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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DE ALIMENTOS Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DAALM - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ALIMENTOS CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS PROTEÍNAS MEDIANEIRA Prof. Flávio D. Ferreira 2 1. Proteínas São macromoléculas constituídas por monômeros de aminoácidos unidos entre si por ligações peptídicas O primeiro descoberto: Asparginina (1806) Ultimo: Treonina (1938) Proteínas são formadas por um conjunto de apenas 20 aminoácidos PROTEÍNAS 3 1. Proteínas São macromoléculas constituídas por monômeros de aminoácidos unidos entre si por ligações peptídicas Agrupados em diferentes sequências e números Proteínas são formadas por um conjunto de apenas 20 aminoácidos Origina milhares de proteínas Diferentes funções biológicas Cada proteína possui uma sequência única de aminoácidos PROTEÍNAS 4 1. Proteínas Mioglobina Hemoglobina Composição de algumas proteínas Proteínas No de aminoácidos No de cadeias polipeptidicas Insulina (humana) 51 2 Lisozima (clara do ovo) 129 1 Mioglobina (humana) 153 1 Hemoglobina (humana) 574 4 RNA polimerase 4100 5 Apolipoproteina B (humana) 4536 1 Cadeia polipeptídicas são chamadas subunidades PROTEÍNAS 5 2. Estrutura das proteínas As proteínas possuem 4 tipos de estrutura: Sequência de aminoácidos Tamanho da cadeia Configuração espacial Estrutura primária Estrutura secundária Estrutura terciária Estrutura quaternária Determinada Estrutura primária Estrutura secundária Estrutura terciária Estrutura quaternária PROTEÍNAS São as macromoléculas mais abundantes, ocorrendo em todas as células O corpo humano, por exemplo, produz cerca de 100.000 proteínas 6 2. Estrutura das proteínas 2.1 Estrutura primária • Cadeia polipeptídica formada por uma sequência linear de aminoácidos • Estrutura sem orientação espacial, apenas uma sequência de aminoácidos • É o nível estrutural mais simples e importante, pois origina os arranjos espaciais da molécula • Mantida por ligações peptídicas e pontes dissulfeto ligação covalente entre dois grupos sulfidrila Pontes dissulfeto: PROTEÍNAS 7 A insulina bovina difere da humana em três resíduos de aminoácidos enquanto que a suína, em um resíduo. Atualmente são conhecidas as estruturas primárias de inúmeras proteínas A insulina foi a primeira a ser determinada 1953 - Biólogo britânico Frederick Sanger Frederick Sanger possui duas cadeias polipeptídicas: 2. Estrutura das proteínas 2.1 Estrutura primária PROTEÍNAS 8 Algumas doenças genéticas resultam em proteínas com sequências de aminoácidos anormais. Anemia falciforme Em pessoas saudáveis São arredondadas e circulam facilmente pelos vasos sanguíneos Em pessoas com a doença São rígidas, com formato de foice dificultando a circulação pelos vasos Hemácias Hemácias Substituição de 1 único resíduo de aa 2. Estrutura das proteínas 2.1 Estrutura primária PROTEÍNAS 9 Pontes de hidrogênio: ligação entre átomo rico em elétrons (O2) com o hidrogênio ligado ao O2 ou N2 • Ocorre o arranjo espacial dos aminoácidos da sequência primária da proteína • Possibilidade de rotação das ligações entre os Cα e seus grupamentos amina e carboxila • Estrutura é estabilizada por pontes de hidrogênio • Existem dois tipos de estrutura secundária: α- hélice e β-pregueada 2. Estrutura das proteínas 2.2 Estrutura secundária PROTEÍNAS 10 Aminoácidos enrolados em forma de hélice em torno de um eixo imaginário central α-hélice: Pontes de hidrogênio intramoleculares originam a α- hélice, conferindo estabilidade a estrutura 2. Estrutura das proteínas 2.2 Estrutura secundária PROTEÍNAS 11 α-hélice: Q u e ra ti n a - F io d e c a b e lo C o lá g e n o - T e n d õ e s 2. Estrutura das proteínas 2.2 Estrutura secundária PROTEÍNAS 12 Estrutura em forma de zigue-zague, achatada e rígida β- pregueada ou β- conformação Pontes de hidrogênio intermoleculares dão origem a β- pregueada Ao contrario da α-helice, a conformação β é formada por duas ou mais cadeias polipeptídicas 2. Estrutura das proteínas 2.2 Estrutura secundária PROTEÍNAS 13 Proteína β-amiloide – doença de Alzheimer Estrutura secundária da proteína β-amiloide β- pregueada ou β- conformação 2. Estrutura das proteínas 2.2 Estrutura secundária PROTEÍNAS 14 • Enovelamento da estrutura secundária da cadeia polipeptídica • Estrutura adquire forma tridimensional • Os aminoácidos mais distantes na sequência polipeptídica podem interagir originando uma estrutura dobrada • Interações entre as cadeias laterais – originando uma estrutura altamente organizada e estável Estrutura