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GESTÃO EDUCACIONAL EDSON ANTONIO A presente resenha tem como intuito a analise do material didático do instituto prominas sobre gestão educacional. O material e composto de dez unidades com texto de fácil assimilação que prioriza o estimulo e o conhecimento e ao pensamento pratico. O modulo começa com apresentação da disciplina de gestão educacional apresentando alguns assuntos que contem na apostila de gestão educacional. E logo segue com a introdução que trata da metodologia da apostila fala também sobre fator que modificou o modo de pensar e agir nas escolas a gestão hoje. Partindo desse pressuposto, a gestão educacional apresenta-se como a principal característica do reconhecimento merecidamente dado a importância da participação efetiva e consciente de todos aqueles que compõem o esqueleto da organização escolar. Quando tratamos de gestão escolar, democratização e descentralização de poder são palavras-chaves tanto no que diz respeito ao aparelho de organização educacional, quanto o espaço escolar na íntegra. A primeira unidade retrata da legislação: possibilidades e limites: Existe uma grande quantidade de textos oficiais que dizem respeito à direção de escola, atividade que se torna cada vez mais exaustiva e complexa. Dessa forma, pode-se perceber que muitas competências e atribuições são atribuídas a este profissional. É uma necessidade conhecer a hierarquia dos textos legais para determinar o que é essencial e o que é secundário. No Brasil, segundo Valerien (2001), a ordem de importância desses textos é a seguinte: Constituição: lei maior, traça as grandes linhas de organização do país, tratando inclusive de educação; Leis complementares: desenvolvem, com mais pormenores, normas da própria Constituição. A Lei de Diretrizes e bases da Educação Lei 9394/96 é uma lei complementar; Como se percebe, são muitas as atribuições do diretor, e um problema detectado é que nem todos os problemas que aparecem no cotidiano de uma escola estão previstos dentro dos textos legais, embora sempre é exigido do diretor uma resposta concreta, mesmo sem ter de referir-se a um texto legal, como por exemplo: 1. os professores pedem ao diretor melhor circulação das informações e mais transparência; 2. um pai exerce sobre o diretor uma forte pressão para que o filho mude de turma; 3. um professor que sempre recusa a participar das festividades da escola; 4. a mãe de um aluno vem informar que o filho apareceu com vômitos e dores de cabeça no dia seguinte em que caiu no pátio, durante o recreio; 5. o diretor pretende organizar, durante a primeira semana, melhor acolhida aos novos alunos; 6. o diretor de ensino queixa-se com o diretor da escola a respeito de uma professora cujo comportamento os pais têm apresentado muitos protestos. Diante disso, torna-se uma necessidade conhecer os textos legais sobre as atribuições do diretor, mesmo que muitos problemas ocorridos no cotidiano da escola não sejam contemplados pelos textos. Espera-se do diretor competências e habilidades para administrar tais problemas, levando em consideração, primeiramente, os regimentos de cada estado, município e de cada escola. Em cada estado brasileiro há uma autonomia para que haja um regimento próprio, de acordo com as necessidades da região, lembrando que todos devem estar engajados na Constituição e na LDB 9394/96. A título de ilustração, apresentam-se aqui as atribuições do diretor e vice-diretor definidas pelo Regimento Estadual da Educação Básica do Estado do Pará: Art.27 – A administração geral da escola estará a cargo do diretor e vice-diretores que, juntamente com o conselho escolar, deverão definir a proposta pedagógica da unidade escolar, enfatizando sua filosofia e objetivos. Art.28 – As funções de diretor e vice-diretor da unidade escolar serão exercidas por servidores graduados em Pedagogia, em administração escolar, ou pós-graduada, conforme as normas em vigor. Parágrafo único – No interior do Estado, na falta de administradores escolares para exercerem as funções de diretor e vice-diretor, poderão exercê-las, a título precário, os profissionais que tiverem outra titulação, conforme a legislação em vigor. Art.29 – O diretor e o vice-diretor deverão gerenciar as atividades administrativas e pedagógicas da unidade de ensino, empenhando-se na execução de uma proposta de trabalho integrada à