Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS UIA 3 | TIPOS DE RENDAS (ANUIDADES) E ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ! VERSÃO PARA IMPRESSÃO MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 2 Este material é destinado exclusivamente aos alunos e professores do Centro Universitário IESB, contém informações e conteúdos protegidos e cuja divulgação é proibida por lei. O uso e/ou reprodução total ou parcial não autorizado deste conteúdo é proibido e está sujeito às penalidades cabíveis, civil e criminalmente. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 3 SUMÁRIO Aula 13 | Desconto Composto ..................................................................................................... 4! 13.1. Introdução ...................................................................................................................................... 4! 13.2. Elementos de uma Operação de Desconto .................................................................................. 4! 13.3. Desconto Composto Racional (Por Dentro) ................................................................................ 7! 13.4. Desconto Composto Comercial (Por Fora) ............................................................................... 10! 13.5. Desconto Composto Bancário ................................................................................................... 12! Aula 14 | Equivalência Composta de Capitais ......................................................................... 14! 14.1. Introdução ................................................................................................................................... 14! 14.2. Equivalência Composta de Capitais .......................................................................................... 14! 14.2.1. Data Focal (DF) ....................................................................................................................................................... 15! Aula 15 | Classificação de Rendas Certas ou Anuidades ......................................................... 20! 15.1. Introdução ................................................................................................................................... 20! 15.2. Classificações das Rendas Certas ou Anuidades ...................................................................... 21! 15.3. Modelo Básico de Rendas Certas ou Anuidades ...................................................................... 22! 15.4. Modelo Básico de Amortização ................................................................................................. 26! 15.4.1. Introdução ................................................................................................................................................................ 26! Aula 16 | Tipos de Anuidades ................................................................................................... 29! 16.1. Rendas Certas (Anuidades): Valor Atual no Modelo Básico .................................................... 29! 16.2. Rendas Certas (Anuidades) diferidas – Modelo Geral ............................................................. 31! 16.3. Rendas Certas (Anuidades) – Composta ................................................................................... 34! 16.4. Rendas Certas (Anuidades) – Perpétua .................................................................................... 34! 16.5. Rendas Certas (anuidades): Variáveis ....................................................................................... 35! Aula 17 | Análise de Investimento (Parte 1 de 2) .................................................................... 37! 17.1. Introdução ................................................................................................................................... 37! 17.2. Métodos de Análise de Investimentos ...................................................................................... 39! 17.2.1. Payback – Método do Prazo de Retorno ....................................................................................................... 39! 17.2.2. Método do Valor Presente Líquido ................................................................................................................. 41! Aula 18 | Análise de Investimento (Parte 2 de 2) .................................................................... 43! 18.1. Taxa Interna de Retorno (TIR) .................................................................................................... 43! 18.2. Comparação entre os Métodos VPL e TIR ................................................................................. 46! 18.3. Escolha o Método de Investimento mais Adequado ............................................................... 49! Referências ................................................................................................................................. 50! Glossário .................................................................................................................................... 50! ! ! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 4 Aula 13 |!DESCONTO COMPOSTO Estudantes, nesta aula estudaremos os descontos compostos. Essas noções são essenciais para o dia a dia profissional e para o estudioso(a) da área. Boa aula! 13.1.!INTRODUÇÃO A operação de desconto composto ocorre quando se quer resgatar determinado título antecipando seu vencimento. Ao aplicarmos um capital, seu vencimento é predeterminado e recebemos um título que comprova a operação. Esse título pode ser nota promissória, certificado de depósito bancário (CDB), letra de câmbio, entre outros. Numa operação de desconto, resgatamos o capital principal aplicado acrescido dos juros rendidos até a data do resgate. Em outras palavras, uma operação de desconto é aquela em que projetamos para o dia de hoje um valor monetário conhecido em data futura. As operações de descontos1 mais utilizadas no mercado financeiro são: •! Desconto racional2, conhecido como desconto “por dentro”; •! Desconto comercial, conhecido como desconto “por fora”; e •! Desconto bancário3. 13.2.!ELEMENTOS DE UMA OPERAÇÃO DE DESCONTO O Valor Nominal (N), também chamado de valor de face de um título ou de uma obrigação com vencimento para data futura, corresponde ao valor monetário conhecido na data futura. Note que o valor nominal é análogo ao montante. Já o Valor Atual (A), também chamado de valor líquido ou valor descontado, corresponde ao valor futuro projetado para uma data anterior. Note que o valor descontado é análogo ao capital. Observação: Podemos definir o valor nominal4 como o valor de face de um título expresso nele mesmo, esse valor tende a variar na data do seu vencimento. O valor atual5 é o valor presente de um título numa data anterior à data do seu vencimento. ! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 1 Processo de resgate no qual são apurados o principal e os juros de direito do investidor correspondentes ao tempo já aplicado até aquela data. 2 É o desconto obtido pela diferença entre o valor nominal de um título e o valor de um determinado compromisso que deve ser resgatado (ou saldado) n períodos antes do seu vencimento (MATHIAS; GOMES, 2011). 3 É baseado no desconto comercial, acrescido de uma taxa (h) cobrada sobre o valor nominal. 4 Significa quanto vale o seu compromisso na data do vencimento, numa data futura. 5 É quanto vale o seu compromisso numa data anterior à data do vencimento. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 5 Analise o diagramaa seguir. Gráfico 2. Valor Nominal (N) O valor nominal de um título é uma data posterior à que estamos considerando atualmente. No diagrama anterior, estamos admitindo a data focal em n2, sendo assim, o valor nominal é denominado por N, o capital (C) é o valor aplicado e o valor atual corresponde ao valor descontado (A). Tempo (n): representa a distância na linha do tempo entre o valor nominal e o valor atual. É interpretado como o tempo em que se antecipa o pagamento da obrigação. Desconto (D): é a diferença entre o valor nominal e o valor atual. Dessa forma apresentamos a nossa primeira equação deste assunto: D N A= ! Perceba que o desconto é análogo ao juro. Lembra-se o que foi aprendido no desconto simples? A fórmula DNA pode e deve ser utilizada em qualquer modalidade de desconto. Taxa (i): é o elemento que vai fazer com que o valor nominal fique menor quando projetado para trás ao longo do tempo. É como se fosse o fermento do bolo. A taxa pode estar na forma percentual (isto é, por cem) ou na forma unitária. Vamos, então, conceituar os principais produtos existentes disponíveis no mercado financeiro: •! Duplicata – são papéis de crédito utilizados em transações comerciais envolvendo tanto pessoas jurídicas, como físicas. •! Nota Promissória – é um título com vencimento predeterminado, é muito comum em transações entre pessoas jurídicas e físicas. •! Letra de câmbio – são títulos emitidos ao portador por agentes financeiros credenciados com vencimento preestabelecido e referentes a uma determinada aplicação. