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Aula 5 - Saúde da mulher - Doenças sexualmente transmissíveis

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Infecções sexualmente transmissíveis 
Sífilis 
Também conhecida por lues (praga)
duro e protossifiloma, é uma doença 
infectocontagiosa, de evolução sistêmica 
(crônica). 
 Agente etiológico: Treponema pallidum
 Transmissão: Sexual/outros contatos íntimo
 Vertical: Intrauterino, neonatal; 
 Transfusão sanguínea 
 
Epidemiologia 
 Brasil: 900 mil casos novos por ano; 
 Mundo: mais de 12 milhões por ano;
 1/3 dos indivíduos expostos a parceiros 
sexuais infectados adquire a doença.
 
Classificação 
 
 Sífilis adquirida recente (até 1 ano após a 
infecção) 
- Divide-se em primária, secundária e latente 
recente. 
 Sífilis adquirida tardia (com mais de 1 ano de 
evolução) 
- Divide-se em latente tardia e terciária
 Sífilis congênita: recente (manifestação até 2 
anos) e tardia (após 2 anos). 
 
Primária 
As manifestações clínicas dependem do 
tempo da doença. Na sífilis recente, 
observa-se a presença de lesão única 
(podendo ser múltipla em raros casos),
geralmente unilateral, não supurativa, 
indolor, sem sinais flogisticos, e com bordas 
endurecidas pelo processo inflamatório 
 
Doenças sexualmente transmissíveis 
Caroline Pires – Medicina 
Infecções sexualmente transmissíveis 
(praga), cancro 
duro e protossifiloma, é uma doença 
e evolução sistêmica 
Agente etiológico: Treponema pallidum 
Transmissão: Sexual/outros contatos íntimos; 
Mundo: mais de 12 milhões por ano; 
1/3 dos indivíduos expostos a parceiros 
sexuais infectados adquire a doença. 
Sífilis adquirida recente (até 1 ano após a 
mária, secundária e latente 
Sífilis adquirida tardia (com mais de 1 ano de 
se em latente tardia e terciária 
Sífilis congênita: recente (manifestação até 2 
As manifestações clínicas dependem do 
tempo da doença. Na sífilis recente, 
se a presença de lesão única 
(podendo ser múltipla em raros casos), 
geralmente unilateral, não supurativa, 
com bordas 
endurecidas pelo processo inflamatório 
 
 
 
 
 
 
 
linfoplasmocitário (cancro duro ou cancro 
de inoculação). É mais comum ser visível no 
homem, no sulco bálano prepucial, que na 
mulher. O cancro duro, se
pode persistir por 10 a 90 dias, involuindo
espontaneamente. Na mulher, muito 
raramente se observa lesão em vulva. O 
cancro duro desaparece em 21 a 30 dias. 
Além dele, adenopatia satélite ocorre e é 
bilateral (inguinal), indolor e não inflamatória. 
Ambos são conhecidos como 
 
 
 
Secundária 
A sífilis adquirida é confirmada quando o 
indivíduo apresenta evidência clínica da 
doença (presença de cancro duro ou 
cancro plano, roséolas, madarose etc.)
Acontece de 4 a 8 semanas após o 
desaparecimento do cancro duro.
 
 Roséolas: Lesões papulares ou planas 
eritematosas que acometem 
principalmente o tronco, palma das mãos 
e planta dos pés; 
Doenças sexualmente transmissíveis 
 
 
Medicina UNIFTC 2021.1 
linfoplasmocitário (cancro duro ou cancro 
de inoculação). É mais comum ser visível no 
homem, no sulco bálano prepucial, que na 
mulher. O cancro duro, se não for tratado, 
0 a 90 dias, involuindo 
espontaneamente. Na mulher, muito 
raramente se observa lesão em vulva. O 
cancro duro desaparece em 21 a 30 dias. 
Além dele, adenopatia satélite ocorre e é 
bilateral (inguinal), indolor e não inflamatória. 
Ambos são conhecidos como sífilis primária. 
 
