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Seminario IV Casa - Modulo I - TSJ - 2020 - Mariana Araújo

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Módulo Tributo e Segurança Jurídica 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro-
dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
 
Seminário IV 
 
 
MÓDULO: TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA 
 
INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFI-
CÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS 
 
Aluna: Mariana Carla de Araújo Silva 
IBET Maceió 
Questões 
1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? 
Diferençar: (i) validade, (ii) vigência; (iii) eficácia jurí-
dica; (iv) eficácia técnica e (v) eficácia social. 
Paulo de Barros Carvalho ensina que dizer que uma norma 
“N” é válida significa dizer que ela pertence ao sistema “S”. 
Ou seja, significa dizer que ela compõe o sistema do direito 
positivo. 
(i) A validade é o vinculo que se estabelece entre a propo-
sição normativa e o sistema do direito posto. 
(ii) A vigência é propriedade das regras jurídicas que estão 
prontas para propagar efeitos, tão logo aconteçam, no 
mundo fáctico, os eventos que elas descrevem. 
(iii) A eficácia jurídica é a propriedade de que está inves-
 
 Módulo Tributo e Segurança Jurídica 
 
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dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
tido o fato jurídico de provocar a irradiação dos efeitos que 
lhe são próprios. 
(iv) A eficácia técnica é a condição que a regra de direito 
ostenta, no sentido de descrever acontecimentos que, uma 
vez ocorridos no plano do real-social, tenham o condão de 
irradiar efeitos jurídicos, já removidos os obstáculos de 
ordem material que impediam tal propagação. 
(v) A eficácia social ou efetividade diz respeito aos padrões 
de acatamento com que a comunidade responde aos man-
damentos de uma ordem jurídica historicamente dada. 
2. Descreva o percurso gerador de sentido dos textos 
jurídicos explicando os planos: (i) dos enunciados to-
mados no plano da expressão (S1); (ii) dos conteúdos 
de significação dos enunciados prescritivos (S2); (iii) 
das significações normativas (S3); (iv) das relações 
entre normas (S4). 
 
Paulo de Barros Carvalho elaborou um estudo a respeito 
do percurso gerador do sentido dos textos jurídicos divi-
dindo-os em quatro planos, que serão descritos abaixo. 
(i) Plano S1: refere-se ao sistema da literalidade textual 
como suporte físico das significações jurídicas, no qual o 
texto jurídico prescritivo, na sua proporção mais angusta 
de significado, pode indicar (quando escrito) o conjunto de 
letras, palavras, frases, períodos e parágrafos, graficamen-
te manifestados nos documentos produzidos pelos órgãos 
de criação do direito. Este plano representa o contato ini-
cial do intérprete com a norma. 
(ii) Plano S2: refere-se ao conjunto dos conteúdos de signi-
ficação dos enunciados prescritivos. Nesta fase, o intér-
prete avança, e passa a atribuir valores unitários aos vários 
signos que encontrou justapostos, selecionando significa-
ções e compondo segmentos portadores de sentido. Ge-
rando, portanto, significados isolados para os enunciados. 
 
 Módulo Tributo e Segurança Jurídica 
 
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dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
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(iii) Plano S3: refere-se ao conjunto articulado das signifi-
cações normativas (sistema de normas jurídicas “stricto 
sensu”), ou seja, é necessário que ocorra a promoção da 
contextualização obtida no curso do processo gradativo, 
tendo como finalidade obter-se unidades completas de 
sentido para as mensagens deônticas. 
(iv) Plano S4: refere-se a organização das normas constru-
ídas no nível S3 (vínculos de coordenação e de subordina-
ção que se estabelecem entre as regras jurídicas), nesta 
fase as normas são organizadas numa estrutura escalona-
da, presentes laços de coordenação e de subordinação en-
tre as unidades construídas. Em S4 teremos, portanto, o 
arranjo final, no qual se alcança um conjunto montado na 
ordem superior do sistema. 
3. Há um sentido correto para os textos jurídicos? Faça uma 
crítica aos métodos hermenêuticos tradicionais. É possí-
vel falar em interpretação teleológica e literal no direito 
tributário? E em interpretação econômica? Justifique. 
(Vide anexos I e II). 
No direito não há que se falar em “certo” ou “errado”, o que 
ocorre é a valoração que cada intérprete aplica aos textos jurí-
dicos. Neste sentido, Aurora Tomazini afirma: 
“O intérprete se depara com todo aquele conjunto de 
enunciados prescritivos, desprovidos de qualquer 
valor, mas indicativos da existência de uma valora-
ção por parte do legislador, passa a interpretá-los, 
adjudicando valores aos símbolos positivados e, com 
isso, vai construindo seu sentido para concretizar 
valores, que segundo a sua construção, o legislados 
quis implementar.” 
 
