Buscar

Benefícios do Conselho Municipal de Esportes em Ibicaraí-BA

Prévia do material em texto

BENEFÍCIOS DA CRIAÇÃO DE UM CONSELHO MUNICIPAL DE ESPORTES NA CIDADE DE IBICARAÍ-BAHIA
Fábio José Valentim do Nascimento
Sandra Lima Borges
Resumo:
Este artigo trata dos benefícios que a criação de um Conselho Municipal de Esportes (CME). Para tanto, os procedimentos adotados, em um primeiro momento, foram a pesquisa bibliográfica e documental. Além disso, foi aplicada a entrevista semiestruturada com professores e atletas e representantes de Clubes Sociais e Presidentes de Liga de Futebol e Futsal da cidade de Ibicaraí- Bahia. A participação ampla da sociedade no controle social fortalece as políticas públicas, tornando-as mais adequadas ao interesse público, portanto, mais eficientes, além de contribuir para a democratização da gestão pública, já que possibilita a participação de diversos atores.
Palavras-chave: Conselho de esportes. Importância. Benefícios.
Abstract:
This article deals with the benefits that the creation of a Municipal Sports Council (CME) In order to do so, the procedures adopted, at first, were the bibliographic and documentary research. In addition, the semi-structured interview with teachers and athletes and representatives of Social Clubs and Presidents of the Football and Futsal League of the city of Ibicaraí-Bahia was applied. The broad participation of society in social control strengthens public policies, making them more appropriate to the public interest, therefore, more 
efficient, in addition to contributing to the democratization of public management, since it allows the participation of several actors.
Keywords: Sports Council. Importance. Benefits.
INTRODUÇÃO
Este artigo trata dos benefícios que a criação de um Conselho Municipal de Esportes (CME) poderá proporcionar ao município de Ibicaraí, localizado no interior da Bahia. Assim, a fim de demonstrar as vantagens da existência de um CME em um município recorremos aos estudos de Starepravo e Mezadre sobre Políticas públicas para o esporte: conselhos municipais de esporte e outras formas de participação direta, acerca das políticas públicas para o esporte e nas cidades do estado do Paraná; bem como a documentos que orientam a criação do CME, em outras localidades, como: o Guia para Criação e Gestão de Conselhos Municipais de Esporte, do Governo de Minas Gerais, e o Manual de Implantação do Sistema Municipal de Esporte e Lazer, do Estado de Santa Catarina. 
Para tanto, os procedimentos adotados, em um primeiro momento, foram a pesquisa bibliográfica e documental. Além disso, foi aplicada a entrevista semiestruturada com professores e atletas e representantes de Clubes Sociais e Presidentes de Liga de Futebol e Futsal da cidade de Ibicaraí- Bahia. Dessa forma, realizou-se um estudo de delineamento qualitativo, com o objetivo de compreender a importância da criação do CME e como são percebidos os valores no esporte na visão dos esportistas. 
Em síntese, os documentos oficiais afirmam que O CME deve ser composto pelos principais órgãos e entidades de representatividade no Município, observada a relevância da sua participação. Os conselheiros devem ser conhecedores da realidade do município no que se refere às necessidades da comunidade e devem ter afinidade com a temática esportiva. A participação ampla da sociedade no controle social fortalece as políticas públicas, tornando-as mais adequadas ao interesse público, portanto, mais eficientes, além de contribuir para a democratização da gestão pública, já que possibilita a participação de diversos atores. A gestão participativa, presente num conselho, tem o objetivo de reconhecer e valorizar os diferentes conhecimentos e habilidades dos (as) participantes, dividir as responsabilidades, aumentar a confiança entre governo e sociedade civil e, dessa forma, contribuir para uma sociedade mais participativa e democrática. 
