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FACULDADE DE RIO VERDE – UNIBRÁS CURSO DE NUTRIÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Paula Vilela Gonçalves Rio Verde - Goiás Dezembro 2020 Paula Vilela Gonçalves RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Rio Verde - Goiás 2020 Relatório apresentado como conclusão do Estágio Supervisionado do Curso de Bacharelado em Nutrição em Unidades de Alimentação e Nutrição da Faculdade de Rio Verde – UNIBRÁS Professor Orientador: Daiane Costa dos Santos Período: Outubro/Novembro/ Dezembro2020. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................5 2 OBJETIVO ...................................................................................................................7 2.1 GERAL.......................................................................................................................7 2.2 ESPECIFICO.............................................................................................................7 3 LOCAL DO ESTÁGIO...............................................................................................7 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA..................................................................8 3.2 UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO.................................................8 3.3 CARACTERIZAÇÃO DO COMENSA.................................................................9 4 RECURSOS HUMANO..............................................................................................9 4.1 DISTRIBUIÇÃO DOS UNIFORMES...................................................................10 4.2 ADIMINISTRAÇÃO DO PESSOA.......................................................................10 5 RECURSOS FÍSICOS ..............................................................................................12 5.1 CONSTRUÇÃO, INSTALAÇÃO e LAYOUT.....................................................12 6 CARDÁPIOS .............................................................................................................18 6.1 PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO.....................................................................18 6.2 RECEITUÁRIO PADRAO....................................................................................19 6.3 ADEQUAÇÃO DO CARDÁPIO...........................................................................20 6.4 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL.........................................................................20 7 CONTROLE DE QUALIDADE...............................................................................22 7.1 COLETA DE AMOSTRAS....................................................................................24 7.2 COLETA DE TEMPERATURA...........................................................................25 7.3 TEMPERATURA DOS EQUIPAMENTOS.........................................................25 7.4 HIGIENIZAÇÃO E SANEAMENTO…………………………………………...25 7.5 CONTROLE DE QUALIDADE DE ALIMENTOS PREPARADOS................30 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................30 ANEXOS.........................................................................................................................32 REFERÊNCIAS.............................................................................................................36 5 1. INTRODUÇÃO O setor de alimentação é dividido em alimentação comercial e alimentação coletiva, assim sendo, os estabelecimentos que produzem e distribuem alimentos para coletividades, atualmente recebem o nome de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) (ABREU, 2009). Segundo Popolim (2007), além do termo UAN, há vários termos adotados para os estabelecimentos que produzem refeições, sendo o segundo mais conhecido no Brasil, o termo Unidade Produtora de Refeição (UPR) que também se aplica aos serviços de alimentação comercial e coletiva. Na Europa, o termo utilizado na língua inglesa é catering, derivado do verbo to cater, que significa fornecer todos os alimentos necessários. De acordo com a resolução do CFN 380/05: A Alimentação Coletiva é a área de atuação do nutricionista que abrange o atendimento alimentar e nutricional de clientela ocasional ou definida, em sistema de produção por gestão própria ou sob a forma de concessão (terceirização) A UAN é um conjunto de áreas com a finalidade de operacionalizar o provimento nutricional de coletividades. Consiste de um serviço organizado, compreendendo uma sequência e sucessão de atos destinados a fornecer refeições balanceadas dentro dos padrões dietéticos e higiênicos, visando assim, atender as necessidades nutricionais de seus clientes, de modo que se ajuste aos limites financeiros da instituição. As UAN começaram a ser implantadas no Brasil com o decreto-lei de Getúlio Vargas, em 1940, que determinava que empresas com mais de quinhentos funcionários devessem fornecer alimentação em refeitório. Mesmo com o decreto-lei, nessa época, apenas um pequeno número de empresas fornecia alimentação a seus trabalhadores (ABREU, 2009). Em 1976 foi criado o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), as empresas que ofereciam refeições a seus empregados foram conveniadas ao programa, a 6 partir desses fatos as UAN’s ganharam forças e se aumentaram por todo o país (FURTADO, 1982). Atualmente, a dimensão e a importância desse setor para a economia nacional podem ser medidas a partir da perspectiva do segmento do ano de 2011: estimou-se o fornecimento de 10,6 milhões de refeições/dia através de restaurantes coletivos e de autogestão, a movimentação de 13,2 bilhões de reais no setor e o oferecimento de aproximadamente 180 mil empregos diretos (Associação Brasileira de Refeições Coletivas, 2011). 7 2. OBJETIVOS 2.1 Geral Capacitar o aluno a aplicar seus conhecimentos adquiridos em disciplinas relacionadas ao estágio, para atenção dietética às coletividades sadias usuárias das Unidades de Alimentação e Nutrição, em prol da melhoria e ou manutenção do estado nutricional da mesma, e tornar-se apto a avaliar, planejar, organizar, controlar e administrar uma Unidade de Alimentação e Nutrição. 2.2 Específicos o Identificar e avaliar UAN em sua estrutura físico-funcional; o Entender a importância do planejamento na produção de refeições coletivas; o Identificar e avaliar os procedimentos administrativos, dos recursos humanos e materiais; o Aplicar métodos e sistemas de controle de qualidade; o Promover atividades de educação nutricional na UAN, desde ações educativas propriamente ditas como murais, palestras, folder, displays, o planejamento do cardápio etc. o Atuar em equipes multiprofissionais destinadas a planejar, coordenar, supervisionar, implementar, executar e avaliar atividades relacionadas à produção de refeições. o Refletir sobre a importância da atuação do nutricionista, como profissional da saúde na UAN. 3 - LOCAL DO ESTÁGIO 8 3.1 Caracterização Da Empresa Trata-se de uma UAN localizada dentro de um Hospital filantrópico em Rio verde- Goíás, com a razão social denominada Fundação Cristã Angélica hospital do Câncer de Rio Verde – Goiás. A unidade se localiza na Rua Tiradentes nº 822 Bairro Santo Agostinho, e tem como atividade principal, o fornecimento e distribuição de refeições balanceadas para pacientes enfermos e colaboradores da instituição. 