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Infecções sexualmente transmissíveis Sífilis Também conhecida por lues (praga) duro e protossifiloma, é uma doença infectocontagiosa, de evolução sistêmica (crônica). Agente etiológico: Treponema pallidum Transmissão: Sexual/outros contatos íntimo Vertical: Intrauterino, neonatal; Transfusão sanguínea Epidemiologia Brasil: 900 mil casos novos por ano; Mundo: mais de 12 milhões por ano; 1/3 dos indivíduos expostos a parceiros sexuais infectados adquire a doença. Classificação Sífilis adquirida recente (até 1 ano após a infecção) - Divide-se em primária, secundária e latente recente. Sífilis adquirida tardia (com mais de 1 ano de evolução) - Divide-se em latente tardia e terciária Sífilis congênita: recente (manifestação até 2 anos) e tardia (após 2 anos). Primária As manifestações clínicas dependem do tempo da doença. Na sífilis recente, observa-se a presença de lesão única (podendo ser múltipla em raros casos), geralmente unilateral, não supurativa, indolor, sem sinais flogisticos, e com bordas endurecidas pelo processo inflamatório Doenças sexualmente transmissíveis Caroline Pires – Medicina Infecções sexualmente transmissíveis (praga), cancro duro e protossifiloma, é uma doença e evolução sistêmica Agente etiológico: Treponema pallidum Transmissão: Sexual/outros contatos íntimos; Mundo: mais de 12 milhões por ano; 1/3 dos indivíduos expostos a parceiros sexuais infectados adquire a doença. Sífilis adquirida recente (até 1 ano após a mária, secundária e latente Sífilis adquirida tardia (com mais de 1 ano de se em latente tardia e terciária Sífilis congênita: recente (manifestação até 2 As manifestações clínicas dependem do tempo da doença. Na sífilis recente, se a presença de lesão única (podendo ser múltipla em raros casos), geralmente unilateral, não supurativa, com bordas endurecidas pelo processo inflamatório linfoplasmocitário (cancro duro ou cancro de inoculação). É mais comum ser visível no homem, no sulco bálano prepucial, que na mulher. O cancro duro, se pode persistir por 10 a 90 dias, involuindo espontaneamente. Na mulher, muito raramente se observa lesão em vulva. O cancro duro desaparece em 21 a 30 dias. Além dele, adenopatia satélite ocorre e é bilateral (inguinal), indolor e não inflamatória. Ambos são conhecidos como Secundária A sífilis adquirida é confirmada quando o indivíduo apresenta evidência clínica da doença (presença de cancro duro ou cancro plano, roséolas, madarose etc.) Acontece de 4 a 8 semanas após o desaparecimento do cancro duro. Roséolas: Lesões papulares ou planas eritematosas que acometem principalmente o tronco, palma das mãos e planta dos pés; Doenças sexualmente transmissíveis Medicina UNIFTC 2021.1 linfoplasmocitário (cancro duro ou cancro de inoculação). É mais comum ser visível no homem, no sulco bálano prepucial, que na mulher. O cancro duro, se não for tratado, 0 a 90 dias, involuindo espontaneamente. Na mulher, muito raramente se observa lesão em vulva. O cancro duro desaparece em 21 a 30 dias. Além dele, adenopatia satélite ocorre e é bilateral (inguinal), indolor e não inflamatória. Ambos são conhecidos como sífilis primária. A sífilis adquirida é confirmada quando o indivíduo apresenta evidência clínica da doença (presença de cancro duro ou cancro plano, roséolas, madarose etc.) Acontece de 4 a 8 semanas após o desaparecimento do cancro duro. Lesões papulares ou planas eritematosas que acometem principalmente o tronco, palma das mãos Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Sifílides: Lesões pápulo-erosivas, pustulosas e hipertróficas que acometem a cavidade oral, genital, palma das mãos e planta dos pés. São inicialmente lisas e depois escamosas. Condiloma plano: Áreas úmidas, como a região anogenital, parte interna das coxas e axilas, podem ter condiloma plano, que são placas elevadas com base ampla. As lesões regridem em 2 a 6 semanas, raramente deixando cicatrizes. Sintomas gerais como artralgia, febrícula, cefaléia, adinamia. Alopecia irregular; Linfadenopatia: 85% dos pacientes demora meses para desaparecer; A infecção