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AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL COMPREENDER A BASE TEÓRICA E EVOLUTIVA DOS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO CINÉTICO-FUNCIONAIS. EXPLICAR A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE. CONHECER TODA A FORMA DE INVESTIGAÇÃO DOS SISTEMAS. APRENDER A RELACIONAR OS DIFERENTES SISTEMAS BUSCANDO A INTER- RELAÇÃO DESTES. OBJETIVOS GERAIS DISTINGUIR OS DIFERENTES TIPOS DE TECIDO INERTE, NEUROLÓGICOS E CONTRÁTIL. SELECIONAR OBJETIVOS, CRITÉRIOS E INDICADORES PARA ELABORAR O DIAGNÓSTICO CINÉTICO-FUNCIONAL. CORRELACIONAR A ALTERAÇÃO POSTURAL COM A DISFUNÇÃO DO MOVIMENTO. IDENTIFICAR E ANALISAR A SÍNDROME DAS DISFUNÇÕES. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ANAMNESE DIAGNÓSTICO CINESIOLÓGICO FUNCIONAL EXAME FÍSICO GERAL EXAME FÍSICO DO TÓRAX E SINAIS VITAIS EXAME FÍSICO DA COLUNA CERVICAL EXAME FÍSICO DA COLUNA LOMBOSSACRA AVALIAÇÃO POSTURAL EXAME FÍSICO DOS MMSS EXAME FÍSICO DOS MMII CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE INCAPACIDADE CONTEÚDOS AV1 = PROVA TEÓRICA + PRÁTICA. AV2 = PROVA TEÓRICA + PROVA PRÁTICA. AV3 = PROVA TEÓRICA. SISTEMA DE AVALIAÇÃO AV1 PRÁTICA: 21/09 AV1 PRÁTICA: 05/10 AV2 PRÁTICA: 16/11 AV2 PRÁTICA: 23/11 AV3: 07/12 DATAS DAS AVALIAÇÕES GOODMAN, C. C.; SNYDER, T. E. K. Diagnóstico diferencial em fisioterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. MAGEE, D. Avaliação músculoesquelética. Editora: Manole 5ª edição, 2010. O'SULLIVAN, S. B; J. SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. Editora: Manole 5ª edição, 2010. SAHRMANN, S. A. Diagnóstico e tratamento das síndromes de disfunção dos movimentos. Editora: SANTOS./ PORTO, C. C. Semiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. GROSS, J.; FETTO, J.; ROSEN, E. Exame musculoesqueletico. Porto Alegre: ARTMED, 2005. PALMER, M. L.; EPLER, M. E. Fundamentos das técnicas de avaliação musculoesquelética. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. SWARTZ, M. H. Semiologia: anamnese e exame físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992. BIBLIOGRAFIA NÃO CHEGUE ATRASADO. BATA NA PORTA ANTES DE ENTRAR. PEÇA COM LICENÇA, E ENTRE EM SILÊNCIO. EVITE CONVERSAS PARALELAS DURANTE A AULA. DEIXE O TELEFONE NO SILENCIOSO. VESTIMENTA ADEQUADA. ESTUDE ANTECIPADAMENTE PARA AS PROVAS. APROVEITE A MONITORIA. A EDUCAÇÃO ABRE PORTAS PARA O FUTURO! PRONTOS! AVALIAÇÃO CINÉTICO FUNCIONAL AULA 1: Princípios e conceitos A Entrevista Inicial Anamnese Aná = trazer de volta, recordar Mmnese = memória É trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença e com a pessoa doente Anamnese • Conversa detalhada • Comunicação efetiva e eficiente • Capacidade de desenvolver relacionamento com o paciente e membros da família • Linguagem adequada • Ouvir, enfático, interessado, cuidadoso e profissional • Ênfase nos aspectos de relevância clínica • Nenhuma área deve ser menosprezada • Fornece informações valiosas sobre o distúrbio, situação atual, prognóstico e tratamento adequado Anamnese • Permite determinar a personalidade do paciente, sua linguagem e capacidade cognitiva • Analisar dados anteriores relevantes, tratamentos e resultados • Antecedentes médicos devem incluir qualquer doença cirurgia, acidente ou alergia • Investigar hábitos sociais e familiares • Hábitos de vida (padrão de sono, estresse, carga de trabalho e lazer) • Estar atento sinais ou sintomas do tipo “bandeira vermelha e amarela” ACHADOS ‘'BANDEIRA VERMELHA" QUE INDICAM A NECESSIDADE DE ENCAMINHAMENTO A UM MÉDICO • CÂNCER (dor constante, perda de peso, nódulos, fadiga injustificável …) • CARDIOVASCULAR (dificuldade respiratória, tontura, dor torácica, dor constante e intensa, edema sem história de lesão) • GASTROINTESTINAL, GENITOURINÁRIO (dor abdominal, azia ou indigestão frequente, náusea, alt. da função intestinal ou