3.2 Unidade De Alimentação E Nutrição A unidade tem o objetivo de ofertar alimentação em quantidade e qualidade para pacientes, acompanhantes e funcionários da instituição.A unidade é conduzida por auto-gestão. Para o hospital isto traz preocupações como: frequência de funcionários, compra de comida (depende de doações, compra-se somente o necessário), dentre outros. Em contrapartida as vantagens são que o nutricionista tem o controle total do que é ofertado na unidade, pode fazer alterações necessárias sem justificativa prévia por exemplo. O SND oferta diariamente, café da manhã para funcionários das 7h ás 10h, servido ás 8h aos pacientes e acompanhantes sendo 160 refeições no total, almoço para funcionários das 10:30h ás 14:00, servido ás 11h aos pacientes e acompanhantes sendo 160 refeições no total, lanche da tarde funcionários das 15h ás 17h, servido ás 15h aos pacientes e acompanhantes sendo 160 refeições no total, jantar para funcionários das 20h ás 23h, servido ás 18h para pacientes e acompanhantes sendo 130 refeições no total e ceia para funcionários das 02h ás 04h, servido ás 21h aos pacientes e acompanhantes, sendo 160 refeições no total. A UAN conta com 24 funcionários, sendo que os serviços são realizados de maneira qual não os sobrecarreguem. Durante jantar e ceia, devido a menor quantidade de refeições, há apenas 2 funcionários por turno. Mesmo com a quantidade de refeições servidas, são ofertados vários tipos de serviços: marmitas para funcionários que não podem sair de seus postos (UTI e Centro Cirúrgico), de buffet, onde os comensais tem a opção de escolher arroz, feijão, salada, guarnição e duas proteínas e o serviço de entrega nos leitos para pacientes e acompanhantes. 9 Os cardápios de café da manhã e lanches são sempre iguais no mesmo dia, variando entre pães, bolachas, biscoitos, gelatina e mingau, além de chá, café, leite e leite achocolatado que são distribuídos conforme necessidade. Da mesma forma os serviços de almoço, jantar e ceia tem os mesmos cardápios nos mesmos dias. Os cardápios são pensados para que haja a maior adequação possível dos níveis de macro e micronutrientes, visando sempre a apreciação dos comensais, sem deixar de lado os parâmetros nutricionais. 3.3 Caracterização do Comensal Os comensais são diferenciados e divididos em três: Funcionários, Pacientes e Acompanhantes. O primeiro grupo é composto por faixa etária entre 18-50 anos, e percentual bem próximo entre feminino e masculino, o grupo dos pacientes por sua vez, é composto por homens, mulheres e crianças de qualquer faixa etária, sem distinções por sexo. Já a dos acompanhantes tem faixa etária entre 18-59 anos, sendo em sua maioria do sexo feminino. 4- RECURSOS HUMANOS Segundo Mezomo (2002), a administração é definida como a ação de conseguir resultados, através do trabalho de um grupo de pessoas que possuam objetivos comuns. Na UAN, para que se consiga atingir os objetivos traçados, há diversos cargos sendo estes: Gerente de Unidade, Nutricionista, Chefe de Cozinha, Estoquista, Cozinheiro, Auxiliar de Cozinheiro, Auxiliar de Cozinha. O processo de seleção é feito pelo nutricionista da unidade que tem acesso direto ao candidato, a entrevista é realizada sempre em conjunto com outro coordenador de área, analisa-se o candidato se encaixa na vaga que está aberta, também passam informações ao candidato referente a valores, horários e folgas e assim averiguar se o candidato realmente tem disponibilidade para trabalhar na vaga ofertada. O RH é responsável por criação do contrato, de documentos pessoais, coleta de assinatura e assinatura da carteira de trabalho do colaborador. O funcionário admitido tem contrato de experiência de 45 e/ou 90 dias, a jornada de trabalho vai variar de acordo com a vaga em aberto, mas, geralmente são em escala de 12/36h, estando dentro do permitido de 44 horas semanais previstas por lei. 10 São solicitados ao candidato a ASO admissional e os exames adicionais, como micológico e parasitológico (estes são repetidos anualmente ou para mudança de função), para comprovar que o mesmo está apto a trabalhar e também que o mesmo não traga risco a saúde dos outros empregados no caso de covid-19. 4.1 Distribuição de uniformes Os uniformes são solicitados ao RH, são entregues 2 conjuntos por funcionário, e trocados anualmente ou antes caso estejam deteriorados. Os mesmos recebem também EPI’s como aventais impermeáveis, luvas de látex, sapatos fechados e impermeáveis, toucas, luvas térmicas, luvas de aço. Já os EPI’s por sua vez são entregues apenas uma unidade para cada funcionário sendo reposto toda vez que necessário. O auxiliar administrativo e o nutricionista da unidade são responsáveis pelos pedidos de materiais e uniformes bem como pela distribuição, não há custos ao funcionário. 4.2 Administração de pessoal Para a descrição de cargos da UAN, deve ser realizado um levantamento de dados, sendo feita a partir do projeto da mesma, em que estão definidas as rotinas, os roteiros, quantidade de trabalho em função do padrão a ser oferecido e dos recursos físicos, materiais e financeiros disponíveis. Através destas informações, é possível descrever um cargo com os elementos que o caracterizam e definir os requisitos e qualificações para a pessoa que vai desenvolver as tarefas pertinentes (TEIXEIRA, 2010). 1- Nutricionista- elaboração de cardápio e mudança do mesmo, contratação e manejo de funcionários e funções, resolução de qualquer problema que surgir. 2-Auxiliar de Nutrição- responsável por auxiliar na nutrição clínica. 2-Auxiliar Administrativo do SDN- responsável por lançamento de notas, pedidos de suprimentos e alimentos (repassado pelo nutricionista), planilhas diversas, controle do estoque. 3- Cozinheiras (uma para cada turno) responsáveis pelas preparações das refeições. 4- Auxiliares de cozinha divididas em: Responsáveis por limpeza e organização do salão e cozinha; Responsáveis pela lanchonete; Responsável pela salada; 11 Responsável pelas carnes; Colaboradoras que auxiliam as cozinheiras nas preparações. 5- Copeiras- são responsáveis por organizar e servir as refeições de pacientes e acompanhantes. A avaliação do desempenho das colaboradoras é realizada pelo Nutricionista da unidade de forma observacional, o mesmo é responsável por dar um feedback as colaboradoras para que as mesmas possam estar sempre aprimorando suas atividades. Tabela 1 –Relação utilizada para cálculo de IPF Número de Refeições Minutos 300 – 500 15 – 14 500 – 700 14 – 13 700 – 1000 13 – 10 1000 – 1300 10 – 9 1300 – 2500 9 – 8 2500 e mais 7 Fonte: GANDRA; GAMBARDELLA, 1986. 