Buscar

TCC FINAL ALFABETIZAÇÃO E LUDICIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

17
LUDICIDADADE NA ALFABETIZAÇÃO E NO LETRAMENTO 
 SILVA, Evaneide Cristina Batista
 RU=1021903
 ROJAS, Eliane de Souza Hilário
RESUMO
Objetivando conhecer a real importância da Ludicidade no processo de Alfabetização e Letramento na formação educacional, em séries iniciais do Ensino Fundamental foi necessário investigar algumas práticas utilizadas no dia-a-dia escolar. Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e a escrever respeitando a individualidade de cada criança, transformando esse conhecimento em aprendizagem sistemática, lançando mão de Recursos Pedagógicos que tais como; atividades teóricas ou ainda na utilização de jogos e brincadeiras educativas. Para que fosse possível entendermos como isso ocorre, foi necessário realizarmos um estudo da Alfabetização e do Letramento na história do desenvolvimento educacional no Brasil. O uso de técnicas diferenciadas nos dá proporção do quanto os educandos podem aprender com métodos novos principalmente de valorização do conhecimento que a criança já possui e a partir de ai desenvolver um trabalho no qual terá maior ênfase na mediação dos conteúdos/alunos no desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita, além da compreensão dos textos trabalhados. A proposta trabalhou em busca de desenvolver práticas de leitura e escrita com diferentes didáticas dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. O método de pesquisa baseou-se na abordagem qualitativa, utilizando os princípios teóricos e metodológicos de pesquisa etnográfica. Contudo é possível acreditar que não podemos trabalhar Alfabetização e Letramento separadamente, pois ambas se dão concomitantemente e por meio desses dois processos numa dependência uma da outra tendo ambas as funções de introduzir o aluno no mundo letrado.
Palavras-chave: Alfabetização e Letramento. Jogos e Brincadeiras. Desenvolvimento educacional. Educação Infantil. Recurso Pedagógico.
1 Aluno(a) do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso
1 - INTRODUÇÃO
 	Este trabalho teve por objetivo analisar a importância da Ludicidade No Processo de Alfabetização e Letramento no que condiz com o desenvolvimento das crianças e o processo de ensino-aprendizagem, trazendo influências educativas no que se refere a curiosidade do estudante em aprender, a imaginação da criança, respeito entre a diversidade cultural, e ao desenvolvimento psicomotor da criança, desta forma alcançando nossos objetivos e nos levando a utilizar recursos que nos trarão sucesso no aprendizado do aluno nessas que é uma das fases mais importantes da vida escolar da criança, que é o aprender a ler e a escrever.
Conhecendo sobre a dificuldade em alfabetizar crianças e sabendo dos desafios que um professor enfrenta a cada dia em sua função, procurou-se mostrar a possibilidade no que se refere à inserção de Jogos e brincadeiras no desenvolvimento educacional, envolvendo de maneira significativa como recurso pedagógico, contribuindo para a socialização e para o ensino aprendizagem, sabendo da real necessidade de se superar cada vez mais, ao trabalhar com o lúdico para alfabetizar em todo processo educacional, propicia-se com que a criança seja sujeito ativo e reflexivo, construindo conhecimentos e estabelecendo relações sociais, desenvolvendo-se integralmente, inclusive e diretamente em seu processo de letramento e alfabetização de crianças nas series inicial.
Fazendo uso dos jogos e das brincadeiras utilizadas através do processo de Ludicidade, a criança desenvolve sua criatividade, melhora seu desenvolvimento motor, se socializa com maior desenvoltura aprendendo de uma forma gostosa e divertida a reter conhecimento o brincando. As brincadeiras e os jogos estão presentes no dia a dia das crianças e para isso precisamos saber o que é mais importante e o que deve ser relevado. 
