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1 CAROLINE OLIVEIRA BARROS E SILVA NAILDA LIMA DOS SANTOS A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NO PROJETO DA ESTRUTURAL DE 2019 Brasília 2020/1° 2 CAROLINE OLIVEIRA BARROS E SILVA NAILDA LIMA DOS SANTOS A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NO PROJETO DA ESTRUTURAL DE 2019 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Pedagogia, do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal (UNIPLAN), como requisito parcial para obtenção do título de licenciatura em pedagogia, sob a orientação da Prof.ª Rosalina Rodrigues de Oliveira. Brasília 2020/1° 3 CAROLINE OLIVEIRA BARROS E SILVA NAILDA LIMA DOS SANTOS A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NO PROJETO DA ESTRUTURAL DE 2019 Banca Examinadora: ______________________________________________ Orientador(a) Rosalina Rodrigues de Oliveira ______________________________________________ Examinador(a) Cristina Célia Rocha de Macedo ______________________________________________ Examinador(a) Roseli de Melo Sousa e Silva Brasília 2020/1° 4 AGRADECIMENTOS A gradecemos primeiramente a professora Drª Rosalina Rodrigues de Oliveira, nossa coordenadora e professora e a todos os mestres professores: Abraão Lincoln Ferreira Costa, Cristina Célia Rocha de Macedo, Roseli de Melo Sousa e Silva, Silêda Maria Holanda de Souza Almeida e Sidney Silva Lima e demais docentes que passaram no curso de Pedagogia ao longo desses 3 anos e nos ensinaram, nos ajudaram e também nos apoiaram ao longo do curso de Pedagogia na rede UNIPLAN de Águas Claras, e também no TCC, neste momento tão delicado. Agradecemos todos os familiares por nos ajudarem neste momento de luta e de bastante pesquisa e nos apoiarem a terminarmos o curso. E agradecemos a Deus, a nos proporcionar esse momento, essa luta, essa fase em nossas vidas e que possamos ir para a próxima fase de nossas vidas. 5 RESUMO A ludicidade no processo de ensino-aprendizagem é de suma importância para que a criança se desenvolva e aprenda. Este trabalho tem como objetivo mostrar como a ludicidade é importante na vida das crianças e as ajudam a terem uma alfabetização de qualidade e como as brincadeiras e jogos podem proporcionar o desenvolvimento cognitivo e mental, além de ajudar na formação da personalidade adulta. Utilizamos do Projeto da Estrutural de 2019 para observarmos as atividades e as dinâmicas que foram utilizadas e mostrar que a ludicidade está em todos esses processos e como ajuda no desenvolvimento social das crianças, além de proporcionar um ensino básico dinâmico e de qualidade. Palavras-chave: ludicidade; jogos; alfabetização. 6 ABSTRACT Playfulness in the teaching-learning process is of utmost importance for the child to develop and learn. This work aims to show how playfulness is important in children's lives and helps them to have quality literacy and how play and games can provide cognitive and mental development, in addition to helping in the formation of adult personality. We used the 2019 Structural Project to observe the activities and dynamics that were used and show that playfulness is in all these processes and as an aid in the social development of children, in addition to providing a dynamic and quality basic education. Keywords: playfulness; games; literacy. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO..............................................................................PÁGINAS 9 e 10 DIAGNOSE DA ESCOLA.............................................................PÁGINA 11 1.1 Estrutura da Escola..........................................................................PÁGINA11 1.2 Documentos da Escola.....................................................................PÁGINAS 12 e 13 CAPÍTULO 1.................................................................................PÁGINA 14 Capítulo 1.2............................................................................................PÁGINAS 15 a 17 Capítulo 1.3............................................................................................PÁGINAS 17 e 18 CAPÍTULO 2.................................................................................PÁGINAS 20 a 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................PÁGINA 26 REFERÊNCIAS............................................................................PÁGINAS 27 a 30 APÊNDICES.................................................................................PÁGINA 31 APÊNDICE A................................................................................PÁGINA 31 APÊNDICE B................................................................................PÁGINA 32 APÊNDICE C................................................................................PÁGINA 33 APÊNDICE D................................................................................PÁGINA 34 APÊNDICE E................................................................................PÁGINA 35 APÊNDICE F................................................................................PÁGINA 36 APÊNDICE G................................................................................PÁGINA 37 APÊNDICE H................................................................................PÁGINA 38 APÊNDICE I.................................................................................PÁGINA 39 APÊNDICE J................................................................................PÁGINA 40 APÊNDICE K................................................................................PÁGINA 41 APÊNDICE L................................................................................PÁGINA 