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relacionamento interpessoal e etica profissional

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Facibra - Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz 
Av. Augusto Paschoal da Silva, 670 Vila Getúlio Vargas - Wenceslau Braz - PR 
 
 - Faculdade de Ciências Wenc eslau Braz - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de 
Ensino FAMART 
 
 
 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E ÉTICA PROFISSIONAL 
 
 
 
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RELACIONAMENTO 
INTERPESSOAL E ÉTICA 
PROFISSIONAL 
 
 
 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E ÉTICA PROFISSIONAL 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E ÉTICA PROFISSIONAL ...................... 4 
COMUNICAÇÃO HUMANA ................................................................................... 7 
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL ................................................................ 12 
GRUPOS ............................................................................................................. 14 
FASES DO GRUPO ............................................................................................ 15 
FEEDBACK ......................................................................................................... 16 
COMPREENSÃO EMPÁTICA ............................................................................. 20 
MOTIVAÇÃO ....................................................................................................... 22 
FRUSTRAÇÃO .................................................................................................... 24 
CONFLITO .......................................................................................................... 25 
IMPORTÂNCIA DAS EMOÇÕES ........................................................................ 28 
CONCEITO DA ÉTICA ........................................................................................ 37 
CONCEITOS DA ÉTICA PROFISSIONAL .......................................................... 38 
A ÉTICA PROFISSIONAL E A FILOSOFIA DO AGIR HUMANO – O SER 
ÉTICO/AXIOLÓGICO. ......................................................................................... 39 
ÉTICA PROFISSIONAL: QUANDO SE INICIA ESTA REFLEXÃO? ................... 41 
QUAIS OS LIMITES DE UM CÓDIGO DE ÉTICA? ............................................. 42 
ÉTICA E SISTEMA ECONÔMICO ...................................................................... 43 
ÉTICA E MEIO AMBIENTE ................................................................................. 44 
DEVERES PROFISSIONAIS .............................................................................. 46 
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 49 
 
 
Todos os direitos reservados ao Grupo Famart de Educação. Reprodução Proibida. 
Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
Grupo Famart – Comprometimento com o seu ensino. 
 
 
 
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As relações interpessoais tiveram como um de seus primeiros pesquisadores 
o psicólogo Kurt Lewin. MAILHIOT (1976: 66), ao se referir a uma das pesquisas 
realizadas por esse psicólogo, afirma que ele chegou à constatação de que ―A 
produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente relacionadas não 
somente com a competência de seus membros, mas, sobretudo com a 
solidariedade de suas relações interpessoais‖. 
Schutz, outro psicólogo, trata de uma teoria das necessidades interpessoais: 
necessidade de ser aceito pelo grupo, necessidade de responsabilizar-se pela 
existência e manutenção do grupo, necessidade de ser valorizado pelo grupo. Tais 
necessidades formam a tríade de que fala MAILHIOT (1976: 67), quando este faz 
referência aos estudos de Schutz: necessidades de inclusão, controle e afeição, 
respectivamente. 
Ao discorrer acerca da humanização no ambiente de trabalho, COSTA 
(2002: 21) aponta as relações interpessoais como um dos elementos que 
contribuem para a formação do relacionamento real na organização: 
É necessário observar a operação real da organização, aqui incluídas, as 
relações interpessoais, que constituem a sua seiva vital. Os elementos formais 
(estrutura administrativa) e informais (relacionamento humano, que emerge das 
experiências do dia-a-dia) integram-se para produzir o padrão real de 
relacionamento humano na organização: como o trabalho é verdadeiramente 
executado e quais as regras comportamentais implícitas que governam os contatos 
entre as pessoas – esta é a estrutura de contatos e comunicações humanas a partir 
da qual os problemas de política de pessoal e de tomada de decisões podem ser 
compreendidos e tratados pelos administradores Os autores são unânimes em 
 
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reconhecer a grande importância do tema ―relações interpessoais‖ tanto para os 
indivíduos quanto para as organizações, relativamente à produtividade, qualidade 
de vida no trabalho e efeito sistêmico. 
Falar sobre Relacionamento não é fácil, entendê-lo também não. 
Principalmente quando levamos em consideração os níveis de 
relacionamento e os prováveis personagens do mesmo. 
Sendo interpessoal, intrapessoal, com o cliente interno ou externo, o 
relacionamento é fator fundamental e, muitas vezes definitivo na vida dos 
indivíduos. É necessário possuir habilidades para manter um bom convívio consigo, 
com os clientes, colegas de trabalho, amigos ou com alguém que, simplesmente, 
só precisa de um minuto de sua atenção para esclarecer uma dúvida. 
Todos somos capazes e estamos aptos a desenvolver tais habilidades, em 
muitos casos, uns personagens conseguem superar ou unir a habilidade à 
personalidade, tornando-se parceiros / companheiros desejáveis ao convívio. 
Outros nem sempre conseguem atingir níveis de satisfação tão relevantes e 
perceptíveis, o que não quer dizer que eles sejam incapazes de manter um 
relacionamento com alguém. Na verdade, não é nada fácil, mesmo. Porém, como 
tudo na vida, é preciso treino e perseverança. Pessoalmente e profissionalmente, 
as pessoas que não conseguem ou não estão preparadas para conviver com os 
semelhantes e administrar conflitos estão fadadas à solidão e ao fracasso. O que 
também não quer dizer que isso seja o fim. 
Quando nos aproximamos de alguém é porque temos uma necessidade para 
ser satisfeita. O mercado quando dispõe e uma vaga exige como competência o 
relacionamento. Gostamos de falar e ser ouvidos quer atenção, ficamos felizes com 
bons resultados em equipe, sorrimos quando somos compreendidos, ficamos 
polivalentes quando o grupo está entrosado. 
 
 
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As habilidades e os "macetes" dos relacionamentos inter e intrapessoais 
perpassam por estas atitudes, que posteriormente geram sentimentos como o da 
fidelidade. A percepção é a primeira destas. Ao estarmos atentos ao que acontece 
em nossa casa, trabalho, reuniões fraternas e detectamos que algo está diferente, 
os indivíduos que mantém relações conosco respondem com a "verdade" ao que foi 
percebido. 
E também acontece quando tratamos da relação EU – COMIGO. Trabalhar a 
percepção pode ser fácil e divertido inicialmente esteja atento a sua realidade e 
interrogue-se, respondendo sinceramente. A verdade vem como a segunda 
habilidade. Todo e qualquer relacionamento é baseado essencialmente na 
confiança. A criança confia nos pais, logo a ama; o amigo confia na amiga, logo se 
confidenciam; o cliente confia no produto e no vendedor, logo compra e defende. 
Apresentar e oferecer o que somos realmente capazes de realizar para nos 
aproximar, e fidelizar são um dever. Além disso, a flexibilidade e ser um negociador 
não fazem mal algum. Nada está totalmente correto ou equivocado. Tudo depende 
do ponto de vista de cada um. Visão esta, que está diretamente ligada as pré-
experiências e a bagagem cultural de cada indivíduo. Visto que, as relações 
interpessoais são o resultado de tudo que cada pessoa já estabeleceu durante a 
vida. 
 
Para completar o ciclo do relacionamento, a responsabilidade com que 
devem ser tratadas as expectativas do outro é considerável e irrestrita. Como já foi 
mencionado, todos querem se realizar durante o relacionamento. Ora recebendo a 
atenção desejada, ora obtendo bons resultados nos negócios. Para isso, a empatia 
vem como auxiliador. Respeitar o outro e assumir por um instante a posição dele 
faz do convívio uma interação. 
 
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Tornamos a repetir, estar em contato com o semelhante é uma atividade que 
precisa ser mantida, aprimorada e reciclada, sempre. A cada dia novos conceitos 
sobre o bem-estar, mercado e comportamento surgem. Não existem seres iguais e 
é por esta razão que somos chamados de indivíduos. Cada qual recebe a 
informação e a compreende de maneira diferente. Não devemos nos apegar 
apenas as praxes e protocolos, o bem do relacionamento é a conexão entre as 
pessoas e a possibilidade de ficarmos diferentes com isso. 
 