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dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
A respeito dos métodos tradicionais de interpretação, Paulo de 
Barros Carvalho afirma: 
Utilizo a palavra “hermenêutica”, neste trecho, não 
apenas como teoria científica que se propõe a estu-
dar as técnicas possíveis de interpretação, no estilo 
de Emilio Betti, mas na sua acepção mais ampla, a-
brangendo o que ficou conhecido por “hermenêutica 
fislosófica”, consoante o pensamanto de Heidegger e 
de Gadamer. 
Pois bem, os metódos hermenêuticos tradicionais se limitam a 
interpretar de acordo com o que diz o texto prescritivo, fo-
cando em algum “ponto de partida”, conforme o método de 
interpretação que será utilizado, sem levar em consideração as 
significações dadas pelo intérprete. 
A interpretação teleológica, segundo a doutrina tradicional, 
está voltada a acentuar a finalidade da norma. Embora este 
método seja “aceitável”, não é suficiente, pois, devemos consi-
derar a valoração da norma que é feita pelo intérprete. 
A aplicação da interpretação literal também é considerada 
inviável no direito tributário, visto que esta se prende ao signi-
ficado literal do texto positivado, sendo a análise jurídica ape-
nas literal-gramatical. 
Por fim, na interpretação econômica, a doutrina tradicional 
defende que os efeitos econômicos devem sobresair-se aos 
efeitos jurídicos. Logo, percebemos que esse metódo de inter-
pretação também é inviavél, pois, se opõe ao princípio da lega-
lidade. 
4. A Lei “A” foi promulgada no dia 01/06/12 e publicada no 
dia 30 de junho desse mesmo mês e ano. A Lei “B” foi 
promulgada no dia 10/06/12, tendo sido publicada no 
dia 20 desse mesmo mês e ano. Na hipótese de antinomia 
entre os dois diplomas normativos, qual deles deve pre-
 
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dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
valecer? Justificar. 
No caso de antinomia, a lei “A” deverá prevalecer, tendo em 
vista que esta foi publicada posteriormente a lei “B”. 
 
Ademais, o §1º, do Art. 2º da LINDB prevê: 
 
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até 
que outra a modifique ou revogue. 
§1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o de-
clare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteira-
mente a matéria de que tratava a lei anterior. 
Por fim, para que a Lei “B” passe a não integrar o sistema 
jurídico, tornando-se inválida,deverá ser revogada ex-
pressamente. 
5. Compete ao legislativo a positivação de interpretações? 
Existe lei puramente interpretativa? Tem aplicabilidade o 
art. 106, I, do CTN ao dispor que a lei tributária interpreta-
tiva se aplica ao fato pretérito? Como confrontar este dis-
positivo do CTN com o princípio da irretroatividade? (Vide 
anexos III e IV). 
 
Embora esta não seja sua atividade principal, o legislativo 
é competente para positivar interpretações, pois, seus 
membros também são interlocutores. 
Não há lei puramente interpretativa, pois, a lei que prevê 
uma interpretação instituirá um novo enunciado prescri-
tivo no sistema. 
Acredito que a lei tributária interpretativa aplica-se ao fato 
pretérito caso beneficie o contribuinte. 
Conforme mencionado no anexo III: “o princípio da irre-
troatividade somente condiciona a atividade jurídica do 
Estado nas hipóteses expressamente previstas na Consti-
 
