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24/11/2018 1 Profa. Me. Luciana F. Seacero Granja Síndrome de Down Síndrome de Down: descrita em 1866 por um médico britânico: Dr.John Langdon Down. Caracterizada: trissomia do Cromossomo 21. Cariotipagem cromossômica: durante a gestação, por análise citogenética das vilosidades coriônicas ou células do líquido amniótico/ após nascimento. Síndrome de Down trissomia simples (padrão): a pessoa possui 47 cromossomos em todas as células (ocorre em cerca de 95% dos casos de Síndrome de Down). A causa da trissomia simples do cromossomo 21 é a não disjunção cromossômica. • translocação: o cromossomo extra do par 21 fica "grudado" em outro cromossomo. Nese caso embora indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de Down (cerca de 3% dos casos de Síndrome de Down • mosaico: a alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos (ocorre em cerca de 2% dos casos de Síndrome de Down Síndrome de Down 24/11/2018 2 CARIÓTIPO No Brasil a incidência desta síndrome é de 1,13:1000 nascidos vivos. 1:600 nascidos vivos (outra incidência) Mundial: 1 a 2 casos a cada 1000 nascimentos. Idade materna acima de 35 anos. Idade paterna (Zhu JL, Madsen KM, Vestergaard M, Olesen AV, Basso O, Olsen J., 2005). Incidência Declaração de Salamanca Conferência Mundial da UNESCO → Necessidades Educacionais Especiais (1994) Educação: Direitos humanos No Brasil →Constituição Federal de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9.394/96 “Educação é um direito de todos e que as pessoas com deficiência devem ter atendimento educacional, preferencialmente, na rede regular de ensino.” Políticas de Inclusão 24/11/2018 3 Deficiência intelectual Hipotonia muscular Baixa estatura, Características faciais e malformações congênitas Malformações cardíacas. Alterações Sistema gastrointestinal Malformação de pés, mãos: sindactilia, prega palmar única Frouxidão ligamentar: articulação atlanto-axial Malformação dentária (agenesias dentárias, fissuras lábio palatinas) Alterações comportamentais Alterações Alterações oftalmológicas: fendas palpebrais estreitas e oblíquas epicanto, ametropias (alta miopia), anomalias de íris (manchas de Brushfield) estrabismo, nistagmo, blefarite obstrução das vias lacrimais excretoras, alterações retinianas ambliopia, catarata, ceratocone, eversão congênita das pálpebras superiores Alterações clínicas 24/11/2018 4 Início em fase pré-natal. Após nascimento: a velocidade de crescimento é muito reduzida entre seis e 36 meses. A puberdade pode ocorrer antes do esperado na população e associada a um déficit no crescimento. Crianças com SD necessitam do uso de curvas de peso e estatura/crescimento específicas. Baixa estatura Alterações auditivas A hipotonia muscular afeta a musculatura da árvore traqueobrônquica, prejudicando a eliminação das secreções. O acúmulo de muco → infecções das vias aéreas superiores →quadros de otites médias. Disfunção ou comprometimento de orelha média Alterações na tuba auditiva anormal, estenose do canal auditivo externo e hipoplasia da mastóide. Alterações clínicas A perda auditiva ocorre em cerca de dois terços das crianças com SD, podendo apresentar-se como perda auditiva condutiva, neurossensorial, ou mista. Prevalência maior de perda condutiva: 60-80% Alterações clínicas 24/11/2018 5 Otites médias secretoras: difusão de toxinas bacterianas e citocinas da orelha média para a cóclea →lesões estruturais na orelha interna perdas auditivas neurossensoriais. Cóclea anatomicamente menores. Presbiacusia, com instalação progressiva a partir da segunda década. Alterações clínicas Alterações orofaciais Hipotonia muscular → sistema estomatognático (SE) Músculos e ligamentos Deglutição adaptada Atresia