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Ergonomia
Gestão da Ergonomia
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Cristhiane Eliza dos Santos
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução ao tema
• Leitura Obrigatória
• Material Complementar Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Apresentamos como objetivos dessa unidade aplicar e gerir a ergonomia. Será discutido 
também Sistemas de gestão que possuam interface com a ergonomia: OHSAS 18.000 
(segurança do trabalho), ISO 26.000 (diretrizes em responsabilidade social) e SA 8.000 
(responsabilidade social).
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Gestão da Ergonomia
UNIDADE 
Gestão da Ergonomia
Introdução ao tema
Nesta unidade, abordaremos pontos importantes para o planejamento, aplicação 
e gestão da ergonomia e a devida interface com sistemas de gestão internacional 
pertinentes ao assunto.
Podemos afirmar que a gestão da ergonomia é mais um desdobramento da ergonomia. 
Não menos técnico que a medicina do trabalho ou as normas e legislação dedicada ao 
assunto, mas, multidisciplinar como a ergonomia “exige”.
Ao longo dos nossos estudos, discorremos sobre a definição e evolução da ergonomia 
e promovemos uma abordagem específica sobre os elementos legais de aplicação da 
ergonomia. Além disso, apresentamos e ilustramos a ampliação do escopo da ergonomia, 
“extrapolando” as fronteiras da indústria, bem como discutimos a ergonomia na vida e 
nos serviços públicos de qualquer população: nos transportes, na escola, nos hospitais. 
É importante destacar que a aplicação da ergonomia na agricultura apresenta-se em 
destaque no sentido de trazer à luz a discussão sobre a escassez de recursos necessários 
à sobrevivência; água e a oferta de alimentos para uma população crescente.
Então, traremos, nesta unidade, normas internacionais que parametrizam a aplicação 
e gestão da ergonomia, salientando que, em organizações multinacionais, essa visão 
mais generalista é imprescindível. 
Não é raro presenciarmos a afirmação de que a aplicação da ergonomia é cara e 
complexa, sendo APENAS possível para empresas com recursos e de grande porte. 
Os sistemas de gestão surgem, nesse contexto, para desmistificar a complexidade da 
implantação e gestão da ergonomia. A quantidade de recursos necessários depende do 
tamanho da organização. Assim sendo, a aplicação da ergonomia é possível para todo 
tipo de organização que seja regida pelo regime CLT.
Nossa unidade final “ pretende ser”, não só uma unidade de fechamento dos nossos 
estudos, mas também “uma provocação”, um convite à reflexão sobre a aplicação 
prática da ergonomia no trabalho e na vida.
Portanto, nossa “unidade de estudos” está dividida em quatro partes, conforme 
ilustra diagrama:
1 - Visão Geral 2 - Sistemas 
de gestão
3 - Normas de 
responsabilidade 
social
4 - OHSAS 18.001 - 
Saúde e 
segurança do 
trabalho
6
7
Leitura Obrigatória
O conceito de ergonomia é relativamente antigo, todavia, só ganhou popularidade a 
partir da segunda guerra mundial. A fim de “otimizar” a utilização de armamento de uma 
maneira geral, os mesmos eram “desenvolvidos”, pela primeira vez na história olhando 
para o usuário final, procurando “enxergar” a interação entre produto e usuário para 
melhorar o sucesso dessa interação. Então, surge a ideia de aplicação da ergonomia como 
meio de busca pela eficiência nas operações. Nesse caso, especificamente, procurando 
fazer com que armamento “se adaptasse” ao soldado e aumentando a assertividade de 
uso. Assim, usando melhor o recurso para ter maiores e melhores resultados.
Dado o sucesso dessa iniciativa, no pós-guerra, a ergonomia teve seus conceitos e 
aplicações popularizadas como “vetor” de eficiência nas organizações.
Além disso, a ergonomia traz em seu bojo um viés de sustentabilidade. Importante 
destacar que há muitas definições sobre sustentabilidade. Nesse fórum, entende-se que a 
mais adequada seria a COEXISTÊNCIA.