HISTÓRIA DO FUTEBOL DE IBICARAÍ
Segundo Sandoval Novais do Blog Futebol de Ibicaraí, depois da implantação do futebol no Brasil em 1895, pelos ingleses, veio o surgimento dos primeiros clubes neste período. A prática do futebol no país era restrita à elite branca. Comenta-se que a primeira bola de futebol do país foi trazida em 1894 pelo paulista Charles William Miller. A organização sociopolítica dominava as ligas de futebol, enquanto o esporte começava a ganhar as várzeas. A camada mais pobre da população e até os negros podiam apenas assistir. Na década de 1920, os negros passam a ser aceitos, ao passo que o futebol se massifica, especialmente com a profissionalização em 1933.
De acordo com Sandoval, com o futebol difundido no país, há relatos que, aproximadamente em 1934, foi construído o primeiro campo de futebol aqui em Ibicaraí, na época ainda Palestina, situado no local onde hoje é a Igreja Matriz do Senhor Menino, nas terras de propriedade de Antônio Joaquim. O campo teve pequena duração, de 1934 até 1940 aproximadamente, lá aconteciam às primeiras partidas de futebol em nossa terra. Em 1940 foi transferido para outro terreno cedido pelo senhor José Cachoeira. Neste local, não havia nenhuma construção em suas proximidades. Era situado exatamente em frente a onde hoje esta construída a Igreja Adventista do Sétimo Dia, seu acesso se dava pelo começo da antiga Rua Jacaré (atual Tiradentes). Nesta época tinha o Clube Ibicaraí Esporte, mas o Clube Atlético era o grande time da época.
Passado alguns anos a família Cachoeira transferiu por venda sua fazenda a outro proprietário e este não mais, permitiu que se praticasse o futebol naquele local. Os amantes do futebol passaram a praticar no outro lado do Rio Salgado em campo já existente na fazenda São Salvador, de propriedade do Senhor Ursulino Teixeira de Nascimento, onde apelidaram de Teixeirão. Lá foram disputados jogos memoráveis, e o que se tem registro, foi o titulo do Ibicaraí Esporte Clube em 1949. Em 07 de setembro de 1953 fundou-se a Liga Ibicaraiense Litero Esportiva, com as seguintes equipes: Pérola de Euclides Rosalino, Ibicaraí Esporte Clube (origem dos alfaiates), Fluminense (origem sapateiros), Flamengo (origem dos comerciários), Juventus (Duca Dentista), São Salvador (da fazenda do mesmo nome), Santa Terezinha (dos Coquinhos) e Palmeiras de Floresta Azul. Decorridos alguns anos o Senhor Euclides Rosalino dos Santos, já engajado ao desenvolvimento do futebol junto a tantos outros entusiastas, resolveram adquirir um terreno ao Senhor Abdalla Temer Habib para a construção de um novo campo, cujo local hoje é o Estádio Euclides Rosalino dos Santos. Em 25 de outubro de 1956 registrou no Registro de Imóveis do 1º oficio em Itabuna - livro 3 sob nº 15 202 fls. 141. De lá pra cá, o Euclidão como e chamado carinhosamente pelos desportistas locais, testemunhou grandes espetáculos futebolísticos, proporcionados por grandes craques daqui, e vindo de outras cidades. 
Em meados de 1980 a comunidade ibicaraiense faz uma movimentação com passeata pela rua da cidade pedindo ao poder público do município a construção de um ginásio de esporte, que em 1986 foram atendido pelo então governador da época o Srº João Durval Carneiro o Ginásio de Esporte Nicécio Bráulio de lá pra cá passou por 3 reformas e até hoje é palco de grandes jogos.