entra em fase de latência, só sendo detectada por método sorológico. Latente 1 a 2 anos após o contágio; Fase de “silêncio clínico”; Diagnóstico apenas através dos exames sorológicos; Divide-se em latente precoce (até um ano) e latente tardia Terciária 3 a 20 anos após a infecção; 1/3 dos pacientes não tratados evoluem para esta fase; Lesões cutâneo-mucosas: tubérculos ou gomas *Hipersensibilidade tardia Cardiovasculares: aneurisma aórtico pela aortite sifilítica, estenose coronariana e insuficiência aórtica Neurológicas: tabes dorsalis, mielite transversa e demência. Lembrando que paciente não precisa apresentar todas essas condições, algumas delas já podem ser indicativo de sífilis terciária. Goma sifilítica Diagnóstico laboratorial 1. Em todas as fases da sífilis, pode-se usar a sorologia para fazer o diagnóstico. Existem sorologias treponêmicas (FTA-Abs; MHA-TP, teste rápido) e a não treponêmica (VDRL, mais usado, RPR, Elisa). O VDRL reator com título igual ou superior a 1/8 é entendido como doença e o paciente deve ser tratado. 2. Imunofluorescência direta – técnica de Fontana-Tribondeaux 3. Testes sorológicos (vai dizer se o paciente teve ou não contato com a sífilis). Sorologia não-treponêmica - Rastreio de sífilis; - Sensíveis e não específicos; - Detectam anticorpos não treponêmicos (anticardiolipínicos) - Qualitativos (teste de triagem: reagente ou não) - Quantitativos: títulos dos anticorpos, monitoramento da resposta do tratamento. Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Quando não tem uma reação não- treponêmica positiva: - 3 a 6 semanas após a infecção - 2 a 3 semanas após o aparecimento da lesão primária - VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), melhor exame de rastreio mas não é especifico para treponêmica. - RPR (Rapid Plasm Reagin). - Reações falso-positivas: Malária, doença de chagas, mononucleose, hanseníase, leptospirose, entre outras. Pois pode, dar positivo para todas essas doenças, precisando repetir o teste para sífilis por outro método. - Falsos negativos, principalmente na fase primária e na latente tardia - Efeito Prozona: FALSO NEGATIVO Sorologia treponêmica - FTA-abs - TPI - MHA-TP - TPHA Detectam anticorpos contra as espiroquetas Exames qualitativos (reagente ou não reagente) e específicos para o treponema Raramente observam-se resultados falso- positivos São os primeiros a positivar Tornam-se reativos a partir de 7 a 15 dias da infecção Reservado para confirmação de um teste não treponêmico positivo ou caso de dúvidas por outro método. Tratamento Penicilina G benzatina A dose vai depender do estágio em que o paciente se encontra. Recente (primário-secundária) e latente (até um ano) Penicilina G benzatina 2.400.000 UI IM (1.200.000 UI em cada região glútea), dose única. Latente (com mais de um ano) e Tardia Penicilina G benzatina 2.400.000 UI IM por semana, durante 3 semanas. Critério de cura: - Repete o VDRL 3,6 e 12 meses após o tratamento - Queda de 4 títulos da sorologia ou sua negativação em 6 meses a 1 ano - Gestantes – mensalmente - O esperado é a diminuição de um titulo por mês - Deverá ser feito um novo tratamento se a sorologia aumentar 4 títulos. Drogas alternativas: Azitromicina: 1g VO por semana, durante 2 ou 3 semanas para sífilis até 1 ano; após um ano não há estudos Doxiciclina: 100mg VO 12/12h ou Eritromicina ou Tetraciclina 500mg VO 6/6h, durante 14 dias para sífilis até um ano e durante 28 dias para sífilis com mais de um ano. Gestantes:- Penicilina G benzatina; - São contraindicados tetraciclinas, doxiciclina e estolato de eritromicina; - Dessensibilização Obs: Durante a gestação os testes não treponêmicos devem ser realizados no primeiro e terceiro trimestre e na admissão para o parto. Falha no tratamento: - Quadruplicação dos títulos após o tratamento; - Interrupção do tratamento - Não tratamento do parceiro. Em gestantes: Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 - Tratamento concluído a menos de 1 mês do parto; - Tratamento com regime não penicilínico. Doença inflamatória pélvica aguda (DIPA) A doença inflamatória pélvica é considerada