 
A sífilis adquirida é confirmada quando o 
indivíduo apresenta evidência clínica da 
doença (presença de cancro duro ou 
cancro plano, roséolas, madarose etc.) 
Acontece de 4 a 8 semanas após o 
desaparecimento do cancro duro. 
Lesões papulares ou planas 
eritematosas que acometem 
principalmente o tronco, palma das mãos 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
 Sifílides: Lesões pápulo-erosivas, pustulosas 
e hipertróficas que acometem a 
cavidade oral, genital, palma das mãos e 
planta dos pés. São inicialmente lisas e 
depois escamosas. 
 Condiloma plano: Áreas úmidas, como a 
região anogenital, parte interna das coxas 
e axilas, podem ter condiloma plano, que 
são placas elevadas com base ampla. 
 As lesões regridem em 2 a 6 semanas, 
raramente deixando cicatrizes. 
 Sintomas gerais como artralgia, febrícula, 
cefaléia, adinamia. 
 Alopecia irregular; 
 Linfadenopatia: 85% dos pacientes 
demora meses para desaparecer; 
 A infecção entra em fase de latência, só 
sendo detectada por método sorológico. 
 
 
Latente 
 1 a 2 anos após o contágio; 
 Fase de “silêncio clínico”; 
 Diagnóstico apenas através dos 
exames sorológicos; 
 Divide-se em latente precoce (até 
um ano) e latente tardia 
 
Terciária 
 3 a 20 anos após a infecção; 
 1/3 dos pacientes não tratados 
evoluem para esta fase; 
 Lesões cutâneo-mucosas: tubérculos 
ou gomas *Hipersensibilidade tardia 
 Cardiovasculares: aneurisma aórtico 
pela aortite sifilítica, estenose 
coronariana e insuficiência aórtica 
 Neurológicas: tabes dorsalis, mielite 
transversa e demência. 
 Lembrando que paciente não precisa 
apresentar todas essas condições, 
algumas delas já podem ser indicativo 
de sífilis terciária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goma sifilítica 
 Diagnóstico laboratorial 
1. Em todas as fases da sífilis, pode-se 
usar a sorologia para fazer o 
diagnóstico. Existem sorologias 
treponêmicas (FTA-Abs; MHA-TP, teste 
rápido) e a não treponêmica (VDRL, 
mais usado, RPR, Elisa). O VDRL reator 
com título igual ou superior a 1/8 é 
entendido como doença e o 
paciente deve ser tratado. 
2. Imunofluorescência direta – técnica 
de Fontana-Tribondeaux 
3. Testes sorológicos (vai dizer se o 
paciente teve ou não contato com a 
sífilis). 
 
Sorologia não-treponêmica 
- Rastreio de sífilis; 
- Sensíveis e não específicos; 
- Detectam anticorpos não 
treponêmicos (anticardiolipínicos) 
- Qualitativos (teste de triagem: reagente 
ou não) 
- Quantitativos: títulos dos anticorpos, 
monitoramento da resposta do tratamento. 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
Quando não tem uma reação não-
treponêmica positiva: 
- 3 a 6 semanas após a infecção 
- 2 a 3 semanas após o aparecimento da 
lesão primária 
- VDRL (Venereal Disease Research 
Laboratory), melhor exame de rastreio mas 
não é especifico para treponêmica. 
- RPR (Rapid Plasm Reagin). 
- Reações falso-positivas: Malária, doença 
de chagas, mononucleose, hanseníase, 
leptospirose, entre outras. Pois pode, dar 
positivo para todas essas doenças, 
precisando repetir o teste para sífilis por 
outro método. 
- Falsos negativos, principalmente na fase 
primária e na latente tardia 
- Efeito Prozona: FALSO NEGATIVO 
 
Sorologia treponêmica 
 
- FTA-abs 
- TPI 
- MHA-TP 
- TPHA 
 
 Detectam anticorpos contra as 
espiroquetas 
 Exames qualitativos (reagente ou não 
reagente) e específicos para o 
treponema 
 Raramente observam-se resultados falso-
positivos 
 São os primeiros a positivar 
 Tornam-se reativos a partir de 7 a 15 dias 
da infecção 
 Reservado para confirmação de um teste 
não treponêmico positivo ou caso de 
dúvidas por outro método. 
 
Tratamento 
 
 Penicilina G benzatina 
A dose vai depender do estágio em que o 
paciente se encontra. 
Recente (primário-secundária) e latente (até 
um ano) Penicilina G benzatina 2.400.000 UI 
IM (1.200.000 UI em cada região glútea), dose 
única. 
Latente (com mais de um ano) e Tardia 
Penicilina G benzatina 2.400.000 UI IM por 
semana, durante 3 semanas. 
Critério de cura: 
- Repete o VDRL 3,6 e 12 meses após o 
tratamento 
- Queda de 4 títulos da sorologia ou sua 
negativação em 6 meses a 1 ano 
- Gestantes – mensalmente 
- O esperado é a diminuição de um titulo por 
mês 
- Deverá ser feito um novo tratamento se a 
sorologia aumentar 4 títulos. 
 