Nos dias atuais são inevitáveis as diversas discussões sobre a utilização das muitas formas de ludicidade encontradas: como utilizar, quando utilizar, em que etapa terá um melhor aproveitamento e retorno, bem como na alfabetização e nos anos iniciais da educação infantil, no que se refere à aprendizagem se tornou uma verdadeira discussão no meio pedagógico, por este motivo deu-se a necessidade da realização deste trabalho, o mesmo incidiu-se em pesquisas bibliográficas, e pesquisas de campo, onde buscamos autores que abordaram o lúdico na educação infantil, com o intuito de ampliar o conhecimento em relação a este importante recurso pedagógico, tendo como base o cenário da História na Educação brasileira, onde o mesmo passou por grandes transformações, as quais se sucedem até os dias atuais cuja ainda sofrem com grandes reformas e discussões entre o tradicional e o moderno. 
2- LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO E NO LETRAMENTO.
2.1- A Educação Infantil No Brasil 
Em função da crescente urbanização e estruturação do capitalismo, surge a educação infantil no Brasil, com o objetivo de suprir as necessidades da criança e ocupar o lugar da família ausente, preenchendo as necessidades da classe trabalhadora, contudo a educação da criança estava totalmente voltada para o plano econômico, onde se buscava a preparação por assim dizer da criança para o trabalho. Segundo Referencial.
O atendimento institucional à criança pequena, no Brasil e no mundo, apresenta ao longo de sua história concepções bastante divergentes sobre sua finalidade social. Grande parte dessas instituições nasceu com o objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda. O uso de \a	creches e de programas pré-escolares como estratégia para combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência das crianças. Cambi (1998 p. 11)
 Em 1988, à constituição define creche/pré-escola como direito de família e dever do estado, em 1990, o estatuto da criança e do adolescente (ECA), firmou os direitos constitucionais em relação à educação infantil em 1994, o MEC estabeleceu metas através da política nacional de educação Infantil, como expansão de vagas políticas de melhoria de atendimento ás crianças, em 1996, foi criado a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB legislação que regulamenta o sistema educacional, público e privado do Brasil da educação básica ao ensino superior) e estabelece a formação do profissional da educação em nível superior.
 Segundo a LDB 9394/96, Educação Infantil- creche (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 a 5 anos) devem ser ofertadas de maneira gratuita, mas não torna a mesma obrigatória, transferindo esta responsabilidade para os municípios, sendo a primeira etapa da educação básica. O MEC, em 1988, editou o referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, como parte dos Parâmetros Curriculares Nacional, esses documentos são hoje, os principais instrumentos para elaborarão e avaliação das propostas pedagógicas das Instituições de educação Infantil do País. A Educação Infantil passa a ser vista por um novo ângulo, valorizando a criança e sua cultura, considerando-a ativa e capaz de construir seu próprio conhecimento, o professor passa a assumir o papel de mediador entre a criança e o mundo, preparando nossas crianças desde muito cedo para o exercício da cidadania.
 
2.2 – A Criança e seu Desenvolvimento Cognitivo.
 Como a intenção de garantir a saúde da criança e seu crescimento educacional é possível e se faz necessário o acompanhamento de seu desenvolvimento cognitivo através de eixos como; motor, linguagem, social, afetivo, adaptativo e cognitivo, a identificação precoce de problemas no desenvolvimento da criança abre espaço para remediações interventistas, para sanar devidamente carências que poderiam atrapalhar no seu processo educacional.
 Com a leitura e a escrita acontecem daseguinte forma; as mesmas são competências que começam a ser formadas no cérebro desde muito cedo ao serem estimulados pré-requisitos cognitivos primordiais, como a espacialidade e a consciência fonológica, durante a infância estes requisitos necessitam ser observados e estimulados na criança, onde a maturação dos mesmos deverá atingir o que se espera para cada idade da criança no período de alfabetização, para Piaget, citado por Makeliny Oliveira Gomes Nogueira Daniela Leal “ o desenvolvimento cognitivo é um processo de equilibrações sucessivas. Contudo, tal processo é estruturado em etapas ou fases’’ 
 Segundo Davis e Oliveira (1994,p.39) citado por Makeliny Oliveira Gomes Nogueira Daniela Leal “cada etapa define um momento de desenvolvimento ao longo do qual a criança constrói certas estruturas cognitivas’’, devendo ser cada uma dessas etapas marcadas por avanços intelectuais que deverão acompanhar a criança por todo o seu processo de desenvolvimento cognitivo, dentro dessas etapas os ritmos de desenvolvimento podem variar consideravelmente, devido as condições do meio social de cada criança.
