Premium de Cranberry com Gotas de Chocolate 
Branco 
 A formulação dos cookies foi baseada na formulação dos cookies já 
existentes, e o primeiro teste foi realizado dia 23 de fevereiro. A massa ficou 
com uma boa textura, e o biscoito ficou bem aromatizado e muito saboroso. O 
corte foi feito com saco de confeiteiro, portanto foi preciso produzir uma 
quantidade maior de massa paratestar na máquina a fio. Esta segunda massa 
passou sem problemas algum no equipamento. Portanto, técnica e 
sensorialmente o produto foi aprovado, porém, ao fazer o custo do biscoito, 
ficou muito acima do custo dos outros cookies. 
 Estudou-se então se seria válido manter o biscoito desta forma e diluir o 
custo nos outros biscoitos (para o valor de mercado não ficar muito superior 
aos outros biscoitos da linha) e, simultaneamente, foi realizado mais um teste, 
diminuindo a quantidade de gotas e cranberry por cookie em 17%. 
 Este segundo teste foi realiado em pequena escala, e concluiu-se que 
esta nova quantidade de gotas e cranberry baixa o custo consideralvemente e 
não lesa o consumidor conforme os padrões estabelecidos pela empresa (ao 
mínimo, duas gotas e duas cranberries aparentes por cookie). 
 Sendo assim, o cookie de cranberry com gotas de chocolate branco está 
pronto para ir ao mercado, faltando finalizar apenas a arte da embalagem. 
 
3.3. Pesquisa de Embalagem 
 Durante o decorrer do estágio, realizei algumas pesquisas e orçamentos 
ara troca da embalagem de melado, pois acreditamos que com mudança de 
acondicionamento, as vendas aumentarão, visto que uma nova embalagem 
traria um ar de sofisticação para o melado de cana. 
 Foi realizado então, o contato com fornecedores do país inteiro, e, 
dentre as diversas opções, selecionamos as 3 principais. Uma embalagem de 
um fornecedor já conhecido, porém com um alto custo; uma segunda 
embalagem de um fornecedor da região, com custo razoável, porém de 
16 
 
empresa desconhecida; e a terceira opção, uma embalagem bastante 
sofisticada e inovadora no país (uma única empresa detém o poder de venda 
deste produto), do tipo top-down (inversa), e tampa com válvula de silicone do 
tipo SimpliSqueeze (Figura 3), por um custo razoável, porém, com condições 
de pagamento bastante rígidas. 
Figura 3 – Embalagem tipo top-down e tampa com válvula de silicone 
 
O fluxo do produto é facilmente controlado ao apertar o frasco(a) e o jato é interrompido assim 
que cessa a pressão(b). Não há riscos de vazamento, até mesmo quando o frasco é deixado 
aberto de cabeça-para-baixo. Fonte: Aptar. 
 Apesar de ser um novo fornecedor, a empresa transpassa bastante 
confiança, o produto da Arco-Íris ficou com uma ótima aparência (indicando 
que irá atingir o objetivo, que é o público classe A); logo, a tendência era de a 
terceira opção ser escolhida. Entretanto, entrou um novo investimento em 
longo prazo relacionado à esta embalagem: uma seladora por indução, visto 
que todos os produtos na Arco-Íris atualmente são selados por pressão. 
 Foram realizadas então novas cotações acerca de seladoras por 
indução, cujo custo varia consideravelmente, de região para região. Há 
variações também relacionadas ao porte do equipamento, mas foi consenso 
que para o nível de automação atual da fábrica, uma seladora semi-automática 
(ou até mesmo manual) seria o suficiente. 
 Portanto, a discussão acerca de custos/benefícios e tempo de retorno do 
investimento foi repassada à diretoria e, infelizmente, durante meu período de 
estágio, não pude presenciar a conclusão da análise. 
 
