Buscar

Obstipação e diarreia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
 
ARAMI MARTÍNEZ VILLAR 
MARIA CAROLINA PEREIRA DA SILVA 
MARILYN CRISTINA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
OBSTIPAÇÃO E DIARREIA 
Trabalho integrado apresentado nas disciplinas de 
Dietoterapia I e Patologia da Nutrição I do curso de 
graduação em Nutrição da Universidade Federal do 
Paraná para obtenção parcial de nota. 
Orientação: Prof.ªs Dr.ªs Márcia Dias, Maria Eliana M. 
Schieferdecker e Cíbele P. Kopruszynsky 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
OBSTIPAÇÃO 
Constipação ou obstipação é uma disfunção que possui como característica 
dificuldade constante de evacuar ou sensação de incompleta evacuação e/ou 
peristaltismo intestinal pouco frequente, quando não há outras causas envolvidas 
(OMGE, 2010); além de diminuição da frequência das evacuações e fezes secas e 
duras devida a uma exacerbada absorção de água a partir das fezes decorrente da 
passagem lenta do bolo fecal pelo cólon (FBG, 2016). 
Dentre os fatores que podem levar ao quadro de obstipação estão: dieta 
pobre em fibras, baixa ingestão hídrica, falta de atividade física, uso de 
medicamentos, viagens, idade, período gestacional, uso indiscriminado de laxantes, 
não respeito ao reflexo gastrocólico, AVC, distúrbios do cólon e do reto (FBG, 2016). 
Além disso, mudança no hábito alimentar, estilo de vida, depressão e 
envelhecimento predispõem à obstipação (OMGE, 2010). 
O indivíduo obstipado pode apresentar como desconforto e distensão 
abdominal, esforço ao evacuar e sensação de bloqueio ao evacuar (BHARUCHA et 
al., 2013). 
A constipação pode ser ocasionada por um problema secundário, como, por 
exemplo, patologias do cólon (estenose, câncer, fissura anal, proctite) distúrbios 
metabólicos (hipotireoidismo, diabetes Mellitus, hipercalcemia) e distúrbios 
neurológicos (Doença de Parkinson, lesão da medula espinhal) (BHARUCHA et al., 
2013). 
A dietoterapia recomendada para indivíduos constipados incluem ingestão 
de quantidades adequadas de fibras alimentares solúveis e insolúveis e de água. 
Além disso, também é recomendado realizar exercícios físicos e atender à vontade 
de defecar (MAHAN; ESCOTT – STUMP; RAYMOND, 2012). 
Essa recomendação, porém, não deve ser aplicada a pacientes com 
doenças neuromusculares, síndromes de dismotilidade, uso crônico de opióides, 
distúrbios do assoalho pélvico ou outras doenças graves do GI (SCHILLER, 2008), 
sendo recomendadas em algumas condições um regime especifico de medicação 
laxante como parte importante e necessária do tratamento – ex.: doenças 
neuromusculares – (MAHAN; ESCOTT – STUMP; RAYMOND, 2012). 
 
MEDICAMENTOS E SITUAÇÕES NAS QUAIS AS FIBRAS NÃO SÃO 
RECOMENDADAS 
 Antes de introduzir qualquer tratamento, é necessário fazer um histórico da 
situação do paciente, incluindo a avaliação de fatores de risco, à frequência do 
movimento intestinal e aos sintomas da constipação, para não oferecer ao indivíduo 
uma dose terapêutica excessiva à pacientes que apresentam apenas queixas sobre 
seus hábitos intestinais, que podem ser revertidos com a mudança na dieta e de 
hábitos de vida (GOMES, 2009). 
Em casos em que o paciente, principalmente idosos, refere inchaço doloroso 
do reto, megacólon chagásico e não chagásico, que resulta pela ausência ou à 
diminuição de movimentos peristálticos devido à dilatação do órgão, fecalomas 
(obstrução mecânica), síndrome do intestino irritável, que é uma situação na qual as 
fibras são menos toleradas, principalmente prebióticos, entre outras, a intervenção 
com laxantes é a mais adequada, no entanto, se possível, é indicado que as 
medidas não-farmacológicas, tais como revisão na medicação, otimização da 
ingestão de fluídos, aumento da atividade física e do consumo de fibras, também 
sejam introduzidas, juntamente com o uso de laxantes. Caso essas medidas são 
sejam suficientes, considerar o uso de enemas, laxantes orais e supositórios 
(MARTEAU, BOUTRON-RUAULT, 2002; NEVES et al, 2004; GOMES, 2009;). 
 
DIARREIA 
A Federação Brasileira de Gastroenterologia traz a definição da diarreia 
como o aumento do volume de fezes liquidas ou pastosas a qual o organismo não 
consegue reter, considerando-se crônica quando persistir por mais de 3 semanas, 
sendo considerada diarreia crônica quando a mesma durar mais do que 4 semanas. 
Tem-se, então, uma perda excessiva de líquidos e eletrólitos, especialmente de 
sódio e potássio (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). 
 A mesma pode estar associada a diversos fatores: doença inflamatória; 
infeções por agentes fúngicos, bacterianos ou virais; medicamentos; consumo 
excessivo de açúcares e outras substâncias osmóticas ou superfície da mucosa de 
absorção insuficiente ou danificada (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). 
Assim, ainda segundo Mahan, Escott-Stump e Raymond (2012) existem 
diferentes tipos de diarreias, as quais são citadas a seguir: 
 Diarreias exsudativas: associadas a danos da mucosa, os quais provoca um 
extravazamento de muco, liquido sangue e proteínas plasmáticas, com 
acúmulo de líquido de água e eletrólitos no intestino. Doença de Crohn, colite 
ulcerativa e enterite por radiação muitas vezes apresentam este tipo de 
diarreia. 
 Diarreias osmóticas: ocorrem quando solutos osmoticamente ativos estão 
presentes no trato intestinal e são pouco absorvidos. Ex: diarreia na síndrome 
de dumping ou após um indivíduo que é intolerante à lactose, consumir 
lactose. 
 Diarreias secretórias: ocorrem como consequência da secreção intestinal 
ativa de eletrólitos e água pelo epitélio intestinal, podendo ser provocado por 
exotoxinas bacterianas, vírus e aumento da secreção intestinal de hormônios. 
 Diarreias disabsortivas: em decorrência de prejuízos no processo de digestão 
ou absorção de nutrientes, causados por uma doença, até o ponto em que a 
gordura e outros nutrientes aparecem nas fezes em quantidades aumentadas. 
Assim, a ação osmótica destes nutrientes e a ação das bactérias sobre os 
nutrientes que passam para o cólon provocam a diarreia. A mesma ocorre 
quando não há uma quantidade suficiente de área absortiva saudável, 
quando tem produção inadequada ou fluxo interrompido de bile e enzimas 
pancreáticas, quando há trânsito rápido ou após uma ressecção intestinal 
extensa. 
 As induzidas por fármacos, como por exemplo a lactulose e poliestireno 
sulfonato de sódio com sorbitol que têm como parte de seu mecanismo de 
ação o aumento das evacuações. Além destes, os antibióticos de amplo 
espectro podem levar a diarreia pois uma vez que estes diminuem os 
resíduos de microrganismos das células intestinais mortas e de alimentos não 
digeridos, as moléculas osmoticamente ativas não são convertidas em ácidos 
graxos de cadeia curta (AGCC), os quais facilitam a absorção de agua e 
eletrólitos no cólon, provocando assim um aumento das moléculas 
osmoticamente ativas e à diminuição na absorção de eletrólitos e água, 
causando assim a diarreia. Além disso, outros antibióticos favorecem a 
proliferação de oportunista de patógenos, os quais normalmente são 
suprimidos pelos organismos competitivos no TGI, podendo causar colite e 
aumento da secreção de fluidos e eletrólitos. 
Perez e colaboradores (2015), citam algumas complicações da diarreia 
como a desidratação, causada pela perda hídrica, especialmente em diarreias 
agudas; alterações no equilíbrio hidroeletrolítico secundário à perda de água e íons 
nas fezes; intolerância secundária à lactose; desnutrição, especialmente na diarreia 
crônica, produzida por quadros de má absorção grave; complicações infecciosas e 
mortalidade em grupos de risco, como por exemplo os imunodeprimidos, 
desnutridos, crianças e idosos, sendo a principal causa de mortalidade a 
desidratação grave e sepse em diarreias infecciosas. 
 
PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS 
A flora intestinal dos humanos é formada por mais de 100 trilhões de 
bactérias, as quais são de extrema importância para a manutenção da saúde, uma 
vezque atuam como uma barreira protetora contra microrganismos patogênicos, 
auxiliam no processo digestório e, além disso, conferem resposta imunológica e, 
assim, aumentam a resistência do hospedeiro a infecções. A nutrição, por sua vez, 
desempenha importante função nesse processo, uma vez que a ingestão de 
alimentos contendo probióticos e prebióticos ou a combinação de ambos 
(simbióticos), é capaz de modificar a flora intestinal (REIG; ANESTO, 2002). 
Os probióticos são caracterizados como micro-organismos vivos que, 
quando administrados em doses adequadas, conferem benefícios à saúde do 
hospedeiro. Dentre os efeitos benéficos pode-se destacar: alívio dos sintomas 
causados pela intolerância à lactose, tratamento de diarreias, diminuição do 
colesterol sérico, aumento da resposta imune e efeitos anticarcinogênicos 
(SAAVEDRA, 2001). 
Os probióticos proporcionam um aumento de bactérias anaeróbias 
intestinais que trazem benefícios ao organismo e diminuem os patogênicos. Isso 
ocorre por conta da sua competição com os patógenos pelos nutrientes e pela 
aderência ao intestino; por conta da produção de bacteriocinas, inibindo o 
crescimento dos patógenos; por tornarem a barreira intestinal mais eficiente; pela 
alteração das toxinas patogênicas, e pela alteração do pH do intestino, criando um 
ambiente desfavorável à proliferação de microrganismos patogênicos (OMGE, 
2011). A diminuição do pH decorre da produção de ácidos graxos de cadeia curta 
(AGCC) a partir da fermentação de carboidratos não digeríveis (REIG; ANESTO, 
2002). 
Os probióticos podem ser adicionados em diversos produtos: alimentos, 
medicamentos e suplementos dietéticos. Os mais utilizados são as cepas de 
Lactobacillus e de Bifidobactérias, sendo que também há utilização de outros, como 
Saccharomyces cerevisiae, e algumas espécies de E. coli e Bacillus (OMGE, 2011). 
Os prebióticos, de acordo com Rayes et al (2007), por sua vez, são 
designados como ingredientes nutricionais não digeríveis que afetam beneficamente 
o hospedeiro estimulando seletivamente o crescimento e atividade de uma ou mais 
bactérias benéficas do cólon, melhorando a saúde do seu hospedeiro. A principal 
ação deles é estimular o crescimento e/ou ativar o metabolismo de algum grupo de 
bactérias benéficas do trato intestinal. Desta maneira, os prebióticos agem 
intimamente relacionados aos probióticos como o “alimento” dessas bactérias (PARK 
et al, 2007; DENIPOTE et al, 2010). Alguns açúcares absorvíveis ou não, fibras, 
álcoois de açúcares e oligossacarídeos estão dentro deste conceito de prebióticos. 
(PARK et al, 2007; USAMI et al, 2011). 
Os prebióticos podem ser obtidos na forma natural em sementes e raízes de 
alguns vegetais como a chicória, cebola, alho, alcachofra, aspargo, cevada, centeio, 
grãos de soja, grão-de-bico e tremoço. Também, podem ser extraídos por cozimento 
ou através de ação enzimática ou alcoólica. Há, também, os oligossacarídeos 
sintéticos obtidos através da polimerização direta de alguns dissacarídeos da parede 
celular de leveduras ou fermentação de polissacarídeos. Os oligossacarídeos 
sintéticos têm apresentado melhores resultados como prebióticos e menos efeitos 
colaterais (HORVAL et al, 2010; USAMI et al, 2011; TANAKA et al, 2012). 
Estudos sugerem que, para causar esses benefícios, tanto os prebióticos 
quanto os probióticos, devem ser ingeridos em forma conjunta, uma vez que, os 
prebióticos são complementares e sinérgicos aos probióticos, apresentando assim 
fator multiplicador sobre suas ações isoladas (BENGMARK & URBINA, 2005), 
possibilitando e maximizando, dessa forma, mecanismos de ação desses 
microrganismos benéficos. Sendo os principais: o estímulo da resposta imune do 
hospedeiro (por aumentar a atividade fagocitária, a síntese de IgA e a ativação de 
linfócitos T e B); a ligação e a degradação de compostos com potencial 
carcinogênico; as alterações qualitativas e/ou quantitativas na microbiota intestinal 
envolvidas na produção de carcinógenos; a produção de compostos 
antimutagênicos no cólon (como o butirato); alteração da atividade metabólica da 
microbiota intestinal; alteração das condições físico-químicas do cólon com 
diminuição do pH e efeitos sobre a fisiologia do hospedeiro. 
Tal fato demonstra que o uso desses microrganismos para o combate de 
doenças intestinais, como diarreia e outras doenças, é, na maioria das vezes, muito 
eficaz (SAAVEDRA, 2001; RAFTER, 2003; GAUDIER et al, 2005; DELCENSERIE et 
al, 2008; NARAYAN et al, 2010). 
 
PROBIÓTICOS, PREBIÓTICOS E DIARRÉIA 
Uma vez que as diarreias ocorrem no organismo por diferentes causas, 
incluindo infecções por bactérias, vírus ou protozoários, radiação, terapia com 
antibióticos e alimentação pela via enteral, o uso de probióticos se faz importante 
para a prevenção e tratamento dessa complicação (MARCOS & DUPONT, 2007). 
As principais espécies utilizadas na clínica são os lactobacilos (Lactobacillus 
casei, L. rhamnosus e L. acidophilus) e as bífidobactérias (Bifidobacterium lactis, B. 
animalia, B longum e B bifidum). Os lactobacilos inibem a proliferação de 
microrganismos não benéficos, bem como impedindo a adesão das bactérias 
patogênicas à mucosa intestinal, pela competição com locais de ligação e nutrientes 
e produzem ácidos orgânicos, que reduzem o pH intestinal, retardando o 
crescimento de bactérias patogênicas como a Salmonella spp. As bifidobactérias 
são anaeróbicas ou anaeróbicas estritas, normalmente predominantes no intestino 
grosso, e têm papel benéfico nos quadros de diarreia, pois essas bactérias 
produzem ácido acético e lático, os quais diminuem o pH intestinal e inibem 
competitivamente a colonização de enteropatógenos, como além de neutralizar os 
distúrbios intestinais após a terapia com antibióticos (SAAD, 2006; SLOVER & 
DANZIGER, 2008; OMGE, 2011). 
Os prebióticos, em sua maioria, não são absorvidos no intestino, pois 
possuem resistência às enzimas digestivas, são fermentados pela microbiota do 
cólon, têm efeito bifidogênico, isto é, participação na produção de vitaminas do 
complexo B e influência na resposta imune, diminuição do pH, o que exerce efeito 
bactericida, entre outros. Devido às últimas características citadas, os prebióticos 
podem inibir algumas cepas de bactérias potencialmente patogênicas, em particular 
as Clostridium spp, e dessa forma, prevenir a diarreia (BLAUT, 2002; DE VRESE & 
MARTEAU, 2007). 
 
