aula 5 formas cosmeticas e suas atividades na pele 14 mar (1)

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Componentes Cosméticos e Formas Cosméticas e suas Atividades na pele
Aula 5
Profª Andrea Dantas
Curso Farmácia
Veículos vetoriais
	São estruturas que podem levar o PA hidrossolúvel ou lipossolúvel para dentro da epiderme.
	Lipossomas
	Thalaspheras
	Nanosferas 
	Ciclodextrinas
	Fitossomas
	Silanóis 
Lipossomas
	São vesículas globulares microscópicas formadas por moléculas anfifílicas (geralmente fosfolipídios) que se organizam em forma de uma camada dupla ou de várias camadas duplas. 
	Essas vesículas são capazes de veicular substâncias hidrofílicas, anfifílicas ou lipofílicas e apresentam a capacidade de interagir com os lipídios da pele humana, quando aplicados topicamente, liberando as substâncias que transportam.
	As vesículas multilamelares (c/ várias camadas duplas) tendem a liberar a substância que carregam de modo mais prolongado que as vesículas unilamelares (uma camada dupla).
Dupla camada
da membrana
Núcleo
Ácidos graxos
Área 
Lipofílica
Fosfolipídio
(molécula)
Área 
Hidrofílica
	Os lipossomas são formados espontaneamente após a dispersão de fosfolipídios em meio aquoso (por exemplo, fosfatidilcolina – lecitina de ovo ou de soja), dando origem a vesículas de tamanhos variados desde micrômetros a nanômetros.
	Eles têm sido empregados na prevenção da queda de cabelos, promoção do crescimento capilar, desaceleração do processo de envelhecimento da pele, clareamento da pigmentação cutânea e prevenção e tratamento da lipodistrofia ginóide 
O Lipossoma contendo o
ativo encapsulado é
absorvido
O lipossoma é
biodegradado liberando
o ativo intacto
1 nanômetro = 1 milionésimo de milímetro;
1000 nanômetros = 1 mícron
	As principais vantagens do emprego de lipossomas para a administração de agentes dermocosméticos são o fato de que podem transportar substâncias hidro e lipossolúveis; apresentam alta afinidade pelas membranas biológicas, são constituídos de anfifílicos naturais biocompatíveis e biodegradáveis, além de acentuarem a hidratação natural da pele e cabelo 
Thalasphere
	São macroesferas de colágeno marinho recobertas por uma película de GAGs (carboidrato da classe dos glicosaminoglicanos). 
	Podem ser degradados pelas enzimas da pele
Nanosferas
	Esferas poliméricas microporosas de polietileno que possuem elevada estabilidade em formulações com tensoativos. 
	Esses veículos liberam gradualmente os princípios ativos contidos em seu interior
	Figura 1: A figura da esquerda é um cópia de imagem de microscopia eletrônica de nanosfera hidrofóbica 
aumentada 10000 vezes. 
	A figura da direita é uma ilustração esquemática da nanosfera NanoSal™ 
	Figura 2: Como a MultiSal™ trabalha o delivery system controlado Nanosferas (azul) contém um ingrediente ativo (púrpura) tão bem como sensores (por ex.: fragrâncias, aromas, agentes de refrescância encapsulados com outros ingredientes tanto quanto os mesmos ou diferentes sensores dentro da microsfera (amarelo). 
	Uma vez exposta a água ou pH, a microesfera libera seu conteúdo, e estende o período de tempo da liberação do ingrediente ativo encapsulado na nanosfera via difusão molecular ou por degradação enzimática. 
	Figura 3: Exposição da imagem de NanoSal™ em
microscopia eletrônica, no cabelo. 
Ciclodextrinas
	São carboidratos complexos compostos de unidade de glicose unidas por ligações tipo α-1,4 com estrutura semelhante a um tronco de cone.
	São usadas para aumentar a estabilidade de componentes que são susceptíveis à ação da luz, da temperatura e da oxidação, além de diminuir a velocidade de perda dos compostos voláteis presentes. 