3.4. Produtos Sem Glúten 
 A fábrica possui um complexo com maquinário e equipamentos que foi 
17 
 
projetado para a fabricação de geleias (da marca Mathedi) e que atualmente 
está fora de linha. Para não deixar toda esta infraestrutura parada, planeja-se 
criar uma nova linha de biscoitos e pães de mel sem glúten, visto que há um 
forte crescimento do consumo deste tipo de alimento. Portanto, iniciei 
pesquisas referentes à legislação fabril, estruturas e procedimentos para 
fabricação de produtos voltados ao público com doença celíaca, baseando-me 
nas resoluções e normas da ANVISA e institutos afins. 
 Com o estudo verificou-se que, para fabricar biscoitos sem glúten 
concomitantemente aos biscoitos com glúten, a fábrica precisaria de grandes 
mudanças, tanto estruturais quanto nos processos, visto que a produção de 
alimentos sem glúten deve ser encarada com o máximo de cuidado e 
seriedade. 
 Foi então elaborado um documento citando as políticas e procedimentos 
que deveriam ser rigorosamente seguidos para evitar a contaminação cruzada 
em uma instalação não-exclusiva, e a partir da literatura, formulada uma lista 
de verificação de boas práticas de fabricação (BPF) e procedimentos 
operacionais padrão (POP) (ANEXO 1) para indústria de alimentos sem glúten, 
além de ações corretivas para algumas das possíveis não conformidades e 
plano de gerenciamento pras mesmas, instruções de trabalho e check lists para 
serem aplicados mensalmente. 
 Após todo este estudo, foram elaboradas três versões de layout, para 
serem implementadas em curto, médio e longo prazo (ANEXO 2), caso a 
diretoria decida que a fábrica possui as condições necessárias para começar a 
produção de biscoitos sem glúten. Para o processo ser o melhor possível, será 
necessária uma mudança profunda na logística da empresa, bem como o 
investimento em equipamentos e utensílios, porém, acima de tudo, um forte 
treinamento com os colaboradores, para que eles compreendam a importância 
da higienização realizada corretamente, principalmente no que compete à 
alimentos sem glúten. 
 
18 
 
4. COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES 
 A realização de estágio, tanto obrigatório quanto não obrigatório traz um 
aprendizado enorme para o graduando, e tem importância fundamental para a 
formação profissional. 
 Realizar este estágio foi extremamente proveitoso e gratificante, de 
importância imensurável para meu crescimento profissional e pessoal. Pude 
aprender muito com profissionais qualificados, e também com os 
colaboradores, que possuem grande conhecimento acerca dos equipamentos e 
processos do dia-a-dia da fábrica. 
 Pude conhecer melhor alguns equipamentos presentes na indústria de 
panificação, e aplicar diversos conhecimentos adquiridos durante a graduação 
com disciplinas como “Controle de Qualidade na Indústria de Alimentos”, 
“Higiene e Legislação de Alimentos”, “Processos da Indústria de Alimentos”, 
“Análise Sensorial” e “Análise de Alimentos”. Dentre as atividades, também tive 
a oportunidade de lidar com diversas situações presentes no cotidiano da 
empresa, como a manutenção de boas relações entre colaboradores, clientes e 
fornecedores. 
 Notou-se que há certa resistência por parte dos colaboradores em seguir 
corretamente os BPF’s, como o hábito de preencher as planilhas de registro. É 
importante conscientizar constantemente os colaboradores a seguirem regras 
adequadas para a manipulação dos alimentos, para que assim, a 
contaminação seja evitada e os produtos mantenham o alto padrão de 
qualidade. 
 De fato, neste estágio, mesmo que tenha durado um curto período de 
tempo, a experiência adquirida foi bastante expressiva. Poder aperfeiçoar e 
desenvolver minhas habilidades como profissional me foi bastante significativo, 
me trouxe muita autoconfiança para realizar tomadas de decisão e isto, em um 
futuro próximo, irá fazer a diferença em um mercado tão competitivo. 
 