42 APÊNDICE M...............................................................................PÁGINA 43 APÊNDICE N................................................................................PÁGINA 44 APÊNDICE O................................................................................PÁGINA 45 APÊNDICE P................................................................................PÁGINA 46 APÊNDICE Q................................................................................PÁGINA 47 APÊNDICE R................................................................................PÁGINA 48 APÊNDICE S................................................................................PÁGINA 49 APÊNDICE T................................................................................PÁGINA 50 8 APÊNDICE U................................................................................PÁGINA 51 APÊNDICE V................................................................................PÁGINA 52 APÊNDICE W................................................................................PÁGINA 53 APÊNDICE X.................................................................................PÁGINA 54 APÊNDICE Y.................................................................................PÁGINA 55 APÊNDICE Z.................................................................................PÁGINA 56 APÊNDICE 1.................................................................................PÁGINA 57 APÊNDICE 2.................................................................................PÁGINA 58 APÊNDICE 3.................................................................................PÁGINA 59 APÊNDICE 4.................................................................................PÁGINA 60 APÊNDICE 5.................................................................................PÁGINA61 APÊNDICE 6.................................................................................PÁGINA 62 APÊNDICE 7.................................................................................PÁGINA 63 APÊNDICE 8.................................................................................PÁGINA 64 APÊNDICE 9.................................................................................PÁGINA 65 APÊNDICE 10...............................................................................PÁGINA 66 APÊNDICE 11...............................................................................PÁGINA 67 APÊNDICE 12...............................................................................PÁGINA 68 APÊNDICE 13...............................................................................PÁGINA 69 APÊNDICE 14...............................................................................PÁGINA 70 APÊNDICE 15...............................................................................PÁGINA 71 APÊNDICE 16...............................................................................PÁGINA 72 APÊNDICE 17...............................................................................PÁGINA 73 APÊNDICE 18...............................................................................PÁGINA 74 APÊNDICE 19...............................................................................PÁGINA 75 APÊNDICE 20...............................................................................PÁGINA 76 APÊNDICE 21...............................................................................PÁGINA 77 APÊNDICE 22...............................................................................PÁGINA 78 APÊNDICE 23...............................................................................PÁGINA 79 APÊNDICE 24...............................................................................PÁGINA 80 APÊNDICE 25...............................................................................PÁGINA 81 9 INTRODUÇÃO Na educação a todo momento vemos a necessidade de nós educadores estarmos nos reinventando e aprimorando nossos conhecimentos. O processo educativo é contínuo, exige planejamento, conduta pedagógica, objetivo e se adequando a realidade do aluno e não descartando seus conhecimentos prévios. O processo de ensino e aprendizagem não ocorre somente em provas, exercício, mas sim, por meio da interação com outro. A troca de conhecimento é uma das maneiras mais ricas de se adquirir experiência, reconstruir conceitos e passar a ter um olhar holístico para o mundo. Assim ocorre em brincadeiras, onde para muitos pode ser considerado um passatempo, porém por trás estão inseridos valores como o respeito, regras e assim por diante. Com isso podemos ver as diferentes formas como o aluno é capaz de adquirir conhecimento, seja por meio de brincadeiras, brinquedos e jogos. O lúdico gera uma dicotomia para muitos da comunidade escolar pois para alguns pais, professores e equipe escolar ainda tem o pensamento de que o lúdico tem ideia de passatempo, ou seja, este recurso possui resistência para uns e não para outros. Desde muito pequenas as crianças possuem como atividade principal as brincadeiras, onde é possível interagir com o meio e gradativamente ao contexto social. O lúdico traz consigo no processo de ensino e aprendizagem a construção da identidade, autonomia e reciprocidade. É por meio dos brinquedos que a criança começa a associá-los com a realidade humana, querer fazer parte do mundo dos adultos. A brincadeira até os 6 anos de idade ocorre por meio de jogos simbólicos, com isso, a criança utiliza da imaginação com a brincadeira para reproduzir ações humanas, gerando vários fatores onde com o desenvolvimento da criança é capaz de racionalizar atos e