Sustentabilidade é coexistência, existir ao mesmo tempo. Um “elemento” existindo ao 
mesmo tempo que outro “elemento”, sem, com isso, um prejudicar ou comprometer o 
outro. Por exemplo, a organização, para existir, tem que ter lucros. Porém, esses lucros não 
devem ser obtidos comprometendo a saúde e segurança do trabalhador.
Será também apresentada, nesta unidade, a aplicação da 
ergonomia fora da indústria, na vida cotidiana das pessoas 
através da ergonomia doméstica: carga de trabalho doméstico, 
acidentes, etc. Ademais, será abordada a ergonomia no 
ensino, nos transportes, em escritórios em espaços públicos 
em serviços médicos hospitalares e na agricultura.
Assim sendo, além dos títulos indicados no plano de 
ensino, a leitura de outros títulos a esses assuntos relacionados 
pode tornar sua experiência mais rica.
Portanto, explore a bibliografia obrigatória proposta na unidade estrutural. Afinal, é 
recomendável que você amplie seus estudos com pontos de vista de autores diversos. 
Para tanto, recomendamos que explore o acervo digital disponível na Biblioteca 
Virtual Universitária. 
7
UNIDADE 
Gestão da Ergonomia
Visão geral
Esta unidade tem como objetivo a aplicação da Gestão da Ergonomia e os Sistemas 
de Gestão relacionados.
Dentro de um sistema de gestão como OHSAS 18001 (Segurança e Saúde 
Ocupacional), são incluídas diversas ações ergonômicas, adequadas de acordo com a 
necessidade da organização, dentre elas: Análises Ergonômicas, Perícias, Formação 
de Comitês, Educação e Treinamento em Ergonomia, Analise de Projetos, Programas 
Preventivos e Corretivos, dentre outros, de acordo com as demandas apresentadas.
Mas, antes, vamos esclarecer um pouco um assunto que, por vezes, acaba causando 
alguma confusão.
Portanto, vamos falar um pouco sobre as normas de responsabilidade social e no que 
estão fundamentadas para, depois, entrar na OHSAS, que será nosso principal objetivo.
Importante notar que esta unidade não será um Guia de Implementação da OHSAS, 
mas vamos abordar os itens que precisam ser compreendidos para que o profissional em 
questão possa dar sua contribuição para o Sistema de Gestão.
Sistemas de gestão
A partir da identificação dos processos de uma organização, identificando-se entradas e 
saídas, deve-se estabelecer um sistema de controle / verificação com o objetivo de obter-se 
informações “vivas”, sempre atualizadas que reflitam a real situação da operação. Com 
isso, os líderes seriam capazes de tomar decisões assertivas.
Para que uma empresa tenha um “sistema de gestão”, ela pode “caseiramente” criar 
um conjunto de “ações padronizadas” que “garantam” os critérios de qualidade a serem 
atingidos, sistematicamente pela organização.
O conjunto de normas e procedimentos mais conhecidos são as normas da série 
ISO 9000.
Salienta-se que a família de normas ISO (InternationalStandart Organization) 9000 
originou-se na Suíça na década de 80.
Em virtude da formação e consolidação do Mercado Comum Europeu, surgiu a 
necessidade de estabelecerem-se padrões que norteassem as operações de negócios 
neste bloco.
Surge, então, em 1987, a primeira versão de normas ISO 9000. Essa versão era 
extremamente burocrática e continha 20 elementos.
• Em 1994, o enfoque deixou de ser de controle da qualidade para garantia 
da qualidade.
• Em 2000, o enfoque passa a ser gestão por processos.
8
9
• Em 2008, foram pequenas alterações mais relevantes voltadas para a gestão de 
recursos passando a considerar as competências.
• Em 2015, grandes mudanças estruturais, a questão da gestão de risco passou a 
ser considerada.
Da década de 1980, a sociedade passou por grandes “revoluções”. Em boa 
parte, relacionadas aos avanços tecnológicos advindos da tecnologia da informação. 