 –2.3 O Contexto da Ludicidade na Educação infantil.
Analisando os jogos e brincadeiras, os mesmos tiveram uma participação frequente nas atividades ligadas ao ser humano, desde os nossos ancestrais as atividades como dança, pesca e lutas eram tidas como de sobrevivência, ultrapassando muitas vezes o caráter restrito de divertimento e prazer natural, a infância e a cultura faziam parte de um só meio, os jogos caracterizavam á própria cultura, e a cultura por sua vez era a educação, e esta era vista como um modo de sobrevivência.
Logo após o período da revolução industrial, onde os adultos passavam longos períodos em jornadas de trabalho e necessitavam de um lugar seguro para deixar seus filhos, surgirão às primeiras escolas de educação infantil, as quais hoje podemos entender que funcionavam como uma espécie de deposito de crianças, período onde ainda não havia a introdução da ludicidade no ensino.
Com o surgimento da pedagogia froebeliana, ou seja a pedagogia onde se utilizava os jogos para educar e não mais os castigos, outras escolas surgem com o mesmo conceito. Esse novo método utilizado pelas escolas da época, chamavam a atenção das mães, pois seus filhos aprendiam com facilidade através dos jogos e das poesias onde os conteúdos escolares eram incorporados nas brincadeiras.
Nessa perspectiva podemos apontar que o uso da ludicidade na área educacional como recurso pedagógico, auxilia a transposição dos conteúdos para o mundo do educando, demonstrando a evolução humana com base em suas interações sociais, culturais e psicomotores, pois o homem desde seus primórdios teve em seu cotidiano a linguagem do brincar, a ludicidade na educação apenas da continuidade ao currículo escolar. Nesse sentido Maria Cristina Trois cita Ariés (1981,p.77) “a prática de unir o jogo aos primeiros estudos justifica o nome ludus atribuindo ás escolas de instrução elementar, semelhante aos locais destinados á prática de exercícios de fortalecimento do corpo e do espirito nessa época.’’
Podemos perceber que a ludicidade quando utilizada como recurso pedagógico em ambiente de ensino traz o prazer como referência nas ações do educando Para Vygotsky(1984), citado por Maria Cristina Trois
 “ à ideia de brincar origina-se na imaginação criada pela criança, em que desejos impossíveis podem ser realizados, reduzindo a tensão e, ao mesmo tempo, construindo uma maneira de acomodação a conflitos e frustações da vida real.’’.
2.4 - Qual a Diferença de Alfabetização e Letramento?
Embora a escola, nas sociedades contemporâneas, represente a instituição responsável por promover oficialmente o letramento, conforme Soares (2014,p.11), “pesquisas têm apontado para o fato de as práticas de letramento na escola ser bem diferenciadas daquelas que ocorrem em contextos exteriores a ela”. Nessa perspectiva, os alunos saem da escola com o domínio das habilidades inadequadamente denominadas de “codificação” e “decodificação”, mas são incapazes de ler e escrever funcionalmente textos variados em diferentes situações.
 É considerado alfabetizado o indivíduo que domina as habilidades de leitura e escrita de forma ampla e dominante.