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 6 Assim como no estudo sobre juros, o desconto está inserido no regime simples ou no regime composto. Dessa forma, sempre que percebermos que estamos diante de uma operação de desconto, devemos estar atentos em identificar se a operação será realizada no regime simples ou composto. Assim, pergunta-se: Como se faz para identificar se a operação é de desconto composto? Existem duas maneiras de identificar se uma questão de desconto é composta: a primeira é quando o enunciado da questão revelar que se trata de desconto composto. A segunda maneira é quando o enunciado da questão indicar a presença de uma taxa nominal. Combinado!? Nas operações de desconto além dos regimes (simples/composto) nós devemos ter outro cuidado que é o de identificar a modalidade da operação que resulta das três modalidades de desconto que devemos estar atentos: •! desconto racional, também conhecido como desconto por dentro. •! desconto comercial ou por fora; •! desconto bancário. Pois bem, após a identificação de que se está diante de uma operação de desconto composto, o próximo passo será o de identificar a modalidade da operação de desconto. Apenas após essa identificação é que se pode dar início à resolução da questão de desconto. Mas, então, como se faz para identificar a modalidade da operação de desconto composto? No regime composto, a modalidade será revelada pelo enunciado da questão. Basicamente, o que a questão de desconto composto quer saber é se você sabe fazer o uso correto das fórmulas. No entanto, se nada for dito no enunciado e aparecer uma taxa nominal, resolve-se a questão pela modalidade de desconto composto simples por dentro. Três pontos a serem levados em consideração: •! Esses tipos de descontos diferenciam-se porque os elementos de referência das fórmulas são diferentes. •! Assim como na operação de juros, nas operações de desconto, taxa e tempo devem obrigatoriamente estar sempre na mesma unidade. Caso elas não estejam, devemos fazer isso usando o conceito de taxas equivalentes. •! Na hora de colocar a taxa na fórmula é preciso que ela esteja em sua forma unitária. Nossa linha do tempo pode agora ser representada da seguinte maneira: MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 7 Gráfico 3. Descontos 13.3.!DESCONTO COMPOSTO RACIONAL (POR DENTRO) É o desconto obtido pela diferença entre o valor nominal de um título e o valor de um determinado compromisso que deve ser resgatado (ou saldado) n períodos antes do seu vencimento (MATHIAS; GOMES, 2011). O desconto racional faz a atualização do valor do desconto para a data atual do resgate, descontando os juros correspondentes ao período da antecipação. Numa operação de desconto racional, considera-se a taxa de juros (i) e o prazo de antecipação de n períodos. A equação fundamental do desconto composto racional (por dentro) é dado pela seguinte equação: ( )niAN += 1 Se observar bem, é fácil perceber que a fórmula para o cálculo do montante em juros compostos é a mesma fórmula para o desconto composto racional por dentro com as suas devidas convenções. Caso o enunciado da questão de desconto composto racional por dentro solicite que você encontre o valor atual, basta isolar o valor atual da equação acima e temos: ( )ni NA + = 1 MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 8 Exemplo: Um título é descontado por $10.000,00 quatro meses antes da sua data de vencimento. Calcule o valor de face desse título considerando que foi aplicado um desconto racional composto a uma taxa de 3% ao mês. Solução: Passo 1: Note que no enunciado da questão acima trata-se de uma antecipação de pagamento de um título 4 meses antes de seu vencimento. Logo de cara sabemos que estamos diante de uma questão de desconto. Passo 2: Vimos também que a matemática financeira está dividida em dois grandes regimes. O regime simples e o regime composto: a primeira é quando o enunciado da questão revelar que se trata de desconto composto. A segunda maneira é quando o enunciado da questão indicar a presença de uma taxa nominal. Passo 3: A questão agora é identificar a modalidade do desconto. Vimos que no desconto composto o que a questão quer saber é se você sabe aplicar a fórmula. No entanto, nada dito no enunciado e apareceu uma taxa nominal resolve-se a questão pela modalidade de desconto composto simples por dentro. No nosso exercício acima, o enunciado da questão revelou explicitamente a modalidade do desconto. Passo 4: Precisamos que a taxa e o tempo esteja na mesma unidade. No exercício acima a taxa e o tempo estão na mesma unidade. Atenção: Não podemos esquecer que para alimentar a fórmula é preciso transformar a taxa percentual em unitária dividindo por 100. Logo 3/100 = 0,03. Passo 5: Devemos agora resolver o problema de forma organizada e estruturada, substituindo as informações na fórmula e em seguida, fazer uma análise dos resultados encontrados. ( )niAN += 1 ! 4)03,01(000.10 +=N ! 08,255.11$=N "#$%&$'()!"!#$%&'!(&)*($%!+,'-!.,!/01123445672 O desconto racional ( rD ) é calculado pela fórmula a seguir: !" # $% & ' & (& ) *+, MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 9 Exemplo: Um investidor pretende quitar um título que vale R$ 8.200,00, antecipando seu vencimento em quatro meses. Se a taxa de juros praticada é de 15% a.a., determine o valor do desconto racional e o valor do resgate recebido por esse investidor. Resolução: ? $8.200,00 15% . . 4 rD N R i a a n meses = = = = Como a taxa de juros está expressa em anos e o período em meses, é necessário compatibilizar as unidades de tempo. ? $8.200,00 15% 44 . 12 . r n mese D N R i a a s anos= = = = = ! Aplicação da fórmula: ( ) ( ) ( ) 4 12 11 1 18.200 1 1 0,15 8.200 1 0,9549 $369,59 369,59 8.200 $7.830,40 r n r r r D N i D D D R D N A A A R ! " = #$ %$ %+& ' ! " $ %= #$ %$ %+& ' = # = = # = # = ! "#$%&$'(8!9$:,)&+!;<,!&!#$%&'!.&!',+=$>,!?!&:>*.&!;<$(.&!+<:>'$@)&+!&!#$%&'!.&!.,+A&(>&! .&! #$%&'! (&)*($%2! B(>C&5! /0! 72366566! D! /0! EFG54G!,(A&(>'$)&+! &! #$%&'! .&! ',+=$>,! .,! /0! H27E65I62 ! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 10 13.4.!DESCONTO COMPOSTO COMERCIAL (POR FORA) O desconto composto comercial6 ou por fora caracteriza-se pela incidência sucessiva de taxa de desconto sobre o valor nominal do título, o qual é deduzido, em cada período, dos descontos obtidos em períodos anteriores (ASSAF NETO, 2009). Numa operação de desconto comercial (por fora), considera-se a taxa de juros (i) e o prazo de antecipação de n períodos. A equação fundamental do desconto composto comercial (por dentro) é dado pela seguinte equação: ( )niNA != 1 Caso o enunciado da questão de desconto composto racional por dentro solicite que você encontre o valor atual, basta isolar o valor atual da equação acima e temos: ( )ni AN ! = 1 Exemplo: Um título é descontado por $10.000,00 quatro meses antes da sua data de vencimento. Calcule o valor de face desse título considerando que foi aplicado um desconto composto comercial a uma taxa de 3% ao mês. Solução: Passo 1: Note que o enunciado da questão acima trata de uma antecipação de pagamento de um título 4 meses antes de seu vencimento. Logo de cara sabemos que estamos diante de uma questão de desconto. Passo 2: Lembrando que a matemática financeira está dividida em dois grandes regimes: o simples e o composto – o primeira é quando o enunciado da questão revela que se trata de desconto composto; o segundo é quando o enunciado da questão indicar a presença de uma taxa nominal. Passo 3: A questão agora é identificar a modalidade do desconto. Vimos que no desconto composto o que a questão quer saber é se você sabe aplicar a fórmula. No entanto, nada foi dito no enunciado e apareceu uma taxa nominal, então resolve-se a questão pela modalidade de desconto composto simples por dentro. No exercício acima, o enunciado da questão revelou explicitamente a modalidade do desconto, que é comercial por fora. Passo 4: Precisamos que a taxa e o tempo estejam na mesma unidade. No exercício acima a taxa e o tempo estão na mesma unidade. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 6 Caracteriza-se pela incidência sucessiva de taxa de desconto sobre o valor nominal do título, o qual é deduzido, em cada período, dos descontos obtidos em períodos anteriores (ASSAF NETO, 2009). MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 11 Atenção: Não podemos esquecer que para alimentar a fórmula é preciso transformar a taxa percentual em unitária dividindo por 100. Logo 3/100 = 0,03. Passo 5: Devemos agora resolver o problema de forma organizada e estruturada, substituindo as informações na fórmula e em seguida, fazer uma análise dos resultados encontrados. ( )ni AN ! = 1 ! ( ) 403,01 00,000.10 ! =A ! 60,295.11$=N "#$%&$'()!"!#$%&'!(&)*($%!+,'-!.,!/01123G45F62 O desconto composto comercial por fora ( cD ) é calculado pela fórmula a seguir: ( )1 1 ncD N i! "= # #$ % Onde cD é desconto comercial, ( )N valor nominal taxa de juros, ( )i taxa de juros e n o prazo da antecipação de períodos. Exemplo: Um comerciante deseja quitar um determinado título que vale R$ 8.200,00, antecipando seu vencimento em seis meses. A taxa de juros é de 2% a.m. Qual o valor do desconto comercial composto e o valor do resgate que esse comerciante receberá de resgate? Resolução: Como há compatibilidade entre as unidades de tempo, aplica-se a fórmula sem necessidade de conversão: ? $8.200,00 2% . . 6 cD N R i a m n meses = = = = ! Aplicação da fórmula: MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 12 ( ) ( ) ( ) 6 6 1 1 8.200 1 1 0,02 8.200 1 0,98 $936,09 936,09 8.200 $7.263,90 n c r r r D N i D D D R D N A A A R ! "= # #$ % ! "= # #$ % ! "= #$ % = = # = # = ! "#$%&$'(8!9$:,)&+!;<,!