Drogas alternativas: 
Azitromicina: 1g VO por semana, durante 2 
ou 3 semanas para sífilis até 1 ano; após um 
ano não há estudos 
Doxiciclina: 100mg VO 12/12h ou Eritromicina 
ou Tetraciclina 500mg VO 6/6h, durante 14 
dias para sífilis até um ano e durante 28 dias 
para sífilis com mais de um ano. 
Gestantes:- Penicilina G benzatina; 
- São contraindicados tetraciclinas, 
doxiciclina e estolato de eritromicina; 
- Dessensibilização 
Obs: Durante a gestação os testes não 
treponêmicos devem ser realizados no 
primeiro e terceiro trimestre e na admissão 
para o parto. 
 
Falha no tratamento: 
- Quadruplicação dos títulos após o 
tratamento; 
- Interrupção do tratamento 
- Não tratamento do parceiro. 
 
Em gestantes: 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
- Tratamento concluído a menos de 1 mês 
do parto; 
- Tratamento com regime não penicilínico. 
 
Doença inflamatória pélvica aguda (DIPA) 
A doença inflamatória pélvica é 
considerada como sendo um conjunto de 
processos inflamatórios da região pélvica 
devido à propagação de microrganismos a 
partir do colo do útero e da vagina para o 
endométrio, tubas, peritônio e estruturas 
adjacentes. 
 
Tipos: 
 Endometrite (inflamação do endométrio) 
 Salpingite aguda (inflamação das trompas) 
 Salpingooforite (inflamação de trompas e 
ovários) 
 Pelviperitonite (inflamação de toda a 
pelve). 
 
Fisiopatologia 
 
 Primários 
- A Chlamydia trachomatis é atualmente o 
patógeno mais comumente detectado em até 
60% das mulheres confirmadas com salpingite 
ou endometrite. 
- Neisseria Gonorrhoea 
- Micoplasmas 
 Quando ocorre um quadro de DIPA, 
geralmente o paciente tem uma infecção 
polimorfomicrobiana. 
 
 Secundários 
 
- Anaeróbios 
- Aeróbios 
- Bacilos Gram (-) 
 
 Surge geralmente no período 
perimenstrual e pós menstrual imediato. 
 
Fatores de risco 
 
 Faixa etária: 15 e 25 anos 
 Comportamento sexual de risco 
 Parceiro sexual portador de uretrite 
 História prévia de DST ou DIP 
 Tabagismo/alcoolismo/ uso de drogas 
ilícitas 
 DIU (3 primeiras semanas após a 
inserção) em pacientes com infecção por 
clamídia. 
 Vaginose bacteriana – alteração da 
flora vaginal da paciente com predomínio 
de bactérias anaeróbicas. 
 
Sinais e sintomas 
 
 A DIP manifesta-se, habitualmente, 
com um padrão clínico subagudo e 
oligossintomático, e dor abdominal 
em intensidade variável é sintoma 
obrigatório. 
 Dor a mobilização do colo do útero 
 Dor anexial (dor em alguma estrutura 
ligada ao útero) 
 Dispareunia (dor nas relações sexuais) 
 Corrimento vaginal mucopurulento 
 Febre > 38,3C 
 Sangramento intermenstrual 
 Queixas urinárias 
Estadiamento 
ESTÁGIO I (leve) 
• Endometrite e salpingite aguda sem 
peritonite. 
• Tratamento: ambulatorial 
 
ESTÁGIO II (moderada sem abscesso) 
 Salpingite aguda com peritonite 
(pelviperitorite). 
 Tratamento: hospitalar (internação devido 
aos sinais peritoneais). 
 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
 
ESTÁGIO III (moderada com abscesso) 
 Salpingite aguda com obstrução tubária 
ou abscesso tubo-ovariano ou abscesso 
pélvico. 
 Tratamento: hospitalar (internação devido 
aos sinais peritoneais ou presença de 
abscesso). 
 
ESTÁGIO IV (grave) 
• Presença de abscesso tubo-ovariano 
roto ou sinais de choque séptico. 
• Tratamento: hospitalar com auxilio de 
intervenção cirúrgica (laparotomia). 
 