Em 1963 os alunos da Escola Comercial começaram a se destacar no esporte regional e passaram a ser convidados para participar de diversos torneios em varias cidades de acordo as conquistas, o status da escola comercial de Ibicaraí foi tomada grandes dimensões em varias modalidades sendo elas ginásticas de solo, atletismo, handebol, natação, vôlei, basquete, tênis de mesa e futebol de salão e campo. Em 1972, por indicação da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, todos os cursos foram englobados e a escola passou a se chamar Academia de Educação Montenegro, em 1989, fundou a primeira Faculdade de Educação Física particular do interior do Estado da Bahia, em Ibicaraí-BA que em 1994 foi reconhecido pelo ministério de Estado da Educação e Desporto o Curso de Educação Física, licenciatura plena. 
2. OS CONSELHOS MUNICIPAIS DE ESPORTE COMO PARTE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NESSESETOR
A trajetória do esporte no Brasil sob a perspectiva do seu envolvimento com o Estado é tratada por Linhales (1996 apud STAREPRAVO, p. 2). Essa autora buscou elucidar os diferentes padrões de relacionamento que, a partir do fenômeno esportivo, o Estado passa a estabelecer com a sociedade e vice-versa. 
A chegada do esporte no Brasil se deu de diferentes formas em meados do século XIX. As preferências e hábitos culturais dos imigrantes da época acabam interferindo e estabelecendo estreita relação entre as modalidades esportivas. Os esportes náuticos inauguraram este percurso, seguidos por atividades de natação e canoagem que começavam a ser organizadas em diferentes regiões brasileiras. Essas provas forneceram a base para as primeiras atividades esportivas propriamente ditas, e influenciaram o processo de organização da sociedade em agremiações esportivas. Entre 1870 e 1910, foram criados mais de 60 clubes náuticos ou de regatas, em várias cidades brasileiras. Para Mezzadri (2000 apud STAREPRAVO, p.1) “antes da década de 20, a prática esportiva se limitava ao interior dos clubes entre seus associados, sem uma sistematização mais rigorosa”. 
Com a Revolução de 30 e após com o Estado Novo, demarca-se de forma mais consistente a entrada do Estado no setor esportivo. O Estado Novo realizou a primeira normatização geral no Setor Esportivo, por meio do Decreto-Lei nº 3.199/41 e das ações dele decorrentes. Por via autoritária, foi consolidada uma estrutura de funcionamento para o Sistema de Esporte Brasileiro. Mezzadri (2000 apud STAREPRAVO, p.5) realça o fato de que a legalização do esporte no Brasil, através do referido Decreto-Lei, possibilitou pela primeira vez na história do esporte brasileiro uma regulamentação das diretrizes, objetivando a fiscalização e a instrumentalização das entidades esportivas.
Ainda segundo Mezzadri (2000 apud STAREPRAVO, p.8), da participação do Estado na estrutura esportiva e o início da mudança de sua organização, decorrem novas leis esportivas federais que conseqüentemente dão início a uma efetiva política para o esporte a partir da década de 80. Decorridas duas décadas desde estas conquistas e do rico processo de desenvolvimento do esporte brasileiro desde 1988, consideramos ainda como marcos esportivos: a criação do Ministério do Esporte em 2003 e a realização da I e II Conferências Nacionais do Esporte, em 2004 e 2006 respectivamente, com a finalidade de levar ao conhecimento de todos, comunidade esportiva e a sociedade em geral o posicionamento e as deliberações que, pretende-se, passem a orientar e subsidiar a Política Nacional do Esporte e do Lazer já implementada pelo governo atual, pelo Ministério do Esporte. A realização da II Conferência Nacional do Esporte representou a continuidade do processo iniciado em 2004 com a realização da I Conferência Nacional do Esporte; oportunidade em que foi aprovada resolução que previa a criação do Sistema Nacional do Esporte e do Lazer. A temática da II CNE foi A Construção do Sistema Nacional de Esporte e Lazer e o documento final da II CNE buscou debater e criar mecanismos que garantissem a sua concretização, orientar ações no sentido de provocar a discussão do novo Sistema, a revisão da legislação e melhor definição das competências dos agentes públicos e privados nas políticas de esporte e lazer, atuando pela ampliação e diversificação das fontes de financiamento do setor. Ao finalizar este documento ficou estabelecido que o posicionamento e as deliberações, a partir de então, passariam a orientar e subsidiar a reconstrução do Sistema Nacional de Esporte e Lazer e assim consolidar a Política Nacional do Esporte, através do Ministério do Esporte.
