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ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS Professor: Dr. José Ângelo Ferreira Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Produção de Materiais Editoração Bruna Stefane Martins Marconato Ilustração Marcelo Goto Qualidade Textual Produção de Materiais DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; FERREIRA, José Ângelo. Gestão de Custos. José Ângelo Ferreira. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 34 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gestão. 2. Custos. 3. EaD. I. Título. ISBN: 978-85-459-0025-2 CDD - 22 ed. 657.3 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 06| IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA EMPRESA 11| CONCEITOS E OBJETIVOS DE CUSTOS 17| CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Conhecer e direcionar os custos dos produtos. • Medir o custo da falha por toda a organização buscando oportunidades de melhoria. • Identificar os fatores que dirigem os custos. • Direcionar os esforços da gestão visando ao controle custos. • Reconhecer e refletir sobre a importância do custo como um processo or- ganizacional-chave para a empresa. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Importância da Gestão de Custo na Empresa • Conceitos e Objetivos sobre Custos • Classificação de Custo ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS INTRODUÇÃO introdução Com a abertura do mercado brasileiro à globalização iniciada na década de 90, a gestão de custos passou por grandes transformações, já que a inserção do país no mercado globalizado, permitindo que empresas estrangeiras, antes impossibilitadas de comercializarem seus produtos no Brasil, oferecessem ao consumidor brasileiro produtos fabricados, muitas vezes, com tecnologia e quali- dade superiores aos nacionais, provocou nas empresas brasileiras a necessidade, independente ao seu porte ou mercado de atuação, de aprimorar técnicas de análise de resultados e de custeio dos seus produtos e serviços. Nesta unidade de estudo, você poderá notar que a contabilidade de custos que as empresas entregavam utilizavam apenas técnicas que forneciam aos gestores informações básicas e padronizadas dos custos industriais que, em muitas situações, não atendiam às necessidades de informações da empresa. Com essas informações geradas pela contabilidade de custos, os gestores da empresa tomavam decisões de investimentos e comercialização, técnicas estas centradas no rateio de custos fixos pela mão de obra direta ou horas/máquina, ignorando outros fatores importantes. Com o novo momento iniciado na década de 90, o aumento da concor- rência proporcionou uma reflexão na estrutura e gerenciamento dos custos. As informações geradas pela contabilidade de custos não contemplavam as- pectos importantes, pois, em um primeiro momento, elas eram voltadas para atender à contabilidade financeira e não à contabilidade gerencial. Assim surgiu a necessidade de não apenas obter as informações, mas também dominar os processos, entender a metodologia de custeio e proporcionar que as informações também apresentassem um caráter gerencial, permitindo assim que outras análises fossem feitas a partir dos relatórios de custos. Neste material, além de entender um pouco do papel da contabilidade de custos dentro das empresas e compreender a sua ligação com a gestão de custos, serão apresentados alguns conceitos básicos de custos. Serão abordadas também às terminologias, segregação e classificações dos gastos, informações essenciais para o gestor de custos. Pós-Universo 6 A gestão dos custos surgiu a partir de uma necessidade de apurar corretamente e efi- cientemente o resultado de uma empresa. É impossível determinar se uma empresa tem lucro ou prejuízo sem conhecer os seus custos de aquisição de mercadorias ou de produção. Dentro das empresas, a apuração dos custos é de responsabilidade da contabili- dade. A contabilidade de custos evoluiu a partir contabilidade financeira (ou geral), que, até a Revolução Industrial no século XVIII, era basicamente voltada à contabili- dade comercial. Para a apuração dos resultados e dos custos dos produtos vendidos, era neces- sária apenas uma simples conta de adição e subtração: Tabela 1 ( + ) Estoque Iniciais ( + ) Compras do Período ( - ) Estoque Finais ( = ) Custos das Mercadorias Vendidas Fonte: Adaptado de Martins (2010, p. 19). IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA EMPRESA Pós-Universo 7 Entretanto, com a chegada das indústrias durante a Revolução Industrial, a simples conta de adição e subtração que determinava os custos