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Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS PRECAUÇÕES INSPEÇÃO o Exploração por meio da visão; o Investigação da superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior; o Se faz a “inspeção geral” quando se entra em contato com o paciente; o A inspeção direcionada pode ser panorâmica ou localizada, e feita a olho nu ou com uma lupa; SEMIOTÉCNICA o Exige-se boa iluminação, exposição da região, e uso ocasional de alguns instrumentos: o Luz: de preferência natural e obliquamente. Se for artificial tem que ser branca e com intensidade o suficiente. Para a análise de cavidades se usa um foco luminoso (ex.: lanterna); o Duas maneiras de se fazer a inspeção: I. Olhando frente a frente a região a ser examinada; II. Observando a região tangencialmente (para pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, tais como pulsações ou ondulações e pequenos abaulamentos ou depressões); o A posição do examinador e do paciente depende das condições clínicas e do segmento a ser examinado; o A inspeção inicia na anamnese, desde o primeiro contato com o paciente. PALPAÇÃO o Confirma pontos observados na inspeção; o Recolhimento de dados por meio do tato (mais superficial) e da pressão (mais profunda); Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS o Percebe-se mudanças de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, vibração pulsação e presença de edema; o Relaciona-se juntamente vitro-pressão, puntipressão e fricção com algodão. SEMIOTÉCNICA o A abordagem deve ser tranquila e gentil; o Explique cada parte do exame para o paciente e como ele pode cooperar; o Recomenda-se que o examinador aqueça suas mãos. TIPOS DE PALPAÇÃO PALPAÇÃO COM A MÃO ESPALMADA: PALPAÇÃO COM UMA DAS MÃOS SUPERPONDO-SE A OUTRA: PALPAÇÃO COM A MÃO ESPALMADA USANDO AS POLPAS DIGITAIS E A PARTE VENTRAL DOS DEDOS : PALPAÇÃO COM A BORDA DA MÃO; PALPAÇÃO USANDO-SE O POLEGAR E O INDICADOR EM FORMATO DE PINÇA: PALPAÇÃO COM O DORSO DOS DEDOS OU DA MÃO (AVALIAÇÃO DE TEMPERATURA): Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS DIGITOPRESSÃO usando a polpa do polegar ou do indicador (existência de dor, avaliação da circulação cutânea e detectar a presença de edema): PUNTIPRESSÃO consiste em comprimir uma parte do corpo com algum objeto pontiagudo (avaliar a sensibilidade dolorosa e telangiectasias): VITROPRESSÃO consiste em usar uma lâmina de vidro pra compressão de alguma parte do corpo. Serve para distinguir eritema de púrpura (se for eritema a vitopressão provoca o apagamento da vermelhidão, se for púrpura a mancha permanece): FRICÇÃO COM ALGODÃO: consiste em roçar levemente um pedaço de algodão na pele para avaliar a sensibilidade cutânea: PESQUISA DE FLUTUAÇÃO aplica-se o dedo indicador da mão esquerda sobre um lado da tumefação, enquanto o da mão direita faz sucessivas compressões perpendicularmente à superfície cutânea. Existindo líquido, a pressão mostra um leve rechaço do dedo da mão esquerda, ao que se denomina flutuação; EXAME DAS GLÂNDULAS SALIVARES: quando o dedo indicador da mão direita é introduzido na boca, enquanto as polpas digitais dos outros dedos (com exceção do polegar) da mão esquerda faz a palpação externa na área de projeção da glândula; outro tipo dessa palpação é o toque ginecológico junto com a palpação da região suprapúbica: PERCUSSÃO o Golpeando-se alguma área do corpo são provocadas vibrações que possuem Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS peculiaridades quanto à intensidade, o timbre e à tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida; o Observa-se também, a resistência oferecida pela região golpeada. TIPOS DE PERCUSSÃO PERCUSSÃO DIRETA: golpeia a área alvo de forma direta, usando as pontas dos dedos. Dedos ficam fletidos na forma de martelo e os golpes são feitos com a articulação do punho. O golpe é seco e rápido, não se descuidando de levantar sem retardo a mão que percute. (Percussão de tórax do lactente e regiões sinusais do adulto) DIGITODIGITAL: golpes usando a borda ungueal do dedo médio