 
 
 
 
Critérios de diagnósticos 
 
Maiores: 
 Dor abdominal infraumbilical 
 Dor á palpação dos anexos 
 Dor á mobilização do colo uterino 
 
Menores: 
 Temperatura axilar maior que 38,3 C 
 Secreção vaginal ou cervical anormal 
 Massa pélvica 
 Leucocitose 
 Proteína C reativa ou VHS elevadas 
 Mais de 5 leucócitos por campo de imersão 
em secreção de endocérvice 
 Comprovação laboratorial de infecção 
pelo Gonococo, Clamídia ou Micoplasma. 
 
Elaborados: 
 Evidência histopatológica de endometrite 
 Diagnóstico laparoscópico de DIPA 
 Ultrassonografia transvaginal pélvica 
sugestiva de abscesso tubo-ovariano ou 
em fundo de saco. 
 
Repercussões 
 Risco de gravidez ectópica 
 Infertilidade 
 Dor pélvica crônica 
 Dispareunia 
 Conjuntivite neonatal 
 Síndrome de Fitz-Hugh Curtis: dor aguda no 
hipocôndrio direito e a descompressão. 
Resultado das aderências do fígado a 
parede abdominal superior chamadas de 
“aderência em corda de violino”. Isso 
ocorre devido à reação inflamatória da 
pelve peritonite, mas nesse caso a 
inflamação ascendeu e comprometeu o 
abdome superior. 
 
 Síndrome de Fitz-Hugh Curtis 
 
 
 
 
Exames complementares: 
 
 Hemograma completo: VHS/Leucocitose 
com desvio para esquerda (infecção) 
 Proteína C reativa: Evidencia inflamação 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
 Beta HCG: Afastar gravidez ectópica e 
tópica 
 USG transvaginal: Avaliar abcesso tubo-
ovariano 
 USG abdominal: Afastar apendicite e outros 
abcessos 
 Cultura da região endocervical: Clamídia e 
gonococo 
 Urina: Afastar infecção do trato urinário 
 Videolaparoscopia: Diagnóstico em caso 
de dúvida (DIP, apendicite, gravidez 
ectópica) 
 Laparotomia: Emergência (abcesso roto) 
 
 
Tratamento 
 
Ambulatorial: Estágio I 
Antibiótico oral 
 
 Ceftriaxona + Doxiciclina + Metrodidazol 
 Cefoxitina + Probenecida + Doxiciclina + 
Metrodidazol 
 Ofloxaxina + Doxiciclina + Metrodidazol 
 Ampicilina + Probenicida + Doxicilina + 
Metrodidazol 
 
Hospitalar: Estágio II ou III 
Antibiótico venoso 
 
 Gentamicina + Penicilina G Cristalina + 
Clindamicina Ev 
 Gentamicina + Penicilina G Cristalina + 
Metrodidazol 
 Gentamicina + Penicilina G Cristalina + 
Tianfenicol 
 
Fase II Ambulatorial: Doxiciclina ou Ofloxacina 
 
Hospitalar: Estágio IV 
Antibiótico venoso + abordagem cirúrgica 
 
 Abordagem Cirurgica 
 Mesma complementação terapêutica do 
estágio III 
 
Herpes vírus 
Deriva do latim herpein, que significa rastejar, 
arrastar, referindo-se ao fato de ocasionarem 
infecções crônicas, latentes ou recorrentes. 
Família: Herpesviridae; 
Gênero: Simplexvirus; 
Espécies: Human herpesvírus 1 e 2. O tipo 1 é 
muito mais comum nas lesões orais (labial) e o 
tipo 2 é mais comum nas lesões genitais, não 
sendo exclusivo de cada um. Podendo ter 
um ou outro, tanto na labial quanto genital. 
DNA vírus 
Principal responsável pelo quadro de herpes 
genital. 
 
Epidemiologia 
 22% dos adultos nos EUA estão infectados 
pelo HSV-2: 45 milhões de pessoas; 
 Mais de 1 milhão de casos novos por ano; 
 DST ulcerativa mais frequente; 
 Risco de transmissão do HSV-2 anual entre os 
casais é de 16% do homem para a mulher e 
de 6% da mulher para o homem. 
 
Transmissão 
 
 Predominantemente pelo contato sexual: 
HSV-2 
 Contato orogenital 
 Vertical: canal de parto. 
 