das mercadorias nas empre- sas comerciais não se empregariam nos pátios e barracões industriais. A apuração do custo de um produto ganha outros elementos além dos estoques físicos e das compras, agora também será necessário considerar diversos outros fatores como a mão de obra da classe operária. “ A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na empresa típica da era do mercantilismo. Seus princípios derivam dessa fina- lidade primeira e, por isso, nem sempre conseguem atender completamente a suas outras duais mais recentes e provavelmente mais importantes tarefas: controle e decisão (MARTINS 2010, p. 23). Para Martins (2010), a contabilidade de custos deixou de ser simplesmente um ins- trumento de avaliação e de mensuração dos estoques da contabilidade financeira para se tornar uma ferramenta da contabilidade gerencial de controle de estoque e um instrumento de tomada de decisão dentro das empresas. A partir do momento que a contabilidade de custos é utilizada para a tomada de decisões, aparece a necessidade de fazer a correta gestão dos custos nas empresas. Diferença entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial: A contabilidade financeira ou geral é aquela regida pelas leis, normas e princípios contábeis, voltada principalmente para atender à legislação vigente e ao fisco. Suas demonstrações são padronizadas e determinadas por leis. A contabilidade gerencial é voltada para atender às necessidades de informações dos usuários internos das empresas (gerentes, supervisores, su- perintendentes, diretores e outros) e suas demonstrações não padronizadas. saiba mais Pós-Universo 8 No Brasil, a contabilidade de custos deixou de ser um instrumento contábil para se tornar um instrumento gerencial da empresa a partir do início da década de 90 com a globalização acelerada e abertura do país para o mercado internacional. O impacto da concorrência vinda do mercado externo provocou uma reflexão na estrutura e gerenciamento dos custos, considerando que contabilidade de custos das empresas empregava técnicas que forneciam ao gestor somente as informações básicas dos custos, o qual, de posse delas, tomavam as decisões de investimentos e comercialização. Essas técnicas centravam-se no rateio dos custos fixos pela mão deobra direta ou horas/máquina, por exemplo, ignorando fatores como contribuição, variedade, complexidade e mudança (FERREIRA, 2007). O sistema de formação de preços das empresas tinha como foco a pretensão de lucro estabelecida pelo empresário, a qual adicionada ao custo obtido na transforma- ção do produto determinava seu preço de venda. Essa ótica de gestão, subordinada ao ambiente inflacionário endêmico vigente no Brasil, impossibilitava ao consumi- dor estabelecer qualquer referencial de preços. O poder de definir o preço estava nas mãos da empresa. Segundo Ferreira (2007), o preço de venda era definido pela seguinte equação: Custo + Lucro = Preço de venda Custo: obtido pelo empresário. Lucro: estabelecido pelo empresário. Preço: resultante. A falta de concorrência e a inflação sempre crescente, tornava dispensável imple- mentação de um sistema de custeio mais eficiente, uma vez que a variação diária da inflação embutida nos preços mascarava e encobria toda e qualquer perda. A concorrência, resultado da abertura de mercado, provocou uma mudança substancial na concepção tradicional de custos. A empresa percebe então que seu poder de determinar o preço de seus produtos e serviços migraram para as mãos do cliente, quando este passa a ser definido pelo mercado. O lucro de determinante passa a determinado nessa nova equação, fazendo com que o gerenciamento eficaz dos custos se torne uma meta estratégica da organiza- ção, tendo como premissa o conhecimento, a análise e a otimização de seus custos, Pós-Universo 9 na necessidade de competir nesse mercado globalizado com produtos e serviços cada vez mais competitivos. Essa nova realidade, segundo Ferreira (2007), pode ser representada na seguinte equação: Preço - Custo = Lucro Preço: definido pelo mercado. Lucro: gerenciado pelo empresário. Preço: resultado. Os problemas causados pelo desperdício, pela falta de qualidade, pela baixa produtividade refletidos nos produtos e serviços foram rapidamente sentidos pelo consumidor, fazendo com que optassem pelos produtos importados com qualidade superior e preços menores que os praticados pelas empresas brasileiras. Problemas como custos não identificados, ou classificados de forma incorreta, métodos inade- quados de apropriação dos custos indiretos aos produtos, mostram que, apesar das grandes mudanças ocorridas na forma de gestão