passar a distinguir, por exemplo, o certo e errado, noção de tempo e espaço e etc. O tema lúdico me chamou a atenção conforme aulas de JBI ministradas no 2° semestre na UNIPLAN, de forma objetiva e eficaz sobre como o aluno tem 10 uma aprendizagem por meio de diversos recursos lúdicos e como isso influencia de uma maneira positiva no processo de ensino e aprendizagem. Com o embasamento no contexto acima surgiu o seguinte questionamento: De que forma o lúdico contribui no processo de ensino aprendizagem das crianças do Projeto da Estrutural em 2019? O Projeto se consistiu em ajudar um grupo de crianças na Estrutural da Escola CED 1, onde alunos da UNIPLAN, mostram o que aprenderam na faculdade de pedagogia e aplicá-las na prática e observando a evolução dessas crianças. O objetivo geral é verificar de que forma o lúdico contribui no processo de ensino aprendizagem; e os objetivos específicos são, refletir sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação e como o lúdico pode contribuir no desenvolvimento cognitivo da criança. 11 DIAGNOSE DA ESCOLA 1.1 Estrutura da Escola O Centro Educacional 01 da Estrutural, é uma escola pública do Distrito Federal que surgiu para atender a necessidade da comunidade que era desprovida deste direito, e para evitar o deslocamento dos estudantes para outras cidades vizinhas, a fim de que pudessem acompanhar de perto a educação dos filhos. Localiza-se no Setor Central, área especial 03 da cidade Estrutural, é subordinada a Coordenação Regional de Educação do Guará, a criação e a regularização do Centro de Ensino Fundamental se deram por meio da Portaria nº 277 publicada no dia 28 de julho de 2009 e conta com uma excelente estrutura física, o patrimônio da escola apresenta permanece de total integridade. Segundo o Projeto Político Pedagógico da mesma, a Instituição funciona em um prédio com 02 andares onde existem 20 salas de aula, 01 laboratório de Ciências, 01 sala do CPMDF, 01 laboratório de Informática, 01 Sala de Leitura, 01 Sala de Professores, 01 Sala de Coordenação, 01 Sala para o SOE e 1 sala para a EEAA, 01 Sala de Recursos, 01 banheiro para os terceirizados, 01 almoxarifado, 01 depósito, 01 quadra de esporte coberta 01 praça de skate e 01 parque infantil, um pátio descoberto e 01 coberto, 01 secretaria, 01 cantina, 01 modesto refeitório, 01 sala para o administrativo, 01 mecanografia. 03 banheiros femininos e 03 masculinos, 01 rampa de acesso para cadeirantes, 02 escadas, 01 sala para funcionários da limpeza, área verde na circunferência interna da escola. Em 2018 a escola funcionava com 1800 alunos distribuídos em 57 turmas nos três turnos, sendo no Ensino Fundamental turno matutino com 546 alunos distribuídos no 4º ano, 5º ano, 6º ano e 7º ano e no turno vespertino 481 alunos do 4º e 5º ano. Com formação de turmas de PAAE no turno matutino 1 turma do 6ºano, no vespertino, sendo 1 turma de alfabetizados, de 4° ano. A Educação Integral atendia 100 estudantes, e no turno noturno um total de 773 estudantes, distribuídos em 565 alunos da EJA 3º segmento e 208 alunos no Ensino Médio Semestralidade. Quanto aos recursos humanos: 01 diretora, 01 vice-diretor, 02 supervisoras pedagógica, 01 secretária, 06 coordenadores pedagógicos, 02 orientadoras, 02 supervisores administrativos, 03 assistente de secretaria, 01 12 monitora, 82 professores, 06 professores readaptados, 07 merendeiras, 05 auxiliares de limpeza, 01 porteira, 04 seguranças não armados. A escola dispõe de Caixa Escolar, de um Conselho Escolar, criados na gestão anterior e que vem sendo reativado na atual gestão, visto que são instrumentos importantes para a efetivação de uma gestão pedagógica e administrativa compartilhada de fato. A organização pedagógica, administrativa e financeira é pautada nas legislações vigentes como o Projeto Político Pedagógico, Currículo em Movimento da Educação Básica do DF, Avaliação de Diretrizes e Bases, Gestão Democrática,Conselho Escolar, PDDE, PDAF, Orientações Pedagógicas da EEAA, SOE, AEE, Educação Especial, Avaliações Institucionais, Formação contínua ofertada pela EAPE, Escola e Coordenações Intermediárias das Coordenações Regionais de Ensino, sob a supervisão e acompanhamento do Governo Federal, Governo do DF e instituições afins: SEDF, MEC, Coordenações Regionais de Ensino e outros. 1.2 Documentos da Escola Ao examinar o Projeto Político Pedagógico que define a identidade escolar, nota-se que a escola visa propor caminhos para um ensino de excelência, com objetivos a se cumprir. O PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola foi elaborado de forma coletiva, contando com a participação de toda comunidade escolar, tais como professores, alunos e responsáveis, equipe gestora, moradores da região e equipe de apoio. Trata-se de uma proposta flexível que visa suprir as necessidades educacionais daquela população em desenvolvimento. O documento relata a história da escola, seus aspectos e objetivos. Além disso, estão citados os pressupostos teóricos e estratégias/planejamentos para implementação das propostas, todas ajustadas nos diversos Planos de Ação e nos diferentes campos de atuação da unidade escolar. A escola visa à necessidade de profissionais que valorizem a capacidade que cada aluno possui, para assim, proporcionar um estudo que garanta ao estudante o avanço em todas às áreas, seja ela, cognitiva, emocional e intelectual, contribuindo para uma vida melhor. Percebe-se o desempenho da escola para conduzir o aluno à reflexão sobre o valor da educação, assim como reforça a importância de realizar trabalhos e projetos em conjunto com estudantes, professores, diretor, pais e comunidade escolar para o sucesso da instituição. 