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ÚLCERAS GENITAIS → Definição: é uma solução de continuidade da pele e/ou mucosas com perda de tecido, envolvendo epiderme, derme e hipoderme. → Formação: a partir de necrose de tecidos após a lesão celular, que pode ser causada por processos inflamatórios ou isquêmicos focais. - A isquemia pode ocorrer por processos autoimunes ou irritativos. → Classificação: quanto à etiologia, tempo de evolução, idade e estados imunes do hospedeiro. - Úlceras genitais (principalmente relacionadas com IST) aumentam o risco de transmissão do HIV (18x). → Epidemiologia: - As IST são a causa mais comum de úlceras durante a menacme; - Média de faixa etária de 32,7 anos; Etiologia mais frequente: lesão herpética e úlceras autoimunes. - A cura foi obtida em 90% dos casos; CLASSIFICAÇÕES E ETIOLOGIAS ● Úlceras infecciosas: que é subdividido em ○ Úlceras infecciosas de causa sexualmente transmissível: cancro duro, cancro mole (cancróide), herpes, donovanose (granuloma inguinal), linfogranuloma venéreo ○ Úlceras infecciosas de causa não sexualmente transmissível: salmonelose, citomegalovírus, Epstein-Barr, influenza A e tuberculose ● Úlceras não infecciosas: ○ Doença de Behçet, doença de Crohn, úlceras de Lipschütz, aftose bipolar de Newmann, neoplasia intraepitelial vulvar, neoplasia invasora, liquen plano erosivo, traumas, reações a medicamentos (doença de Stevens-Johnson), doenças vesiculobolhosas da pele, síndrome de Reiter, retocolite ulcerativa, dermatose por IgA linear, hidradenite supurativa, idiopáticas. ÚLCERAS INFECCIOSAS Úlceras infecciosas sexualmente transmissíveis SÍFILIS → Agente etiológico: Treponema pallidum; → Notificação compulsória; → Classificação sífilis adquirida: - Recente (menos de 1 ano de evolução) - Primária - Secundária - Latente recente - Tardia (mais de 1 ano de evolução) - Latente - Tardia - Terciária → Classificação sífilis congênita: - Recente: casos diagnosticados até o 2o ano de vida - Tardia: casos diagnosticados após o 2o ano de vida. → Quadro clínico ● Sífilis primária (recente): - Identificação do cancro duro; - Lesão ulcerada, não dolorosa (ou pouco), geralmente única, com bases e bordas endurecidas, lisa, brilhante e com secreção serosa em pouca quantidade. - Fundo limpo; - Localizada comumente nos pequenos e grandes lábios, parede vaginal e colo (geralmente no sítio de inoculação);. - Lesão aparece em 10-90 dias após contato sexual; - É altamente infectante, pois é rica em treponemas; - Desaparece em 3-4 semanas sem deixar cicatrizes; - Adenopatia regional não supurativa, móvel, indolor e múltipla; - Geralmente não é detectada nessa fase; - Entre a 3ª e a 6ª semana do seu aparecimento, as reações sorológicas para sífilis tornam-se positivas. ● Sífilis secundária (recente): - Caracterizada pela disseminação da bactéria no organismo; - Ocorre entre 6 e 8 semanas do aparecimento do cancro; - Manifestações comuns: Síndrome mono-like - Dermatológicas; - Micropoliadenopatia generalizada; - Artralgias, febrículas, cefaléia e adinamia; - Manifestações raras: - Comprometimento hepático; - Uveíte; - Provas sorológicas positivas: alto nível de anticorpos circulantes; - Alto risco de contágio; ● Sífilis latente (recente e tardia): - Não são observados sinais e sintomas da doença; Testes sorológicos positivos, porém há menos produção de anticorpos que na secundária; - Sua duração é variável; - É interrompida pela forma secundária ou terciária; - Doença é transmissível; ● Sífilis terciária (tardia): - Pode apresentar sintomas após 3-12 anos da infecção; - Maioria das vezes é assintomática; - Manifestações: - Lesões cutâneo mucosas (tubérculos ou gomas); - Neurológicas (tabes dorsalis, demência), - TB: é uma lenta degeneração de