COMUNICAÇÃO HUMANA 
 
Quem nunca ouviu falar sobre as aventuras de Robson Crusoé, um 
navegante que ficou a termo numa ilha deserta, cercada de água por todos os 
lados e sem ter para onde ir? Ao se deparar com a solidão naquele lugar, Crusoé 
logo sentiu uma grande dificuldade que, talvez, muitos de nós ainda não dedicamos 
um tempo para reflexão: a necessidade de comunicar-se com alguém. 
A comunicação, sem dúvida, é o centro de todo relacionamento, seja ele 
pessoal, profissional, etc. Ela é a chave para o desenvolvimento de uma relação 
saudável com o outro, uma vez que pode ser considerada a arte do entender e do 
fazer-se entender. Em poucas palavras, a comunicação é o processo verbal ou não 
verbal de transmitir uma informação a uma outra pessoa de maneira que ela 
entenda o que está sendo expresso. A comunicação, portanto, não está limitada à 
fala, à linguagem oral, mas também é possível por meio de gestos, símbolos, 
expressões, bem como qualquer outra forma que contenha em si um significado 
inteligível, compreensível. 
 
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A comunicação, portanto, ocorre quando, ao emitirmos uma mensagem, nos 
fazemos entender por uma pessoa e modificamos seu comportamento. Isso é 
possível através da linguagem, que é a representação do pensamento por meio de 
sinais que permitam a comunicação e a interação entre as pessoas. 
Podemos encontrar pelo menos quatro níveis de comunicação: 
Nível quatro – é uma comunicação altamente superficial, em que os 
indivíduos apenas se olham ou falam estritamente o necessário, limitando-se, no 
máximo, a um bom dia ou a uma pequena informação. 
Nível três – é uma comunicação ainda superficial, mas aqui as pessoas 
tratam-se com um mínimo de cordialidade e sorrisos. Neste nível os indivíduos 
ainda não saíram das suas ―cascas‖ para tornar conhecido aos outros o que 
pensam e sentem, ou seja, a comunicação ainda está limitada. 
Nível dois – aqui os indivíduos começam a relatar suas ideias e 
pensamentos, o que marca o início de uma comunicação real. As pessoas estão 
dispostas a correr o risco de expor suas ideias e soluções próprias, mas ainda 
impõem barreiras para a comunicação plena, talvez como mecanismo de defesa e 
forma de conhecer os outros passo a passo. É o tão conhecido ―pé atrás‖, mas a 
comunicação neste nível abre possibilidades para o aprofundamento das relações 
interpessoais e dos laços de confiança, imprescindíveis na comunicação de nível 
um. 
Nível um – é uma comunicação total. As pessoas estão dispostas a 
compartilhar seus sentimentos, ideias e pensamentos. Esta comunicação está 
baseada na honestidade e na abertura completa, ou seja, subentende-se 
que neste nível de comunicação as pessoas possuem um alto grau de 
conhecimento e confiança umas nas outras, estabelecendo um relacionamento 
interpessoal pleno e baseado no diálogo como forma de solução de problemas e 
conflitos. 
A forma de comunicação humana mais utilizada é, sem dúvida, a 
comunicação verbal. E todo ato de comunicação envolve sempre seis componentes 
essenciais. São eles: 
O emissor (ou locutor) – é aquele que diz algo a alguém 
O receptor (ou interlocutor) – aquele com quem o emissor se comunica 
 
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A mensagem – tudo o que foi transmitido do emissor ao receptor 
O código – é o conjunto de sinais convencionados socialmente que permite 
ao receptor compreender a mensagem (ex: a língua portuguesa e os sinais de 
trânsito) 
O canal (ou contato) – é o meio físico que conduz a mensagem ao receptor 
(e: o som e o ar) 
O referente (ou contexto) – é o assunto da mensagem 
Todos esses elementos são indispensáveis à comunicação verbal, e podem 
ser assim esquematizados: 
 
Mensagem 
Referente 
Emissor ----------------------------------------------------- Receptor 
Canal 
Código 
 
O mais importante da atividade comunicativa, como já foi dito, é a 
compreensão do que se está querendo expressar e, através deste ato, podemos 
tornar conhecida à nossa maneira de ser, pensar e agir. Isto quer dizer que a forma 
como nos comunicamos denuncia quem somos na realidade. Através da maneira 
peculiar como cada um se comunica e pelo fato de cada indivíduo possuir um jeito 
próprio de ser, a comunicação tende a enfrentar algumas barreiras, as quais 
surgem da heterogeneidade de pensamentos, sentimentos e ideias. Mas, é preciso 
saber como lidar com essas barreiras, de forma que a comunicação não fique 
comprometida e os possíveis conflitos possam ser resolvidos da maneira mais 
adequada. 
 
 
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BARREIRAS À COMUNICAÇÃO 
 
A comunicação se realiza adequadamente e o seu objetivo é atingido, 
quando a mensagem for interpretada da mesma maneira pelo comunicador e pelo 
recebedor da comunicação. Quando se fazem interpretações semelhantes, cada 
um dos participantes transmite ao outro o seu pensamento e o seu sentimento 
sobre o objeto da comunicação. Isto não significa que os participantes precisem 
concordar totalmente com o pensamento sobre o objeto da comunicação. Podem 
discordar, mas, se um apreende precisamente os pensamentos do outro, a 
comunicação foi satisfatória. 
Quando a comunicação se estabelece mal ou não se estabelece entre 
pessoas ou entre grupos, resultam alguns fenômenos psíquicos chamados 
BLOQUEIOS, FILTRAGEM E RUÍDOS. 
Ruído é a interrupção da comunicação através de mecanismos externos, 
sons estranhos à comunicação, visualizações que comprometem a comunicação, 
ou mecanismos utilizados pelo locutor, que seja incompreendido pelo interlocutor. A 
partir do momento em que se elimina o ruído a comunicação tende a se 
estabelecer. 
Bloqueio é a interrupção total ou provisória da comunicação e 
paradoxalmente parecem comprometer menos a evolução da comunicação do que 
a filtragem. 
Filtragem é o mecanismo de seleção, danosa, dos aspectos da 
comunicação que erroneamente interessam aos interlocutores. 
Desde que surge um bloqueio, ele obriga os interlocutores a questionar suas 
comunicações e geralmente lhes permite reatá-las e restabelecê-las em clima mais 
aberto e em uma base mais autêntica. Desde que cada interlocutor, tenha tomado 
consciência de que neles, e entre eles, existem obstáculos às suas trocas. 
 
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Em caso de filtragem, a comunicação tende a acompanhar-se de reticências 
e de restrições mentais, degradando-se pouco a pouco em mensagens cada vez 
mais ambíguas e equivocadas. 
Alguns aspectos podem ser refletidos com a finalidade de minimizar as 
barreiras na comunicação: 
Comunicação é sempre uma via de mão dupla 
Uma das melhores maneiras de fortalecer a comunicação é desenvolver a 
habilidade não apenas de falar, mas de ouvir também. Dar a atenção completa, 
inclusive com os olhos e as expressões faciais. Quando concentramos nossa 
atenção, mostrando que não estamos apenas escutando com os ouvidos, 
poderemos nos identificar com o que a outra pessoa está sentindo ou 
experimentando. Consequentemente, a pessoa que nos fala também nos dará a 
atenção que desejamos quando formos nós os locutores. 
É preciso o momento certo para se comunicar. 
Às vezes passamos por cima dos sentimentos das pessoas, sem 
observarmos se estão preparadas para ouvirem determinadas coisas ou se aquele 
momento é adequado para uma conversa mais séria. É preciso boa vontade e 
discernimento para saber qual a melhor ocasião para que o diálogo seja eficaz. 
A precipitação ao responder pode ser prejudicial. 
Esperar o outro terminar de dizer o que pensa, para que então se possa 
emitir o próprio pensamento, pode ser uma grande arma para resolver uma barreira 
de comunicação. Às vezes pensamos que sabemos o que o outro vai dizer e, sem 
vacilar, cortamos o seu momento na conversa. Somente depois descobrimos que 
não era nada daquilo que iria falar, correndo o risco de criarmos uma barreira ainda 
maior. 
É preciso estar aberto à cordialidade. 
 Nunca será demais estarmos dispostos a desejar um bom dia, pedir 
desculpas, dizer obrigado, pedir por favor... E a sorrir. Às vezes, gestos como estes 
desarmam mecanismos de defesa e formas de ser não muito dadas ao contato 
pessoal, ao diálogo e à interação. 
Colocando-se no lugar do outro, poderemos fazer da comunicação um 
importante instrumento de fortalecimento das relações interpessoais. 
 
