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Patologias Ósseas Lesões fibro-ósseas •Grupo diverso de processos caracterizados pela substituição do osso normal por tecido fibroso contendo um produto mineralizado neoformado; •Descreve apenas um processo; •Lesões de desenvolvimento (hamartomas), processos reacionais ou displásicos, e neoplasias; • •Displasia Fibrosa •Displasia cemento- óssea: focal, periapiacal e florida •Fibroma ossificante Fibroma Ossificante Juvenil (Fibroma Ossificante Juvenil Ativo/Fibroma Ossificante Agressivo Juvenil) •Distingue-se pela idade dos pacientes, sítios de envolvimento mais comuns e comportamento clínico •Termo para 2 neoplasias: psamomatoide e trabecular (4:1) •Crescimento rápido e bem circunscrito •Leve predileção por homens •Predominância na maxila Psamomatoide: 22 anos Trabecular diagnosticado em pacientes mais jovens Lesões radiolúcidas circunscritas e, em alguns casos, contêm radiopacidades centrais. Pode ser observada opacificação em “vidro despolido” RX: Graus variáveis de transparência e opacidade Fibroma Ossificante Juvenil Ativo Fibroma Ossificante Agressivo Juvenil •Expansão cortical pode resultar em aumento facial clinicamente detectável; •Variante psamomatoide frequentemente aparece fora dos ossos gnáticos, com mais de 70% surgindo no osso frontal e zigomático e seios paranasais; •Complicações secundárias ao neoplasma são tipicamente resultado da infiltração nas estruturas vizinhas (obstrução nasal, exoftalmia, proptose); • •Não-encapsulado e bem demarcado do osso Tecido conjuntivo fibroso celularizado (áreas frouxas e celularizadas) TRABECULAR Cordões irregulares de osteoide altamente celular contendo osteócitos volumosos e irregulares PSAMOMATOIDE Ossículos esféricos com lamelas concêntricas que variam em forma e centros basofílicos com margens osteoides periféricas eosinofílicas Tratamento ✓Excisão completa ou curetagem cuidadosa para lesões pequenas ✓Ressecção mais ampla para lesões de crescimento rápido ✓Recidiva de 30 a 58% ✓Transformação maligna não documentada Osteoma Tumores benignos compostos de osso maduro compacto ou esponjoso. •Restritos ao esqueleto craniofacial e raramente ou nunca são diagnosticados em outros ossos; •Podem surgir como massa polipóide ou séssil (periosteal, periférico ou osteoma exofítico) ou estar localizado no espaço medular (endosteal ou osteoma central); •Lesões extraesqueléticas no tecido mole, tipicamente localizadas no músculo ou na derme (osteoma cutâneo), também são possíveis; •A maioria é detectada em adultos jovens como lesões solitárias assintomáticas; •Massas de crescimento lento podendo causar deformidade facial; •Mandíbula (corpo e côndilo); •Côndilo mandibular: alteração lentamente progressiva na oclusão do paciente, com desvio da linha média do mento em direção ao lado não afetado; RX: Massas escleróticas circunscritas PERIOSTEAL Padrão esclerótico uniforme ou podem demonstrar uma periferia esclerótica com padrão trabecular central ENDOSTEAL Confirmado por documentação de crescimento contínuo Lesões no seios paranasais são mais comuns que lesões gnáticas •Seio frontal Lesão assintomática •Dor, aumento de volume, sinusite e rinorreia são possíveis • •Tumores benignos composto de osso maduro compacto ou medular; Tratamento ✓Excisão cirúrgica conservadora para as lesões que causam deformidades estética ou funcional ✓Recidiva rara ✓Não sofrem transformação maligna Síndrome de Gardner Polipose colorretal familiar •Distúrbio herdado como um traço dominante autossômico; •Gene supressor do tumor do colo polipoide adenomatoso (APC); •Múltiplos pólipos adenomatosos do cólon e reto; •Osteomas múltiplos percebidos durante a puberdade (precedem pólipos); •Odontomas múltiplos e dentes supranumerários e impactados; •Um ou vários cistos epidermóides da pele e fibromas; •Alta taxa de transformação maligna dos pólipos intestinais; Displasia Fibrosa Condição semelhante a um tumor caracterizada pela substituição do osso normal por uma proliferação excessiva de tecido conjuntivo fibroso celularizado entremeado por trabéculas ósseas irregulares. •Condição esporádica •Resultante