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O Jejum da Vida Eterna

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1 
 
2 
 
 
 
3 
 
Denivaldo Lima 
 
 
 
 
 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
2014 
Revisado em 2020 
 
4 
 
Edição: Este livro nasceu da ideia de fazer um 
único exemplar dos resumos das leituras 
realizadas nos últimos cinquenta anos. O 
Autor detém todos os direitos de conteúdo, 
comercialização, estoque e distribuição 
dessa obra.
 
5 
 
 
Índice 
Prólogo ........................................................................ 6 
Introdução ................................................................... 9 
Deus ........................................................................... 15 
Livro da vida ............................................................. 20 
Três estados da vida .............................................. 24 
Mundos paralelos ................................................... 37 
Memória ..................................................................... 40 
Prisões ....................................................................... 41 
Evolução ................................................................... 49 
Mundos e seres ....................................................... 53 
Ajustes necessários ............................................... 60 
Aprendizado ............................................................. 62 
Tempo ........................................................................ 64 
Formas espirituais .................................................. 67 
Animais e células .................................................... 69 
Doenças ..................................................................... 73 
Matéria invisível ...................................................... 78 
Mundos próximos. .................................................. 80 
Viagens interplanetárias ....................................... 82 
Sentidos .................................................................... 84 
Morte .......................................................................... 86 
Vida ............................................................................. 89 
Renascimentos ........................................................ 91 
Sete campos primordiais ...................................... 95 
Árvore da vida ......................................................... 97 
Posfácio ................................................................... 104 
 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
6 
 
Prólogo 
Alguns livros mudaram o mundo, tal como a Bíblia 
judaica, que até hoje suscita discussões. Outros 
foram queimados, em razão de seu conteúdo 
afrontar conceitos até então tidos como únicos. 
Os temas de livros são diversificados, mas dois são 
bastante claros: aqueles que se referem a religião e 
aqueles que se referem à ciência. São como água e 
óleo, geralmente, não se misturam, exceto nos livros 
do autor Fran de Aquino, que defendeu em seus 
livros a ciência na religião e a religião na ciência. 
Estou de acordo com Fran de Aquino. 
De qualquer modo, estes apontamentos podem ser 
tomados como algo totalmente sem fundamento, ou 
podem ser tomados como corretos, ou obra de 
ficção. Fiquem à vontade para aceita-los como 
quiserem. 
Do meu ponto de vista, trata-se de um campo de 
estudo vasto que acaba por interdepender a ciência 
e a religião, posto que todo o conhecimento 
descortinado, testado e confirmado é ciência e 
aquilo que é real, porém não guarda os mecanismos 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
7 
 
do teste contínuo e comprovação por qualquer um, é 
crença, fé, religião. 
No passado a alquimia, conhecida de poucos, 
tornou-se a ciência química, afastando as ideias que 
não podiam ser testadas, mas conhecidas e passadas 
de um para outro pelos antigos alquimistas. Nos 
livros antigos liam-se frases como “transformar 
pedra em ouro”, o que moviam muitos aos estudos 
de suas teses e fórmulas, que, também por muitos, 
não puderam ser comprovadas, logo, abandonadas. 
O horóscopo se desenvolveu na ciência astronômica 
que possibilitou o desenvolvimento de naves 
espaciais e a saída, em matéria, do homem ao 
espaço. Mas as intricadas ligações do horóscopo 
entre astros, sistemas, sóis, luas, seres, foram 
descartadas por que não podiam ser repetidas, 
confirmadas e provadas por qualquer um que lhe 
inteirasse de suas predições e presságios. Além 
disso foi utilizado por muitas pessoas vulgares, sem 
conhecimento, para angariar lucros por meio do 
engodo, o que serviu para o descrédito de seus 
postulares. 
O conhecimento dos fins terapêuticos (remédios ou 
venenos) das folhas, raízes, flores e frutos de 
diversas espécies, além mesmo do princípio ativo, 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
8 
 
geralmente copiados em livros antigos e de 
propriedade de pessoas que moravam em sítios 
afastados dos meios urbanos, foram tidos como 
receitas de “bruxas”, mas ao final, transformou-se 
na ciência do farmacêutico, a partir da ciência 
química. 
Neste caso, os itens como fazer em “dias de lua 
cheia”, “sob os primeiros raios solares”, em lugares 
“pantanosos”, tornou-se fatos de crendice popular 
que nada tinham a ver com o fim específico do 
princípio ativo contido na própria planta. 
E tudo aquilo que não podia ser provado foi, aos 
poucos, abandonado. Se por um lado, tornou mais 
racional o uso do meio, por outro, afastou, ainda 
mais, o ser do mundo incorpóreo. Esse mundo que 
hoje podemos antever a partir da própria ciência, 
com o estudo de ondas, sinais, sistemas complexos 
de movimento e energia. 
Enfim, apresento aos leitores uma síntese sobre o 
porquê vivemos e para que vivemos. 
Boa leitura. 
 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
9 
 