19 
 
5. REFERÊNCIAS 
APTAR. SimpliSqueeze®: For cleaner dispensing. Disponível em: 
<http://www.aptar.com/food-beverage/food/our-technologies/simplisqueeze>. 
Acesso em: 10 de fevereiro de 2015. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 10005: 
Gestão de qualidade – Diretrizes para planos de qualidade. Rio de Janeiro, 
1997. 
BICUDO, Milene O. P; et al. Avaliação do atendimento às boas práticas de 
fabricação relacionada à possível contaminação acidental por glúten em uma 
Unidade de Fabricação de Produtos Panificados. Segurança Alimentar e 
Nutricional, Campinas, v.20, n.1, pps.96-110, 2013. Disponível em: 
<http://www.unicamp.br/nepa/arquivo_san/volume_20_1_2013/20-1_artigo-
8.pdf> Acesso em 11/02/2015. 
BRASIL. Resolução ANVISA n.º 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre 
o Regulamento Técnico de ProcedimentosOperacionais Padronizados 
aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a 
Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos 
Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 23 
de outubro de 2003. Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/wps 
/wcm/connect/dcf7a900474576fa84cfd43fbc4c6735/RDC+N%C2%BA+275,+D
E+21+DE+OUTUBRO+DE+2002.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em 
11/02/2015. 
BRASIL. Lei No 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga a que os produtos 
alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como 
medida preventiva e de controle da doença celíaca. Diário Oficial da União, 
Brasília, 19 de maio de 2003. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.674.htm>. Acesso em 
11/02/2015 
FALCONI, Vicente. et al. TCQ – Controle da qualidade total (no estilo 
japonês). Editora de Desenvolvimento Gerencial. Belo Horizonte, 1999.
20 
 
6. ANEXOS 
Anexo 1-A – Lista de Verificação de Boas Práticas de Fabricação 
Requisitos Sim Não 
1 EQUIPAMENTOS, MAQUINÁRIOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 
1.1 Equipamentos e maquinários (batedeira planetária, sistema de injeção por pressão, forno 
elétrico tipo prensa): 
1.1.1 
Equipamentos da linha de produção em número suficiente e apropriado ao tipo de 
operação utilizada. 
 
1.1.2 
Dotados de superfícies de contato com alimentos: lisas, íntegras, impermeáveis, 
resistentes à corrosão, de fácil higienização e de material não contaminante. 
 
1.1.3 Dispostos de forma a permitir fácil acesso e higienização adequada. 
1.1.4 
Com desenho que permita uma fácil limpeza, sanificação e desmontagem, quando 
necessário. 
 
1.1.5 Em adequado estado de conservação, funcionamento e limpeza. 
1.2 Móveis (mesas, bancadas, estantes): 
1.2.1 Em número suficiente, de material apropriado, resistentes, impermeáveis. 
1.2.2 Em adequado estado de conservação, com superfícies íntegras. 
1.3 Utensílios: 
1.3.1 
Material não contaminante, resistentes à corrosão, de tamanho e forma que 
permitam fácil higienização. 
 
1.3.2 Em número suficiente e apropriado ao tipo de operação utilizada. 
1.3.3 Em adequado estado de conservação. 
1.3.4 
Armazenados em local apropriado, de forma organizada e protegidos contra a 
contaminação por glúten. 
 
1.4 Higienização dos equipamentos e maquinários, móveis e utensílios: 
1.4.1 
Procedimentos e rotinas escritos (incluindo concentração e tempo) e disponíveis 
aos responsáveis pela limpeza e sanificação. 
 
1.4.2 
Limpeza e sanificação que garantam a higiene dos equipamentos, maquinários, 
móveis e utensílios. 
 
1.4.3 
Frequência de higienização adequada; as bancadas e mesas de apoio são 
higienizadas ao término de cada lote de produção. 
 
1.4.4 Existência de um responsável pela operação de higienização. 
1.4.5 Existência de registros que comprovem a higienização. 
1.4.6 Existência de um controle da diluição da solução de detergente ou sanificante. 
1.4.7 Produtos de higienização identificados e guardados em local adequado. 
1.4.8 
Produtos utilizados na higienização dos equipamentos são regularizados pelo 
Ministério da Saúde. 
 
2. PRODUÇÃO DO ALIMENTO 
2.1 Matérias-primas, ingredientes e embalagens: 
2.1.1 
Matéria-prima e ingrediente com procedência controlada e de fornecedores 
autorizados. 
 
21 
 
2.1.2 
A cada novo lote de matéria-prima adquirido, os fornecedores entregam laudo de 
análises, incluindo determinação de glúten para as matérias-primas isentas de 
glúten. 
 
2.1.3 
Existência de procedimento de boas práticas para transporte da matéria-prima e 
ingrediente de forma a impedir a contaminação com outros cereais (trigo, centeio, 
cevada e aveia) e garantir a proteção das embalagens contra alteração e danos; 
há registro desses procedimentos. 
 
2.1.4 
As operações de carga e descarga são realizadas em local protegido e isolado da 
área de processamento. 
 
2.1.5 
Operações de recepção da matéria-prima e ingredientes sem glúten são feitas em 
local distinto da matéria-prima e ingredientes com glúten. 
 