As “facilidades” proporcionadas pela tecnologia acabaram por promover grandes 
mudanças nos hábitos e costumes das pessoas. A sociedade mudou. A dinâmica dos 
mercados e, com ela, a competitividade mudou. A política mudou. A empresa mudou. 
O emprego mudou.
O acesso à informação tornou o “mundo menor”. A necessidade de “normas de 
qualidade” extrapolou os limites do “processo” (método de trabalho) para trazer à luz 
questões relacionadas a meio ambiente, saúde e segurança do trabalho, responsabilidade 
social entre outras.
A ISO série 14.000 – Gestão Ambiental é uma norma de relativamente simples 
aplicação, mas, em um dos seus requisitos, pede-se que sejam seguidas as legislações 
ambientais vigentes no local da unidade a ser certificada. No caso do Brasil são mais de 
80.000 leis relacionadas ao meio ambiente. Deve-se considerar também a hierarquia 
das leis: municipal, estadual e federal que, em muitos casos, são divergentes. Deve ser 
aplicada a lei mais rígida, independente da hierarquia das leis.
Existem outras normas que não pertencem à família ISO, mas são igualmen- 
te certificáveis:
• Normas de segurança: OHSAS 18.000 – abordadas, mais profundamente, ainda, 
nesta Unidade.
• Responsabilidade social: SA 8.000 (norma criada a partir do “escândalo da Nike”, 
quando veio a público a submissão do ser humano ao trabalho escravo – regime de 
escravidão – sem condições dignas de trabalho).
Normas de Responsabilidade Social
As normas de Responsabilidade Social, como a ISO 26.000 e a SA 8.000, têm com 
base 7 princípios:
• Accountability: Ato de responsabilizar-se pelas consequências de suas ações e 
decisões, respondendo pelos seus impactos na sociedade, na economia e no meio 
ambiente, prestando contas aos órgãos de governança e demais partes interessadas, 
declarando os seus erros e as medidas cabíveis para remediá-los.
Obs.: Optou-se por não traduzir este termo, porém uma aproximação razoável 
seria responsabilização.
• Transparência: Fornecer às partes interessadas de forma acessível, clara, 
compreensível e em prazos adequados todas as informações sobre os fatos que 
possam afetá-las.
9
UNIDADE 
Gestão da Ergonomia
• Comportamento ético: Agir de modo aceito como correto pela sociedade - com 
base nos valores da honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a 
natureza - e de forma consistente com as normas internacionais de comportamento.
• Respeito pelos interesses das partes interessadas (Stakeholders): Ouvir, 
considerar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham interesses 
nas atividades da organização ou por ela possam ser afetados.
• Respeito pelo Estado de Direito: O ponto de partida mínimo da responsabili-
dade social é cumprir integralmente as leis do local onde está operando.
• Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: Adotar prescrições 
de tratados e acordos internacionais favoráveis à responsabilidade social, mesmo 
que não haja obrigação legal.
• Direito aos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos 
humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou 
indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que requerem.
Analisando os princípios das normas de responsabilidade social, fica claro que 
devemos focar na OHSAS 18001.
OHSAS 18001 – Saúde e Segurança 
do Trabalho
Vale lembrar que todas as normas possuem basicamente a mesma estrutura, 
mudando apenas seu o foco e todas elas estão baseadas na ISO 9001. Esse fato 
permite que se tenha um sistema de gestão integrada, tendo uma base comum para 
todas as normas.
A ISO 9001 tem como princípio ciclo do PDCA, também conhecido como ciclo de 
melhoria contínua. Já que a OHSAS 1800 é nosso foco de estudo e tem como base a 
ISO 9001, é necessário compreender esse princípio.
Importante também citar que OHSAS estruturalmente é muito semelhante a ISO 
14001, sendo muito comum a implementação das normas em conjunto, formando um 
Sistema de Gestão Integrada.