PREBIOTICOS, PROBIOTICOS E OBSTIPAÇÃO 
Segundo Tsutsumi, Viana e Viana (2011), poucos são os estudos que 
avaliam o efeito dos prebióticos, probióticos e simbióticos na melhora da obstipação, 
porém ressaltam que os estudos que foram feitos até o momento da pesquisa 
tiveram resultados positivos, o que evidenciou a eficácia desses compostos na 
modulação do ecossistema microbiano intestinal. Assim mesmo, Vanderplas, 
Benniga (2009) e Chmieleswska, Szajewska (2010) enfatizam que, até o momento 
não há evidencias suficientes que comprovem a eficácia dos probióticos na 
constipação intestinal, principalmente nas crianças. 
O mecanismo de ação dos probióticos na constipação intestinal se baseia no 
reconhecimento da lentificação do trânsito gastrointestinal em meio livre de 
microrganismos (MEANCE et al., 2001; FIORAMONTI; THEODOROU; BUENO, 
2003). Assim, a administração de probióticos em pacientes constipados, com de 
disbiose intestinal, parece contribuir para a normalização das funções intestinais 
(BEKKALI et al., 2007). Além disso, algumas cadeias de probióticos, como as 
bifidobacterias e lactobacilos, produzem ácido láctico, ácido butírico e acético 
diminuindo, consequentemente, o pH do cólon, efeito que parece melhorar o 
peristaltismo no cólon, acelerando então o trânsito colônico, além de contribuir para 
a hidratação do bolo fecal por afetar a reabsorção de água e eletrólitos (MEANCE et 
al., 2001; BEKKALI et al., 2007; CHMIELEWSKA; SZAJEWSKA, 2010). 
 
PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTODE FIBRAS, PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS. 
As recomendações atuais de fibra alimentar na dieta variam de acordo com 
a idade, o sexo e o consumo energético, sendo a recomendação adequada em torno 
de 14 g de fibra para cada 1000 kcal ingeridas (IOM, 2005). 
A prescrição de fibra pode ser feita pela alimentação mediante uma dieta 
contendo alimentos ricos nesse macronutrientes, sendo eles de origem vegetal, 
como cereais, leguminosas, hortaliças, alguns fungos, leveduras e tubérculos, ou 
através de suplementos alimentares e medicamentos (ANDERSON et al, 2009; 
BERNAUD & RODRIGUES, 2013; CICERO, 2015). 
Os suplementos de fibras são uma boa opção, as quais auxiliam no bom 
funcionamento do intestino. No entanto, é preciso levar em consideração que, o 
consumo desses produtos deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis. 
Lembrando que, a dose a ser administrada e a forma de ingestão do 
produto, varia entre os pacientes por terem diferentes necessidades fisiológicas. 
Dentre os produtos, podemos citar: 
 FiberMais – Nestlé - é um mix de fibra alimentar solúvel (Goma guar 
parcialmente hidrolisada e Inulina). 
 FiberMais Flora – Nestlé - traz os benefícios funcionais dos probióticos 
(Lactobacillus reuteri) em uma combinação exclusiva com fibras solúveis. 
 Goma Fiber - Equaliv - é uma combinação de fibras solúveis que ajuda a 
regular o trânsito intestinal e o bom funcionamento do intestino. 
 Fiber Mix – New Nutrition – Mix composto por fibras insolúveis e solúveis 
nas mesmas proporções encontradas em alimentos adequados (75% 
insolúveis e 25% solúveis). 
 Stimulance – Danone - é um módulo de fibras alimentares, indicado para 
nutrir enteral ou oralmente. É composto por um mix multi fiber com 6 
diferentes tipos de fibras (FOS, inulina, goma arábica, polis de soja, amido e 
celulose) 
 Florax - SM – Hebron - é um probiótico, em flaconetes, com ação anti-
infecciosa, constituído pela cultura de Saccharomyces cerevisiae, levedo não 
patogênico que apresenta atividade bactericida/bacteriostática. 
 20bi - Eurofarma – cápsulas, composto de probióticos que contribui para o 
equilíbrio da flora intestinal (Lactobacillus acidophilus e bifidobacterium lactis). 
 Enterogermina- Sanofi – flaconetes - é uma suspensão probiótica aquosa 
constituída por esporos de bacilos (Bacillus clausii), um microrganismo 
habitante do intestino sem poder patogênico, que contribui para o equilíbrio 
da flora intestinal. 
 Prolive – Aché – probióticos em cápsulas com cepas de Lactobacillus 
acidophilus, que contribui para o equilíbrio da flora intestinal. 
 Bidrilac – Daudt – em sachês, é um suplemento a base dos probióticos 
Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis, combinação exclusiva de 
micro-organismos que produzem efeitos benéficos tais como reconstituição e 
equilíbrio da flora intestinal. 
 Probiotil – FQM – comprimidos, é composto por Lactobacilos acidophillus, 
Bifidobacterium lactis uma exclusiva formulação que contribui para o equilíbrio 
da flora intestinal. 
A prescrição de probióticos segundo o Regulamento Técnico (2005) da 
ANVISA, a porção probiótica de um simbiótico deve ter quantidade mínima viável na 
faixa de 108 a 109 UFC na recomendação diária do produto pronto para consumo. A 
concentração de células viáveis deve ser ajustada na preparação inicial, levando-se 
em conta a capacidade de sobrevivência de maneira a atingir o mínimo de 107 UFC 
do conteúdo intestinal. Na tabela 1, pode-se observar a dose recomendada (UFC) 
dos probióticos mais utilizados (FLESCH et al, 2014). 
TABELA 1 - doses recomendadas baseadas em evidências dos probióticos 
Cepa Dose 
Lactobacillus casei 1010 UFC - 2xdia 
Lactobacillus acidophilus 109 - 1010 UFC – 1 a 3x/dia 
Lactobacillus rhamnosus 1010 -1011 UFC - 2 x/dia 
Bifidobacterium lactis 1010 UFC - 2xdia 
Fonte: Adaptado de “Indicações baseadas na evidência de probióticos e prebióticos em 
gastroenterologia”. 
Quanto à porção prebiótica, segundo Roberfroid (2000 apud FLESCH et al, 
2014), demonstrou-se que 10 g/dia de FOS constitui dose ideal e bem tolerada, mas 
que 4 g/dia de FOS ou inulina é o mínimo necessário para promover crescimento de 
bifidobactérias e, além disso, que o uso de 14 g/dia ou mais de inulina pode causar 
desconforto intestinal. 
 
 
 
 
 