dos custos, falhas ainda ocorrem com frequência nas empresas. Sabemos, porém, que os processos de uma organização sofrem constantes pres- sões das forças competitivas como: novos concorrentes, produtos substitutivos, poder de imposição de alguns clientes, forma de negociação dos fornecedores, rentabili- dade exigida pelos acionistas; diante destas forças, a importância do preço tem um forte peso no processo decisório do cliente, o que provoca nas organizações uma busca no domínio e controle sobre seus custos. Para fazer frente a essas pressões, as organizações, segundo Ferreira (2007), devem buscar o equilíbrio entre concorrência, lucratividade e rentabilidade, que pode ser representado em uma nova equação: PREÇO - LUCRO = CUSTO ALVO Preço = fixado pelo mercado. Lucro = necessário para garantir a rentabilidade do capital investido. Custo Alvo = meta a ser perseguida pela organização. Pós-Universo 10 Esse estágio de gestão de custos permite à empresa o domínio do seu custo-alvo, determinando sua meta de lucro, garantindo assim a rentabilidade do capital inves- tido pelos acionistas ou sócios. Hoje, a empresa reconhece que os modelos de apropriação de custos e formação de preços contábeis tradicionais podem distorcer as informações gerenciais sobre o custo dos produtos e serviços, prejudicando as decisões gerenciais. Sendo assim, um gerenciamento de Custo mais eficaz fornece meios para que a empresa possa esta- belecer custos mais acurados e garantir meios para o controle desses custos. O processo inflacionário brasileiro antes do Plano Real (1994) absolvia e ab- sorvia todas as ineficiências da empresa, e o cliente, sem alternativa, pagava esse ônus nos preços dos produtos e serviços. atenção Pós-Universo 11 Conceitos de custo Existem vários e diferentes conceitos sobre Custos. Gestores que compreendem esses conceitos e termos são capazes de melhor utilizarem as informações e evitarem in- formações equivocadas de custos. Procuramos, dentro dessa grande gama de conceitos, algumas definições de fácil compreensão e entendimento e que sintetizem a essência e a importância deste assunto (FERREIRA, 2007): Custo é: • Custo é recurso utilizado para atingir um objetivo específico. • Custo é o valor expresso, em moeda corrente, de atividades e materiais efetivamente consumidos e aplicados na fabricação e comercialização dos produtos. • Custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais consumidos na fabricação e comercialização da venda. • Custo é o preço pelo qual se obtém um bem. CONCEITOS E OBJETIVOS DE CUSTOS Pós-Universo 12 Dentro das empresas, é o setor contábil que, através da contabilidade de custos, é responsável pela apuração dos custos das empresas. A contabilidade de custos “é a atividade que se assemelha a um centro processa- dor de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais” (LEONE, 2000 p.21). Na literatura, o conceito de gestão de custos e contabilidade de custos podem ser confundir já que ambos caminham praticamente juntos dentro da empresa, pois, é função da contabilidade levantar informações e informar aos gestores de custos dentro das empresas (gerentes industriais, encarregado de produção etc.) para as tomadas de decisões. Terminologias no estudo de custos Quando temos a necessidade de se comunicar, a primeira providencia é escolher o meio de comunicação e determinar um “mesmo idioma” para que os envolvidos se entendam. A contabilidade de custos apresenta algumas terminologias que, em outras áreas da contabilidade ou do conhecimento, podem ter outro significado. Um exemplo é a palavra investimento. Para a contabilidade financeira (geral), investimento é um grupo no ativo não circulante, para os economistas, pode ser uma aplicação financeira e, para a contabi- lidade de custos, é um bem (serviço ou produto) que é ativado (registrado no ativo da empresa) e que será utilizado posteriormente, trará benefícios futuros. Apresentamos, a seguir, as terminologias utilizadas no estudo de custos (BORNIA, 1995, apud FERREIRA, 2007): • Gastos: é o valor dos bens e serviços adquiridos pela empresa. • Desembolso: é o pagamento, saída do recurso financeiro, resultante da aquisição de um bem ou serviço, independente de a aquisição ter sido à vista ou a prazo, o desembolso só acontece com a saída do recurso finan- ceiro (dinheiro) da empresa. • Investimento: é o gasto ativado (que será incorporado aos estoques ou ao patrimônio da empresa) em função da vida útil ou benefícios atribuí- veis a períodos futuros. Pós-Universo 13 • Custo: é o gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção. São todos os gastos relativos à