13 A gestão da escola é democrática e participativa, prioriza o trabalho em equipe, estabelecendo assim uma boa relação entre todos de forma amistosa e atenciosa, revelando assim o comportamento da escola na construção dos direitos e deveres de todos, buscando um trabalho eficaz que transforme os alunos em cidadãos críticos, capazes de desenvolver suas próprias habilidades e competências . 14 CAPÍTULO I CONTEXTO HISTÓRICO DO LÚDICO Ao falarmos sobre o lúdico temos que ter em mente que é tudo que se refere a jogos, brincadeiras e que isso desenvolvido independente dentro ou fora da sala de aula gera uma ação lúdica, pois não depende do meio e sim de ações. Sendo assim, o lúdico é uma estratégia pedagógica atividade lúdica é todo e qualquer movimento que gere prazer em sua produção, pois por meio desse tipo de ação que a criança é capaz de interiorizar conhecimento, desenvolver senso crítico e ato reflexivo. Diante disso, este recurso começou a ser mais utilizado no século XIX influenciada pelos jesuítas desde o século XVII e ao perceberem essa importância, introduziram ao currículo pois gerou – se um ato positivo para o desenvolvimento da criança e perceberam isso através de atividades. Apesar de ser uma estrutura onde coloca -se o aluno como centro e o professor no papel de auxiliar toda a ação pedagógica, é preciso fazer com que o aluno pense, o torne reflexivo e o coloque como um ser crítico. O caminho para a chegada do reconhecimento do lúdico não foi fácil, foram muitas discussões, teorias pedagógicas e contexto de cada época envolvidos, mas apesar da resistência em introduzi-lo, é um dos recursos mais eficazes diante da educação atual. Com isso, um dos precursores do lúdico é Froebel, responsável pela criação de um jardim de infância com jogos e brincadeiras e apresentando assim a ludicidade como ponto central. Ele foi capaz de perceber também que por meio da interiorização e exteriorização está intrínseco benefícios intelectuais, valores e averiguando com esses resultados, que os jogos para as crianças não são somente como um passatempo e que muitas vezes a brincadeira acaba transcendendo nas crianças seus desejos, personalidades etc. Pois para Froebel, o jogo é um tipo de linguagem da criança. Com o avanço tecnológico atual, podemos dizer que o lúdico é um meio muito importante no processo educativo, seja ele social, emocional e assim por diante. O lúdico como apresentado tem um papel muito importante na atualidade para o desenvolvimento da criança, pois é através 15 desse recurso que a criança passa a ter autonomia, construção de sua identidade, papel social. O lúdico não precisa ser expresso somente dentro do ambiente escolar, mas sim, pode ser encontrado e transmitido de diversas maneiras, como em poemas, músicas ou até mesmo em receitas de bolo por exemplo. Dentro essas situações citadas, a criança é capaz de dá significação a cada conceito, internalizá-los, fatos que proporcionam resolver problemas e assim se descobrindo a cada vivência. O recurso da ludicidade envolve a quebra do antagonismo entre a significação do aprendizado e a transmissão de conteúdo. Um exemplo disso é a teoria tradicional de ensino criada no século XVIII, esse tipo de teoria pedagógica resiste a inovação, colocando o professor como papel principal no processo de ensino e aprendizagem e o aluno como um mero ouvinte de conteúdo. Brincadeiras, jogos, brinquedos não surgiram de um dia para o outro, em 367 a.C, Platão, via o jogo como uma atividade para o desenvolvimento de meninos e meninas e que esse tipo de atitude já fosse iniciado nos primeiros anos de vida do indivíduo. Como podemos ver, não importa lugares, continentes, séculos, o lúdico sempre esteve inserido de alguma forma. Desde os primórdios até os dias atuais, vemos a evolução desse tipo de modelo educativo e para o aluno é um meio de aprendizado tão significativo e dinâmico, pois através da espontaneidade, da troca de conhecimento, o mesmo começa a ser ativo em seu processo educativo, capaz de ser crítico em suas ações. 1.2 Contexto histórico do lúdico no Brasil Desde a colonização do Brasil até os dias atuais, com isso, houve uma miscigenação tanto de raças, quanto no âmbito educacional. Na sociedade, em ambientes escolares, temos uma grande diversidade de culturas e essa riqueza de informações nos remete o pensamento de como nosso país é rico de povos, 16 culturas, costumes e que isso deve ser colocado em pauta nos conteúdos dentro da sala de aula. A ludicidade esteve e ainda se encontra muito enraizada em nossa cultura brasileira. Isso se dá por pioneiros ativos nesse processo, como por exemplos os índios, negros, portugueses escravos. Povos que possuem culturas, pensamentos totalmente diferentes e que acarretou a riqueza educacional e cultural de nosso país. Por causa dessa riqueza diversificada, nunca devemos esquecer e temos que estimular a importância de cada um desses povos, fazer com que sejam sempre lembrados pois cada um teve um papel muito significativo para construção de nossa cultura, cada povo tem o seu mérito e assim preservando o ensino de nossos alunos. Como já dito anteriormente, a introdução do lúdico de fato na educação não foi fácil e isso já acontecia em meados do século XV, a Igreja Católica se encarregou de retirar o jogo da educação porque para eles, esse meio educativo era inútil. Logo em seguida este recurso retorna à educação através dos jesuítas, mas não perdura por muito tempo, já que eles foram expulsos do Brasil em 1758, deixando assim em aberto o modelo educativo a ser seguido. No decorrer da história, o lúdico começa a ser mais aceito e ganhar força no começo do século XX e a partir desse período que realmente o olhar estará voltado