vesical, irregularidades menstruais) • NEUROLÓGICO (alt. auditivas, cefaleias frequentes,problemas de deglutição, fala, visão, equilíbrio, coordenação, episódios de desmaio, fraqueza súbita) • DIVERSOS (febre, sudorese noturna,distúrbios emocionais, edema ou hiperemia sem lesão, gravidez, …..) Habilidade do entrevistador • É ele quem direciona a entrevista e expõe os detalhes • Princípios que podem ajudar: ü Ouvir o paciente ü Evitar interrupções e distrações sendo as vezes necessário para redirecionamento ü Dispor de tempo suficiente para ouvir ü Não desvalorizar informações precocemente nem fazer julgamentos precipitados ü Observar o comportamento e sinais não-verbais do paciente. ü Não demonstrar sentimentos desfavoráveis: impaciência, desprezo, tristeza ou cansaço... ü Evitar opinar sobre outros assuntos ü Saber interrogar o paciente. ü Possuir conhecimento teórico sobre as doenças Documentação • Dados significativos, objetivos, completos, e oportunos • Organização: dados claros, legíveis, sequência lógica • Registro imediato • Terminologia adequada • Dados esquecidos “em tempo” • Registro de comunicação verbal com a equipe e família • Não rasurar, assinar, datar / Evitar abreviaturas • É um documento: segurança p/ terapeuta e cliente • Não deixar espaços em branco ANAMNESE • Início com perguntas do tipo: • O que o(a) senhor(a) está sentindo? • Qual o seu problema? Linguagem comum Termo científico Sintoma guia Dicas para orientar o relato do paciente • Intervenções não-verbais • Atitudes, gestos, expressões faciais • Silêncio • Intervenções verbais • Interjeições: Heim?, Hum? Como?�dúvida e desejo de mais explicações • Repetir a última palavra • Discreto comando: “Fale mais a respeito da sua tosse”. • Perguntas gerais e específicas: • Perguntas gerais: • “Quais são seus problemas?” • Perguntas específicas: • “Mostre-me o local onde a dor apareceu” 1. Componentes Iniciais da Entrevista ü Apresentação e explicações ü Nome completo, Endereço, Telefone ü Idade ü Sexo (Gênero) ü Cor (raça) ü Estado civil ü Escolaridade – adequação da idade ü Profissão – associação da doença –ocupação ü Naturalidade - epidemiologia ü Diagnóstico clínico: feito pelo médico ü Médicos responsáveis: discussão, emergências ü Encaminhamento – reforçar vínculo profissional ü Responsável 2. Impressão Geral do Paciente • Descrição geral do primeiro o contato • Postura • Acessórios • Expressão • Acompanhante ... 3. Queixa Principal (QP) • Principais motivos, por ordem de frequência que levam um paciente a consulta • “O que traz o Sr. à fisioterapia?” • Registro conciso, de preferência, nas palavras do paciente • “Sinto dor e fraqueza nas pernas” 4. História da Doença Atual (HDA) Chave mestra para o diagnóstico • Construir desde seu início e sua duração • Fatores causais - fator conhecido ou espontâneo • Características dos sintomas - iniciais ou no curso da doença • Evolução - comportamento evolutivo da doença Descrição detalhada • Cronologia dos sintomas -Quando?, Como?, Por que iniciou? E depois? • Época de início dos sintomas • Evento que deflagrou o início • Evolução e tratamentos realizados Descrição detalhada • Localização corporal: Apontar • Localizada? Irradiada? • Qualidade: sensação percebida: dor, parestesia, rigidez, tonteira,... Como é sua dor? (pontada, queimação, ...) • Frequência: vezes/dia, quanto tempo dura, constante, intermitente, forte, leve • Fatores desencadeantes, agravantes ou atenuantes - Quando aparece a dor? O que o Sr faz para aliviá-la? • Manifestações associadas HDA üRelato do paciente üInformações valiosas üSinais clínicos norteadores üSintoma guia • época e modo de início e evolução (contínua, descontínua, períodos assintomáticos, duração) üIntercorrências e outros sintomas ADERÊNCIAS SINTOMATOLOGIA ATROFIA MUSCULAR DOR BLOQUEIO ARTICULAR DERRAME ARTICULAR E EDEMA 5. DEMAIS COMPONENTES • História da Patologia Pregressa (HPP) - Doenças anteriores que possam ter correlação com a atual • História Fisiológica - Referente as condições de nascimento - Condições de desenvolvimento - Aparecimento da puberdade, menarca, dentre outros 5.1 HistóriaPregressa (HP) • Demais informações sobre o passado do paciente • Podem ter relação direta ou indireta de causa e efeito com a QP ü Doenças prévias, traumatismos ü Gestações e partos ü Cirurgias, hospitalizações ü Exames laboratoriais ü Medicamentos em uso ü Fumo, álcool, tóxicos ü Imunizações ü Sono hábitos alimentares ü Atividade física e lazer 6-História Familial e Familiar • História Familial - Relativa aos ascendentes e descendentes - Doenças de caráter hereditário • História Familiar - Pessoas e outros seres que convivem com o doente - Doenças contagiosas 7. Demais componentes • ASPECTOS BIOPSSICOSSOCIAIS • História de vida • Personalidade do paciente • Situação socioeconômica • Descrição do ambiente onde reside • Relação familiar • Religião, sexualidade 8. Medicações em uso • Controle das doenças • Efeitos colaterais 9. Exames Complementares • Sua impressão e resultados • Detalhes do diagnóstico • Nível de gravidade do problema 10-Revisão dos sistemas • Geral • Pele: feridas, alergias, manchas • SNC: vertigens, tonturas, síncope, alterações de equilíbrio, depressão, cefaleia, doenças neurológicas, tremores • Sistema endócrino: diabetes, tireóide, hormônios sexuais Rastreio da HDA e HP fatos omitidos ou negligenciados • Sistema músculo-esquelético: dores musculares; fraturas; cirurgias, doenças articulares, osteoporose. • Sistema cardiovascular: doenças cardíacas, hipertensão, varizes, aneurismas, isquemias ou AVC, dispnéia, angina, palpitação. • Sistema respiratório: alergias, DPOC, pneumonias, tosse, roncos, expectoração, sangramento. • Sistema genitourinário: história ginecológica e obstétrica, próstata. 10-Revisão dos sistemas Elaboração do Diagnóstico Funcional Pautado nos sinais e sintomas Estratégias para Intervenção Plano terapêutico Exame Físico Força, Mobilidade ativa e passiva, tônus, sensibilidade, dor, trofismo, coordenação, marcha, equilíbrio, Anamnese Dados de identificação, QP, HDA, HPP, História familiar, Revisão dos sistemas, medicação, história social AVALIAÇÃO EXAME DIAGNÓSTICO PROGNÓSTICO INTERVENÇÃO RESULTADOS Processo dinâmico no qual o fisio faz juízos clínicos baseado em dados coletados no exame Processo de obtenção da história, realização de revisões relevantes dos sitemas e seleção de aplicação de testes e medidas para obtenção de dados Incluem correção da limitação funcional e incapacidade, otimização da satisfação do cliente e prevenção primária ou secundária Tanto o processo como o resultado final das informações de avaliação obtidas a partir do exame e organizados em grupos, síndromes ou categorias que auxiliam na determinação de estratégias de intervenção apropriadas Determinação do nível ótimo de melhora que poderia ser conseguido pela intervenção e tempo requerido para alcance de tal nível Interação objetiva e hábil do fisioterapeuta com o cliente e /ou com demais profissionais envolvidos no cuidado utilizando métodos e técnicas para produzir mudanças na condição ,coerentes com diagnóstico e prognóstico Elementos da Abordagem Paciente/Cliente Demais medidas de avaliação complementares Medidas de avaliação funcional complementares ü Testes funcionais ü Escalas funcionais üQuestionários de Qualidade de vida ü Eletromiografia ü Avaliação Isocinética ü Avaliação da Marcha ü Plataformas de força Avaliação funcional • A capacidade de tomar decisões e de auto governo podem estar comprometidas por doenças físicas e mentais ou por restrições econômicas e educacionais • A avaliação funcional é uma etapa importante no cuidado das pessoas com comprometimento físico ou neurológico • Representa se a pessoa é ou não capaz de desempenhar as atividades para cuidar de si mesma