O esporte possui um grande potencial de socializar indivíduos das mais diferentes classes, religiões, gêneros, entre tantas outras diferenças presentes na nossa sociedade. Através de uma partida de futebol na rua, de um jogo de vôlei na escola, um jogo de basquete na praça, pessoas se relacionam, fortalecem amizades, criam vínculos mesmo sem nunca terem se visto. A importância da prática esportiva em nossa sociedade vai além dos benefícios na saúde física do homem. Não importa se for uma competição, uma brincadeira ou parte da aula de Educação Física, a socialização com os demais está intimamente ligada ao jogo. Mesmo sendo um esporte individual, o praticante se relacionará, competirá com outros participantes, dividirá tristezas e alegrias.
É quase que incalculável o benefício que o esporte proporciona à sociedade. A inclusão social e os inúmeros benefícios que as atividades físicas trazem à saúde humana são alguns itens que fazem com que o esporte tenha um importante papel perante a sociedade. No momento em que a violência tornou-se banal na sociedade em geral, o esporte cumpre uma importante função de inclusão social. Ao tirar crianças e adolescentes das ruas, ele ajuda na prevenção e no combate às drogas e à violência, contribuindo para a promoção da segurança pública.  É essencial a sociedade estimular a prática do esporte pela população. Comprovado o seu poder de transformação na luta por uma vida mais saudável e na inclusão social do individual na sociedade, ele deve ser adotado como forma de melhorar a convivência na sociedade e na promoção da paz social. 
Entendemos que o processo necessário ao alargamento da democratização, nos evidencia ainda mais a necessidade de criarmos imediatamente os Conselhos Municipais de Esporte, sob o risco de perdermos cada vez mais a representatividade no interior da sociedade. Compreendemos também, que a democracia somente se fortalece com a participação dos cidadãos e com o controle dos mesmos sobre as ações políticas. Desta maneira a incorporação do esporte e lazer com direito do cidadão depende da participação da sociedade nas ações públicas. (STAREPRAVO et al., 2004, p. 7)
Segundo Starepravo (2008) 
Também investigaram uma cidade no Paraná e constataram a não existência do Conselho Municipal de Esporte e diante disso acreditam que por esse fato a política pública de esporte e lazer não se confirma como política pública democrática. Consideram ainda que a não existência do Conselho Municipal de Esporte deixa a população distante e desinformada em relação as atividades e ações que são realizadas de forma aleatória e eventual, sem planejamento. (STAREPRAVO et al., 2008)
De acordo com Mezzadri et al. (2006)
Entendem que a necessidade da criação e implantação dos Conselhos Municipais de Esporte, irão contribuir diretamente para o processo de democratização esportiva através da participação da sociedade e da população em geral. Os autores ainda reforçam que esse fortalecimento para a democratização do esporte só é possível com a participação da sociedade que controla as ações políticas públicas refletindo assim para o esporte como direito do cidadão.
Por isso, entendemos da importância da criação do Conselho de Esporte para o município. Podendo através deste desenvolver estudos, projetos, debates, pesquisas relativas à situação do esporte e lazer no município e propor e acompanhar a realização de seminários, cursos e congressos sobre assuntos relativos ao esporte, em geral. O Conselho é um órgão colegiado, de natureza permanente, criado por meio de Lei ou Decreto Municipal, que tem por finalidade elaborar e desenvolver, em conjunto com a Prefeitura Municipal, os projetos destinados à promoção das atividades esportivas, bem como fiscalizar o seu andamento, contribuindo para a elaboração de políticas públicas municipais relacionadas ao esporte, exercendo o controle social e auxiliando na melhoria da gestão, da qualidade e da transparência das políticas públicas de esporte executadas no município. As políticas públicas correspondem a direitos assegurados constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens materiais ou imateriais. O controle social é a capacidade quea sociedade organizada tem de intervir nas políticas públicas, interagindo com o Estado na definição de prioridades, na elaboração dos planos de ação do município, estado ou do governo federal e na fiscalização do cumprimento de metas e do recurso público.
