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Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. Seminário IV MÓDULO: TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFI- CÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS Aluna: Mariana Carla de Araújo Silva IBET Maceió Questões 1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? Diferençar: (i) validade, (ii) vigência; (iii) eficácia jurí- dica; (iv) eficácia técnica e (v) eficácia social. Paulo de Barros Carvalho ensina que dizer que uma norma “N” é válida significa dizer que ela pertence ao sistema “S”. Ou seja, significa dizer que ela compõe o sistema do direito positivo. (i) A validade é o vinculo que se estabelece entre a propo- sição normativa e o sistema do direito posto. (ii) A vigência é propriedade das regras jurídicas que estão prontas para propagar efeitos, tão logo aconteçam, no mundo fáctico, os eventos que elas descrevem. (iii) A eficácia jurídica é a propriedade de que está inves- Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. tido o fato jurídico de provocar a irradiação dos efeitos que lhe são próprios. (iv) A eficácia técnica é a condição que a regra de direito ostenta, no sentido de descrever acontecimentos que, uma vez ocorridos no plano do real-social, tenham o condão de irradiar efeitos jurídicos, já removidos os obstáculos de ordem material que impediam tal propagação. (v) A eficácia social ou efetividade diz respeito aos padrões de acatamento com que a comunidade responde aos man- damentos de uma ordem jurídica historicamente dada. 2. Descreva o percurso gerador de sentido dos textos jurídicos explicando os planos: (i) dos enunciados to- mados no plano da expressão (S1); (ii) dos conteúdos de significação dos enunciados prescritivos (S2); (iii) das significações normativas (S3); (iv) das relações entre normas (S4). Paulo de Barros Carvalho elaborou um estudo a respeito do percurso gerador do sentido dos textos jurídicos divi- dindo-os em quatro planos, que serão descritos abaixo. (i) Plano S1: refere-se ao sistema da literalidade textual como suporte físico das significações jurídicas, no qual o texto jurídico prescritivo, na sua proporção mais angusta de significado, pode indicar (quando escrito) o conjunto de letras, palavras, frases, períodos e parágrafos, graficamen- te manifestados nos documentos produzidos pelos órgãos de criação do direito. Este plano representa o contato ini- cial do intérprete com a norma. (ii) Plano S2: refere-se ao conjunto dos conteúdos de signi- ficação dos enunciados prescritivos. Nesta fase, o intér- prete avança, e passa a atribuir valores unitários aos vários signos que encontrou justapostos, selecionando significa- ções e compondo segmentos portadores de sentido. Ge- rando, portanto, significados isolados para os enunciados. Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. (iii) Plano S3: refere-se ao conjunto articulado das signifi- cações normativas (sistema de normas jurídicas “stricto sensu”), ou seja, é necessário que ocorra a promoção da contextualização obtida no curso do processo gradativo, tendo como finalidade obter-se unidades completas de sentido para as mensagens deônticas. (iv) Plano S4: refere-se a organização das normas constru- ídas no nível S3 (vínculos de coordenação e de subordina- ção que se estabelecem entre as regras jurídicas), nesta fase as normas são organizadas numa estrutura escalona- da, presentes laços de coordenação e de subordinação en- tre as unidades construídas. Em S4 teremos, portanto, o arranjo final, no qual se alcança um conjunto montado na ordem superior do sistema. 3. Há um sentido correto para os textos jurídicos? Faça uma crítica aos métodos hermenêuticos tradicionais. É possí- vel falar em interpretação teleológica e literal no direito tributário? E em interpretação econômica? Justifique. (Vide anexos I e II). No direito não há que se falar em “certo” ou “errado”, o que ocorre é a valoração que cada intérprete aplica aos textos jurí- dicos. Neste sentido, Aurora Tomazini afirma: “O intérprete se depara com todo aquele conjunto de enunciados prescritivos, desprovidos de qualquer valor, mas indicativos da existência de uma valora- ção por parte do legislador, passa a interpretá-los, adjudicando valores aos símbolos positivados e, com isso, vai construindo seu sentido para concretizar valores, que segundo a sua construção, o legislados quis implementar.” Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. A respeito dos métodos tradicionais de interpretação, Paulo de Barros Carvalho afirma: Utilizo a palavra “hermenêutica”, neste trecho, não apenas como teoria científica que se propõe a estu- dar as técnicas possíveis de interpretação, no estilo de Emilio Betti, mas na sua acepção mais ampla, a- brangendo o que ficou conhecido por “hermenêutica fislosófica”, consoante o pensamanto de Heidegger e de Gadamer. Pois bem, os metódos hermenêuticos tradicionais se limitam a interpretar de acordo com o que diz o texto prescritivo, fo- cando em algum “ponto de partida”, conforme o método de interpretação que será utilizado, sem levar em consideração as significações dadas pelo intérprete. A interpretação teleológica, segundo a doutrina tradicional, está voltada a acentuar a finalidade da norma. Embora este método seja “aceitável”, não é suficiente, pois, devemos consi- derar a valoração da norma que é feita pelo intérprete. A aplicação da interpretação literal também é considerada inviável no direito tributário, visto que esta se prende ao signi- ficado literal do texto positivado, sendo a análise jurídica ape- nas literal-gramatical. Por fim, na interpretação econômica, a doutrina tradicional defende que os efeitos econômicos devem sobresair-se aos efeitos jurídicos. Logo, percebemos que esse metódo de inter- pretação também é inviavél, pois, se opõe ao princípio da lega- lidade. 