A avaliação funcional é necessária para o fisioterapeuta? Para que e por que avaliar o indivíduo do ponto de vista funcional? Capacidade Funcional • Construto que indica o máximo possível de funcionalidade que uma pessoa pode atingir em um dado momento (OMS, 2003) • Conjunto de competências comportamentais, relacionadas ao manejo da vida diária sem ajuda de outra pessoa e está dimensionada nos termos da habilidade e independência para realizar determinadas atividades • Pode ser expressa como o funcionamento do indivíduo física e cognitivamente independente (NERI, 2006; MELO, 2009) Capacidade Funcional • A capacidade funcional é avaliada no desempenho das atividades cotidianas ou atividades de vida diária (AVD’s): I. AVD’s – relacionadas ao autocuidado ü -Alimentar-se ü Banhar-se ü Vestir-se ü Mobilizar se ü Deambular ü Ir ao banheiro ü Manter controle de suas necessidades fisiológicas Capacidade Funcional II. Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD’s) • Relacionadas a participação do indivíduo em seu entorno social e indicam a capacidade de levar uma vida independente dentro da comunidade ü Utilizar meios de transporte ü Manipular medicamentos ü Realizar tarefas domésticas leves e pesadas ü Utilizar telefone ü Preparar refeições ü Cuidar das próprias finanças Instrumentos para Avaliação Funcional • Utilizam diferentes dimensões: Ø física Ø psicológica Ø funcional Ø social Ø outras Testes Funcionais • Teste de caminhada de seis minutos (TC6') / 15,24 m - desempenho dos músculos respiratórios (com mensuração das pressões inspiratória e expiratória máximas) • Sensação de fadiga ( ESF - escala de severidade de fadiga) • Roland-Morris (QRM): lombalgia • Testes de capacidade física Sentado para de Pé: alterações cardíacas • Teste de levantar e caminhar cronometrado (timed up & go): mobilidade e equilíbrio • Medida de Desempenho Ocupacional Canadense (MDOC): mensurar mudanças na percepção do cliente sobre seu desempenho ocupacional ao longo do tempo, bem como mudanças em sua satisfação com esse desempenho • Velocidade de marcha (VM) natural e máxima (protocolo de Flansbjer) • Escala de equilíbrio de Berg Escalas ou Índices Funcionais • Escala de Katz -independência funcional em seis funções básicas (banhar-se, vestir-se, ir ao banheiro, transferir-se da cama para a cadeira e vice-versa, ser continente e alimentar-se) • Escala de Lawto - atividades instrumentais de vida diária, como usar o telefone, fazer viagens, preparar a alimentação, fazer compras, desenvolver trabalhos domésticos, tomar corretamente os medicamentos e controlar o orçamento doméstico • Índice de Barthel - dez itens de mobilidade. Avalia a independência funcional no cuidado pessoal e a mobilidade • Escala Older Americans Resourses and Services – OARS - perfil de saúde multidimensional (recursos sociais, recursos econômicos, saúde mental, saúde física e atividades de vida diária) • Escala Performance Oriented Mobility Assessment – POMA avalia e equilíbrio e marcha • Medida de Independência Funcional (MIF)- avalia o desempenho quanto às funções motoras, cognitivas e interação social Qualidade de Vida • Grau de satisfação encontrado na vida familiar, conjugal, ambiental, social e na própria estética existencial • Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que uma determinada sociedade considera seu padrão de conforto e de bem estar Qualidade de Vida • O termo abrande muitos significados refletindo os conhecimentos, experiências, e valores individuais e coletivos que a eles se reportam em diferentes épocas, espaços e histórias sendo uma construção social com a marca da relatividade cultural Avaliação de Qualidade de Vida SF 36 - DOMÍNIOS üCapacidade funcional üLimitação por aspectos físicos üDor üEstado geral de saúde üVitalidade üAspectos sociais üAspectos emocionais üSaúde mental
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