&!#$%&'!.&!',+=$>,!?!&:>*.&!;<$(.&!+<:>'$@)&+!&!#$%&'!.&!.,+A&(>&! .&!#$%&'!(&)*($%5!>,)&+5!,(>C&5!/0!72366566!D!/0!GEF56G!,!,(A&(>'$)&+!&!#$%&'!.&!',+=$>,! .,!/0!H23FE5G62 Aprenda um pouco mais sobre desconto comercial composto assistindo à videoaula disponível no link a seguir. http://tinyurl.com/glzgm5j 13.5.!DESCONTO COMPOSTO BANCÁRIO A operação de desconto bancário baseia-se no desconto comercial, com o acréscimo de uma taxa (h) que incide sobre o valor nominal. Calculamos o valor do desconto bancário utilizando a fórmula abaixo: b cD D Nh= + ! Onde: (-.) = Desconto bancário (-/) = Desconto composto comercial (por fora) (0) = Valor nominal (1) = Taxa de juros (2) = Taxa administrativa cobrada pela instituição financeira (3+ #%Prazo de antecipação de períodos, considerando a taxa administrativa cobrada pela instituição financeira. ! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 13 Exemplo: Um comerciante deseja quitar um título que vale R$ 8.200,00 antecipando o seu vencimento em 6 meses. Sabe-se que a taxa de juros é de 2% a.m. e a taxa administrativa cobrada pelo banco é de 2%, calcule o valor do desconto composto bancário e o valor do resgate que o comerciante receberá de resgate. Resolução: ? $8.200,00 2% . . 6 2% $936,09c Db N R i a m n meses h D R = = = = = = ! Aplicando a fórmula: cDb D Nh= + ! 936,09 8.200,00 0,02 $1.100,09 1.100,09 8.200,00 $7.099,91 b b b D D R D N A A A R = + ! " = = # " = # " = "#$%&$'(8!9<:>'$*(.&!&!#$%&'!.&!.,+A&(>&!.,!/0!1266656G!.&!#$%&'!(&)*($%!/0!723665665!&! A&),'A*$(>,!',A,:,'-!J,%&!',+=$>,!&!#$%&'!.,!/0!H26GG5G12 Assista à curta entrevista de Alexandre Assaf Neto, um dos grandes autores de livros sobre Matemática Financeira citados neste material, na XXI Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2010. Confira através do link a seguir. http://tinyurl.com/l3tof8u Os conceitos apreendidos aqui têm grande valia para a formação nessa área. Continue estudando! ! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 14 Aula 14 |!EQUIVALÊNCIA COMPOSTA DE CAPITAIS Caro(a) estudante, os conceitos apreendidos aqui têm grande valia para a formação nessa área. Continue estudando! 14.1.!INTRODUÇÃO É muito comum em operações financeiras a necessidade de mudar a forma original de pagamento de uma obrigação. Pode ser porque se deseja antecipar ou até mesmo prorrogar o pagamento de uma dívida. Outras vezes, deseja-se mudar a forma de pagar uma dívida contraída. Pode acontecer também de uma pessoa necessitar substituir o pagamento de vários títulos em um único título ou vice-versa. Segundo Mathias e Gomes (2011, p. 132), “[...]é frequente a necessidade de antecipar ou de prorrogar títulos nas operações financeiras. Às vezes queremos substituir um título por outro ou por vários. Podemos também ter vários títulos que queremos substituir por um único ou por vários”. Ainda de acordo com os autores, tais questões dizem respeito à comparação de valores diferentes referidos a datas diferentes, considerando uma dada taxa de juros. 14.2.!EQUIVALÊNCIA COMPOSTA DE CAPITAIS Segundo Penido (2007, p. 110), “dois ou mais capitais, resgatáveis em datas distintas, serão equivalentes se, levados para uma determinada data focal à mesma taxa de juros, resultarem em valores iguais”. Assim como no regime simples, estaremos diante de uma operação de equivalência de capitais quando: •! Houver duas formas diferentes de quitar uma mesma obrigação; e •! Quando estivermos em uma situação de empréstimo. Exemplo: Suponha que eu tenha comprado uma smart TV e tenha me comprometido a pagá-la da seguinte maneira: uma parcela no valor de R$ 1.000,00, a vencer daqui a 30 dias, e outra parcela no valor de R$ 2.000,00 daqui a 60 dias. Infelizmente, estousem dinheiro no momento. Assim, preciso mudar a forma originalmente acordada de pagamento. Eu proponho pagar a minha dívida de uma maneira diferente, posso pagar em duas parcelas de mesmo valor a vencer daqui a 90 e 120 dias. Assuma na operação a taxa de juros compostos de 10% ao mês e calcule o valor das novas parcelas. ! Fonte: http://tinyurl.com/jt9cgxx MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 15 Vamos visualizar abaixo graficamente essa situação. Vocês perceberam que eu comprei uma smart TV e combinei de pagar de uma maneira, mas devido a um imprevisto, tive que propor outra forma de pagamento? Pois é, toda vez que estivermos diante de uma situação de empréstimo e houver uma mudança da forma de pagamento originalmente contratada, estaremos diante de uma operação de equivalência de capitais. Em outras palavras, uma operação de equivalência de capitais serve para que eu, devedor, não saia perdendo e para que o meu credor também não. Dessa forma, precisamos garantir que a nova forma de pagamento proposta seja equivalente à primeira, por isso o nome equivalência de capitais. 14.2.1.!DATA FOCAL (DF) Segundo Penido (2007, p. 50), “data focal é a data que se considera como base de comparação dos valores referidos a datas diferentes, ou seja, é a data para onde serão transportados os valores de entrada e saída de dinheiro como o objetivo de avaliação”. A data focal pode ser chamada também de data de avaliação ou data de referência. Em outras palavras, a data focal nada mais é que uma data de referência (comparação), para a qual iremos projetar todas as parcelas do desenho, por meio de operações de desconto composto racional. Mas como eu devo utilizar a data focal? Diferente do que aprendemos na equivalência simples de capitas, no regime composto você tem a liberdade para escolher a data focal que preferir. Eu sempre sugiro aos meus estudantes escolherem a data focal mais à direita possível do desenho (gráfico), pois assim, você utiliza uma única fórmula na hora de transportar os valores para a data focal. Exemplo: Pedro comprou hoje o novo iPhone 6S, e combinou de pagar por ele da seguinte maneira: uma parcela no valor de R$ 1.000,00 daqui a 30 dias e mais outra parcela no valor de R$ 2.000,00, 60 dias após a compra. Devido a grave crise financeira em que estamos vivendo, Pedro não possui dinheiro suficiente para quitar a sua dívida com a loja onde ele comprou o celular. Como ele não tem a intenção de dar um calote na empresa, Pedro solicitou alterar a forma de pagamento originalmente combinada. A nova proposta MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 16 de pagamento de Pedro é a seguinte: ele se propõe a pagar duas parcelas iguais e de mesmo valor, uma a noventa e outra a cento e vinte dias após a data da compra. Vamos considerar uma taxa de juros compostos de 10% ao mês. Para que o credor e o devedor não saiam perdendo nessa transação, calcule o valor das novas prestações. Resolução: Passo 1: Temos que identificar o assunto que se refere a questão. Logo de cara identificamos que se trata de uma operação composta de capital. O enunciado foi direto e nos revelou duas formas diferentes de pagar uma obrigação com vencimento futuro por meio de juros compostos. Trata-se de uma operação de equivalência composta de capitais. Passo 2: Faça o desenho (gráfico) da questão. É muito útil e facilita muito a compreensão e a resolução do exercício. O desenho nada mais é que a linha do tempo com as respectivas informações do enunciado da questão. É importante que você faça o retrato fiel do problema. No nosso caso o desenho fica assim: Passo 3: Nesse mesmo gráfico, é necessário identificar o que é a primeira forma de pagamento originalmente acordada (I) e o que é a nova forma de pagamento, que chamaremos de segunda forma de pagamento (II), para que possamos definir as parcelas que deverão ser equivalentes. Passo 4: Devemos sempre satisfazer essa exigência da matemática financeira de que taxa e tempo devem sempre estar na mesma unidade. No exercício acima, a taxa fornecida é mensal (10% a.m.) e o tempo está em dias (30, 60, 90 e 120). Sabemos que 30 dias é igual a 1 mês, 60 dias igual a 2 meses, 90 dias igual a 3 meses e 120 dias igual a 4 meses. Logo podemos representar o nosso desenho da seguinte maneira: MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 17 Passo 5: Aqui vem o primeiro facilitador porque na equivalência composta utilizaremos sempre a modalidade de desconto composto racional (por dentro). Passo 6: Temos que identificar a data focal, ou seja, temos que definir a data que servirá de referência para a qual todas as parcelas do desenho serão projetadas via operações de desconto. Temos agora o nosso segundo facilitador. Na equivalência composta de capitais você é livre para decidir a data focal a ser adotada. É sempre recomendável que se utilize a data focal mais à direita do seu desenho (gráfico). Isso facilita no sentido de que você só precisa usar uma única fórmula. Passo 7: A partir de agora podemos dar início à resolução efetiva da questão. Precisamos projetar todas as parcelas do desenho para a data focal por meio de operações de desconto composto racional (por dentro). Iniciaremos transportando o valor de R$ 1.000,00 para a data focal. Mas atenção, tenha muito cuidado a um erro muito comum. Observem que a distância da primeira parcela e a data focal é de 3 meses e não de 4 meses. A letra E é a incógnita que estamos interessados. Ela é utilizada apenas para fins didáticos. Poderia ser qualquer letra do alfabeto. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 18 ( ) 3)10,01(10001 +=!+= NiAN n ! 00,1331=N , para fins didáticos escreveremos $1.331,00E = . ( ) 2)10,01(20001 +=!