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Atividade Penal R

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ
DESENVOLVENDO COM EDUCAÇÃO
Profº(ª): JOSÉ ELVES BATISTA DIAS Disciplina: DIREITO PENAL II Aluno (a): Andressa Cristina Gonçalves Rodrigues Nota: _______ 
1. A prescrição da pretensão punitiva retroativa regula-se pelo máximo de pena privativa de liberdade cominada ao crime? Explique apresentando fundamentação jurídica.
R: Conforme o art. 109 do CP, a prescrição antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no art. 110, parágrafo 1° deste Código que preceitua, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: I - Em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; II - Em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; III - Em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; IV - Em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; V - Em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VI - Em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
2. A abolitio criminis constitui uma situação de lei penal posterior mais benigna, que deve alcançar, inclusive, fatos definitivamente julgados, ainda que em fase de execução? Explique apresentando fundamentação jurídica.
R: Certo, pois A abolitio criminis é uma lei que determinada conduta não mais configura crime (ou seja, torna atípica uma conduta que era anteriormente tipificada), essa lei tem efeitos pretéritos e alcance até mesmo a fase de execução
3. É incabível o livramento condicional para o condenado por crime doloso cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, mesmo se as condições pessoais não fizerem presumir que o condenado não voltará a delinquir? Explique apresentando fundamentação jurídica.
R: Sim, pois nos casos de livramento condicional, para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do benefício ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir.
4. Quais efeitos penais segundários automáticos que não precisam ser expressamente pronunciados pelo juiz na sentença condenatória? Fale sobre cada um deles.
R: São os efeitos evidenciados no art. 91 do CP, que são os seguintes: I – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime (dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito); II – a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé (do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a pratica do fato criminoso).
5. No dia 15 de abril de 2011, João, nascido em 18 de maio de 1991, foi preso em flagrante pela prática do crime de furto simples, sendo, em seguida, concedida liberdade provisória. A denúncia somente foi oferecida e recebida em 18 de abril de 2014. Ao final da fase instrutória, a pretensão punitiva foi acolhida, sendo aplicada ao acusado a pena de 01 ano de reclusão em regime aberto, substituída por restritiva de direitos. A sentença condenatória foi publicada em 19 de maio de 2016, tendo transitado em julgado para a acusação.
Intimado da decisão respectiva, João procura você, na condição de advogado(a), para saber sobre eventual prescrição, pois tomou conhecimento de que a pena de 01 ano, em tese, prescreve em 04 anos, mas que, no caso concreto, por força da menoridade relativa, deve o prazo ser reduzido de metade.
Diante desse quadro, você, como advogado(a), deverá esclarecer que
R: Não há que se falar em prescrição, no caso apresentado.
6. Faça a distinção entre perdão judicial e perdão do ofendido, apontando quando será cabível. 
R: Perdão do ofendido é a manifestação da vontade, expressa ou tácita, do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de desistir da ação penal privada já iniciada, ou seja, é a desistência manifestada após o oferecimento da queixa. Sendo cabível só na ação penal exclusivamente privada, sendo inaceitável na ação privada subsidiária da pública, já que esta mantem sua natureza de ação pública.
Perdão judicial é uma causa extintiva da punibilidade consistente em uma faculdade do juiz de, nos casos previstos em lei, deixar de aplicar a pena, em face de justificadas circunstância excepcionais, sendo cabível em momento oportuno para a concessão do perdão judicial é na sentença, quando o juiz deverá primeiro considerar o réu culpado para, posteriormente, reconhecer o cabimento do perdão, deixando de aplicar a pena.
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