neurônios que carregam informação sensorial para o cérebro. - Cardiovasculares (aneurismo aórtico) - Articulares (artropatia de Charcot); - Reação sorológica com baixos anticorpos; → Diagnóstico ● Microscopia em campo escuro: - Pesquisa direta em lesões da primeira e segunda fase; - Geralmente utilizada na sífilis primária; - Observa-se os treponemas no microscópio; Sensibilidade <50%; - Padrão ouro ● Sorológicos não-treponêmicos - VDRL: - Detecta anticorpos inespecíficos (cardiolipídicos ou reaginas) no soro; - Surgem em 3-5 semanas após lesão; - A cardiolipina é um componente da membrana plasmática das células dos mamíferos liberado após dano celular e encontra-se presente também na parede do T. pallidum; - Pode ser qualitativo ou quantitativo; - Utilizado para triagem precoce e acompanhamento terapêutico; - Negativado em 6-12 meses após tratamento; - Pode ocorrer memória ou cicatriz sorológica: títulos baixos (<=1/16). - Falso-positivo: geralmente em doenças reumatológicas, mas sempre em baixas titulações. ● Sorológicos treponêmicos - FTA-Abs: - Detecta o agente; - É um teste de imunofluorescência direta; - Confirma o diagnóstico após VDRL positivo na triagem; - É o primeiro a se tornar reagente e se mantém positivo; ● Possibilidade laboratorial: ○ VDRL + e FTA-: pode ser falso positivo; ■ Geralmente baixo título. ○ VDRL - e FTA+: sífilis precoce ou já curada; ○ VDRL + e FTA+: sífilis não tratada, ou tratada recentemente. → Tratamento - A penicilina G, administrada por via parenteral, é o fármaco preferido para o tratamento de todas as fases da sífilis. - A preparação utilizada, a dosagem e a duração do tratamento dependem do estágio e das manifestações clínicas da doença. - Na sífilis recente primária: - Penicilina benzatina 2,4 milhões UI IM em dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo). - Alternativas: eritromicina (estearato ou estolato), 500 mg VO, a cada 6 h, por 15 dias; tetraciclina, 500 mg VO, a cada 6 h, por 15 dias; doxiciclina, 100 mg VO, a cada 12 h, por 15 dias; ceftriaxona, 1 g IM ou IV por dia, durante 10 dias (dose e duração não estão bem definidas); azitromicina, 1 g VO, dose única, por semana, durante 2 a 3 semanas. - Na sífilis secundária e recente latente: - Penicilina benzatina 2,4 milhões UI IM, repetida após 1 semana. Dose total de 4,8 milhões UI. - Alternativas: eritromicina (estearato ou estolato), 500 mg VO, a cada 6 h, por 15 dias; tetraciclina, 500 mg VO, a cada 6 h, por 15 dias; doxiciclina, 100 mg VO, a cada 12 h, por 15 dias; azitromicina, 1 g VO, dose única por semana, durante 2 a 3 semanas. - Na sífilis tardia (latente e terciária): - Penicilina benzatina 2,4 milhões UI IM, em 3 doses, com 1 semana de intervalo entre cada dose. - Dose total de 7,2 milhões UI. - Alternativas: eritromicina (estearato ou estolato), 500 mg VO, a cada 6 h, por 30 dias; tetraciclina, 500 mg VO, a cada 6 h, por 30 dias; doxiciclina, 100 mg VO, a cada 12 h, por 30 dias. → Acompanhamento: - VDRL: - VDRL quantitativo em 3-3 meses no primeiro ano. - Se estiver reativo e decrescente após esse período, será realizado de 6 em 6 meses por dois anos. - Dois exames baixos e estáveis após 1 ano → alta. - Se houver elevação de duas diluições acima do último título do VDRL, considera-se falha terapêutica, e novo tratamento deve ser instituído, mesmo não havendo sintomas. - Demais exames: - Sorologia anti-HIV. CANCRO MOLE ou CANCRÓIDE → Agente etiológico: Haemophilus ducreyi (gram-negativo). - É transmitido exclusivamente pela relação sexual desprotegida com pessoa contaminada (vaginal, anal ou oral); - Período de incubação: 4-7 dias; → Sinais e sintomas: - Pápula → pústula → Rompe, formando úlceras razas; - As úlceras que se desenvolvem são rasas, com cerca de 3 a 50 