para aprendizagem significativa do aluno, desenvolver o senso crítico, solucionar problemas etc. Com isso, temos na Revolução de 1930 o primeiro ministro da educação, Francisco Campos. Muitos se perguntam motivo pelo qual teve um salto grande na educação nesteperíodo e esse marco histórico direcionou uma atenção especial para área educacional, pois nessa época, Getúlio Vargas estava no poder, havia uma grande expansão no mercado econômico, a entrada do Brasil modelo capitalista , produção industrial elevada e com isso, necessitava – se de mão de obra especializada. Na mesma década seguia de uma forma bem significativa a mudança no âmbito educacional, onde um grupo se criou e formou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, ideias onde era voltado para o povo e governo, para que fossem 17 conseguintes para todos. A ideia desse grupo era uma escola pública obrigatória e gratuita para todos e de ambos os sexos e rapidamente teve resultado, pois foi promulgado na constituição de 1934. Os principais pensadores como Piaget, Kishimoto, Vygotsky, dizem que o lúdico é uma maneira muito prática e dinâmica para o ensino do aluno e que o jogo está inserido no mundo tantos das crianças, como dos adultos. O professor, comunidade e equipe escolar, devem estimular e interiorizar cada vez mais este tipo de recurso na área pedagógica e social, este tipo de modelo educacional é capaz de defender o indivíduo por completo, seja intelectual, social, cognitivo etc. 1.3 O lúdico e sua importância na educação Kishimoto alerta que: (...) Se quisermos aproveitar o potencial do jogo como recurso para o desenvolvimento infantil, não poderemos contrariar sua natureza, que requer a busca do prazer, a alegria, a exploração livre e o não-constrangimento. (Kishimoto, 1995). A inda nos dias de hoje, muitos pais, professores e de toda comunidade escolar possuem a resistência da introdução do lúdico na prática de ensino. Kishimoto (1995) é clara em que nada se tem mistério quando o assunto é sobre educação e jogo. Para ela e muitos outros precursores do lúdico, a forma como o aluno aprende, se desperta mais o interesse quando isso acontece de um jeito prazeroso e não sob pressão. Esse tipo de reação também é trabalhada a parte psicológica, o corpo, mente, intelectual, cognitivo e com esse conjunto, o aluno se tranquiliza em se expressar, indagar e descobrir ações e reações, onde por meio de experiências, esse aluno pode vencer obstáculos e se desenvolver a cada desafio. Muitas vezes, por vergonha, medo de errar o aluno se cala e guarda aquela dúvida para ele, por medo do julgamento social, mexe com o psicológico de alguns alunos. Por isso o erro deve ser trabalhado e tratado como um conhecimento ainda não interiorizado corretamente. É preciso com que o professor possa auxiliar e 18 mediar este conhecimento, orientá-lo, prosseguir e incentivar esse aluno a vencer cada obstáculo e que ele é capaz. Ausubel define que: As tarefas de aprendizagem por memorização, como é óbvio, não se levam a cabo num vácuo cognitivo. Pode relacionar-se com a estrutura cognitiva, mas apenas de uma forma arbitrária e literal que não resulta na aquisição de novos significados. (AUSUBEL, 2000). O professor, a cada obstáculo, também aprende com o aluno, aquele obstáculo e cada vez mais apto a dá um direcionamento correto e ágil para aquele problema exposto. Para isso, é muito importante que o professor esteja sempre se reinventando, estudando para que possa buscar novos meios de aprendizagem e garantir um ensino de qualidade aos seus alunos. Professor nunca deve se manter parado e sim, sempre em movimento. Ao se explicar algo dentro de sala de aula, o professor precisa mediar meios para que esse aprendizado torne significativo e não fugindo da realidade desse aluno. Uma das coisas mais importantes na educação é a realidade do aluno e isso deve ser colocado em pauta em todo o ano letivo, desde a construção do PP, ao planejamento das aulas e assim por diante. O ensino tradicional é muito dos meios ainda muito utilizados atualmente, porém, o ensino é de meio mais transmitido e não significativo. A memorização pode ser utilizada e muitas vezes necessária, mas que deixe claro, a importância, o motivo e o sentido daquele conteúdo está sendo ensinado, para que o aluno interiorize este conteúdo. 19 Capítulo 2 O lúdico no Projeto da Estrutural O projeto consistiu em dez encontros, uma vez por semana, na escola da Estrutural/DF CED 1, com alunos do 5° ano, onde tinha a função de saber quais os níveis que os alunos estariam e como eles se comportariam diante dos trabalhos realizados com a ludicidade para que eles aprendam de forma divertida. No dia 22 de Março de 2019, foi feita uma aula lúdica para que todos os alunos se apresentassem e fizessem algum movimento para que os outros possam repetir e se divertirem na hora da repetição e também na dinâmica do copo, quando a criança fala sobre o que mais gosta da sua vida escolar até que a fita de cetim muda de cor e passa para seu colega, Kishimoto(1996,p.24) enfatiza que é através do Lúdico que o aluno possui o desejo e a vontade do saber e de participar. A educação lúdica, na sua essência, além de contribuir e influenciar na formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA, 1994, p.41).” Ao apresentar projeto a turma, as monitoras passaram o texto “Esse projeto será um sucesso” e cria expectativas nas crianças e passam todas essas ideias para a árvore de ideias e apresentando-a para que todos fiquem animados e encorajados a quererem que esse projeto de certo. Kishimoto (1996, p.24): “Por meio de uma aula lúdica, o aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a produtividade, sendo sujeito