maxilar (terço médio da face) →redução da cavidade oral e palato ogival, Mordidas abertas/mordida cruzada Respiração oral e rebaixamento mandibular Alterações clínicas Alterações de linguagem Compreensão melhor do que expressão nas crianças com SD Narrativa com alterações DI: gagueira em 3% / 1% da população geral. Maior prevalência na SD do que em sujeitos com DI Prejuízo motor; linguagem Alterações 24/11/2018 6 Linguagem: Aquisição lexical com atraso Uso de comunicação gestual O desenvolvimento da linguagem passa mesmas fases que o desenvolvimento de linguagem esperado para a população em geral, de forma mais lentificada. A linguagem pode apresentar alterações sem completar seu ciclo. Alterações APRAXIA “uma desordem motora dos sons, que interfere especificamente o planejamento ou a execução do movimento orofacial durante a produção dos fonemas.” (Bearzotti, Tavano, Fabbro F., 2007) “transtorno da articulação no qual há comprometimento da capacidade de programar voluntariamente a posição da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios e a seqüência dos movimentos musculares para a produção de fonemas e palavras. Essas dificuldades de programação de posição e sequência dos movimentos ocorrem, apesar de sistemas motores, sensoriais, das habilidades de compreensão, atenção e cooperação encontrarem-se preservados.” (Metter EJ.1991; Syder D.1997) Alterações de fala Crescimento menor do que o esperado Observa-se em alguns casos alterações cardíacas Relatos de diminuição de movimentos fetais Pré-Natal 24/11/2018 7 Exames Período neonatal e primeiros meses Diagnosticar a SD Catarata congênita Cardiopatias Alterações no sistema gastrointestinal Hipotireoidismo Avaliação auditiva Encaminhamentos SINAIS E ACOMPANHAMENTOS Avaliação global Equipe médica Neonatologista Pediatras Cardiologista (quando necessário) Neurologista Encaminhamento para o exame de cariótipo Perinatal 24/11/2018 8 Pré-escola Avaliação ortopédica Articulação atlanto-axial Avaliação odontológica Exames audiológicos anuais Tireóide Avaliação oftalmológica Acompanhamento terapêutico ACOMPANHAMENTOS Adulto Tireóide Acompanhamento odontológico Orientação dietética Acompanhamento médico Alzheimer, alterações psiquiátricas Orientação ACOMPANHAMENTOS Infância Adolescência Adulto Velhice ACOMPANHAMENTOS 24/11/2018 9 Linguagem Fala Audição Motricidade Orofacial Avaliação Fonoaudiológica Avaliação global Contexto da avaliação Aspectos sociais Avaliação postural Avaliação reflexos Avaliação da Linguagem/Comunicação Avaliação da MO Avaliação Voz Avaliação Fga. M s. Luciana Furtado Seacero Granja Anamnese: histórico gestacional, parto, alimentação, medicamentos, sono, dificuldades com a criança/adulto Sistema sensoriomotor oral 1) Cavidade oral 2) Lábios 3) Língua Avaliação 24/11/2018 10 Fga. M s. Luciana Furtado Seacero Granja 4) Bochechas 5) Mandíbula 6) Postura habitual 7) Postura na alimentação 8) Adaptações: materiais adaptados, órteses e próteses Avaliação Fga. M s. Luciana Furtado Seacero Granja 9) Deglutição 10) Mastigação 11) Sucção 12) Reflexos orais 13) Reflexos corporais 14) Padrões posturais globais Avaliação A CSA: pode ser utilizada por qualquer sujeito que necessite de comunicação, e esteja impossibilitado temporariamente ou permanentemente Auxilia na elaboração e organização da linguagem Pode ser utilizada em qualquer situação comunicativa Avaliação: sistemas/ meios de comunicação/ formas de comunicação Orientação à família Adaptação: escolas, casa, situações e meios em que o sujeito esteja inserido CSA 24/11/2018 11 B.L.I.S.S P.C.S P.I.C 24/11/2018 12 Pranchas de Comunicação Conceito Bobath Conceito Castillo-Moralles Prompt Bandagem Elástica Tratamento
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