de mutação pós-zigótica no gene GNAS1 (proteína ligante do nucleotídeo guanina, polipeptídeo 1 de atividade 𝛂-estimulante) •Envolve um osso (monostótica), múltiplos ossos ou múltiplos ossos em associação com anomalias cutâneas e •endócrinas; •A severidade clínica depende do momento da mutação: durante a vida fetal ou pós-natal, Displasia Fibrosa Monostótica Limitada a um osso •80 a 85% de todos os casos; •Ossos gnáticos entre os sítios mais comuns; •Diagnosticada na 2a década de vida; •Sem predileção por gênero; •Maxila é mais acometida (displasia fibrosa craniofacial); Aumento de volume indolor de crescimento lento; Dentes envolvidos geralmente permanecem firmes, mas podem ser deslocados pela massa óssea; RX: opacificação discreta tipo “vidro despolido” •Superimposição de uma variedade de trabéculas ósseas pouco calcificadas em padrão desorganizado; •Margens e limites mal definidos; Lesões radiolúcidas ou mistas nos estágios iniciais; •Mandíbula com abaulamento da margem inferior; •Estreitamento do espaço do ligamento periodontal com uma lâmina dura mal definida que se confunde com o padrão ósseo anormal; • • •Quando a maxila está envolvida, o tecido da lesão desloca o soalho do seio superiormente e comumente oblitera o seio maxilar; •Trabéculas de formato irregular de osso imaturo em um estroma celular fibroso arranjado frouxamente; •Trabéculas ósseas não conectadas umas às outras frequentemente assumem formatos curvilíneos = escrita chinesa; •O osso lesionado se funde diretamente ao osso normal, na periferia da lesão. Sem cápsula ou linha de demarcação; •A displasia fibrosa dos ossos gnáticos pode sofrer maturação lamelar do osso; Tratamento ✓Na maioria das vezes, a doença se estabiliza e para de crescer quando a maturação esquelética é atingida ✓Tratamento cirúrgico em alguns casos de extensa deformidade estética ou funcional, mas a lesão pode tornar a crescer Displasia Fibrosa Poliostótica Vários ossos •Incomum; •Uns poucos ossos até 75% do esqueleto; •Quando visto com pigmentação café au lait (café com leite), o processo é denominado síndrome de Jaffe- Linchtenstein; •A displasia poliostótica associada à pigmentação e múltiplas encondrinopatias (precocidade sexual, adenoma pituitária ou hipertireoidismo) caracteriza a síndrome de McCune-Albright; •Quadro dominado por sintomas dos ossos longos e hipofosfatemia (perda de fosfato renal); MANCHAS CAFÉ AU LAIT •Manchas acastanhadas bem definidas, geralmente unilaterais, no tronco e nas coxas; •Margens irregulares, lembrando um mapa da linha costeira do Maine, o que faz contraste com as manchas café au lait da neurofibromatose, que têm bordas suaves (como a costa da Califórnia); •Podem ser congênitas; Máculas pigmentadas na mucosa oral podem estar presentes; SÍNDROME DE JAFFE-LICHENSTEIN SÍNDROME DE MCCUNE-ALBRIGHT + Precocidade sexual (sangramento menstrual, desenvolvimento de seios e pêlos pubianos pode ser aparente durante os primeiros anos de vida das meninas afetadas) Displasias Cemento-ósseas •Lesão fibro-óssea mais encontrada na prática clínica; •Osso nas áreas de suporte dos dentes; •Similaridades com a displasia fibrosa e com o fibroma ossificante; •Patogênese desconhecida (processo reativo ou displásico); •Baseando-se nas características clínicas e radiográficas: focal, periapical e florida. Displasia Cemento-óssea Focal Um único sítio de envolvimento •Predileção pela 3a a6 a décadas de vida; •Muitos relatos de casos em brancos (viés); •Mandíbula posterior é o sítio predominante; •Tipicamente assintomática e detectada apenas no exame radiográfico; •Muitas lesões são menores que 1,5 cm de diâmetro; RX: varia de completamente radiolúcida à densamente radiopaca com fino halo radiolúcido na periferia Padrãomisto é mais comum; Lesão bem definida, as margens costumam ser irregulares; Ocorre em áreas dentadas e edêntulas; Ocasionalmente, pode se confundir com um estágio precoce da transição para um envolvimento multifocal; Displasia Cemento-óssea Periapical (Displasia cementoide) •Pacientes entre 30 a 50 anos de idade; •70% dos casos em negros; •Predileção por gênero femenino (10:1 a 14:1); •Região periapical