2.1.6 
Armazenamento em local ventilado e organizado; sobre estrados distantes do 
piso, ou sobre pallets, bem conservados e limpos, ou sobre outro sistema 
aprovado, afastados das paredes e distantes do teto de forma que permita fácil 
limpeza e circulação de ar; em bom estado de conservação e limpeza. 
 
2.1.7 
As matérias-primas e ingredientes com glúten são armazenados separados das 
matérias-primas e ingredientes sem glúten. 
 
2.1.8 
No armazenamento a matéria-prima e ingrediente são separados por tipo ou 
grupo, no sistema PEPS e PVPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai e Primeiro 
que Vence Primeiro que Sai). 
 
2.1.9 
A matéria-prima, ingredientes e insumos são protegidos contra pragas ou contra 
contaminantes químicos, físicos ou microbiológicos ou substâncias indesejáveis. 
 
2.1.10 Embalagens e rótulos da matéria-prima e ingredientes adequados à legislação. 
2.1.11 Acondicionamento adequado das embalagens dos produtos a serem processados. 
2.2 Fluxo de produção: 
2.2.1 Locais para pré-preparo isolados da área de preparo por barreira física ou técnica. 
2.2.2 Controle da circulação e acesso do pessoal. 
2.2.3 
Retirada frequente dos resíduos e rejeitos das salas de produção, sem acúmulos 
dos mesmos, evitando esse procedimento durante a manipulação. 
 
2.2.4 
Ordenado, linear, unidirecional, sem cruzamento de etapas de processo ou entre 
as linhas de produção. 
 
2.2.5 
Os alimentos são manipulados em temperatura ambiente e em linhas de produção 
específica para cada grupo de produto (com glúten e sem glúten). 
 
2.2.6 Conservação adequada de materiais destinados ao reprocessamento. 
2.3 Preparo do alimento: 
2.3.1 
A formulação está descrita e disponível, contendo informações como identificação 
e quantidade de ingredientes. 
 
2.3.2 
Os ingredientes utilizados no processo são permitidos para uso em alimentos e 
possuem especificações que cumprem com os requisitos legais para produtos 
isentos de glúten. 
 
2.3.3 
As operações de pesagem dos ingredientes e de preparo do alimento são 
realizadas em condições que excluem a possibilidade de contaminação por outros 
tipos de cereais (trigo, centeio, cevada ou aveia). 
 
2.4 Embalagem e rotulagem do produto final: 
2.4.1 Acondicionado em embalagens adequadas e íntegras. 
22 
 
2.4.2 
O alimento contém em seu rótulo, obrigatoriamente, as inscrições "contêm glúten" 
ou "não contém glúten", conforme o caso. 
 
2.4.3 
Dizeres de rotulagem com identificação visível e de acordo com a legislação 
vigente, incluindo a rotulagem nutricional. 
 
2.4.4 
O acondicionamento dos produtos sem glúten em embalagens é realizado em 
condições que impedem a possibilidade de contaminação por outros tipos de 
cereais (trigo, centeio, cevada ou aveia). 
 
2.5 Estocagem do produto final: 
2.5.1 
Produto acabado é armazenado sobre estrados distantes do piso, ou sobre 
pallets, bem conservados e limpos ou sobre outro sistema aprovado, afastados 
das paredes e distantes do teto de forma que permita fácil limpeza e circulação de 
ar; em bom estado de conservação e limpeza. 
 
2.5.2 
Produto acabado sem glúten é armazenado de forma separada do produto 
acabado com glúten, de maneira a impedir qualquer contaminação. 
 
2.5.3 
Produto avariado, com prazo de validade vencido, insumos rejeitados são 
separados, identificados, fechados e armazenados em local apropriado, de forma 
organizada e limpa, até a sua destinação final, de maneira a não resultar na 
contaminação da matéria-prima. 
 
2.6 Controle de qualidade do produto final: 
2.6.1 Existência de controle de qualidade do produto final. 
2.6.2 
Existência de laudo laboratorial atestando o controle de qualidade do produto final, 
assinado pelo técnico da empresa responsávelpela análise ou expedido por 
empresa terceirizada. 
 
2.7 Transporte do Produto final: 
2.7.1 
Veículo limpo, com cobertura para proteção de carga, mantendo a integridade do 
produto; não são transportadas substâncias contaminantes. 
 
