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Periodonto de proteção e sustentação Periodonto de proteção • Gengiva Marginal A gengiva marginal, ou não inserida, é a porção terminal ou borda da gengiva ao redor dos dentes em forma de colar .Normalmente medindo aproximadamente 1 mm de largura, a gengiva marginal forma a parede de tecido mole do sulco gengival e pode ser separada da superfície dental com uma sonda periodontal. O ponto mais apical do arco côncavo da gengival marginal é chamado de zênite gengival. Suas dimensões apicocoronal e mesiodistal variaram entre 0,06 e 0,96 mm.81 • Sulco Gengival O sulco gengival é um espaço raso ou fenda ao redor do dente, entre a superfície dental de um lado e a gengiva marginal livre no outro. Possui a forma de V e mal permite a entrada de uma sonda periodontal. A profundidade do sulco é de zero ou próximo a zero milímetro. Na gengiva humana clinicamente normal, um sulco de alguma profundidade pode ser encontrado. A profundidade deste sulco, como determinado em secções histológicas, foi determinada em 1,8 mm, com variações de zero a seis milímetros. A avaliação clínica usada para determinar a profundidade do sulco envolve a introdução de um instrumento metálico, a sonda periodontal, e a estimativa da distância que ela penetra. A profundidade histológica de um sulco não precisa ser exatamente igual à profundidade de penetração da sonda. A assim chamada profundidade de sondagem de um sulco gengival clínico normal em humanos é de 2 a 3 mm. Fluido Sulcular: pode ser representado tanto por um transudato quanto por um exsudato. O fluido gengival contém uma vasta gama de fatores bioquímicos, o fluido gengival contém componentes do tecido conjuntivo, epitelial, células inflamatórias, soro e microrganismos que habitam a margem gengival ou o sulco (bolsa). Em um sulco saudável, a quantidade de fluido gengival é muito pequena. Durante a inflamação, no entanto, o fluxo do fluido gengival aumenta e sua composição começa a se assemelhar àquela de um exsudato inflamatório. Acredita-se que o fluido gengival (1) purifique o material do sulco, (2) contenha proteínas plasmáticas que podem melhorar a adesão do epitélio ao dente, (3) possua propriedades antimicrobianas; e (4) exerça atividade de anticorpo para defender a gengiva • Gengiva Inserida A gengiva inserida é contínua com a gengiva marginal. Ela é firme, resistente... ligada ao periósteo do osso alveolar subjacente. O aspecto vestibular da gengiva inserida se estende à mucosa alveolar relativamente frouxa e móvel e é demarcada pela junção mucogengival . A largura da gengiva inserida no aspecto vestibular é geralmente maior na região dos incisivos (3,5 a 4,5 mm na maxila e 3,3 a 3,9 mm na mandíbula), e mais estreita nos segmentos posteriores (1,9 mm na maxila e 1,8 mm nos primeiros pré-molares inferiores) • Gengiva Interdental A gengiva interdental ocupa a ameia gengival, que é o espaço interproximal abaixo da área de contato dos dentes. A gengiva interdental pode ser piramidal ou pode ter a forma de “col” ( concavidade abaixo da superfície de contato). Na primeira, a ponta da papila está localizada imediatamente abaixo do ponto de contato; a última apresenta uma depressão em forma de vale que conecta a papila vestibular e lingual e em conformidade com a forma do contato interproximal. As bordas laterais e as pontas das papilas interdentais são formadas pela gengiva marginal dos dentes adjacentes. A porção central consiste em gengiva inserida. A forma da papila varia de acordo com a dimensão da ameia gengival. Se um diastema estiver presente, a gengiva torna-se firmemente aderida ao osso interdental e forma uma superfície lisa e arredondada sem papilas interdentais. • Epitélio Oral (Externo). O epitélio oral ou externo recobre a crista e a superfície externa da gengiva marginal e a superfície da gengiva inserida. Na média, o epitélio oral possui 0,2 a 0,3 mm de espessura. Ele é queratinizado ou paraqueratinizado (superfície prevalente) ou apresenta várias combinaçõesdestas condições. O epitélio oral é composto por quatro camadas: estrato basal (camada basal), estrato espinhoso (camada de células espinhosas), estrato granuloso (camada granulosa) e estrato córneo (camada corneificada). A queratinização da mucosa oral varia em diferentes áreas na seguinte ordem: palato (mais queratinizado), gengiva, porção ventral da língua e mucosa jugal (menos queratinizada). • Epitélio Sulcular. O epitélio sulcular reveste o sulco gengival. Origem: invaginação do epitélio oral. Ele é um epitélio escamoso estratificado não queratinizado fino sem cristas epiteliais e se estende do limite coronal do epitélio juncional à crista da gengival marginal. Ele geralmente apresenta muitas células com degeneração hidrópica. De maneira inversa, o epitélio externo perde sua queratinização quando é colocado em contato com o dente. Estes achados sugerem que a irritação local do sulco previne a queratinização sulcular. Comprimento 0,5mm. O epitélio sulcular pode atuar como uma membrana semipermeável através da qual produtos bacterianos passam da gengiva para o fluido gengival e tecidual penetrando no sulco. Ao contrário do epitélio juncional, no entanto, o epitélio sulcular não é abundantemente infiltrado por neutrófilos polimorfonucleares (PMNs) e parece ser menos permeável. • Epitélio Juncional. Origem: ep. reduzido do órgão do esmalte O epitélio juncional consiste em uma faixa de epitélio escamoso estratificado não queratinizado em forma de colar. Possui de três a quatro camadas de espessura no início da vida, mas o número de camadas aumenta com a idade para 10 ou até mesmo 20 camadas. Igualmente, localizada na junção cemento-esmalte nos tecidos saudáveis. Essas células podem ser agrupadas em dois estratos: a camada basal que reveste o tecido conjuntivo e a camada basal que se estende para a superfície dental. O comprimento do epitélio juncional varia de 0,25 a 1,35 mm. O epitélio juncional é formado pela confluência do epitélio oral e o epitélioreduzido do esmalte durante a erupção dental. Contudo, o epitélio reduzido do esmalte não é essencial para a sua formação; na verdade, o epitélio juncional é completamente restabelecido após a instrumentação ou cirurgia da bolsa e se forma ao redor de implantes. Periodonto sustentação • Fibras Gengivais. O tecido conjuntivo da gengiva marginal é densamente colagenoso e contém um sistema proeminente de feixes de fibras colágenas chamado fibras gengivais. Elas consistem em colágeno tipo I. As fibras gengivais possuem as seguintes funções: 1. Unir firmemente a gengiva marginal contra o dente. 2. Promover a rigidez necessária para resistir às forças da mastigação sem serem defletidas da superfície dental. 3. Unir a gengiva marginal livre ao cemento radicular e à gengiva inserida adjacente. As fibras gengivais são organizadas em três grupos: gengivodental, circular e transseptal. Grupo Gengivodental. As fibras gengivodentais são aquelas nas superfícies vestibular, lingual e interproximal. Elas estão inseridas no cemento logo abaixo do epitélio na base do sulco gengival. Nas superfícies vestibular e lingual, elas se projetam do cemento na conformação semelhante a um leque em direção à crista e à superfície externa da gengiva marginal, terminando abaixo do epitélio. Elas também se estendem externamente ao periósteo dos ossos alveolares vestibular e lingual, terminando na gengiva inserida ou misturando-se com o periósteo do osso. Interproximalmente, as fibras gengivodentais estendem-se em direção à crista da gengiva interdental. Grupo Circular As fibras circulares percorrem através do tecido conjuntivo da gengiva marginal e interdental e circundam o dente de forma semelhante a um anel. Grupo Transseptal Localizadas na região interproximal, as fibras interproximais formam feixes horizontais que se estendem entre o cemento de dois dentes próximos, nos quais estão inseridas.Elas se encontram na área entre o epitélio da base do sulco gengival e a crista do osso interdental e, às vezes, são classificadas como fibras principais do ligamento periodontal. Também descreveram como (1) um grupo de fibras semicirculares que se inserem em uma superfície proximal de um dente, imediatamente abaixo da junção cemento-esmalte, circundam a gengiva marginal vestibular ou lingual e se inserem na outra superfície proximal do mesmo dente; e (2) um grupo de fibras transgengivais que se inserem na superfície proximal de um dente, atravessam o espaço interdental diagonalmente, circundam a superfície vestibular ou lingual do dente adjacente, atravessam de novo diagonalmente o espaço interdental e se inserem na superfície proximal do próximo