atividade de produzir. • Despesa: é o gasto com bem ou serviço não utilizado nas atividades de produção, porém consumido com o fim de obter receitas. • Perda: é um gasto não intencional decorrente de fatores externos ou da atividade da empresa em quantidade anormal (ex. perdas anormais de ma- téria-prima). Perdas não são incorporadas aos custos da produção. Dentro do processo produtivo, é normal que aconteça perdas de matéria- -prima, embalagens e outros insumos do processo produtivo. Essa perda normal é considerada como um custo, pois, às vezes é até necessária e inevitável. Será considerado perda o gasto anormal de matéria-prima no processo produtivo ou um sinistro por roubo ou perda. • Mão de obra direta: está relacionada comtodo funcionário que executa uma tarefa capaz de ser medida e agregada diretamente ao produto como é o caso de um operário no setor de pintura, onde o tempo consumido na pintura de um produto ou componente pode ser medido. • Mão de obra indireta: está relacionada com todo funcionário que executa tarefas não diretamente ligadas à transformação do produto (supervisores, pessoal administrativo etc.) e é de difícil distribuição ao produto, pois não é possível conhecer quanto tempo o produto consome da pessoa. É o caso de um operário que tem como função supervisionar ou controlar deter- minadas tarefas que possuem difícil mensuração. O valor da mão de obra indireta deve, então, ser estimada ou rateada aos produtos, no entanto, os critérios de rateio devem ser cuidadosamente elaborados para que não ocorram distorções quando aos custos que forem alocados aos produtos. • Matéria-Prima: é o material que pode sofrer algum tipo de beneficiamen- to através de um processo produtivo com a utilização de mão de obra e insumos, obtendo como resultado final um produto comerciável. Os mate- riais são sempre classificados como custo variável e podem apresentar-se como diretos ou indiretos. Pós-Universo 14 • Custos Indiretos: são os custo que não são facilmente vinculados aos pro- dutos, mas a um conjunto ou à empresa. Como nos custos diretos, os custos indiretos são encontrados na área produtiva (materiais indiretos, deprecia- ção, salário dos supervisores, aluguel etc.) e na área comercial (telefone, viagens, propagandas etc.). No entanto, existe uma dificuldade grande de atribuir os custos indiretos aos produtos, pois necessitam ser apropriados através da escolha de critérios que podem provocar distorções no custo final do produto. • Centros de Custos: denominam-se centros de custos as diversas seções de uma empresa delimitadas segundo o aspecto de localização de todos os custos aí verificados. Os centros de custos classificam-se em produtivos e administrativos e, eventualmente, em auxiliares. • Centros de Custos Produtivos: são aqueles setores da empresa onde se processa a fabricação dos produtos. Exemplo: corte, costura e acaba- mento na indústria de confecção. Em empresas de médio e grande porte, costuma-se subdividir ainda mais algumas seções produtivas, de modo a separar em vários centros de custos as máquinas ou atividades que devam ter diferentes custos hora/máquina ou hora/homem, ainda que executan- do operações idênticas. • Centros de Custos Administrativos: são os setores que executam ati- vidades de caráter gerencial ou administrativo da empresa. Exemplo, Administração Geral, Administração do Material, Expedição, Vendas, Filiais etc. • Objeto da Gestão de Custos: para Leone (2000, p.29), a gestão dos custos “atua sobre a empresa, seus produtos, seus serviços, os componentes ope- racionais e administrativos que compõem sua estrutura funcional e sua estrutura objetiva”. O objeto da gestão dos custos é todo o produto ou serviço dentro de uma empresa que pode e precisa ser mensurado, ter um valor agregado ao sacrifício financeiro e econômico para a produção do bem ou serviço. Pós-Universo 15 • Objetivo de Conhecer os Custos: o principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a competitividade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos itens comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econômica. Através do custo é possível produzir informações que permitam determinar a continuidade ou extinção de um produto ou serviço, o preço de venda e um departa- mento dentro da empresa. • Consequências da ausência de Informações de Custos Graves são as consequências, para a empresa, da ausência de informações sobre os seus custos. Entre elas, podemos enumerar (FERREIRA, 2007): • Desconhecimento do lucro por produto fabricado. • Venda de produtos que podem não estar gerando o lucro necessário. • Aplicação do