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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE RECIFE/PE 
 
 
 
Processo nº… 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adalberto​, devidamente qualificado nos autos, por intermédio de 
seu advogado que a esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, tempestivamente, apresentar 
 
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
 
com fundamento legal nos artigos 396, caput e 396-A, ambos do Código de 
Processo Penal, aduzindo os seguintes argumentos de fato e de direito. 
 
 
ll - DOS FATOS 
 
O acusado estava na data dos fatos em um conhecido restaurante da 
cidade, localizado no Recife Antigo, com seus amigos, henrique, Guilherme, juntos 
em comemoração a aprovação de Camilo no vestibular, ao sair Adalberto 
apanhou o telefone celular de Isabel, namorada de um de seus amigos, e o levou 
para a sua residência, acreditando ser o seu aparelho telefônico. 
 
No mesmo dia, mas em horário já avançado, após perceber o engano 
cometido, Adalberto telefonou para a proprietária do aparelho telefônico, 
desculpando-se e consultando-a sobre qual o endereço para a sua devolução. e 
antes mesmo do réu tentar restituir o objeto e pelo mesmo esta descarregado 
Isabel havia se dirigido à Delegacia mais próxima e registrado a ocorrência do 
suposto furto de seu telefone, avaliado em R$ 3.000,00 (três mil reais). 
 
Em sede policial, Adalberto informou que, na data do evento,entendeu por 
bem não levar para a comemoração o seu telefone celular, o qual é da mesma 
marca e modelo do telefone de Isabel, conforme nota fiscal apresentada no ato. 
Por não ser uma prática habitual sair sem seu aparelho, se enganou acreditando 
ser o seu aparelho, o apanhou na mesa e retornou se para sua residência e ao 
perceber equívoco ocorrido, entrou em contato com Isabel, por meio do telefone 
de seu namorado, a fim de restituir o objeto. 
 
Henrique e Guilherme foram ouvidos como testemunhas na Delegacia, e 
ambos ressaltaram que jamais viram Adalberto sair sem o seu telefone celular. 
Disseram, ainda, que na noite do evento, o local estava extremamente barulhento 
e que por isso, Adalberto foi para casa. Concluída a investigação, mesmo sem 
localizar todos os presentes no referido evento, o inquérito policial foi 
encaminhado ao Juízo competente e, ato contínuo, ao Ministério Público. 
 
Em seguida, o Ministério Público ofereceu denúncia pela prática de crime de 
furto, previsto no art. 155 do Código Penal,​caput​, tendo sido a peça acusatória 
recebida pelo Juízo da Primeira Vara Criminal da Comarca de Recife/PE. Consta 
na exordial que o Ministério Público, entendendo pela gravidade abstrata do crime 
praticado, manifestou-se pelo não oferecimento da suspensão condicional do 
processo. 
 
 
lll- DO DIREITO 
 
a) DA PRELIMINAR 
 
Tendo em vista que não foi oferecida proposta de suspensão condicional do 
processo. Prevê o Art. 89 da Lei nº 9.099/95 que caberá ao Ministério Público 
oferecer proposta de suspensão condicional do processo quando a pena mínima 
cominada ao delito imputado for de até 01 (um) ano, abrangidas ou não por esta 
Lei, preenchidos os demais requisitos legais, dentre os quais se destacam a 
primariedade e a presença dos requisitos do Art. 77 do Código Penal. Tem-se 
também a necessidade de rejeição liminar da peça acusatória em virtude da 
ausência de interesse/necessidade da ação, nos termos do art. 395, II, do CPP. 
 
b) DO MÉRITO 
 
- Erro de Tipo, nos termos do caput do art. 397, inciso III, do CPP 
 
Notoriamente o acusado pegou o aparelho celular de outra pessoa 
acreditando estar pegando algo que efetivamente lhe pertence. Nesta modalidade 
de erro, o agente pratica uma determinada conduta por entender 
equivocadamente que esta não caracterizaria nenhum tipo de infração penal, 
estando perfeitamente de acordo com os objetivos primários da norma no que 
tange a proteção dos bens jurídicos. Ou seja: o agente pratica uma conduta por 
acreditar sinceramente que seus atos não configuram nenhum tipo de crime ou 
contravenção, quando de fato estes atos correspondem a uma definição normativa 
típica. 
 
 
lV- DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer Vossa Excelência : 
 
a) Absolvição sumária do acusado, na forma do Art. 397, inciso III, do CPP; 
b) Nulidade do recebimento da peça acusatória, por ausência de elemento 
essencial ao ato,pela não realização da suspensão condicional do 
processo 
c) Não sendo atendido o disposto nas alíneas anteriores, a intimação das 
testemunhas abaixo arroladas para depor em audiência a ser designada 
por Vossa Excelência. 
 
 ​Nestes termos, 
 Pede-se Deferimento 
 
 Recife-PE, 27 de março de 2020. 
 
 
LUCCAS LORRAN 
OAB 
 
 
 
Rol de testemunhas 
1. Henrique( qualificação e endereço) 
2. Guilherme (qualificação e endereço)

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