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dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
tuição.”. Logo, como dito anteriormente é possível que lei 
interpretativa benéfica ao consumidor retroaja. 
6. Dada a seguinte lei fictícia, responder às questões que 
seguem: 
 Lei ordinária federal n. 10.001, de 10/10/2015 (DO de 
01/11/2015) 
 Art. 1º Esta taxa de licenciamento de veículo tem como fato 
gerador a propriedade de veículo automotor com registro de 
domicílio no território nacional. 
 Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é o valor venal do veículo. 
 Parágrafo único. A alíquota é de 1%. 
 Art. 3º Contribuinte é o proprietário do veículo. 
 Art. 4º Dá-se a incidência dessa taxa no primeiro dia do quarto 
mês de cada exercício, devendo o contribuinte que se encon-
trar na situação descrita pelo art. 1º dessa lei, desde logo, in-
formar até o décimo dia deste mesmo mês, em formulário 
próprio (FORMGFA043), o valor venal, o tipo, a marca, o ano e 
a cilindrada do respectivo veículo. 
 Art. 5º A importância devida, a título de taxa, deve ser reco-
lhida até o décimo dia do mês subsequente, sob pena de multa 
de 10% sobre o valor do tributo devido. 
 Art. 6º Diante da não emissão do formulário (FORMGFA043) 
na data aprazada, poderá, a autoridade fiscal competente la-
vrar Auto de Infração e Imposição de Multa, em decorrência da 
não observância dessa obrigação, impondo multa de 50% so-
bre o valor do tributo devido. 
 (...) 
 
a) Em 01/06/2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu, 
em ação direta (com efeito erga omnes), pela incons-
titucionalidade desta lei federal. Identificar nas datas 
abaixo fixadas, segundo os critérios indicados, a situ-
 
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dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
ação jurídica da regra que instituiu o tributo, justifi-
cando cada uma das situações: 
 
Critérios\ 
datas 
11/10/20
15 
01/11/20
15 
01/02/20
16 
01/04/20
16 
01/07/20
17 
É válida Não Sim Sim Sim Sim 
É vigente Não Sim Sim Sim Não 
Incide Não Não Não Sim Não 
Apresenta 
eficácia 
jurídica 
Não Sim Sim Sim Não 
 
7. Uma lei inconstitucional (produzida materialmente em 
desacordo com a Constituição Federal – porém ainda não 
submetida ao controle de constitucionalidade) é válida? O 
vício de inconstitucionalidade pode ser sanado por 
emenda constitucional posterior? (Vide anexo V). 
 
Sim, está lei é válida, pois, integra o sistema jurídico. 
Além disso, mesmo que seja declarada inconstitucional 
posteriormente, pelo controle difuso, a lei perderá ape-
nas a eficácia técnica, permanecendo ainda vigente sem 
poder atua, até que o órgão que a promulgou venha a 
expulsá-la do sistema jurídico. 
Não, sendo a norma inconstitucional, não será possível 
sanar o vício através de emenda constitucional. 
 
8. Leia atentamente abaixo a sucessão de fatos no tempo: 
 
 FATO 1 – A lei n. 9.528/97, alterando o art. 25 da Lei n. 
 
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dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
8.212/91, estabeleceu que: 
 “Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física e do se-
gurado especial referidos, respectivamente, na alínea “a” do inciso V 
e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada a Seguridade Social, é 
de: 
 I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua pro-
dução; 
 II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua 
produção para o financiamento das prestações por acidente do tra-
balho.” 
 FATO 2 – Emenda Constitucional 20/1998 alterou a redação do 
art. 195, inciso I, da Constituição Federal. 
 REDAÇÃO NOVA: 
 Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos proveni-
entes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
 I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na 
forma da lei, incidentes sobre: 
 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, 
mesmo sem vínculo empregatício; 
 b) a receita ou o faturamento; 
 c) o lucro; 
 REDAÇÃO ANTERIOR: 
 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos proveni-
entes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
 I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o fatura-
mento e o lucro; 
 II - dos trabalhadores; 
 FATO 3 – O STF, em controle difuso, declarou inconstitucional o 
 