Patogenia 
 
 O HSV inicia a infecção através de 
membranas mucosas ou ruptura na pele. O 
vírus se replica nas células da lesão e 
infecta o neurônio que inerva a região, 
trafegando para os gânglios sacrais. 
 Período de incubação: 2 a 26 dias, com 
média de 7 dias; 
 Primoinfecção (primeira infecção) é 
assintomática em 75% dos casos. A 
paciente entra em contato com o vírus, 
sendo uma primeira infecção não 
apresenta sintomas e é o momento de criar 
anticorpos para que as próximas já tenha 
um quadro mais controlado. Quando na 
primeira infecção, já é sintomática, os 
sintomas são muito exuberantes, justamente 
por não ter adquirido anticorpos. 
 
 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
Quadro Clínico 
 
 Hiperemia que evolue para vesículas 
(bolhas) que se agrupam e se rompem 
formando exulceração dolorosa seguida 
de cicatrização. 
 O vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se 
num gânglio neural profundo, onde 
permanece quiescente até a recidiva 
seguinte. Onde não consegue eliminar o 
vírus. 
 Os sintomas caracterizam-se por ardor, 
prurido, formigamento e adenomegalia 
que podem anteceder a erupção 
cutânea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em 50% dos casos, há presença de 
adenopatia inguinal dolorosa bilateral; 
 Cervicite herpética pode estar associada a 
corrimento vaginal aquoso; 
 Podem ocorrer: 
- Gengivoestomatite herpética 
- Ceratoconjuntivite herpética 
- Meningoencefalite herpética 
 
 Após a infecção genitalprimária por HSV-2, 
90% desenvolvem novos episódios nos 
primeiros 12 meses por reativação do vírus. 
 
Fatores de recorrência: 
 Febre; 
 Exposição à radiação ultravioleta; 
 Traumatismos; 
 Menstruação; 
 Estresse físico ou emocional; 
 Antibioticoterapia prolongada; 
 Imunodeficiência. 
 
Complicações: 
 Meningite asséptica; 
 Retenção urinária: por mielite transversa 
(raro) ou disfunção do SNA (menos de 1%); 
 Disseminação cutânea e visceral (fígado, 
pulmão, meninges). 
 
Gestantes: 
 Complicações obstétricas 
 Ceratoconjuntivite neonatal 
 
Diagnóstico 
 É essencialmente clínico (anamnese e 
exame físico). 
 Detecção direta do HSV em culturas de 
tecido; 
 Modificações citológicas no Papanicolau 
podem ser identificadas em esfregaços 
corados pelo método de Tzanckcorados 
pelo Giemsa. 
 Sorologia anti-HSV; 
 
Tratamento 
 Alívio da dor com analgésicos e anti-
inflamatórios; 
 Antivirais 
 Aciclovir 400 mg, VO, 8/8h por 7 a 10 
dias; 
 Famciclovir 250 mg, VO, 8/8h por 7 a 10 
dias; 
 Valaciclovir 1 g, VO, 12/12h por 7 a 10 
dias. 
Tratamento local: 
 Solução fisiológica ou água boricada a 3% 
para limpeza das lesões; 
 Creme local com cicatrizantes; 
 
 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
Cancro mole 
Sinonímia: Cancróide, cancrela, cancro 
venéreo simples, úlcera mole, ulcus mole, 
úlcera venérea, cancro ou úlcera de Ducrey, 
e popularmente como cavalo 
Agente etiológico: Haemophilus ducreyi 
Cocobacilo Gram negativo 
Período de incubação: 2 a 5 dias 
Transmissão – via sexual; 
 
Transmissão 
 Exclusivamente através da relação sexual 
 Necessita de uma solução de continuidade 
para sua penetração 
 Autoinoculação – lesões em dedos, 
conjuntiva, etc. 
 Faixa etária mais acometida: 20 aos 30 
anos 
 Sexo masculino (40 casos para cada 1 
feminino) 
 Risco de infecção: 80% 
 
Epidemiologia 
 Íntima associação entre o cancro mole e a 
soropositividade para o HIV 
 Papel facilitador das úlceras genitais na 
transmissão do HIV 
 Estima-se que mais de 10% dos pacientes 
com cancro mole apresentam-se co-
infectados com o Treponema pallidum 
(sífilis) e o HSV (Herpes simples). 
 