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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 
 
A aprendizagem, como já vimos, pressupõe uma busca criativa da inovação, 
ao mesmo tempo em que lida com a memória organizacional e a reconstrói. 
Pressupõe, também, motivação para aprender. E motivação só é possível se as 
pessoas se identificam e consideram nobres as missões organizacionais e se 
orgulham de fazer parte e de lutar pelos objetivos. Se há uma sensação de que é 
bom trabalhar com essa empresa, pode-se vislumbrar um crescimento conjunto e 
ilimitado. Se há ética e confiança nessa relação, se não há medos e se há 
valorização à livre troca de experiências e saberes. 
Nesse aspecto, é possível perceber que a comunicação organizacional pode 
se constituir numa instância da aprendizagem pois, se praticada com ética, pode 
provocar uma tendência favorável à participação dos trabalhadores, dar maior 
sentido ao trabalho, favorecer a credibilidade da direção (desde que seja 
transparente), fomentar a responsabilidade e aumentar as possibilidades de 
melhoria da organização ao favorecer o pensamento criativo entre os empregados 
para solucionar os problemas da empresa (Ricarte, 1996). 
Para Ricarte, um dos grandes desafios das próximas décadas será fazer da 
criatividade o principal foco de gestão de todas as empresas, pois o único caminho 
para tornar-se uma empresa competitiva é a geração de ideias criativas; a única 
forma de gerar ideias é atrair para a empresa pessoas criativas; e a melhor maneira 
de atrair e manter pessoas criativas é proporcionando-lhes um ambiente adequado 
para trabalhar. Esse ambiente adequado pressupõe liberdade e competência para 
comunicar. Hoje, uma das principais exigências para o exercício da função 
gerencial é certamente a habilidade comunicacional. As outras habilidades seriam a 
predisposição para a mudança e para a inovação; a busca do equilíbrio entre a 
 
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flexibilidade e a ética, a desordem e a incerteza; a capacidade permanente de 
aprendizagem; saber fazer e saber ser. 
Essa habilidade comunicacional, porém, na maioria das empresas, ainda não 
faz parte da job description de um executivo. É ainda uma reserva do profissional 
de comunicação, embora devesse ser encarada como responsabilidade de todos, 
em todos os níveis. 
O desenvolvimento dessa habilidade pressupõe, antes de tudo, saber ouvir e 
lidar com a diferença. É preciso lembrar: sempre apenas metade da mensagem 
pertence a quem a emite, a outra metade é de quem a escuta e a processa. 
Lasswell já dizia que quem decodifica a mensagem é aquele que a recebe, por isso 
a necessidade de se ajustarem os signos e códigos ao repertório de quem vai 
processá-los. 
Pode-se afirmar, ainda, que as bases para a construção de um ambiente 
propício à criatividade, à inovação e à aprendizagem estão na autoestima, na 
empatia e na afetividade. Sem esses elementos, não se estabelece a comunicação 
nem o entendimento. Embora durante o texto tenhamos exposto inúmeros 
obstáculos para o advento dessa nova realidade e que poderiam nos levar a 
acreditar, tal qual Luhman (1992), na improbabilidade da comunicação, acreditamos 
que essa é uma utopia pela qual vale a pena lutar. 
Mas é preciso ter cuidado. Esse ambiente de mudanças, que traz consigo 
uma radical mudança no processo de troca de informações nas organizações e 
afeta, também, todo umsistema de comunicação baseado no paradigma da 
transmissão controlada de informações, favorece o surgimento e a atuação do que 
chamo de novos Messias da comunicação, que prometem internalizarem nas 
pessoas os novos objetivos e conceitos, estimularem a motivação e o 
comprometimento à nova ordem de coisas, organizarem rituais de passagem em 
que se dá outro sentido aos valores abandonados e introduz-se o novo. 
 
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Hoje, não é raro encontrar-se nos corredores das organizações profissionais 
da mudança cultural, agentes da nova ordem, verdadeiros profetas munidos de 
fórmulas infalíveis, de cartilhas iluministas, capazes de minar resistências e 
viabilizar uma nova cultura e que se autodenominam reengenheiros da cultura. 
Esses profissionais se aproveitam da constatação de que a comunicação é, 
sim, instrumento essencial da mudança, mas se esquecem de que o que 
transforma e qualifica é o diálogo, a experiência vivida e praticada, e não a simples 
transmissão unilateral de conceitos, frases feitas e fórmulas acabadas tão próprias 
da chamada educação bancária descrita por Paulo Freire. 
E a viabilização do diálogo e da participação tem de ser uma política de 
comunicação e de RH. A construção e a viabilização dessa política é, desde já, um 
desafio aos estrategistas de RH e de comunicação, como forma de criar o tal 
ambiente criativo a que Ricarte de referiu e viabilizar, assim, a construção da 
organização qualificante, capaz de enfrentar os desafios constantes de um mundo 
em mutação, incerto e inseguro. 
 
GRUPOS 
 
Em Sociologia, um grupo é um sistema de relações sociais, de interações 
recorrentes entre pessoas. Também pode ser definido como uma coleção de várias 
pessoas que compartilham certas características, interajam uns com os outros, 
aceitem direitos e obrigações como sócios do grupo e compartilhem uma identidade 
comum — para haver um grupo social, é preciso que os indivíduos se percebam de 
alguma forma afiliados ao grupo. 
Segundo Costa (2002), o grupo surgiu pela necessidade de o homem viver 
em contato com os outros homens. 
 
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Nesta relação homem-homem, vários fenômenos estão presente; 
comunicação, percepção, afeição, liderança, integração, normas e outros. À medida 
que nós nos observamos na relação eu- outro surge uma amplitude de caminhos 
para nosso conhecimento e orientação. 
Cada um passa a ser um espelho que reflete atitudes e dá retorno ao outro, 
através do feedback. 
Para encontrarmos maior crescimento, a disponibilidade em aprender se faz 
necessária. Só aprendemos aquilo que queremos e quando queremos. 
Nas relações humanas, nada é mais importante do que nossa motivação em 
estar com outro, participar na coordenação de caminhos ou metas a alcançar. Um 
fato merecedor de nossa atenção é que o homem necessita viver com outros 
homens, pela sua própria natureza social, mas ainda não se harmonizou nessa 
relação. 
Lewin (1965) considerou o grupo como o terreno sobre o qual o indivíduo se 
sustenta e se satisfaz. Um instrumento para satisfação das necessidades físicas, 
econômicas, políticas, sociais, etc. 
 
FASES DO GRUPO 
 
INICIAL – é o momento e que o grupo está na expectativa, faz perguntas 
quanto às normas e as regras do jogo. As atitudes são torpes e mal coordenadas, 
também denominada de Infância Grupal. 
INTERMEDIÁRIA - momento de confrontação e conflitos de dependência e 
contra dependência pode ser uma fase dificultadora. Aborda o movimento e o 
momento do grupo, denominada de Adolescência Grupal. 
FINAL – apoia a ideia do outro, pode ser também uma fase dificultadora, se 
os membros do grupos formarem relações duais, desfacelando o grupo. Aqui temos 
a Maturidade Grupal. 
 
 
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FEEDBACK 
 
 
O que é Feedback ? 
 
Feedback é um termo muito utilizado na eletrônica que significa 
realimentação, ou seja uma parcela do sinal da saída de algum circuito eletrônico, 
sendo aplicado novamente na entrada para que seja novamente. 
Aproveitado. Isso pode gerar uma situação desejável ou não, pois em certos 
casos essa realimentação não é desejada. É o caso do som da microfonia. 
O Feedback também é utilizado onde é necessário um controle de alguma 
situação ou objeto, quando poderá ser positivo ou negativo e em função disso, um 
circuito de controle estabilizará a saída. 
Nas relações interpessoais que dependem do comportamento humano, o 
termo Feedback apresenta grande importância por verificar que todo 
comportamento dirigido requer Feedback negativo, pois sinais do objetivo são 
necessários para a orientação do comportamento. 
Na visão de Rosenblueth, Wiener e Bigelow (1943), o comportamento pode 
ser dividido em dois tipos, os "de Feedback" e "não-Feedback". 
O comportamento de Feedback poderá ser dividido em duas partes: 
previsível e não previsível e o comportamento de não feedback ocorre quando não 
há retorno do objeto no decorrer de determinadas atitudes. 
O processo de Feedback poderá ser útil na modificação de comportamentos, 
é comunicação de uma pessoa ou um grupo no sentido de fornecer informações de 
como essa pessoa está sendo afetada, contribuindo assim para direcionar seus 
objetivos. Para ser eficaz e contribuir para essas mudanças é necessário que seja: 
 