Considero a alfabetização não um estado, mas um processo. Ele tem início bem cedo e não termina nunca. Nós não somos igualmente alfabetizados para qualquer situação de uso da língua escrita. Temos mais facilidade para ler determinados textos e evitamos outros. O conceito também muda de acordo com as épocas, as culturas e a chegada da tecnologia. http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0162/aberto/mt_245461.shtml
. O letramento por sua vez vem a ser o desenvolvimento das habilidades da alfabetização, possuindo uma capacidade infinita de conhecimento como política, cultura, economia, sociedade e tecnologia. Segundo Soares, 2003, “letramento é o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita”, ou seja, o indivíduo que após algum tempo de aquisição da escrita e da leitura (alfabetização) obteve maior experiência para desenvolver as práticas de uso das letras.
	Servindo de suporte para a aprendizagem, a linguagem oral e escrita é dependente uma da outra e a Alfabetização e o Letramento são termos inseparáveis, Portanto isso leva-nos a entender que quando o indivíduo consegue decodificar e/ou codificar é capaz de manejar a língua no seu contexto social se fazendo compreender através de discursos e outros. 
	A Educação Infantil no Brasil trabalha os conceitos de Alfabetização e Letramento de forma mesclada e esse processo pode gerar grande confusão no meio educacional, pois o aprendizado das crianças acontece respectivamente por meio dos dois processos, uma vez que para formar indivíduos interacionistas é relevante o conhecimento do Letramento, pois a criança passa a interagir socialmente muito antes de ser alfabetizada, chama-se conhecimento informal e todas as crianças já possuem antes mesmo de ir para a escola. Nesse sentido Soares (2007),“O ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse ao mesmo tempo Alfabetizado e Letrado”. 
Com o intuito de tornar melhor a condição de cidadania da criança, o Letramento valoriza aspectos sócios históricos, criados por uma sociedade, segundo Emília Ferreiro em sua entrevista para a Revista Escola – Abril acredita não ser mais necessária essa discussão sobre Alfabetização, pois a maioria das crianças aprende primeira a ler e com o processo contínuo e incessante ela acaba aprendendo a juntar os símbolos formando assim sílabas e consequentemente palavras, é preciso saber fazer uso de material escrito até mesmo de joguinhos que incentivem o conhecimento de números e letras, contar historinhas e depois trabalhar algumas palavras através da ludicidade como montagem de palavras e separação silábica. Contaminar as crianças com livros onde elas possam tocá-los, cheirar, conhecer cada parte do livro, favorecerá para o desenvolvimento da Alfabetização e do Letramento e a criação da leitura e da escrita com atividades lúdicas como trava língua e os desenhos elaborados pelas próprias crianças, com conceitos fonológicos que é fundamental para o desenvolvimento intelectual e criativo das crianças.
É de grande Importância que o docente conheça o significado de dissociar o processo de alfabetização do letramento, pois a criança precisa aprender a ler e escrever compreendendo o que está escrevendo, para que possa transcorrer o uso desses mecanismos nas práticas sociais. Segundo Soares (2015,p.14)
 Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, lingüísticas e psicolingüísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistemaconvencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento.
Partindo do conceito apresentado pelos autores aqui citados, é possível constatar que a alfabetização é um processo de ensino aprendizagem que acontece antes, durante e depois do período escolar, podendo ser entendida como a ação de fazer com que o indivíduo se aproprie de habilidades que levam a leitura e a escrita, levando-nos a acreditar, que uma das maiores riquezas de um país é a educação do seu povo, e que uma educação de qualidade começa nas séries iniciais.
É necessário que se trabalhe com métodos onde a criança esteja dentro de sua realidade, para que seja possível alcançar a eficaz no que refere à alfabetização, lançando mão de um trabalho lúdico e criativo.
No livro Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire (1974, p. 5): 
Talvez seja este o sentido mais exato da alfabetização: aprender a escrever a sua vida, como autor e como testemunha de sua história, isto é, biografar-se, existenciar-se, historicizar-se. Por isto, a pedagogia de Paulo Freire, sendo método de alfabetização, tem como ideia animadora toda a amplitude humana da “educação como prática da liberdade”.
2.5 – A Importância do Lúdico no processo de Alfabetização e no Letramento.