dente. Acredita-se que forças de tração na matriz extracelular produzidas por fibroblastos são forças responsáveis pela geração de tensão no colágeno. Isso mantém os dentes firmemente ligados uns aos outros e ao osso alveolar. • Elementos Celulares. O elemento celular predominante no tecido conjuntivo é o fibroblasto. Numerosos fibroblastos são encontrados entre os feixes de fibras. Os fibroblastos são de origem mesenquimal e desempenham importante papel no desenvolvimento, na manutenção e no reparo do tecido conjuntivo gengival. os fibroblastos sintetizam fibras colágenas e elásticas, bem como glicoproteínas e glicosaminoglicanas da substância intercelular amorfa. Na gengiva clinicamente normal, pequenos focos de plasmócitos e linfócitos são encontrados no tecido conjuntivo próximo à base do sulco. Neutrófilos podem ser vistos em número relativamente grande tanto no tecido conjuntivo gengival quanto no sulco. Substancia fundamental amorfa: auxilia no amortecimento das forças mastigatórias. • Reparo do Tecido Conjuntivo Gengival. Em razão da alta taxa de renovação, o tecido conjuntivo da gengiva possui notavelmente uma boa capacidade regenerativa e de cicatrização. Na verdade, ele é um dos melhores tecidos de cicatrização no organismo e geralmente mostra pouca evidência de formação de cicatrizes após procedimentos cirúrgicos. • Suprimento Sanguíneo, Linfático e Nervos. A microcirculação, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos desempenham um importante papel na drenagem do fluido tecidual e na disseminação da inflamação. Na gengivite e na periodontite, a microcirculação e a formação vascular alteram muito a rede vascular diretamente sob o epitélio sulcular gengival e epitélio juncional. • As três fontes de suprimento sanguíneo para a gengiva são as seguintes: Ø Arteríolas supraperiosteais ao longo das superfícies vestibular e lingual do osso Alveolar. Ø Vasos do ligamento periodontal, que se estendem para a gengiva e anastomosam com os capilares na área do sulco. Ø Arteríolas, que emergem da crista do septo interdental. • Funções do ligamento: Fisicas; formadora; sensorial; nutritiva. • Cemento Radicular O cemento é um tecido conjuntivo mineralizado, avascular, que recobre a dentina radicular e tem como principal função a inserção de fibras do ligamento periodontal à raiz do dente. Ø Cemento primário: Acelular Ø Cemento secundário: Celular • Cementoblastos e Cementócitos São células-mãe do cemento, pois o produz de forma celular e acelular. Encontram-se no LPD e são separados do cemento por tecidos cementóides não mineralizados. Quando este passa a estar com tecidos mineralizados, transforma-se em cementócitos cujo núcleo é pequeno e há o prolongamento citoplasmático que precisa da propagação dos nutrientes pelos ligamentos periodontais que são voltados na sua maioria para o ligamento. Revestem a superfície da raiz. Os cementócitos são células aprisionadas na matriz do cemento. Quando os cementoblastos são presos no cemento mineralizado, passam a ser cementócitos. O cementócito apresenta entre 10 a 20 prolongações citoplasmáticas, que emergem do corpo celular. • Junção amelocementária É quando cemento cobre a raiz do dente, assegurando a sua estabilidade. E Faz uma junção com o esmalte dentário. • Osso alveolar É uma camada delgada que circunda a raiz dos dentes, mantendo-os seguros contra bacterias da gengivite devido a inserção das fibras colágenas do ligamento periodontal. É também chamado de osso maseirmo ou lâmina dura. Consiste no tecido ósseo o qual da sustentação aos dentes. A reabsorção do osso alveolar pode ocorrer naturalmente após a extração dental ou ser causada por atrofia difusa, periodontite, abscessos periodontais ou periapicais, neoplasias, excessiva pressão (como na movimentação ortodôntica ou trauma por oclusão), deficiências nutricionais e desequilíbrios minerais de natureza endócrina ou nutricional. Como todos os ossos, o osso alveolar é submetido à remodelação constante como resposta às tensões mecânicas e às necessidades metabólicas de íons cálcio e fósforo. Indubitavelmente, a causa mais comum é a periodontite. Quando as fibras de colágeno estão inseridas no osso alveolar são denominadas de fibras de Sharpey e são contínuas com aquelas inseridas no cemento.
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