ou do indicador da mão direita a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou do indicador da outra mão. Plexor é o dedo que golpeia, e plexímetro é o que recebe o golpe. Todos os dedos ficam estendidos (com exceção do dedo médio). O polegar e o indicador ficam semiestendidos, o mínimo e o anular são fletidos de forma que suas extremidades quase alcancem a palma da mão. Enquanto o dedo médio adota a forma de martelo. A movimentação da mão se faz com a do punho. O cotovelo permanece fixo em um ângulo de 90 graus com o braço em semiabdução. O dedo plexímetro é o único que toca a região que será examinada e o golpe deve ser dado com a borda ungueal. Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS ESTRATÉGIAS o Automatizar o movimento da mão que percute; o Automatizar a direção do golpe; o Automatizar a força e o ritmo dos golpes até se obter o melhor som com o mínimo de força; o Conhecer os tipos de sons: I. Som maciço: é obtido percutindo-se a cabeceira da cama, o tampo de uma mesa, uma parede ou um bloco de madeira. II. Som pulmonar: é emitido ao se percutir um colchão de mola, uma caixa contendo pedaços de isopor ou mesmo um livro grosso colocado sobre a mesa. III. Som timpânico: é o que se consegue percutindo uma caixa vazia ou um pequeno tambor; PUNHO-PERCUSSÃO: com a mão fechada, se golpeia com a borda cubital a região em estudo e observa-se se existe dor. PERCUSSÃO COM A BORDA DA MÃO: os dedos ficam estendidos e unidos. Se golpeia a região com a borda ulnar, para que possa ser observada uma possível sensação de dor. PERCUSSÃO POR PIPAROTE: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, e a outra espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocando-se contra a parede abdominal. (Usada na pesquisa de ascite) TIPOS DE SONS OBTIDOS SOM MACIÇO: é o que se obtém ao percutir regiões desprovidas de ar. (Na coxa, no nível do fígado, do coração e do baço); SOM SUBMACIÇO: é uma variação do som maciço. A presença de ar em quantidade restrita lhe concede peculiaridades; SOM TIMPÂNICO: é o que se consegue percutindo sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer área que contenha ar, recoberta de membrana flexível; SOM CLARO PULMONAR: é o que se obtém golpeando o tórax normal. Depende da presença de ar dentro dos alvéolos e as outras estruturas pulmonares. Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS AUSCULTA Os principais componentes de um estetoscópio são: SEMIOTÉCNICA AMBIENTE DE AUSCULTA: um ambiente silencioso é indispensável para uma boa ausculta, pois os ruídos cardíacos e broncopulmonares são de pequena intensidade, e para escutar com excelência é necessário completo silêncio. POSIÇÃO DO PACIENTE E DO EXAMINADOR: a posição habitual para a ausculta do coração é o decúbito dorsal com a cabeça apoiada ou não em um travesseiro, ou o paciente sentado com o tórax ligeiramente inclinado para frente, ou decúbito lateral esquerdo, e o examinador fica em pé à direita do paciente. Para auscultar ruídos respiratórios o paciente mantém-se um pouco inclinado para frente, já o examinador se posiciona à direita do paciente para a ausculta anterior e para a posterior fica à esquerda. Para a ausculta do abdome é usada a posição decúbito dorsal e o examinador fica em pé à direita do paciente. INSTRUÇÕES: as solicitações feitas ao paciente devemser claras e passadas de maneira adequada. RECEPTOR: deve ser escolhido o tipo e o tamanho do receptor correto. APLICAÇÃO: o receptor, independentemente do tipo (de diafragma ou de campânula), deve ficar levemente apoiado sobre a pele, de forma a obter uma perfeita coaptação de suas bordas na área que está sendo ausculta. OUTROS FATORES IMPORTANTE NO EXAME o Odor: uso de olfato como recurso de diagnóstico; o Aspectos psicológicos. AMBIENTE Para um exame adequado a sala de exames deve ser tranquila, bem iluminada, com privacidade e temperatura agradável. Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS INSTRUMENTOS E APARELHOS NECESSÁRIOS SEMIOTÉCNICA GERAL • O paciente deve ser examinado nas posições de decúbito, sentada, de pé e caminhando. • Para o conforto do paciente e melhor sistematização do exame físico geral, primeiro deve-se examiná-lo sentado à beira do leito ou da mesa de exame, a menos que o paciente seja incapaz de permanecer nessa posição. • Começa após a anamnese, podendo ser dividido em 2 etapas: Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS 1. Constitui o que se costuma designar como exame físico geral, somatoscopia ou ectoscopia, por meio do qual são obtidos dados gerais, independentemente dos vários sistemas orgânicos ou segmentos corporais (obtém-se, com isso, uma visão do paciente como um todo); 2. Corresponde ao exame dos diferentes sistemas e aparelhos, com metodologia própria. Preliminares para um adequado exame físico: local adequado, iluminação correta e posição do paciente. Semiotécnica: paciente deve ser examinado nas posições de decúbito, sentada, de pé e andando. SEQUÊNCIA 1. Estado geral 2. Nível de consciência 3. Fala e linguagem 4. Fácies 5. Biotipo ou tipo morfológico 6. Postura ou atitude na posição de pé 7. Atitude e decúbito preferido no leito 8. Medidas antropométricas (peso, altura, envergadura, índice de massa corporal, circunferências da cintura e abdominal, circunferência da panturrilha) 9. Desenvolvimento físico 10. Estado de nutrição AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL o É o que aparenta o paciente, visto em sua totalidade; o Dividido em: a. Bom estado geral (BEG); b. Regular estado geral (REG); c. Mau estado geral (MEG) o Utilidade prática, principalmente para se compreender até que ponto a doença atingiu o organismo visto como um todo; o Pode servir para maior aprofundamento da investigação na falta de sintomas. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA • Obnubilação: pouco comprometido; paciente em estado de alerta ainda que algo diminuído. • Sonolência: paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente, mas logo volta a dormir. • Confusão mental: perda de atenção, o pensamento não é claro, respostas são lentas e não há uma percepção temporoespacial normal. • Torpor ou estupor: alteração de consciência for mais pronunciada, mas o paciente ainda é capaz de ser despertado por estímulos mais fortes e tem movimentos espontâneos. • Coma: quando o paciente não for despertado por estímulos fortes e não tiver movimentos espontâneos EXAME DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 1) Perceptividade: capacidade para responder a perguntas simples (p. ex., "Como vai?") ou informar aspectos corriqueiros, como o nome de familiares ou seu endereço, fazer cálculos elementares ou atender a ordens do tipo: “Sente-se na cama’: “Tire a camisa”; 2) Reatividade: capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, como, por exemplo, desviar os olhos e a cabeça para um ponto no qual é provocado um barulho. A reatividade pode ser avaliada, também, em relação à dor; 3) Deglutição: capacidade de levar alimentos à boca e degluti-los; 4) Reflexos: resposta às manobras de alguns reflexos tendinosos (p. ex., patelar), plantares, cutâneos, abdominais e pupilares. COMA ▪ Estado de inconsciência, habitualmente prolongado (com duração de horas, dias ou meses), do qual o paciente pode ou não emergir. ▪ Não pode ser revertido pelos estímulos externos comuns. ▪ É a expressão de falência das funções encefálicas, podendo ser determinado por Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS lesões estruturais do parênquima encefálico, disfunções metabólicas e intoxicações exógenas com repercussão no sistema nervoso central. ESCALA DE COMA DE GASGLOW ▪ Instrumento mais utilizado para determinar alterações de nível de consciência. ▪ Consiste na análise de 3 parâmetros: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. ▪ Normalidade (15 pontos); estado de coma (abaixo de 8 pontos); estado de coma grave (3 pontos). FALA E LINGUAGEM Avalia a fala. o Disfonia ou afonia: alteração do timbre da voz causada por alguma alteração no órgão fonador. A voz pode tornar-se rouca, fanhosa ou bitonal. o Dislalia: alterações menores da fala, comuns