O lúdico propicia o favorecimento da autoestima da criança e colabora para a sua interação social, facilitando assim, situações de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, possibilitando novas descobertas, apresentando um mundo desconhecido pelas crianças, fazendo com que possam brincar e descobrir-se o tempo todo e em todo o tempo.
Lançando mão de desafios lúdicos, professores fazem com que a criança estimule o pensamento, desenvolva a inteligência, tornando o conhecimento prazeroso e alcançando níveis de desenvolvimento satisfatórios, quando o lúdico está presente na alfabetização e no letramento ambos acontecem de forma continua na vida da criança, as atividades de aprendizagem nos momentos de recreação despertam na criança o prazer em estar no ambiente escolar, com isto é promovidas experiências e descobertas de novos caminhos, de forma alegre, dinâmica e criativa. Santos (2001) contribui:
O jogo espontâneo infantil possui, portanto, dois aspectos bastante interessantes e simples de serem observados: o prazer e, ao mesmo tempo, a atitude de seriedade com que a criança se dedica à brincadeira. Por envolverem extrema dedicação e entusiasmo, os jogos das crianças são fundamentais para o desenvolvimento de diferentes condutas e também para a aprendizagem de diversos tipos de conhecimentos. Podemos, então, definir o espaço do jogo como um espaço de experiência e liberdade de criação no qual as crianças expressam suas emoções, sensações e pensamentos sobre o mundo e também um espaço de interação consigo mesmo e com os outros. (SANTOS, 2001, p.89)
Quando está sem nenhum objeto à criança torna seu corpo um brinquedo, por este motivo no momento das refeições, amarrando os sapatos, tudo se torna uma brincadeira. O brincar é uma atividade própria da criança, ela se movimenta e se posiciona diante do mundo em que vive. Na alfabetização e no letramento ela não brinca por brincar, ela brinca com propósitos e com um olhar pedagógico, Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade” (p. 117). 
Durante o brincar, a criança trabalha sua capacidade corporal, explorando as percepções e, especialmente, desenvolve e estimula o raciocínio e a concentração, quesitos que fundamentam o seu aprendizado. No momento do brincar é possibilitado que a criança vivencie sentimentos de alegria, aceitação, limites, organização, concentração, disputa, atenção, ansiedade, raciocínio, pensamento, competição curiosidade, prazer, cooperação, agilidade, surpreender-se com a atitude do outro, emoções. É difícil citar aqui todas as contribuições que os jogos e brincadeiras podem trazer para o desenvolvimento humano de seres tão pequenos no tamanho.
O lúdico contribui enriquecendo o vocabulário, aumentando o raciocínio lógico e levando a criança a avançar em suas hipóteses, as atividades lúdicas são de fundamental importância para uma aprendizagem divertida e de sucesso, a criança é alfabetizada de forma divertida e dinâmica. O caderno pedagógico do pró-letramento diz que “os jogos promovem habilidades no exercício fonológico, na exploração e domínio das relações som-grafia, levando a terem avanços na leitura e escrita”. 
O papel que o professor desenvolve diante do grande desafio de alfabetização e letramento sobre a metodologia da Ludicidade é de suma importância para a aprendizagem dos alunos, é preciso que as atividades lúdicas sejam planejadas e que sejam criadas estratégias para que possam auxiliar na alfabetização e no letramento, Não é simplesmente dar o jogo e deixa os alunos jogarem do “jeito” deles. No caderno pedagógico do pró-letramento, (p. 35) afirma que: “Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso de atividades lúdicas no processo de alfabetização: brincar por brincar pode ser divertido, mas não necessariamente contribui para o processo de ensino-aprendizagem.”.
O professor deverá motivar seus alunos com jogos e brincadeiras que estejam em seu planejamento, o mesmo deverá trabalhar juntamente com sua turma a criação de novos jogos, evitando dar o jogo pronto, e de esta forma motiva-los. O momento da atividade lúdica é um espaço de grande aproveitamento para o professor e para os alunos, o professor precisa estar cauteloso às possíveis perguntas e questionamentos, é necessário que o professor interaja a todo o tempo com seus alunos, sempre os direcionando para os objetivos planejados, visualizando o processo de aprendizado de cada criança. No caderno do Pró-letramento, (p. 6) cita que “o ensino estimulante junta o prazer e o divertimento à aprendizagem”. 
