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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL - DIMENSÃO HISTÓRICA
SIMONE ALMEIDA DE LIMA
RU: 2788497
ORIGEM DO SERVIÇO SOCIAL
O trabalho a ser apresentado tem como referencia o livro (Servico Social no Brasil Panorama histórico e desafios da autora Eliana Aparecida Goncalves Albonette. O respectivo livro trata a origem do Serviço social como profissão orientando e esclarecendo a profissão acabando com o que se tem ate hoje que serviço Social e muito mais que dar esmola e fazer caridade.
 Segundo a autora Albonete (2017), Em 1936 sob influência belga surge e a primeira escola de nível superior de Serviço Social em São Paulo fundada por uma das estudantes brasileiras formadas na Bélgica, sob influência da igreja católica em seguida o Instituto de Educação Familiar e Social sediado no Rio de Janeiro. Castro 1993 sustenta que o serviço social teve origem no movimento da ação Católica. Acrescenta:
Ação Católica – intelectualidade laica, estritamente ligada à hierarquia católica – […] propugna, com visão messiânica, a recristianização da sociedade através de leigos, orientados por um projeto de reforma social. Estes núcleos de leigos, orientados por uma retórica política de cunho humanista e antiliberal, lançam-se a uma vigorosa ação dirigida para penetrar em todas as áreas e instituições sociais, criando mecanismos de intervenção em amplos segmentos da sociedade, com a estratégia de, progressivamente, conquistar espaços importantes no aparelho do Estado. (Castro, 1993, p. 42)
Além dos interesses da igreja católica em recuperar a hegemonia e seus privilégios, o forte crescimento da indústria contribuiu para a demanda do serviço social. Muitos eram atraídos para as capitais com propósito de melhores condições de vida e de trabalhos, o que fez com que a população crescesse de maneira rápida e logo faltasse moradia, saneamento básico e condições dignas de vida.
Na era Vargas Se deu o inicio da consolidação das leis de trabalho (CLT), mas ainda sob forte influência de escolas do exterior que tinham por filosofia ajustar o individuo à sociedade ou responsabiliza-lo pelo seu desalinho. Iamamoto e Carvalho (2006) afirmam que, ao menos em suas fases iniciais, o trabalho do assistente sociai é cooptado pelos interesses do capital, destacam que:
O Serviço Social se gesta e se desenvolve como profissão reconhecida na divisão social do trabalho, tendo por pano de fundo o desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana, processos esses apreendidos sob o ângulo das novas classes sociais emergentes – a constituição e expansão do proletariado e da burguesia industrial – e das modificações verificadas na composição dos grupos e frações das classes que compartilham o poder de Estado em conjunturas históricas específicas. (Iamamoto; Carvalho, 2006, p. 77, grifo do original)
O Serviço Social é uma profissão jovem comparada a outras profissões no Brasil, mas a classe trabalhadora sofria a desigualdade num regime de ditadura. Pouco se fazia à população e sempre era tirado proveito para o enriquecimento dos patrões.
O Serviço Social nada mais era que ações filantrópicas e caridade. Foi criado pelo controle social exercido pelo estado, influenciado pela igreja católica e o interesse do estado capitalista. Já os trabalhadores eram vistos pelo capital como desalinhados e desajustados e que precisavam ser corrigidos pelos seus “erros”, para se engajarem a classe.
O processo de libertação do Brasil ocorreu de maneira lenta no que diz respeito aos interesses da burguesia da época. Mulheres e crianças eram exploradas, suas jornadas de trabalho chegavam até 17h. Os locais de trabalho eram sujos, imundos, um completo caos a classe trabalhadora que era explorada em uma desigualdade social imensa.
No século XIX nasceram as primeiras sociedades e associações de trabalhadores do país. Com aumento da união operária foram criados os primeiros sindicatos. As ações criadas por estes eram tidas como caso de polícia, pois não se adequavam ao padrão desejado do sistema capitalista.
O Serviço Social no Brasil sofreu influência europeia em molde as escolas de Serviço Social fundadas na época. Moljo e Cunha (2009, p.84) explicam que nesse período:
A intervenção profissional do assistente social estava dirigida sobre a situação de ”pobreza” ou dos “pobres e desajustados”. O objetivo era leva-los a um maior ajustamento a ordem social vigente. Nesse contexto a intervenção do serviço Social se realizava preferencialmente ao âmbito individual, “trabalhando as características individuais ”dos sujeitos que apresentam algum tipo de “desajuste social”. Portanto, a intervenção tinha um forte traço moralizador que se travestia de “educador”, se tratava de uma verdadeira “reforma moral”.
Concluindo, a profissão de Assistente Social é muito jovem e tem muito a amadurecer, ainda é vista pela sociedade como uma profissão de dar esmola, ajudar os pobres, no entanto não são afirmações equivocadas. Por conta disso, existem leis e estas devem ser cumpridas, com total dedicação e cumprimento ético, este é o papel do assistente social: fazer prevalecer a lei a dignidade e igualdade a todos.
REFERÊNCIAS
ALBONETTE, Eliana Aparecida Gonçalves. Serviço Social no Brasil: panorama histórico e desafios. Curitiba: InterSaberes, 2017.

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