Capital de Giro através da fabricação para es- toques de produto pouco rentável. • Um esforço de venda orientado para produtos menos lucrativos. • Desconhecimento dos custos das atividades da empresa. • Falta de informação necessária para incentivar ou fixar ações para redução de custo. • Menor lucro e menor rentabilidade. • Ameaças à estabilidade econômica, financeira e, consequen- te, ao crescimento da empresa. Entender os conceitos e as terminologias dos custos é extremamente importante para a sua correta gestão e também para determinar e apurar a lucratividade de cada produto ou departamento. Em muitos casos, a empresa que não conhece os seus custos pode manter no seu portfólio de produtos ou dentro da sua planta produtiva algum produto ou de- partamento inviável que esteja acumulando prejuízo à empresa. Pós-Universo 16 Na produção de sacolas plásticas, é comum que haja um desperdício (uma perda) de até 10% de matéria-prima, por isso que já nos pedidos de vendas existe uma cláusula informando a possibilidade de o pedido ser acrescido em até 10% da quantidade inicial. Isso acontece porque no início da pro- dução são acrescentados 10% mais de matéria-prima do que necessário. Se, em determinado pedido, o desperdício for maior do que 10%, tal parcela será considerada uma perda normal de produção e será incorporada ao custo do produto. Se o desperdício for de 15%, dessa porcentagem 10% será incorporada aos custos das sacolas plásticas, e 5% será considerada (e deverá ser contabilizada) uma perda. saiba mais A competitividade provocada pela concorrência advinda da abertura de mercado em 1990, e a busca do crescimento sustentado provocaram nas empresas a grande corrida para o desenvolvimento e gerenciamento dos custos dos seus itens, acentuando cada vez mais a importância de acompa- nhar sua evolução, seus respectivos preços de vendas e servindo também como orientação nas decisões de permanência ou não destes itens, no rol dos produtos comercializados. Fonte: FERREIRA, José Angelo. Custos Industriais fatos e dados Pós-Universo 17 Todo gasto dentro da empresa tem uma classificação para a gestão de custos. Existem diversas classificações e, em algumas situações, a classificação dos gastos é deter- minada para a necessidade de informação que os seus gestores querem e para o sistema de custeio que a empresa irá utilizar. Apesar de a classificação poder ser diferente de uma empresa para outra, depen- dendo da sua necessidade, após entender as terminologias empregadas aos custos, é necessário apreender a fazer a correta classificação e segregação dos gastos con- forme elencado a seguir: Em relação aos produtos fabricados Frequentemente, a classificação de um custo como Direto ou Indireto causa alguma confusão inicial, visto que a distinção entre Direto e Indireto é feita primeiramente com base no julgamento da viabilidade econômica do levantamento da informação do custo. Segundo, porque um custo pode ser classificado como Direto em relação CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS Pós-Universo 18 a um produto, e Indireto em relação a outro produto. Exemplo: em uma fábrica de móveis, o gasto com água pode ser considerado como custo Indireto, visto que a água não incide diretamente na fabricação de um móvel, já numa fábrica de postes para distribuição de energia elétrica, a água pode ser classificada como custo Direto, pois é parte integrante do concreto, que é a matéria-prima principal para a fabrica- ção de poste (FERREIRA, 2007). Segundo Martins (1995), os custos em relação aos produtos fabricados podem ser classificados em: • Custos Diretos ou Custos traçados: são custos que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados (ex. matéria-prima, embalagem etc.). • Custos Indiretos ou Custos alocados: são custos que, para serem apro- priados ao produto, dependem de cálculos ou estimativas através de critérios de rateios (ex. aluguel, salários, depreciação etc.). • Custo Atribuído: é o custo finaldo produto ou serviço, envolvendo os custos diretos e os custos indiretos para sua obtenção. Objeto de custo CUSTOS ATRIBUÍDOS Custos Diretos Ex.: papel para a impressão de um livro Custos Indiretos Ex.: aluguel do imóvel onde o livro é impresso Pós-Universo 19 Fatores que afetam os custos diretos e indiretos A materialidade do custo em questão: a importância do custo em questão. O que mais impacta no produto, aquele que é economicamente viável de ser levantado. Levantar o custo de entrega de uma encomenda para um cliente é econo- micamente viável, enquanto o custo da etiqueta do endereço do cliente provavelmente deve ser classificado