em crianças, como a troca de letra (“tasa” por “casa”). Uma forma especial é a disritmolalia, que compreende distúrbios no ritmo da fala, incluindo a gagueira e a taquilalia. o Disartria: alterações nos músculos d a fonaçã o, incoordenação cerebral (voz arrastada, escandida), hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar). o Disfasia: pode ser de recepção ou sensorial (o paciente não entende o que se diz a ele) ou da expressão ou motora (o paciente entende, mas não consegue se expressar), ou do tipo misto. Traduz lesão do hemisfério dominante: o esquerdo no destro, e vice-versa, mas não tem valor localizatório absoluto. FÁCIES É a resultante de elementos anatômicos associados à expressão fisionômica. NORMAL OU ATÍPICA Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS Comporta muitas variações. Mesmo quando não há traços anatômicos ou expressão fisionômica típica, é importante identificar sinais indicativos de tristeza, ansiedade, medo, indiferença, apreensão. HIPOCRÁTICA ▪ Olhos fundos, parados e inexpressivos. ▪ O nariz afila-se, e os lábios se tornam adelgaçados. ▪ Quase sempre o rosto está coberto de suor. ▪ Palidez cutânea. ▪ Discreta cianose labial. ▪ Doença grave. RENAL ▪ Edema predominante ao redor dos olhos. ▪ Completa o quadro a palidez cutânea. ▪ Doenças renais: síndrome nefrótica e na glomerulonefrite aguda. LEONINA ▪ Alterações produzidas pelas lesões da hanseníase. ▪ A pele, além de espessa, é sede de lepromas. ▪ Os supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. ▪ Os lábios tornam-se mais grossos e proeminentes. ▪ As bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. ADENOIDANA ▪ Nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta; ▪ Indivíduos com hipertrofia das adenoides, as quais obstruem os orifícios posteriores das fossas nasais. Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS PARKINSONIANA ▪ A cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel nesta posição. ▪ O olhar fixo, os supercílios elevados e a fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto. ▪ Falta de expressividade facial BASEDOWIANA ▪ Os olhos são salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando-se sobremaneira no rosto magro ▪ Aspecto de espanto e ansiedade. ▪ Bócio: indica hipertireoidismo. MIXEDEMATOSA ▪ Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. ▪ Pálpebras infiltradas e enrugadas. ▪ Supercílios escassos e cabelos secos e sem brilho. ▪ Expressão fisionômica indicativa de desânimo e apatia. ▪ Hipotireoidismo ou mixedema ACROMEGÁLICA ▪ Saliência das arcadas supraorbitárias. ▪ Proeminência das maçãs do rosto. ▪ Maior desenvolvimento do maxilar inferior. Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira| FITS ▪ Aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. DEPRESSSIVA ▪ Sulco nasolabial se acentua e o canto da boca se rebaixa. ▪ O conjunto fisionômico denota indiferença, tristeza e sofrimento emocional. CUSHINGOIDE OU DE LUA-CHEIA ▪ Arredondamento do rosto, com atenuação dos traços faciais. ▪ Aparecimento de acne. ▪ Síndrome de Cushing por hiperfunção do córtex suprarrenal. ▪ Pode ocorrer também nos pacientes que fazem uso prolongado de corticosteroides. MONGOLOIDE ▪ Fenda palpebral: os olhos oblíquos. ▪ Rosto redondo e boca entreaberta. ▪ Expressão fisionômica de pouca inteligência ou mesmo de completa idiotia. ▪ Mongolismo, trissomia do par 21 ou síndrome de Down. PSEUDOBULBAR Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS ▪ Súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar contê-las. ▪ Paralisia pseudobulbar PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA ▪ Assimetria da face. ▪ Impossibilidade de fechar as pálpebras. ▪ Repuxamento da boca para o lado são ▪ Apagamento do sulco nasolabia MIASTÊNICA ▪ Apoptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. ▪ Miastenia grave e outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra superior. DEFICIENTE MENTAL ▪ Os traços faciais são apagados e grosseiros. ▪ Boca constantemente entreaberta, às vezes com salivação. ▪ Olhar é desprovido de objetivo. ▪ Voz grave percebida por um falar de meias palavras. ETÍLICA ▪ Olhos avermelhados e certa ruborização da face ▪ Hálito etílico. Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS ▪ Voz pastosa. ▪ Sorriso meio indefinido. ESCLERODÉRMICA/MÚMIA ▪ Imobilidade facial. ▪ A fisionomia é inexpressiva, parada e imutável. ▪ Pele apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com repuxamento dos lábios, redução do diâmetro da boca (microstomia) afinamento do nariz e imobilização das pálpebras BIOTIPO OU TIPO MORFOLÓGICO Conjunto de características morfológicas do indivíduo. POSTURA OU ATITUDE NA POSIÇÃO DE PÉ o Uma postura defeituosa pode ser consequência de hábitos posicionais (má postura) ou de afecção da coluna vertebral. o Queixas mais comuns: dorsalgia e lombalgia, que, em muitos casos, advêm de má postura BOA POSTURA ▪ Cabeça ereta ▪ Peito erguido. ▪ Abdome inferior achatado ou levemente retraído. ▪ Curvas posteriores nos limites normais POSTURA SOFRÍVEL ▪ Cabeça levemente inclinada para diante. ▪ Peito achatado. ▪ Abdome algo protruso, saliente ▪ Curvas posteriores exageradas MÁ POSTURA ▪ Cabeça acentuadamente inclinada para diante. ▪ Peito deprimido. ▪ Abdome saliente e relaxado. ▪ Curvas posteriores exageradas ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO LEITO Atitude é a posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS ATITUDES VOLUNTÁRIAS São as que o paciente adota por sua vontade e compreendem a ortopneica, a genupeitoral, a posição de cócoras, a parkinsoniana e os diferentes decúbitos. ORTOPNEICA ▪ O paciente adota essa posição para aliviar a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica ou ascite volumosa. ▪ Ele permanece sentado à beira do leito com os pés no chão ou em uma banqueta, e as mãos apoiadas no para facilitar a respiração, que se faz com dificuldade GENUPEITORAL O paciente posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax (peito) põe-se em contato com o solo ou colchão GENUPEITORAL ▪ É observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica. ▪ Esta posição proporciona algum alívio da hipoxia generalizada, que acompanha essas cardiopatias, em decorrência da diminuição do retorno venoso para o coração PARKINSONIANA ▪ Em pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores. ▪ Ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS ATITUDES INVOLUNTÁRIAS Independem da vontade do paciente e incluem: atitude passiva, ortótono, opistótono, emprostótono, pleurostótono e posição em gatilho e torcicolo e mão pêndula da paralisia radial ATITUDE PASSIVA Paciente fica na posição em que é colocado no leito. ORTÓTONO Ronco e os membros estão rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados. OPISTÓTONO ▪ Contratura da musculatura lombar, observada nos casos de tétano e meningite. ▪ O corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando-se como um arco EMPROSTÓTONO ▪ É observado no tétano, na meningite e na raiva. ▪ Contrário do opistótono: o corpo do paciente forma uma concavidade voltada para diante. PLEUROSTÓTONO O corpo se curva lateralmente. POSIÇÃO EM GATILHO Encontrada na irritação meníngea, é mais comum em crianças e caracteriza-se pela hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante. TORCICOLO E MÃO PÊNDULA DA PARALISIA RADIAL São atitudes involuntárias relacionadas a determinados segmentos do corpo. DECÚBITO LATERAL (DIREITO E ESQUERDO) ▪ Posição que costuma ser adotada quando há uma dor de origem pleurítica. ▪ Ele se deita sobre o lado da dor DORSAL Nas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia, é observado nos processos inflamatórios pelviperitoneais. VENTRAL ▪ É comum nos portadores de cólica intestinal. ▪ O paciente deita-se de bruços e, às vezes, coloca um travesseiro debaixo do ventre. AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO Segue os seguintes parâmetros: o Alteração abrupta do peso; o Alterações da pele quanto a umidade, elasticidade e turgor; o Alterações das mucosas quanto à umidade; fontanelas (no caso de crianças); o Alterações oculares; o Desidratação, como