Entretanto, percebe-se que, mesmo os problemas sociais tornando-se comuns na sociedade, o esporte cumpre uma importante função de inclusão social. Ao tirar jovens das ruas e das drogas, ele ajuda no combate a violência, contribuindo assim na garantia de segurança pública e nas melhorias de saúde humana. Por fim, é inegável dizer que a prática do esporte é essencial para o desenvolvimento da ordem dentro de uma sociedade. Portanto, é muito importante que a população, junto ao governo, estimule a prática de atividades esportivas, principalmente nas regiões mais carentes, evitando o surgimento de doenças e principalmente de violência.
A cidade de Ibicaraí, que tem uma população media de 24 mil habitantes com uma participação muito grande em eventos esportivos, possui um estádio de futebol, um Ginásio de esporte e uma faculdade de Educação Física. A participação popular é uma ferramenta extremamente importante para a construção de políticas públicas que atendam às reais necessidades da população de uma determinada sociedade.
3. BENEFÍCIOS DE UM CONSELHO DE ESPORTES NA VISÃO DOS DESPORTISTAS
O que se vê na realidade estudada e pesquisada é que as políticas públicas para o esporte no município de Ibicaraí não dão garantias para a criação por parte do poder público do município Para que isso venha acontecer tanto os esportistas como o poder legislativo precisam se organizar junto com os responsáveis pelo esporte no município para a criação do Conselho de Esporte. Verificar a importância da implantação do Conselho Municipal de Esporte na cidade de Ibicaraí/BA a pesquisa é de cunho qualitativo, levantamos por meio de requerimento oficial a existência de conselhos na cidade, encontramos 08 diferentes conselhos, mas nenhum diretamente ligado à área de esporte. Ao entrevistar diferentes pessoas ligadas ao esporte percebeu-se que estas nunca participaram de reuniões públicas e abertas para discutir os rumos do esporte e lazer no município, nem a integração com outras áreas estratégicas ou o orçamento destinado a área. Os participantes destacaram a importância dessas reuniões para o município. 
A metodologia adotada foi a pesquisa-ação. A pesquisa bibliográfica e socumental, e a entrevista semiestruturada foram adotadas como procedimentos metodológicos. A fim de verificar a visão dos desportistas de Ibicaraí sobre a criação de um Conselho de Esporte no município, entrevistamos 20 pessoas. Entre elas, 06 concluíram o ensino fundamental, 06 o ensino médio, 06 o ensino superior e 02 a pós-graduação. A esses entrevistados foram feitas as seguintes perguntas: 1. Conhece ou já ouviu falar do Conselho de Esporte? 2. É importante a criação do Conselho de Esporte? Por quê? 3. Conhece as competências do Conselho de Esporte? 4. A criação do Conselho de Esporte no município ajudaria o esporte da cidade? Se sim! Como? 5. Os clubes, as associações, a Secretaria de Esporte e as modalidades de esportes seriam beneficiados, com a criação do Conselho? O percentual de respostas para cada pergunta pode ser visualizado nos gráficos 1 a 5.
Grafico 1 – Conhece ou já ouviu falar do Conselho de Esporte?
Fonte: O autor.
Grafico 2 – É importante a criação do Conselho de esporte?
Fonte: O autor.
Grafico 3 – Conhece as competências do conselho de esporte?
Fonte: O autor
Grafico 4 – A criação do Conselho de esporte no município ajudaria o esporte na cidade?