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 17 
 
 
Descritivo ao invés de avaliativo: Quando não há envolvimento emocional, o 
sujeito se torna menos defensivo, se sentindo à vontade para utilizar as 
informações de retorno e aplicá-las da melhor forma possível. 
Específico ao invés de Geral: Em determinado momento que você diz a 
alguém que ele é "dominador", isso poderá ter menos importância do que 
demonstrar isso quando ele se comportar assim, em determinada ocasião. 
Compatível com as necessidades: O Feedback pode ter caráter destrutivo 
quando apenas as necessidades do comunicador forem levadas em consideração e 
as do receptor esquecidas. 
Dirigido: Poderá gerar frustração caso o receptor só reconheça suas falhas, 
naquilo em que não tem o controle para mudar. 
Solicitado ao invés de Imposto: Será mais proveitoso quando o receptor 
indagar algo que os que observam possam responder. 
Oportuno: O Feedback será mais proveitoso logo após um determinado 
comportamento, onde o sujeito estará mais flexível, mas dependerá de alguns 
fatores como emocionais e receptividade. 
Esclarecimento para assegurar comunicação precisa: Um modo de 
comprovar uma ideia é o receptor repetir o Feedback, para que o transmissor possa 
se assegurar de que foi bem entendido. Quando em um Grupo de Treinamento, o 
Feedback poderá ser comparado e compartilhado entre os participantes do grupo. 
Na prática, é observada a dificuldade de se dar e receber Feedback, que 
poderá ser comprovado através da observação dos insucessos frequentes na 
comunicação interpessoal. 
As dificuldades de dar e receber feedback: 
O Homem sofre grande dificuldade em aceitar as suas limitações, 
principalmenteter que as admitir diante de pessoas que ele não confia ou em caso 
de ambiente de trabalho podem até afetar a sua imagem (status). O receio do que 
as pessoas podem pensar, o sentimento de invasão de privacidade e/ou medo de 
não obter o apoio que esperam para suas limitações e necessidades, faz com que 
elas se fechem, dificultando assim a abertura para a interação e troca de Feedback, 
tão necessário em uma relação. 
 
 
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Quando nós percebemos que estamos contribuindo para o problema e que 
precisaremos mudar algo em nós mesmos para melhorarmos a validação do 
Feedback, poderemos agravar o problema, nos fechando (negação) e passando ao 
outro toda culpa, apontando seus erros e até mesmo agredindo-o A resolução de 
alguns problemas pode se dá através do reconhecimento de alguns traços da 
nossa personalidade que até então tentamos disfarçar. 
Procurando pensar no assunto, poderemos melhorar nossa conduta, 
contribuindo assim para uma melhor relação e troca de Feedback. 
Muitas vezes as pessoas não estão preparadas, psicologicamente para 
receber feedback, sendo assim elas os interpretam mal e se sentem magoadas 
com a intervenção, pois feedback em nossa cultura, ainda é percebido como uma 
crítica e implicará em reações emocionais imprevisíveis. Mesmo com toda a 
dificuldade é muito importante para nós darmos e recebermos feedback, seja ele 
positivo ou negativo para que possamos avaliar e corrigir os nossos erros e com 
isso melhorarmos como pessoas. 
Para superar as dificuldades de dar e receber Feedback, é necessário uma 
relação de confiança recíproca e o reconhecimento de que Feedback é um 
processo conjunto, diminuindo assim as barreiras entre o comunicador e o receptor. 
Devemos aprender a ouvir e expressar nossas opiniões sem reações emocionais 
defensivas e/ou ofensivas intensas. 
Todos nós gostamos de dar conselhos, pois de certa forma, isso nos faz 
sentirmos importantes, porém poderá vir daí o perigo de pensar no Feedback como 
uma forma de mostrar nossa inteligência e habilidade, não contribuindo assim para 
a verdadeira utilidade do Feedback para o receptor. 
 
Feedback de Grupo: 
 
O grupo também tem necessidade de receber informações sobre o seu 
desempenho. Ele pode precisar saber se há muita rigidez nos procedimentos, se 
está havendo utilização de pessoas e de recursos, qual o grau de confiança no líder 
e outras informações sobre o seu nível de maturidade como grupo. 
 
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Os mesmos problemas envolvidos no feedback individual estão presentes no 
grupo em maior ou menor grau. Assim, o grupo pode receber feedback de: 
Membros atuando como participantes observadores. 
Membros selecionados para desempenhar uma função específica de 
observador para o grupo. 
Consultores externos ou especialistas que vêm para fazer observações, 
valendo-se de perspectivas mais objetivas. 
 
Formulários, questionários, folhas de reação, entrevistas. 
À medida que os membros amadurecem e desenvolvem suas habilidades 
em dar e receber feedback individual, tornam-se, também, hábeis em dar feedback 
ao grupo como um todo, sempre que necessário e oportuno. 
Os resultados individuais também servem de feedback individual: cada 
membro do grupo recebe um quadro com auto percepção e hétero percepção de 
seu superior imediato e de três subordinados seus 
A sessão de feedback é uma das mais ricas do laboratório de treinamento, 
tanto a nível individual quanto a nível grupal, permitindo aos membros processarem 
as informações individuais e grupais, sem defensividade, num clima aberto, de 
apoio mútuo e com abordagem de resolução de problemas. 
Alguns aspectos importantes que devem ser considerados dentro de uma 
organização para facilitar a interação interpessoal, satisfazendo o próprio 
funcionário, o chefe e a empresa. 
Fatores que contribuem para que a organização tenha equipes consolidadas 
ou em formação em que seus participantes tenham tais capacidades: 
 Propor mudanças nas quais acreditam; 
 Discutir as mudanças propostas, procurando compreender suas 
causas e avaliando as consequências; 
 Encorajar uns aos outros a expressarem suas ideias e seu potencial; 
 Buscar e repassar os conhecimentos; 
 Assumir a responsabilidade pelos resultados que a equipe produz; 
 Identificar e administrar conflitos na equipe, entre equipes, com 
fornecedores e clientes; 
 
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 Negociar e otimizar recursos; 
 Dar e solicitar feedback; 
 Dar e solicitar apoio; 
 Desenvolver nas pessoas essa difícil habilidade de dar e buscar 
feedback; 
 Otimizar os resultados da empresa; 
 Ajudar a evitar erros e potencializar acertos; 
 Apoiar a linha de frente a deixar no cliente um gostinho de "quero 
mais"; implantar acompanhamento e feedback do desempenho: 
 Definição de resultados a serem atingidos; 
 Sistemática de mensuração de resultados; 
 Definição de planos de autodesenvolvimento; 
 Sistemática de feedback; 
Acompanhar evolução das pessoas: 
 Definir resultados a serem atingidos; 
 Pesquisar periodicamente a satisfação do cliente; 
 Acompanhar planos de autodesenvolvimento; 
 Dar periodicamente feedback aos fornecedores; 
 Rever continuamente os procedimentos para garantir resultados; 
 
COMPREENSÃO EMPÁTICA 
 
A compreensão dos outros, um dos aspectos mais importantes nas relações 
humanas, é a aptidão de se colocar no lugar do outro, ou seja, ver e perceber com 
os olhos do outro. A essa aptidão denominamos sensibilidade social ou empatia. 
 
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Entende-se que empatia é diferente de simpatia, de antipatia ou de apatia. 
Simpatia você sente em relação ao outro, quando esse outro lhe remonta 
lembranças, atitudes, ideias que lhe são agradáveis, que lhe atraem. 
Tem-se simpatia por Maria, sinto-me alegre se ela está alegre, triste se está 
triste e vibro com seus sucessos. 
Na atitude empática compreendo como Maria se sente (alegre ou triste) e 
sua maneira de agir em função desses sentimentos, mas não me envolvo neles. 
Sou capaz de compreendê-la, mas não de sentir o que ela sente (simpatia). A 
atitude empática independe da simpatia, não precisamos gostar nem simpatizar 
com a pessoa, precisamos ter sensibilidade para compreender como a pessoa se 
sente frente a uma determinada situação ou sentimento. 
Se você for lidar com pessoas, você deverá: 
Compreender as pessoas (sensibilidade social, empatia); 
Ter flexibilidade de ação (comportamento) em função das atitudes e 
sentimentos que você conseguiu empatizar. 
Flexibilidade de comportamento significa que você deve conduzir-se 
apropriadamente numa situação dada, com determinada pessoa. Veja os casos 
que seguem: 
Se Maria – criança de 05 anos me agride; 
Se Paulo – um adolescente de 13 anos me agride; Se meu pai – um adulto 
me agride; 
Se meu chefe – também adulto me agride; 
Se minha namorada – a quem amo, me agride... 
...não posso ter umareação uniforme para com todos os casos. Se assim 
agir, não terei flexibilidade de comportamento, me faltou empatia (compreender o 
comportamento de cada um, com as suas peculiaridades). 
Isso significa que devo ter um repertório de condutas que varia conforme a 
situação e a pessoa. 
 