É indispensável que os professores busquem o conhecimento nas áreas de linguística, psicolinguística, sociolinguística e psicologia, buscando alcançar o objetivo de atingir a todos os seus alunos, se propondo a repensar frequentemente em sua prática pedagógica, lançando mão de métodos e estratégias variados, porém, com segurança e intencionalidades bem definidas, sendo dotado de características como; bom Leitor, escritor, mediador, observador, afetivo, pesquisador, flexível e estudioso. Tendo como base para sua careira o conhecimento, comprometimento, e identificação com a tarefa de alfabetizar. É preciso que o professor acredite que o ato de brincar é essencial na aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção da identidade.
As crianças são detentoras de um enorme potencial no que se refere a aprender, aproveitando ao máximo as oportunidades que lhes são oferecidas, construindo sua aprendizagem, criando e recriando. Juntamente com esses quesitos, o lúdico amplia caminhos para que a criança se torne crítica, autônoma, criativa, feliz, e com isso possa realizar um aprendizado significativo possibilitando que a criança tenha uma visão ampla da sociedade e do mundo em que vive, uma vez que a educação é comprometida com o exercício da cidadania, é necessário que se crie condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça as necessidades da criança.
Sobre a brincadeira na educação infantil o RCNEI comenta:
O principal indicador da brincadeira, entre crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. (RCNEI, 1998, Vol. I, p. 27)
E Benjamin (1994) corrobora que:
Pois é a brincadeira, e nada mais, que está na origem de todos os hábitos. Comer, dormir, vestir-se,lavar-se, deve ser inculcado no pequeno através de brincadeiras, acompanhados pelo ritmo de versos e canções. É da brincadeira que nasce o hábito, e mesmo em sua forma mais rígida o hábito conserva até o fim alguns resíduos da brincadeira. Os hábitos são formas petrificadas, irreconhecíveis, de nossa primeira felicidade e de nosso primeiro terror. (BENJAMIN, 1994, p.253).
Neste sentido Benjamin (1984, p. 77) fala: 
As crianças precisam criar construir e desconstruir precisam de espaços com areia, água, terra, objetos variados, brinquedos, livros, jornais, revistas, discos, panos, cartazes, e também espaços cujo objetivo é a experiência com a cultura, a arte e a ciência, [...].
Através de jogos e brincadeiras o ambiente infantil constrói um caminho para a aprendizagem de forma dinâmica e articulada, utilizando estes recursos para a construção do conhecimento, com tudo, é necessário que se trabalhar atividades lúdicas na prática, as mesmas devem ser planejadas e organizadas permeando e contemplando todas as formas de aprendizagem, o desenvolvimento das potencialidades e da capacidade da criança na aquisição do conhecimento. 
Incorporando de forma proveitosa o conhecimento, indo além de simplesmente brincar e passar o tempo, as atividades lúdicas são um recurso pedagógico extremamente importante, pois é um momento de aprendizado, de socialização e interação com o meio, O professor que trabalha com o lúdico promove o desenvolvimento integral da criança, e através das atividades lúdicas promove uma alfabetização significativa na prática educacional. Neste sentido Goés (2008, p 37), contribui:
(...) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser melhorado, compreendidos e encontrar maior espaço para ser entendido como educação. Na medida em que os professores compreenderem toda sua capacidade potencial de contribuir no desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na educação e nos sujeitos que estão inseridos nesse processo.