10
11
A figura abaixo descreve de maneira muito simples o Ciclo do PDCA:
A P
C D
Treinamento
Execução dos
planos de ação
Veri�cação dos
resultados
Padronização dos
resultados obtidos
De�nição da meta
Análise do problema
Análise das causas
Elaboração dos planos
de ação
Fonte: Acervo do Conteudista
Conforme demonstrado na figura acima do Ciclo do PDCA, o sistema de gestão é 
algo vivo que está sempre sendo retroalimentado, ou seja, em constante evolução, isto 
independente de ser na área de qualidade, ambiental ou de segurança.
A OHSAS, que é o nosso foco, retrata a preocupação da empresa com a integridade 
física de seus colaboradores e toda a cadeia envolvida, incluindo fornecedores.
Como toda implementação, é necessário que haja uma estruturação.
De uma forma resumida, segue a estruturação de um sistema de gestão:
• Formação;
• Divulgação;
• Documentação;
• Controle de Documentos e Dados;
• Controle Operacional;
• Preparação e Resposta a Situações de Emergências.
Política
Todo este processo inicia-se com a definição de uma Política, a qual deve contemplar 
as diretrizes gerais sobre higiene e segurança.
11
UNIDADE 
Gestão da Ergonomia
A política de deve refletir o máximo comprometimento da alta direção da empresa 
com a prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, assim como a 
promoção de ambientes seguros e saudáveis para que os seus profissionais possam 
realizar suas atividades em condições isentas de perigos ou sob condições controladas de 
riscos, reduzindo, assim, a ocorrência de perdas.
A Política é um compromisso da empresa e vai dar as diretrizes para a implementação 
do sistema de gestão, como se fosse o alicerce de uma construção. Tudo vai se apoiar 
nesta política.
Após definição da Política, é necessário definir os riscos significativos. Para isso, 
utilizamos um processo de identificação, análise, avaliação e controle dos riscos laborais.
Identificação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos
Interessante, neste momento, estabelecer um procedimento para poder identificar 
estes riscos, bem como os critérios para poder analisá-los que pode ser alguma forma de 
pontuação. Importante definir um número em cima deste critério para poder classificar 
este risco como significativo ou não significativo. 
No caso dos riscos significativos, deve se estabelecer as ações necessárias para 
minimizá-los.
Importante também determinar como estes riscos são monitorados.
O modelo a seguir é uma sugestão para determinar o grau de risco e as ações de 
controle e/ou mitigação.
Planejar o
gerenciamento
de riscos
Identi�car
os riscos
Realizar a 
análise 
qualitativa
dos riscos
Realizar a 
análise 
quantitativa
dos riscos
Planejar as 
respostas
aos riscos
Controlar
os riscos
Fonte: Acervo do Conteudista
12
13
Item Atividade Perigo Dano
Sit
ua
çã
o O
pera
cio
na
l
Te
m
po
ra
lid
ae
Avaliação da 
Importância do
Sig
ni
fic
at
ivo
Ações de Controle e/
ou Mitigação
Gr
av
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ad
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Fr
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nc
ia
/
Pr
ob
ab
ili
da
de
Gr
au
 de
 R
isc
o
1
Atividade 
Adminis-
trativas
Ruído em 
Ambiente 
Administrativo
Desconforto 
acústico, 
estresse, fadiga
N A 1 2 2 NÃO
PPRA - Programa de 
Prevenção de Riscos 
Ambientais
2
Atividade 
Adminis-
trativas
Calor em 
ambiente 
administrativo
Desconforto 
térmico N A 1 2 2 NÃO
Climatização de 
Ambientes (ar 
condicionado)
3
Atividade 
Adminis-
trativas
Agentes 
microbio- 
lógicos (ar 
condicionado)
Doenças 
infecto-
contagiosas
N A 1 2 2 NÃO
Manutenção do sistema 
central de climatização 
(condomínio)
4
Atividade 
Adminis-
trativas
Incêndio Queimaduras, asfixia E A 3 1 3 SIM
Plano de Emergência do 
Condomínio; Sistema de 
Combate a Incêndios
5
Limpeza 
e Conser- 
vação
Ruído em 
Ambiente 
Administrativo
Desconforto 
acústico, 
estresse, 
fadiga
N A 1 2 2 NÃO
PPRA - Programa de 
Prevenção de Riscos 
Ambientais
6
Limpeza 
e Conser- 
vação
Calor em 
ambiente 
administrativo
Desconforto 
térmico N A 1 2 2 NÃO
Climatização de 
Ambientes (ar 
condicionado)
Esta planilha leva em conta, para determinação do grau de risco, a gravidade x fre-
quência/periodicidade a fim de, então, determinar se a atividade é significativa ou não.