	Aumento da estabilidade dos aromas, das vitaminas, das gorduras e de outros componentes, resultando em aumento da vida útil do produto pós processamento, conhecido também como “tempo de prateleira”. 
Fitossomas 
	São lipossomas com extratos vegetais. 
	Obtidos pela dissolução do extrato concentrado da planta ou de um principio ativo, em solução ácida com quitosana.
	A partir do gel formado nessa dissolução, produzem as microesferas
Silanóis 
	São compostos à base de silício orgânico, que por ter grande afinidade com a pele, possui alta capacidade de penetração cutânea.
	O silício atua ainda como antioxidante e estimula a síntese protéica. Fundamental na formação de colágeno
Silício
	O silício é um metalóide encontrado na natureza e nos seres vivos. 
	Os silanóis são policondensados obtidos por processos especiais de síntese, solúveis em água, biologicamente ativos. Possuem grande atividade cosmetocinética e são perfeitamente estáveis. 
	Na hidratação, normalizam as trocas hídricas, resultando uma pele túrgida, elástica e viçosa. 
	Agem também na prevenção e reparação do ciclo de envelhecimento das peles submetidas a agressões por agentes externos e internos. 
	Os silanóis, além da apresentação clássica em solução aquosa ou oleosa, também podem ser Lipossomados e Nanosferizados.  
Oligoelementos:
	Silício Orgânico -facilitador da form. colágeno; estimula ação do Cobre e Zinco e ajuda fixação do Cálcio.
	Manganês -Forma parte da enz. SOD, melhora a hidratação.
	Selênio -Potencializa o efeito anti-oxidante da vitamina E; Controla a oxidação de gorduras.
	Zinco e Cobre -Ativam a enz. SOD.
	Cálcio –Aumenta a defesa cutânea (coesão); Comunicação celular.
	Magnésio–Energético;
Ativos associados aos Silanóis:
	Algisium-C: Hidrata, aumenta a resistência da membrana celular, ativa a lipólise e impede a formação de radicais livres.
	Methylsilanol Hyluronate: Alto poder hidratante, atua como citoestimulante, regenerador e restaurador, devolvendo a elasticidade do tecido cutâneo.
	Cafeinato de Silanol (Cafeilsilane-C): Possui elevada atividade lipolítica e inibe a fosfodiesterase, aumentando o teor de AMPc intracelular.
Methylsilanol - Teophyllina - Acetate Alginate Theophyl - Silane - C): Ativa a lipólise e normaliza o AMPc. Indicado no tratamento da lipodistrofia localizada (celulite).
	O Silício Orgânico se opõe a formação do ácido araquidônico;
	•Também se opõe a peroxidação lipídica e a formação dos radicais livres, uma das principais causas do envelhecimento tissular cutâneo.
Atividade das formas cosméticas na pele
Pós
Soluções
Suspensões
Óleos
Emulsões
Musses
Aerosóis 
PÓS
	Qualquer substância sólida reduzida a pequenas partículas
	As partículas podem ter diferentes tamanhos, podem ser pulverizados através de moinhos, almofariz, tamizes, ou solventes (etanol, acetona, propilenoglicol) onde tenham facilidade de precipitar.
	São pós dermatológicos, substâncias consideradas inertes, cuja aplicação na pele não provoca manifestação química.
Exemplos de pós
	Origem vegetal – amido
	Origem mineral ou síntese química – calamina, carbonato de cálcio, carbonato de magnésio, carbonato de zinco, dióxido de titânio, estearato de alumínio, estearato de magnésio, óxido de zinco, talco, sílica pulverizada
Atividades do pó na Pele
	Aplicando-se na pele qualquer substância em pó, amplia-se a área de evaporação, 
	Diminuindo a temperatura cutânea – pele refresca-se
	Tem efeito descongestionante, adsorvente superficial, anti sudoral, anti-seborréico.