como indireto, pois não é economi- camente viável levantar seu custo individual. Os benefícios de conhecer o valor exato de cada etiqueta não excedem o custo do levantamento dessa informação. O custo tem um custo e tem-se que avaliar o custo/benefício do esforço utilizado para apurá-lo. reflita Detalhamento das informações Benefício Custo Figura 1 - Custo Benéfico do Levantamento de Informações para Custos Fonte: Ferreira (2007) Pós-Universo 20 A tecnologia disponível para o levantamento da informação: o desenvolvi- mento da tecnologia da informação ampliou a apropriação nos produtos dos custos classificados como diretos. Ex.: o código de barras utilizado nas linhas de produção permitiu a apropriação de custos antes classificados como indiretos devido à dificul- dade de obtenção de informação precisa da participação destes custos no produto. Projeto e Definição do Processo: a definição do projeto do processo facilita a apropriação de um custo como direto, pois se torna possível identificar o custo de um item utilizado em um produto ou para um cliente específico. Acordos contratuais: o contrato de fabricação de um determinado produto para um cliente específico, um chip de computador para a Intel, por exemplo, permite que se classifique como direto os custos dos componentes para a fabricação daquele chip. Em relação aos níveis de produção Custos Fixos: são custos que não se alteram com qualquer que seja o volume de produção. Porém, os custos fixos unitários se alteram em relação ao volume produ- zido (ex. seguros, material de expediente, telefone etc.) Exemplo de rateio de custo fixo unitário para um volume de produção de 5.000 unidades de determinado produto, considerando que o custo fixo total do período foi de $ 57.000,00: Custo Fixo Unitário = Custo Fixo Total Volume da Produção Custo Fixo Unitário = $ 57.000,00 5.000 = $ 11,40 por unidade Exemplo de rateio de custo fixo unitário para um volume de produção de 8.000 uni- dades de determinado produto, considerando que o custo fixo total do período foi de $ 57.000,00 Custo Fixo Unitário = $ 57.000,00 8.000 = $ 7,12 por unidade Custo Fixo Unitário = Custo Fixo Total Volume da Produção Pós-Universo 21 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 1 2 11,40 7,12 Figura 2 - Gráfico da Variação do Custo Fixo Unitário em Relação ao Volume Produzido. Fonte: Ferreira (2007) Custos Variáveis: são custos que se alteram com o volume de produção. Porém, os custos variáveis unitários são constantes, por exemplo, a matéria-prima utiliza- da na fabricação de um produto, quanto mais se produz, mais matéria-prima se consome, porém cada produto em individual consumirá sempre a mesma quanti- dade de matéria-prima. 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 To ta l P ro du zi do $ 50.000,00 $ 100.000,00 $ 150.000,00 $ 200.000,00 Custo Total da Matéria-Prima Figura 3 - Custo Variável Total Altera com o Volume de Produção Fonte: Ferreira (2007) Pós-Universo 22 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% % C om m is sã o $ 50.000,00 $ 100.000,00 $ 150.000,00 $ 200.000,00 Volume de Vendas Figura 4 - Custo Variável Unitário (5% Comissão) não Altera com o Volume de Vendas. Fonte: Ferreira (2007) Custos Fixos Custos Variáveis Volume de produção $ Figura 5 - Custos Fixos e Variáveis em relação ao Volume de Produção Fonte: LEONE (1992, p. 62) Pós-Universo 23 Considerações para análise e determinação dos custos fixos e variáveis Segundo Welsch (1964, p.199), ao se estudar um custo com objetivo de caracteri- zá-lo como fixou ou variável, devem-se considerar os seguintes aspectos: Quadro 1 - Compatativo Custos Fixos X Custos Váriaveis Fixos Variáveis Controle Os custos fixos são controla- dos por algum nível dentro da empresa. Normalmente, são controlados por níveis mais altos dentro da hierar- quia organizacional. Os custos variáveis são controlados geralmente pelo centro de custos que os realiza. Atividade Os custos fixos são aqueles relacionados com a capa- cidade. São aqueles que independem do volume de atividade. Esses custos variam em função do nível de atividade. Faixa de Volume Os custos fixos devem ser re- lacionados com uma faixa de volume. São raros os custos fixos que permanecem cons- tantes além de uma faixa de volume. Do mesmo modo que os custos fixos, os custos variáveis devem ser anali- sados dentro de uma faixa efetiva de volume. Fora dos limites dessa faixa, os custos variáveis terão normalmen- te outro comportamento quando tomados unitariamente. Decisão Administrativa Os custos fixos ligam-se es- treitamente às decisões tomadas pela administração. Embora alguns custos variáveis