+= NiAN n ! 00,2420=N , para fins didáticos escreveremos $ 2.420,00F R= . ( ) 1)10,01(1 +=!+= XNiAN n ! XN 10,1= , para fins didáticos escreveremos G = R$ 2.420,00. A última parcela já está sobre a data focal, logo, o valor da última parcela é o próprio X. Portanto, H = X. Passo 8: Chegamos então ao último passo. A partir de agora iremos aplicar a fórmula de equivalência de capitais. ( ) ( )DfDf !!"=!" Essa equação nos diz que o somatório das parcelas referentes à primeira obrigação após serem projetadas para a data focal, devem ser igual à soma das parcelas da segunda MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 19 obrigação transportadas para a data focal. Logo temos: ( ) ( )DfDf !!"=!" E F G H+ = + 1.331 2.420 1,10X X+ = + ! 3.751 2,10X= ! X = 3.751 2,10 ! X =1.786,19 Resposta: K&'>$(>&5! K,.'&!.,#,'-!J$=$'!.<$+!J$'A,%$+!(&! #$%&'!.,!/0!12H7F51G!(&! >,'A,*'&!,!;<$'>&! )L+!',+J,A>*#$),(>,2 Viram como é fácil? Basta apenas seguir o passo a passo acima e você estará apto a resolver qualquer questão de equivalência composta de capitais. Veja alguns exercícios resolvidos de equivalência composta de capitais e aprenda mais acessando o link a seguir. http://tinyurl.com/gpozjgv Para tirar a prova, eu convido você a resolver a seguinte questão abaixo, seguindo os passos descritos acima. Exemplo: Joãozinho acaba de fazer uma dívida com o Banco G. A primeira parcela que Joãozinho deverá pagar será no valor de R$ 2.000,00 com vencimento para daqui a seis meses. A segunda parcela vencerá daqui a dois anos no valor de R$ 4.400,00 e a taxa de juros será de 20% ao ano, capitalizados trimestralmente. Suponha agora que Joãozinho conseguiu um novo emprego com um bom salário e ele deseja substituir a sua dívida antiga por uma nova pagandouma única parcela a vencer daqui um ano e meio. Para que o banco credor não saia perdendo e Joãozinho tampouco, de quanto será o valor dessa parcela? "#$%&$'()!M!N!/0F2I315HF Aprenda mais sobre equivalência composta de capitais assistindo à excelente videoaula do curso de Matemática da Universidade Estadual da Bahia, disponível no link a seguir. http://tinyurl.com/hqpy99u MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 20 Ficou com alguma dúvida? Retorne ao conteúdo ou busque esclarecimentos no Fórum de Dúvidas. Senão, passe para a unidade seguinte. Até lá. Aula 15 |!CLASSIFICAÇÃO DE RENDAS CERTAS OU ANUIDADES Olá, estudante, veremos aqui os tipos de rendas e análise de investimentos. Boa aula! 15.1.!INTRODUÇÃO Vimos que a Matemática está dividida em dois grandes blocos. Então, antes de iniciarmos a resolução de qualquer problema de Matemática Financeira, devemos identificar o regime da operação. Aprendemos também que, quando nos deparamos com uma única parcela e o nosso desejo é projetá-la para uma data posterior, realizamos uma operação de juros. Entretanto, vimos que, quando temos uma única parcela numa data posterior e desejámos projetá-la para uma data anterior, estamos diante de uma operação de desconto. O capital pode ser pago ou recebido de uma só vez ou através de sucessão de pagamentos ou recebimentos. Como foi visto anteriormente, quando o objetivo é constituir um capital em uma data futura, tem-se o processo de capitalização; caso contrário, quando se quer pagar uma dívida, tem-se o processo de amortização (MATHIAS; GOMES, 2011). Esses processos caracterizam dois tipos de rendas ou anuidades: rendas certas ou determinísticas e rendas aleatórias ou probabilísticas. As rendas certas ou determinísticas são aquelas cujos pagamentos e a duração são predeterminados, não dependendo de condições externas. São as séries de recebimentos ou pagamentos estudados em Matemática Financeira. Os exemplos disso podem ser os empréstimos pessoais, financiamentos de imóveis ou de veículos, utilização do cartão de crédito, pagamento de aluguéis, etc. As rendas aleatórias ou probabilísticas são as séries de recebimentos ou pagamentos cujos valores ou datas podem acontecer de forma aleatória. Para tratar desse assunto, foi criada a ciência chamada Atuarial. Como exemplo, temos os seguros de vida, seguros de veículos, planos de saúde, planos de previdência, etc. Nesta UIA, iremos estudar os modelos que auxiliam o processo de capitalização e/ou amortização através do uso de rendas certas ou anuidades. Estudaremos também conceitos, técnicas e aplicações relacionados à análise de investimentos como ferramenta na tomada de decisões em diversos projetos ou investimentos no mercado de capitais. ! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 21 15.2.!CLASSIFICAÇÕES DAS RENDAS CERTAS OU ANUIDADES Para iniciar a definição de rendas certas ou anuidades, observe a seguinte série de capitais no Gráfico 1. Gráfico 1: Série de capitais No gráfico, P representa o valor de cada uma das parcelas (P) e são também denominados de termos. O intervalo de tempo entre dois termos é chamado de períodos (t). E a soma dos períodos define a duração das rendas certas (anuidades). Por sua vez, as anuidades podem ser classificadas da seguinte forma (MATHIAS; GOMES, 2011): a.! Quanto ao prazo: Temporárias: com duração limitada. Perpétuas: com duração ilimitada. b.! Quanto ao valor dos termos: Constante: quando os termos são iguais. Variável: quando os termos não são iguais entre si. c.! Quanto à forma de pagamento ou recebimento da renda: Imediatas: quando os termos são exigíveis a partir do primeiro período. Diferidas: quando os termos são exigíveis a partir de uma data que não seja o primeiro período. A forma imediata ou diferida de pagamento ou recebimento (termo) pode sofrer uma derivação ao interpretar se o evento ocorre no início ou no final dos períodos. Assim, se os termos forem exigidos no final de cada período, denomina-se que a renda é postecipada (ou vencida), e, se forem exigidos no início de cada período, denomina- se que a renda é antecipada. Dessa forma podemos ter a seguintes combinações: Pagamento ou Recebimento Ocorrência no período Imediatas Postecipada (ou vencida) Antecipada Diferidas Postecipada (ou vencida) MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 22 Antecipada d.! Quanto a periodicidade: Periódica: se todos os períodos são iguais. Não periódica: se os períodos não são iguais entre si. O Gráfico 2 apresenta o encadeamento para a classificação das anuidades. Gráfico 2: Quadro resumo da classificação de rendas certas (anuidades) Fonte: Mathias e Gomes (2011) 15.3.!MODELO BÁSICO DE RENDAS CERTAS OU ANUIDADES Se, em vez de projetarmos uma única parcela conhecida na data de hoje para uma data posterior, estivermos interessados em transportar uma série de pagamentos para uma data posterior, estaremos diante de uma operação de rendas certas ou anuidades. Mas então, como eu saberei que estou diante de uma operação de rendas certas ou anuidades? Muito fácil! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 23 Toda vez que você estiver diante de uma série de pagamentos de mesmo valor (constantes) desejando projetá-las todas para uma única data no futuro, dispostas em intervalos de tempos idênticos (periódicas), e todas sujeitas a uma taxa de juros compostos estaremos diante de uma operação de rendas certas (anuidades). Perceberam juros compostos? Querem saber por quê? Porque rendas certas ou anuidades só existem no regime composto. Em suma, admitem-se como modelo básico de rendas certas ou anuidades os pagamentos ou recebimentos que possuem simultaneamente as características: periódicas (mesmo intervalo de tempo), temporárias (duração limitada), constantes (parcelas de mesmo valor), imediatas (não há período de carência) e taxa de juros compostos referidos ao mesmo período de tempo. Assim, podemos fazer o nosso desenho da seguinte forma: Gráfico 3: Montante no modelo básico Vamos chamar esse gráfico de modelo básico das rendas certas. Memorize-o! Vai ser útil mais adiante. Diz-se que o montante de uma anuidade é a soma dos valores capitalizados dos seus termos (P’s), para uma mesma data focal futura à mesma taxa de juros compostos. Dessa forma, conforme se pode observar no gráfico acima, as rendas são capitalizadas para a data focal 45. O valor de T representa a soma dos montantes de cada um dos termos a uma taxa de juros compostos 6 considerada para os respectivos períodos. Assim, podem se somar essas rendas na data focal 45 da seguinte forma: 7 # 8% & ) 1 9 ) 8% & ) 1 : ) 8% & ) 1 ; ) %<) 8% & ) 1 =>:% Logo: 7 # %8% & ) 1 9 ) 8% & ) 1 : ) 8% & ) 1 ; ) %<) %8% & ) 1 =>:% Vamos considerar agora que: ?=@A # & ) 8(& ) 1+: ) 8(& ) 1+; ) B) 8(& ) 1+=>: Temos que o valor de ?=@A pode ser obtido pela soma dos termos de uma progressão geométrica7. Assim, a aplicando-se a progressão geométrica aos termos para uma razão : (:CA+ , obtemos os seguinte resultados: D=@A # & ) 1 = ' & 1 !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 7 Progressão geométrica é toda sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao produto do termo anterior por uma constante. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 24 Assim, obtivemos o fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos. Dessa maneira, podemos agora escrever a equação das rendas certas: 7 # 8E?