de mandíbula anterior é o sítio predominante; •Múltiplos focos estão presentes mais frequentemente, mas lesões solitárias podem estar presentes; •Tipicamente assintomática e detectada apenas no exame radiográfico; ESTÁGIOS INICIAIS Áreas radiolúcidas circunscritas envolvendo a área periapical de um dente; Não pode ser diferenciada radiograficamente de um cisto ou granuloma periapiacal; ESTÁGIO TARDIO Com o tempo, as lesões adjacentes frequentemente se fundem para formar um padrão linear de radiolucência que envolve os ápices de vários dentes ESTÁGIO FINAL No estágio final, as lesões mostram uma calcificação densa circunscrita circundada por um estreito halo radiolúcido Ligamento periodontal intacto sem fusão com o dente Lesões individuais nunca excedem 1 cm Autolimitante e não expande cortical Os dentes associados com as lesões são quase sempre invariavelmente vitais e quase nunca têm restaurações Displasia Cemento-óssea Florida Envolvimento multifocal •Adultos de meia-idade a mais velhos Predileção por mulheres negras Frequência intermediária entre as populações da Ásia oriental Não limitada à região anterior de mandíbula •Lesões multifocais nas regiões posteriores dos ossos gnáticos associadas ou não a envolvimento da mandíbula anterior •Pode ser assintomática (achado radiográfico) •Pode ocorrer exposição de osso avascular na cavidade oral Dor persistente de baixa intensidade Fístula pode estar presente Algum grau de expansão da área envolvida pode ser notada RX: Maturação idêntica às outras formas •Predominantemente lesões radiolúcidas - Lesões mistas - Predominantemente Lesões radiopacas com fino halo radiolúcido na periferia; •Pode ser observada fusão do material cemento-ósseo sobre a raiz do dente (estágio final - aparência "semelhante à hipercementose”) •Áreas dentadas e edêntulas podem ser afetadas Displasias Cemento-ósseas •Tecido mesenquimal celular composto de fibroblastos fusiformes e fibras colágenas, com numerosos vasos sanguíneos pequenos •Hemorragia é tipicamente notada entremeando a lesão •Espículas de osso e tecido •Estágio tardio: massa •duro semelhante a cemento em tecido conjuntivo fibroso moderadamente celular •esclerótica de material cemento-ósseo Tratamento ✓Não é necessário tratamento!!! ✓Lesões escleróticas (radiopacas) tendem a ser hipovasculares e propensas à necrose ao menor estímulo agressor (higiene oral e controle de DP) ✓Tratamento do paciente sintomático é mais difícil, devido ao processo de osteomielite crônica envolvendo osso displásico e cemento (antibióticos não são efetivos) → remoção do osso necrótico Osteogênese imperfeita Grupo heterogêneo de desordens hereditárias caracterizado por um distúrbio na maturação do colágeno. •Mutação em um dos genes da formação de colágeno tipo I (COL1A1 e COL1A2) •Colágeno tipo I: osso, dentina, esclera, ligamentos e pele •Rara (1:8.000) •Autossômica dominante ou recessiva, com severidade variável •Fragilidade óssea, esclera azul, dentina opalescente, hipoacusia, deformidade na espinha e ossos longos, frouxidão dos ligamentos DEFORMIDADE DE OSSOS LONGOS ACHADOS RADIOGRÁFICOS Osteopenia Arqueamento, angulação ou deformidade dos ossos longos Fraturas múltiplas Ossos wormianos no crânio (10 ou mais ossos suturais arranjados em padrão de mosaico) - podem ser vistos em outros processos ESCLERA AZUL DENTES OPALESCENTES •Alterações idênticas à dentinogênese imperfeita Dentina fina e esmalte de espessura normal Ambas as dentições estão envolvidas Dentes com translucência de azul a marrom RX: obliteração pulpar prematura, embora dentes em concha possam ser vistos raramente •Prevalência aumentada de maloclusão de Classe III (hipoplasia da maxila com ou sem hiperplasia mandibular) TIPO 1 •Forma mais comum e leve Fragilidade óssea de leve a moderadamente severa Grande variabilidade na frequência e na idade de início das fraturas: 10% ao nascimento a 10% não demonstrando fraturas •Perda auditiva antes dos 30 anos de idade Articulações com hipermobilidade •Escleras distintamente azuis em todas as idades e ajudam na classificação •Alguns com dentes normais, mas outros mostram dentina opalescente