Fonte: O autor
Grafico 5 – Os clubes, as associações, a secretaria de esporte e as modalidades de esporte seriam beneficiados com a criação do conselho?
 Fonte: O autor
Assim, pode-se verificar que, dos entrevistados, em relação à pergunta do gráfico 1, 70% disseram que conhecem e já ouviram falar e 30% nunca ouviram falar. Dessa forma, observa-se que a maioria dos desportistas sabe da existência dos conselhos de esporte. Cabe, ainda, buscar formas de divulgação para que 100% dos envolvidos com a prática de esportes passem a ter conhecimento sobre esse assunto.
 Em resposta à pergunta do gráfico 2, 100% disseram que é muito importante a criação do Conselho de Esporte nos municípios, porque facilitaria a criação do calendário esportivo, a definição das metas e a fiscalização das agremiações esportivas. Dessa forma, observa-se a importância da participação dos membros do conselho de esporte na promoção e organização das atividades esportivas do município.
 No gráfico 3, relativo à pergunta sobre o conhecimento das competências do Conselho de esporte, 80% responderam que conhecem as competências e 20% não conhecem. Sobre esse aspecto, para que se justifique a criação de um conselho de esporte em Ibicaraí, torna-se necessário uma ampla divulgação na comunidade das competências do conselho. Para tanto, é importante verificar a legislação da Bahia, a fim de verificar as atribuições do conselho de esporte e adequá-las à realidade do município de Ibicaraí. De acordo com o site da Sudesb, do governo da Bahia, o Conselho de Esporte e Lazer do Estado da Bahia é um “órgão colegiado, representativo da comunidade esportiva estadual, criado pela Lei Nº 12.585, de 04 de julho de 2012”. Integra a estrutura básica da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Possui caráter consultivo sobre a Política Estadual de Esporte e Lazer e deliberativo no âmbito das seguintes competências:
I - preservar e zelar pela aplicação dos princípios e dos preceitos desta Lei;
II - cooperar na formulação da Política Estadual de Esporte e Lazer;
III - dirimir os conflitos de atribuições entre as entidades estaduais de administração do esporte;
IV - opinar sobre questões estaduais pertinentes ao Esporte e Lazer;
V - baixar resoluções sobre assuntos esportivos no âmbito de sua competência;
VI - apreciar e emitir parecer técnico sobre o Plano Estadual de Esporte e Lazer, quando consultado;
VII - atuar em conjunto com órgãos públicos federais, estaduais e municipais com vistas a estimular a prática do Esporte e Lazer em todas as suas manifestações se faixas etárias;
VIII - estimular as práticas corporais de Esporte, características de cada região do Estado, bem como de práticas alternativas de Lazer, com identidade cultural;
IX - propor projeto lúdico-pedagógico, bem como novos espaços a serem destinados ao lazer, à contemplação e à recreação;
X - acompanhar, junto aos órgãos públicos estaduais responsáveis pela gestão e execução da Política Estadual de Esporte e Lazer, bianualmente, as Conferências Estaduais de Esporte e Lazer;
XI - outorgar Certificado do Mérito esportivo estadual. (SUDESB, 2012)
No gráfico 4, questionados sobre se a criação do Conselho de Esporte no município de Ibicaraí, Bahia, ajudaria o esporte da cidade, 100% confirmaram que sim, uma vez que contribuiria para a fiscalização das escolinhas de esporte, daria suporte às políticas públicas voltadas à prática do esporte coletivo e individual, ajudando na melhoria da saúde da comunidade e na criação de uma equipe do Conselho de Esporte para buscar verbas públicas que promovam os eventos esportivos. Sobre a criação da equipe, cabe também verificar e tomar como base a composição do Conselho de Esporte e Lazer do Estado da Bahia para que o prefeito de Ibicaraí possa nomear os indicados de cada segmento da comunidade envolvido com a prática de esporte. De acordo com o site da Sudesb, esse conselho é composto de 16 (dezesseis) membros titulares e respectivos suplentes, nomeados pelo Governador do Estado por indicação de cada segmento, sendo composto da seguinte forma:
I - o Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, que o presidirá;
II - o Diretor Geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia, que será o seuVice-Presidente;
III - 01(um) representante da Secretaria da Educação;
IV - 01(um) representante da Secretaria de Saúde;
V - 01(um) representanteda Secretaria de Turismo;
VI - 01 (um) representante da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e desenvolvimento Social;
VII - 02 (dois) representantes do Fórum dos Secretários e Gestores de Esporte e Lazer dos Municípios Baianos;
VIII - 01 (um) representante do Fórum das Instituições de Ensino Superior em Educação Física da Bahia;
IX - 01 (um) representante da Secretaria Estadual do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte – CBCE - BA;
X - 01 (um) representante das instituições das pessoas com deficiência e super dotados do Estado da Bahia;
XI - 01 (um) representante indicado pelo Fórum do Sistema S (Serviços Sociais Autônomos);
XII-01 (um) representante da Conferência da Juventude;
XIII - 01 (um) representante do Fórum das Federações de Esporte Amador da Bahia;
XIV - 01 (um) representante do Conselho Regional de Educação Física;
XV - 01 (um) representante dos Clubes Sócio Esportivos do Estado da Bahia. (SUDESB, 2012)
No gráfico 5, ao serem indagados sobre se os clubes, as associações, a Secretaria de Esporte e as modalidades de esporte seriam beneficiados com a criação do Conselho, 100% responderam que sim, seriam beneficiados. Assim, observa-se que os entrevistados compreendem a importância da participação dos conselhos de esporte em um governo democrático, a fim de atender às necessidades dos municípios relativas à prática de esporte e lazer. 
Dessa forma, pode-se verificar que Starepravo (2007) tem razão ao afirmar que o processo necessário ao alargamento da democratização, nos evidencia ainda mais a necessidade de criarmos imediatamente os Conselhos Municipais de Esporte, sob o risco de perdermos cada vez mais a representatividade na sociedade. Portanto, trata-se de uma política pública fundamental para ao incentivo à prática de esporte, afastando, adolescente e adultos, em situação de risco, do envolvimento com atividades ilegais. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho possibilitou confirmar a importância da criação do Conselho de Esporte no município de Ibicaraí, já que trará benefícios para o esporte do município. Nesse contexto, possibilitou: refletir acerca da importância do Conselho de Esporte atuante em outros municípios; adequar as diretrizes do Conselho à realidade do município de Ibicaraí – Bahia de acordo com as necessidades, potencialidades e prioridades locais; Ao término da pesquisa podemos concluir que Ibicaraí/Ba não possui um Conselho Municipal de Esporte constituído, que os participantes entrevistados nunca participaram de reuniões para definir os rumos e o orçamento da área e que existem pessoas interessadas em debater essas questões. Contudo iremos buscar a criação do Conselho de Esporte enviando ao Executivo e ao Legislativo o projeto de Criação do mesmo em parceria com a os desportistas e presidente de Clube Social, Liga de futsal e futebol. Num intuito de crescimento do esporte na cidade de Ibicaraí – Bahia.
O projeto que será enviado, a Prefeitura do município de Ibicaraí - Bahia pede autorização dos vereadores para a criação do Conselho Municipal de Esportes (CME) na cidade. Conforme o que foi dito no texto da proposição, o CME seria um órgão colegiado de caráter consultivo, deliberativo, controlador e fiscalizador das políticas públicas de esporte como fator de desenvolvimento social. O CME, portanto, colaboraria com a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer na elaboração de programas e projetos que viabilizem o cumprimento da Política Municipal de Esportes.