=@A Onde: T = é o valor de resgate de todas as parcelas das rendas certasna data da última parcela. Cuidado. A data em que o T aparece é sempre a data da última parcela. Não se esqueça disso. Olhar o gráfico montante no modelo básico para uma melhor visualização. P = É o valor das parcelas individuais. F5@6 = É o fator de rendas certas chamado de fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos. n = representa o número de parcelas da operação. i = taxa de juros compostos. Observação 1: Não podemos esquecer jamais que taxa e tempo caminham juntas; logo, taxa e tempo devem sempre estar na mesma unidade que o intervalo de tempo das parcelas. Observação 2: Se as parcelas são mensais, e supondo que a taxa esteja em uma outra unidade, então, utilizaremos o conceito de taxas equivalentes já aprendido na UIA 2. Lá vimos que toda vez que estivermos diante de uma operação no regime composto e desejamos transformar uma taxa efetiva em outra taxa efetiva, utilizaremos o conceito de taxas equivalentes. Combinado!? Exemplo 1: Pedro foi aprovado no concurso público para juiz. Muito contente com o novo emprego, Pedro foi ao banco abrir uma conta de poupança e resolveu que faria 12 depósitos mensais no valor de R$ 10.000,00 todos os meses e na mesma data. Considerando que todas as aplicações estão sujeitas a uma taxa de juros compostos no valor de 2% ao mês, qual será o valor a ser resgatado ao final dessas 12 aplicações na data da última parcela? Solução: A primeira coisa que fazemos numa questão de Matemática Financeira é desvendar do que se trata a questão. No caso acima, nós temos uma pessoa (Pedro) que fez o compromisso de depositar no valor de R$ 10.000,00, 12 parcelas do seu salário a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês e deseja saber que valor ele irá resgatar na data da última parcela. Ótimo, o enunciado foi direto e revelou todas as características de uma operação de rendas certas. Perceberam!? Em seguida, faça o desenho dessa questão, ele vai ajudar bastante na hora de resolver o exercício. Qualquer dúvida volte ao início dessa seção e faça uma releitura. O próximo passo é fazer o uso da equação das rendas certas para descobrir o valor do resgate. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 25 7 #%G 8 # HI&JKJJJ@JJ% 1 # %LM%NKOK 3 # %&L% Aplicação da fórmula: 7 # %8E?=@A Primeiro, calcula-se: ?=@A # & ) 1 = ' & 1 ?:;@;M %# & ) J@JL :; ' & J@JL # %&P@Q&LJ% logo: 7 # &JKJJJ@JJE&P@Q&LJ% R 7 # %HI%&PQK&LJ@JJ Viram como é simples!? Então, eu convido vocês a resolver o exemplo a seguir: Exemplo 2: Um casal pretende adquirir um apartamento no prazo de 10 anos, o valor desse apartamento é de R$ 500.000,00 sem entrada. Uma instituição financeira oferece aplicações em caderneta de poupança à taxa de juros de 0,8% a.m. Qual o valor das parcelas que essa pessoa deverá depositar mensalmente? Resposta: O casal depositará mensalmente o valor de R$ 2.497,28. Aprenda mais sobre rendas certas assistindo à videoaula, disponível no link a seguir, contendo a resolução de exercícios da disciplina Matemática Financeira, produzido pelo Grupo DeVry Brasil. http://tinyurl.com/htzzsmh ! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 26 15.4.!MODELO BÁSICO DE AMORTIZAÇÃO 15.4.1.!INTRODUÇÃO Vimos que, quando nos deparamos com uma única parcela e o nosso desejo é projetá-la para uma data posterior, realizamos uma operação de juros. Vimos também que, quando temos uma única parcela numa data posterior e desejamos projetá-la para uma data anterior, estamos diante de uma operação de desconto. Acabamos de aprender que, quando estamos diante de uma série de pagamentos de mesmo valor (constantes), desejando projetar todas para uma única data futura, dispostas em intervalos de tempos idênticos (periódicas), e todas sujeitas a uma taxa de juros compostos, estaremos diante de uma operação de rendas certas (anuidades). Agora iremos aprender que, quando nos depararmos com uma situação na qual há várias parcelas de mesmo valor (constantes) e desejamos projetar todas para uma data anterior, dispostas em intervalos de tempos idênticos (periódicas), e todas sujeitas a uma taxa de juros compostos, estaremos diante de uma operação de amortização. Amortização nada mais é que meios de se pagar uma dívida. A amortização é uma operação irmã das rendas certas. Grave essa informação! Vejamos o gráfico a seguir que expressa essa situação: Gráfico 4: Valor total a ser amortizado no modelo básico de amortização Vamos chamar esse gráfico de modelo básico da amortização. Memorize-o! Vai ser útil mais adiante. Dessa forma, conforme se pode observar no gráfico, as parcelas de uma compra a prazo são atualizadas para a data focal%S9. O valor de T representa a soma de todas as parcelas na data focal S9. Em outras palavras, T é o preço à vista do produto comprado a prazo. Seja, então, um principal 7 a ser pago em 3 parcelas (termos) iguais a 8, imediatas, postecipadas e periódicas (conforme mostra o gráfico acima), com uma taxa de juros compostos 1, considerados para os respectivos períodos dos termos, pode-se somar essas rendas na data focal S9 da seguinte forma: 7 # % 8 & ) 1 : ) % 8 & ) 1 ; ) % 8 & ) 1 T ) %<)% 8 & ) 1 = 7 # %8% & & ) 1 : ) % & & ) 1 ; ) % & & ) 1 T ) %<)% & & ) 1 = Vamos considerar agora que: N=@: # & (& ) 1+: ) & (& ) 1+; ) & (& ) 1+T ) B) & (& ) 1+= MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 27 Temos que o valor de N=@A%pode ser obtido pela soma dos termos de uma progressão geométrica. Assim, a aplicando-se a progressão geométrica aos termos, para uma razão : (:CA+ , obtemos os seguinte resultados: N=KA # (& ) 1+= ' & 1(& ) 1+= Assim, tem-se a fórmula reduzida para o cálculo do valor atual de anuidades, também chamada de fator de amortização. Assim, podemos escrever a equação da amortização da seguinte maneira: 7 # 8EN=@A Onde: T = é o valor total que será amortizado do total de parcelas da dívida. Ou seja, o T é o preço à vista. Muito cuidado. A data em que o T aparece é sempre um período antes da primeira parcela. E a razão é bem óbvia. Sempre que você compra um produto, a primeira parcela costuma vir um período após a compra. Não se esqueça disso. Olhe o gráfico valor total a ser amortizado acima para uma melhor visualização. P = É o valor das parcelas individuais. U5@6 = É o fator de amortização. n = representa o número de parcelas da operação. i = taxa de juros compostos. Observação 1: Não podemos esquecer jamais que taxa e tempo caminham juntas; logo, taxa e tempo devem sempre estar na mesma unidade que o intervalo de tempo das parcelas. Exemplo 1: Fernando quer comprar um novo Iphone 6S. Só que o telefone custa R$ 4.000 à vista, e ele não dispõe de todo esse dinheiro. Dessa forma, ele faz a opção de comprar o telefone em 12 prestações iguais e mensais, vencendo a primeira delas 30 dias após a compra. Considerando uma taxa de juros compostos de 2% a.m., qual é o valor das prestações? Solução: A primeira coisa que fazemos numa questão de Matemática Financeira é desvendar do que se trata a questão. No caso acima, nós temos uma pessoa (Fernando) querendo comprar um telefone, mas que não dispõe de todo o numerário para realizar uma compra à vista. Então, ele faz o compromisso de comprar o telefone em 12 prestações de mesmo valor todo mês, vencendo a primeira delas 30 dias após a compra à taxa de juros compostos de 2% ao mês. Qual será o valor das prestações? Ótimo, o enunciado foi direto e revelou todas as características de uma operação de amortização ou de valor atual de rendas certas. Perceberam!? Em seguida, faça o desenho dessa questão, ele vai ajudar bastante na hora de resolver o MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright ©2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 28 exercício. Qualquer dúvida volte ao início dessa seção e faça uma releitura. O próximo passo é fazer o uso da equação da amortização para descobrir o valor das prestações. 7 # %HI%QKJJJ@JJ%! 1 # %LM%NKOK! 3 # &L%OV?V?%! 8 #%G! Aplicação da fórmula: 7 # %8EN=@A Primeiro, calcula-se: N=@A # & ) 1 = ' & 1 & ) 1 = N:;@;M %# & ) J@JL :; ' & J@JL% & ) J@JL :; # &J@WXWP logo: QKJJJ@JJ # %8E&J@WXWP% R 8 # % QKJJJ@JJ &J@WXWP% # PXY@LQ Resposta: O valor individual das 12 prestações será de R$ 378,24. Viram como é simples!? Vamos para mais um exemplo? Exemplo 2: Um computador de última geração está sendo ofertado em uma loja no valor de R$ 3.500,00. O plano de vendas oferece as seguintes condições: uma entrada de R$ 500,00 e o restante pagos em 6 prestações iguais de R$ 550,00. Sabendo-se que o valor dos juros cobrados na loja é de 1,2% a.m., calcule o preço à vista do computador. Resposta: O preço à vista desse computador será de R$ 3.713,56. Leia a reportagem, disponível no link a seguir, sobre os hábitos atuais do brasileiro em relação ao uso do cartão de crédito. Será que a compra parcelada é comum entre os brasileiros? http://tinyurl.com/o3ahxee MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 29 Introduzimos conceitos que serão importantes ao longo da unidade. Continue os estudos desta disciplina e até breve! Aula 16 |!TIPOS DE ANUIDADES Vimos sobre a classificação de rendas certas ou anuidades, nos aprofundaremos, investigando, aqui, os seus diferentes tipos. Continue os estudos desta disciplina e boa aula! 16.1.!RENDAS CERTAS (ANUIDADES): VALOR ATUAL NO MODELO BÁSICO Diz-se que o valor atual de uma anuidade é a soma dos valores atuais dos seus termos (P’s), numa mesma data focal à mesma taxa de juros. Gráfico 5: Valor atual no modelo básico Dessa forma, conforme podemos observar no gráfico anterior, as rendas são atualizadas para a data foca%S9. O valor de T representa a soma de todas as