1° Etapa: Indicador de Pessoal Fixo (IPF) IPF = n° de refeições x n° minutos/Jornada diária de trabalho x 60 minutos IPF=770x15/12x60 IPF=11550/720 IPF=16 funcionários 2° Etapa: Indicador de Período de Descanso (IPD) IPD = 365 dias do ano – período de descanso/ Período de descanso IPD=365 dias do ano- 182/182 IPD=1,55 3° Etapa: Indicador de Substituto de Descanso (ISD) ISD=IPF/IPD ISD=16/1,55 ISD= 10 4° Etapa: Indicador de Pessoal Total (IPT) 12 De acordo com os cálculos indicados por Gandra, a unidade necessita de 26 funcionários e apresenta-se com 24. 5. RECURSOS FÍSICOS 5.1 Construção, Instalações e Layout Dimensão total da unidade 346m². O dimensionamento é compatível com as operações a serem realizadas na unidade. As atividades são separadas por espaço e tempo de forma a evitar contaminação cruzada. Segundo a Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999, a UAN deve estar localizada em área livre de focos de insalubridade, com ausência de lixo, objetos em desuso, animais, insetos e roedores. Ter acesso direto e independente, não comum a outros usos (habitação). Em coerência com a Portaria, a UAN está localizada no andar térreo, facilitando o recebimento de mercadorias A remoção do lixo é favorecida, pois não há a necessidade de elevadores para transporte,ocasionando a redução nos custos de implantação e manutenção. A área é livre de focos de insalubridade e objetos em desuso, também há o Controle de Proteção contra Roedores, garantindo a ausência destes. Um planejamento físico respaldado no reconhecimento das características específicas do funcionamento das UAN’s, além da economia de movimentos e evidente racionalização das ações; pode evitar fatores negativos de operacionalização, dentre os quais: interrupções no fluxo de operações, cruzamentos desnecessários de gêneros e funcionários, má utilização dos equipamentos, limitação no planejamento dos cardápios por falta de equipamentos apropriados, equipamentos ociosos ou mal localizados, causando congestionamento na circulação, ocorrência de filas, por falhas no dimensionamento e localização dos pontos de distribuição, deficiência no sistema de ventilação e, inclusive, aumento de custos (TEIXEIRA, 2010). Para que haja maior eficácia nas atividades realizadas na UAN, é traçado o layout operacional, que consiste em planta baixa descritiva contendo o fluxograma de operações e serviços. Dessa forma, o layout é cada vez mais importante, já que as UAN’s desempenham importante papel em termos de economia e saúde pública, na medida em IPT = IPF + ISD IPT = 16 + 10 IPT = 14 funcionários no total 13 que afetam o estado nutricional e o bem-estar da população por meio da qualidade dos alimentos produzidos (MEZOMO, 2002). No layout da UAN observa-se que o projeto atende às leis vigentes em relação à higiene, ventilação, estocagem de alimentos e lixo. Não há cruzamento entre as atividades, evitando a contaminação dos alimentos com materiais inapropriados. As atividades são realizadas em setores definidos, não havendo retorno nos demais locais, por exemplo, a área de alimentos crus é separada da área dos alimentos preparados e prontos para consumo. De acordo com a Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999, o ideal é que o fluxo seja linear, sem cruzamentos de atividades entre os vários gêneros de alimentos. O fluxo operacional da UAN onde foi feito o estágio abrange as seguintes etapas de serviço: - Recepção/Recebimento: Recebimento e inspeção da quantidade e qualidade dos materiais e produtos que são destinados à produção das refeições. Os produtos são acondicionados em caixas ou embalagens, observando-se os preceitos legais, sendo transferidos para recipientes próprios da cozinha após serem submetidos a processos de pré-higienização. - Estocagem/Armazenagem: Os produtos ou materiais são colocados nos locais adequados (estoque de alimentos não perecíveis e estoque de produtos de limpeza; e câmaras frigoríficas, sendo uma destinada à carne e outra para verduras) de acordo com as características de cada um, havendo facilidade de acesso ou movimentação nas melhores condições de conservação e controle possíveis. - Pré-Preparo: É realizada a tarefa de seleção, limpeza, higiene e corte dos materiais ou produtos inclusos no processo de produção em áreas denominadas de pré-preparo separadas em área de pré-preparo de carnes; saladas e sobremesas. - Preparo/Cocção: A área de preparo e cocção está situada entre a área de pré-preparo e a de expedição dos equipamentos, seguindo um fluxo lógico. - Devolução ou retorno: A devolução de bandejas e talheres sujos ocorre na área de onde ocorre a lavagem dos mesmos. Lá os restos são retirados para que os utensílios sejam higienizados respeitando-se o Manual de Boas Práticas, garantindo a qualidade higiênico- sanitária. - Depósito de lixo: O lixo fica fora da cozinha, como não há saída exclusiva para o mesmo, é realizada a retirada em horários em que não há produção e distribuição na UAN, como confere a Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999. Os equipamentos localizados na área de produção e distribuição da UAN são: 14 Tabela 1 -Equipamentos e Quantidades Equipamentos Quantidade Bancadas com cubas 1 Prateleiras em inox 2 Geladeiras em inox 6 Processador de legumes 1 Liquidificadores 2 Fogões industriais 2 Coifa 1 Chapa 1 Geladeira Duplex 2 Balança de precisão 1 Balcão térmico 1 Bancadas de apoio 2 Forno industrial 1 Fatiador 1 Batedeira industrial 1 Cabrita 1 Balança de mesa 1 Estes estão devidamente posicionados, de forma que não haja obstrução de circulação ou qualquer outro tipo de inconveniência, como a RDC n° 216 de 15 de setembro de 2004 determina. Teixeira (2010) considera como instalações todas as redes elétrica, hidráulica, de vapor e de emergência. Na UAN onde foi realizado o estágio, confere-se que: - Instalações sanitárias e vestiários: As instalações sanitárias e os vestiários não se comunicam diretamente com a área de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, conforme a RDC n° 216 de 15 de setembro de 2004. - Instalações elétricas: São embutidas e protegidas em tubulações externas e íntegras de forma a permitir a higienização dos ambientes, como visa a RDC n° 216 de 15 de setembro de 2004. 