2.7.2 Produto é transportado sem contato com outros alimentos contendo glúten. 
2.7.3 Veículo não transporta outras cargas que comprometam a segurança do produto. 
3 DOCUMENTAÇÃO 
3.1 Manual de Boas Práticas de Fabricação: 
3.1.1 
Existência de Manual de Boas Práticas de Fabricação que descreva os 
procedimentos adotados no estabelecimento. 
 
3.1.2 
Rotinas escritas para operações principais da produção/manipulação e 
higienização. 
 
3.2 Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) – Higienização das Instalações, 
equipamentos, móveis e utensílios: 
3.2.1 Existência de POP estabelecido para este item. 
3.2.2 POP descrito está sendo cumprido. 
3.3 Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) – Higienização das superfícies: 
3.3.1 Existência de POP estabelecido para este item. 
3.3.2 POP descrito está sendo cumprido. 
3.4 Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) – Controle contra contaminação cruzada: 
3.4.1 Existência de POP estabelecido para este item. 
3.4.2 O POP descrito está sendo cumprido 
23 
 
Anexo 1-B – Procedimentos Operacionais Padronizados 
 
POP nº 1: Qualidade da água 
Uso da água Tratamento Frequência 
Monitoramento e 
Medidas Corretivas 
Responsável 
Limpeza e 
sanitização 
de utensílios, 
equipamentos
, pisos e 
paredes 
- Sanitizar utensílios e 
superfícies de contato 
com água clorada 150 
ppm e pisos e paredes 
com 200 ppm. 
- Ao término de 
cada lote de 
produtos 
elaborados com 
farinha de trigo. 
- Realizar análises 
microbiológicas 
periódicas na água; 
- Realizar análise 
de cloro residual na 
água. 
- Supervisor de 
produção; 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade. 
POP nº 2: Higiene das instalações, equipamentos, móveis e utensílios 
Superfície de 
Contato 
Tratamento Frequência 
Monitoramento e 
Medidas Corretivas 
Responsável 
Bancadas de 
aço inox e 
material 
polimérico 
- Limpar completamente 
superfícies internas e 
externas; 
- Retirar todo resíduo de 
produto (massa ou 
qualquer outro) com 
escova ou raspa, caso 
esteja seco; 
- Lavar com detergente 
neutro para remover 
resíduos de farinha de 
trigo e esfregar com 
esponja para remoção 
total; 
- Se necessário, deixar os 
utensílios em imersão na 
solução detergente por 
cerca de 30 minutos; 
- Sanitizar com solução 
clorada 200 ppm. 
- Ao término de 
cada lote de 
produtos 
elaborados com 
farinha de trigo. 
- Realizar inspeção 
visual; 
- Preencher o 
registro de controle 
diário de limpeza e 
saneamento ao 
término da tarefa. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade; 
- Supervisor de 
produção 
Paredes e 
pisos 
- Retirar todo resíduo de 
produto com água ou 
varrer o piso se estiver 
seco; 
- Lavar a superfície a ser 
higienizada com 
detergente neutro para 
remover resíduos de 
farinha de trigo e esfregar 
com escova, vassoura ou 
fibra conforme a 
necessidade; 
- Sanitizar com solução 
clorada 200 ppm. 
- Ao término de 
cada lote de 
produtos 
elaborados com 
farinha de trigo. 
- Realizar inspeção 
visual; 
- Preencher o 
registro de controle 
diário de limpeza e 
saneamento ao 
término da tarefa. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade; 
- Supervisor de 
produção. 
 
 
 
