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RESUMO DE CINESIOTERAPIA RESPIRATÓRIA – TERAPIAS RESPIRATÓRIAS RESPIRAÇÃO · Ato de respirar envolvido com a contração muscular dos músculos respiratórios. Inspiração · Fase ativa da respiração. · Contração muscular dos músculos envolvidos com a respiração. · Diafragma contrai, aumentando a sua angulação. · Costelas se elevam em forma de alça de balde. · Aumento do diâmetro transversal e longitudinal da caixa torácica. Expiração · Fase passiva da respiração. · Relaxamento muscular da musculatura envolvida com a respiração. · Diafragma relaxa, diminuindo a sua angulação. · Costelas se abaixam. · Diminuição do diâmetro transversal e longitudinal da caixa torácica. Musculatura da Respiração · DIAFRAGMA e INTERCOSTAIS – sempre. · ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO, ESCALENOS e ABDOMINAIS – apenas na inspiração e expiração forçadas. VENTILAÇÃO · São as trocas gasosas relacionadas aos volumes pulmonares – volume residual, capacidade pulmonar total, volume inspiratório e volume expiratório. Alongamento de Caixa Torácica · Aumento de mobilidade de caixa torácica. ALTERAÇÕES CINÉTICO-FUNCIONAIS DA CAIXA TORÁCICA 1. HIPERINSUFLAÇÃO – DPOC · Patologias obstrutivas – ar se acumula nos alvéolos pulmonares. · Pulmão permanece cheio de ar. · Caixa torácica perde funções. · Causadas principalmente pelo tabaco. · Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – bronquite crônica, enfisema pulmonar. 2. HIPOINSUFLAÇÃO – DPR · Patologias restritivas – pulmão colaba. · Funções pulmonares são restringidas. · Doenças Pulmonares Restritivas – pneumotórax, edema pulmonar (liquido acumulado nos pulmões), derrame pulmonar, fibrose pulmonar (perda de elasticidade e maleabilidade do tecido alveolar, que se torna fibrótico e restringe a função pulmonar). · Outras alterações funcionais como obesidade, cirurgias abdominais, imobilizações e escolioses graves podem causar diminuição funcional de caixa torácica – fazendo com que a atividade pulmonar seja diminuída e restringida. 3. ACÚMULO DE SECREÇÃO · Patologias causadas pelo acúmulo de secreção em brônquios ou alvéolos. · Causadas por bactérias, vírus ou fungos. · Aumento da resistência das vias aéreas – causada pelo acumulo de secreção. · Pneumonia, H1N1, gripe... TERAPIAS PASSIVAS DE CINESIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Técnicas baseadas na aplicação terapêutica de intervenções mecânicas. · Deve ser adaptada para cada paciente. · Processo dinâmico que varia conforme: · Acometimento pulmonar. · Doenças associadas. · Condições clínicas. · Evolução do quadro e natural da doença. · Idade. · Fatores anatomofisiológicos. Objetivos · Permeabilidade das VA. · Otimização da função respiratória e trocas gasosas. · Minimizar alterações na relação V/Q – ventilação/ perfusão – trocas gasosas. · Prevenção e redução da obstrução por secreção. · Reduzir as consequências da obstrução. · Forma direta – hiperinsuflação, atelectasia, má distribuição da ventilação, ↑ do trabalho respiratório. · Forma indireta – remoção de secreções infectadas, de mediadores infalatórios, ↓ atividade proteolítica e oxidativa das VA, prevenir e ↓ lesões teciduais. · Adequação do suporte ventilatório. · Desmame da VM. · Oxigenoterapia. 1. DRENAGEM POSTURAL · Utiliza posturas para conduzir as secreções. · Atuação da gravidade. · Direcionamento para as VA centrais e superiores. · A gravidade age sobre o lobo ou segmento. · Impede o acúmulo de secreções através da verticalização dobrônquio segmentar ou lobar que o ventila. · Tem maior evidência do efeito em grande quantidade de muco e baixa adesividade. · Tempo necessário para surgimento do efeito é em torno de 15 minutos a 1 hora em cada postura. · O paciente pode dormir em uma determinada postura. Recém-nascidos até 20 anos · A DP funciona de forma diferente. · Peso pulmonar é