milímetros, dolorosas, purulentas, com base granulomatosa que facilmente sangra ao toque. - Suas bordas são irregulares, avermelhadas, mas bem definidas contra a pele normal. - A base apresenta um material amarelado-esverdeado purulento. - Tais feridas são muito contagiosas, auto inoculáveis e, portanto, frequentemente múltiplas. - Na mulher, as localizações mais frequentes são a fúrcula e a face interna dos pequenos e grandes lábios. - Adenopatia inguinal supurativa: pode ocorrer erupção única. - Diferentedo linfogranuloma. → Diagnóstico: - Clínico - critérios: - Uma ou mais lesões ulceradas; - Sem evidência do Treponema pallidum pelo exame em campo escuro ou por um teste sorológico para sífilis; - Sífilis: deve ser realizados pelo menos 7 dias após o aparecimento de úlceras; - Aspecto de lesão ulcerada e linfadenopatia regional característicos do cancróide; - Teste negativo para herpes-vírus na lesão ulcerada; Características clínicas + negativo para sífilis e herpes - Exames complementares: - Exame direto com coloração de Gram da secreção das bordas da lesão: coco bacilos curtos, gram-negativos. Evitar a coleta de pus.; → Tratamento: - Farmacológico: - Primeira opção: doxicilina. - Não-farmacológico: - Manter úlceras higienizadas; - A aspiração, com agulha de grosso calibre, dos gânglios linfáticos regionais comprometidos pode ser indicada para alívio de linfonodos tensos e com flutuação. - O tratamento dos parceiros até 10 dias antes do contato sexual está recomendado mesmo que a doença clínica não esteja evidente, → Acompanhamento: - Teste de HIV, sífilis → se negativos, repetir em 3 meses. HERPES VÍRUS SIMPLES → Agente etiológico: herpes vírus; - HSV-2, maior causador das infecções herpéticas genitais. - É o que transmite o genital; - HSV1 é o segundo maior causador, associado ao herpes orolabial. - Os dois tipo podem causar manifestação genital ou labial; - Período médio de incubação 7 dias; - Transmissão: contato com lesão ativa secretora. - HSV2 mantém alta replicação viral, transmitindo durante período assintomático; - Pode ser transmitida, em menor quantidade, pelo sêmen ou líquido vaginal. → Epidemiologia: no Brasil, a prevalência do HSV-1 em adultos com idade igual ou superior a 30 anos é de 95% e do HSV-2 é de 40,8% em homens e de 71,4% em mulheres com idade igual ou superior a 45 anos. → Fisiopatologia: Penetra na pele por microabrasões → replica-se nas células epiteliais, causando lise e resposta inflamatória → formação de lesões vesiculares + sintomas sistêmicos; → Manifestações clínicas e história natural: variam conforme vírus, imunidade do hospedeiro e predisposição genética; ● Primoinfecção: - 75% dos casos é assintomático; - Pode ocorrer gengivoestomatite, vulvovaginite, ceratoconjuntivite e meningoencefalite. - Vulvovaginite: costuma ser maior causado pelo HSV2; - Pródromo: aumento da sensibilidade, formigamento, mialgias, ardência ou prurido pré-lesão; - Pápulas eritematosas de 2-3 mm → vesículas agrupadas (conteúdo citrino) → Rompe, formando ulcerações - Localizam-se frequentemente nos pequenos lábios, clitóris, grandes lábios, fúrcula e colo do útero; - Cervicite herpética: corrimento aquoso; - Duram cerca de 3 semanas; - 50% dos casos: adenopatia inguinal dolorosa; - Pode ocorrer febre e mal-estar; ● Evolução primoinfecção: - Com ou sem sintomatologia, após a infecção primária, o HSV ascende pelos nervos periféricos sensoriais, penetra nos núcleos das células ganglionares e entra em latência. - No HSV-1: latência nos gânglios do nervo trigêmeo; - HSV-2: latência nos gânglios sacrais, próximo à coluna; ● Reativação viral: - 90% (HSV2) e 60% (HSV1) dos pacientes desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses por reativação dos vírus. - Possíveis gatilhos: febre, exposição ao UV, traumatismos, menstruação, estresse físico ou emocional, antibioticoterapia prolongada e imunodeficiência. - Gestação. - O quadro é menos intenso que da primoinfecção; - Pródromos característicos: aumento de sensibilidade, prurido, “queimação”, mialgias e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital. - Inicia-se com o aparecimento de pequenas e múltiplas vesículas sobre áreas eritematosas, acompanhadas de ardor persistente. - Após 24 a 48 h, as vesículas se rompem formando pequenas úlceras dolorosas que cicatrizam em 2 a 3 semanas, independentemente do tratamento. → Diagnóstico: é clínico, mas se possível, utilizar técnicas laboratoriais para identificar o tipo. - Cultura viral: padrão ouro; - Exame citológico da lesão, esfregaço de Tzanck ou Papanicolaou. - PCR; - Testes sorológicos; → Tratamento: ● Antivirais, que agem bloqueando a replicação do DNA viral, diminuindo a repercussão clínica e duração dos episódios - Administração o mais cedo possível; - A terapia é mais efetiva quando iniciada nas primeiras 48 h após o aparecimento dos sinais e sintomas da infecção primária ou nas primeiras 24 h após os episódios recorrentes; - Média de 4,8 dias para resolução do quadro; - Lesões: limpeza, compressa local (camomila) e anestésicos locais; ● Terapia supressiva: - Indicação: - >= 6 recorrências no ano; - Complicações significativas; - Qualidade de vida muito alterada; - Disfunção sexual e social; - Possibilidade de transmissão ao parceiro, feto ou RN; DONOVANOSE ou GRANULOMA INGUINAL → Agente etiológico: Klebsiella granulomatis; - Período de incubação: 1-360 dias; → Manifestação: - Lesões em região cutânea e mucosa da genitália, e regiões anal, perianal e inguinal. - Pequenas pápulas ou nódulos subcutâneos indolores → crescem e necrosam → úlceras indolores, de bordas planas e hipertróficas bem delimitadas, fundo granuloso, vermelho vivo e friável. - Pode se tornar vegetante ou ulcerovegetante; - Formação de lesões satélites por autoinoculação; - Pode causar obstrução linfática; - Linfadenopatia supurativa múltipla. - Menos dolorosa; - DF: fissura anal. - DF: HPV → não ulcera. → Diagnóstico: - Esta doença costuma ser considerada quando não há resposta ao tratamento a úlceras não vesiculares mais frequentes (sífilis e cancro mole), com lesões persistentes por mais de 4 semanas; - Confirmação: - Citodiagnóstico: corpúsculos de donovan (macrófago + bactéria); - K-granulomatis: isolada em cultura; → Tratamento: LINFOGRANULOMA VENÉREO → Agente etiológico: Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3; - É uma doença do tecido linfático, que causa linfangite e inflamação adjacente; - Incubação de 4-30 dias; → Quadro clínico: - Primário: fases iniciais e lesões precoces; - A primeira lesão clínica é geralmente uma pápula ou pústula anogenital, que evolui para úlcera de pequenas dimensões e que pode passar despercebida ao doente, cicatrizando espontaneamente. - Neste estádio, pode existir corrimento mucopurulento cervical. - Localiza-se na parede vaginal posterior, colo do útero, fúrcula e outras partes da genitália externa. - Secundário: acometimento dos linfonodos regionais, denominado síndrome inguinal; - Geralmente unilaterais e dolorosas; - Flutuantes; - Possível ruptura espontânea; - Duas adenomegalias separadas pelo ligamento de Poupart/Inguinal são características da doença. - Terciário: formas tardias ou sequelas da doença, ou síndrome anogenital. - Faz cervicite, endometrite, salpingite e DIP. - - Relação com infertilidade. → Diagnóstico: clínico + identificação do agente etiológico em amostras da lesão; - Acompanhamento: avaliar em um mês. → Tratamento: Doxiciclina 100 mg VO 12/12, por 21 dias. Úlceras infecciosas não-sexualmente transmissíveis - São mais