Note que mesmo para todos os casos existem ações de controle e/ou mitigação, mas, 
no caso onde o grau de risco fez com que a atividade fosse significativa, temos um plano 
de emergência.
Risco Ergonômico
Não é tarefa das mais simples quantificar fatores como satisfação, bem-estar, cansaço, 
dor, etc. Dentro deste contexto, podemos dizer que nasce o conceito de Risco Ergonômico.
Risco, segundo a norma OHSAS 18001 é a combinação da probabilidade e gravidade 
(consequência) de um determinado evento fator de risco (ou perigo) ocorrer.
Contudo, “Fator de risco” é expressado por uma situação ou fonte potencial de 
danos em termos de acidentes pessoais, doença, danos materiais, danos ao ambiente de 
trabalho ou a combinação dos mesmos.
Muitos profissionais estão acostumados a analisar as questões do trabalho, segundo 
a ótica do PPRA (9º norma regulamentadora do trabalho – programa de prevenção de 
riscos ambientais), onde existem índices de aceitação ou de exposição. Exemplos típicos 
são ruído e temperatura.
13
UNIDADE 
Gestão da Ergonomia
Neste caso, quando inseridos no contexto ergonomia, esses profissionais “saem à caça” 
das posturas incorretas, das cadeiras antiergonômicas, das bancadas em altura inadequa-
da. Esquecem que pessoas são pessoas e, como tal, são passíveis de emoções e sensações.
O trabalho de gerenciamento de riscos ergonômicos (finalidade da metodologia) 
permite identificação precoce de possíveis problemas (quando ressaltamos “possíveis” 
tratamos de ações proativas), facilidade na aplicação e envolvimento de todos os 
envolvidos – gestores e operadores.
O trabalho inicia-se com a identificação da demanda de trabalho, com a participação 
dos gestores de cada área e dos trabalhadores de setor. Neste ponto, são identificados 
pontos críticos e problemas do dia a dia, segundo diferentes visões. São quantificados 
ainda índices de afastamentos, queixas, características da população de trabalho, 
qualificação, dentre outros (Figura abaixo).
Posto de 
trabalho
Descrição dos operadores Descrição do gestor
Observações 
do analistaPontos críticos
Problemas 
do dia a dia
Pontos críticos
Problemas 
do dia a dia
A Afastamentos
B Queixas frequentes
C Idade
Sexo
Qualificação
Tempo de serviço
Tempo de função
Índices de produção
Tecnologia utilizada
Gestão de pessoas
As situações devem ser filmadas e fotografadas e, em seguida, segue-se ao confronto 
entre tarefa (é uma ação com começo meio e fim, é preestabelecida) e atividade (ações 
cotidianas, sempre vão se repetir!). O distanciamento entre a tarefa e a atividade resulta 
no Motivo (como e por que determinadas ações acontecem).
Requisitos Legais e Outros
Importante lembrar que temos uma legislação complexa que rege as relações do 
trabalho e passa por constante evolução. Portanto, é de extrema importância, sempre, 
analisar a legislação, bem como sua evolução, verificando sempre se o sistema está 
contemplando a mesma, principalmente no que se refere a responsabilidades.
Estabelecendo-se “um link” entre as atividades identificadas com a legislação aplicável, 
minimiza-se a possibilidade de descumprimento de alguma lei, tornando o sistema de 
gestão mais eficiente.
Também é muito importante haver um procedimento de como é levantada a legislação 
aplicável e de como se evidencia que a mesma está sendo cumprida. (Mais à frente, vamos 
falar um pouco de controle de documentos.) 