possam ser alterados em virtude das decisões administrativas, isso acontecerá em relação ao seu total. Entretanto, sempre reagirão diante do volume de atividade sob taxas dife- rentes de variabilidade. Período Os custos fixos são sempre re- lacionados ao período Os custos variáveis são relacionados às atividades Em relação à unidade do produto Os custos fixos tornam-se variáveis. Os custos variáveis tornam-se fixos. Fonte: adaptada de Ferreira (2007) Pós-Universo 24 Relacionamento entre os tipos de custos Segundo Iglesias (1999), os custos podem ser simultaneamente: • Diretos e variáveis • Diretos e fixos • Indiretos e variáveis • Indiretos e fixos Quadro 2: Exemplo de Combinação de Custos Diretos/Indiretos e Variáveis/Fixos ATRIBUIÇÃO DOS CUSTOS AO OBJETO DO CUSTO CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS Objeto do Custo: Livro de Poesias Ex.: Folhas de papel utilizadas na impressão do livro Objeto do Custo: Livro de Poesias Ex.: Salário do auxiliar de Edição Objeto do Custo: Livro de Poesias Ex.: Aluguel do imóvel da Editora Objeto do Custo: Livro de Poesias Ex.: Energia consumida pelas máquinas de impressão na confecção do livro CO M PO RT A M EN TO D O C U ST O CU ST O S VA RI ÁV EI S CU ST O S FI XO S Fonte: Ferreira (2007) Pós-Universo 25 Direcionador de Custo (Cost Driver): é um fator ou um nível de atividade ou volume que afeta o custo. É uma relação de causa e efeito entre o nível de atividade ou volume de um determinado produto e seu custo total. Por exemplo, o número de livros impressos é um direcionador de custos da quantidade de papéis utilizados na impressão de cada livro (BORNIA, 1995). atenção Custo unitário e custo total Custo Unitário: também chamado de custo médio, é calculado ao dividir o custo total por uma unidade de medida (horas trabalhadas, número de entregas, número de itens fabricados, número de itens montados etc.). Por exemplo, supondo que os custos de produção de uma fábrica de calçados, em um período de 30 dias, foram de $ 230.000,00, e o número de pares de sapatos fabricados foi de 8.000 pares, o custo unitário por par seria: Custo Unitário = Custo Total de Produção Quantidade de pares fabricados Custo Unitário = $ 230.000,00 8.000 = $ 28,75 por par Custo Total = $ 230.000,00 O custo unitário, como apresentado, é frequentemente utilizado em relatórios finan- ceiros. Porém, os gestores devem pensar em termos dos custos totais e não de custo unitário na tomada de decisões. Pós-Universo 26 Outras classificações de custos (FERREIRA, 2007): Custos Históricos: são custos apuradosapós o encerramento do período (mês, por exemplo). Custos Predeterminados: são custos calculados antes que ocorram efe- tivamente. Utilizados principalmente para orçamentos e custo padrão. Ao utilizar o custo predeterminado, se faz necessário o levantamento do custo histórico para verificar variações ou distorções ocorridas. Custos de Produção do Período: é a soma dos custos incorridos no período. saiba mais Ressalta-se que a primeira e talvez mais importante segregação dos custos seja com relação a sua ligação com o volume de produção, os custos fixos e variáveis. Os custos variáveis estão diretamente ligados ao volume de produção. Já os custos fixos independem da produção, entretanto, à medida que aumentamos a produção, conseguimos diminuir a proporção os custos fixos alocados nas quanti- dades produzidas. A correta classificação dos gastos de cada empresa é essencial para o processo de gestão de custos, pois irá auxiliar os gestores nas suas tomadas de decisão. atividades de estudo 1. Para que a empresa consiga se manter no mercado de forma competitiva, é necessá- rio um equilíbrio entre concorrência, lucratividade e rentabilidade. Obverve os itens abaixo e relacione a primeira coluna com a segunda: (P) Preço de Venda (C) Custo (L) Lucro ( ) Necessário para garantir a rentabilidade do capital investido. ( ) Meta a ser perseguida pela organização. ( ) Resultado final. ( ) Fixado pelo Mercado. ( ) Definido pelo Mercado. ( ) Gerenciado pelo empresário. a) L, L, P, P, C, C. b) P, L, L, P, C, C. c) C, P, P, C, L, L. d) L, C, L, P, P, C. e) L, C, L, C, P, P. atividades de estudo 2. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F): ( ) A contabilidade de custo tradicional considera no cálculo de custo fatores como: contribuição, variedade, complexidade e mudança. ( ) O processo inflacionário brasileiro naquela época absolvia e absorvia todas as ine- ficiências da empresa, e o cliente, sem alternativa, pagava esse ônus nos preços dos produtos e serviços. ( ) Um gerenciamento de custo mais eficaz fornece meios para que a empresa possa estabelecer custos mais acurados e garantir meios para o controle desses custos. a) V, V, V. b) F, V, V. c) V, F, V. d) F, V, F. e) V, F, F. 3. Classifique os elementos descritos a seguir em Custo Direto (CD) e Custo Indireto (CI). Elemento Classificação Madeira (matéria-prima para mesas) Tinta (insumos departamento de acabamento) Depreciação (prédio da indústria) Salário do Gerente de Produção Água (insumo utilizado na produção de bebidas) Mão de Obra Direta (operador de máquina) Energia Elétrica (prédio da indústria) Tecido (matéria-prima para produção de roupas) a) CD, CI, CI, CI, CD, CD, CI, CD. b) CD, CD, CD, CI, CI, CD, CI, CI. c) CI, CI, CD, CI, CD, CD, CD, CI. d) CI, CD, CI, CD, CD, CI, CI, CI. e) CD, CI, CI, CI, CI, CD, CD, CD. atividades de estudo 4. Uma fábrica produz dois tipos de camisa. Classifique cada um dos seguintes itens de custo em relação a cada um dessas camisas. Classifique os eventos em (CVP) Custo Variável de Produção; (CVV) Custo Variável de Vendas; e CF (Custo Fixo): O telefone do setor administrativo: _________________ A linha utilizada na confecção da camisa:_____________ A energia elétrica gasta na produção:________________ A despesa com seguro da indústria:_________________ Comissões sobre vendas:_________________________ a) CVP, CF, CF, CVV, CVV. b) CF, CVP, CF, CVV, CVP. c) CVV, CF, CVP, CF, CVV. d) CF, CVV, CVV, CF, CF. e) CF, CVP, CVP, CF, CVV. 5. A empresa ALFA Cadeiras, no mês de maio, produziu 2.000 cadeiras do modelo Luxo, com custos totais de R$ 458.075. Considerando que neste período a empresa não tenha produzido nenhum outro modelo de cadeira, analise a alternativa que corres- ponda ao Custo Unitário de cada cadeira produzida: a) R$ 228,00 b) R$ 229,04 c) R$ 2.290,38 d) R$ 458.075,00 resumo O impacto da concorrência provocou uma reflexão na estrutura e gerenciamento dos custos, considerando que a contabilidade de custos das empresas empregava técnicas que forneciam ao gestor somente informações básicas dos custos, o qual, de posse delas, tomavam decisões de investimentos e comercialização, técnicas estas centradas no rateio de custos fixos pela mão de obra direta ou horas/máquina, ignorando fatores como contribuição, complexidade e mudança. O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a competitividade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos itens comercializados, sua rentabili- dade e sua viabilidade comercial e econômica. Hoje, a empresa reconhece que os modelos de apropriação de custo e formação de preços contá- beis tradicionais podem distorcer as informações gerenciais sobre o custo dos produtos e serviços, prejudicam as decisões gerenciais, sendo assim, um gerenciamento de custo mais eficaz fornece meios para que a empresa possa estabelecer custos mais acurados e garantir meios para contro- le desses custos. Os custos podem ser classificados em Custos Diretos, que podem ser apropriados diretamen- te aos produtos e serviços; Custos Indiretos, que, para serem alocados aos produtos, dependem de cálculos e estimativas através de critérios de rateio; e Custos Atribuídos, que é o custo final do produto ou serviço, envolvendo os custos diretos e os custos indiretos necessários para sua obtenção. Quanto à variabilidade, os custos podem ser classificados em Custos Fixos, que são re- lacionados aos períodos, e Custos Variáveis, que são relacionados às atividades. material complementar Na Web Para conhecer mais sobre a importância da gestão de custos, leia o artigo Gestão de Custos: um Fator de Sobrevivência para as Empresas, acessando o link disponível em: <http://www. simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/305.pdf>. Acesso em 3 set. 2014. http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/305.pdf http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/305.pdf referências BORNIA, Antonio Cezar. Mensuração das Perdas dos Processos Produtivos: Uma Abordagem Metodológica de Controle Interno. Florianópolis, 1995 Tese (Doutorado), Universidade Federal de Santa Catarina. FERREIRA, José Angelo. Custos Industriais. São Paulo: Editora STS, 2007. LEONE, George Guerra. Custos um Enfoque Administrativo. Rio de Janeiro. Editora da FGV, 1992. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1995. referências resolução de exercícios 1. d) L, C, L, P, P, C. 2. b) F, V, V. 3. a) CD, CI, CI, CI, CD, CD, CI, CD. 4. e) CF, CVP, CVP, CF, CVV. 5. b) R$ 229,04 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA EMPRESA CONCEITOS E OBJETIVOS DE CUSTOS CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
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