do processo pedagógico. O lúdico é considerado um meio de comunicação e por isso estimula a criatividade, a expressão e a espontaneidade...” No dia 29 de Março de 2019, começa a acolhida, sempre será uma forma de interagir com as crianças para saber como foi a semana e que os acontecimentos mais interessantes de acordo com elas que merece ênfase, e então começam os 20 trabalhos elaborados para a semana, a interpretação do texto Ritual de Carlos Queiroz Telles, um poema que fala sobre o corpo humano e suas etapas de vida. A atividade “Quem sou eu?” ajuda a criança a descobrir mais sobre si mesma, desde a sua fase de nascimento, acontecimentos atuais, seu futuro, sua família e o ambiente onde vive. Enquanto isso algumas monitoras fizeram o teste de psicogênese individualmente. Esse teste é um dos meios de saber o nível de alfabetização, na qual a monitora dita quatro palavras e o aluno tem que escrevê-la e formar uma frase com as palavras escritas e é muito utilizado para encontrar algum obstáculo na sala de aula. A alfabetização é um processo gradual, ao longo dos anos, onde a criança aprende a ler e escrever e interpretar, que se inicia no ensino fundamental I, porém muitas vezes esse processo não termina em sua escola primária, o que leva a criança a ter dificuldades relacionadas a aprendizagem, de acordo com FERREIRO(1999,p.47). No dia 06 de Abril de 2019, o intuito foi focar na importância da leitura, ajuda no processo de alfabetização, na compreensão do conteúdo, que segundo FERREIRO(1999,p.47) ela acredita que compreender a escrita significa compreender o ‘código’ da sociedade e que a alfabetização também é uma forma de se apropriar das funções sociais, e o acesso a quantidade de textos escritos influência no aprimoramento da leitura e a escrita. O texto interpretado foi A Menina do Laço de Fita de Ana Maria Machado, que entra no assunto de criança negra e a associando a diversas coisas com cores pretas. Ao confeccionaro caderno de leitura, faz com que a criança tenha a criatividade e da forma dela para que do jeito dela, tenha mais vontade de ler com o caderno que ela goste. Como o texto é uma releitura de auto retrato, as crianças devem também fazer o auto retrato e escrever seu nome, fazendo com que a criança mostre como ela se enxerga. PIAGET (1976) diz que a criança se coloca como o sujeito ativo no processo de desenvolvimento cognitivo, mental e dentre outros, onde para ele a criança é um cientista e fazendo alguns experimentos e observações, consegue adquirir o conhecimento gradativamente de acordo com a idade e o ambiente onde vive. Então, fazer com que a criança faça sua própria interpretação do texto e de si, que ajuda ele a ter esse experimento e enxergar as coisas do seu próprio olhar. No dia 12 de Abril de 2019, se consiste em dinâmica em grupo, onde a monitora da diversas palavras em modos diferentes e as crianças tem um tempo estipulado para conseguir escrever o máximo de palavras possíveis e formas as mais diversas frases com essas palavras (cruzadinha, jogo da roleta, tabela de alfabetização, peão silábico e régua da alfabetização), meios de jogos que Gilles Brougère enfatiza que o jogo existe em um sistema de designação, na interpretação de atividades humanas e através do jogo é onde busca o modo de brincar, e o lúdico permite a criança a não ter um comportamento específico e que cada uma se 21 comporta de um jeito. E de acordo com TEBEROSKY e FERREIRO, (1985, p.34) a situação experimental de forma estruturada e flexível que permite o descobrimento de cada criança, põe em jogo na raiz de cada tarefa proposta e por isso o educador deve sondar as brincadeiras como um instrumento em suas atividades pedagógicas e utilizando o lúdico para facilitar o aprendizado em sua turma, e que o lúdico ajuda na relação do mundo externo (objeto manipulável) e o mundo interno (objeto manipulável) na formação de um adulto com pensamentos críticos, ação plena, iniciada na alfabetização. KISHIMOTO (CHOMSKY 2015) – “traz questão cartesiana do caráter criativo da linguagem, de que o conhecimento das regras da linguagem permite infinitas construções das frases. A compreensão de que as regras geram as sentenças e de que é possível criar sentenças a partir de outras regras é a chave para a compreensão da linguagem e de sua teoria sobre as brincadeiras infantis” No dia 26 de Abril de 2019, os alunos se organizam em um círculo para ouvirem a história dinâmica, A formiga e A cigarra, que interpreta que devemos primeiro fazer os nossos deveres e depois usufruir da diversão, logo após dividiu- se a turma novamente em grupos que consistia em procurar as mais diversas palavras em uma quantidade determinada de tempo e formar frases em um circuito que consistia nas atividades: quebra-cabeça de palavras, cruzadinhas e bloco de letras. Ao final as monitoras fizeram um teste da psicogênese, onde o aluno devia formar frases com as palavras que a monitora falava e a formação silábica em cada frase. Esse teste tinha o intuito de descobrir se os alunos conseguiam identificar letras e sílabas nas palavras e frases, um dos processos de alfabetização e de acordo com VYGOSTKY (1991), as crianças possuem dois níveis de desenvolvimento, o real que consiste em conjuntos de atividades em que a criança consegue resolver sozinha é indicado o nível de desenvolvimento completo, e o potencial onde se os conjuntos de atividades a criança realizar sozinha, mas com ajuda de alguém ela consegue resolver. Então a atividade dessa semana era para entender se a criança com a mesma atividade, ou parecida, consegue resolvê-las em grupo e sozinha. VYGOTSKY (1991) – “Ao propor que, através do jogo – motivada por necessidade que não podem ser suprias por outros meios – a criança é capaz de agir e pensar de maneira mais complexa do que demonstra em outras atividades, e ele estabelece que ludicidade e aprendizagem formal funcionam como âmbito de desenvolvimento”. 