O Conselho também participaria de debates relacionados ao Esporte no Legislativo, promoveria debates a respeito da área e emitiria, a título de colaboração, pareceres e estudos a pedido da Secretaria, entre outras atribuições. Para isso, o CME seria composto por 12 membros, com mandatos de dois anos. Teriam representantes no conselho, além da Câmara Municipal, as Secretarias Municipais de Cultura, Esporte e Lazer Secretaria de Educação, Saúde. Além destes órgãos públicos, também estariam representadas entidades da sociedade civil organizada como Liga de Futebol, Liga de Futsal, representantes de Clubes Sociais e Recreativos, Maçonaria, Lions. 
RERERÊNCIAS
BENEVIDES, Murilo. Historia de ibicarai. historiadeibicarai. Ibicara. Disponível em: <historiadeibicarai.blogspot.com>. Acesso em: 29 mar. 2019.
GOVERNO DE MINAS GERAIS. Guia para criação e gestão de Conselho Municipais de Esporte. http://www.esportes.mg.gov.br. Minas Gerais, v. 1, 2017.
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA. Conselho do Esporte e Lazer. Bahia, SUDESB, 2012. Disponível em: http://www.sudesb.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5. Acesso em: 18/04/2019. 
MEZZADRI. F. M. A estrutura esportiva no Estado do Paraná: da formação dos clubes às atuais políticas governamentais. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2000. 
MEZZADRI. F. M.; CAVICHIOLLI, F. R.; SOUZA, D. L. de (Org.) Esporte e Lazer: subsídios para o desenvolvimento e a gestão de políticas públicas. Jundiaí: Fontoura, 2006.
MEZZADRI. F. M. A estrutura esportiva no Estado do Paraná: da formação dos clubes às atuais políticas governamentais. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2000, p.01.
NOVAIS, Sandoval. Historia do futebol de Ibicaraí. futeboldeibicarai. Ibicarai-Bahia. Disponível em: <futeboldeibicarai.blogspot.com>. Acesso em: 29 mar. 2019.
SECRETARIA DE ESTADO DE TURISMO, CULTURA E ESPORTE. esporte/sistema-municipal-de-esporte-e-lazer: Cartilha. sol.sc.gov.br. Santa Catarina, 2017. Disponível em:<http://www.sol.sc.gov.br/index.php/esporte/sistema-municipal-de-esporte-e-lazer>. Acesso em: 28 mar. 2019.
STAREPRAVO, F. A. Políticas públicas para o esporte e lazer: conselhos Municipais de esporte e lazer e outras formas de participação direta. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 15, 2007, Recife. Anais... Recife: CBCE, 2007.
� Pós-graduando em Educação Física, Centro Universitário Leonardo da Vinci, (Uniasselvi). E-mail: �HYPERLINK "mailto:fbiovalentim@yahoo.com.br"�fbiovalentim@yahoo.com.br�.
� Tutora externa do Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi). Orientadora.
_1617459134.xls
Gráf1
		Categoria 1		Categoria 1		Categoria 1
Sim
Não
Colunas1
100
0
Plan1
				Sim		Não		Colunas1
		Categoria 1		100		0
_1617459137.xls
Gráf1
		70		30
Sim
Não
Colunas1
Plan1
				Sim		Não		Colunas1
				70		30
_1617459128.xls
Gráf1
		Categoria 1		Categoria 1		Categoria 1
Sim
Não
Colunas1
100
0
Plan1
				Sim		Não		Colunas1
		Categoria 1		100		0
_1617459131.xls
Gráf1
		Categoria 1		Categoria 1		Categoria 1
Sim
Não
Colunas1
80
20
Plan1
				Sim		Não		Colunas1
		Categoria 1		80		20
_1617459125.xls
Gráf1
		Categoria 1		Categoria 1		Categoria 1
Série 1
Série 2
Colunas1
100
0
Plan1
				Série 1		Série 2		Colunas1
		Categoria 1		100		0

Continue navegando