 
24 
 
POP nº 3: Prevenção da contaminação cruzada no alimento e outros utensílios 
Veículo 
Contaminante 
Tratamento Frequência 
Monitoramento e 
Medidas Corretivas 
Responsável 
Área de 
armazename
nto de 
matéria-prima 
- Armazenar matéria-
prima e ingredientes 
isentos de glúten em local 
distinto e distante da 
matéria-prima com glúten. 
- A cada novo 
lote de matéria-
prima isenta de 
glúten. 
- Monitorar 
descarregamento e 
correto 
armazenamento 
das diferentes 
matérias primas; 
- Aplicar 
treinamento para 
colaboradores 
recém-contratados 
e manter programa 
de capacitação e 
educação 
continuada. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade. 
Superfícies 
de contato e 
equipamentos 
- Remover todo resíduo 
de produto com escova 
ou raspa, caso esteja 
seco; 
- Lavar com detergente 
neutro para remover 
resíduos de farinha de 
trigo e esfregar com 
esponja para remoção 
total; 
- Se necessário, deixar os 
utensílios em imersão na 
solução detergente por 
cerca de 30 minutos; 
- Sanitizar com solução 
clorada 200 ppm. 
- Ao término de 
cada lote de 
produtos 
elaborados com 
farinha de trigo. 
- Realizar inspeção 
visual; 
- Preencher o 
registro de controle 
diário de limpeza e 
saneamento ao 
término da tarefa; 
- Comunicar 
qualquer ocorrência 
de possível 
contaminação 
cruzada por glúten. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade. 
POP nº 4: Higienização das mãos dos manipuladores e aventais 
Fonte 
Contaminante 
Tratamento Frequência 
Monitoramento e 
Medidas Corretivas 
Responsável 
Mãos 
- Lavar as mãos com 
sabonete líquido e 
sanitizar com álcool 70%. 
- Toda vez que 
se faça 
necessário ou 
quando em 
contato com 
produtos 
contendo glúten 
- Supervisionar a 
limpeza das mãos e 
dos hábitos de 
higiene pessoal de 
cada colaborador. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade. 
Aventais 
- Sanitizar com água 
clorada 150 ppm; 
- Manter sempre limpos e 
em bom estado de 
onservação. 
- Trocar o 
avental a cada 
lote de 
produção de 
produtos isentos 
de glúten. 
- Realizar inspeção 
visual das 
condições de 
limpeza das 
vestimentas de 
trabalho. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade. 
POP nº 5: Meios de armazenamento e transporte do produto acabado 
Objeto Tratamento Frequência 
Monitoramento e 
Medidas Corretivas 
Responsável 
25 
 
Material de 
embalagem 
- Armazenar em lugar 
seguro e longe da área de 
produção, livre de pó e 
resíduos de farinhas; 
- Rotular com precaução 
para evitar possível 
contaminação. 
- A cada novo 
lote de material 
de embalagem. 
- Cuidar para que 
sejam utilizadas 
embalagens limpas 
e livre de resíduos 
de farinhas. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade; 
- Supervisor de 
produção. 
Superfícies 
de contato, 
mesas, 
balanças e 
recipientes de 
transporte 
- Manter superfícies de 
contato, mesas, balanças 
e recipientes de 
transporte sempre limpos 
e higienizados a fim de 
evitar contaminação 
cruzada. 
- Ao término de 
cada lote de 
produtos 
elaborados com 
farinha de trigo. 
- Não manipular ao 
mesmo tempo 
produtos isentos e 
com glúten. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade; 
- Supervisor de 
produção. 
Setor de 
armazename
nto de 
produto 
acabado 
- Deve ser longe da área 
de produção e distinto do 
setor de armazenamento 
de produtos com glúten. 
- Diária 
- Controlar limpeza 
e sanitização do 
local para evitar 
contaminação por 
glúten. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade; 
- Supervisor de 
produção. 
Carro de 
transporte 
- Manter sempre limpo e 
higienizado. 
- Diária 
- Controlar limpeza 
e sanitização do 
carro 
de transporte de 
produto acabado. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade. 
POP nº 6: Rotulagem adequada 
Objeto Tratamento Frequência 
Monitoramento e 
Medidas Corretivas 
Responsável 
Inscrição 
“contém 
glúten” ou 
“não contém 
glúten” 
- Verificar a correta 
inscrição no rótulo: 
caracteres com destaque, 
nítidos e de fácil leitura, 
segundo determina a 
Resolução da Diretoria 
Colegiada (RDC) nº 40 
[8]. 
- A cada novo 
lote de material 
de embalagem. 
- Realizar inspeção 
visual; 
- Devolver 
embalagens não 
padronizadas. 
- Departamento 
de Controle de 
Qualidade. 
 
 
 
26 
 
Anexo 2-A – Layout de fábrica para implementação imediata 
 
27 
 
 
Anexo 2-B – Layout de fábrica para implementação em médio prazo 
28 
 
 
29 
 
Anexo 2-C – Layout de fábrica para implementação em longo prazo 
30

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