15 - Instalações hidráulicas: Há abastecimento de água tratada em todos os recintos da UAN, possibilitando higienização adequada aos alimentos e funcionários. - Gás: Encontra-se em área externa, proporcionando segurança e integridade aos funcionários e comensais da UAN. Dessa forma, compreende-se a importância que a edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção (RDC n° 216 de 15 de setembro de 2004). Analisando-se a construção e instalações da UAN, nota-se que o piso está de acordo com a Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999, sendo de material liso, resistente, impermeável, lavável, de cor clara (verde claro) e em bom estado de conservação, antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias corrosivas e de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. Tem inclinação suficiente em direção aos ralos, não permitindo que a água fique estagnada, e os ralos devem ser sifonados. O teto possui acabamento liso, impermeável, lavável, de cor clara (branco) e em bom estado de conservação. É isento de goteiras, vazamentos, umidade, trincas, rachaduras, bolor e descascamento. As paredes da área de produção e distribuição são inteiramente azulejadas respeitando a altura mínima de 2 metros definida pela Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999, possuem ângulo arredondado no contato com o piso e teto; são de cor branca e estão bom estado de conservação. As portas são de madeira com superfície lisa, de fácil limpeza, e protetor no rodapé. As entradas principais e os acessos às câmaras têm mecanismos de proteção contra insetos e roedores. Na UAN, há pia com sabonete antisséptico e álcool em gel para a higienização dos manipuladores. As janelas possuem telas milimétricas limpas, sem falhas de revestimento e ajustadas aos batentes, estando protegidas de modo a não permitir que os raios solares incidam diretamente sobre os alimentos ou equipamentos mais sensíveis ao calor, estando de acordo com a Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999. Na UAN, há pontos em que a iluminação natural não é eficaz, sendo necessário o uso da iluminação artificial, evitando ofuscamentos, contrastes excessivos, sombras e cantos escuros. As lâmpadas e luminárias são protegidas contra explosão e quedas 16 acidentais e estão em bom estado de conservação, conforme a Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999. Conforme a legislação vigente, a ventilação é natural, de forma que garanta a renovação do ar para que o ambiente fique livre de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores. Para que haja um maior conforto térmico há a abertura na parte superior da parede na área de pré-preparode carnes, permitindo a circulação natural do ar. Há a separação dos banheiros conforme o sexo, estando em bom estado de conservação, constituído de vaso sanitário, pia e mictório; dispostos de bacia com tampa, papel higiênico, lixeira com tampa acionada por pedal, mictórios com descarga, pias para lavar as mãos, sabão antisséptico, toalha de papel de cor clara, não reciclado. As instalações sanitárias são bem iluminadas, com paredes e piso de cores claras, de material liso, resistente e impermeável, ventilação adequada com janelas teladas. Os vestiários são separados por sexo, possuem armários individuais e chuveiro compatível com o número de funcionários. As paredes e pisos são de cores claras, material liso, resistente e impermeável, ventilação adequada e janelas teladas. A Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999 descreve que o ideal é que as portas sejam com molas, o que não ocorre nos vestiários da UAN, sendo de fechamento manual. Segundo a Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999, o lixo deve estar disposto adequadamente em recipientes com tampas, constituídos de material de fácil higiene. Na UAN, o lixo é depositado em sacos plásticos e colocado diretamente nas lixeiras localizadas do lado de fora. Os lixos orgânico e inorgânico são separados em sacos, porém são levados ao mesmo depósito. As caixas de gordura e de esgoto estão localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos, com avaliação das mesmas para que sempre estejam em bom estado de conservação. Toda a UAN é abastecida de água corrente e dispõe de conexões com rede de esgoto. De acordo com a Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999, no estoque de armazenamento de temperatura ambiente os alimentos devem ser separados por grupos, empilhados em sacarias sobre estrados fixos com altura mínima de 25 cm, separados da parede e entre pilhas no mínimo 10 cm e distante do forro 60 cm. As prateleiras devem ter altura de 25 cm do piso. Na UAN, onde foi realizado o estágio todas essas normas são respeitadas. As embalagens são íntegras e com identificação visível (nome do produto, nome do fabricante, endereço, número de registro, prazo de validade, etc.) e é feito um 17 sistema de etiquetas em cores para controle de validade. A ventilação e a iluminação são adequadas, de forma a preservar as características físicas e sensoriais dos alimentos. Não há a presença de entulho ou material tóxico no estoque. Na área para armazenamento em temperatura controlada (câmaras frias) ocorre o armazenamento de alimentos perecíveis ou rapidamente deterioráveis. A UAN possui 1 câmara, sendo esta com revestimento de material lavável e resistente; nível do piso a 1 degrau ao da área externa; termômetro permitindo a leitura pelo lado externo; prateleiras em aço inox; portas que permitem a manutenção da temperatura interna e borracha vedante na porta. Características estas que mantêm o bom estado de conservação da câmara, estando pertinentes com o determinado pela Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999. Na UAN, a área para higiene/guarda dos utensílios de preparação fica em local separado e isolado da área de processamento, contendo água quente e fria, além de espaço suficiente para guardar peças de equipamentos e utensílios limpos. A área para higiene/guarda dos utensílios de mesa é adjacente ao refeitório, comunicando-se com este através de guichê para recepção do material usado, evitando o contato com os demais utensílios limpos. Na área para manipulação (pré-preparo) de carnes, aves e pescados, há a presença de bancadas, equipamentos e utensílios de acordo com as preparações. Para o pré-preparo de saladas e sobremesas, há a necessidade de bancadas e cubas de material liso, resistente, e de fácil higienização, para que se facilite o processo. A Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999 define que na área para cocção e reaquecimento não pode haver equipamentos refrigeradores ou congeladores devido o calor excessivo que compromete os motores dos mesmos, desta forma a UAN cumpre as exigências determinadas pela mesma, a fim de manter a integridade e o bom funcionamento dos equipamentos. Todas as áreas possuem lixeira sem o acionamento de pedal. O refeitório da UAN contém equipamentos para distribuição de alimentos, como o balcão térmico e utensílios de mesa. O balcão térmico sempre é limpo, com água tratada e limpa trocada diariamente, com a temperatura média de 80 a 90ºC. Não há a presença de nenhum tipo de ornamentos e plantas. As mesas e cadeiras não são fixas, estando em quantidades suficientes para atender à clientela. O material destas é liso, impermeável e de fácil higienização. A Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999, define que a sala da administração deve estar localizada acima do piso da área total da cozinha, na UAN isto não acontece, 18 estando nivelada igualmente com a área de produção, não há a visibilidade total, pois a mesma não constava no projeto inicial, sendo adaptada posteriormente. Há porta de passagem externa sem ligação com a área interna da UAN. A área para guarda de botijões de gás está de acordo com a ABNT sendo exclusiva para armazenamento de recipientes de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) e seus acessórios. Os equipamentos da UAN são dotados de superfície lisa, de fácil limpeza e desinfecção, bem conservadas, com pinturas claras, sem gotejamento de graxa, acúmulo de gelo e com manutenção constante. Há a presença de bancadas de alumínio, sendo de material liso, resistente, impermeável e de fácil limpeza. O sistema de exaustão é composto por 1 coifa de material liso, resistente, de fácil limpeza e sem gotejamento de gordura. A Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999 esclarece a importância da boa manutenção e integridade de todos os aspectos aqui discutidos, já o desempenho da Unidade depende de uma boa operacionalização com qualidade e cuidados higiênico- sanitários. 