rendas na data focal%S9. Seja, então, um principal T a ser pago em n parcelas (termos) iguais a P, imediatas (não há carência), postecipadas (ocorrem no final de cada período) e periódicas (mesmo intervalo de tempo), conforme mostra o gráfico, com uma a taxa de juros compostos i considerada para os respectivos períodos dos termos, pode-se somar essas rendas na data focal %S9 da seguinte forma: 7 # % 8 & ) 1 : ) % 8 & ) 1 ; ) % 8 & ) 1 T ) %<)% 8 & ) 1 = Logo: 7 # %8% & & ) 1 : ) % & & ) 1 ; ) % & & ) 1 T ) %<)% & & ) 1 = Vamos considerar agora que: N=@A # & & ) 1 : ) % & & ) 1 ; ) % & & ) 1 T ) %<)% & & ) 1 = Temos que o valor de N=@A%pode ser obtido pela soma dos termos de uma progressão geométrica. Assim, a aplicando a progressão geométrica aos termos, para uma razão : (:CA+ , obtemos o seguinte resultado: MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 30 N=@A # (& ) 1+= ' & 1(& ) 1+= Assim, temos a fórmula reduzida para o cálculo do valor atual de anuidades: 7 # 8EN=@A Observação 1: a operação de valor atual das rendas certas é idêntica à operação de amortização. Onde: T = equivale à soma dos valores atuais de cada uma das rendas certas. Ou seja, é o valor atual de uma série de rendas certas. P = É o valor das parcelas individuais. U5@6 = É o fator de valor atual de uma série de pagamentos iguais. n = representa o número de parcelas da operação. i = taxa de juros compostos. Observação 2: Não podemos esquecer jamais que taxa e tempo caminham juntas; logo, taxa e tempo devem sempre estar na mesma unidade que o intervalo de tempo das parcelas. Exemplo 1: Suponha uma pessoa que deseja comprar uma casa no valor de R$ 100.000,00, sem entrada. Uma determinada instituição financeira oferece financiamentos à taxa de juros de 1% a.m. com pagamentos mensais e sucessivos durante o prazo de 5 anos. Nesse contrato, a primeira parcela vence a partir do mês seguinte ao de sua assinatura. Pergunta-se, qual o valor das parcelas que essa pessoa pagará mensalmente? Solução: Vamos desvendar do que se trata a questão. Nesse caso, nós temos uma pessoa querendo comprar uma casa sem dar entrada. Então, uma instituição financeira oferece um financiamento a essa pessoa da seguinte maneira: financia o imóvel em 5 anos com pagamentos mensais e sucessivos, vencendo a primeira delas 30 dias após a assinatura do contrato a uma taxa de juros compostos de 1% ao mês. Dessa forma, qual será o valor das prestações? Ótimo, o enunciado foi direto e revelou todas as características de uma operação de amortização ou de valor atual das rendas certas. Vocês lembram quando nós dissemos que amortização é uma operação irmã das rendas? Então, exatamente por isso! Perceberam!? Em seguida, faça o desenho dessa questão, ele vai ajudar bastante na hora de resolver o exercício. Qualquer dúvida volte ao início dessa seção e faça uma releitura. O próximo passo é fazer o uso da equação da amortização para descobrir o valor das MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 31 prestações. Resolução 7 # %HI%&JJKJJJ@JJ%! 1 # %&M%NKOK! 3 # %W%N3Z? # W%E&L # [J%OV?V?%! 8 #%G! Aplicação da fórmula: 7 # %8EN=@A . Primeiro, calcula-se: N=@A # & ) 1 = ' & 1 & ) 1 = N\9]:M %# & ) J@J& \9 ' & J@J&% & ) J@J& \9 # QQ@^WWJQ logo: &JJKJJJ@JJ # %HEQQ@^WWJQ% R H # % &JJKJJJ@JJ QQ@^WWJQ% # LKLLQ@QQ Resposta: O valor da parcela paga mensalmente pela pessoa será de R$ 2.224,44. Não deixe de ler a reportagem disponível no link a seguir. Nela, podemos ler sobre a renda necessária para financiar um imóvel em 20 cidades. O texto é de fevereiro de 2016. http://tinyurl.com/jedafas 16.2.!RENDAS CERTAS (ANUIDADES) DIFERIDAS – MODELO GERAL Rendas certas (anuidades) diferidas são aquelas em que os termos são exigíveis a partir de uma data que não seja o primeiro período. Em outras palavras, o período de carência constitui-se um prazo que separa o início da operação do período de pagamento da primeira parcela. O gráfico a seguir mostra essa defasagem com um período para o início do pagamento das rendas. Gráfico 6: Defasagem com um período para o início do pagamento das rendas MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 32 Exemplo 1: Fernando está à procura de um imóvel para alugar por um período de 1 ano. Ficou combinado que as prestações seriam no valor de R$ 1.500,00 e que o contrato entraria em vigor 3 meses após a sua assinatura. Considerando uma taxa de juros compostos de 1% a.m., calcule o valor atual desse contrato na data de hoje. Solução: Vamos desvendar do que se trata a questão. No caso acima, nós temos uma pessoa (Fernando) querendo alugar um imóvel, e o pagamento do aluguel iniciará 3 meses após assinatura do contrato. O contrato será de 1 ano a contar após o início do período de carência. A taxa de juros compostos de nessa operação é de 1% ao mês. Deseja-se saber qual será o valor atual do contrato na data de hoje. Ótimo, o enunciado foi direto e revelou todas as características de uma operação de valor atual de rendas certas diferidas. Perceberam!? Em seguida, faça o desenho dessa questão, ele vai auxiliar bastante na hora de resolver o exercício. Qualquer dúvida volte ao início dessa seção e faça uma releitura. O próximo passo é fazer o uso das equações para solucionar o problema. Vejam como é fácil! 7 #%G%! 1 # %&M%NKOK! 3 # %&%N3Z # &%E&L # &L%OV?V?%! 8 #%G Aplicação da fórmula: 7 # %8EN=@A Primeiro, calcula-se: N=@A # & ) 1 = ' & 1 & ) 1 = N:;]:M %# & ) J@J& :; ' & J@J&% & ) J@J& :; # &&@LL&L MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright© 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 33 logo: 7 # %&KWJJ@JJE&&@LL&L% R 7 # % &KWJJ@JJ &&@LL&L% # &[KYP&@YW Percebam que essa ainda não é a resposta final, porque o enunciado deseja saber o valor do contrato na data de hoje que é anterior ao início do pagamento da primeira parcela (3 meses antes). Viram? Assim, uma vez que nós sabemos o valor de T, a questão agora é transportá-lo para uma data anterior. Nós já aprendemos que, quando temos um único valor no regime composto e desejamos projetá-lo para uma data anterior, faremos isso por meio de uma operação de desconto racional composto. Teremos: ( )niAN += 1 => ( )ni NA + = 1 => ( )301,01 85,831.16 + =A => 84,336.16$RA = Resposta: O valor atual do contrato na data de hoje será de R$ 16.336,84. Fácil, não é, pessoal?! Agora vamos testar se vocês realmente aprenderam? Resolvam o exemplo a seguir! Exemplo 2: Rogério teve um aumento salarial e decidiu que aplicaria seis parcelas iguais no valor de R$ 5.000,00 cada uma. Considerando uma taxa de juros compostos de 2% a.m., qual o valor a ser resgatado 4 meses após a última aplicação? Resposta: R$ 34.139,54 MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 34 Aprenda um pouco mais sobre anuidades diferidas acessando a videoaula disponível no seguinte link. http://tinyurl.com/jaddtbm 16.3.!RENDAS CERTAS (ANUIDADES) – COMPOSTA A anuidade é considerada composta quando existe mais de uma anuidade diferida no fluxo financeiro. Como exemplo, vamos ver o caso em que existem duas anuidades diferidas em sequência: Gráfico 7: Duas anuidades diferidas em sequência O conceito para a solução desses casos é o mesmo visto no modelo básico, com a diferença que se deve tratar, primeiramente, o valor presente da anuidade para cada data focal. No caso do gráfico anterior, têm-se dois momentos, 7\%e 7:;, em que se deve calcular o valor atual de cada anuidade e depois levar esses dois montantes para a data focal S9, obtendo-se, assim, o valor presente das duas anuidades. Resumindo: precisamos calcular o valor atual para cada data focal e depois levar esses dois montantes para a data focal S9, obtendo, assim, o valor presente das anuidades. 16.4.!RENDAS CERTAS (ANUIDADES) – PERPÉTUA São anuidades de duração ilimitada. Nesse perfil de anuidades, só tem coerência o cálculo do valor presente da anuidade, pois a sua série é ilimitada. Exemplo: Faça o cálculo do valor de um imóvel, considerando que este tem um horizonte de aproveitamento infinito. Nesse exemplo, a taxa de juros i corresponde ao custo de oportunidade do negócio para um determinado aluguel praticado no mercado (P). Assim, pode-se calcular o valor de aquisição do imóvel (T) através da seguinte expressão: 7 # 8 1 Onde: T = o valor atual da soma dos aluguéis descontados; P = valor do aluguel, ou seja, o pagamento pela utilização do capital; i = taxa de juros compostos. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 35 Exemplo 3: Suponha que Jonas tem uma quitinete, cujo valor do aluguel lhe rende R$ 900,00 por mês, e a taxa de melhor aplicação no mercado financeiro é de 0,5% ao mês. Jonas já mora nesse imóvel a mais de 20 anos e não tem planos de mudança. Qual seria a primeira estimativa do valor do imóvel? Solução: Veja o que enunciado do exercício nos deu uma dica de que o valor do aluguel é por tempo ilimitado e que o valor do aluguel é o mesmo, ou seja, constante e com a mesma periodicidade. Não resta dúvida que estamos diante de uma operação de rendas certas perpétuas. Logo, basta aplicarmos a fórmula para obter uma estimativa do valor do imóvel! 7 # ^JJ J@JJW _ 7 # HI&YJKJJJ@JJ Resposta: Numa primeira aproximação, o imóvel seria avaliado em 180 mil reais. 