Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
São José dos Campos, 18 de maio de 2017 Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Campus: Parque Tecnológico – São José dos Campos Instituto de Ciência e Tecnologia – ICT Bacharelado em Ciência e Tecnologia – BCT Laboratório de Fenômenos Mecânicos COLISÕES ELÁSTICAS E INELÁSTICAS Profª. Drª. Thaciana Malaspina Maikon Stefano dos Santos RA: 112232 Matheus Domingues Silva RA:1112240 thaciana Nota Divisão de tarefas: não vale ponto capa: 0.25 índice: 0.25 Resumo: 0.5 Introdução: 1.0 Objetivos: 0.25 Materiais: 0.25 Procedimento: 0.25 Resultados e Discussões: 4.75 Conclusão: 2.0 Referências: 0.25 NOTA: 9.75 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 4 1.1 Momento Linear e Impulso ................................................................ 4 1.1.1 A segunda lei de Newton em relação ao momento linear................. 4 1.1.2 O teorema do impulso-momento linear ........................................... 5 1.1.3 Comparação entre o momento linear e a energia cinética............... 6 1.1.4 Conservação do momento linear ..................................................... 7 1.2 Colisões ............................................................................................... 8 1.3 Importância das colisões no Universo e na química da vida........... 11 1.3.1 Formação da Lua ............................................................. 11 1.3.2 Teoria das Colisões .......................................................... 12 2 OBJETIVO ............................................................................................ 14 3 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................... 15 3.1 Materiais Utilizados ................................................................... 15 3.2 Procedimento Experimental ...................................................... 16 3.2.1 Parte A – Colisões Elásticas ................................................. 17 3.2.2 Parte B – Colisões Inelásticas ............................................... 20 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 22 4.1 Cálculos da Parte A – Colisões Elásticas ......................... 22 4.2 Cálculos da Parte B – Colisões Inelásticas....................... 39 5 QUESTÕES ........................................................................................... 47 6 CONCLUSÃO........................................................................................ 53 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 55 8 APÊNDICE ............................................................................................ 56 RESUMO Pode-se afirmar que, no estudo da Física, são chamadas de colisões mecânicas todo e qualquer tipo de interação que ocorre entre dois corpos, desde que um exerça determinada força sobre o outro. Geralmente essas colisões são divididas em dois tipos elementares que se diferem muito no que diz respeito aos resultados que esse choque pode gerar. Um dos tipos são as colisões elásticas, que são assim chamadas pelo fato de acontecer uma conservação perceptível de energia e do movimento unidimensional entre dois objetos envolvidos de forma direta. Sua característica primordial é que, em seguida ao momento do choque, a velocidade ( ) dos fragmentos faz com que a direção seja alterada, porém, em uma mesma ( ) [1] . Já o outro tipo são as colisões inelásticas, que são caracterizadas dessa forma especialmente pela não conservação da energia cinética, caso haja um possível choque entre dois corpos. Particularmente nessa forma de colisão, é possível que a energia seja transformada e posteriormente dissipada em outra maneira, como energia térmica, sonora, etc [1] . A importância do entendimento das colisões vai muito além dos choques entre bolas de bilhar e acidentes de trânsito, pois foi a partir de uma colisão que a Lua, nosso satélite natural, foi formada alguns bilhões de anos atrás e, além disso, a totalidade das reações químicas, principalmente aquelas que nos mantém vivos necessitam de colisões entre átomos reagentes para ocorrer e gerar os produtos desejáveis. O papel desse relatório é acima de tudo despertar o interesse ao aprofundamento científico sobre esse tema que é de suma importância pra profissionais do ramo de ciência e tecnologia. Palavras-chave: colisões elásticas e inelásticas, conservação de energia, momento linear e choques entre corpos. ABSTRACT It can be said that in the study of physics, any kind of interaction between two bodies is called mechanical collisions, as long as one exerts a certain force on the other. Generally these collisions are divided into two elementary types that differ greatly in respect to the results that this shock can generate. One of the types are elastic collisions, which are so called by the fact that there is a perceptible conservation of energy and one-dimensional motion between two directly involved objects. Its primordial characteristic is that, next to the moment of the shock, the speed ( ) of the fragments causes that the direction is changed, however, in a same ( ) [1] . The other type is the inelastic collisions, which are characterized in this way especially by the non- conservation of kinetic energy, if there is a possible collision between two bodies. Particularly in this form of collision, it is possible that the energy is transformed and then dissipated in another way, such as thermal energy, sound energy, etc [1] . The importance of understanding collisions goes far beyond the collisions between billiard balls and traffic accidents, for it was from a collision that the Moon, our natural satellite, was formed billions of years ago and, in addition, all of the especially those that keep us alive require collisions between reactant atoms to occur and generate desirable products. The role of this report is above all to arouse interest in scientific research on this topic that is of paramount importance to science and technology professionals. Keywords: elastic and inelastic collisions, energy conservation, linear momentum and shocks between bodies. 4 1 INTRODUÇÃO 1.1 Momento Linear e Impulso 1.1.1 A segunda lei de Newton em relação ao momento linear Considerando uma partícula com massa constante m, e com pode-se escrever a segunda lei de Newton da maneira que está expressa na Equação 1 [1] . (1) Como a massa da partícula é constante m, pode-se colocar ela dentro dos parênteses da derivada. Logo, a segunda lei de Newton afirma que a força resultante que atua sobre a partícula é igual à derivada em relação ao tempo da grandeza , o produto da massa da partícula pela sua velocidade. Essa grandeza é chamada de quantidade de movimento ou momento linear da partícula. Usando para esse vetor o símbolo , temos na Equação 2 [1] . (2) (definição de momento linear) Vale ressaltar que quanto maior a massa e a velocidade escalar de uma partícula, maior o seu módulo de momento linear , e também vale uma observação importante, o momento linear é uma grandeza vetorial que possui direção e sentido que coincidem com a direção e sentido do vetor velocidade. As unidades do módulo do momento linear são unidades de massa vezes velocidade; no SI (Sistema Internacional de Unidades), as unidades de momento linear são dadas por Compreendendo-se a definição de momento linear, pode-se expressar a segunda lei de Newton em termos desse conceito através da Equação 3 [1] . (3) (Segunda Lei de Newton em termos do momento linear) De acordo com a Equação 3, uma rápida variação do momento linear necessita- se de uma força grande, enquanto que uma variação lentado momento linear necessita- se de uma força menor. Esse princípio é usado no projeto de dispositivos de segurança de automóveis, como o air bag [1] . 5 1.1.2 O teorema do impulso-momento linear O momento linear e a energia cinética de uma partícula dependem da massa e da velocidade da partícula. Porém, para constatar a diferença física entre o momento linear e a energia cinética, é necessário definir uma grandeza intimamente relacionada com o momento linear denominada impulso. Considera-se uma força resultante constante atuando sobre a partícula durante um intervalo de tempo de t1 a t2. O impulso da força resultante, designado pelo vetor , é definido como a força resultante multiplicada pelo intervalo de tempo, como está representada na Equação 4 [1] . (4) (Supondo somente força resultante constante) O impulso é uma grandeza vetorial; ele possui mesma direção e o mesmo sentido do vetor força resultante . Seu módulo é igual ao modulo da força resultante multiplicado pelo intervalo de tempo durante o qual a força resultante atua. No SI, as unidades de impulso são dadas por Newton por segundo (N·s). Como 1N = 1 kg·m/s², um conjunto alternativo para as unidades de impulso é dado por kg.m.s -1 , ou seja, o impulso possui as mesmas unidades do momento linear. Para verificar qual é a utilidade do conceito de impulso, examina-se novamente a segunda lei de Newton formulada em termos de momento linear, Equação 3. Quando a força resultante é constante, então também é constante. Nesse caso, é igual à variação total do momento linear 2 – 1, ocorrida durante o intervalo de tempo t2 – t1, dividida por este intervalo, essa formulação está representada na Equação 5 [1] . – – (5) Multiplicando a Equação 5 por (t2 – t1), acha-se a seguinte formulação representada na Equação 6 [1] . – – (6) Comparando-se a Equação 6 com a Equação 4 obtém-se um resultado denominado teorema do impulso-momento linear, o qual está representado na Equação 7 [1] . 