Os jogos e brincadeiras são uma forma de motivar e envolver as crianças brincando, ao incorporar essa prática pedagógica contribui-se para inúmeras aprendizagens. Pois as crianças ao ter contanto com o lúdico reconhece suas potencialidades e limites e aprendendo a lidar com obstáculos e desafios de seu cotidiano, 
E Dante contribui:
O bom desempenho da criança nas primeiras séries e sua consequente permanência na escola subentende um longo e cuidadoso trabalho anterior de coordenação motora, de percepção visual e auditiva, de conhecimentos verbais para comunicar-se e se expressar, de atenção e capacidade para seguir corretamente instruções, de atividades que desenvolvem o pensamento lógico, de reconhecimento e representação de pequenas quantidades, de atividades em grupo que visem a socialização e o desenvolvimento de hábitos de higiene e saúde...  A finalidade da pré-escola é, exatamente, dar condições para que as crianças, através de atividades orientadas, atinjam o máximo de suas potencialidades neste estágio, tornando-se preparadas, prontas para o ingresso no 1° grau. (DANTE, 1996, p. 8 e 9)
Como acrescenta Oliveira (1997, p. 57) que a: “Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc. a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas”. Assim sendo o professor exerce um papel fundamental, o de propiciar a aprendizagem às crianças bem como o desenvolvimento de todas as potencialidades que as mesmas têm, complementando a educação que é deve ser oferecida pela família e comunidade.
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa bibliográfica terá como abordagem metodológica o caráter qualitativo, buscando compreender o ambiente infantil e aprofundar o conhecimento que envolve o contexto da educação brasileira, com embasamentos teóricos de renomados autores além de consulta em livros e artigos, proporcionando assim, um enriquecimento sobre o ambiente aqui pesquisado. Como ressalta Ludke & André:
a pesquisa qualitativa tem como ambiente natural como fonte direta de dados [...] supõe o contato direto do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada [...] e as circunstâncias particulares em que um determinado objeto se insere são essenciais para que se possa entendê-lo. (1999.p. 11-12)
Nesta visão Silva & Menezes (2005, p.37) corrobora que:
Uma das etapas mais importantes de um projeto de pesquisa é a revisão de literatura. A revisão de literatura refere-se à fundamentação teórica que você irá adotar para tratar o tema e o problema de pesquisa. Por meio da análise da literatura publicada você irá traçar um quadro teórico e fará a estruturação conceitual que dará sustentação ao desenvolvimento da pesquisa.
Buscou se contribuir de forma expressiva e objetiva a melhor maneira de instruir e conduzir, as variadas atividades lúdicas que são possíveis, necessárias e eficazes para o bom aprendizado da criança e para seu desenvolvimento social, intelectual, físico e cognitivo, descobriu se assim a melhor forma de entender as especificidades deste ambiente.
É extremamente importante que a primeira fase da educação básica seja enriquecedora, dinâmica, lúdica, construtiva e de qualidade, envolvendo desde a formação qualificada dos professores como a prática pedagógica, onde o mesmo tem um importante papel de lapidar e envolver a criança a um mundo cheio de possibilidades e assim desenvolver as habilidades e capacidades, além da socialização que este ambiente propicia, educação infantil é um universo de amplas possibilidades e aquisição de conhecimento.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Por meio deste artigo, foi possível verificarmos que a enquanto a criança brinca, ela amplia e muito o seu, conhecimento, quando a brincadeira está presente na vida da criança, é acrescentado vários elementos indispensáveis no seu relacionamento com outras pessoas. Sendo assim, a criança poderá manter uma relação natural com os jogos e brincadeiras, conseguindo satisfazer seus anseios e extravasar seus sentimentos, envolvendo-se no jogo e partilhando com o outro, o seu conhecimento, e o conhecendo o outro. 
Além da socialização, quando a Ludicidade é inserida no ambiente escolar por meio dos jogos, brincadeiras e Brinquedos, desenvolve-se a aprendizagem expandindo um leque de oportunidades para desenvolver capacidades, que são indispensáveis, que por sua vez são usadas como mecanismo para ampliar as habilidades no que se refere a memória, a atenção, a percepção, a criatividade, linguagem , concentração, atenção e afetividade, entre outras habilidades adquiridas através da ludicidade. Sendo assim as brincadeiras, o jogo e o brinquedo , contribui e muito para a construção das estruturas psicológicas e cognitivas da criança . 