comunidade e condizente com as necessidades da mesma, visando alcançar um melhor aproveitamento da unidade, enquanto espaço de construção do saber e formação da consciência crítica. Na segunda unidade retrata elementos que compõem as atribuições do diretor escolar: Existem algumas dimensões de liderança relacionadas com as escolas que são eficazes, como: 1 – Segundo Luck et al (2005), enfoque pedagógico do diretor; ênfase nas relações humanas; criação de um ambiente positivo; ações voltadas para metas claras, realizáveis e relevantes; capacitação em serviço voltada para a questão pedagógica; acompanhamento contínuo das atividades escolares, consenso sobre valores e objetivos; planejamento a longo prazo; estabilidade e manutenção do corpo docente e apoio em âmbito municipal para a melhoria escolar. 2 – O diretor deve buscar o envolvimento de todos, para isso, ele precisa exercer algumas características da gestão participativa, como compartilhamento de autoridade; delegação de poder; responsabilidades assumidas em conjunto; valorização e mobilização da sinergia da equipe; canalização de talentos e iniciativas em todos os segmentos da escola e compartilhamento constante e aberto de informações. 3 – De acordo com Luck et al (2005), o diretor escolar precisa ter atributos de um líder participativo; facilitador e estimulador da participação dos pais, alunos, professores e demais funcionários, na tomada de decisão e implementações de ações; promotor da comunicação aberta; demonstrador de orientações proativa; construtor de equipes participativas; incentivador da participação, da capacitação e desenvolvimento dos funcionários e de todos os da escola; criador de clima de confiança e receptividade e mobilizador de energia, dinamismo e entusiasmo. 4 – Conforme Valerien (2001), para tal implementação, para mobilizar uma gestão participativa, o diretor precisa ter estratégias que facilitem a participação de todos, identificar as oportunidades apropriadas para a ação e decisão compartilhada; estimular a participação dos membros da comunidade escolar; estabelecer normas de trabalho em equipe e orientar a sua efetivação; transformar boas ideias coletivas; Na terceira unidade retrata da administração uma ferramenta essencial para o diretor escolar: Administrar é dirigir uma organização utilizando técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de forma eficiente, eficaz e com responsabilidade social e ambiental, de tal forma que as Relações Humanas no ambiente de trabalho sejam otimizadas e não conflituosas. Lacombe (2003) diz que a essência do trabalho do administrador é obter resultados por meio das pessoas que ele coordena. A partir desse raciocínio de Lacombe, tem o papel do "Gestor Administrativo" que com sua capacidade de gestão com as pessoas, consegue obter os resultados esperados. De acordo com Paro (1999), a administração escolar é a utilização racional de recursos para a realização de fins determinados. Ela se configura como uma iniciativa humana, já que somente o homem é capaz de estabelecer objetivos a serem cumpridos. A atividade administrativa é, então, não apenas exclusiva, mas necessária à vida do homem. Drucker (1998) diz que administrar é manter as organizações coesas, fazendo-as funcionar. As principais funções administrativas são: Fixar objetivos (planejar); Analisar, conhecer os problemas; Solucionar problemas; Organizar e alocar recursos (recursos financeiros, tecnológicos e humanos); Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar); Negociar; Tomar as decisões; Mensurar e avaliar (controlar). Na quarta unidade retrata do conceito de gestão: Segundo o Dicionário Aurélio (2007), o termo Gestão vem do latim gestioneque designa o ato de gerir, de gerenciar e de administrar. Ainda, de origem latina, gerir, isto é, gerere, significa “trazer”, “produzir”, “executar” e “administrar”. Desse modo, pode-se dizer que gestão pressupõe ter gerência sobre, saber administrar, saber dirigir alguma organização ou algum projeto, reger, gerenciar. Assim, pode-se dizer que gestão é a mobilização do talento humano coletivamente organizado, de forma a agregar diversidades e diferenças. Ao pensar em gestão, o homem busca eliminar qualquer tipo de exclusão. A gestão precisa ser vista dentro das organizações em uma perspectiva democrática, na qual cada gestor tenha competência para: Repensar a estrutura organizacional e