14
15
Passos para tratamento da legislação:
Identi�cação Acesso Aplicabilidade Interpretação Implementação Conformidade
Os Requisitos Legais podem ser:
Municipal
Federal
Estadual
Outros requisitos aplicáveis, tais como:
Regulamentos
(entre outros)
Códigos
Normas
Licenças
Por exemplo:
Requisitos Legais – Saúde e Segurança do Trabalho
• Normas Regulamentadoras (NRs);
• Instruções Normativas do Ministério do Trabalho;
• Portarias do Ministério do Trabalho;
• Portarias da ANVISA e Ministério da Saúde;
• Leis Federais, Estaduais e Municipais.
Requisitos Legais – Meio Ambiente
• Resolução CONAMA;
• Portarias IBAMA;
• Instruções Normativas;
15
UNIDADE 
Gestão da Ergonomia
• Portarias Ministério Transportes;
• Portarias de Órgãos Estaduais;
• Leis Federais, Estaduais e Municipais.
Falando especificamente de ergonomia, temos a NR 17 que trata somente deste 
assunto, já abordada nas unidades anteriores juntamente com outras NR’s que se 
relacionam entre si. Não poderíamos deixar de citar também a importância da ergonomia 
no nexo-causal entre outros.
Acidentes, Incidentes, não conformidades, ações corretivas 
e ações preventivas
Segundo a OHSAS, o tratamento de acidentes, incidentes e não conformidade 
deverão ser tratados e investigados de forma a adotar medidas para reduzir quaisquer 
consequências oriundas de acidentes, incidentes ou não conformidades; iniciar e 
concluir ações corretivas e preventivas; confirmar a eficácia das ações corretivas e 
preventivas adotadas.
Esses procedimentos devem requerer que todas as ações corretivas e preventivas 
propostas devem ser analisadas criticamente durante o processo de avaliação de riscos, 
antes da implementação.
Qualquer ação corretiva ou preventiva adotada para eliminar as causas das não 
conformidades, reais e potenciais, deve ser adequada à magnitude dos problemas e 
proporcional ao risco de SSO verificado.
A empresa deve implementar e registrar quaisquer mudanças nos procedimentos 
documentados, resultantes de ações corretivas e preventivas.
Para determinação das causas, faz-se necessária a utilização de algumas ferramentas, 
como por exemplo:
Histograma
Folha de
Controle
Grá�co de
Pareto
Diagrama de
Causa-Efeito
7 Ferramentas
da Qualidade
Diagrama de
Concentração
de Defeito
Diagrama
de Dispersão
Grá�co de
Controle
16
17
O papel fundamental do profissional em questão, neste cenário, não é o fato de 
dominar uma das ferramentas, mas sim ter ciência que, de certa forma, estará utilizando 
seu conhecimento técnico sob a orientação de um profissional, por exemplo, da 
qualidade, a fim de que se aplique uma dessas ferramentas para que a causa raiz do 
acidente, incidente ou não conformidade e que as ações propostas sejam, de fato, para 
erradicar a raiz do problema, ou seja, a ação deve ser para a causa e não para o efeito.
Mas, dequalquer forma, é importante saber da existência dessas ferramentas, mas 
a mensagem que deve ficar clara aqui é que todas as ações devem além de erradicar a 
causa e não o efeito devem ter sua eficácia verificada e devem evitar a reincidência.
Responsabilidade e Autoridade
Outro ponto fundamental para a eficiência do sistema é estabelecer claramente 
as responsabilidades, além de comunicá-la por toda a organização. Por isso, dentro 
de um sistema de gestão, sempre haverá documentação para que fiquem claro, 
no Manual, Procedimentos e Instruções de Trabalho (hierarquia de documentos 
relativos a um sistema de gestão da qualidade), quem são os responsáveis pelas mais 
variadas atividades dentro do sistema de gestão. Importante salientar que nem só as 
responsabilidades, tanto do auditor quanto do auditado estão descritas, mas também 
as responsabilidades.
Treinamento e Competências
Os treinamentos e competências também devem ser considerados, uma vez que os 
responsáveis para implementar, gerenciar, treinar e auditar também os procedimentos 
da organização.