menor. · Ventilação em DL é inversa a do adulto. · Facilita a distribuição de ar no pulmão não-dependente. · O movimento respiratório do segmento dependente da caixa torácica pode estar significativamente reduzido devido a sua alta complacência. · Conformação do abdome da criança exerce menor efeito na pré-carga do diafragma. · O mediastino menos rígido dificulta a insuflação do lado dependente. · O paciente deve deitar do lado que quer que saia a secreção – mesmo lado (ao contrário do paciente adulto, que deve deitar-se do lado oposto). · Ação da gravidade. Contraindicações · Hipertensão intracraniana. · Cardiopatias agudas e crônicas. · Arritmias cardíacas. · Instabilidade hemodinâmica. · Cirurgias abdominais. · Cirurgias intracranianas ou oftálmicas. · Traumatismo torácico. · Hemoptise. · Fístula broncopleural. · Embolia ou edema pulmonar. · IRp. · Refluxo gastroesofágico. · Período pós prandial e prematuridade. 2. PERCUSSÕES TORÁCICAS MANUAIS – PTM · Também conhecida como TAPOTAGEM. · Definida por ondas rítmicas de energia mecânica sobre a parede torácica. · Pouco utilizada. · Frequência necessária para mobilizar o muco – 25 a 30 Hz. · Frequência gerada pela tapotagem – 1 a 8 Hz. · Em RN essa frequência deve ser ainda maior que a necessária pois o aumento da complacência pulmonar é ainda maior do que no adulto. · Não atinge um local específico nos pulmões, o que faz com que ela não consiga direcionar a saída de secreção. · Pode ser utilizada para melhorar o conforto do paciente. Contraindicações · Fragilidade óssea. · Hemoptise. · Dor. · Hipertensão intracraniana. · Pós-operatório imediato. · Dreno de tórax. · Hiper-reatividade brônquica. · Hipertensão pulmonar. · Apnéia. · Bradicardia. · Pele frágil. · Prematuridade extrema e oteopenia prematura. 3. VIBRAÇÃO MANUAL – VIBROCOMPRESSÃO · Movimentos oscilatórios. · Aplicados manualmente através da tetanização dos músculos agonistas e antagonistas do antebraço em sinergia com a palma da mão e polpa dos dedos, colocados perpendicularmente no tórax. · Terapeuta – mãos entre os ossos das costelas – na região muscular. · Paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou lateral. · Unilateral – paciente em decúbito lateral – utilizada em casos de tórax maior, mais rígido, DPOC, idoso... · Bilateral – paciente em decúbito dorsal – utilizada em casos de tórax menor, mais maleável... · Deve ser feita na fase expiratória. · Pode ser feita na região basal ou na região apical do pulmão – dependendo da necessidade patológica do paciente. · Quanto mais espessa e mais secreção existir, mais vezes deve-se executar a manobra. Objetivos · Depuração de secreções pulmonares. · Estimulação ciliar. · ↑ dos batimentos ciliares. · Remoção de secreções. · Variações do fluxo expiratório. · Possui características compressivas e oscilatórioas (vibrocompressão). · Aumento do índice de fluxo expiratório. · Melhora da expiração ativa pelo recrutamento dos músculos expiratórios. · Vibração entre 3 a 75Hz. Contraindicações · Dor. · Fratura nas costelas. · Pneumotórax não drenado. · Queimaduras. · Ferimentos abertos. 4. TERAPIA EXPIRATÓRIA MANUAL PASSIVA – TEMP · Aumento do volume expiratório através da compressão manual torácica exercida pelo terapeuta. Objetivos · Distribuição da ventilação e pressão alveolar. · Mobilizações e deslocamento de secreções. · Manter elasticidade pulmonar e torácica. · Controlar abertura da caixa torácica. · Redução de tempo inspiratório. Tipos · LENTA – compressão manual durante toda a fase da expiração – deslocamento de secreção. · BRUSCA – compressão manual na fase final da expiração e de forma brusca – remoção de secreção. 