Percebeu-se que a brincadeira, o jogo e o brinquedo, não devem ser vistos apenas como diversão, mas sim, como construção de conhecimento através das relações interpessoais e de trocas recíprocas, a ludicidade precisa ser vista como uma grande necessidade para o ser humano, mas principalmente para a criança, onde a mesma tem a necessidade de ser vivenciada com objetivo de desenvolver as habilidades e potencialidades da criança, assim contribuindo na formação integral do aluno, desta forma consideramos de suma importância, o uso da Ludicidade no cotidiano escolar, pois assim facilitara o processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista que exerce influência atuando diretamente no desenvolvimento das crianças, considerando que seu envolvimento emocional, deixa mais fácil e dinâmico o processo de ensino -aprendizagem. 
Finalmente, pode se concluir que a ludicidade quando direcionada para as crianças , promove o desenvolvimentoe a aprendizagem nos aspectos cognitivo, social , cultural, físico e afetivo . Enfim, o lúdico desenvolve o indivíduo como um todo, sendo assim, é na Educação Infantil que se deve considerar as brincadeiras, o jogo e o brinquedo como parceiro para ser utilizado no planejamento das aulas ,objetivando um desenvolvimento rico de possibilidades e habilidades no processo de ensino –aprendizagem da criança.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: magia e técnica. Arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Introdução. Brasília: MEC/ SEF, 1998, v. 1.
BRASIL, MEC Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Brasília, 1998. V.2 Formação Pessoal e Social
BRASIL, MEC Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para aEducação Infantil, Brasília, 1998. V.3 Conhecimento do Mundo. P.119
BRASIL. Lei nº 9.394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) .de 26 de dezembro de 1996. 
DANTE, Luís Roberto. Didática da matemática na pré-escola. Série educação. São Paulo: Ática, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
FONTES, L. M. História da Educação. Revista Educação. 1 Ed. São Paulo, 2012.
LUDKE. M. & ANDRÉ. M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo. Ed. Pedagógica e universitária LTDA, 1999.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vigotsky: Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4ª ed. Editora São Paulo: Scipione, 1997.
Pró-letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos anos/séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. – Ed.rev. E ampl. Incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de referência/ Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
RAUL, Marai Cristina Trois Dorneles. A Ludicidade na educação: Uma Atitude pedagógica: Curitiba,PR: Ibepex ,2011.
SANTOS, Santa Marli Pires dos; CRUZ, Dulce Regina Mesquita. O lúdico na formação do educador. In: SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.) O lúdico na formação do educador. Petrópolis: Vozes, 1997 
SANTOS, V.L. B. dos. Promovendo o desenvolvimento do faz-de-conta na Educação Infantil. In: CRAIDY, C. M.; KAERCHER, G.E. P. da S. Educação Infantil: pra que te quero?. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
SILVA E MENEZES, Metodologia de Pesquisa e Elaboração de Dissertação-3ª edição, Editora Atual. Florianópolis, 2005
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987
REFERENCIAS ELETRONICAS
http://www.luis.blog.br/diferenca-entre-alfabetizacao-e-letramento.aspxAcesso em 19/03/2019
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0162/aberto/mt_245461.shtml. Acesso em 19/03/2019
http://educacional.cpb.com.br/conteudos/universo-educacao/qual-a-diferenca-entre-alfabetizacao-e-letramento/?gclid=CjwKEAiAuc_FBRD7_JCM3NSY92wSJABbVoxBctTms2b9sFSWLr2nFR53sKEu17. Acesso em 20/03/2019
http://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/alfabetizacao.htm. Acesso em 20/03/2019
https://neurosaber.com.br/desenvolvimento-cognitivo-infantil-percepcoes-reacoes-e-competencias/.Acesso em 07/04/2019

Outros materiais