os processos administrativos para identificar as necessidades das organizações e traçar o perfil do administrador requerido para ocupar postos na média e alta gerência, bem como em posições de assessoramento. Na quinta unidade retrata de gestão participativa e participação: Segundo Rudá (2002), o conceito de controle social indica a participação da sociedade civil na elaboração, acompanhamento e verificação ou monitoramento das ações de gestão pública. Isso, na prática, significa que é preciso ter uma definição das diretrizes a serem seguidas, significa a realização de um diagnóstico da situação com o intuito de indicar as prioridades de tomada de decisão, definir programas e ações, avaliar os objetivos, processos e resultados obtidos. Desse modo, é possível perceber que a concepção de gestão participativa é uma gestão pública, do povo, no caso das escolas implica a participação de professores, funcionários, alunos e pais de alunos. De acordo com Rudá (2002), esse conceito chegou ao Brasil através da promulgação da Constituição Federal de 1988, que introduziu elementos e diretrizes de democracia participativa, incorporando a participação da comunidade na gestão de políticas públicas. Segundo Almeida (2007), a análise de experiências pautadas no discurso da gestão participativa mostra que há diferentes formas de se viabilizar esse discurso. Pouco a pouco, o modelo de gestão participativa vem sendo incorporado por vários segmentos da sociedade como partidos políticos, empresas privadas ou estatais e também nas escolas, mas cada um cria algum tipo de especificidade em relação a esse modelo. Cada vez mais, a participação cidadã tenta contemplar dois elementos contraditórios presentes no atual contexto da dinâmica política, escolar e empresarial. Primeiro, o “fazer ou tomar parte”, no processo político-social, por indivíduos, grupos, organizações que expressam interesses, identidades e valores que poderiam se situar no campo do “particular”, mas atuando num espaço de heterogeneidade, diversidade e pluralidade. Na sexta unidade apresenta as praticas do diretor na gestão participativa: De acordo com Luck et al (2005), com esta nova tendência, os chefes passam a participar e dar maior apoio à autonomia e à liberdade dos seus colaboradores. Esta prática aumenta a satisfação e o compromisso de todos para com a escola. Energizar os professores e os outros organizadores relevantes traz à tona potencialidades latentes de cada um, até então desconhecidas. Para Luck et al (2005), a ação participativa depende de que sua prática seja realizada a partir do respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, equidade e compromisso. A ética é representada mediante a ação orientada pelo respeito ao ser humano, às instituições sociais e aos elevados valores necessárias ao desenvolvimento da sociedade com qualidade de vida, que se faz traduzir nas ações de cada um. De acordo com esse valor, a ação participativa é orientada pelo cuidado e atenção aos interesses humanos e sociais como valor. Na sétima unidade retrata o novo papel da liderança do diretor: arte de liderar com sabedoria: A liderança do diretor está diretamente associada à escola eficaz. Nas escolas eficazes, os diretores agem como líderes pedagógicos, apoiando o estabelecimento das prioridades, avaliando os programas pedagógicos, organizando e participando dos programas de desenvolvimento de funcionários e também enfatizando a importância dos resultados alcançados pelos alunos. De acordo com Luck et al (2005), diretores eficazes agem como líderes em relações humanas, enfatizando a criação e a manutenção de um clima escolar positivo e a solução de conflitos, o que inclui promover o consenso quanto aos objetivos e métodos, mantendo uma disciplina eficaz na escola e administrando disputas pessoais. Segundo Grun (2007), aquele que quiser liderar deve primeiro liderar a si mesmo. Ele tem de saber lidar com seus pensamentos e sentimentos, com suas necessidades e paixões. Um diretor só pode ser eficaz se ele conseguir liderar, portanto, a si mesmo. Para o autor, se uma pessoa investida em cargo de liderança dominar os instrumentos de organização e controle, mas for pessoalmente instável e descontrolada, poderá, por um curto período de tempo, até mesmo reduzir os gastos de sua empresa, mas, ao final, acabará por contaminar a empresa com sua imaturidade e refreará a motivação