como sendo um conjunto de processos inflamatórios da região pélvica devido à propagação de microrganismos a partir do colo do útero e da vagina para o endométrio, tubas, peritônio e estruturas adjacentes. Tipos: Endometrite (inflamação do endométrio) Salpingite aguda (inflamação das trompas) Salpingooforite (inflamação de trompas e ovários) Pelviperitonite (inflamação de toda a pelve). Fisiopatologia Primários - A Chlamydia trachomatis é atualmente o patógeno mais comumente detectado em até 60% das mulheres confirmadas com salpingite ou endometrite. - Neisseria Gonorrhoea - Micoplasmas Quando ocorre um quadro de DIPA, geralmente o paciente tem uma infecção polimorfomicrobiana. Secundários - Anaeróbios - Aeróbios - Bacilos Gram (-) Surge geralmente no período perimenstrual e pós menstrual imediato. Fatores de risco Faixa etária: 15 e 25 anos Comportamento sexual de risco Parceiro sexual portador de uretrite História prévia de DST ou DIP Tabagismo/alcoolismo/ uso de drogas ilícitas DIU (3 primeiras semanas após a inserção) em pacientes com infecção por clamídia. Vaginose bacteriana – alteração da flora vaginal da paciente com predomínio de bactérias anaeróbicas. Sinais e sintomas A DIP manifesta-se, habitualmente, com um padrão clínico subagudo e oligossintomático, e dor abdominal em intensidade variável é sintoma obrigatório. Dor a mobilização do colo do útero Dor anexial (dor em alguma estrutura ligada ao útero) Dispareunia (dor nas relações sexuais) Corrimento vaginal mucopurulento Febre > 38,3C Sangramento intermenstrual Queixas urinárias Estadiamento ESTÁGIO I (leve) • Endometrite e salpingite aguda sem peritonite. • Tratamento: ambulatorial ESTÁGIO II (moderada sem abscesso) Salpingite aguda com peritonite (pelviperitorite). Tratamento: hospitalar (internação devido aos sinais peritoneais). Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 ESTÁGIO III (moderada com abscesso) Salpingite aguda com obstrução tubária ou abscesso tubo-ovariano ou abscesso pélvico. Tratamento: hospitalar (internação devido aos sinais peritoneais ou presença de abscesso). ESTÁGIO IV (grave) • Presença de abscesso tubo-ovariano roto ou sinais de choque séptico. • Tratamento: hospitalar com auxilio de intervenção cirúrgica (laparotomia). Critérios de diagnósticos Maiores: Dor abdominal infraumbilical Dor á palpação dos anexos Dor á mobilização do colo uterino Menores: Temperatura axilar maior que 38,3 C Secreção vaginal ou cervical anormal Massa pélvica Leucocitose Proteína C reativa ou VHS elevadas Mais de 5 leucócitos por campo de imersão em secreção de endocérvice Comprovação laboratorial de infecção pelo Gonococo, Clamídia ou Micoplasma. Elaborados: Evidência histopatológica de endometrite Diagnóstico laparoscópico de DIPA Ultrassonografia transvaginal pélvica sugestiva de abscesso tubo-ovariano ou em fundo de saco. Repercussões Risco de gravidez ectópica Infertilidade Dor pélvica crônica Dispareunia Conjuntivite neonatal Síndrome de Fitz-Hugh Curtis: dor aguda no hipocôndrio direito e a descompressão. Resultado das aderências do fígado a parede abdominal superior chamadas de “aderência em corda de violino”. Isso ocorre devido à reação inflamatória da pelve peritonite, mas nesse caso a inflamação ascendeu e comprometeu o abdome superior. Síndrome de Fitz-Hugh Curtis Exames complementares: Hemograma completo: VHS/Leucocitose com desvio para esquerda (infecção) Proteína C reativa: Evidencia inflamação Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Beta HCG: Afastar gravidez ectópica e tópica USG transvaginal: Avaliar abcesso tubo- ovariano USG abdominal: Afastar apendicite e outros abcessos Cultura da região endocervical: Clamídia e gonococo Urina: Afastar infecção do trato urinário Videolaparoscopia: Diagnóstico em caso de dúvida (DIP, apendicite, gravidez ectópica) Laparotomia: Emergência (abcesso roto) Tratamento Ambulatorial: Estágio I Antibiótico oral Ceftriaxona + Doxiciclina + Metrodidazol Cefoxitina + Probenecida + Doxiciclina + Metrodidazol Ofloxaxina + Doxiciclina + Metrodidazol Ampicilina + Probenicida + Doxicilina + Metrodidazol