6 – (7) (teorema do impulso-momento linear) “A variação do momento linear durante um intervalo de tempo é igual ao impulso da força resultante que atua sobre a partícula durante esse intervalo”. O teorema do impulso-momento linear também é válido quando as forças não são constantes. Para verificar isso, integram-se em relação ao tempo ambos os membros da segunda lei de Newton entre os limites – como está demonstrado na Equação 8 [1] . – (8) A integral do membro esquerdo define o impulso da força resultante durante esse intervalo, como representada na Equação 9 [1] . (9) (definição geral do impulso) Com essa definição, o teorema do impulso-momento linear – , Equação 7, é válido mesmo que força varie com o tempo, o impulso é dado pela equação 10 [1] . – (10) 1.1.3 Comparação entre o momento linear e a energia cinética O teorema do impulso-momento linear – afirma que as variações do momento linear de uma partícula são produzidas pelo impulso, que depende do tempo durante o qual a força resultante atua. Em contraste, o teorema do trabalho-energia afirma que quando um trabalho é realizado sobre uma partícula ocorre uma variação da sua energia cinética; o trabalho total depende da distância ao longo da qual a força resultante atuou. Logo, o momento linear de uma partícula é igual ao impulso que a acelera do repouso à sua velocidade atual; o impulso é igual ao módulo da força resultante que acelerou a partícula multiplicada pelo tempo necessário para essa aceleração [1] . 7 1.1.4 Conservação do momento linear O conceito de momento linear é particularmente importante quando ocorre interação entre dois ou mais corpos. Considera-se inicialmente um sistema ideal de dois corpos que interagem entre si, mas não interagem com nenhum outro corpo - por exemplo, dois astronautas que se tocam enquanto flutuam em uma região sem campo gravitacional no espaço sideral, como está ilustrado na figura 1. Considere os astronautas como partículas. Cada partícula exerce uma força sobre a outra; de acordo com a terceira lei de Newton, as duas forças possuem o mesmo módulo e a mesma direção, porém seus sentidos são contrários. Portanto, os impulsos que atuam sobre essas partículas possuem o mesmo módulo e a mesma direção, porem seus sentidos são contrários e as variações do momento linear também são iguais e contrárias [1] . Figura 1 - Dois astronautas empurram-se mutuamente enquanto estão em uma região do espaço sem campo gravitacional. Na linguagem cotidiana, exercer uma força significa puxar ou empurrar. Uma definição melhor é a de que uma força é a interação entre dois corpos ou entre o corpo e seu ambiente. Serão discutidos dois tipos de forças nesse experimento, que são as forças internas e a forças externas. Quando ocorre uma interação entre duas partículas a terceira lei de Newton atua. Denomina-se força interna a força que uma partícula de um sistema exerce sobre a outra. E denomina-se força externa a força exercida sobre qualquer parte de um sistema por um corpo no exterior do sistema [1] . No exemplo da figura 1, acima, as forças internas são as forças entre os astronautas FB sobre A e FA sobre B. Não há forças externas, portanto o seu momento linear total é conservado. E quando não há forças externas o sistema é dito isolado. Na figura 2, está novamente ilustrando os astronautas, porém logo embaixo da imagem está o diagrama de corpo livre, os quais indicam que as forças que os astronautas exercem mutuamente formam um par de ação e reação (3ª Lei de Newton). 8 Figura 2 - Dois astronautas empurram-se mutuamente enquanto estão em uma região do espaço sem campo gravitacional. E logo embaixo o diagrama de corpo livre dos corpos. “Quando a soma vetorial das forças externas que atuam sobre um sistema é igual à zero, o momento linear total do sistema permanece constante, e com essa definição é dada a lei da conservação do momento linear” [1] . Para um sistema de várias partículas, A, B, C, e assim por diante, que interagem apenas mediante forças internas, o momento linear total do sistema é dado pela Equação 11 [1] . (11) Como o momento linear é um vetor, a conservação do momento é aplicada também para cada componente em separado, como ilustra a figura 3. Figura 3 - Conservação do momento linear aplicada para cada componente em separado. Dessa maneira, quando a soma vetorial das forças externas que atuam sobre um sistema é igual à zero, então os componentes Px, Py, Pz, são todos constantes. 1.2 Colisões Colisões em Física se referem às interações de contato intensas e de curto intervalo, por exemplo, raquetada numa bola, colisão entre automóveis e colisões atômicas. Numa colisão geralmente a força de interação entre os corpos é muito maior que as forças internas, assim podemos considerar neste caso os corpos como um “sistema isolado” e consequentemente que o momento conserva, ou seja, numa colisão o momento linear se conserva [1] . 9 Deve ressaltar que em toda colisão na qual as forças externas sejam desprezíveis, o momento linear total é sempre o mesmo antes e depois da colisão; somente no caso da colisão elástica a energia cinética antes da colisão é igual à energia cinética depois da colisão [1] . As colisões podem ser classificadas de duas maneiras: colisões elásticas e colisões inelásticas. Denominam-se colisões elásticas quando as forças entre os corpos também forem conservativas, de modo que nenhuma energia mecânica é adquirida ou perdida durante a colisão, a energia cinética total do sistema é a mesma antes e depois da colisão. Na figura 4 está ilustrado um modelo para uma colisão elástica. Quando os cavaleiros colidem, as molas ficam momentaneamente comprimidas, e a parte da energia cinéticainicial é momentaneamente convertida em energia potencial elástica. A seguir a mola se expande, os corpos se separam e esta energia potencial é reconvertida em energia cinética [1] . Figura 4 - Dois cavaleiros sofrem uma colisão elástica sobre uma superfície sem atrito. Nas extremidades de cada cavaleiro existem molas de aço que servem como para-choques para garantir que a colisão seja elástica. Examinando-se a colisão elástica entre os dois corpos da figura 4, os corpos A e B. Começa-se com uma colisão em uma dimensão, na todas as velocidades estão sobre a mesma linha reta; escolhemos o eixo como essa linha reta. Cada momento linear e cada velocidade terá apenas um componente . Os componentes das velocidades antes da colisão são designados por e por e depois da colisão os componentes são designados por e por . Como existe conservação de energia, tem-se representado na Equação 12 o esquema para se realizar o cálculo [1] . (12) 10 E a lei da conservação do momento linear fornece a formulação descrita na Equação 13. (13) Assim, quando forem conhecidas as massas e e as velocidades iniciais e , o sistema constituído pelas duas equações anteriores poderá ser resolvido para se determinar as duas velocidades finais . Denominam-se colisões inelásticas quando a energia cinética total do sistema depois da colisão é menor do que antes da colisão, ou seja, uma colisão inelástica é toda aquela que há perda de energia cinética. Dentro das colisões inelásticas existem as colisões completamente inelásticas, as quais ocorrem quando os corpos permanecem unidos e se movem como um único corpo depois da colisão. Na figura 5 está ilustrado um exemplo desse tipo de colisão, no qual as molas das extremidades de cada cavaleiro que servem de para-choques na figura 4 [das colisões elásticas] são substituídas por Velcro para garantir que os cavaleiros fiquem unidos depois da colisão. Figura 5 - Dois cavaleiros sofrem uma colisão completamente inelástica. As molas das extremidades de cada cavaleiro são substituídas por Velcro para garantir que os cavaleiros fiquem unidos depois da colisão. Examinando-se a colisão inelástica observa-se o que se ocorre com a energia cinética e com o momento linear em uma colisão completamente inelástica entre os dois corpos, A e B que estão representados na Figura 5. Como os dois corpos ficam colados depois da colisão, eles devem possuir a mesma velocidade final , como está representado na equação 14. (14) A lei da conservação do momento linear fornece a relação descrita na equação 15. (15) (Colisão completamente inelástica) Conhecendo-se as massas e as velocidades iniciais, pode-se calcular a velocidade final comum . 11 1.3 Importância das colisões no Universo e na química da vida Apesar de todas as definições físicas citadas acima e da caracterização matemática das mesmas serem fundamentais no processo de aprendizagem, entender a real importância das colisões vai muito além de percebê-las apenas nos choques entre bolas de bilhar ou em acidentes de trânsito, o interessante mesmo é expandir a atuação desse conceito para fenômenos que realmente fizeram e ainda fazem a diferença na manutenção e existência de um fenômeno muito maior, que é a Vida. Aqui, serão expostos dois fenômenos que exemplificam bem essa noção, um deles a respeito de uma gigantesca colisão [pois foi a partir de um choque de grandes proporções que a Lua, nosso satélite natural, se formou alguns bilhões de anos atrás] e, além disso, outro que trata das pequeninas colisões à nível atômico-molecular [já que a totalidade das reações químicas, principalmente aquelas que nos mantém vivos necessitam de colisões entre átomos/moléculas reagentes para ocorrer e gerar os produtos desejáveis]. 