22 No dia 03 de Maio de 2019, engloba a Língua Portuguesa e Matemática, onde as monitoras explicam que terão um jogo que teriam essas duas matérias inseridas e divide a turma em grupos para participarem dos jogos e cada grupo é direcionado a um mediador para observar o desempenho dos alunos. No momento dos jogos, os grupos fizeram rodízio entre os jogos e grupos e a avaliação foi feita mediante a observação na participação da dinâmica, das facilidades ou dificuldades individuais de escrita e formulação de palavras, bem como a verificação do repertório linguístico e o emprego das normas ortográficas. Observa-se nas atividades, que o uso da linguagem é bem predominante, mesmo englobando a matemática, o que mostra o conceito de CHOMSKY (1986), onde o uso da gramática generativa nada mais é o uso da gramática explícita que se preocupa com a forma e o significado das expressões dessa língua, onde o indivíduo utiliza da mente para usar essa linguagem em diferentes âmbitos educacionais e sociais. A Base Nacional do Currículo Comum (BNCC) deve abranger obrigatoriamente, conforme o artigo 26 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), que o estudo de Língua Portuguesa e da Matemática, o conhecimento do mundo física e natural e da realidade social e política do Brasil. LDB (Lei n° 11.274, de 2006): I-O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II-A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III-O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; No dia 10 de Maio de 2019, o objetivo era mostrar a educação ambiental para os alunos e a importância do uso consciente da água em nosso planeta e continuar a leitura em suas vidas cotidianas, para melhorar gradativamente a escrita, a leitura e a fala, FREIRE (1988) denomina a leitura de mundo, e faz parte das palavras, daí a leitura de mundo implica na continuidade da leitura da palavra. Para apresentar a importância do uso da água foi preparado um jogo ne tabuleiro para que com o lúdico as crianças aprendam e assimilem que a água é um recurso que devemos usar com consciência e lembrar as pessoas que se não usar corretamente, um dia 23 ela acaba e ao final elas devem responder o porquê elas acharam em suas opiniões que deve haver uma preservação da água. “Machado et al (1990) afirma que ao brincar, a criança aprende a agir numa esfera cognitiva estimulada pelas tendências internas, ao invés de agir numa esfera visual externa, motivada pelos objetos externos. Esta afirmação é confirmada pelo pensamento de Piaget (1995), o que diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório da atividade intelectual, sendo, por isso, indispensável à prática educativa.” A educação ambiental tem o papel de construir valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. Sua concepção pode ser colocada em prática por meio formal, dentro da escola, bem como de modo informal, através dos meios de comunicação. Ambos os processos têm em comum a ideia de que é necessário e urgente formar cidadãos conscientes capazes de tomar decisões conscientes para a vida do planeta Assim como essa experiência foi positiva, muitas outras experiências com a aplicação do lúdico na educação de jovens e crianças têm sido bem sucedidas, mas esse tema ainda é um desafio não só para os alunos, mas principalmente para os professores, pois a nossa realidade educacional tem dificuldade de trabalhar com a ludicidade, por ser calcada em transmissão de informações. A utilização do método lúdico na educação escolar é completamente inovadora, quando comparadoao nosso sistema atual, e quando analisamos o resultado, ficamos cada vez mais estimulados a lutar por esse método de aprendizagem, embora esse desafio não seja fácil de ser vencido. No grande clássico dos estudos sobre a ludicidade Homo Ludens, de Huzinga (2010), encontramos a referência de que o jogo é mais antigo que a cultura, pois esta pressupõe sempre a sociedade humana. A cultura surge sob a forma de jogo, que ela é, desde seus primeiros passos. É através do jogo que a sociedade exprime sua interpretação da vida e do mundo. Segundo o autor, na dupla unidade do jogo e da cultura, é ao jogo que cabe a primazia. Este é objetivamente observável, passível de definição concreta, ao passo que a cultura é apenas um termo que nossa consciência histórica atribui a determinados aspectos. 24 No dia 17 de Maio de 2019 , a dinâmica foi diferente, em vez de lerem as crianças, juntamente com as monitoras fizeram uma roda de conversa sobre o desenvolvimento da tecnologia, como que as pessoas se comunicavam antes da internet e o WhatsApp, mostrando a linha do tempo de quando cada meio de comunicação foi inventada e começou a ser utilizada. Após, dividiu-se a turma em grupos e usando folhas com o chat do WhatsApp para fazer perguntas entre os grupos sobre o que debateram e que cada grupo pesquisou, reformulando as próprias perguntas e cada grupo respondendo. Esse tipo de dinâmica, além de trazer um pouco a história da tecnologia, que hoje é muito utilizada, faz com que os alunos interajam e pensem ao fazerem perguntas e utilizando da alfabetização aprendida a começarem a pensar e escrever diversas maneiras e assuntos da Língua Portuguesa. Nesta perspectiva, para FREIRE (1988) ao se trabalhar de maneira lúdica buscando a compreensão e, a construção de conhecimentos com atividades que o aluno possa interagir o real e imaginário é, sem dúvida de grande significado para quem deseja envolver os alunos no