 
SOLUÇÕES V.O E SOLUÇÕES – TNE 
 
OBSTIPAÇÃO 
O aumento no consumo de fibra alimentar é comumente utilizado na 
prevenção e no tratamento da constipação, pois aumentam a quantidade de liquido 
das fezes no cólon, a massa microbiana, o peso e a frequência das fezes e a taxa 
de trânsito pelo cólon (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). O farelo de 
trigo, os cereais integrais e suplementos de fibras são amplamente utilizados pelos 
consumidores, o que evidencia o conhecimento comum dos efeitos benéficos das 
fibras. Desse modo, as terapias de primeira linha para a constipação geralmente 
incluem um aumento da ingestão de fibra e líquidos (SCHAEFER & CHESKIN, 1998 
apud BERNAUD & RODRIGUES, 2013; ANDERSON et al, 2009). 
Para tal situação, segundo Cukier et al (2005), a preferência por fibras 
insolúveis é mais interessante, uma vez que a mesma é a parte da fibra que é pouco 
fermentável e capta pouca água, formando misturas de pouca viscosidade. É a parte 
da fibra responsável por aumentar o volume das fezes, o que irá provocar uma 
eliminação pelo organismo, diminuindo o risco de doenças intestinais. Por aumentar 
a massa e maciez fecal, apresenta um efeito mecânico no trato gastrointestinal, 
reduzindo consideravelmente a constipação. 
A fibra alimentar insolúvel é constituída pela celulose, hemiceluloses e, 
principalmente, lignina. Esta é a mais hidrofóbica e, à medida que a planta 
amadurece, vai se tornando mais rica em lignina e perdendo seu conteúdo em água 
(OLIVEIRA & MARCHINI, 2008). 
A ausência de fibra na alimentação é apontada como uma das principais 
causas da constipação intestinal. A fibra alimentar, por ajudar a estimular 
movimentos peristálticos, tem se tornado uma aliada na prevenção da constipação. 
Além da ausência de fibra alimentar no organismo, outras razões para a constipação 
podem ser: falta de exercício físico, uso progressivo de laxantes, pouca ingestão 
hídrica, além de doenças sistêmicas e gastrintestinais (MAHAN; ESCOTT-STUMP; 
RAYMOND, 2012). 
No que respeita ao consumo de fibras, Mahan; Escott-Stump e Raymond 
(2012), enfatizam que uma dieta com quantidades acima de 50 gr/dia não é 
necessária, pois poderia aumentar a distensão abdominal, resultando em flatulência 
excessiva. 
Recomenda-se que pacientes constipados tenham uma alta ingestão hídrica, 
de maneira a beber cerca de 8 copos de água diariamente caso seja viável. A 
ingestão hídrica adequada auxilia na manutenção da consistência apropriada das 
fezes. Além disso é indicado que, em caso de constipação, o indivíduo evite 
alimentos obstipantes, como maça, banana, goiaba, caju, limão, batata, aipim, 
inhame, cará, creme de arroz, chá preto, mate e refrigerante (INCA, 2010). 
Segundo Mahan, Escott-Stump e Raymond (2012), em pacientes estáveis 
que recebem nutrição enteral, a obstipação pode se tornar um problema, sendo as 
formulas que contêm fibras úteis para o tratamento deste sintoma, sendo de grande 
importância o fornecimento de uma quantidade adequada de água para o paciente. 
As fibras insolúveis, ricas em celulose e lignina, aumentam o bolo fecal 
auxiliando na prevenção da obstipação melhorando a função gastrointestinal. A 
adição de fibras – solúveis e insolúveis – como nutriente trófico à mucosa intestinal 
pode prevenir a translocação bacteriana e auxiliar na manutenção do TGI 
(MATSUBA; MAGNONI, 2009). Assim, segundo Valenzuela e Maiz (2006), a 
suplementação de fórmulas com fibras é considerada benéfica para pacientes que 
recebem alimentação enteral por um longo período de tempo, pois estas melhoram a 
função intestinale reduzem o uso de laxantes. A inclusão de fibras insolúveis na 
dieta pode ser realizada também por meio de alimentos ricos em fibra, no caso da 
dieta enteral artesanal, tendo em conta a diluição das preparações a serem servidas 
para a correta passagem da dieta pela sonda e visando também a hidratação do 
paciente para o funcionamento das fibras. 
A constipação encontra-se entre as complicações do trato gastrointestinal na 
terapia nutricional apresentadas por Matsuba e Magnoni (2009) e, os autores 
apresentam as diversas causas e condutas a serem tomadas de acordo com a 
causa desse sintoma, descritas na seguinte tabela: 
Complicação Possíveis causas Conduta 
 
 
Desidratação e 
empachamento 
 Estabelecer 
protocolo de 
hidratação diária; 
 Reduzir desconforto 
 
 
 
 
 
 
*No caso de ocorrer obstrução intestinal, o recomendado é começar a 
administração de nutrição parenteral (MATSUBA; MAGNONI, 2009). 
 
DIARREIA 
A fibra solúvel atua intensamente no retardamento do esvaziamento gástrico 
e no trânsito do intestino delgado, aumenta o volume e a maciez das fezes (pelo seu 
efeito de geleificação), reduz a diarreia, diminui o pH do cólon, aumenta a tolerância 
à glicose por diminuir e retardar o contato do bolo fecal com a superfície da mucosa 
e diminui os níveis elevados de colesterol total e de LDL - colesterol, pelo seu efeito 
“esponja”, capturando assim os lipídeos e eliminando juntamente com as fezes 
(CUKIER et al, 2005). Raramente, segundo Blinder (2010), as dietas são prescritas 
com quantidade mínima de fibras e pobre em resíduos, pois normalmente os 
pacientes são incentivados a ingerir uma dieta regular, levando em consideração 
sua tolerância, contendo quantidades moderadas de fibras solúveis. 
As fibras solúveis são encontradas mais frequentemente no interior da fruta 
ou do grão, como as gomas, mucilagens e pectinas, ao contrário da fibra insolúvel 
que está presente principalmente na casca e entrecasca dos alimentos (CUKIER, et 
al, 2005; BERNAUD & RODRIGUES, 2013). 
Em caso de diarreia, aconselha-se que o indivíduo bebe grande quantidade 
de líquido durante o dia, uma vez que, nessa condição, o organismo pode deixar de 
absorver água suficientemente para suprir as perdas. É recomendado, também, a 
ingestão de alimentos que auxiliam no controle e prevenção da diarreia, são eles: 
banana, maça e goiaba, ambas sem casca, sementes, água de côco, caju, batata, 
Constipação abdominal. 
Obstrução do trato 
gastrointestinal* 
 Interromper a 
administração da 
dieta até resolver a 
obstrução. 
Diminuição de fibras  Considerar fórmula 
rica em fibras; 
 Considerar uso de 
agentes facilitadores 
como psyllium, 
porém cuidado com 
sondas de calibre 
menor (<10Fr) pelo 
risco de obstrução. 
chuchu, cenoura cozida, aipim, inhame, cará e creme ou água de arroz, torradas, 
farinhas, biscoito água e sal, carnes grelhadas, entre outros (INCA, 2010). 
É importante que pacientes com diarreia evitem frituras e alimentos com alto 
teor de gordura, folhosos, laranja, mamão, ameixa, condimentos muito fortes, leite e 
derivados, além de alimentos muito açucarados como goiabada E, por último, e não 
menos importante, é recomendado que o indivíduo mantenha uma higiene adequada 
das mãos, lavando-as principalmente antes de se alimentar, uma maneira de evitar 
infecções intestinais (INCA, 2010). 
A via enteral por sonda é recomendada caso a via oral não seja possível de 
ser utilizada, tendo preferência por sobre a via parenteral, sempre e quando o 
paciente apesente o trato gastrointestinal íntegro, funcionante e sem 
contraindicações para essa terapia – aplicando-se também no caso da constipação - 
(MATSUBA; MAGNONI, 2009). Porém, existe contraindicações para pacientes com, 
por exemplo, alterações funcionais graves do TGI e acompanhado de 
comprometimento da capacidade absortiva –diarreia grave intratável, vomito 
incoercível, síndrome do intestino curto, pancreatite aguda grave, entre outros –, 
sendo as causas de contraindicação geralmente temporárias e potencialmente 
reversíveis (MATSUBA; MAGNONI, 2009). Porém, caso a nutrição enteral não seja 
possível, pela indisponibilidade na utilização do TGI do paciente durante 7 a 10 dias, 
pela apresentação de perda de peso superior a 10% do usual e quando são 
impossibilitados de tolerar a nutrição enteral – ex.: diarreia crônica incontrolável –, a 
nutrição parenteral é a opção recomendada (CORTES et al, 2003). 
Matsuba e Magnoni (2009), sinalizam as fórmulas enterais oligoméricas 
como sendo as indicadas para pacientes com redução de na capacidade digestiva e 
absortiva, podendo ser considerado para o tratamento da diarreia no paciente 
alimentado por sonda (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). Assim 
também, o grupo de apoio Nutricional do HC/Unicamp, recomenda a fórmula 
oligomérica em pacientes com um maior risco de intolerância (distensão, diarreia – 
ocorrência de 4 ou mais evacuações liquidas ou semilíquidas, em moderada a 
grande quantidade, no período de 24 horas –) enfatizando, porém, que a 
administração desta fórmula não deve ultrapassar de 5 a 7 dias, por não ser 
fisiológica. As mesmas têm uma osmolaridade menor e são mais facilmente 
absorvidas quando comparadas às dietas monoméricas (MATSUBA; MAGNONI, 
2009). A adição de fructo-oligossacarídeos (FOS), pectina e outras fibras, agentes 
formadores de volume e medicamentos antidiarreicos também pode ajudar (MAHAN; 
ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). 
A diarreia encontra-se entre as complicações na terapia nutricional 
apresentadas por Matsuba e Magnoni (2009) e, os autores apresentam as diversas 
condutas a serem tomadas de acordo com a causa desse sintoma, descritas na 
seguinte tabela: 
Complicação Possível causa Conduta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diarreia (3 ou mais episódios 
de evacuação liquida por dia 
ou uma vez em grande 
quantidade) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medicações  Avaliar o uso de 
antibióticos, e 
antiácidos que 
contenham 
magnésio, modificar 
se possível; 
 Rever prescrições de 
formulações líquidas 
contendo sorbitol; 
 Estabelecer uma 
rotina de diluição de 
medicamentos 
hipertônicos. 
Intolerância à gordura  Alterar para uma 
fórmula dietética 
pobre em gordura. 
Crescimento bacteriano  Realizar cultura 
microbiana da dieta 
que está sendo 
administrada; 
 Uso de antibióticos 
quando apropriado, 
seguido ou não de 
probióticos para 
regularização da 
flora (Lactobacillus); 
 Trocar o sistema a 
cada 24 horas; 
 Utilizar sistemas 
fechados de infusão. 
Contaminação da formula ou 
administração fora da 
validade 
 Verificar evidência 
de deterioração da 
fórmula, desligar o 
frasco da dieta; 
 Instalar novo frasco 
utilizando dieta 
asséptica; 
 Trocar o frasco de 
dieta, no máximo, a 
cada 24 horas, no 
sistema fechado. 
Tipo de fórmula: dieta  Modificar para uma 
formula menos 
 hiperosmolar (>600mOsm/l) concentrada ou 
isotônica. 
Intolerância a nutrientes 
específicos como lactose ou 
sacarose 
 Modificar para uma 
dieta livre de lactose 
e sacarose. 
 