1.3.1 Formação da Lua A Hipótese do Grande Impacto (em inglês, Giant impact hypothesis ou Big Splash) é uma hipótese astronómica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta contra a Terra, com aproximadamente o tamanho de Marte, conhecido como Theia. Para essa teoria do Big Splash, em algum momento do período Hadeano (4,57 a 3,85 bilhões de anos atrás) ocorreu uma gigantesca colisão. Esse modelo consegue explicar o momento angular orbital do sistema Terra-Lua e também a semelhança entre os dois corpos em termos de composição química. O gigante impacto o Theia e a Terra (figura 6) ocasionou a vaporização total do primeiro, bem como a superfície do segundo, lançando toda água e rocha fundida na atmosfera, formando um anel similar ao de Saturno. Esse anel então se condensou e formou a Lua, que ficou presa no campo gravitacional terrestre [3] . Figura 6 - Imagem advinda de computação gráfica para exemplificar a colisão de grandes proporções entre a Terra e Theia que deu origem a Lua, posteriormente. 12 A captura da Lua transformou de maneira significativa a Terra primitiva. O período rotacional da Terra vem decaindo desde este evento, devido principalmente às forças de maré. Durante o período Devoniano (415 a 360 milhões de anos atrás) a duração de um dia era de 21,6 horas [3] . A perda de energia rotacional pela Terra foi ganha pela Lua, fazendo com que a distância média entre Lua e Terra tenha aumentado, desde a sua formação. Isso significa que ela foi formada a uma distância muito menor do que a que observamos hoje. E uma Lua mais próxima significa efeitos de maré muito mais elevados, o que ajudaria muito na formação da famosa “sopa primordial”: mares primitivos com alta concentração de materiais orgânicos e que poderiam ter facultado a formação da vida. A Lua, portanto, pode ter exercido um papel fundamental na origem da vida na Terra. E entender sua origem implica, em última análise, em tentarmos entender a nossa própria existência [3] . 1.3.2 Teoria das Colisões A Teoria das Colisões diz que para que uma reação ocorra, a colisão entre as partículas das substâncias reagentes deve acontecer através de uma orientação adequada e com uma energia maior que a energia mínima necessária para a ocorrência da reação. Essa energia mínima que deve ser fornecida aos reagentes é denominada Energia de Ativação (Ea). Sem atingi-la, a reação não ocorre [4] . Quando duas substâncias entram em contato, suas partículas começam a colidir umas com as outras, são micro-colisões inelásticas, já que a energia pode ser transformada em outra forma, por exemplo, em energia térmica, luminosa, etc, dependendo da reação. Dessa forma, apenas o momento linear é conservado. Entretanto, quimicamente falando, nem todas as colisões são eficazes, isto é, nem todas dão origem a novos produtos. Mas, as colisões que rompem as ligações formadas e formam novas ligações, são denominadas colisões eficazes ou efetivas [4] . Essas colisões ocorrem de forma adequada: seu choque é frontal geometricamente e bem orientado. Observe abaixo na figura 7 como isso ocorre: Figura 7 - Figura evidenciando quais os tipos de orientação em que as colisões atômicas/moleculares podem acontecer 13 No choque efetivo as moléculas absorvem a quantidade de energia mínima necessária (energia de ativação) para a formação do complexo ativado, ou seja, um estado intermediário (estado de transição) entre os reagentes e os produtos. Nessa estrutura, as ligações dos reagentes estão enfraquecidas e as dos produtos estão sendo formadas [4] . Observe uma reação genérica que mostra essa formação do complexo ativado na figura 8, que segue abaixo: Figura 8 - Note que quando ocorre o choque efetivo, forma-se momentaneamente o complexo ativado, no qual as ligações entre os átomos AB e XY estão se rompendo e as ligações que unirão os átomos nas moléculas AX e YB estão se formando. 14 2 OBJETIVO O experimento realizado tem como propósito geral caracterizare verificar a validade de dois tipos de colisões mecânicas - [elásticas e inelásticas] - e encontrar as particularidades/diferenças entre si, bem como identificar suas possíveis aplicações no cotidiano. Já o objetivo específico é conferir experimentalmente a partir do estudo das colisões entre dois móveis que se movimentam em sentidos opostos numa trajetória retilínea sem atrito a relação entre os momentos (inicial e final) com as massas e condições de partida, de modo a confirmar os prognósticos anunciados pelas leis de conservação do momento linear e da energia cinética. Para isso, pretende-se averiguar através dos dados experimentais tanto a energia cinética de cada móvel quanto o momento linear dos mesmos (ambos antes e depois da colisão) para ao final poder concluir se existiu ou não alguma conservação, e caso for preciso justificar com base num arcabouço teórico tais constatações. 15 3 PARTE EXPERIMENTAL Para a correta execução técnica do presente experimento alguns materiais- equipamentos foram extremamente necessários durante toda a coleta dos dados feito no laboratório, são eles: 3.1 Materiais Utilizados a) Cronômetro digital micro-controlado multifunções; b) Dois sensores fotoelétricos de passagem; c) Trilho de ar graduado; d) Gerador de fluxo de ar com mangueira; e) Massas (discos de cobre) e suportes metálicos; f) Dois carros móveis com réguas de marcação associadas; g) Nivelador circular com suporte; h) Balança analítica de precisão; i) Conjunto de molas amortecedoras e disparadoras. A grande maioria desses equipamentos faz parte de um conjunto experimental completo da fabricante Cidepe - (Centro Industrial de Equipamentos de Ensino e Pesquisa), e algumas informações gerais e especificações técnicas são caracterizadas logo abaixo: Detalhes do conjunto: Trilho de ar multi-cronômetro rolagem 2 sensores e unidade de fluxo EQ238F (figura 1) O multi-cronômetro, com tratamento e rolagem de dados, mede e armazena de 1 a 4, 10, 20 e 30 intervalos de tempo, calcula e possibilita inserções sem emprego de computador e, em todos os casos, permite a rolagem e a identificação dos valores medidos que são apresentados em seu próprio display [2] . Figura 9 - Conjunto Cidepe com seus respectivos equipamentos (à esquerda), detalhe de um dos móveis deslizantes (canto superior direito) e balança de precisão utilizada (canto inferior direito). 16 Função: Estudo da mecânica dos sólidos, condições de equilíbrio numa rampa, movimentos retilíneo – [uniforme e acelerado] – (com aceleração positiva, negativa, constante e variável); velocidade; massa e aceleração; inércia; conservação da energia; impulsão; quantidade de movimento; conservação da quantidade de movimento linear; colisões elásticas lineares; colisões inelásticas lineares, discussões energéticas, etc, trilhos de ar [2] . Trilho de ar com multi-cronômetro de rolagem de dados 5 VCC, 2 sensores, bobina de 24 VCC e unidade geradora de fluxo [2] . Tabela 1 - Informações técnicas do conjunto de equipamentos Cidepe. Marca Cidepe Código Identificador (SKU) 48599 3.2 Procedimento Experimental Antes de qualquer coisa, após a explicação pela orientadora, foi feita a correta montagem do conjunto experimental utilizado. Ou seja, foram conectados o cronômetro digital micro-controlado multifunções e o gerador de fluxo de ar na rede com DDP (diferença de potencial – tensão) de 220 volts. Além disso, os carros móveis 1 e 2 foram posicionados sobre a régua deslizante do trilho e o nivelamento do mesmo sobre a bancada foi realizado utilizando-se o nivelador circular – (figura 10) – para garantir que não houvesse influência angular nos dados coletados. Figura 10 - Nivelador circular (popularmente conhecido como olho de boi) utilizado para garantir a estabilidade angular do trilho deslizante. Além disso, para que o cronômetro digital micro-controlado multifunções pudesse gerar os valores de ida e volta dos carrinhos realizou-se o posicionamento adequado dos sensores fotoelétricos S0 e S1 na marcação de 300 mm e 800 mm da trilha graduada, respectivamente, tal como mostra a figura 11. 17 Figura 11 - Posicionamento dos sensores fotoelétricos S0 e S1 e velocidades do móvel 1 e 2. 3.2.1 Parte A – Colisões Elásticas Nesta primeira fase do experimento o objetivo era construir quatro tabelas com os valores de ida e volta de cada carrinho (1 e 2) durante as quatro colisões valores estes que foram registrados pelos sensores fotoelétricos S0 (monitora móvel 1) e S1 (monitora móvel 2) e fornecidos pelo cronômetro digital micro-controlado multifunções para três arranjos diferentes de proporção de massa do carro 1 e 2. 1º Colisão - (m2 = 4*m1) Por exemplo, para construir a tabela A era necessário que a massa do carrinho 2 fosse o quádruplo da massa do móvel 1. Realizando a pesagem do carrinho 1 na balança analítica de precisão se obteve o valor de m1 = 227,96 g, logo a massa teórica que o carro 2 deveria apresentar seria de 911, 84 g, no entanto só conseguiu-se obter na prática através da associação dos discos o valor de m2 = 889,65 g para massa do carro 2, um erro de apenas 22,19 g. Antes da colisão entre os móveis e antes da iniciação do cronômetro foi realizado o acionamento do gerador de fluxo de ar na intensidade 7, para suprimir ao máximo o efeito do atrito no trilho. A colisão entre os dois móveis se deu da seguinte maneira: o móvel 2 permaneceu parado (com velocidade igual a zero) e o móvel 1 foi de encontro à ele (carro 2) com velocidade constante garantido pela redução de atrito proporcionada pelo colchão de ar e impulsionado pelas molas disparadoras em sua extremidade (figura 11). Quando os carros passaram pelos sensores as réguas de marcação (figura 11) acima deles indicaram 10 valores de tempo de ida e mais 10 valores de volta para o móvel 1. Já para o móvel 2 só foram registrados os 10 valores de volta. 