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Este tipo de comportamento você poderá desenvolver submetendo-se a um 
treinamento em sensibilidade social e flexibilidade de comportamento. 
Você poderá começar a desenvolver sensibilidade social e flexibilidade de 
comportamento através- de: 
Melhor conhecimento de si próprio; 
Melhor compreensão dos outros; 
Melhor convivência em grupo; 
Desenvolvimento de aptidões para um relacionamento mais eficiente com os 
outros. 
 
MOTIVAÇÃO 
 
Conceito de Motivação 
Conjunto de forças internas que mobilizarão o indivíduo para atingir um dado 
objetivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio. 
A palavra motivação vem do latim movere, que significa "mover". A 
motivação é, então, aquilo que é susceptível de mover o indivíduo, de levá-lo a agir 
para atingir algo (o objetivo), e de lhe produzir um comportamento orientado. 
Ciclo motivacional: 
RELAÇÕES 
HUMANAS 
RELAÇÕES 
HUMANAS 
 
REPERTÓRIO 
DE 
CONDUTA 
EMPATIA 
 FLEXIBILIDADE 
DE COMPORTAMENTO 
 
REPERTÓRIO 
DE 
CONDUTA 
 
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Necessidade. É o motivo, a razão de ser da ação. É provocada por um 
estado de desequilíbrio devido a uma carência ou privação (ex.falta de alimento no 
organismo). 
Impulso ou pulsão. É a atividade desenvolvida pela necessidade ou motivo, 
isto é, a energia interna que impele o indivíduo a agir num dado sentido. (Ex.força 
que move o indivíduo para obter comida). 
Resposta. É a atividade desenvolvida e desencadeada pela pulsão para 
atingir algo. (ex.procurar comida). 
Incentivo. É o objetivo para o qual se orienta a ação. (Ex. ingerir o alimento). 
Saciedade. É a satisfação decorrente de se ter atingido o objetivo pretendido 
(depois de se ter ingerido o alimento, a fome desaparece). 
Este comportamento sequencial volta a repetir-se sempre que se repete a 
necessidade que o provoca. 
Tipos de Motivação 
Não existe uma classificação para as motivações, mas várias. As motivações 
podem classificar-se em dois grandes grupos: 
Motivações fisiológicas (primárias, básicas, biológicas, orgânicas): as 
que estão ligadas à sobrevivência do organismo e não resultam de uma 
aprendizagem. Elas provocam no organismo certos impulsos para o 
restabelecimento do seu equilíbrio. Estas motivações encontram-se estreitamente 
ligadas com determinado estado interno do organismo. Exemplos: respiração, 
fome, sede, sexo, evitar o frio e o calor, sono, etc. A homeostasia designa o 
mecanismo que regulação o equilíbrio interno do organismo. 
Motivações sociais (secundárias, culturais): as que dependem 
essencialmente de aprendizagens, isto é, foram adquiridas no processo de 
socialização. Exemplos: Necessidade de convivência (afiliação), de 
reconhecimento, de êxito social, de segurança, etc. Este grupo pode ser 
subdividido, por exemplo, entre motivações sociais centradas no indivíduo e ou 
centradas na sociedade. 
Centradas no indivíduo (autoafirmação): desejo de segurança, de ser aceito, 
de pertencer a um grupo, de alcançar um estatuto social elevado, de enriquecer, 
etc. 
 
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Centradas na sociedade (independentes dos nossos interesses particulares): 
respeito pelo próximo, de solidariedade, de amizade, de amor, etc. 
Há que questione esta divisão das motivações, afirmando que todas elas têm 
um fundo comum: a busca do prazer, o único e verdadeiro motivo de todas as 
ações humanas. 
 
FRUSTRAÇÃO 
 
 
Quando o indivíduo está motivado para atingir um dado objetivo, e por um 
obstáculo qualquer não o consegue atingir, vive um estado de frustração. Este 
sentimento depende de muitos fatores: personalidade do sujeito, idade, natureza da 
motivação, tipo de obstáculo, etc. 
Reações à frustração. Não existe uma reação tipo para determinada 
frustração, as respostas às frustrações dependem de muitos fatores como acima 
aludimos. 
Comportamentos resultantes da frustração: 
Agressão (direta ou deslocada). Esta agressão denomina-se direta quando 
é dirigida contra a fonte que provocou a frustração, e deslocada se dirige para 
outras pessoas ou objetos. Ex. A criança agride o pai que a impede de brincar 
(agressão direta); A criança proibida de brincar, destrói os brinquedos com que o 
pai a impede de brincar (agressão deslocada); 
Ao longo do processo de socialização, o indivíduo aprende a lidar com as 
frustrações, inibindo, deslocando, dissimulando, ou compensando as suas 
manifestações de agressividade. Em situações extremas, o indivíduo pode dirigir as 
suas manifestações de agressividade deslocada para ele próprio (auto agressão). 
 
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Apatia (indiferença ou inatividade). Face a contínuas frustrações o indivíduo 
pode cair na reação apática (indiferença perante a fonte da frustração). A pulsão 
motivadora do comportamento é reduzida ou eliminada. 
CONFLITO 
Estado de tensão que resulta de uma tensão interior vivida pelo sujeito 
quando se debate com motivações inconciliáveis. 
Kurt Lewin classificou os conflitos em três grupos: 
Conflito aproximação/ aproximação. Decisão sobre duas coisas 
desejáveis, mas incompatíveis. Ex.: Escolher entre uma festa e uma viagem; 
Conflito afastamento/ aproximação. Decisão sobre algo que comporta 
aspectos positivos, mas também negativos. Ex. Fazer uma viagem, mas ficar sem 
dinheiro. 
Conflito afastamento/ afastamento. Decisão sobre duas coisas igualmente 
desagradáveis, mas inevitáveis. Ex.: Para uma criança - comer a sopa ou ir para a 
cama. 
 
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO 
 
Principais teorias 
 
 
Teoria de Abraham Maslow. Este psicólogo, fundador da psicologia 
humanista, descreve o processo como o indivíduo passa das necessidades 
básicas, como se alimentar, a necessidades superiores como as cognitivas ou 
estéticas. Maslow estabelece uma estrutura hierarquia das necessidades partindo 
 
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da ideia que se não se satisfaz uma necessidade básica, torna-se impossível 
satisfazer outras de ordem superior. Se tivermos fome (necessidade fisiológica), por 
exemplo, somos incapazes de nos concentrarmos em atividades estéticas. Esta 
ideia aplica-se a todas as atividades da vida humana, afirmando também que todos 
os homens aspiram à auto realização plena das suas potencialidades. 
 
1.Hierarquia das motivações (por ordem crescente): 
Necessidades fisiológicas (água, luz solar, alimento,oxigênio, sexo, 
alojamento); 
Necessidades de segurança (estar livre do medo e das ameaças, de não 
depender de ninguém, de autonomia, de não estar abandonado, de proteção, de 
confidencialidade, de intimidade, de viver num ambiente equilibrado); 
Necessidades de afeto ou de pertença (afiliação, afeto, companheirismo, 
relações interpessoais, conforto, comunicação, dar e receber amor); 
Necessidades de prestígio e estima social (respeito pela própria dignidade 
pessoal, elogio merecido, auto estima, individualidade, identidade sexual, 
identidade sexual, reconhecimento); 
Necessidades de auto realização e criatividade (auto expressão, utilidade, 
criatividade, produção, diversão e ócio); 
Cognitivas e de curiosidade, de conhecer o mundo (saber, inteligência, 
estudo, compreensão, estimulação, valia pessoal); 
Estéticas (realização de possibilidades, autonomia pessoal, ordem, beleza, 
intimidade, verdade, objetivos espirituais). 
 
