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Xerostomia parte escrita

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ALINE – introdução/quando foi descoberto
As doenças de glândulas salivares podem causar aumento de volume glandular, dor e xerostomia, entre outros sinais e sintomas, é o sintoma de longa duração mais comum na maioria dos pacientes afetados por doenças de glândulas salivares.
Xerostomia, ou sensação de boca seca, resulta de certas doenças ou pode ser efeito secundário de alguns medicamentos. As causas incluem doenças das glândulas salivares, como a síndrome de Sjogren (SS), diabetes, pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço, quimioterapia e do uso de alguns medicamentos.
Ocasionalmente, a xerostomia pode ser subjetiva, sem evidência de alteração do fluxo salivar. Nestes pacientes, a xerostomia pode estar associada a fatores psicológicos. Existem vários fatores causais de xerostomia de longa duração ,porém, a indução por drogas é a causa mais comum, principalmente em pacientes idosos, que tomam medicação múltipla.
A palavra "xerostomia" é derivada do grego, que significa de "xeros" (secos) e "estoma" (boca). O termo "xerostomia".
A xerostomia foi descrita pela primeira vez por Bartley, em 1868, que estabeleceu uma relação entre os sintomas apresentados pelos pacientes com xerostomia e o seu impacto na qualidade de vida, pode ser decorrente a várias origens e é um sintoma muito frequente que tem implicações não só físicas como, também, psicológicas e sociais.
Os doentes referem desconforto pela sensação de secura da boca mas, também, pela glossodinia (sensação de ardência e formigamento bucal); têm perda de funções por maior dificuldade na deglutição e articulação de palavras assim como maior número de infecções da mucosa bucal e cáries dentárias. 
ÉRICA - Saliva 
A saliva humana é um fluído complexo, compreendendo 94% de água e uma grande variedade de imunoglobulinas, proteínas, enzimas, moléculas orgânicas pequenas, e outros componentes que protegem, reparam e hidratam a cavidade oral.
Ocasionalmente, a xerostomia pode ser subjetiva, sem evidência de alteração do fluxo
salivar. Nestes pacientes, a xerostomia pode estar associada a fatores psicológicos.
A produção diária média de saliva é de 500 ml/24 h, sendo que o fluxo salivar varia.
consideravelmente neste período, dependendo da demanda ou do estado psicológico do paciente. O fluxo não estimulado/repouso é de 0,3 ml/min, enquanto que o fluxo durante o sono é 0,1 ml/min. Durante a mastigação, há aumento para 4 a 5 l/min.
Em humanos, a saliva é sempre hipotônica com relação ao plasma, com menores
concentrações de íons sódio e cloretos. Quanto maior o fluxo, maior a tonicidade da saliva. A secreção salivar é controlada pelo sistema nervoso autônomo. Porém, vários hormônios podem mudar a composição da saliva. A saliva consiste de dois componentes, secretados por mecanismos independentes. Primeiro, um componente fluido, que contém íons, produzido principalmente por estimulação parassimpática; segundo, um componente protéico, produzido nas vesículas secretórias nos ácinos e
também liberadas por estimulação simpática. A excitação dos nervos simpáticos ou parassimpáticos das glândulas estimula a secreção salivar, mas os efeitos dos nervos parassimpáticos são mais fortes e mais duradouros (2). O estímulo parassimpático
produz saliva de baixa concentração de proteínas, enquanto o simpático produz pouca saliva, porém com alta concentração de proteínas, o que pode causar sensação de secura bucal.
Função:
Este fluído corporal banha a mucosa oral e dentes. E é necessária para a lubrificação, mastigação, mineralização dos dentes e controle de microrganismos na cavidade bucal. Tem funções de reparação tecidual, proteção, tamponamento, digestão, gustação, antimicrobiana, integridade dos dentes, sistema de defesa antioxidante.
ALINE
Efeitos da xerostomia: 
· Aumento da incidência de cárie dentária, principalmente cervical. 
· Disartria 
· Disgeusia
· Disfagia
· Ardência lingual
· Mucosa bucal dolorida
· Fissuras da mucosa bucal
· Lábios doloridos, secos
· Aumento de volume de glândulas salivares
· Propensão para infecções (candidoses, glossite mediana rombóide, estomatites associadas com próteses móveis, quilite angular).