TIPO 2 •Forma mais severa •Fragilidade óssea extrema •Natimortos e 90% morrem antes de 4 semanas •Escleras azuis presentes •Dentes opalescentes podem estar presentes TIPO 3 •Forma mais severa notada em indivíduos além do período perinatal •Fragilidade óssea moderadamente severa à severa Escleras normais ou azul esvanece com o tempo Frouxidão ligamentar e perda auditiva são comuns •Alguns pacientes com dentes opalescentes Morte na infância por complicações cardiopulmonares (cifoescoliose) TIPO 4 •Fragilidade óssea suave à moderadamente severa •Escleras pode ser azul no início da infância Fraturas ao nascimento (50%) e diminui após a puberdade •Alguns pacientes possuem dentes opalescentes Tratamento ✓Não há cura!!! ✓Controle das fraturas e bisfosfonatos ✓Procedimentos restauradores, mas implantes são questionáveis (qualidade deficiente do osso de suporte) Displasia cleidocraniana •Defeito no gene CBFA1 (RUNX2) envolvido na diferenciação dos osteoblastos •Há evidências de importante papel desse gene na odontogênese •Prevalência de 1:1.000.000 Autossômica dominante e mutações espontâneas (40%) •Defeitos ósseos principalmente em clavícula e crânio, além de anomalias dentárias •Estatura baixa e cabeça grande com proeminente protuberância frontal e parietal Hipertelorismo ocular Nariz normalmente largo na base com uma ponte nasal aplainada Pescoço parece longo e ombros estreitos com inclinação marcante Mobilidade incomum dos ombros por causa da ausência ou hipoplasia das clavículas MANIFESTAÇÕES GNÁTICAS E DENTÁRIAS Distintivas e podem levar ao diagnóstico •Palato estreito com arco alto e maior prevalência de fenda no palato Retenção prolongada dos dentes decíduos e atraso ou completo fracasso na erupção dos dentes permanentes Presença de numerosos dentes permanentes não-erupcionados e dentes supranumerários (coroa e raiz alteradas) Mandíbula com trabeculado grosseiro e ramos estreitos Sínfise mandibular pode estar presente Arco zigomático fino e seios maxilares pequenos ou ausentes ✓Tratamento apenas para problemas odontológicos!!! Doença de Paget do Osso (Osteíte deformante) •Reabsorção e depósitos anormais e anárquicos do osso resultando em distorção e enfraquecimento dos ossos afetados •História familiar positiva da doença (15-40% dos casos) •Causa desconhecida: fatores genéticos, inflamatórios e endócrinos podem ser agentes contribuintes •Identificadas mutações no gene sequestossomo 1 (SQSTM1 ou p62) - regulação da atividade osteoclástica •Infecção lenta por vírus (paramixovírus) tem recebido considerável atenção •Osteíte deformante •Poliostótica na maioria dos casos •Homens afetados com mais frequência •Predileção por brancos •Pacientes assintomáticos até com dor óssea severa (queixa comum) •Os ossos afetados se tornam mais espessos, aumentados e fragilizados •Vértebras lombares, pelve, crânio e fêmur são mais afetados •Ossos que suportam carga sofrem arqueamento (postura simiesca) •Crânio: aumento progressivo da circunferência da cabeça •Ossos gnáticos: 17% Maxila mais acometida Aumento do terço médio da face = deformação facial “semelhante a um leão” (leontíase óssea) •As cristas alveolares se tornam grosseiramente maiores. Se paciente dentado, há espaçamento dos dentes. Se edêntulo, dentaduras deixam deencaixar. • Estágios precoces revelam radiodensidade diminuída do osso e alteração do padrão do trabeculado Crânio: grandes áreas circunscritas de radiolucência podem estar presentes (osteoporose circunscrita) Fase osteoblástica: áreas alternadas de osso esclerótico tendem a se tornar confluentes (aparência de “flocos de algodão”) Dentes frequentemente mostram hipercementose extensa Aparencia de "flocos de algodão" Pode mimetizar displasia cemento-óssea com expansão Dentes frequentemente mostram hipercementose extensa maxilares pequenos ou ausentes CINTILOGRAFIA ÓSSEA avaliação da extensão do envolvimento ósseo Mandíbula acometida - barba negra ou sinal de Lincoln Alternância não controlada entre reabsorção e formação de osso Presença de linhas reversas basofílicas no osso Tecido conjuntivo fibroso altamente vascularizado substitui a medula Estágio menos ativo: grandes massas de osso denso com linhas reversas proeminentes ✓Elevação dos níveis de fosfatase alcalina do soro e níveis normais de cálcio e fósforo ✓Níveis de hidroxiprolina na urina também podem estar elevados (impreciso) N- ou C-telopeptídeos (CTX) ✓Tratamento sintomático (dor óssea) com AINE ou para normalizar alterações bioquímicas (bisfosfonatos, calcitonina) ✓Complicações: surdez e distúrbios visuais devido à invasão óssea dos nervos cranianos; fraturas ósseas; possibilidade de osteossarcoma (0,9 a 13%) Lesão de células gigantes Granuloma central de células gigantes Média de idade é 30 anos Predileção por mulheres 70% na mandíbula (porção anterior) Expansão indolor do osso afetado Dor, parestesia ou perfuração da tábua óssea cortical (ulceração da superfície da mucosa) podem estar presentes Defeitos radiolúcidos uni ou multiloculares Bem delimitado sem halo radilúcido Lesões uniloculares pequenas podem ser confundidas com granulomas periapicais ou cistos Lesões de células gigantes multiloculares não podem ser distinguidas radiograficamente de ameloblastomas ou outras lesões multiloculares Lesões não-agressivas Maioria dos casos Pouco ou nenhum sintoma Crescimento lento Sem perfuração cortical ou reabsorção radicular Lesões agressivas Dor Crescimento rápido Perfuração cortical ou reabsorção radicular presentes Tendência a recidivar após tratamento Células gigantes com um pano de fundo de células mesenquimatosas ovóides a fusiformes Áreas de extravasamento de eritrócitos e depósitos de hemossiderina Pode haver fibrose do estroma Diagnóstico diferencial com tumor marrom do hiperparatireoidismo e querubismo Tratamento ✓Taxa de recorrência de cerca de 15% a 20% ✓Lesões recidivantes frequentemente respondem à curetagem adicional ✓Lesões agressivas requerem cirurgias mais radicais para a cura ✓Alternativas em estudo: corticosteroides, calcitonina interferon alfa-2a Querubismo Aparência clínica é semelhante à dos pequenos anjos bochechudos (querubins) retratados nas pinturas renascentistas Condição rara de desenvolvimento dos ossos gnáticos Herança autossômica dominante Mutação espontânea já foi relatada (gene SH3PB2) Apesar de típica dos ossos gnáticos, há relatos em outros ossos (costela e úmero) Geralmente entre 2 a 5 anos de idade Em casos moderados, o diagnóstico não pode ser feito até que o paciente atinja 10 a 12 anos de idade As alterações clínicas tipicamente progridem até a puberdade e então se estabilizam e regridem lentamente Face de querubim: envolvimento bilateral da região posterior de mandíbula “Olhos voltados para o céu”: aumento de exposição da margem da esclera abaixo da íris (margem infraorbital e do soalho orbital que desloca os globos oculares para cima) Expansão bilateral simétrica indolor da região posterior da mandíbula Lesões tendem a envolver os ângulos mandibulares e ramos ascendentes Maxila: tuberosidade (casos brandos) Aumento e distorção marcantes das cristas alveolares em envolvimento extenso do osso Deslocamento dentário ou falha de erupção são frequentes Perda de visão e audição ocorre de maneira rara Radiolucências expansíveis tipicamente multiloculares Radiotransparencias uniloculares podem estar associados a dentes não irrompidos simulando aparência de cisto dentígero Múltiplos granulomas de células gigantes Achados bioquímicos são relatados Diagnóstico diferencial de hiperparatireoidismo Essencialmente parecido com a lesão de células gigantes Não permite diagnóstico específico Tecido fibroso vascular contendo número variável de células gigantes multinucleadas Células gigantes agregadas focalmente O estroma do querubismo tende a ser mais frouxo Depósitos eosinofílicos tipo manguito circundando pequenos vasos sanguíneos em alguns casos Tratamento ✓Prognóstico imprevisível ✓Maioria dos casos com graus variáveis de remissão e involução após a puberdade ✓Na 4a década de vida, as características faciais da maioria dos pacientes se aproximam da normalidade ✓Intervenção cirúrgica precoce com curetagem em alguns casos, mas pode ser seguida por um rápido crescimento piorando a deformidade ✓A terapia ideal ainda não foi determinada