raros, porém importantes para o diagnóstico diferencial EPSTEIN-BARR → Agente etiológico: Herpes-vírus humano; - Transmissão pela saliva aliva. - Tem sido postulado que a infecção genital possa resultar da transmissão sexual do vírus, a partir de contato genitogenital ou orogenital, por autoinoculação, → Manifestação: - Geralmente é assintomática, porém pode reativar como mononucleose infecciosa; - O vírus se replica na orofaringe e uma infecção latente é estabelecida em linfócitos B, possibilitando a disseminação do vírus pela circulação; - Pródromo: fadiga, anorexia, dor de cabeça e febre baixa; - As úlceras associadas ao EBV apresentam-se, tipicamente, como uma ou algumas úlceras muito dolorosas, profundas, com bordas vivas, vermelho-púrpura; - Ao menos uma costuma ter mais de 1 cm; - Associada a linfadenopatia distante da região inguinal; → Diagnóstico: clínico + laboratorial (sorológico de mononucleose aguda ou identificação do agentenas lesões); TUBERCULOSE VULVAR É rara e foi descrita com quadro clínico inespecífico e de diagnóstico geralmente tardio. Com o impacto da AIDS, a tuberculose extrapulmonar tem ocorrido com maior frequência, com disseminação predominante por via hematogênica. Os órgãos genitais femininos são acometidos de maneira decrescente: as tubas uterinas (90%), o útero (50%), os ovários (25%), o colo do útero (5%) e, em um número bem pequeno de casos (menos de 2%), a vagina e a vulva. A tuberculose genital, em muitos casos, coexiste com a pulmonar, em uma variação de 9 a 49% de incidência. CITOMEGALOVÍRUS → Agente etiológico: beta-herpes-vírus; - Age principalmente como oportunista em pacientes imunossuprimidos; → Manifestações: - Pode ficar em latência nos monócitos, células epiteliais e CD34+. Pode ocorrer em primoinfecção, reinfecção e reativação; - Pode ocorrer como úlcera, vesículas e máscaras, lesões verrucosas, nódulos e crostas. → Diagnóstico: - Suspeitar em caso de: - Sintomas de mono, porém com EBV negativos; - Sinais de hepatite, com resultados negativos (A, B e C); - Cultura a partir de urina, sangue, saliva e secreções genitais → Tratamento: dispensável em caso de paciente imunocompetente; SALMONELOSES → Agente etiológico: Salmonella enterica - mais de 2500 sorotipos; → Manifestações: - Febres entéricas; - Gastroenterocolite aguda. - Bacteremia; - Infecções localizadas; - Estado crônico; - Infecção genital: rara; - Ulceração vulvar por endotoxinas da salmonella. → Tratamento: - Cloranfenicol, ampicilina e cotrimoxazol. ÚLCERAS NÃO INFECCIOSAS DOENÇA DE BEHÇET - Distúrbio inflamatório autoimune que acomete pequenos vasos sanguíneos; - Média de 25-30 anos; - Quadro consistem em vasculite e hipercoagulabilidade; - Úlceras orais recorrentes, úlceras genitais, uveíte e lesões cutâneas; - Manifestações sistêmicas: articulares, intestinais, pleurais, cardíacas e TGU; - Tratamento: - Corticóides tópicos; - Em casos exacerbados: corticoesteróides sistêmicos; DOENÇA DE CHRON - Doença inflamatória crônica transmural e segmentar; - Pode acometer todo o TGI, principalmente íleo terminal; - Ocorrem ulcerações, fístulas, estenoses e granulomas; - Manifestações extraintestinais: eritema nodoso e pioderma gangrenoso → vulva e períneo. - Tratamento: - Metronidazol 20 mg/kg/dia, de 12 a 36 meses. - Pode associar esteróides. LÍQUEN PLANO EROSIVO - Doença mucocutânea inflamatória crônica; - Causa desconhecida; - Manifestações: - Pápulas planas brancas ou eritematosas, de longa duração; - Lesões vasculares purpúreas distintas → podem formar placar por união; Podem descamar; - Tratamento: - Corticóides tópicos potentes (70% dos casos é efetivo) → 2x dia por 3 meses; - Corticóides sistêmicos em casos extensos ou erosivos;
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