6.0 CARDÁPIOS 6.1 Planejamento de cardápio Cardápio significa uma sequência de pratos a serem servidos em uma refeição, ou todas as refeições de um dia ou por um período determinado. O cardápio é uma ferramenta que inicia o processo produtivo e serve como instrumento gerencial para a administração da UAN. A partir do seu planejamento, podem ser dimensionados os recursos humanos e materiais, o controle de custos, o planejamento de compras, a fixação dos níveis de estoque, a determinação dos padrões a serem utilizados na confecção das receitas, servindo ainda para a pesquisa e análise das preferências alimentares dos clientes. Portanto, a partir de estabelecido o que se quer servir no cardápio, será determinado toda a estrutura e planejamento da UAN. A partir do cardápio é que se determinará o que deve ser produzido, quando, em que quantidades, com que matérias-primas, com quais equipamentos, quais procedimento e por quem. (ABREU, 2007). Segundo Abreu (2007), as preparações que compõe o cardápio dependem de muitos fatores, tais como: hábitos alimentares dos clientes, situação geográfica da UAN, apresentação e aspecto dos produtos, componentes e produtos utilizados considerando a disponibilidade dos mesmos, produtos concorrentes e tipo de trabalho realizado pelos 19 comensais, no caso da UAN onde foi realizado o estágio, a maioria trabalha com atividades leves e moderadas. Estes fatores são considerados pela Nutricionista, que é o responsável pela elaboração mensal do cardápio, com o objetivo primordial de manter a saúde de seus comensais, por meio de uma alimentação adequada, respeitando as seguintes leis: quantidade, qualidade, harmonia e adequação. Estas leis ressaltam a importância de se ter uma alimentação em quantidades necessárias para o funcionamento do organismo, preservação de espécie e manutenção da saúde; fornecendo a qualidade de nutrientes necessária com a harmonia e equilíbrio destes, sendo adequadaao indivíduo, de acordo com seu estado físico e fisiológico. Desta forma, foram acompanhadas as alterações de preparações do cardápio (ANEXO A), o que nos mostra que apesar de haver planejamento, os imprevistos podem acontecer, que na maioria das vezes são causados pela alta taxa de absenteísmo e matéria prima insuficiente, exigindo soluções imediatas. Para que não haja quantidade insuficiente ou desperdício de preparações, as fichas técnicas de preparo ou receituário padrão são elaborados. Estas são fórmulas escritas para produzir o item alimentar de acordo com a demanda da UAN. Esse item deve apresentar as quantidades e quantidades exatas dos ingredientes juntamente com a sequência exata de preparação e serviços. Os objetivos são: determinar a quantidade e qualidade dos ingredientes que devem ser usados, confirmando assim as especificações de compra; rendimento que é possível conseguir com a receita; custo por porção dos alimentos e valor nutritivo de um determinado prato padrão. Na UAN as fichas técnicas são consideradas importantes instrumentos de controle (ABREU, 2007). De acordo com Abreu (2007), as fichas técnicas permitem também que se incorporem novas receitas à unidade sem esquecimento das demais. É importante, ainda, que um prato que tenha sido retirado temporariamente do cardápio, ou que seja sazonal, retorne com as mesmas características. O cardápio dita como será realizada a programação de compras, a unidade se mantém em sua maioria com doações, sendo compro somente o que faltar para o bom funcionamento. Para esta, é considerada a quantidade de matéria-prima já existente no estoque e a quantidade necessária para a efetuação satisfatória das preparações. Na UAN referida não existe um valor estabelecido por refeição. 6.2 Receituários Padrão 20 Os cardápios são elaborados em planilhas do Excel e ficam fixados ao lado do fluxograma de serviço, não sendo exposto aos comensais. Sendo trocados todo mês. 6.3 Adequação do Cardápio Para que haja a adequação do cardápio, devem-se respeitar os padrões nutricionais e saber reconhecer as técnicas dietéticas dos alimentos (BERNARDES, 2001). Abreu (2007) acrescenta que o cardápio deve ser elaborado de forma a permitir uma escolha saudável, com alimentos ricos em fibras e alimentos funcionais, além de conter quantidade adequada de gorduras saturadas. Deve haver também preocupação maior com a orientação nutricional dos clientes, induzindo-os a optar por uma alimentação equilibrada. Isto pode ser feito apresentando, entre outros recursos, um maior número de preparações adequadas. Os cardápios devem ser balanceados, de modo a satisfazer as necessidades energéticas e em nutrientes, garantindo, ao mesmo tempo, saúde, capacitação para o trabalho e desempenho físico desejável ao indivíduo. Sabe-se também que cardápios bem elaborados despertam, nos usuários, embora em longo prazo, conceitos básicos de nutrição (TEIXEIRA, 2010). A composição nutricional do cardápio oferecido aos comensais deve ser adequada a alguns critérios estabelecidos por órgãos como o PAT, Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), Dietary Reference Intake (DRI) e as Leis da Alimentação (já citadas). 6.4 Composição Nutricional Do Cardápio http://www.nutricaoemfoco.com.br/pt-br/site.php?secao=C-dicionario&pub=7439 21 22 No ANEXO B pode ser vista um cardápio de 15 dias elaborado pela estagiária, para que pudesse ser usado ou adaptado pela UAN, conforme pedido em nosso roteiro. 7 – CONTROLE DE QUALIDADE Segundo Abreu (2007), o sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) é indicado para o controle do processo produtivo do alimento e não para o ambiente onde o processo ocorre. É utilizado para evitar a contaminação dos alimentos e, consequentemente proteger a saúde do consumidor. O seu sucesso depende das Boas Práticas de Fabricação/Serviços (BPF/S) e POP/SSOP (Procedimentos Operacionais Padronizados), sendo estes programas de pré-requisito da APPCC, onde a UAN os utiliza, estando de acordo com a Resolução RDC nº275, de 21 de outubro de 2002. No Brasil, através da Portaria 1428/93 do Ministério da Saúde, os estabelecimentos que processam e prestam serviços ao setor de alimentos e os serviços de vigilância sanitária, deverão adotar em caráter obrigatório o sistema APPCC, como ocorre na UAN. 23 O conceito do APPCC é reconhecido como um sistema de baixo custo que oferece garantia na prevenção de problemas causados pela ingestão de alimentos. Seus princípios são: - Avaliar perigos e riscos associados com o crescimento, colheita, matéria-prima e ingredientes, processamento, manufatura, distribuição, comercialização, preparação