AUDELANE - Principais Causas 
Existem várias causas que podem acometer as doenças 
· Deficiência Nutricional: Falta de vitaminas A e B podem ressecar a mucosa e levar ao ressecamento da boca e na língua. 
· Doenças autoimune lúpus eritematoso sistemático e a síndrome de Sjogrem em que além de boca seca pode haver sensação de areia nos olhos e mais riscos de infecção, como caries e conjuntivite a outras enfermidades envolvidas com a xerostomia, diabetes, Aids ,doença de Alzheimer, de Parkinson e fibrose cística.
· Uso de medicamentos: antidepressivos, tricíclicos, sedativo, tranquilizantes podem levar a boca seca além dos medicamentos a radioterapia que é um tipo de tratamento que tem o objetivo de eliminar as células cancerígenas por meio da radiação, quando realizada na cabeça e pescoço pode causar boca seca e aparecimento de feridas na gengiva.
· Alterações hormonais: principalmente na menopausa e durante a gravidez podendo causar o desequilíbrio. 
· Problemas respiratórios: como desvio de septo ou obstrução das vias aéreas pode fazer que com que a pessoa passe a respirar pela boca podendo levar ao ressecamento. 
· Hábitos de vida: fumar, comer muitos alimentos ricos em açúcar, não beber muita água podem causar boca seca e mau hálito. 
KETHELEEN - Diagnóstico:
Anamnese - seria um exame subjetivo, que é feito por meio de questionários e respostas, como, relato de ardência, alteração de paladar, disfagia, necessidade de beber água frequentemente, dificuldade para alimentação e uso de próteses, sensação de queimação, halitose, intolerância á ácidos e comidas apimentadas e estomatodinia (dor na boca).
Exame clínico - é comum o paciente apresentar lábios ressecados, candidíase (quelite angular), aumento de glândula, superfície da mucosa seca e friável, perda de papilas linguais, língua seca e eritematosa, mucosa dorsal irritada, aumento de incidência de lesões cariosas e baixa retenção de dentadura.
Teste Salivar – o diagnostico pode ainda ser complementado por testes salivares, que podem ser com ou sem estímulos, com estímulos: mecânico, gustatório ou absorção, sem estímulos: drenagem passiva, drenagem ativa, sucção e absorção. Quanto á sequência da avaliação deve se primeiro avaliar a saliva sem estimulo para depois verificar a taxa de fluxo salivar sob estimulo. Sendo diagnostico de hipossalivaçao indivíduos que apresentam fluxo salivar não estimulado menor que 0,1ml/min e o estimulado menor que 0,6ml/min.
Os achados clínicos nem sempre correspondem aos sintomas do paciente, alguns pacientes com queixa de boca seca podem apresentar fluxo salivar normal e lubrificação norma, contrariamente alguns pacientes apresentam clinicamente boca seca e não tem queixa.
Outros Exames – pode ser realizado exame por imagem, histopatológico ou sorologia para avaliar a relação da xerostomia com patologias.
ANDRESSA - Tratamento 
>>>>Geralmente, o manejo da xerostomia é feito por meio de substitutos da saliva, porém, outras modalidades de tratamento e controle, em potencial, estão em estudo. Algumas – particularmente os imunossupressores – são de interesse para a redução potencial do dano tissular às glândulas na síndrome de Sjogren, mas ainda de utilidade clínica limitada. Outras, particularmente a pilocarpina, são – ou têm potencial de ser – clinicamente úteis no estímulo da salivação, pela sua ação nos receptores adrenérgicos.
Os pacientes podem receber as seguintes orientações e tratamentos preventivos e paliativos:
· Higiene bucal: Controle de placa, instruções de higiene bucal; aconselhamento de dieta. 
· Instruções para higiene das próteses, próteses totais bem adaptadas, preferencialmente fixadas por implantes. 