4. A Lei “A” foi promulgada no dia 01/06/12 e publicada no dia 30 de junho desse mesmo mês e ano. A Lei “B” foi promulgada no dia 10/06/12, tendo sido publicada no dia 20 desse mesmo mês e ano. Na hipótese de antinomia entre os dois diplomas normativos, qual deles deve pre- Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. valecer? Justificar. No caso de antinomia, a lei “A” deverá prevalecer, tendo em vista que esta foi publicada posteriormente a lei “B”. Ademais, o §1º, do Art. 2º da LINDB prevê: Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. §1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o de- clare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteira- mente a matéria de que tratava a lei anterior. Por fim, para que a Lei “B” passe a não integrar o sistema jurídico, tornando-se inválida,deverá ser revogada ex- pressamente. 5. Compete ao legislativo a positivação de interpretações? Existe lei puramente interpretativa? Tem aplicabilidade o art. 106, I, do CTN ao dispor que a lei tributária interpreta- tiva se aplica ao fato pretérito? Como confrontar este dis- positivo do CTN com o princípio da irretroatividade? (Vide anexos III e IV). Embora esta não seja sua atividade principal, o legislativo é competente para positivar interpretações, pois, seus membros também são interlocutores. Não há lei puramente interpretativa, pois, a lei que prevê uma interpretação instituirá um novo enunciado prescri- tivo no sistema. Acredito que a lei tributária interpretativa aplica-se ao fato pretérito caso beneficie o contribuinte. Conforme mencionado no anexo III: “o princípio da irre- troatividade somente condiciona a atividade jurídica do Estado nas hipóteses expressamente previstas na Consti- Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. tuição.”. Logo, como dito anteriormente é possível que lei interpretativa benéfica ao consumidor retroaja. 6. Dada a seguinte lei fictícia, responder às questões que seguem: Lei ordinária federal n. 10.001, de 10/10/2015 (DO de 01/11/2015) Art. 1º Esta taxa de licenciamento de veículo tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor com registro de domicílio no território nacional. Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é o valor venal do veículo. Parágrafo único. A alíquota é de 1%. Art. 3º Contribuinte é o proprietário do veículo. Art. 4º Dá-se a incidência dessa taxa no primeiro dia do quarto mês de cada exercício, devendo o contribuinte que se encon- trar na situação descrita pelo art. 1º dessa lei, desde logo, in- formar até o décimo dia deste mesmo mês, em formulário próprio (FORMGFA043), o valor venal, o tipo, a marca, o ano e a cilindrada do respectivo veículo. Art. 5º A importância devida, a título de taxa, deve ser reco- lhida até o décimo dia do mês subsequente, sob pena de multa de 10% sobre o valor do tributo devido. Art. 6º Diante da não emissão do formulário (FORMGFA043) na data aprazada, poderá, a autoridade fiscal competente la- vrar Auto de Infração e Imposição de Multa, em decorrência da não observância dessa obrigação, impondo multa de 50% so- bre o valor do tributo devido. (...) a) Em 01/06/2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em ação direta (com efeito erga omnes), pela incons- titucionalidade desta lei federal. Identificar nas datas abaixo fixadas, segundo os critérios indicados, a situ- Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. ação jurídica da regra que instituiu o tributo, justifi- cando cada uma das situações: Critérios\ datas 11/10/20 15 01/11/20 15 01/02/20 16 01/04/20 16 01/07/20 17 É válida Não Sim Sim Sim Sim É vigente Não Sim Sim Sim Não Incide Não Não Não Sim Não Apresenta eficácia jurídica Não Sim Sim Sim Não 7. Uma lei inconstitucional (produzida materialmente em desacordo com a Constituição Federal – porém ainda não submetida ao controle de constitucionalidade) é válida? O vício de inconstitucionalidade pode ser sanado por emenda constitucional posterior? (Vide anexo V). Sim, está lei é válida, pois, integra o sistema jurídico. Além disso, mesmo que seja declarada inconstitucional posteriormente, pelo controle difuso, a lei perderá ape- nas a eficácia técnica, permanecendo ainda vigente sem poder atua, até que o órgão que a promulgou venha a expulsá-la do sistema jurídico. Não, sendo a norma inconstitucional, não será possível sanar o vício através de emenda constitucional. 8. Leia atentamente abaixo a sucessão de fatos no tempo: FATO 1 – A lei n. 9.528/97, alterando o art. 25 da Lei n. Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 8.212/91, estabeleceu que: “Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física e do se- gurado especial referidos, respectivamente, na alínea “a” do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada a Seguridade Social, é de: I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua pro- dução; II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para o financiamento das prestações por acidente do tra- balho.” FATO 2 – Emenda Constitucional 20/1998 alterou a redação do art. 195, inciso I, da Constituição Federal. REDAÇÃO NOVA: Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos proveni- entes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; REDAÇÃO ANTERIOR: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos proveni- entes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o fatura- mento e o lucro; II - dos