e consumo de alimentos; - Determinar os pontos críticos de controle (PCCs). Estes significam qualquer ponto, operação, procedimento ou etapa do processo de fabricação ou preparação do produto, onde se aplicam medidas preventivas de controle sobre um ou mais fatores, com o objetivo de prevenir, reduzir a limites aceitáveis ou eliminar os perigos para a saúde e a perda da qualidade; - Estabelecer os limites críticos para cada PCC identificado; - Estabelecer procedimentos para monitorar os PCCs; - Estabelecer ações corretivas a serem tomadas, quando houver um desvio identificado pelo monitoramento dos PCCs. - Estabelecer sistemas efetivos para guardar registros que documentam o sistema APPCC; - Estabelecer procedimentos para verificar se o sistema APPCC está funcionando corretamente. Em uma UAN, para que o sistema APPCC dê resultados, a gerência deve estar comprometida com o programa, envolvendo pessoas e recursos. Todos os envolvidos na adoção do sistema devem conhecer a importância do conceito APPCC e de seus benefícios para a segurança e garantia de qualidade do alimento. Os critérios mais utilizados no sistema APPCC são temperatura, tempo, umidade, pH, atividade de água, concentração de sal, viscosidade, como também informações sensoriais como textura, aroma e aparência. Observa-se que são muitos os perigos que podem ocorrer em cada etapa, desde o processamento até a distribuição. Em suma, uma análise periódica deve ser conduzida para assegurar que o Programa de APPCC esteja funcionando de maneira eficaz (ABREU, 2007). Em termo de qualidade microbiológica do alimento, a temperatura de armazenamento, de preparo e de exposição são fatores determinantes do crescimento bacteriano (LARANJA-FONSECA, 1998). A manipulação aliada a uma refrigeração imprópria e/ou ao não reaquecimento dos alimentos, contribui para o aparecimento de novos surtos de infecção por microrganismos (FLOWERS, 1998). 24 Eventuais problemas microbiológicos são evitados quando estreitas limitações de tempo, temperatura e condições de estocagem são mantidas (GOLDSTRAND, 1975). O tempo e a temperatura interferem diretamente sob a microbiota contaminante existente no alimento que será preparado (FORTUNA, 2002). O alto teor de nutrientes, a elevada atividade de água e o pH próximo à neutralidade também favorecem o desenvolvimento de microrganismos nos alimentos (HOFFMANN et al., 2002). Na UAN existem tabelas que são preenchidas periodicamente de monitamento dos equipamentos, são realizadas medições de temperatura dos alimentos, etiquetagem em embalagens abertas, termômetros que medem temperatura do ambiente espalhados em todas as áreas afim de garantir as condições mínimas necessárias em todas elas. 7.1 – Coleta de Amostras Os procedimentos de Boas Práticas de Fabricação (BPF) determinam a coleta e guarda de amostras de todas as preparações servidas na UAN, com o objetivo de esclarecer a ocorrência de enfermidades transmitidas por alimentos (Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999 e RDC n° 216 de 15 de setembro de 2004). As Doenças transmitidas por alimentos (DTAs) ocorrem quandoo número de microrganismos presentes em um alimento é capaz de causar desde um desconforto intestinal a uma doença intestinal grave (PELCZAR, CHAN, KRIEG, 1997). Além dos microrganismos patogênicos (infecciosos ou toxinogênicos), agentes químicos como pesticidas e metais tóxicos também podem ser considerados causa de uma DTA (AMSON, HARACEMIV, MASSON, 2006; ABERC, 2003). Na UAN a coleta de amostra é realizada diariamente, geralmente no horário padrão das 10:15h, já que as refeições são servidas a partir das 11:00h. Esta é realizada no balcão de distribuição pela a Copeira, onde a mesma utiliza sacos plásticos esterilizados, contendo a quantidade mínima de 100 g ou 100 ml por alimento, sendo estes: prato base, prato principal, guarnição e saladas. Os utensílios de distribuição são utilizados para a coleta. Antes do processo, a funcionária lava as mãos e antebraços com água e sabão e faz assepsia com álcool 70%. As bolsas plásticas são identificadas com os dados e o dia da coleta. Como são produtos perecíveis, as amostras são mantidas sob refrigeração na câmara fria com temperatura média de 10 °C. O tempo de armazenamento das mesmas é de 72h, se após este período não houver nenhum contratempo, as amostras são descartadas. As análises são realizadas apenas quando há a necessidade, como casos ou surtos de contaminação. 25 7.2 – Coleta De Temperatura A coleta de temperatura é feita através de termômetro do tipo espeto sendo realizado duas vezes por refeição, uma na cocção e outra nas cubas. A qualidade do alimento está associada com a carga microbiana presente no produto. Em geral, quanto maior o número de contaminantes e quanto mais alta for à temperatura na qual o alimento permanece, menor será seu tempo de conservação. A microflora inicial influencia grandemente a qualidade do alimento e, consequentemente, tem importância crucial na qualidade final do produto (MUTUKUMIRA et al., 1996). Segundo Jacob (1990), os principais fatores que contribuem para que os surtos ocorram, é: refrigeração inadequada dos alimentos in natura ou preparados, preparo muito antecipado dos mesmos antes de servi-los, uso do tempo e temperatura incorretos no processamento, reaquecimento incorreto de alimentos previamente cozidos, entre outros. Após a cocção os alimentos devem ser mantidos em temperatura que os conservem quentes e seguros para o consumo à temperatura superior a 60ºC, não ultrapassando o limite de seis horas. Para os alimentos que são servidos frios deve-se conservar com a temperatura no máximo a 10ºC por até 4 horas. É considerada como zona de perigo, a temperatura ideal para a multiplicação de microrganismos é de 10ºC a 60ºC devendo, portanto, devendo ocorrer monitoramento frequente de temperatura para evitar que as preparações atinjam essa zona 7.3 – Temperaturas De Equipamentos A geladeira destinada a frutas, verduras e ovos sem manipulação demonstra adequação assim como a destinada a alimentos pré-preparados, higienizados, enlatados, sobremesas, vegetais, temperos, cujo ideal é de 5 °C. O refrigerador de carnes manipuladas e o de descongelamento também não apresentou falhas na temperatura, estando de acordo com a legislação vigente. A câmara fria sempre se manteve em níveis aceitáveis, sendo que o ideal é que a temperatura estivesse < -22 °C. 26 7.4 Higienização E Saneamento A higienização é a operação que compreende duas etapas, a limpeza e a desinfecção. Tem função de remoção de substâncias minerais e ou orgânicas indesejáveis, tais como terra, poeira, gordura e outras sujidades. A UAN segue o Manual de Boas Práticas que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento preparado. As instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios devem ser mantidos em condições higiênico-sanitárias apropriadas. As operações de higienização devem ser realizadas por funcionários comprovadamente capacitados e com frequência que garanta a manutenção dessas condições e minimize