16.5.!RENDAS CERTAS (ANUIDADES): VARIÁVEIS Anuidades variáveis são aquelas em que os termos não são iguais entre si, ou seja, as parcelas possuem valores diferentes. O seu cálculo é feito de forma individual para cada renda, calculando-se o valor atual como sendo a soma dos valores atuais de seus termos, conforme definição de anuidades vistas anteriormente. Fiquem atentos, vocês podem necessitar também fazer o cálculo dos montantes. Ou seja, montante é capitalizado através da soma dos montantes de cada termo. Exemplo 4: Uma pessoa compra um imóvel na planta para pagar em 7 prestações, da seguinte forma: a.! 3 prestações de R$ 40.000,00 a partir do mês 7 da assinatura do contrato; b.! 4 prestações de R$ 30.000,00 a partir do mês 13 da assinatura do contrato. A taxa de juros aplicada foi de 1,2% a.m. Qual o valor do imóvel à vista? MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 36 ! Solução: Vamos desvendar do que se trata a questão. No caso acima, nós temos uma pessoa querendo comprar um imóvel e o pagamento ocorrerá por meio de 3 prestações no valor de R$ 40.000,00, a partir do sétimo mês da assinatura do contrato, e 4 prestações de R$ 30.000,00 a partir do décimo terceiro mês a uma taxa de juros compostos de 1,2% ao mês. Deseja-se saber qual será o valor atual do contrato na data de hoje. Ótimo, o enunciado foi direto e revelou todas as características de uma operação de valor atual de rendas certas, temporária (duração limitada), variável (parcela de valores diferentes), diferidas (valores diferentes) e postecipadas (ocorrem no final de cada período). Perceberam!? Em seguida, faça o desenho dessa questão, ele vai ajudar bastante na hora de resolver o exercício. Qualquer dúvida volte ao início dessa seção e faça uma releitura. O próximo passo é fazer o uso das equações para solucionar o problema. Vejam como é fácil! 7:; #%G 1 # %&@LM%NKOK 3 # Q%OV?V?% H # PJKJJJ@JJ 7\ #%G!! 1 # %&@LM%NKOK! 3 # P%OV?V?%! 8 # QJKJJJ@JJ! Aplicação da fórmula: 7 # %8EN=@A e N=@A # :CA `>: A :CA ` . NT]:@;M %# & ) J@J&L T ' & J@J&L% & ) J@J&L T # L@^PWW logo: ab # %QJKJJJ@JJEL@^PWW% R 7\ # %&&XKQ&^@PW Nc]:@;M %# & ) J@J&L c ' & J@J&L% & ) J@J&L c # %P@YY&J logo: ade # %PJKJJJ@JJE%P@YY&J% R 7:; # %&&[KQLY@WX Atualiza-se, então, os valores de ab e ade para a data focal af e calcula-se o valor à vista: 79 # % gh% (:CA+h !"! gij% (:CA+ij ! MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 37 79 # % &&XKQ&^@PW (& ) J@J&L+\ ) &&[KQLY@WX (& ) J@J&L+:; R %79 # IL&JKLJY@[^ ! Resposta: O valor do imóvel a vista é de R$ 210.208,69. E aí, muito conteúdo? Continue estudando e bons estudos!. Aula 17 |!ANÁLISE DE INVESTIMENTO (PARTE 1 DE 2) Prezado estudante, apresentaremos agora os conceitos e princípios básicos que permeiam a análise de investimentos. Estudaremos os métodos mais tradicionais, relacionando a teoria ao campo de aplicação com exemplos práticos. Boa aula! 17.1.!INTRODUÇÃO A análise de investimentos consiste na aplicação de técnicas como ferramentas, auxiliando os gestores na escolha do investimento mais adequado para uma determinada organização. De acordo com Kuhnen e Bauer (1996): “O conceito de análise de investimento pode hoje ser um conjunto técnicas que permitem a comparação entre resultados de tomada de decisões referentes a alternativas diferentes de uma maneira científica” (KUHNEN; BAUER, 1996). As análises possibilitam ao investidor considerar os riscos que envolvem tais operações. Segundo Gitman (2004, p. 184), “fundamentalmente, risco é a possibilidade de perda financeira. Os ativos mais arriscados são os que oferecem maiores possibilidades de perda financeira”. Ou seja, não se pode dissociar o investimento do risco. Afinal, quanto maior a expectativa de retorno ou ganho, maior será o risco do negócio. Na prática, o analista utiliza-se de equaçõesmatemáticas para verificar a existência ou não de rentabilidade8 no investimento em questão, estimando, inclusive, o retorno da operação. No dia a dia das empresas, seus gestores enfrentam dilemas, nas tomadas de decisões, relacionados à investimentos, como, por exemplo, lançar um novo produto ou serviço, abrir uma filial, ampliar sua capacidade produtiva, investir em novas tecnologias, reestruturar !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 8 Diz-se da possibilidade da obtenção de receitas em relação ao capital investido. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 38 seu negócio, aumentando a produtividade visando aumento nos lucros, etc. Enfim, análise de investimentos busca responder: de que maneira deve-se realizar um investimento que atenda às necessidades da organização considerando o risco e a escassez eminente de recursos financeiros? Podemos responder essa questão a partir da utilização de técnicas de análise de viabilidade econômica de projetos de investimentos. A análise de investimentos possibilita a identificação e escolha dos projetos mais rentáveis, ou seja, define-se qual projeto escolher entre investimentos alternativos (projeto A ou projeto B). Logo, influencia diretamente na decisão de aceitação ou de rejeição de um projeto. Alguns princípios devem ser levados em consideração no processo de análise: •! A taxa de retorno do investimento deve ser maior do que a taxa mínima de atratividade, ou seja, deve gerar lucro. •! Deve-se considerar o valor do dinheiro no tempo. •! Deve-se analisar duas ou mais alternativas. •! O investidor deve ter capacidade financeira de executar a operação. Para que o processo de análise de investimentos se desenvolva de forma eficiente, é necessário que ele siga algumas etapas: •! Escolha do investimento. •! Estimativa dos fluxos de caixa, considerando os específicos de cada alternativa, analisando o custo do investimento inicial, principalmente, os custos e despesas relacionados ao projeto, fluxos de caixa esperados do projeto (receitas, inclusive o valor residual dos ativos ao final da vida útil do projeto), delimitando a duração de vida do projeto. •! Utilização dos principais métodos de análise de investimentos: Prazo de Retorno (Payback), Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) etc. •! Tomada de decisão. Em suma, os projetos de investimentos buscam atingir os seguintes objetivos: •! Manter a atividade no seu nível atual. •! Modernizar a empresa ampliando suas atividades. •! Assegurar o crescimento da empresa, maximizando seus lucros, sendo necessário entender que todos os métodos de análise de investimentos apresentam algumas limitações, desde a obtenção de dados confiáveis até a estimativa de fluxo de caixa das entradas. A alteração do contexto político econômico e financeiro são fatores que influenciarão de alguma maneira no resultado do projeto. Os métodos de análise de investimentos que consideram o valor do dinheiro no tempo são, sem dúvida, os mais seguros. Todos esses métodos, de certa maneira, descontam os fluxos de caixa de projetos com uma taxa de desconto, são as taxas mínima de atratividade (TMA), que representam o mínimo que uma empresa está disposta a aceitar MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 39 em um investimento de risco (projeto empresarial) para abrir mão de um retorno seguro, num investimento sem risco, no mercado financeiro. 17.2.!MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS Os métodos de análise de investimentos são divididos em dois tipos: métodos determinísticos e métodos práticos. a.! Métodos determinísticos consideram o valor do dinheiro no tempo e são mais precisos, consequentemente, os mais utilizados. São eles: os métodos do Valor Presente Líquido (VPL) e da Taxa Interna do Retorno (TIR). b.! Métodos práticos são imprecisos e podem levar a decisões equivocadas – o mais utilizado é o Payback. Estudaremos agora os três métodos mais utilizados em análise de investimentos: •! Prazo de Retorno (Payback); •! Valor Presente Líquido (VPL); •! Taxa Interna de Retorno (TIR). 17.2.1.!PAYBACK – MÉTODO DO PRAZO DE RETORNO O método Payback define o prazo de retorno necessário para a empresa recuperar integralmente seu investimento inicial em um determinado projeto, a partir de projeções de entradas de caixa. Quando for uma série de pagamentos uniformes, pode-se obter o prazo de retorno dividindo o investimento inicial pelo fluxo de caixa anual (do período). Em outras palavras, todo empreendimento pode ser entendido como o tempo exato de retorno necessário para se recuperar um investimento inicial. Geralmente, a empresa fixa um prazo máximo tolerável para recuperação do capital inicialmente investido. Assim, os projetos cujo tempo de retorno for menor ou igual a esse limite poderão ser aceitos. Podemos escrever os critérios de decisão do método payback da seguinte maneira: i.! se o payback for menor que o payback máximo aceitável, aceita-se o projeto; ii.! se o payback for maior que o payback máximo aceitável, rejeita-se o projeto. A principal vantagem do método payback é pela sua facilidade de cálculo. As desvantagens desse método são: (i) não determina com exatidão o período de retorno do investimento, já que não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo; e (ii) não considera o fluxo de caixa após o período do payback. Exemplo 1: A empresa Delta necessita adquirir novos equipamentos em substituição aos atuais, que estão bastante ultrapassados. Após análise, o consultor responsável selecionou dois projetos, que chamaremos de projeto A e projeto B. O financiamento será feito por um banco com condições financeiras satisfatórias. De que maneira o gerente da empresa decidirá pelo projeto mais atrativo? Qual dos investimentos é mais atrativo conforme esse MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 40 tipo de análise? Projeto A Projeto B Investimento Inicial R$ 54.000,00 R$ 60.000,00 Ano Fluxos de entradas de caixa (R$) 1 18.000,00 30.000,00 2 18.000,00 20.000,00 3 18.000,00 20.000,00 4 18.000,00 10.000,00 5 18.000,00 10.000,00 Resolução: Inicialmente, vamos aos cálculos do Payback para os projetos A e B. Calcularemos o fluxo de caixa cumulativo, ano a ano, até atingirmos o equilíbrio entre o investimento inicial e o fluxo de entrada de caixa. PROJETO A Ano Fluxo de Caixa (em R$) Fluxo de Caixa Cumulativo (R$) 0 -54.000 -54.000 Investimento inicial 1 +18.000 -36.000 No primeiro ano, o projeto ainda não equilibrou. 