processo de aprender a aprender. No dia 24 de Maio de 2019, apresentou-se o texto motivador, “ou isto ou aquilo” de Cecília Meireles e explicaram a respeito do gênero poesia, onde é a harmonia de palavras, sons, ritmos e até imagens em versos. Explicaram sobre quem foi Cecília Meireles e qual foi a sua importância na literatura brasileira. Então, depois das explicações as crianças fizeram uma poesia com estilo livre e brincar com as palavras e interpretaram a poesia da autora através de um desenho. A Língua Portuguesa vista pelo Referencial Curricular Nacional (RCN) na educação infantil prevê conteúdos ligados a esse área, onde as crianças devem falar e escutar, praticar a leitura e a escrita. Sendo em um trabalho de oralidade a leitura e escrita apresentadas de forma integrada e complementar e é possível fazer isso de diversas formas, como: brincadeiras, músicas, trava-línguas, parlendas, poesias e dentre diversas maneiras. “Segundo FREIRE (1988) a leitura seja de contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, textos informativos dentre outros, precisa ser implementada de maneira atrativa, de modo que o aluno perceba a importância da leitura em sua formação. Só assim, despertará a curiosidade e, desenvolvimento do pensamento da criança, possibilitando o refletir sobre valores, hábitos e atitudes, desafiando o aluno a interagir e a transformar o contexto apresentado e, por meio do conteúdo da leitura.” 25 Última semana, dia 31 de Maio de 2019, momento de saber a opinião das crianças o que elas acharam sobre o projeto e para isso as monitores explicaram como seria feita a avaliação e com a ajuda de tirar todas as dúvidas sobre a avaliação. Depois foi feita uma dinâmica com balão para que as crianças interagissem entre si, enquanto as monitoras leem as avaliações e por fim mostraram o gênero carta e o texto base “O Caderno” para as crianças escreverem cartinhas entre si ou para as monitoras e no fim escreveram para as monitoras sobre o quanto gostaram do projeto e elogiando-as. Pode observar com essas 9 semanas que o grande avanço do desenvolvimento cognitivo, social e interativo de cada aluno e como a ludicidade não deve ser vista apenas como brincadeiras e sim ajuda no processo de ensino- aprendizagem das crianças, onde através das brincadeiras ela coloca seus sentimentos e emoções e interage na parte motora ,cognitiva, afetiva e social. Ao brincar a criança associa símbolos e palavras e como o brincar é uma vontade natural ela alia a aprendizagem com o lúdico e sem perceber aprende de formas espontânea, intensa e total, sendo na parte biológica, sendo na parte intelectual ou ainda social e BLOCK (2002, p.98) diz que “o desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua, que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais.” E para VYGOSTSKY (NUNEZ 2009) a aprendizagem se dá a partir das relações sociais e o pensamento e linguagem no processo interdependentes, desde o início da vida, já que é a partir das relações interpessoal e intrapessoal e de troca de informações do seu meio que a criança começa a adquirir conhecimentos, por isso as relações entre os alunos e as monitoras durante esse projeto foi de suma importância no aprendizado das crianças. 26 Considerações Finais De acordo com o projeto apresentado podemos concluir que a ludicidade é um espaço que merece atenção, tanto dos profissionais de educação quanto dos pais, pois é uma forma de expressão genuína, um direito inerente a criança. Através do lúdico a criança desperta as possibilidades, amplia novos horizontes, além de desenvolver em outros aspectos, tais como coordenação motora, temporalidade, lateralidade, espaço e tempo. Desta forma os jogos e brincadeiras não são apenas uma forma de interação, mas sim meios que enriquecem e contribuem para o desenvolvimento integral do aluno. Para manter o equilíbrio com o meio em que está inserida, a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar, constituindo assim estímulos que enriquecem os esquemas perceptivos e operativos, funções essas, que combinadas com as estimulações psicomotoras, definem aspectos básicos que dão condições para o domínio da leitura e da escrita. Vale ressaltar que uma das primeiras formas de escrita é o desenho, onde a criança começa a expressar suas ideias através do traçado espontâneo. Através do desenho é possível adquirir grandes benefícios para a capacidade criativa da criança, auxiliando no seu desenvolvimento cognitivo e emocional e interferindo positivamente na sua aprendizagem e no seu processo social que vai se definindo e ampliando seus conhecimentos sobre o mundo que o cerca. Em análise as aulas ministradas e observações durante o projeto foi possível perceber a importância da ludicidade no processo de ensino aprendizagem dos alunos, uma vez que eles demonstravam bastante interesse e melhor compreensão dos conteúdos abordados durante a aula. Diante das considerações acerca da ludicidade pode-se concluir que os jogos e brincadeiras são ferramentas de trabalho muito proveitosa para o professor, pois através deles o educador pode introduzir os conteúdos de forma diferenciada e ativa, dando lhes significado e reconhecendo a sua importância. 27 Referências (1998). Jogo e educação. Porto Alegre, Artes Médicas. ALMEIDA, Aline Marques da Silva. A importância do lúdico para o desenvolvimento da criança 13/10/2014. Disponível em: http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/A-import%C3%A2ncia-do- l%C3%BAdico-para-o-desenvolvimento-da-crian%C3%A7a.aspx cesso em 02 de abril de 2017. ALMEIDA, M. T. B. Jogos tradicionais infantis em brinquedotecas cubanas e brasileira. 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