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art. 25, incisos I e UU, da Lei n. 8.212/91, com as alterações 
promovidas pela lei n. 9.528/97: 
 (RE 363852, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, 
julgado em 03/02/2010, DJe-071 DIVULGAÇÃO 22-04-2010 PUBLI-
CAÇÃO 23-04-2010): “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PRESSUPOSTO 
ESPECÍFICO - VIOLÊNCIA À CONSTITUIÇÃO - ANÁLISE - CONCLU-
SÃO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - COMERCIALIZAÇÃO DE BOVINOS - 
PRODUTORES RURAIS PESSOAS NATURAIS - SUB-ROGAÇÃO - LEI Nº 
8.212/91 - ARTIGO 195, INCISO I, DA CARTA FEDERAL - PERÍODO 
ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98 - UNICIDADE DE 
INCIDÊNCIA - EXCEÇÕES - COFINS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PRE-
CEDENTE - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. Ante o texto 
constitucional, não subsiste a obrigação tributária sub-rogada do 
adquirente, presente a venda de bovinos por produtores rurais, pes-
soas naturais, prevista nos artigos 12, incisos V e VII, 25, incisos I e II, 
e 30, inciso IV, da Lei nº 8.212/91, com as redações decorrentes das 
Leis nº 8.540/92 e nº 9.528/97. Aplicação de leis no tempo - consi-
derações.” 
 FATO 4 – A lei 10.256/2001, alterou o caput do artigo 25 da Lei 
n. 8.212/91: 
 “Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em subs-
tituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do 
segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V 
e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é 
de:” 
 FATO 5 - O STF reconheceu a constitucionalidadeda contribui-
ção do empregador rural pessoa física ao Fundo de Assistência 
ao Trabalhador Rural (FUNRURAL): 
 (RE 718874, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acór-
dão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 
30/03/2017, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉ-
RITO DJe-219 DIVULG 26-09-2017 PUBLIC 27-09-2017 REPUBLI-
CAÇÃO: DJe-225 DIVULG 02-10-2017 PUBLIC 03-10-2017) Ementa: 
TRIBUTÁRIO. EC 20/98. NOVA REDAÇÃO AO ARTIGO 195, I DA CF. 
POSSIBILIDADE DE EDIÇÃO DE LEI ORDINÁRIA PARA INSTITUIÇÃO 
 
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autorização. 
 
 
DE CONTRIBUIÇÃO DE EMPREGADORES RURAIS PESSOAS FÍSICAS 
INCIDENTE SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL. 
CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 10.256/2001. 1.A declaração inci-
dental de inconstitucionalidade no julgamento do RE 596.177 apli-
ca-se, por força do regime de repercussão geral, a todos os casos 
idênticos para aquela determinada situação, não retirando do orde-
namento jurídico, entretanto, o texto legal do artigo 25, que, manteve 
vigência e eficácia para as demais hipóteses. 2. A Lei 10.256, de 9 de 
julho de 2001 alterou o artigo 25 da Lei 8.212/91, reintroduziu o 
empregador rural como sujeito passivo da contribuição, com a alí-
quota de 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua 
produção; espécie da base de cálculo receita, autorizada pelo novo 
texto da EC 20/98. 3. Recurso extraordinário provido, com afirmação 
de tese segundo a qual É constitucional formal e materialmente a 
contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela 
Lei 10.256/01, incidente sobre a receita bruta obtida com a comerci-
alização de sua produção. 
 FATO 6 – Resolução do Senado n. 15/2017: 
 “Art. 1º É suspensa ,nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição 
Federal, a execução do inciso VII do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de 
julho de 1991, e a execução do art. 1º da Lei nº 8.540, de 22 de de-
zembro de 1992, que deu nova redação ao art. 12, inciso V, ao art. 25, 
incisos I e II, e ao art. 30, inciso IV, da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 
1991, todos com a redação atualizada até a Lei nº 9.528, de 10 de 
dezembro de 1997, declarados inconstitucionais por decisão defini-
tiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso 
Extraordinário nº 363.852.” 
 Considerando as ocorrências acima, responda fundamenta-
damente: 
a) Em dezembro de 1999, é possível afirmar que o art. 
25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei 
n. 9.528/97) é válido, vigente e possui eficácia técnica? 
 
Sim. É válido, está vigente e possui eficácia técnica. 
 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8212.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8212.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-8540-1992.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-8540-1992.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8212.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8212.htm
 
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b) A decisão na RE 363.852 é capaz de alcançar a valida-
de, vigência ou a eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 
8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? 
 
A decisão do recurso extraordinário alcança a vigência (a 
norma permanece vigente sem poder atuar) e a eficácia 
técnica. Contudo, não alcança a validade. 
 
c) Quais os efeitos da Resolução do Senado n. 15/2017 no 
que se refere à Vigência, validade e eficácia do art. 25, 
incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 
9.528/97)? 
 
Os efeitos da Resolução irão alcançar a vigência (a norma 
permanece vigente sem poder atuar) e a eficácia técnica do 
art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei 
n. 9.528/97). 
 
d) A decisão no RE 718.874 alcança a validade, vigência 
ou eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 
(redação dada pela lei n. 9.528/97)? 
 
Neste caso também alcançará a vigência (a norma perma-
nece vigente sem poder atuar) e a eficácia, pois, a validade 
não foi alcançada, como nas alterações anteriores. Logo, a 
partir do momento que o STF no julgamento do RE 
718.874, reconheceu a constitucionalidade da norma, está 
será modificada quanto à vigência e a eficácia.

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