trabalhadores; FATO 3 – O STF, em controle difuso, declarou inconstitucional o Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. art. 25, incisos I e UU, da Lei n. 8.212/91, com as alterações promovidas pela lei n. 9.528/97: (RE 363852, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 03/02/2010, DJe-071 DIVULGAÇÃO 22-04-2010 PUBLI- CAÇÃO 23-04-2010): “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PRESSUPOSTO ESPECÍFICO - VIOLÊNCIA À CONSTITUIÇÃO - ANÁLISE - CONCLU- SÃO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - COMERCIALIZAÇÃO DE BOVINOS - PRODUTORES RURAIS PESSOAS NATURAIS - SUB-ROGAÇÃO - LEI Nº 8.212/91 - ARTIGO 195, INCISO I, DA CARTA FEDERAL - PERÍODO ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98 - UNICIDADE DE INCIDÊNCIA - EXCEÇÕES - COFINS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PRE- CEDENTE - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. Ante o texto constitucional, não subsiste a obrigação tributária sub-rogada do adquirente, presente a venda de bovinos por produtores rurais, pes- soas naturais, prevista nos artigos 12, incisos V e VII, 25, incisos I e II, e 30, inciso IV, da Lei nº 8.212/91, com as redações decorrentes das Leis nº 8.540/92 e nº 9.528/97. Aplicação de leis no tempo - consi- derações.” FATO 4 – A lei 10.256/2001, alterou o caput do artigo 25 da Lei n. 8.212/91: “Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em subs- tituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:” FATO 5 - O STF reconheceu a constitucionalidadeda contribui- ção do empregador rural pessoa física ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL): (RE 718874, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acór- dão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 30/03/2017, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉ- RITO DJe-219 DIVULG 26-09-2017 PUBLIC 27-09-2017 REPUBLI- CAÇÃO: DJe-225 DIVULG 02-10-2017 PUBLIC 03-10-2017) Ementa: TRIBUTÁRIO. EC 20/98. NOVA REDAÇÃO AO ARTIGO 195, I DA CF. POSSIBILIDADE DE EDIÇÃO DE LEI ORDINÁRIA PARA INSTITUIÇÃO Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. DE CONTRIBUIÇÃO DE EMPREGADORES RURAIS PESSOAS FÍSICAS INCIDENTE SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 10.256/2001. 1.A declaração inci- dental de inconstitucionalidade no julgamento do RE 596.177 apli- ca-se, por força do regime de repercussão geral, a todos os casos idênticos para aquela determinada situação, não retirando do orde- namento jurídico, entretanto, o texto legal do artigo 25, que, manteve vigência e eficácia para as demais hipóteses. 2. A Lei 10.256, de 9 de julho de 2001 alterou o artigo 25 da Lei 8.212/91, reintroduziu o empregador rural como sujeito passivo da contribuição, com a alí- quota de 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; espécie da base de cálculo receita, autorizada pelo novo texto da EC 20/98. 3. Recurso extraordinário provido, com afirmação de tese segundo a qual É constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/01, incidente sobre a receita bruta obtida com a comerci- alização de sua produção. FATO 6 – Resolução do Senado n. 15/2017: “Art. 1º É suspensa ,nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução do inciso VII do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e a execução do art. 1º da Lei nº 8.540, de 22 de de- zembro de 1992, que deu nova redação ao art. 12, inciso V, ao art. 25, incisos I e II, e ao art. 30, inciso IV, da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, todos com a redação atualizada até a Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997, declarados inconstitucionais por decisão defini- tiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 363.852.” Considerando as ocorrências acima, responda fundamenta- damente: a) Em dezembro de 1999, é possível afirmar que o art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97) é válido, vigente e possui eficácia técnica? Sim. É válido, está vigente e possui eficácia técnica. http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8212.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8212.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-8540-1992.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-8540-1992.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8212.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8212.htm Módulo Tributo e Segurança Jurídica O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou repro- dução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. b) A decisão na RE 363.852 é capaz de alcançar a valida- de, vigência ou a eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? A decisão do recurso extraordinário alcança a vigência (a norma permanece vigente sem poder atuar) e a eficácia técnica. Contudo, não alcança a validade. c) Quais os efeitos da Resolução do Senado n. 15/2017 no que se refere à Vigência, validade e eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? Os efeitos da Resolução irão alcançar a vigência (a norma permanece vigente sem poder atuar) e a eficácia técnica do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97). d) A decisão no RE 718.874 alcança a validade, vigência ou eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? Neste caso também alcançará a vigência (a norma perma- nece vigente sem poder atuar) e a eficácia, pois, a validade não foi alcançada, como nas alterações anteriores. Logo, a partir do momento que o STF no julgamento do RE 718.874, reconheceu a constitucionalidade da norma, está será modificada quanto à vigência e a eficácia.
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