A diarreia por sobrecarga osmolar é consequência da administração de uma 
solução hiperosmolar na luz intestinal, pois a presença dessa solução hipertônica 
puxa a água para o interior do tubo digestivo, com finalidade de diminuir a 
hipertonicidade. Dietas hiperosmolares devem ser infundidas preferencialmente no 
estômago e, no caso de serem administradas após o piloro a velocidade de 
administração deve ser muito pequena (UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E 
NUTRIÇÃO, 2012), pois o estômago tem uma maior tolerância a dietas com 
osmolaridade mais elevada, enquanto que o intestino responde melhor com 
formulações isosmolares (MATSUBA; MAGNONI, 2009). 
Entre outras causas de diarreia encontra-se a infusão em baixa temperatura, 
administração em bolo, pacientes com desnutrição grave, ou presença de desordens 
digestivas no paciente (AZEVEDO, 1996) 
No caso de dietas enteraisartesanais, estas têm, entre outras, a vantagem 
de o custo ser menor, apresentando, no estudo de Atzigen (2007), um custo médio 
de 19 vezes menor, quando comparado às industrializadas. Além disso, segundo, 
Mitne (2000) as preparações artesanais geralmente contêm bons teores de fibras, 
oriundas em sua maioria de legumes, leguminosas e frutas. 
Devido a que a lactose, a sacarose e a frutose em grande volume aumentam 
a osmolaridade da dieta, é recomendado a restrição destes carboidratos na dieta 
(BUENO, 2004; MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). A presença de fibras 
nas dietas enterais artesanais, principalmente de fibras solúveis, com alimentos 
como maisena (em quantidade certa para não deixar a preparação muito espessa), 
pêra e maçã sem casca, entre outros, é importante para a melhora da função 
gastrointestinal, tendo sempre em conta a diluição da preparação para a correta 
passagem da dieta pela sonda. 
 
 
ALIMENTOS OBSTIPANTES 
Banana prata; batata; caju; cará; cenoura cozida; chá; broto da goiaba; chá 
preto; creme de arroz; farinha de araruta; farinha de mandioca; farinha de trigo; 
goiaba; limão; maçã sem casca; maisena; mandioca; mucilagem de arroz; pão 
branco; pêra sem casca; tapioca; torradas (VILLELA, 2008). 
ALIMENTOS LAXANTES 
Abacate; abóbora; aipim; ameixa; arroz integral; caqui; cajá; ervilha; feijão; 
gérmen de trigo; granola; kiwi; iogurte com ameixa laranja c/ o bagaço mamão 
maxixe. Milho; pão integral; quiabo; tangerina com bagaço; todos os folhosos; umbu; 
uva; vagem (VILLELA, 2008). 
 
PLANOS ALIMENTARES 
Necessidades energéticas: 
TABELA 2 - Distribuição de macronutrientes baseado em uma dieta de 2.000 
kcal, segundo IOM (2005). 
Macronutriente % g 
CHO 45 – 65 225- 325 
PROTEÍNA 10 – 35 50- 175 
LIPÍDEO 20 – 35 44,4 – 77,7 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIARREIA 
 Alimento/bebida Medida caseira g/ml 
 
Desjejum 
08:00 
Banana prata 1 unidade 75 g 
Leite fermentado 1 unidade 80g 
Pão francês 1 unidade 50g 
Queijo de minas frescal 1 fatia 30g 
 
Lanche da 
manhã 
10:30 
Maça sem casca 1 unidade pequena 100g 
Biscoito água e sal 5 unidades 25g 
 
Almoço 
13:30 
Arroz branco 4 colheres de sopa 100 g 
Jardineira de legumes 1 colher de servir 50g 
Filé de frango grelhado 1 bife 100g 
Suco de goiaba ¾ copo americano 150 ml 
 
Lanche da tarde 
16:30 
Água de côco 1 caixinha 200 g 
 Torrada com orégano* 3 unidades 37,54g 
 
 
Jantar 
19:30 
Mandioca cozida 2 colheres de sopa 60g 
Arroz branco 4 colheres de sopa 100g 
Posta de peixe assada ½ posta 100g 
Suco de goiaba ¾ copo americano 150 ml 
 
Ceia 
21:00 
Pêra sem casca 1 unidade 130g 
 
Valor energético 1523,3 kcal % 
Carboidratos 248,8g 65% 
Proteínas 82,57g 22% 
Lipídios 21,98g 13% 
Cálcio 398,07mg 
Ferro 4,29mg 
Sódio 1753,85mg 
Vitamina A 309,03mcg 
Vitamina C 262,1mg 
Fibras 20,47g 
 
* Ficha técnica destas preparações em anexo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTIPAÇÃO 
 Alimento/bebida Medida caseira g/ml 
 
Desjejum 
08:00 
Ameixa seca 3 unidades 15g 
Pão integral* 1 fatia 25g 
Manteiga 1 ponta de faca 5g 
Café com leite 1 xícara de chá 
200 
ml 
Açúcar refinado 1 colher de chá 5g 
 
Lanche da 
manhã10:30 
Creme de mamão com 
granola* 
1 potinho de 
sobremesa 
168g 
 
 
 
Almoço 
13:30 
Arroz integral 3 colheres de sopa 75 g 
Feijão 1/2 concha 70g 
Bolinho de carne com aveia* 2 unidades 76,6g 
Agrião 1 pegador 7g 
Repolho refogado 2 colheres de sopa 90g 
Laranja 1 unidade 180g 
 
Lanche da tarde 
16:30 
Cookie integral* 3 unidades 78 g 
Leite fermentado 1 unidade 80g 
 
Jantar 
19:30 
Feijão 1/2 concha 70g 
Arroz integral 3 colheres de sopa 75 g 
Agrião 1 pegador 7 g 
Omelete com brócolis* 1 unidade 59,4g 
Tangerina 1 unidade 135g 
 
Ceia 
21:00 
Mamão picado ½ mamão papaya 155g 
Farelo de aveia 1 colher de sopa 36g 
. 
Valor energético 1980kcal % 
Carboidratos 250,55g 50,6% 
Proteínas 67,69g 13,7% 
Lipídios 78,56g 35,7% 
Cálcio 667,93mg 
Ferro 13,35mg 
Sódio 1103,4mg 
Vitamina A 438,65mcg 
Vitamina C 263,70mg 
Fibras 40,22g 
 
* Ficha técnica destas preparações em anexo. 
 