o risco de contaminação do alimento (Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999; RDC n° 216 de 15 de setembro de 2004). No quadro abaixo seguem as técnicas utilizadas para a higienização das áreas, instalações, lavagem manual e mecânica de louças, panela e utensílios da UAN, considerando o procedimento e periodicidade de execução. Tabela 2 - Quadro de higienização Local Categoria Periodicidade da Limpeza Procedimento Refeitório Área Diária - Lavar o chão com água e detergente, esfregar com vassoura, enxaguar com água limpa e passar o rodo para retirar o excesso de água. Mesas do refeitório Móveis Diária - Após as refeições remover os restos, sujeiras das mesas, com auxílio de uma esponja ou pano de limpeza; - Esfregar com esponja; - Utilizar água com detergente neutro. Paredes, janelas, portas, telas do refeitório Área e Instalações Periódica - Lavar com detergente, esfregar com esponja ou vassoura de pelo enxaguar. Essa atividade é realizada periodicamente, mas não diariamente como rege a legislação, devida a falta de tempo e pessoal disponível para torná-la uma rotina. Balcão de Distribuição Equipamento Diária - Retirar a sujidade com auxílio de uma esponja, esfregar com água e detergente neutro. 27 - Após as refeições lavar o balcão interna e externamente, esgotar a água e repor novamente. Pisos e ralos Instalações Diária - Remover restos, detritos e sujeiras com auxílio de uma vassoura. - Jogar água com detergente neutro diluído, esfregar com a vassoura. - Enxaguar com água e retirar o excesso de água. Paredes da cozinha Área Periódica - Lavar com água e detergente, esfregar, enxaguar com água. Antes do pré-preparo dos alimentos passar solução clorada e após o preparo dos mesmos. Chão da Cozinha Área Diária - Lavar com água e detergente, retirar o excesso de água com um rodo e deixar secar. Pré-preparo Área Diária - Jogar água quente nas bancadas e equipamentos. Utensílios de distribuição, preparação, equipamentos de proteção Utensílios e Equipamentos Diária - Remover a sujidade, esfregar com detergente e esponja. - Enxaguar e ferver por cinco minutos. Liquidificador, Batedeira, Descascador Equipamentos De acordo com a utilização - Após do uso, desmontar, remover restos, esfregar com esponja ou escova e detergente neutro. Enxaguar com água quente, mergulhar as peças em solução clorada. Tábuas de pré- preparo (Etileno) Utensílios De acordo com a utilização - Lavar com água, detergente e escova sempre após o uso. Enxaguar, imergir em solução clorada antes e após o uso. Panelas e cubas Equipamento e Utensílios Diária - Lavar com esponja e detergente neutro, enxaguar com água até retirar todo o sabão. Fogão Equipamento Diária - Lavar com palha de aço e detergente, enxaguar. Forno Equipamento De acordo com a utilização - Retirar as partes móveis, lavar com bucha e detergente. Se necessitar, usar desengraxante. - Enxaguar com água e secar naturalmente. Chapa Equipamento De acordo com a utilização - Raspar com espátula para remover toda a sujidade, lavar com água morna, detergente e limpa alumínio, esfregar com fibra, enxaguar e deixar secar naturalmente. Refrigerador Equipamento Diária - Desligar o equipamento e retirar os alimentos, lavar com esponja embebida em água e detergente neutro. - Passar pano úmido para retirar o excessode sabão, higienizar com solução clorada, secar com pano seco de limpeza. Freezer Equipamento Diária Semanal - Lavar superficialmente e externamente todos os dias; 28 - Fazer limpeza geral, externa e interna semanalmente. - Lavar com pano molhado e detergente, enxaguar, passar pano úmido com solução clorada, secar e ligar. Câmaras Área Diária Semanal - Lavar com água e detergente neutro, retirar o excesso, todos os dias. - Limpar semanalmente as prateleiras e paredes com solução clorada. Prateleiras e estrados do estoque Instalações Diária Mensal - Limpar com pano todos os dias; - Retirar todos os alimentos e limpar as prateleiras com pano úmido. Lavar os estrados com água e detergente neutro mensalmente. Estoque Área Diária - Lavar com água e detergente e retirar o excesso de água deixando secar naturalmente. Balança Equipamento De acordo com a utilização - Retirar a sujidade e passar pano com multiuso. Os produtos químicos utilizados na UAN são concentrados ou superconcentrados, devendo ser diluídos, fator que gera um maior rendimento e uma redução no custo final do produto. As diluições são realizadas com rigor de acordo com as instruções do fabricante. Os produtos são identificados e guardados em local reservado para essa finalidade. Estes estão descritos no quadro abaixo: Tabela 3 - Quadro de produtos e diluições Produto Diluição Detergente Neutro Função: limpar as sujidades. Solução de 20% ou seja, 2 ml em 10 litros de água. Limpador Multiuso Função: atuar na limpeza geral de qualquer superfície lavável, permitir rápida remoção da sujidade. Aplicar o produto sobre a superfície. Não há diluição. Água Sanitária Função: remover incrustações e desinfecção. Para limpar e desinfetar ralos, pias, sanitários, aplicar o produto puro, deixar agir por 10 minutos e, enxaguar bem com água potável. 29 Para sanitizar verduras, utensílios e bancadas diluir uma colher de sopa em 1 litro de água. Limpa Alumínio: Função: remover excesso de gordura. Aplicar diretamente sobre a superfície. Não há diluição. Sabonete Líquido Anticéptico Função: limpar, higienizar, hidratar as mãos. Não há diluição. Álcool 70% Função: antissepsia das mãos, desinfetar o ambiente e utensílios. Aquisição de baixo custo, fácil aplicabilidade e toxicidade reduzida. Não há diluição. Desinfetante Função: limpar e perfumar. Diluir 50 ml para cada litro de água. Não é necessário enxaguar. Os produtos sanitizantes utilizados na UAN são regularizados pelo Ministério da Saúde. A diluição, o tempo de contato e modo de uso/aplicação dos produtos obedece às instruções recomendadas pelo fabricante. Suas vantagens são: não é tóxico. Sua utilização é permitida na área de produção de uma UAN. As desvantagens são: a diluição, o tempo de contato e modo de uso/aplicação dos produtos se não obedecido, pode deixar resíduo prejudicial a pele. Na UAN, o Controle Integrado de Pragas é implantado respeitando os procedimentos de boas práticas de modo a prevenir ou minimizar a presença de insetos e roedores, é realizado por empresa terceirizada especializada. Para que a dedetização na UAN aconteça, são considerados os determinados fatores: proteção dos equipamentos, clima, tempo de permanência do princípio ativo das áreas, periodicidade mais adequada, uso de produtos legalmente indicados e sua toxicologia, descarte de embalagens, etc. A aplicação de produtos é realizada adotando-se todas as medidas de prevenção regularizadas pelo Ministério da Saúde. Em relação ao lixo, estes devem estar dispostos adequadamente em recipientes com tampas, constituídos de material de fácil higiene (Portaria CVS 6/99 de 10 de março de 1999). 