terciária confere a atividade biológica as proteínas 2. Estrutura das proteínas 2.3 Estrutura terciária PROTEÍNAS 15 A estabilidade da estrutura terciária é mantida através de: Pontes disulfeto Ligação covalente entre dois grupos sulfidrila Pontes de hidrogênio Ligação entre átomo eletronegativo (O2) com o hidrogênio ligado ao O2 ou N2 2. Estrutura das proteínas 2.3 Estrutura terciária PROTEÍNAS 16 A estabilidade da estrutura terciária é mantida através de: Interações iônica Cadeia lateral com grupos carregados positivamente interagem com grupos carregados negativamente LisinaGlutamato Aminoácidos com cadeias laterais apolares tendem a se localizar no interior da molécula polipeptídica, onde se associam com outros AA hidrofóbicos Interações hidrofóbicas 2. Estrutura das proteínas 2.3 Estrutura terciária PROTEÍNAS 17 2. Estrutura das proteínas 2.4 Estrutura quaternária Hemoglobina é formada por quatro cadeias polipeptídicas A síntese isolada de subunidades é mais eficiente que o aumento de tamanho da cadeia polipeptídica única. Consiste na associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas São estabilizadas pelas mesmas interações da terciária Por que as proteínas são compostas por cadeias polipeptídicas? As cadeias podem funcionar independentemente umas das outras, ou trabalhar cooperativamente PROTEÍNAS 18 Estrutura primária Estrutura secundária Estrutura terciária Estrutura quaternária Memorex PROTEÍNAS 19 3. Classificação das proteínas 3.1 Quanto ao tipo Contêm apenas aminoácidos em sua estrutura Proteínas simples: Proteínas conjugadas: Apresentam além de aminoácidos outros compostos de natureza não-proteica Grupos prostéticos Lipídio – LipoproteínaCarboidrato – Glicoproteína Imunoglobulina hemoglobina glicosilada glicose no sangue Diabetes PROTEÍNAS 20 Proteínas fibrosas: Proteínas globulares: • Cadeias polipeptídicas longas • Formadas por um único tipo de estrutura secundária • Possuem forma de filamento e alongada • Função protetora e estrutural • Confere elasticidade e resistência aos e tecidos • Cadeias polipeptídicas enoveladas • Estruturas tridimensionais terciária ou quaternária • Possuem forma esférica ou globular • Funções de transporte, defesa, catálise • Formadas por diferentes tipos de estrutura secundária 3. Classificação das proteínas 3.2 Quanto a forma PROTEÍNAS 21 Proteínas fibrosas: α-queratina • Cadeias polipeptídicas enroladasem forma de corda • Encontrada: cabelo, unhas, pele, chifres Colágeno • Proteína mais abundante do corpo humano • Estrutura se estabiliza por ligações covalentes, que aumentam com a idade do animal – rigidez da carne • Encontrada nos ossos, cartilagens e tendões 3. Classificação das proteínas 3.2 Quanto a forma PROTEÍNAS 22 Proteínas globulares: Hemoglobina • Estrutura quaternária constituída por quatro cadeias polipeptídicas • Função de transporte do oxigênio dos pulmões aos tecidos periféricos • Estrutura mais complexa do que a mioglobina • Presente nas hemácias Mioglobina • Estrutura terciária, constituída por uma única cadeia polipeptídica • Função de armazenamento e transporte do oxigênio nos músculos • Presente nas células musculares 3. Classificação das proteínas 3.2 Quanto a forma PROTEÍNAS 23 P ro te ín a s D if e re n te s f u n ç õ e s Catalisadoras – alteram a velocidade das reações Enzimas: álcool desidrogenase Transportadoras – transportam íons ou moléculas entre os órgãos. Hemoglobina (oxigênio) Defesa – defendem o organismo contra corpos estranhos Anticorpos: Imunoglobulina Reguladoras – regulam atividade celular Hormônios: Insulina e glucagon Estruturais – fornecem proteção e resistência Colágeno e queratina 3. Classificação das proteínas 3.3 Quanto a função PROTEÍNAS 24 Sem romper as ligações peptídicas (estrutura primária) Tratamento relativamente brando, no sentido que nenhuma ligação covalente na cadeia polipeptídica é rompida, preservando a seqüência de aminoácidos Ocorre quando o arranjo tridimensional da cadeia polipeptídica é rompido A proteína perde sua estrutura secundária, terciária e quaternária Calor Agentes desnaturantes Solventes orgânicos Extremos de pHAgitação mecânica Ácido Básico 4. Desnaturação proteica PROTEÍNAS 25 Ocorre quando o arranjo tridimensional da cadeia polipeptídica é rompido Estrutura tridimensional das proteínas é fundamental para o exercício de suas funções Desnaturação proteica Retirando o agente desnaturante Renaturação Perda parcial ou completa das funções biológicas Retomam a estrutura nativa Retomam a atividade biológica 4. Desnaturação proteica PROTEÍNAS 26
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