 
 
2. Teoria Psicanalítica. O comportamento do indivíduo é motivado por uma 
energia libidinal, que se manifesta sob a forma de pulsões. As satisfações destas 
pulsões diminuem a tensão no indivíduo, mas também produzem prazer. Nem 
 
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sempre está satisfação se revela aceitável, o que origina frustrações e conflitos. A 
fim de evitar as frustrações e os conflitos, e tendo em vista diminuir a tensão 
interna, os mecanismos de controlo do ego (Eu), recorrem a várias estratégias para 
a controlarem estas tensões e obterem alguma satisfação das pulsões. Na maior 
parte tratam-se de respostas elaboradas pelo inconsciente, sem que o indivíduo se 
dê conta disso. 
 
Principais mecanismos de defesa do ego: 
 
Recalcamento: Processo de esquecimento inconsciente de lembranças 
desagradáveis. Os desejos e sentimentos inaceitáveis são mantidos no 
inconsciente. 
Repressão: Processo voluntário e consciente pelo qual o indivíduo esquece 
ou repele da consciência lembranças desagradáveis. 
- Regressão: Retorno do indivíduo a formas de comportamento próprias de 
uma idade inferior à sua, nomeadamente a aquelas em que se sentia seguro e 
confiante. 
Projeção: Os desejos próprios são atribuídos a outras pessoas. O indivíduo 
atribui a outros desejos que são seus. 
Identificação. Adoção de comportamentos daqueles que nos impressionam 
e se nos impõe como modelos de comportamento. 
Sublimação: Substituição do objetivo da pulsão por outro socialmente aceite 
e estimável. Deste modo o desejo é satisfeito de modo indireto. 
Racionalização: Justificação, a posteriori, com o intuito de evitar 
sentimentos de inferioridade que ponham em risco a auto estima. 
Compensação: Realização de atividades inferiores para compensar outras 
tidas como superiores, mas face às mesmas o indivíduo manifesta medos ou 
assume certas incapacidades para a sua realização. 
Transferência: Mudança de um objeto proibido das pulsões para outro, 
relacionado com aquele, mas socialmente aceitável e socialmente aceitável. 
 
 
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O QUE É INTELIGÊNCIA EMOCIONAL? 
 
A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a 
si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando 
emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar 
pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu 
engajamento a objetivos de interesses comuns. (Gilberto Vitor) 
Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco 
áreas de habilidades: 
Auto - Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele 
ocorre. 
Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, 
adequando-os para a situação. 
Auto - Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para 
manter-se caminhando sempre em busca. 
Reconhecimento de emoções em outras pessoas. 
Habilidade em relacionamentos interpessoais. 
As três primeiras acima se referem à Inteligência Intrapessoal. As duas 
últimas, a Inteligência Interpessoal. 
 
IMPORTÂNCIA DAS EMOÇÕES 
 
Sobrevivência: Nossas emoções foram desenvolvidas naturalmente através 
de milhões de anos de evolução. Como resultado, nossas emoções possuem o 
potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de 
orientação. Nossas emoções nos alertam quando as necessidades humanas 
naturais não são encontradas. Por exemplo, quando nos sentimos sós, nossa 
necessidade é encontrar outras pessoas. Quando nos sentimos receosos, nossa 
necessidade é por segurança. Quando nos sentimos rejeitados, nossa necessidade 
é por aceitação. 
Tomadas de Decisão: Nossas emoções são uma fonte valiosa da 
informação. Nossas emoções nos ajudam a tomar decisões. Os estudos mostram 
que quando as conexões emocionais de uma pessoa estão danificadas no cérebro, 
 
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ela não pode tomar nem mesmo as decisões simples. Por quê? Porque não sentirá 
nada sobre suas escolhas. 
Ajuste de limites: Quando nos sentimos incomodados com o 
comportamento de uma pessoa, nossas emoções nos alertam. Se nós 
aprendermos a confiar em nossas emoções e sensações isto nos ajudará a ajustar 
nossos limites que são necessários para proteger nossa saúde física e mental. 
Comunicação: Nossas emoções ajudam-nos a comunicar com os outros. 
Nossas expressões faciais, por exemplo, podem demonstrar uma grande 
quantidade de emoções. Com o olhar, podemos sinalizar que precisamos de ajuda. 
Se formos também verbalmente hábeis, juntamente com nossas expressões 
teremos uma possibilidade maior de melhor expressar nossas emoções. 
Também é necessário que nós sejamos eficazes para escutar e entender os 
problemas dos outros. 
União: Nossas emoções são talvez a maior fonte potencial capaz de unir 
todos os membros da espécie humana. Claramente, as diferenças religiosas, 
cultural e política não permitem isto, apesar dar emoções serem "universais". 
 
ÉTICA E CIVILIZAÇÃO 
 
 
Os seres humanos agem conscientemente, e cada um de nós é senhor de 
sua própria vida. Mas como resolvemos o que fazer? Você em algum lugar já 
pensou em como você toma as decisões sobre o que fazer em determinada 
situação? Você age impulsivamente, fazendo ―o que der na telha‖ ou analisa 
cuidadosamente as possibilidades e as consequências, para depois resolver o que 
fazer? 
 
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 30 
 
 
A filosofia pode nos ajudar a pensar sobre a nossa vida. Chama-se ética a 
parte da filosofia que se dedica a pensar as ações humanas e os seus 
fundamentos. Um dos primeiros filósofos a pensar a ética foi Aristóteles, que viveu 
na Grécia no século IV aC . Esse filósofo ensinava numa escola à qual deu o nome 
de Liceu, e muitas de suas obras são resultado das anotações que os alunos 
faziam de suas aulas. As explicações sobre a ética foram anotadas pelo filho de 
Aristóteles chamado Nicômaco, e por isso esse livro é conhecido por nós com o 
título de Ética a Nicômaco. 
Em suasaulas, Aristóteles fez uma análise do agir humano que marcou 
decisivamente o modo de pensar ocidental. O filósofo ensinava que todo o 
conhecimento e todo trabalho visa a algum bem. O bem é a finalidade de toda 
ação. A busca do bem é o diferente é o que difere a ação humana da de todos os 
outros animais. 
Ele perguntou: Qual é o mais alto de todos os bens que se podem alcançar 
pela ação? E como resposta encontrou: a felicidade. Essa resposta formulada pelo 
filósofo encontra eco até nossos dias. Tanto o homem do cotidiano como todos os 
grandes pensadores estão de acordo que a finalidade da vida é ser feliz. Identifica-
se o bem viver e o bem agir com o ser feliz. 
No entanto, disse Aristóteles, a pergunta sobre o que é felicidade não é 
respondida igualmente por todos. Cada um de nós responde de uma forma 
singular. Essa singularidade na resposta é partilhada por outros indivíduos com os 
quais convivemos. Portanto, no processo de nossa educação familiar, religiosa e 
escolar aprendemos a identificar o ser feliz com os valores que sustentam nossas 
ações. 
Toda a produção humana consiste em criar condições para que o homem 
seja feliz. Todas as religiões, as filosofias de todos os tempos, as conquistas 
tecnológicas, as teorias científicas e toda a arte são criações humanas que 
procuram apresentar condições para a conquista da felicidade. O processo 
civilizatório iniciou-se com a promessa da felicidade. 
 
RACIONALIDADE E LIBERDADE 
 
 
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 31 
 
 
O mesmo Aristóteles caracterizou os humanos como seres racionais que 
falam. A dimensão anímica ou psíquica (psique=alma) dos seres humanos foi 
concebida pelo filósofo como um conjunto de duas partes: uma racional e a outra 
privada de razão. A primeira se expressa pela atividade filosófica e matemática. A 
Segunda, por seus elementos vegetativos e apetitivos. Isso permitiu a 
hierarquização dos seres humanos. 
Pela segunda parte da alma, somos iguais a todos os outros animais. 
Movidos pelos instintos primários (fome, sede, sono, reprodução), somos guiados 
pela necessidade de sobrevivência. Todos os seres humanos têm em comum um 
problema único a resolver: como sobreviver. Necessitamos de alimentos para 
aplacar nossa fome; de água para saciar a sede: dormir para perpetuar a espécie. 
Mas o que nos diferencia dos outros animais? Segundo Aristóteles, é a 
racionalidade. Nós somos capazes de planejar nossas ações, de realizar escolhas 
e julgá-las, determinando seu valor. Agimos acreditando que estamos fazendo o 
bem e, mesmo quando julgamos mal nossas ações, é sempre o bem que 
estabelece o critério de tal julgamento. 
Assim, os seres humanos identificam-se como tais pelas distinções que são 
capazes de estabelecer com os outros animais e, por conseguinte, com todo o 
reino da natureza. Os seres humanos definem-se pela capacidade de pensar, falar, 
trabalhar e amar. Ainda com Aristóteles, podemos identificar três coisas que 
controlam a ação: sensação, razão e desejo. A primeira não é princípio para julgar 
ação, pois também os outros animais possuem sensação, mas não participam da 
ação. 
 