ORIENTAÇÕES 
DIARREIA 
 Procure beber bastante líquido ao longo do dia, como água e água de côco; 
 Prefira frutas como maçã, pêra e goiaba e procure retirar a casca antes de 
comer; 
 Procure comer torradas e biscoito água e sal como lanche; 
 Evite alimentos gordurosos e fritos; 
 Prefira carnes grelhadas, assadas ou cozidas em vez de fritas; 
 Evite comer vegetais de folhas verdes; 
 Prefira verduras como cenoura, chuchu, mandioca, batata e inhame; 
 Evite alimentos muito doces como goiabada, chocolate e marmelada; 
 Evite adicionar temperos muito fortes nos alimentos, como a pimenta. 
 
 
 
OBSTIPAÇÃO 
 Beba bastante água durante o dia; 
 Evite os seguintes alimentos: maçã, banana, goiaba, caju, batata, aipim, 
inhame, chá preto e refrigerante, pois eles “prendem” o intestino; 
 Prefira alimentos integrais, pois são ricos em fibras, e ajudam no 
funcionamento do intestino; 
 Prefira frutas como: mamão, laranja, ameixa, uva com casca e tangerina; 
 Sempre que possível, consuma as frutas com a casca; 
 Prefira vegetais de folhas verdes: agrião, alface, couve, brócolis, entre outros; 
 Adicione farelo de trigo ou aveia nas preparações, caso goste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ANDERSON, J.W., et al, Health benefits of dietary fiber. Nutr. Rev. 2009; 67 (4): 
188-205. 
 
ATZIGEN, M. V.; PINTO E SILVA, M. E.M. Desevolvimento e análise de custo de 
dietas enterais artesanais à base de hidrolisado protéico de carne. Revista 
Brasileira de Nutrição Clínica. V. 22, n. 3, p. 210-213, 2007. 
AZEVEDO, L. Desenvolvimento e avaliação de uma dieta enteral contend 
proteínas hidrolisadas e fibras. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de 
Viçosa. Viçosa: UFV, 1996, 81 p. 
 
BEKKALI, N.; BONGERS, M. E. J.; BERG, M. M. V. B.; LIEM, O.; BENNINGA M. A. 
The role of probiotics mixture in the treatment of childhood constipation: a pilot study. 
Nutr J. V. 6, n. 17, 2007. 
 
BENGMARK S, URBINA J. J. O. Simbióticos: una nueva estratégia en el tratamiento 
de pacientes críticos. Nutrición Hospitalaria. 2005; 20(2): 147-156. 
 
BERNAUD, F.S.R., RODRIGUES, T.C. Fibra Alimentar – Ingestão adequada e feitos 
sobre a saúde do metabolismo. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. 2013; 57/6. 
 
BLAUT, M. Relationship of probiotics and food to intestinal microflora. Eur J Nutr. 
2002; 41(Suppl 1):11-6. 
 
BLINDER, H. J. Role of colonic short-chain fatty acid transport in diarrhea. Ann Rev 
Physiol. 72:297, 2010. 
 
BRARUCHA, A.E.; PEMBERTOM, J.H.; LOKE, G.R. American Gastroenterological 
Association Technical Review on Constipation. Gastroenterology , v. 144 , n. 1 , 
218 – 238. Disponível em: <http://www.gastrojournal.org/article/S0016-
5085(12)01544-2/pdf>. Acesso em: 28/10/2016. 
 
BUENO, L. Elaboração de uma dieta enteral optimzada para o ferro dialisado 
através da aplicação de um modelo de superfície de resposta. 2004, 71p. Tese 
(Doutorado em Ciências Farmacêuticas) – Faculdade de Ciências farmacêuticas, 
Universidade de São Paulo. São Paulo. 
 
CHMIELEWSKA, A; SZAJEWSKA, H. Systematic review of randomised controlled 
trials: Probiotics for functional constipation. World J Gastroenterol. V. 16, n. 1, p. 
69-75, 2010. 
 
CICERO, A.F.G. Metamucil as an additional source of dietary fiber: impact of the 
quality of healthcare professionals ‘recommendations on users’ experience. 
European Review for Medical and Pharmacological Sciences. Medicaland 
surgical Sciences Department, University of Bologna, Bologna, Italy, vol. 19, 1297 – 
1304. 2015. 
 
http://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(12)01544-2/pdf
http://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(12)01544-2/pdf
CORTES, J. F. F.; FERNANDEZ, S. L.; NOGUEIRA-MADURO, I. P. N.; FILHO, A. 
B.; SUEN, V. M. M.; SANTOS, J. E. et al. Terapia nutricional no pacientecriticamente enfermo. Medicina. V. 36, p. 394-398, 2003. 
 
CUKIER, C.,et al, Nutrição baseada na fisiologia dos órgãos e sistemas. São 
Paulo: Sarvier, 2005. 
 
DELCENSERIE, V., et al., Immunomodulatory effects of probiotics in the intestinal 
tract. Curr Issues Mol Biol, 2008. 10(1-2): p. 37-54 
 
DENIPOTE, F.G., et al, Probiotics and prebiotics in primary care for colon cancer. 
Arq Gastroenterol, 2010. 47(1): p. 93-8. 
DE VRESE M. & MARTEAU P.R. Probiotics and prebiotics:effects on diarrhea.J Nutr 
137, 803–81, 2007. 
 
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA (FBG). Constipação. 
Disponível em: 
<http://www.fbg.org.br/Conteudo/2188/0/Constipa%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 
29/10/2016. 
 
FLESCH, A.G.T., et al, O uso terapêutico dos simbióticos. ABCD Arq Bras Cir Dig 
2014; 27 (3): 206-209. 
 
FIORAMONTI, J.; THEODOROU, V.; BUENO, L. Probiotics: what are they? What are 
theireffects on gut physiology? Best Pract Res Clin Gastroenterol. V. 17, n. 5, p. 
711-724, 2003. 
 
GAUDIER E., et al. The VSL#3 probiotic mixture modifies microflora but does not 
heal chronic dextran-sodium sulfate-induced colitis or reinforce the mucus barrier in 
mice. J Nutr. 2005;135:2753-61. 
 
GOMES, J.P. Promovendo a Saúde no tratamento de constipação dos idosos. 
Tese (Especialização em Educação e Promoção da Saúde) Universidade de 
Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde. Distrito Federal, Brasília, 2009. 
 
GRUPO DE APOIO NUTRICIONAL. Manual de Terapia nutricional. Hospital de 
Clínicas, Unicamp. Disponível em: 
<http://www.hc.unicamp.br/servicos/emtn/manual_terapia_nutricional.pdf>. Acesso 
em: 01/11/2016. 
HORVAT M, et al. Preoperative synbiotic bowel conditioning for elective colorectal 
surgery. Wien Klin Wochenschr. 2010 May;122 Suppl 2:26-30. 
 
INSTITUTE OF MEDICIN, Dietary Reference Intakes: Energy, Carbohydrate, Fiber, 
Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein and Amino Acids. Washington, D.C., National 
Academics Press; 2005. 
 
Instituto Nacional de Câncer. Guia de nutrição para pacientes e cuidadores: 
orientações aos pacientes. / Instituto Nacional de Câncer. 2ª ed. – Rio de Janeiro: 
INCA, 2010. Disponível em: <www.fcv.org.br/site/downloads/baixar.php?id=17>. 
Acesso em: 04/11/2016. 
 
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição 
e dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
MARCOS L.A.; DUPONT H.L., Advances in defining etiology and new therapeutic 
approaches in acute diarrhea. J Infect 2007;55:385-93. 
 
MARTEAU, P.; BOUTRON-RUAULT, M.C. Nutritional advantages of probiotics and 
prebiotics. Br. J. Nutr.,Wallingford, v.87, suppl.2, p.S153-S157, 2002. 
MEANCE, S.; CAYUELA, C.; TURCHET, P.; RAIMONDI, A.; LUCAS, C. ANTOINE J. 
A fermented milk with a Bifidobacterium probiotic strain DN-173010 shortened oro-
fecal gut transit time in elderly. Microbial Ecololgy in Health and Disease. V. 13, p. 
217-222, 2001. Disponível em: 
<http://www.microbecolhealthdis.net/index.php/mehd/article/viewFile/8026/9364>. 
Acesso em: 30/10/16. 
 