5. FARLEY CAMPOS · Melhora da ventilação pulmonar e remoção de secreções. · Objetivo de aumentar o volume corrente de ar e abertura alveolar na região insuflada bruscamente. · Esta manobra consiste na mobilização da caixa torácica com a compressão manual durante toda a expiração e início da inspiração, sendo logo bruscamente retirada. · Realizada com a compressão manual do tórax na região hipoventilada na expiração e mantendo durante 1 a 3 ciclos respiratórios, sendo solto abruptamente no começo da inspiração. · Utilizada para direcionar o ar para o lado que eu quero que ele insufle bruscamente – para o lado hipoinsuflado.· Objetivo principal é aumentar a ventilação pulmonar. · Ocorre apenas de forma brusca – para ter maior efeito. · ATELECTASIA – colabamento dos alvéolos e diminuição do espaço alveolar. · Utilizada durante a fase inspiratória. 6. EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A GLOTE ABERTA · A ELTGOL tem o objetivo de arrastar as secreções das VA distais do lado do tórax que fica apoiado (pulmão gravitacionalmente dependente). · O decúbito lateral auxilia a remoção da secreção à medida em que o pulmão posicionado contra o apoio tem maior variação de volume durante a inspiração, aumentando o fluxo de ar e tempo de fluxo. · Na expiração há aumento de velocidade e há favorecimento da expulsão do ar com a compressão torácica do pulmão infralateral. · Higiene brônquica por meio da compressão e descompressão acompanhando o ritmo respiratório do paciente. Realização da Técnica · Paciente em DL com o pulmão com acúmulo de secreção para o lado que estará apoiado. · Flexão do quadril e joelhos. · Boca e glote abertos – bucal. · Compressão do gradil costal flutuante para dentro e para cima do lado do pulmão que está apoiado. · Compressão do gradil costal superior, logo abaixo da linha da axila, sentido para local de apoio. · Realizar a técnica por 12 minutos ou mais. · Técnica de Hiperinsuflação. 7. HIPERINSUFLAÇÃO MANUAL · Técnica passiva de insuflação pulmonar – conhecida ainda como bagging ou bag sequeezing. · Realiza a insuflação dos pulmões acima do nível basal. · Utilizado principalmente em pacientes em VMI com quadros hipersecretivos. · É empregado um VC 50% maior do que o fornecido pelo ventilador. · Este volume não deve superar 40 a 50cm H2O. Indicações · Mobilização das secreções traqueobrônquicas. · Melhora da ventilação pulmonar. · Prevenir perda de volume. · Reinsuflar área de atelectasia. · Auxiliar na remoção de tampões mucosos. · Melhorar a oxigenação pré e pós-aspiração. Efeitos · Insuflação passiva dos pulmões. · ↑ da taxa de fluxo expiratório. · Melhora da complacência estática e dinâmica. · ↑ do volume de secreção aspirada. Contraindicações · Instabilidade sistema cardiorrespiratório. · Pneumotórax não drenado. · Broncoespasmo grave. · Alto pico de pressão inspiratória (PIP). · PEEP > 10 cmH2O. · Pressão intracraniana aumentada. · Edema pulmonar agudo. Realização da Técnica · Insuflação com AMBU para inspiração. · Insuflação lenta e profunda – 1 insuflação. · Insuflação rápida – 3 a 5 insuflações. · Expiração com compressão torácica ou vibrocompressão. · Expiração rápida (abrupta). · Pode ser precedida e/ou seguida de aspiração. 8. REDIRECIONAMENTO DE FLUXO · Indicado para reexpansão pulmonar localizada. · Utilizados em atelectasias ou afim de reexpandir o pulmão localmente. · Consiste na pressão manual da caixa torácica contralateral ao local de redirecionamento enviando o fluxo de ar para o pulmão lesado, com posicionamento da cabeça lateralizada. · Objetivo – reexpandir o pulmão. · Drenar derrames pleurais – acumulo de liquido nas pleuras (atelectasias) – causados principalmente por pneumonias. · Através do redirecionamento do fluxo de ar e aumento do volume de ar naquela região especifica do pulmão. · Técnica de Hiperinsuflação. 