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Resumo - Visão


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Visão: associação com o estímulo através da luz captada pelos fotoceptores, que é um receptor especial e exteroceptor. Na visão, há um estímulo local (potencial gerador), a diferença entre a visão e o estímulo elétrico é que a visão é um processo mais constante do que o impulso nervoso.
- É a formação de imagens num receptor exteroceptor específico localizado na retina. O cérebro recebe impulsos elétricos gerados na retina e interpreta as imagens ópticas determinando a sensação visual propriamente dita.
- A imagem é gerada na retina, através de um conjunto de fenômenos chamados de óptica da visão. Logo após a geração dos potenciais de ação na retina, os impulsos são transmitidos através de vias específicas, e nos centros visuais, determina-se a neurofisiologia da visão, ou sensação visual.
Luz: ondas eletromagnéticas, que são classificadas de acordo com o seu comprimento.
Nós enxergamos o espectro visível, que varia entre 280nm a 700 µm -> não enxergamos comprimentos de onda fora dessa escala, como raio x, ultravioleta e infravermelho. 
- Os raios luminosos penetram nos olhos, que convertem a energia do espectro visível da luz em potenciais de ação no nervo óptico. Os raios luminosos, para formarem a imagem na retina, sofrem desvios devido à passagem por meios de densidade diferentes como são as estruturas do globo ocular interpostas entre a córnea e a retina (humores aquoso e vítreo e cristalino). Essas estruturas podem ser consideradas globalmente como uma lente biconvexa, através da qual os raios luminosos que entram pela pupila são refratados por convergência para um ponto, o foco principal, que forma-se exatamente na retina onde excita os receptores luminosos, cones e bastonetes. Quando esses raios são focalizados no eixo principal do feixe luminoso, o foco é gerado por trás do foco principal e, por conseguinte, não coincide com a retina.
- A acomodação recebe tal denominação pela capacidade do globo ocular de diminuir a distância focal principal, quando o foco principal forma-se atrás da retina, impedindo a visão nítida de objetos que estão próximos ao olho.
Os raios ultravioleta nos coloca em risco de queimaduras cutâneas pois danifica nossas estruturas, podendo gerar um câncer de pele. No laboratório, encontramos o fluxo laminar, instrumento usado na esterilização do ambiente, de tal maneira que possui a luz ultravioleta para a descontaminação dos materiais -> não podemos manipular reagentes nem trabalhar com certos microrganismos com a luz ultravioleta ligada. Assim, alguns laboratórios são descontaminados a partir da luz ultravioleta. Os raios infravermelhos podem servir como potencializador de analgésicos, regeneração do tecido, estimular sistema imunológico, retardar envelhecimento da pele e aumentar circulação sanguínea.
Reflexão: o ângulo de incidência é preservado.
Refração: o raio luminoso atravessa o obstáculo e não tem ângulo de incidência preservado -> uma das comprovações é a distorção da imagem em uma piscina.
Íris: retém parte dos raios luminosos, é uma barreira protetora.
Córnea: é uma camada que protege o olho que tem função de sustentar o olho e de dissipar a maioria dos raios luminosos, sendo refletidos -> um dos maiores tecidos transplantados.
Pupila: controla a entrada e saída dos raios luminosos. Quando está dilatada, está permitindo a absorção de raios luminosos e, quando está retraída, está sobre uma estimulação excessiva dos raios luminosos.
Os receptores sensoriais também estão associados aos sentimentos, assim, a dilatação da pupila frente à comida ou alguém amado está associada a memória sensorial pois, relembramos a satisfação/prazer obtido com a situação.
Retina: se localiza na parte anterior do olho, é uma membrana que funciona como um ‘’filme’’, pois é nela que são distribuídas as células fotoceptoras -> a retina pode deslocar, comprometendo a visão pois, há um ponto em que há a incidência dos raios luminosos e, se a retina deslocar, os raios luminosos não irão incidir nesse ponto.
- Há a formação da imagem invertida pois, quando os raios luminosos são traduzidos há a representação da imagem de forma invertida. Quando a informação é gerada pelas terminações nervosas, atingindo o nervo óptico e a imagem é readequada no córtex visual.
- Na retina, há o ponto focal, local de incidência ideal dos raios pois, neles estão presentes as células fotoceptoras, os cones (mais associados as cores) e bastonetes (associados a liberação do estímulo elétrico e percepção de distância/profundidade), possuindo um pigmento chamado rodopsina (trás a coloração das imagens) -> dependendo do estímulo, há uma variação de voltagem determinada que leva a um nível de liberação de rodopsina, indicando a cor associada ao momento.
- Na retina, também há o ponto cego, onde não conseguimos formar nenhum tipo de ponto focal, pois não há a presença de células fotoceptoras.
Nervo óptico: é a comunicação com o córtex visual, tendo terminações nervosas para a identificação do potencial gerador liberado pelas células fotoceptoras.
Cristalino: é a ‘’lente’’ do olho; pode ser comparado com um primas e seus processos de refração da luz.
Humor vítreo e aquoso: função de lubrificação e relevantes no processo de refração e reflexão.
ps: há músculos no globo ocular, assim, há a atrofia conforme o envelhecimento.