30 O depósito localiza-se fora da cozinha. Tanto o lixo orgânico quanto o inorgânico são depositados no mesmo local. E feita coleta pela prefeitura. Para que não haja contaminação de alimentos, o lixo é retirado da UAN em horários em que não há produção de refeições, como é regulamentado pela legislação. A higienização é realizada diariamente, a fim de manter o local limpo de acordo com as normas da legislação vigente. Na UAN a água utilizada é tratada e apropriada para uso, de forma que não comprometa a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. 7.5 Controle De Qualidade De Alimentos Preparados Em uma UAN o desperdício é sinônimo de falta de qualidade. A preocupação com o desperdício não se restringe apenas aos alimentos, mas também à água, energia e muitos outros fatores tais como materiais de higiene, materiais descartáveis, tempo, excesso de mão de obra, entre outros (ABREU, 2007). Segundo Abreu (2007), em relação aos alimentos existem três fatores de desperdícios predominantes: - Fator de correção: é a perda em relação ao peso inicial, representada pela remoção de partes não comestíveis do alimento; - Sobras (ou excedentes de alimentos): alimentos produzidos e não distribuídos; - Restos: alimentos distribuídos e não consumidos. O resto deve ser avaliado não só do ponto de vista econômico, como também, da falta de integração com o comensal. Deve-se partir do princípio de que se os alimentos estiverem bem preparados, o resto deverá ser algo muito próximo ao zero. Desta forma, na UAN é feito um acompanhamento via planilhas do resto ingesta dos pacientes onde é preenchido leito e nome, marcado a quantidade de resto em demonstrativo de porcentagem e posteriormente o auxiliar administrativo passa os resultados pra serem guardados no computador da unidade, os percentis de resto da unidade são baixos ficando em torno e 7% . 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Estar diariamente em uma empresa e poder colaborar com o desenvolvimento das atividades realizadas, possibilitaram uma visualização ampla do papel do profissional da 31 nutrição nesta área. Assim como foi possível observar a conduta e procedimentos que devem ser adotados em situações específicas no processo de gerenciamento de uma UAN. É fundamental que o profissional saiba trabalhar em equipe e gerenciar conflitos, visando o melhor desempenho nas atividades, respeito e comprometimento com o trabalho, menos índice de faltas, melhor relação interpessoal e um ambiente organizacional mais harmonioso, colaboradores motivados e confiantes no líder. Durante o estágio pude conviver com a equipe, e obter várias experiências, observei diariamente como funciona uma UAN, suas dificuldades e suas superações e como é a rotina de um nutricionista. O nutricionista do local foi sempre prestativo durante todo o período de estágio, e assim como toda equipe de trabalhadores ajudou bastante no meu desenvolvimento, sempre orientando. O Estágio em UAN ainda no processo de formação é de grande importância para o estudante agregando valores e conhecimentos específicos. Além disso, esta prática permitiu vivenciar aspectos técnicos e metodológicos sobre a produção de alimentos que foram abordados em outras disciplinas, me fazendo sentir mais capacitada para atuar na área de alimentação coletiva com excelência. 32 ANEXOS ANEXO A Data Preparação Substituição Causa Solução 22/10/20 Maionese de legumes Cenoura saúte Não tinha legumes Verificar o estoque toda semana 23/10/20 Carne de porco frita com mandioca Mandioca com cenoura cozida Não tinha mandioca suficiente e foi acrescentada a cenoura Verificar o estoque toda semana 26/10/20 Salada de alface com tomate Salada de repolho com tomate Não tinha alface suficiente Verificar o estoque toda semana 27/10/20 Cabotia Macarrão com calabresa e bacon Foi acrescentado cabotiá no almoço do dia anterior Verificar o estoque toda semana 28/10/20 Creme de milho Polenta Não tinha milho Verificar o estoque toda semana 29/10/20 Maionese delegumes Macarrão e cenoura Não tinha legumes Verificar o estoque toda semana 30/10/20 Galinhada Feijoada Mudaram o cardápio por causa do tempo Verificar o estoque toda semana 01/11/20 Salada tropical Salada de alface e tomate Não tinha frutas Verificar o estoque toda semana 02/11/20 Cenoura Saúte Cabotia Não tinha cenoura Verificar o estoque toda semana 03/11/20 Macarrão ao molho branco Macarrão com calabresa e bacon Tirou o molho branco, pois teria frango ao molho Verificar o estoque toda semana 33 ANEXO B Data Prato Principal Guarnição Salada Sobremesa 01/11/20 Pernil ao molho barbecue Salpicão Salada tropical Melão 02/11/20 Rocambole/Frango ao molho Cabotiá Alface e Beterraba cozida Maça 03/11/20 Isca suína acebolada/Frango ao molho Macarrão ao molho branco Alface/tomate/ beterraba cozida Melancia 04/11/20 Almôndegas de frango/Bife suíno Macarrão ao sugo Alface/tomate/ pepino Banana 05/11/20 Frango assado com batata Cenoura cozida Repolho Melão 06/11/20 Feijoada/Frango frito Farofa de abacaxi Couve/acelga Laranja 07/11/20 Frango assado Macarrão ao sugo Pepino/tomate/ repolho Melancia 08/11/20 Pernil ao molho barbecue Salpicão Salada tropical Mamão 09/11/20 Rocambole/Frango ao molho Cabotiá Alface/cenoura saúte Maça 10/11/20 Isca suína acebolada/Frango ao molho Macarrão ao molho branco Tomate/alface/ beterraba cozida Laranja 11/11/20 Almôndegas de frango/Ovo cozido Chuchu cozido Alface/tomate/ pepino Banana 12/11/20 Galinhada Creme de milho Tomate Melão 13/11/20 Feijoada/Frango frito Farofa de banana Couve/acelga Laranja 14/11/20 Frango a passarinho Macarrão ao sugo Pepino/tomate/ repolho Mamão 15/11/20 Pernil ao molho barbecue Salpicão Salada tropical Melancia 34 ANEXO C Modelo de Ficha Técnica de Preparação Nome da preparação: Frango Assado Categoria: Almoço Data: Ingredientes P Bruto Medida Caseira Fator de Correção Peso Líquido Custo Arroz 100g 1 Xc de chá 1.0 100g 0.52 Feijão 80g 1 concha 1.05 84g 0.92 Sobrecoxa 130g 1 Unidade média 1.31 120g 1.00 Couve 84g 4 colheres de sopa cheia 1.5 50g 0.33 Tomate 40g 1 xicara de chá 1.43 40g 0.65 Abobrinha 40g 1 xicara de chá 1.31 40g 0.20 Sal 4g 1 colher de café 1.0 4g 0.05 Óleo 200ml 1 xicará de chá 1.0 200ml 0.10 Modo de preparo: 1) Coloque o arroz e deixe fritar por cerca de 30 segundos. Adicione a água fervente e o sal. Abaixe o fogo e deixe cozinhar até a água ter quase secado. 2)Coloque o feijão e a água (para cada xícara (chá) de feijão use 3 de água), tampe a panela de pressão e depois que ela começar a chiar conte 25 minutos. 3) Em uma frigideira, coloque o óleo e deixe esquentar. Em seguida, acrescente a couve, misture com 2 pitadas de sal e deixe fritar por cerca de 2 minutos. 4) Lave bem a sobrecoxa, coloque-as em um refratário. Acrescente o sal Cubra com papel alumínio e leve ao forno para assar. Quando a água secar, retire o papel e deixe dourar. 5) Rodelas de tomate e abobrinha servidos crus Rendimento: 1 porção Peso por porção: 434g Custo total: 3.77 35 ANEXO D Fotos com a equipe da UAN- HCRV 36 REFERENCIAS ABREU, ES, Spinelli MGN, Pinto MAS. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: Um Modo de Fazer. São Paulo: Metha; 2007. AMSON, G. V.; HARACEMIV, S. M.; MASSON, M. L. 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