18 Figura 12 - Detalhe da régua de marcação sobre os carros que indicava para os sensores e posteriormente para o cronômetro os 10 tempos de ida ou de volta. Vale lembrar que foi muito importante para o experimento a escolha correta da função no cronômetro micro-controlado. Para essa primeira associação (m2 = 4*m1) o registro desses valores foi feito utilizando a função F8. Depois da primeira colisão a coleta de dados foi feita a partir do cronômetro e os 30 tempos foram anotados e transferidos para uma tabela no notebook. 2º Colisão - (m2 = 2*m1) Essa segunda colisão ocorreu da mesma maneira que a primeira, ou seja, o móvel 2 permaneceu parado (com velocidade igual a zero) e o móvel 1 foi de encontro à ele (carro 2) com velocidade constante (figura 11), no entanto, aqui o arranjo entre as proporções das massas foi alterado para (m2 = 2*m1). Sabendo que m1 = 227,96 g então realizando cálculos simples chega-se a informação que na teoria o móvel 2 teria que ter uma massa de m2 = 455,92 g, mas novamente por uma incapacidade dos discos de peso foi realizada a pesagem do carro 2 com auxilio de uma balança analítica de precisão e obteve-se uma massa prática de m2 = 439,94 g, ou seja, um erro de cerca de 15,98 g para menos. Os mesmos procedimentos foram realizados; acionamento do gerador de fluxo de ar na intensidade 7, escolha da função F8 no cronômetro (figura 13) e a coleta e armazenagem desses 30 valores de tempo no notebook para compor a tabela 4. Figura 13 - Display do cronômetro digital micro-controlado multifuncional indicando que a coleta dos 30 valores de tempo foi feita. 19 3º Colisão - (m2 = m1) Essa terceira colisão se procedeu da mesma maneira que a primeira e a segunda em relação aos movimentos dos carrinhos, ou seja, o móvel 2 permaneceu parado (com velocidade igual a zero) e o móvel 1 foi de encontro à ele (carro2) com velocidade constante (figura 11), no entanto, aqui o arranjo entre as proporções das massas foi alterado para (m2 = m1). Sabendo que m1 = 227,96 g então se conclui que o móvel 2 teria que ter uma massa de m2 = 227,96 g também, mas agora em função de algumas diferenças estruturais entre os carros 1 e 2 foi feita a pesagem do carrinho 2 na balança analítica de precisão e obteve-se uma massa prática de m2 = 240,27 g, ou seja, uma diferença de cerca de 12,31 g. Uma justificativa para essa diferença foi formulada ainda no laboratório, já que foi observado que o carro 2 tinha quatro parafusos a mais para fixação dos discos em relação ao carro 1 e, além disso, o carro 2 levava consigo uma mola amortecedora. É importante dizer que nessa 3º colisão a função utilizada no cronômetro foi alterada para F7. Novamente os mesmos passos foram realizados, isso quer dizer que ocorreu mais uma vez o acionamento do gerador de fluxo de ar na intensidade 7, a alteração da função F8 para a função F7 no cronômetro, exclusivamente nessa colisão, e a coleta e armazenagem, dessa vez, de somente 20 valores de tempo no notebook para compor a tabela 5. 4º Colisão - (m2 = m1) Nesta quarta e ultima colisão elástica as coisas aconteceram bem diferentes das outras, pois aqui os dois carros (1 e 2) foram feitos colidir um contra o outro, de modo que agora o carro 2 não se encontrava parado com v2 = 0, mas sim com v2 = cte assim como o carro 1 (figura 14). Em relação às massas nada mudou desde a terceira colisão, visto que aqui os carros também tinham as mesmas proporções de massa de (m2 = m1) com m1 = 227,96 g e m2 = 240,27 g. 20 Figura 14 - Posicionamento dos sensores fotoelétricos S0 e S1 e velocidades constantes do móvel 1 e 2 (colisão com os dois carros em movimento). É importante dizer que nessa 4º colisão a função utilizada no cronômetro foi alterada para F8 novamente, utilizada nas primeiras duas colisões. Mais uma ultima vez os mesmos passos foram realizados; houve o acionamento do gerador de fluxo de ar na intensidade 7, a alteração da função F7 para a função F8 no cronômetro e a coleta e armazenagem dos 30 valores de tempo 10 valores de ida e mais 10 valores de volta para o móvel 1 e para o móvel 2 só foram registrados os 10 valores de volta no notebook para compor a tabela 6. 3.2.2 Parte B – Colisões Inelásticas Nesta segunda fase do experimento o objetivo era construir duas tabelas com os valores de ida e volta de cada carrinho (1 e 2) durante as duas colisões valores estes que foram registrados pelos sensores fotoelétricos S0 (monitora móvel 1) e S1 (monitora móvel 2) e fornecidos pelo cronômetro digital micro-controlado multifunções para dois arranjos diferentes de proporção de massa do carro 1 e 2. Além disso, aqui teve que ser feita uma modificação na estrutura dos móveis antes de o experimento começar, mais especificamente, houve uma troca das ponteiras na extremidade dos mesmos para garantir a ineslasticidade da colisão. As ponteiras emborrachadas foram substituídas por uma ponteira com massa modelável [na extremidade do carro 2] e por uma ponteira agulhada [localizada na extremidade do carro 1]. Vale lembrar que a função utilizada em todas as medições dos tempos pelo cronômetro foi a F7 para todas as colisões inelásticas dessa parte B. 1º Colisão - (m2 = m1) Por exemplo, para construir a tabela E era necessário que a massa do carrinho 2 fosse idêntica a massa do móvel 1. Realizando a pesagem do carrinho 1 na balança 21 analítica de precisão se obteve o valor de m1 = 426,38 g, logo a massa teórica que o carro 2 deveria apresentar seria de 426,38 g também, no entanto só conseguiu-se obter na prática através da associação dos discos o valor de m2 = 437,68 g para massa do carro 2, um erro de 11,30 g. Antes da colisão entre os móveis e antes da iniciação do cronômetro foi realizado o acionamento do gerador de fluxo de ar na intensidade 7, para suprimir ao máximo o efeito do atrito no trilho. A colisão entre os dois móveis se deu da seguinte maneira: o móvel 2 permaneceu parado (com velocidade igual a zero) e o móvel 1 foi de encontro à ele (carro 2) com velocidade constante garantido pela redução de atrito proporcionada pelo colchão de ar e impulsionado pelas molas disparadoras em sua extremidade (figura 11). Quando os carros passaram pelos sensores as réguas de marcação (figura 12) acima deles indicaram 10 valores de tempo de ida para o móvel 1. Já para o móvel 2 foram registrados os 10 valores de volta [aqui, deve-se entender por volta a situação imediatamente após a colisão]. 2º Colisão - (m1 = 2*m2) Nesta segunda e ultima colisão inelástica da parte B as coisas aconteceram bem diferentes, pois aqui os dois carros (1 e 2) foram feitos colidir um contra o outro, frontalmente, de modo que agora o carro 2 não se encontrava parado com v2 = 0, mas sim com v2 = cte assim como o carro 1 (figura 14). Nessa parte o arranjo entre as proporções das massas foi alterado para (m1 = 2*m2). Sabendo que m2 = 426,38 g então realizando cálculos simples chega-se a informação que na teoria o móvel 1 teria que ter uma massa teórica de m1 = 852,76 g, mas novamente por uma incapacidade dos discos de peso foi realizada a pesagem do carro 1 com auxilio de uma balança analítica de precisão e obteve-se uma massa prática de m1 = 837,54 g, ou seja, um erro de cerca de 15,22 g para menos. Os mesmos procedimentos foram realizados; acionamento do gerador de fluxo de ar na intensidade 7, escolha da função F7 no cronômetro (figura 13) e a coleta e armazenagem desses 20 valores de tempo no notebook para compor a tabela 8. 22 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Cálculos da Parte A – Colisões Elásticas 4.1.1 1º Colisão - (m2 = 4*m1) Para a construção da tabela da primeira colisão foi necessário que massa do carrinho 2 fosse o quádruplo da massa do móvel 1, como já detalhado no procedimento experimental. Os dados coletados estão dispostos na tabela 2. Tabela 2 - m2 = 4.m1, V1 = cte. e V2 = 0 [Função F8]. Foi realizada a construção de três gráficos do Espaço (∆ ) pelo Tempo (∆t) utilizando esses valores, um da ida (antes da colisão) e outro da volta (após a colisão), e os mesmos estão ilustrados nas figuras 15, 16 e 17, respectivamente. Figura 15 – (Carrinho 1 – antes da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,3902x + 0,0005 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 23 Figura 16 – (Carrinho 1 – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,0762x - 0,1272 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. Como a velocidade do móvel 2 inicialmente era 0 (nula, pois este se encontrava em repouso), assim não se tem um gráfico de espaço pelo tempo para o momento antes da colisão, porém após a colisão o gráfico (espaço pelo tempo) que representa o móvel 2 depois da colisão está ilustrado na figura 17, logo abaixo. Figura 17 – (Carrinho 2 – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,0976x - 0,0603 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 24 A velocidade inicial constante do móvel 1 - (V01) - gerada a partir da descompressão da mola lateral e a velocidade final do móvel 2 - (Vf2) - podem ser retiradas do coeficiente angular das retas geradas pela aproximação linear que o software forneceu, essas retas que auxiliaram na determinação da V01 e Vf2 aparecem em negrito na legenda das figuras 15 e 17, respectivamente. Também poderiam ter sido calculadas usando a velocidade média, a qual está expressa pela equação 16. (16) Os respectivos erros são dados pela propagação do erro do espaço e do tempo, utilizando a equação 17.