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Fisiopatologia e Dietoterapia da “Obesidade” Estácio - Curso de Nutrição Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Prof.ª Sheila Guimarães http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=xjwz9S7m9Mku5M&tbnid=oHXa0--mfB3oHM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.superinformado.com.br/destaque/cientistas-identificam-especie-de-bacteria-ligada-a-obesidade-2/&ei=IMtCUur8IZHA4AP58IDQAg&bvm=bv.53077864,d.dmg&psig=AFQjCNFhWIW3yQUKer9UwRA3v15smtzlIQ&ust=1380195352065635 Bile Após ingestão, as lipases pancreáticas hidrolisam os triglicerídeos em ácidos graxos livres, monoglicerídeos e diglicerídeos. Sais biliares liberados na luz intestinal emulsificam estes e outros lipídeos oriundos da dieta e da circulação entero- hepática, com formação de micelas. Emulsificação Maior área de contato com H2O lipases Micelas Grande bolha de lipídeo Metabolismo lipídico Lipídeos: absorção e transporte Formação de micelas Absorvido nos enterócitos Segue pela circulação linfática Incorporada aos quilomícrons Na circulação, os quilomícrons sofrem hidrólise pela Lipase Lipoproteica (LPL) Liberação de Glicerol + ác. graxo Ác. Graxos Remanescentes irão para a Formação de VLDL hepática Utilizadas pelo músculo ou armazenadas nos adipócitos Funções orgânicas essenciais: proteção de órgãos, isolamento térmico, síntese hormonal. Massa gorda Gordura Em excesso pode ser prejudicial à saúde: doenças como diabetes, hipertensão arterial e cardiopatias. Composição corporal http://apps.who.int/bmi/index.jsp % imc Adultos Obesos Obesidade no mundo Transformações das condições de VIDA Transformações das condições de SAÚDE Transformações das condições de NUTRIÇÃO Últimos 50 anos OBESIDADE Pinheiro et al., 2004; Ferreira et al., 2006; Malta et al., 2006; Rinaldi et al., 2008. Obesidade no Brasil Transição Nutricional 7,8 12,8 12,7 13,1 13,3 ENDEF (1975) PNSN (1989) POF (2002-2003) VIGITEL (2006) VIGITEL (2008) Homens Mulheres IBGE, 2004; Brasil, 2007; 2009. 2,8 5,1 8,8 11,9 12,4 ENDEF (1975) PNSN (1989) POF (2002-2003) VIGITEL (2006) VIGITEL (2008) VIGITEL, MS, Brasil, 2012 Obesidade ▪ É uma DOENÇA CRÔNICA representada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que, acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos. Pinheiro et al., 2004; Velásquez-Meléndez et al., 2004; OMS, 2004; Ferreira et al., 2006. Tipos de obesidade Obesidade, adipócitos e comorbidades Tecido PASSIVO de armazenamento de energia Tecido ATIVO na regulação hormonal Redon et al., 2009. Adipocinas (leptina, adiponectina), citocinas (IL-6, TNF, hormônios (angiotensinogênio), Adipócitos e Fisiopatologia da Obesidade ADIPÓCITOS: • gotícula grande contendo lipídeos, citoplasma, núcleo e mitocôndrias • Armazenam TRIGLICERÍDEOS 80 a 95% do seu volume/capacidade • no tamanho (HIPERTROFIA) e/ou número (HIPERPLASIA) = tecido adiposo (ganho de peso) • Pode expandir até 1000x o seu volume/capacidade. Adipócitos, Hipertrofia e Hiperplasia PPARγ CEBPα http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=x5f09nhxPZd3hM&tbnid=b8CJXCAW59MgWM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.omega4cosmeticos.com.br/2011/08/linha-body-esthetic.html&ei=H85CUofpJvKl4AO-iIHoBA&bvm=bv.53077864,d.dmg&psig=AFQjCNGZAPULMjAMGZNbhjpY7ClrlJ3Lag&ust=1380196241381778 