o próprio nome indica, é a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, caracterizando-se pelos seguintes elementos: sede; diminuição abrupta do peso; pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos; mucosas secas; olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos; fontanelas deprimidas no caso de crianças; estado geral comprometido; excitação psíquica ou abatimento; oligúria. o Desidratação: osmolaridade e intensidade. Intensidade: baseia-se na perda de peso; 1. Leve ou de 1 grau: perda de peso de até 5%; 2. Moderada ou de 22 grau: perda de peso de 5 a 10%; 3. Grave ou de 32 grau: perda de peso acima de 10%. Osmolaridade: nível sanguíneo de sódioIsotônica: 1. Quando o sódio está nos limites normais; 130 -150 mEq/ f); 2. Hipotônica: quando o sódio está baixo(< 130 mEq/f); 3. Hipertônica: quando o sódio está acima dos limites normais > 150 mEq/ f). Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS ALTURA E OUTRAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS o A única medida rotineira é a planta-vértice, ou seja, a altura total do indivíduo, que vai da planta dos pés ao vértice da cabeça. o Envergadura: é a distância compreendida entre os extremos dos membros superiores, estando o indivíduo com os braços, em abdução de 90°. Normalmente, a envergadura equivale à altura. o Distância pubovértice: corresponde à distância entre a sínfise pubiana e o ponto mais alto da cabeça. Distância puboplantar: equivale à medida entre a sínfise pubiana e a planta dos pés. IMC IMC = Peso atual (kg) /Altura2 (m) ▪ Baixo peso: IMC menor do que 19,99 kg/m2 ▪ Normal: IMC de 20 a 24,99 kg/m2 ▪ Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 kg/m2 ▪ Obesidade: IMC de 30 a 39,99 kg/m2 ▪ Obesidade mórbida: IMC acima de 40 kg/m2 PESO Peso ideal: são valores estatisticamente estabelecidos a partir dos dados obtidos em grandes gruposda população. Quando não se dispõe de uma tabela, pode-se aplicar a regra simples de Broca: o peso ideal se aproxima do número de centímetros que excede um metro de altura e se expressa em kg. Assim, um homem de 1,70 m terá peso ideal ao redor de 70 kg. Para o sexo feminino, subtraem-se 5% ao valor encontrado. Exemplo: uma mulher de 1,60 m terá peso ideal em torno de 57 kg, isto é, 60- 5% de 60. Peso máximo normal: somam-se 5 a 10% ao peso ideal, dependendo do biotipo. Se a tabela estabelece que para uma mulher de 50 anos com 1,60 m de altura o peso ideal é de 56 kg, o peso máximo normal seria de 61,6 kg. Peso mínimo normal: subtraem-se 5 a 10% ao peso ideal, dependendo do biotipo. A mesma mulher do exemplo anterior teria como peso mínimo normal 50,4 kg. CIRCUNFÊNCIA ABDOMINAL Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS Como medir: MUCOSAS/PELE Observação de cor, formato ou a existência de feridas e/ou inflamações. SINAIS VITAIS o Os sinais vitais expressam o funcionamento e as alterações dos órgãos e/ou sintomas mais relacionados com a manutenção da vida. Classicamente são considerados como sinais vitais o pulso, a pressão arterial, o ritmo e a frequência respiratórios e a temperatura corporal. Contudo, para melhor avaliação do paciente, devem ser incluídos a dor, o nível de consciência e a oximetria do pulso. o As condições em que é obrigatória a avaliação dos sinais vitais são: I. Pacientes admitidos em qualquer serviço de saúde com manifestações clínicas indicativas de comprometimento de órgão vital, principalmente em emergências e urgências; II. Antes e depois de qualquer procedimento invasivo ou cirúrgico; III. Antes e depois de administrar medicamentos que interfiram nas funções cardíaca, respiratória e cerebral; IV. Sempre que as condições clínicas do paciente apresentarem piora inesperada; V. Sempre que o paciente manifestar desconforto inexplicável. RITMO E FREQUÊNCIA DO PULSO o Em geral, faz-se a análise do pulso radial. Pode- se, porém, palpar o pulso carotídeo ou, mais raramente, o pulso femoral, com o mesmo objetivo; o Entre as características semiológicas do pulso (estado da parede arterial, ritmo, frequência, amplitude, tensão