9. TÉCNICA DE REMOÇÃO DE SECRAÇÃO – VAS Desobstrução Rinofaríngea Retrógrada (DRR) · Passiva em lactentes. · Ativa em crianças e adultos. · Reflete o aumento do fluxo aéreo. Adultos · Realizada após uma expiração prolongada. · Nasoaspiração com a boca aberta. · Nasoaspiração com a boca semiaberta. · Nasoaspiração com a goca fechada. Crianças – Técnica Passiva · Criança em DD, elevada a 30°. · Atrás da maca, com uma das mãos elevando a mandíbula, apoiando os dedos indicador e médio na base da língua ao final do tempo expiratório, obrigando a criança a inspirar profundamente pelo nariz. · Lateralmente ao leito, ocluindo a boca do paciente com a região hipotenar da mão, elevando a mandíbula e ocluindo rapidamente o orifício bucal. DRR + Infusão (DRRI) – Crianças · Técnica é completada com infusão de soro fisiológico. · Fase preparatória: uma mão segura o conta gotas diante da narina a ser instilada. Antebraço correspondente apoiado sobre o tronco para perceber o ritmo respiratório. Colocar a outra mão a fim de imobilizar a cabeça. · Fase de instilação: durante o curto tempo inspiratório que se segue à expiração prolongada, uma narina é fechada com o dedo enquanto que é instilado o soro na outra narina. · Fase de mobilização da secreção: após ter realizado o procedimento nas duas narinas, a criança deve ser mantida no mesmo decúbito por 1 minuto enquanto o terapeuta exerce leves pressões na base da língua com o polegar. Assim é obstruído a via respiratória bucal, provocando aumento do padrão ventilatório e inspirações e expirações agitadas que movem esse líquido nas cavidades. · Fase de expulsão: Devem ser eliminadas de forma espontânea – tosse nasal ou espirro, por deglutição ou por expulsão, durante uma manobra de retorno, onde a criança deve ser posicionada em decúbito ventral para realizar a extensão da cabeça. TERAPIAS ATIVO-ASSISTIDAS E ATIVAS DE CINESIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 1. TÉCNICAS DE EXPIRAÇÃO FORÇADA – HUFF · Manobra de desobstrução de VA inferiores proximais/centrais. · Objetivo de facilitar ou modificar a tosse, pode ser considerada uma manobra de tosse dirigida. · Consiste em associar as respirações diafragmáticas ao fluxo expiratório rápido com a glote aberta (huffing). · Permite baixas pressões intrapulmonares. · Limitações: déficit cognitivo e fraqueza muscular – músculos respiratórios e abdominais. Realização da Técnica · O paciente deve ser ensinado primeiramente. · Inspiração e expiração lenta e diafragmática 3 a 5 vezes. · Inspirar profundamente e realizar uma apnéia (1 a 3 seg). · Inspirar o volume corrente e em seguida ativar a musculatura do abdome e tórax com a boca e glote abertas fazendo o som · de huff. · Realizar a técnica 2 a 3 vezes. · Realizar diversas respirações lentas e diafragmáticas (normais) entre uma técnica e outra. · Realizar a técnica com o paciente sentado. Pode ser realizada em 3 volumes: · Alto volume: realiza a inspiração profunda dentro do volume de reserva com abertura da glote e huffing. · Médio volume: inspiração profunda dentro do volume de reserva inspiratório, expira o volume corrente e huffing. · Baixo volume: inspiração profunda dentro do volume de reserva inspiratório, expira até o volume de reserva expiratório e huffing. Observações · Pacientes com fluxo aéreo com obstrução importante deve-se ter mais cuidado. · O deslocamento do ponto de igual pressão pode resultar no colapso distal alveolar, promovendo grave redução do fluxo expiratório, reduzindo a efetividade da tosse e da técnica. · Nestes casos deve-se realizar a técnica em altos volumes pulmonares e expiração submáxima para evitar o colapso alveolar. 