2 +18.000 -18.000 No segundo ano, o projeto ainda não equilibrou. 3 +18.000 0,00 No terceiro ano, o projeto equilibra-se. Resposta: Perceba que somente ao final do terceiro ano equilibramos o investimento inicial do projeto A. Consequentemente, o prazo para recuperação do investimento foi de 3 anos. Podemos obter o mesmo resultado se dividirmos o investimento inicial pelo fluxo de caixa anual: 54.000,00/18.000,00 = 3 anos. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 41 PROJETO B Ano Fluxo de Caixa (em R$) Fluxo de Caixa Cumulativo (R$) 0 -60.000 -60.000 Investimento inicial 1 +30.000 -30.000 No primeiro ano, o projeto ainda não equilibrou. 2 +20.000 -10.000 Após o segundo ano, o projeto ainda não equilibrou. 3 +20.000 +10.000 O projeto equilibra-se entre o segundo e o terceiro ano. Ou seja, o Payback do projeto B é de 2 anos e alguns meses. Mas como encontrar esses meses? Muito fácil! Basta realizarmos uma simples regra de três e conseguiremos descobrir. R$ 20.000,00 -------- 1 ano R$ 10.000,00 -------- X Multiplicando cruzado e isolando o X, encontramos: X =½ ano = 6 meses. Sendo assim, prazo de retorno do projeto B é de 2,5 anos. Portanto, com base nos resultados apresentados, após análise dos dois projetos, o projeto B apresentou o Payback menor. Aprenda mais sobre análise de investimento acessando o link a seguir. http://tinyurl.com/hzntrq9 17.2.2.!MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO Um dos métodos mais eficientes e utilizados nas análises de investimentos e aplicações financeiras é, sem dúvida, o Valor Presente Líquido (VPL). Esse é o método que considera o valor do dinheiro no tempo. O valor do método do VPL é obtido quando descontamos o fluxo de caixa aplicando uma taxa previamente especificada, trazendo os valores para a situação inicial, ou seja, a um valor presente líquido. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 42 Essa taxa normalmente corresponde a um retorno mínimo desejado que deve ser obtido por um projeto. Pela perspectiva do VPL, o projeto é considerado viável quando o resultado do cálculo for positivo, ou seja, maior do que zero. Isso indica que o projeto proporcionará uma rentabilidade maior do que a taxa especificada. O valor do VPL é obtido quando fazemos o somatório do valor presente de suas entradas de caixa subtraindo o valor presente de suas saídas de caixa. Para isso, calculamos o valor presente das entradas e saídas de caixa utilizando a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) como taxa de desconto. Observe a expressão utilizada para o cálculo do VPL: k8l # mn: & ) 1 : ) mn; & ) 1 ; ) B) mno & ) 1 o ' p k8l # mno & ) 1 o = oq: ' p Onde: I: representa o investimento inicial; FCt: o fluxo de caixa no t-ésimo período; i: taxa de desconto (taxa mínima de atratividade). Critérios para tomada de decisões VPL > zero O projeto é economicamente viável, pode-se aceitar a alternativa. VPL = Zero A taxa i de investimento coincide com a taxa mínima de atratividade aplicada. VPL < zero O projeto é economicamente inviável, não se pode rejeitar a alternativa. No processo de escolha, o melhor projeto de investimento será sempre aquele que apresentar o maior VPL. Observe o projeto a seguir, nele, vamos aplicar o método do VPL e verificar se o investimento é viável do ponto de vista econômico. Figura 1: Analisando projeto de investimento Fonte: http://tinyurl.com/jhb9jgq •! Orçamento do projeto: 10.000,00. •! Receita com a comercialização do produto/serviço no 1º ano: 2.000,00. MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 43 •! Receita com a comercialização do produto/serviço no 2º ano: 2.500,00. •! Receita com a comercialização do produto/serviço no 3º ano: 3.000,00. •! Receita com a comercialização do produto/serviço no 4º ano: 3.500,00. •! Taxa de desconto (i): 2% ao ano. k8l # 'kNrZs%13tV?S1OV3SZ ) kNrZs%&u%N3Z & ) 1: : ) kNrZs%Lu%N3Z & ) 1; ; ) kNrZs%Pu%N3Z & ) 1T T ) kNrZs%Qu%N3Z & ) 1c c k8l # '&JKJJJ ) LKJJJ & ) J@JL : ) LKWJJ & ) J@JL ; ) PKJJJ & ) J@JL T ) PKWJJ & ) J@JL c k8l # '&JKJJJ ) &K^[J@XY ) LKQJL@^L ) LKYL[@^X ) PKLPP@Q[ k8l # '&JKJJJ ) &JKQLQ@LP k8l ## QLQ@LP v J Como o valor o VPL foi maior do que zero, o projeto é considerado viável, podendo ser aceito. Leia o artigo, disponível no link a seguir e no acervo da disciplina, que buscou analisar os instrumentos utilizados na análise de investimentos pelas empresas de tecnologia para novos produtos. http://tinyurl.com/kjt4dm7 Termina aqui a primeira parte do conteúdo sobre análise de investimento. Siga em frente e vá para a próxima aula, segunda parte do conteúdo referente ao nosso tema. Até breve! Aula 18 |!ANÁLISE DE INVESTIMENTO (PARTE 2 DE 2) Aqui continua a parte do conteúdo sobre análise de investimento. Siga em frente e termine os estudos. Boa aula! 18.1.!TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) A Taxa Interna de Retorno (TIR) é um método bastante utilizado na análise de projetos de investimento. A TIR é definida como a taxa de desconto de um investimento que torna seu valor presente líquido nulo, ou seja, ela iguala o valor presente de um investimento com os seus respectivos retornos futuros ou saldos de caixa. “A taxa interna de retorno de um fluxo de caixa é a taxa de desconto que faz seu valor presente líquido ser igual a zero” (PUCCINI, 1999, p. 134). A Taxa Interna de Retorno (TIR) é representada pela seguinte expressão: mno & ) 7pH o ' p # J = oq: MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 44 Critérios de tomada de decisões Se a TIR é maior do que a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), o investimento é economicamente viável. Se a TIR é menor do que a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), o investimento é economicamente inviável. O cálculo da TIR só é válido para projetos independentes e, para facilitar os cálculos, é necessário o uso de uma calculadora financeira. Podemos também utilizar a técnica de tentativa para realizar esse cálculo. Para realizarmos o cálculo da taxa TIR, devemos projetar um fluxo de caixa que demonstre as entradas e saídas de dinheiro identificadas durante o investimento, considerando os seguintes componentes: •! programa de investimentos: capital fixo mais capital de giro; •! capital e custo de capital utilizado para realizar o investimento; •! benefícios estimados do investimento (receita menos gasto do projeto); •! vida útil do projeto normalmente expresso em número de anos; •! valor residual do investimento ao término da vida útil do projeto. Observação 1: O método para o cálculo da TIR é basicamente o mesmo do cálculo do Valor Presente Líquido (VPL). A diferença é que, nesse caso, o valor presente líquido é igual a zero. A solução da TIR pode ser obtida de duas maneiras: i.! pela utilização de programas computacionais disponíveis e ou calculadoras financeiras; ii.! pelo processo de tentativa e erro no cálculo do VPL seguido de interpolação linear. Observação 2: Geralmente, os problemas de TIR apresentam duas taxas sequenciais inteiras e informam que a TIR está situada no intervalo entre essas duas taxas. Assim, o método do cálculo do TIR consiste em três etapas: •! Etapa 1: Calcular o valor presente líquido da primeira taxa fornecida pelo enunciado. •! Etapa 2: Calcular o valor presente líquido da segunda taxa fornecida pelo enunciado. Observação 3: Supondo que as taxas não sejam fornecidas pelo enunciado da questão, na verdade, o que nós estamos procurando são duas taxas que resultem em VPLs com sinais contrários, ou seja, o último valor positivo e o primeiro valor negativo. •! Etapa 3: Cálculo da TIR pelo método da interpolação linear. Exemplo 1: João deseja fazer uma sociedade com Pedro em uma empresa de cosméticos com a seguinte previsão de lucro para os próximos 4 anos: 1º ano = R$ 9.000,00, 2º ano = R$ 9.000 e assim sucessivamente até o 5º ano. Sabendo-se que o capital investido foi no valor de R$ 27.000,00 e que a taxa mínima de atratividade é de 15% ao ano, calcule a TIR e MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS | UIA 3 | Copyright © 2018 Centro Universitário IESB. Todos os direitos reservados. 45 faça a análise de atratividade do negócio. Dica: a TIR situa-se entre 15% e 20%. Resolução: Etapa 1: Cálculo do VPL para a primeira taxa. k8l &WM # ^KJJJ &@&W : ) ^KJJJ &@&W ; ) ^KJJJ &@&W T ) ^KJJJ &@&W c ) ^KJJJ &@&W w k8l &WM # XKYL[@J^ ) [KYJW@L^ ) WK^&X@[W ) WK&QW@XY ) QKQXQ@W^ ' LXKJJJ@JJ k8l &WM # HIPK&[^@&^ v J Etapa 2: Cálculo do VPL para a segunda taxa. 54321 )20,1( 9000 )20,1( 9000 )20,1( 9000 )20,1( 9000 )20,1( 9000%)20( ++++=VPL 000.2752,915.26%)20( !=VPL 048,84%)20( <!=VPL Etapa 3: Cálculo da TIR por interpolação linear. Notem que o VPL mudou de sinal entre 15% e 20%. Assim, o valor real da taxa está entre 15% e 20%. Vamos calcular a TIR por meio da técnica
Compartilhar