dos colaboradores. Para Grun (2007), o verdadeiro líder deveria se inspirar no modelo dos monges, como por exemplo, São Bento, descrito em seu livro “A sabedoria dos monges na arte de liderar pessoas”. Para tanto, foi retirado deste livro uma lista de valores e atitudes inspiradas no modelo de liderança de São Bento a serem seguidos pelo líder escolar. Acredita-se que, se o diretor fundamentar-se nesses valores e atos, certamente este será um profissional de sucesso e um líder respeitado pela sua comunidade. Conselhos de São Bento, segundo Grun (2007): As habilidades necessárias à liderança e as necessidades de se ter um líder permaneceram constantes, mas como que ela é, como funciona e as maneiras pelas quais as pessoas aprendem a aplicá-la, mudou. Os pensadores foram líderes, embora pouca identidade tem entre eles. Na oitava unidade retrata qualidade de vida no trabalho escolar do diretor; De acordo com Díaz Bordenave (1994), o conhecimento da realidade, talvez seja uma das primeiras tarefas de um diretor escolar. Ele precisa agir sobre a realidade para transformá-la, mas como? Sem conhecê-la? E como conhecê-la sem estudá-la? Assim, percebe-se que é de suma importância que o diretor conheça a sua comunidade como professores, alunos, família e funcionários para poder emanar um ambiente com qualidade de vida. As pessoas têm sua própria personalidade, mas também são produtos do meio em que vivem, têm emoções, sentimentos e agem de acordo com o conjunto que as cercam seja o espaço físico ou social. Cada pessoa tem uma história de vida, uma maneira de pensar a vida e assim também o trabalho é visto de sua forma especial. Há pessoas mais dispostas a ouvir, outras nem tanto, há pessoas que se interessam em aprender constantemente, outras não, enfim a pessoa tem objetivos diferenciados e nesta situação muitas vezes priorizam o que melhor lhes convém e às vezes estará em conflito com a própria escola. Na nona unidade retrata motivação: do diretor é o maestro; Uma questão que afeta o equilíbrio interno de um sistema organizacional é o grau de satisfação e motivaçäo das pessoas que ali trabalham. Existem fatores que levam um organismo a se comportar ou a agir de modo a atingir um objetivo ou alguma satisfação. Sendo assim, pode-se dizer que motivação é a força propulsora ou desejo que estão por trás de todas as ações de um organismo, manifestando-se direta ou indiretamente no ambiente escolar, assim, professores motivados, alunos motivados. Pode-se ressaltar que a motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de um determinado objetivo. A motivação é baseada em emoções, especificamente, pela busca por experiências emocionais positivas e por evitar as negativas, onde positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, e não por normas sociais. Uma pessoa pode ser direcionada até à automutilação ou à violência, casoo seu cérebro esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações. Podem ser influenciados por impulsos psicológicos ou por estímulos externos. Com exceção de poucos atos reflexos, todo comportamento humano tem uma finalidade, consciente ou não. De acordo com Bueno (1994), as pessoas agem em função de motivos. Basicamente, tais motivos podem ser resumidos como uma permanente procura de situações que tragam estados de maior satisfação ou menor satisfação. Na decima unidade retrata a importacia da comunicação do diretor : A boa Comunicação é de suma importância para qualquer organização empresarial e escolar, pois o ser humano está a todo instante falando, gesticulando ou fazendo mímica para o seu interlocutor, isto é, está estabelecendo comunicações a todo momento. De acordo com Las Casas (2006), é preciso dizer que as comunicações estão sujeitas a uma grande variedade de distorções que podem fazer com que raramente uma mensagem seja recebida tal como seu emissor realizou, provocando problemas nas relações interpessoais. Para estabelecer boa comunicação é preciso, primeiramente, conhecer o mecanismo de uma comunicação dentro de uma organização. Quando os componentes da equipe escolar entendem como funciona o processo de comunicação, as relações podem tornar-se mais harmoniosas e a comunicação entre os membros da equipe passam a ser menos distorcidas e mais eficientes. Muitas pesquisas mostram que a falta de comunicação e de clareza nas informações são queixas constantes dos professores