Por se tratar de um assunto técnico e também regido por legislação, a formação se 
faz necessária.
E, dentro de um sistema de gestão, o especialista, em questão, também é um 
multiplicador, principalmente nos casos ergonômicos, em que muito do que for 
implementado poderá passar por uma reeducação.
Objetivos principais da Gestão Ergonômica Industrial
• Melhorar o nível de conforto dos postos de trabalho através de melhoria e 
capacitação;
• Classificar os postos de trabalho e seus riscos ergonômicos;
• Criar e capacitar comitês de gerenciamento por áreas e parceiras;
• Criar e capacitar grupos de solução por áreas e parceiras;
• Envolver todos os funcionários na busca do conforto e produtividade através da 
melhoria contínua;
17
UNIDADE 
Gestão da Ergonomia
• Diminuir e controlar queixas médicas relacionadas a doenças ocupacionais, quase 
acidentes e acidentes;
• Diminuir o absenteísmo provocado por doenças ocupacionais.
Como já citado anteriormente, nosso objetivo aqui não é fornecer um guia de implan-
tação da OHSAS 18001, mas sim demostrar qual o papel do profissional da ergonomia 
dentro do sistema de gestão e a importância fundamental dos seus conhecimentos técni-
cos para a eficiência e eficácia do sistema de gestão, atuando deste o estabelecimento da 
Política, passando pelo levantamento dos riscos juntamente com as propostas para sua 
erradicação e/ou mitigação, levantamento da legislação aplicável, monitoramento dos 
riscos, preparação de planos de atendimento a emergências, participando de equipes 
multidisciplinares para análise da causa de acidentes, incidentes e /ou não conformida-
des, também propondo ações para erradicação das causas, bem como análise de sua efi-
cácia. Não vamos nos esquecer também da importância da multiplicação dos conceitos, 
através de treinamentos, acompanhamentos in loco; enfim, podendo até ser um auditor 
do sistema de gestão.
Espero que o objetivo de demostrar a importância da visão sistêmica que o profissio-
nal, em questão, deve ter, bem como a importância da ergonomia no sistema de gestão, 
conforme OHSAS, tenha alcançado seu propósito.
18
19
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
CLT Interpretada
MACHADO, Costa. CLT interpretada. Editora Manole, 2º edição. São Paulo. 2009.
 Leitura
Constituição Federal Interpretada
Inicie suas leituras pelo capítulo II da Constituição (Dos Direitos Sociais) Art. 7°, incisos 
XXII, XXIII, XXVIII e XXXIII, ou seja, da página 64 a 65 e 67 a 69 da obra de Costa 
Machado, Constituição Federal Interpretada, disponível na Biblioteca Virtual Universitária.
Para acessar esta obra, Acesse o link a seguir
Disponível em: https://goo.gl/cEZamh
Além da Constituição é importante salientar que o Decreto-Lei 5.452, de 1 de maio
de 1943, que é a nossa Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), especificamente no
Capítulo V do Título II (relativo à Segurança e Medicina do Trabalho).
CLT
Inicie suas leituras pelo capítulo V do Seção II a V da CLT, ou seja da página 33 a 37, 
CLT - 2016, disponível na Biblioteca Virtual Universitária.
Para acessar esta obra, Acesse o link a seguir
Disponível em: https://goo.gl/cEZamh
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UNIDADE 
Gestão da Ergonomia
Referências
IIDA, ITIRO. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo, Edgard Blucher, 2009.
FALZON, PIERRE. Ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.
GUERIN, F.; LAVILLE, A. Compreender o trabalho para transformá-lo. A prática da 
ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.
MORAES, A. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro, 2AB, 2012.
GOMES FILHO, J. Ergonomia do objeto: sistema técnico de leitura ergonômica. São 
Paulo: Escrituras, 2010.
SLACK, N.; CHAMBERS, S. Administração da Produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 
2009. <https://topergonomia.wordpress.com/2008/04/18/voce-sabe-o-que-e-risco-
ergonomico/> acessado em junho de 2016.
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