A ação é um movimento deliberativo, isto é, a origem da ação é a escolha. 
Os homens diferem dos demais animais porque são capazes de realizar escolhas. 
 
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O desejo está na raiz dessas escolhas: a razão é o seu guia. Para Aristóteles, o 
desejo é a força motriz, o impulso gerador de todas as nossas ações. Mas esta 
força motriz deve seguir o curso traçado pela razão. A razão guia, conduz o desejo 
ao encontro de seu objetivo. 
Realizar escolhas é eleger objetos para o desejo. O critério das escolhas é 
sempre racional. O motivo é sempre emocional, ou seja, impulsionados pelo desejo 
movemo-nos em direção aos objetos. Nesse sentido, a capacidade racional de 
realizar escolhas permite-nos afirmar nossa condição de liberdade. O exercício da 
liberdade é a capacidade de escolher. Nisso os seres humanos podem se desviar 
do determinismo pelo padrão genético de suas espécies. Quando olhamos um 
filhote de cachorro, por exemplo, somos capazes de dizer seu comportamento 
futuro. Ao olhar para um bebê é impossível prever seu comportamento, suas ações 
e suas intenções. 
É a escolha que define o caráter de um ser humano. Suas virtudes se 
manifestam nas escolhas que realiza no curso de sua condição mortal. Aqui se 
apresentam algumas questões éticas de grande relevância. Quais os critérios que 
norteiam as escolham que um homem faz em sua vida? Quais são os valores que 
pautam suas ações? Quais objetivos pretende atingir com quais meios efetivará 
sua realização? Afirma-se que toda ação deve ser justa e boa. Mas, o que 
determina a justiça e a bondade? O que é ser justo? O que é ser bom? 
 
No exercício da liberdade, cada um de nos se relaciona com outros 
indivíduos e dessas relações emerge a realidade social. Chamamos sociais nossas 
relações com os outros no mundo. A sociedade é uma construção histórica pautada 
numa lei fundamental: é proibido matar o semelhante. No entanto, numa rápida 
 
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olhada em qualquer jornal, por exemplo, descobrimos que o assassinato é 
praticado das mais diferentes formas: guerras, fome, assaltos, atentados, 
terroristas...Vez ou outra, ouvimos dizer que essas ações são desumanas. Mas 
como, se foram praticadas por seres da mesma espécie, animais racionais? 
 
CIVILIZAÇÃO E VALORES 
 
A civilização parece não respeitar a lei fundamental que criou para que 
pudesse existir. É proibido matar! Se existem práticas homicidas, os critérios de 
bondade e justiça não são cumpridos. Os assassinatos revelam o conflito 
irremediável entre a liberdade e a lei. A lei foi constituída para garantir o exercício 
da liberdade. No entanto, acaso deveríamos julgar livres os indivíduos que praticam 
crimes? Seriam eles livres em suas ações ou não? O critério de justiça determina a 
prisão (perda da liberdade) para quem cometer homicídio. Mas por que os pobres 
são condenados à prisão? Por que os chamados ―crimes de colarinho-branco‖ não 
são punidos com a prisão? Observe que essas questões remetem ao chamado da 
reflexão ética. 
Em 1930, um médico vienense chamado Sigmund Freud – o criador da 
psicanálise – publicou um livro com o sugestivo título O mal-estar na civilização. 
Nessa obra, Freud fez um diagnóstico do processo civilizatório e constatou que os 
seres humanos estão condenados a viver nesse conflito irremediável entre as 
exigências pulsionais (a liberdade) e as restrições (as leis). 
Freud Retoma a clássica questão aristotélica que atravessa toda a história 
ocidental: O que os homens pedem da vida e o que desejam nela realizar? A 
resposta é categórica: a felicidade. Os homens querem ser felizes e assim 
permanecer. Toda ação tem em vista a conquista da felicidade. 
Par analisar por que nos afastamos desse propósito, Freud apresenta uma 
reflexão decisiva para pensarmos a Ética civilizatória como processa de felicidade: 
―Grande parte das lutas humanas centraliza-se em torno da tarefa única de 
encontrar uma acomodação conveniente – isto é, uma acomodação que traga 
felicidade – entre essa reinvindicaçãodo indivíduo (liberdade) e as reivindicações 
culturais do grupo (leis), e um dos problemas que incide sobre o destino da 
 
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humanidade é o saber se tal acomodação pode ser alcançada por meio de alguma 
específica de civilização (religião, ciência, filosofia, arte) ou se esse conflito é 
irreconciliável‖ (p.116). A posição de Freud é clara: o conflito é irremediável. 
A tarefa da civilização é humanizar esse animal racional chamado homem. 
Acompanhando os argumentos de Freud na obra citada, podemos encontrar 
elementos para caracterizar o processo civilizatório construído pelos seres 
humanos. A civilização é concebida como tudo aquilo por meio do que a vida 
humana se elevou acima de sua condição animal. Os humanos são seres da 
cultura. A cultura é a morada do homem. O acesso aos bens culturais produzidos 
em toda a história é o que define nossa condição humana. O homem é um animal 
cujo maior desejo é tornar-se humano. 
A elevação apontada por Freud é o que diferencia dos outros animais. A vida 
humana difere da vida dos animais em dois aspectos: os conhecimentos e as 
capacidades adquiridas para controlar as forças da natureza; e os regulamentos 
(leis, normas, regras) para ajustar as relações dos homens uns com os outros. 
Na luta pela sobrevivência em um mundo sombrio e assustador, o animal 
racional teve de enfrentar três grandes desafios: o poder superior da natureza, que 
nos ameaça com forças de destruição, a fragilidade de seu próprio corpo, 
condenado à dissolução; e as leis que regulam suas ações sociais. Os 
conhecimentos científicos e tecnológicos procuram responder a esses desafios. As 
práticas religiosas, os sistemas de crenças também. As teorias filosóficas e as 
produções artísticas inserem-se nessa tarefa de encontrar caminhos para esses 
desafios humanos. 
A conclusão derradeira de Freud é que a civilização tem que ser defendida 
contra o indivíduo e que seus regulamentos, suas instituições e suas ordens 
dirigem-se a essa tarefa (...) fica-se com a impressão de que a civilização é algo 
que foi imposto a uma maioria resistente por uma minoria que compreendeu como 
obter a posse dos meios de poder e coerção, somos submetidos ao processo 
civilizatório. Desde o nascimento até a morte, somos atravessados pelos critérios 
que sustentam a civilização: o bem e a justiça. 
Finalmente, como relacionar à ética (instância individual) e civilização 
(instância coletiva)? A ética, pensada no campo da lei, leva-nos às mesmas 
 
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conclusões que Freud. Ao obter a posse dos meios de poder e coerção, uma 
minoria impõe seus valores à grande maioria que resiste. Mas a conclusão de 
Freud nos permite pensar o poder também como resistência por parte da maioria. 
Nesse caso, o Estado aparece como o grande gerenciador desse conflito, por meio 
de seu sistema de leis e práticas de coerção (prisão, por exemplo). 
 
Há outra forma também de pensarmos a ética: como exercício estético. Em 
meio a esse conflito irreconciliável entre as exigências individuais por liberdade e as 
restrições impostas pelo regulamento social, podemos criar condições para 
instaurar uma ética da beleza: fazer da vida uma obra de arte, criar condições para 
que cada um produza sua própria vida como quem esculpe o mármore ou pinta 
uma tela. O mármore ou a tela seriam as imposições/restrições impostas pela 
civilização e das quais podemos escapar, mas, como sujeito de nossa vida pode 
esculpir/pintar com o formão e o pincel de nossa liberdade. 
 