MATSUBA, S. T.; MAGNONI, D. Enfermagem em terapia nutricional. Editora 
Servier, 2009. 
NARAYAN, S.S., et al, Probiotics: current trends in the treatment of diarrhoea, Hong 
Kong Med J, vol 16 n.3, June 2010. 
 
NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 
OLIVEIRA, J. E. Dutra de; MARCHINI, J. Sérgio. Ciências nutricionais: 
aprendendo a aprender. 2ª ed. São Paulo: Sarvier, 2008. 
 
Organização Mundial de Gastroenterologia (OMGE). Constipação: uma perspectiva 
mundial , 2010. Disponível em: 
<http://www.worldgastroenterology.org/UserFiles/file/guidelines/constipation-
portuguese-2010.pdf >. Acesso em: 25/10/2016. 
 
Organização Mundial de Gastroenterologia (OMGE). Guias práticos: Probióticos e 
Prebióticos, 2011. Disponível em <http://www. 
worldgastroenterology.org/assets/export/userfiles/Probiotics_FINAL_pt_2012.pdf>. 
Acesso em: 27/10/2016. 
 
PARK, J. & M.H. FLOCH, Prebiotics, probiotics, and dietary fiber in gastrointestinal 
disease. Gastroenterol Clin North Am, 2007. 36(1): 47-63. 
 
PÉREZ, I. R.; RESTREPO, J.M. R. Abordaje nutricional de la diarrea. Sociedad 
Andaluza de Nurtrición Clínica y Dietética. 2015. Disponível em: < 
http://sancyd.es/comedores/discapacitados/alimentacion.diarrea.php>. Acesso em: 
31/10/2016. 
RAYES, N., et al., Effect of enteral nutrition and symbiotics on bacterial infection 
rates after pylorus-preserving pancreatoduodenectomy: a randomized, double-blind 
trial. Ann Surg, 2007. 246(1): p. 36-41. 
 
REIG, A.L.de L.C.; ANESTO, J.B. Prebióticos y probióticos, una relación beneficiosa. 
Revista Cubana Aliment Nutr, 2002;16(1):63-68. Disponível em: 
<http://bvs.sld.cu/revistas/ali/vol16_1_02/ali10102.pdf>. Acesso em: 28/10/2016. 
 
ROBERFROID M.B. Prebiotics and Probiotcs: are they function foods? American 
Journal Nutrition. 2000; 71: 168-187. 
 
SAAD, S.M.I., Probiótico e Prebiótico: o estado da arte. Rev. Brasileira de Ciências 
Farmacêuticas. 2006; 42: 01 – 16. 
 
SAAVEDRA, J.M. Clinical applications of probiotic agents. Am J Clin Nutr 2001; 
73(suppl) :1147–51. 
 
SCHAEFER, D.C.; CHESKIN, L.J. Constipation in the elderly. Am. Fam. Physician, 
1998; 58 (4):907-14. 
 
SCHILLER, L. R. Nutrients and Constipation: Cause or cure? Pract. Gastroenterol. 
32:43, 2008. 
 
SLOVER C.M., DANZIGER L. Lactobacillus: a review. Clin Microbiol Newsletter 
2008;30:23-7. 
 
TANAKA, K.,et al. Impact of perioperative administration of synbiotics in patients with 
esophageal cancer undergoing esophagectomy: A prospective randomized 
controlled trial. Surgery. 2012 . Nov; 152(5) :832-42 
 
TSUTSUMI, S. H.; VIANA, R. C. B.; VIANA, V. S. Uso de simbiótico em idosos 
politraumatizados com obstipação crônica. Geriatria & Gerontologia. V. 5, n. 1, p. 
8-13, 2011. Disponível em: <http://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2014/10/2011-
1.pdf#page=13>. Acesso em: 29/10/16. 
 
UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO. Protocolo de Terapia Nutricional 
Enteral em Adultos. Faculdade de Medicina de Marília, Hospital de Clínicas. 2012. 
Disponível em: 
<https://www.famema.br/institucional/emtn/doc/Protocolo%20de%20Terapia%20Nutr
icional%20Enteral%20-%20Adulto.pdf>. Acesso em: 01/11/2016. 
USAMI, M, et al. Effects of perioperative synbiotic treatment on infectious 
complications, intestinal integrity, and fecal flora and organic acids in hepatic surgery 
with or without cirrhosis. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2011 May;35(3):317-28. 
VANDERPLAS, Y.; BENNINGA, M. Probiotics and Functional Gastrointestinal 
Disorders in Children. J Pediatr Gastroenterol Nutr. V. 48, n. 2, p. 107-109, 2009. 
 
VALENZUELA, A.; MAIZ, A. G. El rol de la fibra dietética en la nutrición enteral. Rev 
nutr. V. 33, n. 2, p. 342-351, 2006. 
VILLELA, N.B.;ROCHA,R. Manual básico para atendimento ambulatorial em 
nutrição [online]. 2nd. ed. rev. and enl. Salvador: EDUFBA, 2008. 120 p. ISBN 978-
85-232-0497-6. Diponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/sqj2s/pdf/villela-
9788523208998.pdf>. Acesso em: 25/10/2016. 
***http://www.repositorio.uniceub.br/bitstream/235/7249/1/TCC%207.pdf*** 
 
 
APÊNDICE 1 - FICHAS TÉCNICAS 
Torrada com orégano 
 
Ingredientes PB (g) 
FC 
(IPC) 
PL FCÇ 
(IC) 
3 pães franceses 150 1 150 1 
4 colheres de chá de orégano 0,16 1 0,16 1 
Total 150,16 
 
Modo de preparo: Corte cada pão em 4 fatias. Distribua o orégano entre eles. Coloque-os em uma 
forma. Leve ao forno em temperatura média por cerca de 15 minutos. 
 
 
Equipamentos e utensílios utilizados: forma, colher de chá, faca. 
 
Tempo de pré-preparo 5 minutos 
Tempo de cocção 15 minutos 
Tempo total 20 minutos 
Rendimento 150,16 ( 12 torradas) 
 
Valores da porção 
Peso da porção 37,54g (3 torradas) 
Kcal 36,79 kcal 
Proteína 1 g 
Carboidrato 7,33g 
Lipídeo 0,39g 
Fibra (g) 0,29g 
Na (mg) 81 mg 
Vitamina A 0 mcg 
Vitamina C 0 mg 
Cálcio 2mg 
Ferro 0,13mg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pão integral 
 
Ingredientes PB (g) 
FC 
(IPC) 
PL FCÇ 
(IC) 
4 copos de farinha integral 200 1 200 
2 copos de farinha de trigo branca100 1 100 
1 ½ xícara (chá) de água 300 1 300 
½ copo de óleo 42,5 1 42,5 
1 col.de chá de sal 5 1 5 
4 col. de sopa de semente de linhaça 52 1 52 
1 ½ col. rasa (sobremesa) de fermento biológico em pó 3 1 3 
Total 702,5 0,86 
 
Modo de preparo: Em um recipiente, misture a farinha integral, o fermento e a água, com o auxílio 
de uma colher grande. Cubra e deixe descansar por 10 minutos. Depois adicione o sal, o óleo e a 
farinha branca, e misture com as mãos até a massa ganhar forma. Leve a massa para uma superfície 
lisa e polvilhada com farinha e amasse bem por 10 minutos. Adicione mais farinha caso necessário. 
Unte uma fôrma de pão coloque a massa dentro.Deixe a massa descansar por 1 hora em um local 
morno. Ligue o forno à 180ºC e coloque o pão para assar por 30 minutos. Retire do forno e retire da 
forma antes de esfriar completamente. 
 
Equipamentos e utensílios utilizados: tigela, colher de pau, forma de põ, colher de sobremesa, 
xícara de chá, chaleira. 
 