e tipos de onda), para se fazer a avaliação dos sinais vitais presta-se especial atenção ao ritmo e à frequência. O ritmo é verificado pela sequência das pulsações e distingue-se em: I. Pulso regular: as pulsações ocorrem com intervalos iguais. II. Pulso irregular: os intervalos entre as pulsações ora são mais longos ora mais curtos. O pulso irregular traduz arritmia cardíaca (arritmia sinusal, extrassistolia, bloqueio cardíaco e fibrilação atrial) o Para avaliar a frequência deve-se contar as pulsações durante um minuto inteiro; é conveniente comparar com a frequência cardíaca. Quando o número de pulsações no pulso for menor que a frequência cardíaca, denomina-se déficit de pulso, sinal que tem valor clínico (fibrilação atrial e extrassistolia); o Em adultos é considerada normal uma frequência de 60 a 100 bpm; contudo, não é raro encontrar uma frequência entre 50 e 60 pulsações por minuto em pessoas saudáveis (p. ex., atletas); o As principais alterações da frequência são: I. Taquicardia: acima de 100 pulsações por minuto. Causas: exercício físico, emoções, gravidez, estados febris, hipertireoidismo, fibrilação Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS arterial, hipovolemia, miocardites, colapso periférico, taquicardia paroxística. II. Bradicardia: menos de 60 pulsações por minuto. Causas: bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, hipertensão intracraniana, icterícia, infecções virais, treinamento físico intenso. PRESSÃO ARTERIAL o Consiste na força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos; o Valores normais máximos 140 × 90 mmHg e valores mínimos, 80 × 50 mmHg. RITMO E FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIOS o Ritmo e frequência respiratórios normais caracterizam-se pela sucessão regular de movimentos respiratórios, com amplitude de profundidade mais ou menos igual, em uma frequência de 16 a 20 respirações por minuto, em pessoas adultas, situação denominada eupneia; o As principais alterações de ritmo e frequência respiratórios são: I. Apneia: parada da respiração; II. Dispneia: sucessão de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente; III. Ortopneia: dificuldade para respirar na posição deitada, o que obriga o paciente a ficar sentado ou semissentado; IV. Dispneia periódica ou respiração de Cheyne-Stokes: incursões respiratórias que vão ficando cada vez mais profundas até atingirem amplitude máxima, seguindo-se movimentos respiratórios de amplitude progressivamente menor, podendo chegar à apneia; V. Respiração de Kussmaul: amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia. Comparada à “respiração de peixe fora d’água”; VI. Respiração de Biot: movimentos respiratórios de diferentes amplitudes e com intervalos variáveis; VII. Taquipneia: em adultos, frequência respiratória acima de 20 respirações por minuto; VIII. Bradipneia: em adultos, frequência respiratória abaixo de 16 respirações por minuto. TEMPERATURA CORPORAL o Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, em média de 36 a 36,5°C; o Temperatura bucal: 36 a 37,4°C; o Temperatura retal: 36 a 37,5°C (0,5°C maior que a axilar). OXIMETRIA DE PULSO o Mostra a porcentagem de saturação do oxigênio no sangue, juntamente com a frequência cardíaca; o Taxas normais: I. Saturação: 95% a 100% II. Frequência cardíaca: Ana Rita Cabral C. A. de Oliveira | FITS NÍVEL DE CONSCIÊNCIA A avaliação do nível de consciência é feita pela observação geral do paciente e suas reações às solicitações habituais, incluindo respostas a perguntas simples. I. Normal: o paciente está alerta, atento ao que acontece a seu redor, responde às perguntas de modo coerente, reage aos estímulos de maneira apropriada; II. Consciência alterada: a alteração pode ser de grau leve ou intenso (torpor, indiferença ao ambiente, ou só responde quando solicitado, confusão mental); III. Inconsciente: não toma conhecimento do que acontece a seu redor, não responde às perguntas, não reage aos estímulos, mesmo os dolorosos. Corresponde ao estado de coma
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