Manifestações clínicas 
 Lesões tipo pápulas que evoluem para 
pústulas, formando úlceras rasas, dolorosas, 
purulentas, com base granulomatosa 
facilmente sangrante, de borda irregular, 
cobertas por exsudato necrótico, 
amarelado e de odor fétido. 
 Após cerca de uma semana do 
aparecimento do cancro, 30 a 50% dos 
pacientes desenvolvem uma adenite 
inguinal satélite – BULBÃO. 
- Unilateral 
- Doloroso 
- Pode evoluir com supuração por único 
orifício. 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
 Clínico: ulcera genital dolorosa e 
adenopatia inguinal supurativa sugere o 
diagnóstico 
 Métodos laboratoriais 
- Exame direto das lesões: coloração pelo 
Gram ou Giemsa Objetivo: identificar o H. 
ducreyi na secreção da úlcera ou do 
aspirado do bulbão (distribuição em 
“cardume de peixe”). 
 Cultura 
 PCR multiplex 
 
Tratamento 
 Azitromicina, 1g, VO, dose única 
 Azitromicina, 500 mg, VO, por dia, 
durante 3 dias 
 Ciprofloxacina, 500 mg, VO, 12/12h, 
durante 3 dias 
 Doxiciclina, 100 mg, VO, 12/12h ou 200 
mg uma vez ao dia durante 7 dias 
 Eritromicina, 500 mg, VO, 8/8h, durante 5 
a 7 dias 
 Tianfenicol 500 mg, VO, 8/8h, durante 5 a 
7 dias 
 
 
 
 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
Linfogranuloma venéreo 
 
Sinônimo: Linfogranuloma inguinal, Doença de 
Nicolas-Favre-Durand, Bubão Climático e Mula 
 
Agente etiológico: Chlamydia trachomatis, 
sorotipos L1, L2 e L3. 
 
Afeta predominantemente, o sistema retículo - 
histiocitário, preferencialmente os linfonodos 
inguinais e ilíacos. 
 
A disseminação ocorre primariamente pela 
via linfática. 
 
Epidemiologia 
 
 Transmissão é sexual; 
 Doença de notificação compulsória; 
 Baixa incidência; 
 Mais frequente nos países tropicais e 
subtropicais da África e Ásia e sudeste dos 
EUA, onde o patógeno é encontrado; 
 
Quadro Clínico 
 
Disseminação linfática regional 
 A adenite pode evoluir em nódulos 
inguinais superficiais dolorosos ou bulbões 
que frequentemente rompem a pele com 
exsudação de descarga purulenta. 
 A fistulização crônica pode permanecer 
períodos prolongados; fechase um trajeto e 
abrem-se outros, o aspecto assemelha-se 
ao de um bico de regador. 
 Pápula, pústula, exulceração superficial ou 
erosão 
 Parede vaginal posterior, colo uterino, 
fúrcula vaginal (pode não ser notada pela 
paciente) 
 Disseminação linfática regional 
 Formação de abscessos em fístulas 
 Surge entre uma a seis semanas após a 
lesão de inoculação 
 Unilateral em 70% dos casos 
 A adenite pode evoluir em nódulos 
inguinais superficiais dolorosos ou bubões 
que frequentemente rompem a pele com 
exsudação de descarga purulenta. 
 A fistulização crônica pode permanecer 
períodos prolongados; 
 
 
 
Complicações 
 
 Fistulização crônica retal, vaginal, vesical 
 O acometimento do reto pode levar à 
proctite 
 O contato orogenital pode causar glossite 
 Estenose e fibrose da vagina e do reto 
 Podem ocorrer febre, mal-estar, anorexia, 
emagrecimento, artralgia, sudorese noturna 
e meningismo. 
 A obstrução linfática crônica na mulher 
acarreta a elefantíase genital 
 
Diagnóstico Clínico 
 
Comprovação laboratorial não é rotineira. 
 
Testes Diagnósticos: 
 Teste de fixação de complemento 
 PCR 
 Imunofluorescência 
 Exame histopatológico 
 Cultura 
 Métodos Radiológicos (linfografia e enema 
opaco). 
Tratamento 
 Doxiciclina 100 mg,VO,12/12hs por 14 a 21 
dias 
 Parceiros que tiveram contato sexual com 
a paciente nos 60 dias anteriores devem ser 
 
 
Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 
 
examinados e tratados com esquemas 
clássicos para infecção por clamídia 
(azitromicina 1g dose única ou doxiciclina 
100 mg 12/12hs por 7 dias) 
 Na gestação- Eritromicina, 500 mg, VO, 4 
vezes ao dia , 14 a 21 dias.

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