Pele inflamada
Pele normal 
Atividade no pó na Pele
Atividade das Soluções na Pele
	Aplicando-se água na pele ela tende a evaporar-se porque o corpo lhe fornece calor necessário para a evaporação, como conseqüência a temperatura da pele abaixa, atenuado-se o edema e os eritemas por vaso constrição
	Ao adicionarmos à água substâncias, adstringentes, anti-sépticas e etc. ao evaporar a água essas substâncias ficam na superfície cutânea diluindo-se na água estrutural da pele.
Atividade das Soluções Alcoólicas na Pele
	Se usarmos álcool ou éter, a evaporação é muito mais rápida, e menor o resfriamento da pele, porque a temperatura de evaporação desses líquido é inferior ao da água
	É importante lembrar que em peles ressecadas ou sensíveis o álcool ou o éter provocam ardência e irritação. 
	O álcool é útil em dermatites com pele intacta, em concentração de 10 a 30%
SUSPENSÃO
	Dispersãode pó em água, que nela seja insolúvel.
	Existem duas fases, constituída pela fase descontínua ou interna representada pelo sólido disperso, e outra representada pela água, chamada de fase externa ou continua.
	Durante o repouso a suspensão pode se desfazer mesmo contendo um tensoativo, depositando-se no fundo do recipiente.
Atividades das Suspensões na Pele
	Reúnem os efeitos da água e do pó em dois tempos: no primeiro há a ação antiflogística resultante da evaporação da água e no segundo tempo prolonga-se a ação antiinflamatória do pó
	Observar em peles secas que pode ocorrer ressecamento do local principalmente em locais de pregas que pode originar fissuras – deve-se suspender o uso e aplicar óleos no local.
	Pode-se juntar diversas substancias como anti-sépticas, adstringentes, redutoras e etc.
ÓLEOS
	Gorduras líquidas, ésteres líquidos de diversos ácidos graxos como oléico, a mistura de seus hidrocarbonetos líquidos, mas viscosos a temperatura ambiente
	Podem ser vegetais – óleo de abacate, amêndoas, coco, girassol, oliva, soja e etc.
	Como óleos minerais – surgem da destilação do petróleo, vaselinas e parafinas, diferenciam-se por sua consistência
	Não oxidam e não são saponificáveis, permanecem na superfície da pele formando uma película gordurosa, oclusiva
	A parafina sólida apresenta-se como uma massa branca, funde entre 50 a 60°C
	Óleos químicos com caráter umectante – álcool benzílico e isopropílico e os chamados poliálcoois (etilenoglicol, glicerina, propilenoglicol, sorbitol)
	Os óleos animais – como esqualeno obtido por hidrogenação do óleo de tubarão tem característica hidrofílica. 
	
Atividades dos Óleos na Pele
	Os óleos vegetais por serem hidrofóbicos não formam uma película continua na pele, mas dispõe-se em gotículas nos espaços interfoliculares e entre os poros sudoríparos, devido a tensão superficial do óleo e a não miscibilidade com a água.
	Não impede a perspiração, melhora a descamação tornado a pele macia
	Os óleos hidrofílicos podem formar uma camada contínua na pele, não impedem a perspiração porque absorvem água e a deixam evaporar.
	O óleo mineral dispõe-se igualmente na pele em camada contínua cobrindo os poros sudoríparos e foliculares, mas também não impede a sudorese,devido a água romper facilmente a camada desses óleos, porque a coesão molecular é pequena
Emulsões
	São dispersões de um líquido em um outro líquido, não miscível no primeiro, constituem 2 fases.
	Fase aquosa ou hidrófila – água adicionada de diversas substâncias hidrossolúveis
	Fase oleosa ou lipófila – uma ou mais substâncias lipófilas miscíveis a frio ou mais geralmente a quente.
	A fase dispersa é chamada descontínua ou interna e a fase dispersante contínua ou externa
	Há emulsões óleo em água (O/A)
	E emulsões água em óleo (A/O)
Atividades das emulsões na Pele
	Em geral tem ação anticongestiva na pele e ativa a perspiração cutânea.
	Possibilitam certa permeabilidade cutânea, dependendo dos excipientes, tensoativos, e dos princípios ativos veiculados em suas fases.