(17) Tabela 3 - Velocidades encontradas através do cálculo da velocidade média e seus respectivos erros. Carrinho 1 (Ida) Carrinho 1 (Volta) Carrinho 2 (Volta) V01 = 0,3902 ± 0,02m/s Vf1 = 0,0762 ±0,01m/s Vf2 = 0,0976 ±0,01m/s Teoricamente, o esperado é uma velocidade constante, dessa forma o gráfico do da velocidade em função do tempo seria realmente uma reta constante horizontalmente paralela ao eixo dos tempos, experimentalmente esse gráfico foi construído e corroborou a teoria, porém optou-se por não coloca-la nessa exposição. Temos que: M1 = 0,22796 kg; M2 = 0,88965 kg; V01 = 0,3902 m/s (obtida pelo gráfico da figura 15); V02 = 0 m/s; Vf1 = 0,0762 m/s (obtida pelo gráfico da figura 16); Vf2 = 0,0976 m/s (obtida pelo gráfico da figura 17). Feito isso, pode ser verificado se a lei de conservação do momento linear foi respeitada para essa 1º Colisão, para isso foi utilizada a equação 11, descrita na introdução. Em função da convenção de sinais toma-se Vf1 como sendo (- 0,0762 m/s). Para momento linear inicial - (MLi) – tem-se: Para momento linear final - (MLf) – tem-se: 25 Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda momento linear no sistema, mais especificamente pode-se dizer reduziu cerca de 0,0195 N/s. Ou seja, o momento linear não se conservou. Isso pode ser justificado com uma análise que já foi dita neste relatório; na prática não existe colisão plenamente elástica: Feito isso, também foi verificado se a lei de conservação de energia cinética foi respeitada para essa 1º Colisão, para isso foi utilizada a equação 12, descrita na introdução. Para energia cinética inicial - (Eci) – tem-se: Para energia cinética final - (Ecf) – tem-se: Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda de energia cinética no sistema, mais especificamente pode-se dizer que a reduziu 12,45. 10 -3 Joules, ou que a energia caiu a menos de 1/3 do que era incialmente. Ou seja, a energia cinética não se conservou, assim como os momentos. Tanto a perda de momento linear quanto a perda de energia cinética no sistema podem ser justificados pela seguinte análise: “Como o sistema não é isolado, diversas outras formas de energia podem ser dissipadas a partir da transformação de parte ou toda a energia cinética dos carrinhos 1 e 2, sendo convertida em agitação molecular (calor; resultante do choque dos móveis), efeito Joule, dissipação em energia sonora (ruído das peças em contato durante a colisão) e, além disso, em energia potencial elástica para as molas amortecedoras/propulsoras das extremidades laterais” [1] . Como na prática não houve conservação de energia cinética para esse arranjo regido por colisão elástica. Então, logo, é possível calcular a quantidade de trabalho realizado por estas forças dissipativas - (som, luminosidade, calor, etc), através do Teorema do Trabalho-Energia-Cinética, descrito pela equação 16. (16) 26 Portanto, substituindo os valores calculados acima, tem-se; O significado de esse trabalho ser negativo é justamente justificado por ser um trabalho “roubado” do sistema pelas forças dissipativas. É importante ressaltar que se descartou o último ponto da ida é o primeiro da volta nos gráficos de voltas produzidos neste relatório. Pois se fossem usados estes pontos ficariam fora da reta. Tudo isso ocorre por conta de ser um artefato do sensor (é usado para liberação de contagem do sensor), logo esse ponto não tem significado físico para as análises. 27 4.1.2 2º Colisão - (m2 = 2*m1) Para a construção da tabela da segunda colisão foi necessário que a massa do carrinho 2 fosse o dobro da massa do móvel 1, como já detalhado no procedimento experimental. Os dados coletados estão dispostos na tabela 4. Tabela 4 - m2 = 2.m1, V1 = cte. e V2 = 0 [Função F8]. Mais uma vez foi realizada a construção de três gráficos do espaço (∆ ) pelo tempo (∆t), um da ida (antes da colisão) e outros dois da volta (após a colisão), e os mesmos estão ilustrados nas figuras 18, 19 e 20, respectivamente. Figura 18 – (Carrinho 1 - antes da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,3507x + 0,0006 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 28 Figura 19 – (Carrinho 1 – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,0935x - 0,3558 as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. Novamente, como V02 era 0 (nula, pois este se encontrava em repouso), assim não se tem um gráfico de espaço pelo tempo para o momento antes da colisão, porém após a colisão o gráfico (espaço pelo tempo) que representa o móvel 2 depois da colisão está ilustrado na figura 20, logo abaixo. Figura 20 – (Carrinho 2 – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,1168x - 0,0882 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 29 A velocidade inicial constante do móvel 1 - (V01) - gerada a partir da descompressão da mola lateral e a velocidade final do móvel 2 - (Vf2) - podem ser retiradas do coeficiente angular das retas geradas pela aproximação linear que o software forneceu, essas retas que auxiliaram na determinação da V01 e Vf2 aparecem em negrito na legenda das figuras 18 e 20, respectivamente. Temos que: M1 = 0,22796 kg; M2 = 0,43994 kg; V01 = 0,3507 m/s (obtida pelo gráfico da figura 18); V02 = 0 m/s; Vf1 = 0,0935 m/s (obtida pelo gráfico da figura 19); Vf2 = 0,1168 m/s (obtida pelo gráfico da figura 20). Feito isso, pode ser verificado se a lei de conservação do momento linear foi respeitada para essa 2º Colisão, para isso foi utilizada a equação 11, descrita na introdução. Em função da convenção de sinais toma-se Vf1 como sendo (- 0,0935 m/s). Para momento linear inicial - (MLi) – tem-se: Para momento linear final - (MLf) – tem-se: Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda momento linear no sistema, mais especificamente pode-se dizer reduziu cerca de 0,0499 N/s. Ou seja, o momento linear não se conservou. Isso pode ser justificado com uma análise que já foi dita neste relatório; na prática não existe colisão plenamente elástica: Feito isso, também foi verificado se a lei de conservação de energia cinética foi respeitada para essa 2º Colisão, para isso foi utilizada a equação 12, descrita na introdução. Para energia cinética inicial - (Eci) – tem-se: 30 Para energia cinética final - (Ecf) – tem-se: Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda de energia cinética no sistema, mais especificamente pode-se dizer que a reduziu 10,03. 10 -3 Joules, ou que a energia caiu cerca de 72% do que era incialmente. Ou seja, a energia cinética não se conservou, assim como os momentos. Tanto a perda de momento linear quanto a perda de energia cinética no sistema podem ser justificados pela seguinte análise, já mencionada nesse relatório: Como na prática não houve conservação de energia cinética para esse arranjo regido por colisão elástica. Então, logo, é possível calcular a quantidade de trabalho realizado por estas forças dissipativas - (som, luminosidade, calor, etc), através do Teorema do Trabalho-Energia-Cinética, descrito pela equação 16. Portanto, substituindo os valores calculados acima, tem-se; O significado de esse trabalho ser negativo é justamente justificado por ser um trabalho “roubado” do sistema pelas forças dissipativas. “Como o sistema não é isolado, diversas outras formas de energia podem ser dissipadas a partir da transformação de parte ou toda a energia cinética dos carrinhos 1 e 2, sendo convertida em agitação molecular(calor; resultante do choque dos móveis), efeito Joule, dissipação em energia sonora (ruído das peças em contato durante a colisão) e, além disso, em energia potencial elástica para as molas amortecedoras/propulsoras das extremidades laterais” [1] . Essas pequenas diferenças também podem ter sofrido influência da incapacidade instrumental de respeitar a proporção m2 = 2*m1. Pois, sabendo que m1 = 227,96 g então realizando cálculos simples chega-se a informação que na teoria o móvel 2 teria que ter uma massa de m2 = 455,92 g, mas novamente por uma incapacidade dos discos de peso foi realizada a pesagem do carro 2 com auxilio de uma balança analítica de precisão e obteve-se uma massa prática de m2 = 439,94 g, ou seja, um erro de cerca de 15,98 g para menos. Isso também pode ter influenciado o cálculo de momento linear e energia cinética de outras colisões. 