2. TOSSE · Mecanismo de defesa. · Visa a expulsão do muco. · Remove secreções da árvore taqueobrônquica proximal. · Depende da idade do paciente, nível de consciência e capacidade de cooperação do paciente. · Pode ser dividida em: Tosse Provocada (TP) – provocada pelo fisioterapeuta. Tosse Dirigida (TD) – provocada pelo próprio paciente. Tosse Provocada (TP) · Tosse reflexa provocada no paciente incapaz de cooperar. · Estimulação dos receptores mecânicos na parede da traquéia. · Ocorre pelo aumento da velocidade das partículas de ar, no segmento limitado a fluxo, resultante da existência do ponto de igual pressão sobre o trajeto brônquico. · Indicada quando secreções estão em VA proximais ou na traqueia. · Utilizada em pacientes não colaborativos. · O paciente deve estar em DD e elevado a pelo menos 30°. · O terapeuta coloca o polegar perpendicularmente à traqueia, na região da fúrcula esternal. Sem exercer pressão vai apenas localizar a posição da traqueia procurando a porção extratorácica mais baixa. · O estímulo deve ser desencadeado ao final da inspiração ou no início da expiração – maior volume pulmonar. · A pressão deve ser suave e aplicada de uma vez só. Tosse Dirigida (TD)· Reforço da tosse espontânea solicitada pelo terapeuta. · Pode ser desencadeada a baixo, médio e alto volume pulmonar. · Eficácia aumenta com a compressão abdominal de contenção elevando a expulsão do ar dos pulmões. · Pode ser direcionada pela compressão torácica na expiração. · Depende da colaboração do paciente e força e integridade da musculatura abdominal. · Age principalmente na região das VA proximais. · Utilizado para efeito secundário de mobilização das secreções mais periféricas. · Devido ao movimento de tosse promove movimentos respiratórios amplos. · A repetição destes episódios pode provocar o estreitamento da VA da região distal, dificultando seu carreamento. 3. TÉCNICAS DE REMOÇÃO DE SECREÇÃO DAS VAI Aumento de Fluxo Expiratório (AFE) · Definido como o aumento passivo, ativo-assistido ou ativo do fluxo aéreo respiratório. · Objetivo: mobilizar, carrear e remover secreções traqueobrônquicas. · Exercício ativo dividido em: Aumento de fluxo expiratório passivo (AFE passivo), Aumento de fluxo expiratório rápido (AFER) e Aumento de fluxo expiratório lento (AFEL). AFE Passivo · Utilizado com mais frequência em lactentes, crianças pequenas e pacientes não colaborativos. · Paciente em DD elevado a 30°. · Posicionamento das mãos: uma na parte apical do tórax, logo abaixo da fúrcula esternal e a outra na região do diafragma, logo abaixo das últimas costelas, próximo ao umbigo. · As mãos se movem de forma sincronizada e ativa, para manobra mais intensa. · Mão torácica ativa e abdominal passiva, funcionando com uma cinta abdominal em contra apoio – lactentes. · Mão torácica ativa, indo de encontro durante a manobra, à mão abdominal – denominada ainda como “técnica de ponte”. · As manobras são suaves e simétrica e nunca deve deslizar sobre a pele do paciente. AFER · Objetivo de carrear secreções dos brônquios de médio calibre para os de grosso calibre. · Ocorre pelo aumento do fluxo expiratório nos primeiros troncos brônquicos e traqueia. · Técnica semelhante ao exercício de expiração forçada não prolongado, próximo ao pico de fluxo e estimulo da tosse, porém sem fechamento da glote. · Indicada quando a ausculta pulmonar evidencia secreção nas VA Centrais. AFEL · Objetivo de mobilizar secreções dos pequenos brônquios até as VA proximais, através de uma expiração lenta e prolongada. · Gera baixo fluxo e baixo volume pulmonar. · Permite desta forma eliminação das secreções mais distais. · Realiza-se a expiração longa e não-forçada, impondo o fluxo lento e prologado ao paciente. · Desta forma há abertura dos brônquios de pequeno calibre e inibe o fechamento precoce dos pontos de igual pressão. 