 
 
Tempo de pré-preparo 90 minutos 
Tempo de cocção 30 minutos 
Tempo total 2 horas 
Rendimento 604,15g (1 pão) 
 
Valores da porção 
Peso da porção 50,3g(1 fatia) 
Kcal 144,07 kcal 
Proteína 5,23 g 
Carboidrato 14,84g 
Lipídeo 6,97g 
Fibra (g) 3,5g 
Na (mg) 203,24mg 
Vitamina A 0,86mcg 
Vitamina C 0,03mg 
Cálcio 17,44mg 
Ferro 1,39mg 
 
 
Creme de mamão com granola 
 
Ingredientes PB (g) 
FC 
(IPC) 
PL FCÇ 
(IC) 
½ mamão papaya 155 1,31 118 1 
3 colheres (sopa) de iogurte natural 30 1 30 1 
Granola 20 1 20 1 
Total 205 
 
Modo de preparo: Descasque o mamão. Corte-o em pedaços pequenos e coloque-os no 
liquidificador. Adicione o iogurte e bata por 2 a 3 minutos. Coloque em um recipiente e adicione a 
granola. 
 
 
Equipamentos e utensílios utilizados: liquidificador, faca, colher de sopa. 
 
Tempo de pré-preparo 5 minutos 
Tempo de cocção - 
Tempo total 5 minutos 
Rendimento 1 potinho de sobremesa 
 
Valores da porção 
Peso da porção 168g 
Kcal 147,18 kcal 
Proteína 3,66 g 
Carboidrato 27,73g 
Lipídeo 2,4g 
Fibra (g) 3,82g 
Na (mg) 27,34 mg 
Vitamina A 72,84 mcg 
Vitamina C 73,19 mg 
Cálcio 71,29mg 
Ferro 0,69mg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bolinho de carne com aveia 
 
Ingredientes PB (g) 
FC 
(IPC) 
PL FCÇ 
(IC) 
200g de carne moída 200 1 200 0,9 
½ colher de sopa de manteiga 16 1 16 1 
1 pitada de sal 1,6 1 1,6 1 
2 colheres(sopa) de aveia em flocos 30 1 30 1 
1 colher de sopa de cebolinha picada 2,3 1 2,3 1 
Total 249,9 
 
Modo de preparo: Em um recipiente, misture a carne moída, o ovo, o sal, a manteiga, a aveia e a 
cebolinha picadinha. Faça bolinhos. Unte uma fôrma e coloque os bolinhos para assar no forno por 
cerca de 30 minutos ou até que estejam dourados. 
 
 
Equipamentos e utensílios utilizados: fôrma, tigela, colher. 
 
 
 
Tempo de pré-preparo 5 minutos 
Tempo de cocção 30 minutos 
Tempo total 35 minutos 
Rendimento 6 bolinhos(229,9g) 
 
Valores da porção 
Peso da porção 76,6g (2 bolinhos) 
Kcal 201,83 kcal 
Proteína 17,63 g 
Carboidrato 6,75g 
Lipídeo 11,59g 
Fibra (g) 1,01g 
Na (mg) 271,39mg 
Vitamina A 37,86mcg 
Vitamina C 0,36 mg 
Cálcio 15,25mg 
Ferro 2,17mg 
 
 
 
 
 
 
Cookie integral 
 
Ingredientes PB (g) 
FC 
(IPC) 
PL FCÇ 
(IC) 
4 xícaras de farinha de trigo integral 400 1 400 - 
2 xícaras de açúcar mascavo 145 1 145 - 
½ xícara de óleo vegetal 85 1 85 - 
1 colher de café de sal 3 1 3 - 
½ xícara de chá de água 100 1 100 - 
1 colher de sopa de fermento químico 10 1 10 - 
2 colheres de sopa de uva passas 36 1 36 - 
Total 779 
 
Modo de preparo: Misture todos os ingredientes. Leve a massa para gelar antes de assar, já em 
formato de rolo.Depois de congelada, corte em fatias de 1 cm.Unte uma forma e coloque os biscoitos 
dentro. Leve ao forno e deixe lá até que dourar a parte de baixo do biscoito, cerca de 30 min. Mesmo 
que ainda esteja mole, pode retirar do forno se estiver dourado embaixo, pois o biscoito fica duro 
assim que esfriar. 
 
Equipamentos e utensílios utilizados: tigela, faca, xícara de chá; colher; forma 
 
 
 
Tempo de pré-preparo 15 minutos 
Tempo de cocção 30 minutos 
Tempo total 45 minutos 
Rendimento 30 biscoitos 
 
Valores da porção 
Peso da porção 78g(3 biscoitos) 
Kcal 295 kcal 
Proteína 9,39g 
Carboidrato 37,79g 
Lipídeo 11,87g 
Fibra (g) 5,41g 
Na (mg) 129,4 mg 
Vitamina A 2,07 mcg 
Vitamina C 0,08 mg 
Cálcio 29,44mg 
Ferro 2,68mg 
 
 
 
 
Omelete com brócolis 
 
Ingredientes PB (g) 
FC 
(IPC) 
PL FCÇ 
(IC) 
1 ovo 45 1,13 39,8 0,9 
2 colheres (sopa) de brócolis cozido 20 1 20 1 
1 pitada de sal 1,6 1 1,6 1 
1 colher de chá de óleo de soja 2 1 2 1 
Total 68,6 
 
Modo de preparo: Cozinhe o brócolis por 10 minutos e,após, corte-o em pedaços pequenos. Misture 
o ovo, o sal e o brócolis. Unte a frigideira com óleo e leve ao fogo e coloque o restante dos 
ingredientes. Deixe dourar e vire a omelete. 
 
Equipamentos e utensílios utilizados: frigideira, panela, colher. 
 
 
 
Tempo de pré-preparo 10 minutos 
Tempo de cocção 4 minutos 
Tempo total 14 minutos 
Rendimento 1 unidade 
 
Valores da porção 
Peso da porção 59,4g 
Kcal 48,09 kcal 
Proteína 2,3 g 
Carboidrato 1,6g 
Lipídeo 3,61g 
Fibra (g) 0,66g 
Na (mg) 26,78 mg 
Vitamina A 40,04 mcg 
Vitamina C 12,98 mg 
Cálcio 15,25mg 
Ferro 0,31mg 
 
 
 
 
 
 
 
Jardineira de legumes 
Ingredientes PB (g) 
FC 
(IPC) 
PL FCÇ 
(IC) 
Peso 
cozido(g) 
½ cenoura 60 1,18 50,8 0,88 44,7 
1/4 chuchu 57,5 1,35 42,6 0,9 38,34 
1 unidade pequena de batata inglesa 70 1,2 58,3 0,95 55,38 
1 colher de sopa de azeite de oliva 10 1 10 1 10 
1 pitada de sal 1,6 1 1,6 1 1,6 
Total 199,1 150,02 
 
Modo de preparo: Descasque as verduras. Corte-as em pedaços. Em uma panela, coloque água e 
deixe ferver. Após adicione a cenoura e deixe-a cozinhar por 5 minutos. Após, adicione o chuchu e 
batata e deixe cozinhar por 10 minutos ou até que estejam macios. Em uma frigideira morna, 
coloque o azeite de oliva e, em seguida, adicione os legumes e o sal. Mexa com uma colher, para não 
grudar, por cerca de 2 minutos. Sirva-se. 
 
Equipamentos e utensílios utilizados: frigideira, panela, colher. 
 
 
 
Tempo de pré-preparo 5 minutos 
Tempo de cocção 17 minutos 
Tempo total 22 minutos 
Rendimento 150,02 (3 colheres de servir) 
 
Valores da porção 
Peso da porção 50g(1 colher de servir) 
Kcal 57,37kcal 
Proteína 0,55 g 
Carboidrato 6g 
Lipídeo 3,46g 
Fibra (g) 1,31g 
Na (mg) 224,37mg 
Vitamina A 146,25mcg 
Vitamina C 3,18mg 
Cálcio 0,53mg 
Ferro 0,17

Continue navegando