31 4.1.3 3º Colisão - (m2 = m1) Para a construção da tabela da terceira colisão foi necessário que massa do carrinho fosse exatamente igual a massa do móvel 1, porém por incapacidades instrumentais isso não foi feito exatamente, obteve-se e respeitou-se essa relação de maneira aproximada como já detalhado no procedimento experimental. Os dados coletados estão dispostos na tabela 5. Tabela 5 - m2 = m1, V1 = cte. e V2 = 0 [Função F7]. Foi realizada a construção de dois gráficos do espaço (∆ ) pelo tempo (∆t), um da ida (antes da colisão) para o carro 1 e outro de volta (após a colisão) para o móvel 2, e os mesmos estão ilustrados nas figuras 21 e 22, respectivamente. Figura 21 - (Carrinho 1 – antes da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,3675x + 0,0007 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 32 Figura 22 – (Carrinho 2 – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,2340x - 0,1596 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. A velocidade inicial constante do móvel 1 - (V01) - gerada a partir da descompressão da mola lateral e a velocidade final do móvel 2 - (Vf2) - podem ser retiradas do coeficiente angular das retas geradas pela aproximação linear que o software forneceu, essas retas que auxiliaram na determinação da V01 e Vf2 aparecem em negrito na legenda das figuras 21 e 22, respectivamente. Temos que: M1 = 0,22796 kg; M2 = 0,24027 kg; V01 = 0,3675 m/s (obtida pelo gráfico da figura 21); V02 = 0,0 m/s; Vf1 = 0,0 m/s (teoricamente o carro 1 parou, pois não passou pelo sensor); Vf2 = 0,2340 m/s (obtida pelo gráfico da figura 20). Feito isso, pode ser verificado se a lei de conservação do momento linear foi respeitada para essa 3º Colisão, para isso foi utilizada a equação 11. Para momento linear inicial - (MLi) – tem-se: Para momento linear final - (MLf) – tem-se: 33 Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda momento linear no sistema, mais especificamente pode-se dizer reduziu cerca de 0,0276 N/s. Ou seja, o momento linear também não se conservou aqui. Isso pode ser justificado com uma análise que já foi dita neste relatório; na prática não existe colisão plenamente elástica: Feito isso, também foi verificado se a lei de conservação de energia cinética foi respeitada para essa 3º Colisão, para isso foi utilizada a equação 12, descrita na introdução. Para energia cinética inicial - (Eci) – tem-se: Para energia cinética final - (Ecf) – tem-se: Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda de energia cinética no sistema, mais especificamente pode-se dizer que a reduziu 8,81. 10 -3 Joules, ou que a energia caiu cerca de 57% do que era incialmente. Ou seja, a energia cinética não se conservou, assim como os momentos. Tanto a perda de momento linear quanto a perda de energia cinética no sistema podem ser justificados pela seguinte análise, já mencionada nesse relatório: “Como o sistema não é isolado, diversas outras formas de energia podem ser dissipadas a partir da transformação de parte ou toda a energia cinética dos carrinhos 1 e 2, sendo convertida em agitação molecular (calor; resultante do choque dos móveis), efeito Joule, dissipação em energia sonora (ruído das peças em contato durante a colisão) e, além disso, em energia potencial elástica para as molas amortecedoras/propulsoras das extremidades laterais” [1] . Essas pequenas diferenças também podem ter sofrido influência da incapacidade instrumental de respeitar a proporção m2 = m1, como já mencionado. Como na prática não houve conservação de energia cinética para esse arranjo regido por colisão elástica. Então, logo, é possível calcular a quantidade de trabalho 34 realizado por estas forças dissipativas - (som, luminosidade, calor, etc), através do Teorema do Trabalho-Energia-Cinética, descrito pela equação 16. Portanto, substituindo os valores calculados acima, tem-se; O significado de esse trabalho ser negativo é justamente justificado por ser um trabalho “roubado” do sistema pelas forças dissipativas. 35 4.1.4 4º Colisão - (m2 = m1) Para a construção da tabela da quarta e última colisão elástica foi necessário que massa do carrinho fosse novamente igual a massa do móvel 1, porém por incapacidades instrumentais isso não foi feito exatamente, obteve-se e respeitou-se essa relação de maneira aproximada como já detalhado no procedimento experimental. Os dados coletados estão dispostos na tabela 6. Tabela 6 - m2 = m1, V1 = cte. e V2 = cte. [Função F8]. Mais uma vez foi realizada a construção de três gráficos do espaço (∆ ) pelo tempo (∆t), um da ida (antes da colisão) e outros dois da volta (após a colisão), e os mesmos estão ilustrados nas figuras 23, 24 e 25, respectivamente. Figura 23 – (Carrinho 1 – antes da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,3479x + 0,0005 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 36 Figura 24 - (Carrinho 1 – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,1275x - 0,0566 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. Aqui nessa 4º Colisão a tarefa é encontrar o valor de V02, que não era 0 nessa montagem, mas sim era uma velocidade constante garantida pelo MRU. Algo que vai ser útil é o que ocorreu depois, e para isso após a colisão o gráfico (espaço pelo tempo) que representa o móvel 2 depois da colisão está ilustrado na figura 25, logo abaixo. Figura 25 – (Carrinho 2 – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,1064x - 0,0892 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 37 A velocidade inicial constante do móvel 1 - (V01) - gerada a partir da descompressão da mola lateral e a velocidade final do móvel 2 - (Vf2) - podem ser retiradas do coeficiente angular das retas geradas pela aproximação linear que o software forneceu, essas retas que auxiliaram na determinação da V01 e Vf2 aparecem em negrito na legenda das figuras 23 e 25, respectivamente. Temos que: M1 = 0,22796 kg; M2 = 0,24027 kg; V01 = 0,3479 m/s (obtida pelo gráfico da figura 23); V02 = ? m/s; Vf1 = 0,1275 m/s (obtida pelo gráfico da figura 24); Vf2 = 0,1064 m/s (obtida pelo gráfico da figura 25). Considerando que há conservação do momento linear, é realizado o cálculo para determinação de V02. Utilizando a equação 13 citada na introdução encontra-se: O sinal de negativo se deve a convenção de sinais adotada. Feito isso, também pode ser verificado se a lei de conservação de energia cinética foi respeitada para essa 4º e última colisão, para isso foi utilizadaa equação 12, descrita na introdução. Para energia cinética inicial - (Eci) – tem-se: Para energia cinética final - (Ecf) – tem-se: Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda de energia cinética no sistema, mais especificamente pode-se dizer que a reduziu 11,86. 10 -3 Joules, ou que a energia caiu cerca de 79% do que era incialmente. Ou seja, a energia cinética não se conservou. 38 Essa perda de energia cinética no sistema pode ser justificada pela seguinte análise, já mencionada nesse relatório: “Como o sistema não é isolado, diversas outras formas de energia podem ser dissipadas a partir da transformação de parte ou toda a energia cinética dos carrinhos 1 e 2, sendo convertida em agitação molecular (calor; resultante do choque dos móveis), efeito Joule, dissipação em energia sonora (ruído das peças em contato durante a colisão) e, além disso, em energia potencial elástica para as molas amortecedoras/propulsoras das extremidades laterais” [1] . Essas pequenas diferenças também podem ter sofrido influência da incapacidade instrumental de respeitar a proporção m2 = m1. Como na prática não houve conservação de energia cinética para esse arranjo regido por colisão elástica. Então, logo, é possível calcular a quantidade de trabalho realizado por estas forças dissipativas - (som, luminosidade, calor, etc), através do Teorema do Trabalho-Energia-Cinética, descrito pela equação 16. Portanto, substituindo os valores calculados acima, tem-se; O significado de esse trabalho ser negativo é justamente justificado por ser um trabalho “roubado” do sistema pelas forças dissipativas. 39 4.2 Cálculos da Parte B – Colisões Inelásticas 4.2.1 1º Colisão - (m2 = m1) Para construir a tabela 7 era necessário que a massa do carrinho 2 fosse idêntica a massa do móvel 1. Realizando a pesagem do carrinho 1 na balança analítica de precisão se obteve o valor de m1 = 426,38 g, logo a massa teórica que o carro 2 deveria apresentar seria de 426,38 g também, no entanto só conseguiu-se obter na prática através da associação dos discos o valor de m2 = 437,68 g para massa do carro 2, um erro de 11,30 gramas. A tabela 7 está representada abaixo com os valores coletados. Tabela 7 - m2 = m1, V1 = cte. e V2 = 0 [Função F7]. Foi realizada a construção de dois gráficos do espaço (∆ ) pelo tempo (∆t), um da ida (antes da colisão) para o carro 1 e outro de volta (após a colisão) para o conjunto (m1+m2), e os mesmos estão ilustrados nas figuras 26 e 27, respectivamente. Figura 26 - (Carrinho 1 – antes da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,2839x + 0,0007 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 40 Figura 27 - (Conjunto – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,0718x - 0,0564 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. A velocidade inicial constante do móvel 1 - (V01) - gerada a partir da descompressão da mola lateral e a velocidade final do conjunto, ou seja, Vf1 Vf2. Esses dados podem ser retirados do coeficiente angular das retas geradas pela aproximação linear que o software forneceu, essas retas que auxiliaram na determinação da V01, Vf1 e Vf2 aparecem em negrito na legenda das figuras 26 e 27, respectivamente. Temos que: M1 = 0,42638 kg; M2 = 0,43768 kg; V01 = 0,2839 m/s (obtida pelo gráfico da figura 26); V02 = 0,0 m/s; Vf1 = 0,0718 m/s (obtida pelo gráfico da figura 27) - (o carro 1 se uniu ao carro 2 pela ação da massa adesiva, e, portanto o sensor S1 registrou a velocidade de volta dos dois corpos). Vf2 = 0,0718 m/s (obtida pelo gráfico da figura 27). Feito isso, pode ser verificado se a lei de conservação do momento linear foi respeitada para essa 1º Colisão Inelástica, para isso foi utilizada a equação 11. Para momento linear inicial - (MLi) – tem-se: Para momento linear final - (MLf) – tem-se: 41 Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda momento linear no sistema, mais especificamente pode-se dizer reduziu cerca de 0,059 N/s. Ou seja, o momento linear também não se conservou aqui. Isso pode ser justificado justamente pelo fato de se tratar de uma colisão inelástica, onde tanto o momento linear quanto a energia cinética não são conserváveis. Isso ocorre porque nas colisões inelásticas (todas as que ocorrem na Natureza) pode acontecer o fenômeno de deformação nas estruturas dos corpos que entram em colisão. Feito isso, também foi verificado se a lei de conservação de energia cinética foi respeitada para essa 1º Colisão Inelástica, para isso foi utilizada a equação 12, descrita na introdução. Para energia cinética inicial - (Eci) – tem-se: Para energia cinética final - (Ecf) – tem-se: Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda de energia cinética no sistema, mais especificamente pode-se dizer que a reduziu 14,9. 