ÉTICA E VALORES 
 
 
Conjunto de informações a respeito da vida – entre tantas informações 
questões ligadas a ―Justiça Social‖. Ocorrência: Valores diferenciados para fatos e 
coisas. 
Exemplo: 
 
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Na escala de valores de uma família de baixa renda, o valor atribuído às 
necessidades básicas, certamente, encontra-se em patamar superior ao do valor 
atribuído às necessidades menos imediatas, como o lazer. Esse quadro é diferente 
quando a escala de valores é de uma família de alta renda, cujas necessidades 
básicas já estão, a priori, totalmente atendidas. 
Portanto, quanto maior o distanciamento verificado entre as condições de 
vida das pessoas, certamente maior será a diferença no que se refere ao conjunto 
de informações recebido de forma individual, da mesma forma que diferentes serão 
as necessidades a que cada um a busca atender de maneira mais imediata, vale 
dizer, maior será o distanciamento entre seus valores. 
 
ÉTICA E LEI 
 
O conceito ou preceito ético é uma regra aplicável à conduta humana. O 
preceito possui duas características essenciais: 
 Destina-se a adequar a ação humana ao conceito do bem e da moral. 
 Pode ser aplicado pela simples determinação do ser humano, 
independentemente de qualquer coação externa. 
Como os preceitos éticos são regras, muitos estudiosos aplicam-lhes o 
princípio – típico das normas jurídicas – da possibilidade de não atendimento sem 
violação dos princípios. 
Essa corrente de pensamento aceita a ideia de que um comportamento pode 
não ser exatamente de conformidade com a regra ética, mas mesmo assim pode 
não contrariar esse preceito. Para qualificar esse comportamento, tais pensadores 
utilizam a palavra aética, que é um comportamento que não é ético, mas que 
também não contraria a regra ética. 
 
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Não concordamos com tal corrente de pensamento. Por essa razão, para 
nós os comportamentos valorados à luz das regras ética só podem ser éticos ou 
antiéticos. 
A lei é uma norma aprovada pelo povo de um país, que possui as seguintes 
características fundamentais: 
Resulta de um processo formal de elaboração, do qual a sociedade participa 
diretamente ou através de seus representantes. 
É dotada de sanção, ou seja, a sua desobediência gera uma penalidade. 
É sempre atribuída, o que significa que cada direito outorgado a alguém 
impõe um dever, para a mesma ou para outra pessoa. 
 
CONCEITO DA ÉTICA 
 
Pode-se, de forma simplificada, definir o termo ética como sendo um ramo 
da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou errado. 
Uso popular do termo ética: Ética diz respeito aos princípios de conduta que 
norteiam um indivíduo ou grupo de indivíduos. 
A expressão ética pessoal é normalmente aplicada em referência aos 
princípios de conduta das pessoas em geral. 
A expressão ética profissional serve como indicativo de conjunto de normas 
que baliza a conduta dos integrantes de determinada profissão. 
Os filósofos referem-se à ética para denotar o estudo teórico dos padrões de 
julgamentos morais, inerentes às decisões de cunho moral. 
A reflexão ética não pode pretender converter os agentes sociais em 
indivíduos éticos, mas pode instrumentalizá-los para que decidam 
consequentemente, de acordo com o que a coletividade espera deles. 
 
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A ética representa, pois, uma tomada de posição ideológica- filosófica que 
remete aos interesses sociais envolvidos. 
A moral, como sinônimo de ética, pode ser conceituada como o conjunto de 
normas que, em determinado meio, granjeiam a aprovação para o comportamento 
dos homens. 
 
A ética, como expressão única do pensamento correto, conduz à ideia da 
universalidade moral, ou ainda, à forma ideal universal do comportamento humano, 
expressa em princípios válidos para todo o pensamento normal e sadio. 
 
CONCEITOS DA ÉTICA PROFISSIONAL 
 
As lideranças sociais têm um poder e uma responsabilidade decisivos em 
relação à ética. Nenhuma nação, povo, ou grupo social pode realizar seu projeto 
histórico sem lideranças. A liderança social é o elemento de ligação entre os 
interesses do grupo social e as oportunidades históricas disponíveis para realiza-
los. A responsabilidade ética da liderança, portanto, se pudesse ser medida, teria o 
 
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tamanho e o peso dos direitos reunidos de todos aqueles que ela representa e 
lidera. 
A liderança social tem uma tripla responsabilidade ética: institucional, 
pessoal e educacional. Institucional, porque devem cumprir fiel e estritamente os 
deveres que lhe são atribuídos. 
Liderança pessoal porque devem ser cada uma delas, um exemplo de 
cidadania: justas e eticamente íntegras. Liderança educacional porque, além de ser 
um exemplo, deve dialogar com os que ela lidera, de modo a ampliar a sua 
consciência política e a fazê-los crescer na cidadania. 
A moral disciplina o comportamento do homem consigo mesmo. Tratam dos 
costumes, deveres e modo de proceder dos homens com os outros homens, 
segundo a justiça e a equidade natural, ou seja, os princípios éticos e morais são 
na verdade os pilares da construção de uma identidade profissional e sua moral 
mais do que sua representação social contribui com a formação da consciência 
profissional. 
Os princípios éticos e morais são, na verdade, os pilares da construção de 
um profissional que representa o Direito Justo, distinguindo-se por seu talento e 
principalmente por sua moral e não pela aparência. 
 
A ÉTICA PROFISSIONAL E A FILOSOFIA DO AGIR HUMANO – O SER 
ÉTICO/AXIOLÓGICO. 
 
É a vida do bem em organizações humanas. A vida plenamente humana, 
―programa pedagógico esse que visa formar o jovem Técnico em Metalurgia, que 
participa da cidadania, assumindo com plena consciência a recíproca relação entre 
direitos e deveres‖, consiste em essa mesma existência da esfera profissional. 
Esse mundo humano – ser ético/axiológico não é uma dádiva da natureza. 
É uma conquista cultural. Destino das sociedades institucionalizadas, em sua 
dimensão ético-profissional, a de enveredarem pelos obscuros caminhos da cidade 
sem lei. 
A ética é aplicada no campo das atividades profissionais. Assim, a ética 
profissional do estudante de Técnico de Metalurgia e demais outras profissões. 
 
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A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na ação humana ―o 
fazer‖ e ―o agir‖ estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência 
que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. 
O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve 
assumir no desempenho de sua profissão. 
O estudo e o conhecimento da Deontologia (do grego deontos = dever e 
logos = tratado) se voltam para a ciência dos deveres, no âmbito de cada profissão. 
É o estudo dos direitos, emissão de juízos de valores, compreendendo a 
ética como condição essencial para o exercício de qualquer profissão. 
A ética é indispensável ao profissional, porque na ação humana ―o fazer‖ e ―o 
agir‖ estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo 
profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à 
conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho 
de sua profissão. 
Tanto a moral como o direito baseiam-se em regras que visam estabelecer 
certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam. 
 
A moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma 
de garantir o seu bem-viver. Independe das fronteiras geográficas e garante uma 
identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo 
referencial moral comum. 
O direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas 
fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, que valem apenas para a 
área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. 
 
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A ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou 
injusto, adequado ou inadequado. Um dos seus objetivos é a busca de justificativas 
para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos – 
Moral e Direito – pois não estabelece regras. 
 
ÉTICA PROFISSIONAL: QUANDO SE INICIA ESTA REFLEXÃO? 
 
Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve 
iniciar bem antes da prática profissional. A fase da escolha profissional, ainda 
durante a adolescência muitas vezes, já deve ser permeada por esta reflexão. A 
escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres 
profissionais passa a ser obrigatório. 
Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o 
conjunto de deveres que está prestes a assumir, tornando-se parte daquela 
categoria. 
Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e 
habilidades, referentes à prática específica numa determinada área, devem incluir a 
reflexão, antes do início dos estágios. Ao completar a formação em nível superior, a 
pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a 
categoria profissional onde formalmente ingressa. Isso caracteriza o aspecto moral 
da chamada Ética Profissional, a adesão voluntária a um conjunto de regras 
estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício. 
É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não 
estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas 
as atividades que uma pessoa pode exercer. 
Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo 
quando exercidas solitariamente em uma sala, fazem parte de um conjunto maior 
de atividades que dependem do bom desempenho desta. 
Uma postura proativa, por exemplo, é não ficar restrito às tarefas solicitadas, 
mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que temporário. 
Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer e juntar o lixo, 
mas você pode também tirar o lixo que vê que está prestes a cair na rua, podendo 
 
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futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de 
água quando chover.

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