Hospitalar: Estágio II ou III Antibiótico venoso Gentamicina + Penicilina G Cristalina + Clindamicina Ev Gentamicina + Penicilina G Cristalina + Metrodidazol Gentamicina + Penicilina G Cristalina + Tianfenicol Fase II Ambulatorial: Doxiciclina ou Ofloxacina Hospitalar: Estágio IV Antibiótico venoso + abordagem cirúrgica Abordagem Cirurgica Mesma complementação terapêutica do estágio III Herpes vírus Deriva do latim herpein, que significa rastejar, arrastar, referindo-se ao fato de ocasionarem infecções crônicas, latentes ou recorrentes. Família: Herpesviridae; Gênero: Simplexvirus; Espécies: Human herpesvírus 1 e 2. O tipo 1 é muito mais comum nas lesões orais (labial) e o tipo 2 é mais comum nas lesões genitais, não sendo exclusivo de cada um. Podendo ter um ou outro, tanto na labial quanto genital. DNA vírus Principal responsável pelo quadro de herpes genital. Epidemiologia 22% dos adultos nos EUA estão infectados pelo HSV-2: 45 milhões de pessoas; Mais de 1 milhão de casos novos por ano; DST ulcerativa mais frequente; Risco de transmissão do HSV-2 anual entre os casais é de 16% do homem para a mulher e de 6% da mulher para o homem. Transmissão Predominantemente pelo contato sexual: HSV-2 Contato orogenital Vertical: canal de parto. Patogenia O HSV inicia a infecção através de membranas mucosas ou ruptura na pele. O vírus se replica nas células da lesão e infecta o neurônio que inerva a região, trafegando para os gânglios sacrais. Período de incubação: 2 a 26 dias, com média de 7 dias; Primoinfecção (primeira infecção) é assintomática em 75% dos casos. A paciente entra em contato com o vírus, sendo uma primeira infecção não apresenta sintomas e é o momento de criar anticorpos para que as próximas já tenha um quadro mais controlado. Quando na primeira infecção, já é sintomática, os sintomas são muito exuberantes, justamente por não ter adquirido anticorpos. Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Quadro Clínico Hiperemia que evolue para vesículas (bolhas) que se agrupam e se rompem formando exulceração dolorosa seguida de cicatrização. O vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se num gânglio neural profundo, onde permanece quiescente até a recidiva seguinte. Onde não consegue eliminar o vírus. Os sintomas caracterizam-se por ardor, prurido, formigamento e adenomegalia que podem anteceder a erupção cutânea. Em 50% dos casos, há presença de adenopatia inguinal dolorosa bilateral; Cervicite herpética pode estar associada a corrimento vaginal aquoso; Podem ocorrer: - Gengivoestomatite herpética - Ceratoconjuntivite herpética - Meningoencefalite herpética Após a infecção genitalprimária por HSV-2, 90% desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses por reativação do vírus. Fatores de recorrência: Febre; Exposição à radiação ultravioleta; Traumatismos; Menstruação; Estresse físico ou emocional; Antibioticoterapia prolongada; Imunodeficiência. Complicações: Meningite asséptica; Retenção urinária: por mielite transversa (raro) ou disfunção do SNA (menos de 1%); Disseminação cutânea e visceral (fígado, pulmão, meninges). Gestantes: Complicações obstétricas Ceratoconjuntivite neonatal Diagnóstico É essencialmente clínico (anamnese e exame físico). Detecção direta do HSV em culturas de tecido; Modificações citológicas no Papanicolau podem ser identificadas em esfregaços corados pelo método de Tzanckcorados pelo Giemsa. Sorologia anti-HSV; Tratamento Alívio da dor com analgésicos e anti- inflamatórios; Antivirais Aciclovir 400 mg, VO, 8/8h por 7 a 10 dias; Famciclovir 250 mg, VO, 8/8h por 7 a 10 dias; Valaciclovir 1 g, VO, 12/12h por 7 a 10 dias. Tratamento local: Solução fisiológica ou água boricada a 3% para limpeza das lesões; Creme local com cicatrizantes; Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Cancro mole Sinonímia: Cancróide, cancrela, cancro venéreo simples, úlcera mole, ulcus mole, úlcera venérea, cancro ou úlcera de Ducrey, e popularmente como cavalo Agente etiológico: Haemophilus ducreyi Cocobacilo Gram negativo Período de incubação: 2 a 5 dias Transmissão – via sexual; Transmissão