Osteonecrose medicamentosa dos maxilares Atual nomenclatura para a condição associada aos bisfosfonatos (BF) BF: derivados do pirofosfato inorgânico Inibem reabsorção óssea ao levar à apoptose e interrupção da diferenciação dos osteoclastos Potência antirreabsortiva dos BF Definição Inicial 1. Exposição óssea na região bucomaxilofacial que persiste por mais de 8 semanas 2. Tratamento com bisfosfonatos 3. Sem história de RT ou mestástase nos maxilares AAOMS - RUGGIERO et al., 2009 Outros agentes Denosumab (Prolia, Xgeva): anticorpo monoclonal anti-RANK-L Stopeck et al., 2009 Bevacizumab (Avastin: )anticorpo monoclonal anti- VEGF-A Terapia de substituição hormonal, moduladores seletivos de receptores de estrogênio e calcitonina não suprimem turnover ósseo por mais de 50% LEWIECKI et al., 2007; LIPTON et al., 2007 A osteonecrose não é específica ao tipo de inibidor, mas ao grau de inibição dos osteoclastos. Definição Atual 1. Exposição óssea ou osso com acesso através de fístula intra ou extraoral na região bucomaxilofacial que persiste por mais de 8 semanas 2. Tratamento com antirreabsortivos ósseos ou antiangiogênicos 3. Sem história de RT ou mestástase nos maxilares AAOMS - RUGGIERO et al., 2014 Estadiamento clínico Osso acelular Infiltrado inflamatório Focos de colonização bacteriana Osso Longo X Osso alveolar Prevalência de 0,7 a 13,3% Fatores sistêmicos de risco: tipo de medicamento (potência da droga),duração da terapia, fatores genéticos e comorbidades Fatores locais de risco: manipulação cirúrgica do osso, trauma (prósteses), infecção oral, toro (comorbidade anatômica) Eventos precipitares Exodontias: 75% Espontânea: 25% Tratamento - Academia Americana de Cirurgia Bucomaxilofacial Bisfosfonato via oral ✴NÃO há protocolos ou estratégias de tratamento que alcancem resolução consistente e cura. ✴A principal abordagem é de natureza preventiva, o que reduz em 5x a ocorrência da osteonecrose. ✴Se tempo de uso até 2 anos de BF ou baixas doses de denosumab, pode continuar terapia durante cirurgia ✴Uso até 4 anos e sem comorbidades: mantém tratamento sem alteração (TCLE) ✴Uso até 4 anos e com comorbidades (diabetes, exposição a corticoides, tabagismo, artrite reumatoide): se condição sistêmica permitir, interromper 2 meses antes e 3 meses depois da cirurgia odontológica elitiva ✴Uso maior que 4 anos com ou sem comorbidades: interromper 2 meses antes e reiniciar apenas após regeneração óssea na área cirúrgica, se condição sistêmica permitir ✴Procedimentos cirúrgicos e invasivos devem ser evitados ✴Manutenção de excelente higiene oral ✴Prevenção de doenças orais e dentárias Osterosarcoma Sarcoma osteogênico Lesão malígna de células mesenquimais que tem a capacidade de produzir osso imaturo ou osteoide Lesão malígna primária mais comum de osso Maioria temorigem medular, mas pode ser justacortical ou raramente extra-esquelético Cerca de 7 ocorrem na maxila e mandíbula Maior freqüência entra a 3 e 4 décadas de vida Leve predominância por homens Aumento de volume e dor são sintomas comuns Abalamento dos dentes, parestesia e obstrução nasal também podem ser percebidos RX: Variam de esclerose densa a um misto de lesões radiolúcidas e escleróticas até um processo inteiramente radiolúcido Limites mal definidos e indistintos Reabsorção das raízes dos dentes envolvidos (afunilamento das raízes = reabsorção em pico) Produção de osso osteolítico na superfície da lesão em 25 dos casos (explosão solar ou raio solar) - melhor visualizado em radiografia oclusal Alargamento simétrico do espaço do ligamento periodontal ao redor de um dente ou vários dentes Produção direta de osteoide por células mesenquimais malignas As células neoclássicas podem produzir material osteiode (osteoblástico) e condroide (condroblástico), além de tecido conjuntivo fibroso (fibroblástico) Tratamento Excisao cirúrgica radical Quimioterapia neoadjuvante e adjuvante podem melhorar sobrevida Metástases envolvem mais frequentemente cérebro e pulmão, linfonodos regionais nao são comumente acometidos Prognsóstico ruim com 30 a 70 de sobrevida em 5 anos
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