	Pode-se dizer que as emulsões possibilitam penetração cutânea superior ao dos óleos.
	As emulsões O/A, são melhores aceitas em peles oleosas e com acne do que as emulsões A/O
	Para peles secas aconselha-se o uso de emulsões A/O
Sabões
	Gordura (vegetal ou animal) + álcalis (hidróxido de Na ou K) = saponificação que depois de esfriar constitui o sabão.
	Todos os sabões ao saponificarem liberam álcali deixando-os com pH elevado
	Se for utilizada uma base composta por Na o sabão formado será chamado de sabão duro. 
	Se no lugar de sódio tiver K o sabão passará a ser chamado de sabão mole.
	Como produto secundário na saponificação das gorduras, que quimicamente são ésteres dos ácidos carboxílicos superiores (fabrico de sabões, estearina, ácido oléico), obtém o glicerol
	O chamado sabão ou sabonete de glicerina (transparente) é um sabão mole feito com hidróxido de K ou Na, e acrescenta-se óleo de rícino no momento do esfriamento para impedir a cristalização que ocasiona a opacificação do sabão.
Atividade dos sabões na pele
	Fundamentalmente de limpeza
	Forma emulsões com água e a sujeira
	A tensão superficial aumenta com a temperatura
	Podem ser irritantes para camada córnea, variando conforme a intensidade de ação do sabão.
GEL
	Forma cosmética viscosa e mucilaginosa 
	Transparentes ou não, que ao secarem, deixam uma película invisível sobre a pele 
	Por não conter material graxo, é indicado para peles lipídicas 
	Constituídos por uma rede tridimensional de macromoléculas, entre as malhas da rede está aprisionado o liquido.
	Contém 80 a 90% de água.
Gel
	Carbopol – géis mais transparentes, muito sensíveis as variações de pH e se liquefazem em meio ácido, formam géis de aspecto agradável e refrescante
	CMC – carboximetilcelulose – atuam como gelificantes ou agentes que aumentam a viscosidade nas emulsões e suspensões
	Ágar-agar – obtidos das algas, excelente excipiente hidratantes
	Alginatos – utilizados para a suspensão de substâncias insolúveis, e como espessante
Cremes-Géis
	A concepção desenvolvida no Japão
	Modificar a formulação de um creme clássico em que a porcentagem de ceras é diminuída sensivelmente (podendo cair à metade) e a viscosidade é compensada com pequena quantidade de agentes gelificantes doadores de viscosidade
	Quando contêm óleos não comedogênicos (esqualeno, macadâmia e silicone) são chamados de creme ou loção “oil free”, dependendo de sua consistência
Musses / Espumas
	Dispersões de gás num liquido presença de um emulsionante.
	Formadas pela justaposição de bolhas separadas por finas lâminas de líquido.
	As emulsões O/A podem formar musses, os gases se dispersam na fase oleosa da emulsão. 
	Ex: os cremes de barbear, as musses de depilação, musses de cabelo. 
	Fase externa – água
	Fase interna – ar
	Emulsionante - estabiliza
Aerosóis
	A fase continua ou dispersante é sempre o gás, a fase dispersa podendo ser ou um líquido ou um sólido sob forma de pó muito fino
	No frasco, o gás está comprimido ou liquefeito: é o pulsor. 
	Ele se dilata no orifício da válvula, projetando partículas muito finas de liquido ou de pó. 
	Os aerosóis contêm pouco ou nenhum tensoativo. 
BIBLIOGRAFIA
	BARATA, E. A. F. A. Cosmetologia: princípios básicos. São Paulo: Tecnopress, 2003
	FONSECA, A. Manual de terapêutica dermatológica e cosmetologia. São Paulo: Rocca, 2000. 
	BEZERRA, S. V.; REBELLO, T. Guia de Produtos Cosméticos. São Paulo: Senac, 2005.
	SANTI, E. de. Dicionário de Princípios Ativos em Cosmetologia. São Paulo: Andrei, 2003.