4. DREANGEM AUTÓGENA – DA · Objetivo de independência na higiene brônquica. · Paciente identifica o ruído da secreção e através da modificação do fluxo de ar a cada respiração, arrasta a secreção até a glote para ser eliminada. · Promove independência do paciente crônico – necessitando apenas de reinstruções periódicas. · Assemelha-se a drenagem postural e compressões torácicas para o direcionamento da secreção, no entandoa condução da secreção é realizada pelo efeito da ventilação. · Consiste em uma técnica de remoção de secreção ativa e de fluxo lento, aplicada em 3 fases: · Fase 1 – Descolar: paciente na posição sentada, respirando a pequenos volumes, iniciando no volume de reserva expiratório para conduzir as secreções mais distais. Nesta false coloca-se a mão do paciente no tórax a fim de localizar a secreção. · Fase 2 – Coletar: Respirando a médios volumes a secreção é deslocada dos deslocada para VA de médio calibre. · Fase 3 – Eliminar: Respiração a máximos volumes e ao final tosse ou huffing para remover a secreção. 5. TÉCNICAS DE EXPANSÃO PULMONAR · Consiste em técnicas que exercem a expansão pulmonar através do aumento do gradiente de pressão transpulmonar, sendo por meio da redução da pressão pleural ou da elevação da pressão alveolar. · Estas técnicas devem ser prescritas para pacientes cooperativos. · É necessário que o paciente tenha força muscular capaz de promover insiprações de magnitude considerável – 10 a 15ml/kg ou capacidade inspiratória maior do que 1/3 do predito. 6. EXERCÍCIOS DIAFRAGMÁTICOS · Corresponde à respiração basal ou controle respiratório. · Movimentos sincrônicos da parede abdominal durante a inspiração e expiração. · Promove o crescimento da excursão diafragmática. · Mais utilizada para reduzir ou eliminar a atividade muscular desnecessária,↓ esforço respiratório e ↑da eficiência da respiração. · DPOC – assincronia tóraco-abdominal e desconforto respiratório. · Colocar as mãos sobre o processo shifóide e solicitar ao paciente que empurre com o abdome a mão na inspiração e solte na expiração. 7. INSPIRAÇÃO PROFUNDA · Promove o ↑ do VC pulmonar. Para realizar a técnica é necessário · Inspiração iniciada na capacidade residual funcional (CRF). · Inspiração máxima até a capacidade pulmonar total (CPT). · E por fim a expiração normal. · Pode ser realizada pausa inspiratória de 3s. · Há distribuição do ar na rede alveolar. 8. INSPIRAÇÃO FRACIONADA OU EM TEMPOS · Pode ser realizada com ou sem pausa. · Realiza-se inspirações curtas, sucessivas e programadas. · Podem ser em 2, 3 ou 4 tempos intercaladas ou não pelas pausas inspiratórias. · Quando realizada sem pausa pode atingir a CPT. · Quando realizada em pausas pode atingir mais facilmente a CI. · Pode ser realizada com elevação dos MMSS. 9. EXERCÍCIOS EXPIRATÓRIOS · Realizados da mesma forma que exercícios inspiratórios, porém utilizados nos casos de necessidade de desinsuflação pulmonar. · Visam promover a expiração além da capacidade residual funcional. · Exercícios expiratórios lentos e mantidos. · Exercícos expiratórios fracionados em 2, 3 ou 4 tempos. 10. FRENO LABIAL · Promove o retardo expiratório. · Realiza a manutenção dos bronquios e alvéolos. · Evita o colapso das VA pela pressão intertorácica sobre as paredes brônquicas. · Realiza-se: Inspiração realizada pela via nasal e expiração realizada pela boca cerrando os lábios ou fazendo resistência prolongando cerca de 3 vezes a expiração. 11. EXERCÍCIOS AERÓBICOS E ANAERÓBICOS · Estes exercícios auxiliam de forma global o ganho de força e resistência muscular, beneficiando assim a musculatura da respiração. · Os benefícios que são gerados na musculatura respiratória são semelhantes aos encontrados na musculatura esquelética periférica de MMSS e MMII. · Estes exercícios são essenciais para o fortalecimento e endurance dos músculos da caixa torácica! Exercícios respiratórios para o tratamento de pneumopatias com alterações funcionais de HIPERINSUFLAÇÃO HIPOINSUFLAÇÃO Exercícios Diafragmáticos - expiração Exercícios de expiração máxima ou forçada Freno labial Expiração fracionada ou em tempos Exercícios diafragmáticos - inspiração Inspiração profunda Inspiração fracionada ou em tempos Alterações funcionais das vias aéreas: 1. Aumento de resistência das vias aéreas - acúmulo de secreção 2. Hiperinsuflação 3. Hipoinsuflação
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