· Restaurações com cimento de ionômero de vidro, para reduzir as recidivas de cárie;
· Antifúngicos: pastilhas de Nistatina; gel de Miconazole, aplicação tópica de fluoreto, bochechos com antimicrobianospara evitar infecção e lesões cariosas;
· Substitutos tópicos da saliva, uso de saliva artificial e lubrificantes: gomas de mascar sem açúcar, umidificadores bucais para aumentar o fluxo salivar, para melhorar a fala deglutição e reduzir a ardência, sendo a marca mais testada a Biotène;
· Estimulação farmacológica: cloridrato de pilocarpina ou hidrocloreto de cevimelina.
· Substituição de medicamentos (quando a causa envolve o uso e quando for possível).
P uso de estimulação parassimpaticomimética (uso de cloridrato de pilocarpina) em pacientes sofrendo irradiação de cabeça e pescoço apresenta baixa evidencia cientifica. Metade dos pacientes responde à terapia, mas o risco de efeitos colaterais é alto. Portanto, é importante controlar a dose utilizada e ficar atento às contraindicações (Davues e Thompson, 2015). Outras alternativas, como acupuntura e eletroestimulação, estão sendo estudadas, mas apresentam baixo nível de evicendica para indicação clinica (Fumess et al, 2013)
Tratamento sintomático, que poderá contemplar três estratégias de abordagem:
1 – Tratamento etiológico – inclui medidas gerais ou de apoio para tentar aumentar a
produção de saliva - estas medidas são aplicadas principalmente a pacientes da síndrome de Sjögren e a pacientes com os efeitos colaterais da RT no tratamento do CC&P. Alguns pacientes fazem dietas que favorecem um certo grau de desidratação, como no caso de dietas com ingestão reduzida de sal em hipertensos ou estão a tomar diuréticos. Nestes casos deve-se hidratar adequadamente o paciente, bebendo pelo menos dois litros de líquidos por dia. Também é importante evitar o café, o álcool e/ou o tabaco;
2 – Estimulantes salivares: a estimulação das glândulas salivares é ideal quando há
alguma função residual das glândulas salivares e pode ser feita com medidas simples,
como a realização de refeições mais frequentes, a mastigação de alimentos que necessitam de mastigação vigorosa (por exemplo: cenoura e aipo), a ingestão de refrigerantes ou bebidas ácidas e gomas de mascar com xilitol ou sorbitol (proporciona benefícios imediatos, aumentando o fluxo salivar que ajuda na remoção de restos de alimentos e promove a função de remineralização dos dentes, reduzindo a cárie dentária). Pode-se também usar fármacos que estimulam diretamente as glândulas salivares.
3 – Substitutos salivares: utilizam-se quando existem situações de boca seca extrema oua produção de saliva não é estimulada p No entanto, em alguns destes pacientes, pode já não ser possível estimular o fluxo salivar normal, sendo os substitutos da saliva a terapia adequada. A inclusão de substitutos da saliva no tratamento de xerostomia devem ser adaptada aos interesses individuais do paciente, preferências e necessidades de saúde oral.
Referencias Bibliográfica 
Acevedo, AC. Saliva and oral health. Rev. Assoc. Med. Bras. v. 56, n.1, p.104-423, 2010.
Aranha F.L. 3.ed. Bioquímica Odontológica. São Paulo- SP-Brasil.
Dinponível em: <https://periodicos.pucpr.br/index.php/oralresearch/article/download/23003/22097>
Disponível em :<https://drauziovarella.uol.com.br/>
Disponível em :<https://www.scielo.br/pdf/rbr/v53n6/v53n6a11.pdf>
Fávaro R.A., Ribeiro T.N.F, Martins W.D, Xerostomia: etiologia, diagnóstico e tratamento, Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2 , n.4, p. 303-317, abr./jun. 2006.
Feio M, Sapeta P, Hospital do Espírito Santo. Évora. Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. Magalhães A.C., De Oliveira R.C. Buzalaf, M.A.R. Bioquímica básica e bucal. Grupo gen -Livraria Santos Editora,2017 
Imagem disponível em: <https://www.dentalcare.com/en-us/professional-education/ce-courses/ce541/xerostomia-and-dry-mouth>
Neville ,Damm, Allen, Bouquot. Patologia oral e maxilofacial, 3°ed, Elsevier
Viana Brochado, Joana, Xerostomia e produção de saliva artificial na doença oncológica, Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da Saúde, 2014

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