10 -3 Joules, ou que a energia caiu cerca de 87% do que era incialmente. Ou seja, a energia cinética não se conservou, assim como os momentos. Isso faz sentido físico, pois segundo o arcabouço teórico em colisões inelásticas há deformação dos corpos envolvidos e, além disso, outras justificativas se fazem valer. Pois como o sistema não é isolado, diversas outras formas de energia podem ser dissipadas a partir da transformação de parte ou toda a energia cinética dos carrinhos 1 e 2, sendo convertida em agitação molecular (calor; resultante do choque dos móveis), efeito Joule, dissipação em energia sonora (ruído das peças em contato durante a colisão) e, além disso, em energia potencial elástica para as molas amortecedoras/propulsoras das extremidades laterais [1] . 42 Como já era esperado, não houve conservação de energia cinética para esse arranjo regido por colisão inelástica. Então, logo, é possível calcular a quantidade de trabalho realizado por estas forças dissipativas - (som, luminosidade, calor, etc), através do Teorema do Trabalho-Energia-Cinética, descrito pela equação 16. Portanto, substituindo os valores calculados acima, tem-se; O significado de esse trabalho ser negativo é justamente justificado por ser um trabalho “roubado” do sistema pelas forças dissipativas. 43 4.2.2 2º Colisão - (m1 = 2*m2) Nessa segunda e ultima colisão inelástica da parte B as coisas aconteceram bem diferentes, pois aqui os dois carros (1 e 2) foram feitos colidir um contra o outro; frontalmente, de modo que agora o carro 2 não se encontrava parado com V02 = 0, mas sim com V02 sendo um valor constante, assim como o carro 1. Os dados coletados estão expressos na Tabela 8. Tabela 8 - m1 = 2*m2, V1 = cte. e V2 = cte. [Função F7]. Foi realizada a construção de dois gráficos do espaço (∆ ) pelo tempo (∆t), um da ida (antes da colisão) para o carro 1 e outro de volta (após a colisão) para o conjunto (m1+m2), e os mesmos estão ilustrados nas figuras 28 e 29, respectivamente. Figura 28 - (Carrinho 1 – antes da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,1958x + 0,0039 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. 44 Figura 29 - (Conjunto – depois da colisão) - Representação gráfica do deslocamento em função do tempo, onde se têm uma reta aproximada por y = 0,0929x - 0,2417 e as barras de erro do espaço δi = ± 0,009m. A velocidade inicial constante do móvel 1 - (V01) - gerada a partir da descompressão da mola lateral e a velocidade final do conjunto, ou seja, Vf1 Vf2. Esses dados podem ser retirados do coeficiente angular das retas geradas pela aproximação linear que o software forneceu, essas retas queauxiliaram na determinação da V01, Vf1 e Vf2 aparecem em negrito na legenda das figuras 28 e 29, respectivamente. Temos que: M1 = 0,83754 kg; M2 = 0,42638 kg; V01 = 0,1958 m/s (obtida pelo gráfico da figura 28); V02 = ? m/s; Vf1 = 0,0929 m/s (obtida pelo gráfico da figura 29) - (o carro 1 se uniu ao carro 2 pela ação da massa adesiva, e, portanto o sensor S1 registrou a velocidade de volta dos dois corpos). Vf2 = 0,0929 m/s (obtida pelo gráfico da figura 29). Como segunda a teoria se tem que; para dois corpos A e B em colisão inelástica, há perda de energia cinética, mas conservando-se a energia mecânica. Após o choque, os corpos deslocam-se em conjunto com velocidades finais iguais e um coeficiente de restituição e = 0. Como é válida a conservação da quantidade de movimento. (17) 45 Utilizando-se da equação 17, obtém-se V02. Feito isso, também foi verificado se a lei de conservação de energia cinética foi respeitada para essa 2º Colisão Inelástica, para isso foi utilizada a equação 12, descrita na introdução. Para energia cinética inicial - (Eci) – tem-se: Para energia cinética final - (Ecf) – tem-se: Através da análise desses valores pode-se concluir que houve perda de energia cinética no sistema, mais especificamente pode-se dizer que a reduziu 13,14. 10 -3 Joules, ou que a energia caiu cerca de 71% do que era incialmente. Ou seja, a energia cinética não se conservou. Isso faz sentido físico, pois segundo o arcabouço teórico em colisões inelásticas há deformação dos corpos envolvidos e, além disso, outras justificativas se fazem valer. Pois como o sistema não é isolado, diversas outras formas de energia podem ser dissipadas a partir da transformação de parte ou toda a energia cinética dos carrinhos 1 e 2, sendo convertida em agitação molecular (calor; resultante do choque dos móveis), efeito Joule, dissipação em energia sonora (ruído das peças em contato durante a colisão) e, além disso, em energia potencial elástica para as molas amortecedoras/propulsoras das extremidades laterais [1] . Como já era esperado, não houve conservação de energia cinética para esse arranjo regido por colisão inelástica. Então, logo, é possível calcular a quantidade de trabalho realizado por estas forças dissipativas - (som, luminosidade, calor, etc), através do Teorema do Trabalho-Energia-Cinética, descrito pela equação 16. 46 Portanto, substituindo os valores calculados acima, tem-se; O significado de esse trabalho ser negativo é justamente justificado por ser um trabalho “roubado” do sistema pelas forças dissipativas. 47 5 QUESTÕES Parte A – Colisões Elásticas Nos experimentos, foi reduzida a massa do carrinho 2 até atingir a mesma massa do carrinho 1. O que aconteceria se a massa do carrinho 1 fosse maior que a do carrinho 2 ? Faça um teste apenas para avaliar se seria possível medir a velocidade com a montagem experimental disponível. Resposta: Se a massa do móvel 1 fosse maior do que a massa do carro 2 não seria viável, ou melhor, seria impraticável realizar a construção da maioria dos gráficos, pelo fato de não ser possível medir a velocidade de volta do carro 1, simplesmente porque ele iria se colidir com o carro 2 [que se encontrava em repouso] e não seria rebatido para trás, já que transferiria grande parte de sua energia cinética para o carro 2 (mais leve nessa situação hipotética). O carro 2 [inicialmente em repouso] no primeiro instante após a colisão se movimentaria na mesma direção e mesmo sentido que o carro 1, porém com velocidade, em módulo, muito maior do que o mesmo [1] . O diagrama visto na imagem 30 busca sintetizar essa reflexão. Figura 30 - Representação do que aconteceria se a massa d carro 1 fosse maior que o carro 2. Foi realizado no laboratório um teste com essa configuração e o que se observou foi justamente o que foi explanado logo acima. 48 Deve haver conservação do momento e da energia cinética, caso isso não tenha ocorrido em seus experimentos, a que isso se deve? Resposta: Realmente, como visto nos cálculos da seção Resultados e Discussão, não houve conservação nem do momento linear nem da energia cinética de cada um dos móveis. Isso é relativamente fácil de explicar porque na Natureza não existe uma colisão exata e completamente elástica. Tudo está interagindo e sofrendo diversas influências. Ou seja, na realidade prática os corpos sofrem - mesmo que ínfima - uma deformação e perdem energia para o meio de várias formas, pela conversão da energia cinética seja em energia térmica, luminosa e até pela conversão em energia sonora. De tal maneira que as condições preditas e premissas estabelecidas - [conservação de momento e energia cinética] - pelas colisões elásticas são apenas aplicáveis a situações puramente teóricas. Parte B – Colisões Inelásticas Para onde vai a energia cinética perdida nas colisões inelásticas? Resposta: Como já dito na seção de Introdução do presente relatório, a característica principal que define e permite a identificação de uma colisão inelástica é a não conservação da energia cinética e momento linear. Um caso particular de colisão perfeitamente inelástica ocorre quando os corpos, após o choque, passam a ter velocidades iguais. Isso ocorre, por exemplo, quando dois móveis colidem e movem-se colados após o choque [como ocorreu durante a prática]. Nesse caso, verifica-se a maior redução possível no valor da energia cinética do sistema. Como o sistema não é isolado, diversas outras formas de energia podem ser dissipadas a partir da transformação de parte ou toda a energia cinética dos carrinhos 1 e 2, sendo convertida em agitação molecular (calor; resultante do choque dos móveis), efeito Joule, dissipação em energia sonora (ruído das peças em contato durante a colisão) e, além disso, em energia potencial elástica para as molas amortecedoras/propulsoras das extremidades laterais [1] . 