- Função retiana: após a refração, há a formação da imagem na retina. Denomina-se ponto nodal o ponto pelo qual os raios de luz passam sem refração e está localizado na união do terço médio com o posterior do cristalino, a 15mm da retina. Os outros raios que entram são refratados e focalizados na retina em posição invertida em relação ao objeto.
- Potenciais retinianos: os fotorreceptores, cones e bastonetes, quando atingidos pela luz, geram um potencial receptor precoce. O estímulo luminoso hiperpolariza a membrana do receptor, iniciando os fenômenos elétricos em outros elementos retinianos, o que se traduz pela formação de potenciais de ação nas células bipolares que podem se propagar pelas vias ópticas.
- Mecanismo fotorreceptor: a luz que atinge a retina provoca efeitos sobre as substâncias fotossensíveis dos cones e bastonetes, porque é absorvida por estas substâncias de modo que a estrutura delas se modifica, o que representa o mecanismo responsável pela iniciação da atividade nervosa.
- Pigmentos dos bastonetes: o pigmento é a rodopsina, que é sensível à luz baixa ou vespertina, sem cores. Esta luz descora a rodopsina. A luz age porque transforma o retinol na forma de isômero 11-cis ao isômero todo trans (prelumi-rodopsina), levando a abertura da opsina, que catalisa reações que levam à mudança do potencial elétrico. A rodopsina, na escuridão, é regenerada ou ressintetizada a partir da vitamina A1-opsina (escotopsina), a rodopsina permite, assim, a visão na penumbra, ou visão escotópica, já a luz colorida diurna é uma visão fotópica. Esses dois tipos de visão, e particularmente a escotópica, são dependentes do fornecimento de vitamina A1.
- Formação da imagem: as células da retina estão ligadas entre si, através de neurotransmissores, particularmente acetilcolina e, secundariamente GABA (ácido gama-amino-butírico) e serotonina.
- Sensação visual: a partir de células ganglionares, os axônios ópticos se projetam no corpo geniculado lateral, que por sua vez, se projeta no córtex visual localizado no lobo occiptal, onde há a representação ponto por ponto. No córtex visual, as células individuais respondem a linhas e margens. As células corticais visuais respondem a linhas de escuro e fendas de luz, funcionando campos com neurônios com capacidade de se ‘’ligarem’’ e ‘’desligarem’’. Tende-se a aceitar que todos estes neurônios ajam corticalmente como ‘’detectores de características’’.
- Acuidade visual: é a capacidade para perceber os pormenores e contornos dos objetos luminosos.
- Um transtorno frequente da coordenação dos movimentos oculares é o estrabismo, que impede as imagens visuais de manter-se nos pontos correspondentes das retinas, produzindo-se diplopia. Pode ser corrigido com ginásticados músculos oculares, cirurgia corretora da posição dos músculos extrínsecos do olho, ou o uso de lentes corretoras da posição errada do globo ocular.
Patologias comuns:
Miopia: dificuldade de enxergar de longe; o olho costuma ser mais alongado, impedindo que o raio atinja o ponto focal de maneira adequada, pois o ponto focal é formado antes da retina
- Lente divergente: é mais grossa nas extremidades e mais fina no centro, fazendo com que os raios aumentem a capacidade de atingir o ponto focal.
Hipermetropia: dificuldade de enxergar de perto; o olho costuma ser menor, fazendo com que o ponto focal seja formado posteriormente à retina
- Lente convergente: é mais fina nas extremidades e mais grossa no centro, faz com que os raios formem o ponto focal na retina.
Astigmatismo: quando o foco é desregulado; há a geração de vários pontos focais, tendo a sobreposição da imagem, gerando um problema de foco.
- Lente complexa: é uma associação entre a lente convergente e divergente e tem formato cilíndrico
- Discromasia ou daltonismo: incapacidade de perceber uma parte do espectro visível ou de reconhecer adequadamente uma cor. Dever-ser-ia à alteração da sensibilidade dos receptores cromáticos
- Hipermetropia: o globo ocular é mais curto que o normal, formando-se o foco atrás da retina. A acomodação pode compensar o defeito, mas leva à fadiga do músculo ciliar, dando a cefaleia e visão apagada e, às vezes, pode dar lugar ao estrabismo.
- Miopia: o diâmetro ântero-posterior do globo ocular é maior e a imagem é formada antes da retina, razão pela qual o indivíduo não pode enxergar de longe. Pode ser corrigida com lentes -bicôncavas.
- Glaucomas: hipertensão intraocular devido a estenose ou bloqueio do fluxo de saída do humor aquoso, mais raramente produzido por aumento da pressão venosa fora do olho (ou obstrução da veia cava superior, por exemplo), ou aumento da produção de humor aquoso que ocorre em alguns tipos de hipertensão vascular. O glaucoma pode manifestar-se por dores oculares e alterações da acuidade visual. No glaucoma, a visão pode alterar-se profundamente, por degradação retiniana pela compressão, podendo levar à cegueira, ou amaurose.
- Astigmatismo: a curvatura da córnea é irregular, sendo a curvatura de um meridiano diferente da dos outros, os raios luminosos daquele meridiano são refratados para outro foco, formando-se uma imagem retiniana pouco nítida. Pode ser corrigido com lentes cilíndricas, que igualam a refração em todos os meridianos.