B-oxidação dos ácidos graxos Mecanismo pelo qual nossas células conseguem utilizar os lipídeos para gerar energia, ou seja, para gerar ATP Lipídeos na produção de energia β-oxidação dos ácidos graxos O primeiro passo para extrair energia a partir de triglicerídeos é separar a molécula de glicerol dos ácidos graxos Glicerol Três ácidos graxos Triglicerídeos (forma de armazenamento de energia) Lipólise Destino do glicerol Triglicerídeos Glicerol + ácido graxo Diidroxicetona fosfato é um intermediário entre a glicose e piruvato ou um intermediário para produção de glicose pela gliconeogênese Destino do ácido graxo: β-oxidação Qual o passo indicativo para sinalizar que a molécula de ácido graxo vá para a b-oxidação e não para a síntese de triglicerídeos? Ligar o ácido graxo à coenzima A – formando a molécula de acil-CoA (ácido graxo + coenzima A) para que o ácido graxo seja transportado através da membrana mitocondrial e, dentro da mitocôndria, sofra b-oxidação. E s q u e m a d e t ra n s p o rt e d e á c id o s g ra x o s a tr a v é s d a m e m b ra n a m it o c o n d ri a l. β-oxidação do ácido graxo ácido palmítico – ácido graxo mais comum, com 16 carbonos Triglicerídeos β oxidação dos Ácidos graxos Glicerol Glicose ou piruvato Lipólise nos adipócitos Corpos cetônicos Acetil-CoA + NADH e FADH Princípios de bioquímica de Lehinnger- 5ª Ed. Excedem a capacidade de metabolização hepática Cetose/acidose Consequências do predomínio da β-oxidação do ácido graxo Ciclo de Krebs Carnitina Acetil-CoA em excesso é desviado para cetogênse hepática Utilizados como fonte de energia para músculo e poupando glicose para o cérebro Fonte de energia Lipídeos no armazenamento de energia Síntese de ácidos graxos Ocorre principalmente no fígado e menos no tecido adiposo O substrato inicial é o acetil-CoA Muito ATP inibe a enzima (isocitrato desidrogenase) que permite que o citrato siga em direção ao ciclo de Krebs e o desvia para a síntese de lipídeos. Síntese de ácidos graxos Indicativo de que temos energia sobrando, o que irá estimular a síntese de ácidos graxos. Dentro da mitocôndria Fora da mitocôndria Como a membrana mitocondrial é impermeável ao acetil-CoA, o citrato é formado (primeira etapa do ciclo de Krebs), atravessa a membrana mitocondrial, voltando a formar acetil-CoA no citosol. Ácido graxo Piruvato CO2 Síntese de ácidos graxos Fora da mitocôndria (no citosol da célula) Ácido graxo CO2 Para que a partir do Acetil-CoA (molécula com dois carbonos) seja gerado o ácido palmítico (ácido graxo com 16 carbonos), serão adicionados carbonos à molécula. Esses carbonos serão adicionados de dois em dois até formar o ácido palmítico (ácido graxo saturado – sem duplas ligações) a partir de um sistema enzimático chamado sintase de ácido graxo. Os dois primeiros carbonos são provenientes do Acetil-CoA. Os outros carbonos serão provenientes do malonil-CoA. Síntese de ácidos graxos Como o excesso de calorias pode levar ao aumento de peso? Como o excesso de calorias pode levar ao aumento de peso? Glicólise Piruvato Glicose Citrato sai da mitocôndria porque já tem muito ATP Volta a formar acetil-CoA Síntese de ácido graxo Proteína, lipídeo e glicose Acetil- CoA LPL e LHS na Obesidade Obesidade da atividade da LPL (LIPOGÊNESE) da Lipase hormônio sensível (LHS) (LIPÓLISE) LPL e LHS no processo de Emagrecimento Perda de PESO da atividade da LPL (LIPOGÊNESE) da Lipase hormônio sensível (LHS) (LIPÓLISE) Diagnosticando “Obesidade” • ≥30Kg/m2 • Cole et al., 2007. Adolescente • ≥30Kg/m2 • WHO, 2000. Adulto • >27Kg/m2 • Lipschitz,1994. Idoso WHO, 2000; Abrantes et al., 2003; Cervi et al., 2005. Diretrizes Brasileiras de Obesidade, ABESO, 3ª Edição, 2009/2010. Pontos de Corte para IMC estabelecidos para Adultos Fatores associados à Obesidade Obesidade Genéticos Psicológicos Ambientais Culturais Socioeconômicos Francischi et al, 2000; Ferreira et al, 2006. Fatores de Estilo de Vida (ambientais) Alimentação Tabagismo Álcool Sedentarismo Francischi et al, 2000; Ferreira et al, 2006. Problema de SAÚDE PÚBLICA Excesso de GORDURA CORPORAL Fator de risco para DCNT Pi-Sunyer, 2002; Pereira et al., 2003; Ferreira et al., 2006; Mariath et al., 2007; Steemburgo et al., 2007. Impacto Clínico da Obesidade OBESIDADE Diabetes Tipo II Dislipidemia DCV Hipertensão Arterial Síndrome Metabólica CâncerDistúrbio Respiratório Doenças Articulares Outras Resistência Insulínica Francischi, et al., 2000; Steemburgo et al., 2007; Redon et al., 2009 DCNT x Obesidade Complicações Metabólicas da Obesidade Obesidade Central Hipertrofia dos Adipócitos Anormalidade da Lipólise ↑ ácidos graxos livres no sangue Ácidos graxos livres (FFAs) ou Ácidos graxos não esterificados (NEFAs) Correlação inversa entre os FFAs plasmáticos e a sensibilidade à insulina em obesos. Efeitos na redução da atividade de proteínas de sinalização da insulina. O excesso de FFAs impedem a sinalização da insulina diretamente nos tecidos e indiretamente pela ativação de citocinas pró-inflamatórias. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas Das Doenças - 9ª Ed. 2016 Complicações Metabólicas da Obesidade Etapas do processo patológico que liga a obesidade central à falência das células β pancreáticas. Obesidade Central ↑ AGL, Resistina, Il-6 e TNF-α + ↓ Adiponectina Resistência insulínica Hiperinsulinemia Diabetes Tipo II Obesidade e Diabetes http://diabetesmed89.blogspot.com/2009/06/diabetes-mellitus-tipo-ii_17.htmlPi-Sunyer, 2002; Redon et al., 2009. É causado por uma combinação de resistência periférica à ação da insulina e uma resposta secretória inadequada das células β pancreáticas. Hiperglicemia e Secreção de Insulina Cromo – necessário para sinalização http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=DpLXFxlXG3bapM&tbnid=iynQSa9fpR5QIM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ribeiraopretoonline.com.br/coluna-julieta-ueta/razao-cintura-quadril-circunferencia-da-cintura-e-imc-o-que-usar-para-indicacao-de-risco-a-saude/43989&ei=FdRCUo29KpTI4AOg_oCQCw&psig=AFQjCNG_QqoWleFdtaH_iib3tDn4Fb7-aw&ust=1380197043002505 Hipertensão Arterial na Obesidade Hipersinulinemia ↑ Reabsorção de Sódio ↑ AGL ↑ Vasoconstrição ↑ Sistema Nervoso Simpático ↑ Angiotensinogênio ↑ Angiotensina II Obesidade e Hipertensão Resistência Insulínica Retenção de Sódio SNS Aldosterona Renina Angiotensinogênio Angiotensina II HIPERTENSÃO Francischi et al., 2000; Redon et al., 2009. Obesidade e Dislipidemia Hiperinsulinemia Triglicerídeos Síntese VLDL colesterol Francischi et al., 2000; Faria et al., 2006; Mathew et al., 2008.
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