49 O que ocorreu quando os dois carrinhos tinham massas iguais e um deles estava inicialmente parado? Qual foi o efeito de aumentar a massa do carrinho alvo? Resposta: Foi observado para esse layout [m1 = m2] que o valor da energia cinética reduziu pela metade. Já era esperado que a energia cinética não conservasse, para esse caso particular. Uma simples justificativa matemática se faz necessária para explicar essa constatação. Sabendo que para esse caso a equação 17 é válida [1] : (17) E, portanto, quando [m1 = m2] tem-se a relação de ½ para a energia cinética. Pode-se ter também que [1] : (18) Logo, tendo [m1 = m2] e , encontra-se a equação 19: (19) O que mostra que a velocidade final será menor, totalmente condizente com os cálculos e com a percepção qualitativa no laboratório. Geral O gráfico x versus t é uma reta em todos os casos. Segundo a cinemática, qual é tipo de movimento dos carrinhos sobre o trilho de ar? Sendo assim, qual foi o objetivo de se utilizar o trilho de ar? Resposta: Depois de fazer as observações dos gráficos de x por t montados com os dados coletados durante o experimento, realmente nota-se que os mesmos se assemelham muito a uma reta crescente. Utilizando os conceitos de Cinemática, pode-se dizer com certeza que o movimento dos carros sobre o trilho de ar é um Movimento Retilíneo Uniforme - MRU. Nesse tipo de gráfico pode-se abstrair que as velocidades de cada móvel (1 e 2) são positivas já que as suas inclinações são para cima e as velocidades são constantes [1] . 50 Esse tipo de movimento exige que o atrito com a superfície do trilho seja mínimo ou inexistente, e que as demais forças dissipativas sejam abolidas. Sabendo que a equação da força de atrito é regida pela equação 20 [1] : (20)Onde o coeficiente de atrito dinâmico é multiplicado pela força Normal (resultado do contato do móvel com o trilho). O que o gerador de fluxo de ar faz é justamente isso, ele retira a influencia do atrito e reduz consideravelmente o contato dos carrinhos, ou seja, a presença da Normal. Através de pequenas fissuras o ar é injetado sob alta pressão abaixo de suas bases e há a formação de um “colchão de ar”, que garante esse movimento em MRU [1] . Para haver conservação do momento linear e da energia cinética não pode haver força atuando no sistema. Se não havia força atuando no sistema, como os carrinhos estavam em movimento? É preciso haver força para haver movimento? Defina força e impulso. Discuta isso desenhando o diagrama de corpo livre (diagrama de forças de cada objeto separadamente) e se baseando na 3ª Lei de Newton e em termos de forças internas e externas. Resposta: O carro 1 começou a se movimentar em função da descompressão da mola propulsora lateral, que o empurrou. Este, quando em colisão com o carro 2 fez com que os dois respondessem sob a 3º Lei de Newton, com o par ação e reação atuando e os fazendo se movimentarem [1] . Sim, correto. É necessário haver forças no sistema e/ou que o somatório delas seja não nulo para que os carros saiam da condição de repouso. Força é definida com sendo qualquer agente ou entidade física capaz de alterar o estado de repouso ou de movimento uniforme de um corpo material. Impulso é uma grandeza física que passa a existir quando uma determinada força é aplicada sobre algo durante um intervalo de tempo qualquer não nulo. A sua descrição matemática é alto explicativa e se encontra na equação 21 [1] : = *Δ (21) 51 Incialmente toma-se a situação de Colisão Elástica para o caso onde os carros ainda não tinham sido colididos um contra o outro (figura 31). Figura 31 - Carros com a mesma massa antes de se colidir elasticamente. Caso ode o carro 2 se encontrava em repouso, e o carro 1 se movimentava em MRU com velocidade constante em função o empurrão dado pela descompressão da mola. Aqui se encontram ainda as forças peso (FP) e consequentemente a normal (N) para cada carro. Quando em colisão tem-se a figura 32, onde está ocorrendo transferência de energia cinética sem deformação dos carros. A 3º Lei de Newton faz-se presente, surgindo o par ação e reação. Figura 32 - Carros em colisão elástica, as forças de contato provocarão o distanciamento num próximo momento. Após a colisão ambos irão se distanciar em função do choque para sentidos opostos em função das forças de ação e reação e transferência de energia cinética do carro 1 para o carro 2 (figura 33). 52 Figura 33 - Carros se distanciando após a colisão e transferência de energia. Agora, para a Colisão Inelástica escolheu-se a situação onde o carro 2 está em repouso e o carro 1 vai de encontro a ele com velocidade constante pelo empurrão da descompressão da mola (figura 34). Figura 34 - Mais uma vez impulsionado pela mola o carro 1 se dirige com velocidade constante até o carro 2. Durante a colisão inelástica os carros se fixam um ao outro pela presença da massa adesiva e realizam movimento com velocidade comum, e no mesmo sentido (figura 35). Figura 35 - Após colisão inelástica e adesão os carros realizam movimento comum. 53 6 CONCLUSÃO Com esse interessante experimento de colisões de móveis com diferentes arranjos de massas e velocidades foi possível destacar e obter reflexões importantes. A primeira delas se encontra quando são feitas as colisões “elásticas”. Elas só agora aparecem entre aspas porque durante o trabalho foi sendo verificado que na prática, ou melhor, na Natureza não existem colisões perfeitamente elásticas. O que se quer dizer é que, em interações que ocorrem na realidade há deformação dos corpos envolvidos e, além disso, outras justificativas se fazem valer. Pois como o sistema não é isolado, diversas outras formas de energia podem ser dissipadas a partir da transformação de parte ou toda a energia cinética dos carrinhos 1 e 2, sendo convertida em agitação molecular (calor; resultante do choque dos móveis), efeito Joule, dissipação em energia sonora (ruído das peças em contato durante a colisão), geração de energia luminosa (se o choque for muito intenso) e, além disso, em energia potencial elástica para as molas amortecedoras/propulsoras das extremidades laterais [1] . Além do mais, resumindo-se os resultados em valores brutos para os testes das “colisões elásticas”, tem-se; Colisão 1 - (m2 = 4*m1) m2 = 4.m1, V1 = cte. e V2 = 0; O momento linear não se conservou – Diferença registrada = 0,0195 N/s; A energia cinética também não se conservou – Diferença registrada = 12,45 Joules. Uma redução de mais de 66%; Energia perdida pelo sistema ou “roubada” dele pela ação das forças dissipativas em termos de trabalho . Colisão 2 - (m2 = 2*m1) m2 = 4.m1, V1 = cte. e V2 = 0; O momento linear não se conservou – Diferença registrada = 0,0499 N/s; A energia cinética também não se conservou – Diferença registrada = 10,03 Joules. Uma redução de mais de 72%; Energia perdida pelo sistema ou “roubada” dele pela ação das forças dissipativas em termos de trabalho . 54 Colisão 3 - (m2 = m1) m2 = 4.m1, V1 = cte. e V2 = 0; O momento linear não se conservou – Diferença registrada = 0,0276 N/s; A energia cinética também não se conservou – Diferença registrada = 8,81 Joules. Uma redução de mais de 57%; Energia perdida pelo sistema ou “roubada” dele pela ação das forças dissipativas em termos de trabalho . Colisão 4 - (m2 = m1) m2 = 4.m1, V1 = cte. e V2 = cte; A energia cinética também não se conservou – Diferença registrada = 11,86 Joules. Uma redução de mais de 79%; Energia perdida pelo sistema ou “roubada” dele pela ação das forças dissipativas em termos de trabalho ; Colisão Frontal. Observando os dados acima se pode aprender que a diferença entre a massa dos móveis que se colidem interfere no tamanho da perda momento linear e energia cinética do sistema. Porém, além disso, ainda se pode dizer que o tipo de colisão também interferirá no quanto de energia cinética será dissipada. Isso fica evidente porque na primeira colisão (onde a massa do carro 2 era quatro vezes maior que a massa do carro 1) se perdeu grande quantidade de energia, cerca de 12,45 Joules. Quando se observa a quarta colisão (onde as massas eram iguais, porém eles se colidem frontalmente; um vai de encontro ao outro) se perdeu quase tanta energia quanto na 1ª colisão, cerca de 11,86 Joules. Isso mostra que o tipo de colisão também interfere (ou seja, as velocidades de colisão de cada carro no momento do choque). Isso é totalmente razoável, visto que na realidade quando dois carros colidem frontalmente a energia dissipada na forma de barulho, energia luminosa gerada a partir das peças metálicas em contato, deformação das latarias e até temperatura é sempre grandiosa em comparação a colisão quando um carro está em repouso e o outro vai de encontro a ele. Para os testes com colisões inelásticas pode-se dizer que os dados veem corroborar essa análise também, ou seja, tanto a massa, a velocidade e o tipo de colisão dos corpos envolvidos interferem no quanto de energia será dissipada em outras formas. 55 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] YOUNG, Hugh D. & FREEDMAN, Roger A. – Física I – 12ª ed. São Paulo, 2008. 403p. [2] Cidepe – Catálogo de produtos. – Disponível em: <http://www.cidepe.com.br/index.php/br/produtos>. [Acessado em 15 de maio de 2017]. [3] BRYSON, Bill; – Breve história de quase tudo. – São Paulo: Companhia das Letras, 2005. ISBN 978-85-359-0724-7, 541 p. [4] KOTZ, J.C. e TREICHEL Jr., P. – Química e reações químicas. – 4ª ed. Trad. J.A.P. Bonapace e O.E. Barcia. Rio
Compartilhar