Exclusivamente através da relação sexual Necessita de uma solução de continuidade para sua penetração Autoinoculação – lesões em dedos, conjuntiva, etc. Faixa etária mais acometida: 20 aos 30 anos Sexo masculino (40 casos para cada 1 feminino) Risco de infecção: 80% Epidemiologia Íntima associação entre o cancro mole e a soropositividade para o HIV Papel facilitador das úlceras genitais na transmissão do HIV Estima-se que mais de 10% dos pacientes com cancro mole apresentam-se co- infectados com o Treponema pallidum (sífilis) e o HSV (Herpes simples). Manifestações clínicas Lesões tipo pápulas que evoluem para pústulas, formando úlceras rasas, dolorosas, purulentas, com base granulomatosa facilmente sangrante, de borda irregular, cobertas por exsudato necrótico, amarelado e de odor fétido. Após cerca de uma semana do aparecimento do cancro, 30 a 50% dos pacientes desenvolvem uma adenite inguinal satélite – BULBÃO. - Unilateral - Doloroso - Pode evoluir com supuração por único orifício. Diagnóstico Clínico: ulcera genital dolorosa e adenopatia inguinal supurativa sugere o diagnóstico Métodos laboratoriais - Exame direto das lesões: coloração pelo Gram ou Giemsa Objetivo: identificar o H. ducreyi na secreção da úlcera ou do aspirado do bulbão (distribuição em “cardume de peixe”). Cultura PCR multiplex Tratamento Azitromicina, 1g, VO, dose única Azitromicina, 500 mg, VO, por dia, durante 3 dias Ciprofloxacina, 500 mg, VO, 12/12h, durante 3 dias Doxiciclina, 100 mg, VO, 12/12h ou 200 mg uma vez ao dia durante 7 dias Eritromicina, 500 mg, VO, 8/8h, durante 5 a 7 dias Tianfenicol 500 mg, VO, 8/8h, durante 5 a 7 dias Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Linfogranuloma venéreo Sinônimo: Linfogranuloma inguinal, Doença de Nicolas-Favre-Durand, Bubão Climático e Mula Agente etiológico: Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3. Afeta predominantemente, o sistema retículo - histiocitário, preferencialmente os linfonodos inguinais e ilíacos. A disseminação ocorre primariamente pela via linfática. Epidemiologia Transmissão é sexual; Doença de notificação compulsória; Baixa incidência; Mais frequente nos países tropicais e subtropicais da África e Ásia e sudeste dos EUA, onde o patógeno é encontrado; Quadro Clínico Disseminação linfática regional A adenite pode evoluir em nódulos inguinais superficiais dolorosos ou bulbões que frequentemente rompem a pele com exsudação de descarga purulenta. A fistulização crônica pode permanecer períodos prolongados; fechase um trajeto e abrem-se outros, o aspecto assemelha-se ao de um bico de regador. Pápula, pústula, exulceração superficial ou erosão Parede vaginal posterior, colo uterino, fúrcula vaginal (pode não ser notada pela paciente) Disseminação linfática regional Formação de abscessos em fístulas Surge entre uma a seis semanas após a lesão de inoculação Unilateral em 70% dos casos A adenite pode evoluir em nódulos inguinais superficiais dolorosos ou bubões que frequentemente rompem a pele com exsudação de descarga purulenta. A fistulização crônica pode permanecer períodos prolongados; Complicações Fistulização crônica retal, vaginal, vesical O acometimento do reto pode levar à proctite O contato orogenital pode causar glossite Estenose e fibrose da vagina e do reto Podem ocorrer febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo. A obstrução linfática crônica na mulher acarreta a elefantíase genital Diagnóstico Clínico Comprovação laboratorial não é rotineira. Testes Diagnósticos: Teste de fixação de complemento PCR Imunofluorescência Exame histopatológico Cultura Métodos Radiológicos (linfografia e enema opaco). Tratamento Doxiciclina 100 mg,VO,12/12hs por 14 a 21 dias Parceiros que tiveram contato sexual com a paciente nos 60 dias anteriores devem ser Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 examinados e tratados com esquemas clássicos para infecção por clamídia (azitromicina 1g dose única ou doxiciclina 100 mg 12/12hs por 7 dias) Na gestação- Eritromicina, 500 mg, VO, 4 vezes ao dia , 14 a 21 dias.
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