Introdução 
A ciência é uma forma simples de falar sobre 
processo de descobrimento de novos paradigmas 
para o ser humano. Trata-se de métodos e conceitos 
predeterminados e que podem ser alcançados por 
qualquer outro pesquisador. Eis aí a beleza da 
ciência: qualquer um, desde que disponha dos 
mesmos instrumentos e idênticos fundamentos, 
pode alcançar o mesmo resultado indicado pelo 
precursor. 
Esse processo garante a confirmação do achado 
científico e o torna possível de novos estudos para 
melhoria dos processos e dos estudos. Alguns desses 
achados podem ser usados para fabricar novos 
produtos, difundir a comodidade, facilitar em 
diversos setores a vida humana. 
Isso faz com que haja patentes, de modo a proteger 
a descoberta para uso e usufruto dos ganhos pelo 
inventor. Tal apropriação da ideia faz mover a 
economia da ciência. 
No campo religioso, no entanto, a coisa não 
funciona do mesmo modo. Não é fácil comprovar os 
achados religiosos por meio de métodos científicos, 
com padrões e instrumentos semelhantes. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
10 
 
No caso da Religião, cada ‘repetidor’ alcança uma 
interminável lista de resultados. Isso deixa qualquer 
descoberta religiosa relegada ao descrédito, já que 
não pode ser repetida utilizando os métodos 
conhecidos pela ciência. 
Para jogar mais lenha na fogueira, os charlatões, 
vendo o lucro financeiro e pessoal que a religião 
pode lhe proporcionar, fazem adeptos e, por não 
disporem dos mesmos princípios exigidos para 
disseminar o bem humanitário, fazem guerra aos 
pobres no espírito, que vivem de sua fé. 
Alguns se dizem dotados de verdades e são seguidos 
por muitos que não têm o discernimento necessário 
para afastar o que é falso do que é verdadeiro. Isso 
porque o bem nunca anda afastado inteiramente do 
mau e o mau, da mesma forma nunca anda 
inteiramente afastado do bem. Sempre carregamos 
um resquício daquilo que devemos lutar para 
destruir em nós. 
No campo religioso, os seres, normalmente, se usam 
com o propósito de obter vantagens e isso faz 
crescer o número de ateus. 
No entanto,na esfera religiosa cada corpo, cada ser, 
é único. Cada qual apresentando um conhecimento 
e abrangência específica e peculiar dos sentidos que 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
11 
 
utiliza. Uma mesma rosa pode significar milhares de 
coisas, se milhares de pessoas dela se ocupar. Para o 
poeta a rosa é a beleza rara a ser transformada em 
versos. Para o amante, é a pessoa amada 
transformada em perfume radiante. Para o déspota é 
a oportunidade para sentir a destruição da beleza em 
suas mãos. E assim vai. 
Para a repetição dos eventos espirituais, para os 
quais a ciência ainda não dispõe de mecanismos de 
medição adequados, o próprio corpo passa a ser o 
mecanismo de medição. Como cada corpo é único, 
com percepções diferentes para o mesmo objeto, 
vários são os resultados. 
Há aqueles que conseguem produzir resultados 
quase iguais, mas há os que nada obtém. Estes 
existem em muito maior número. 
Não é à toa que os maçons abandonaram, 
praticamente, o contato com o espiritual, passando 
ao culto dos rituais, por volta de 1700 de nossa era, 
com as mudanças ocorridas na idade média, 
passando de uma maçonaria primitiva para a 
operativa e depois para a especulativa, segundo a 
classificação de Celia M. Marinho de Azevedo em 
seu livro “Maçonaria: história e historiagrafia”. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
12 
 
No entanto, a ciência vai perscrutando o mundo do 
infinitamente pequeno e do infinitamente grande. 
Descobre, chocada, que leis gerais já não explicam 
o movimento. Buscam a compreensão nos estudos 
das partículas, das ondas. Calcula as possibilidades 
e cria modelos para as coisas e os mundos e, ainda 
assim, não consegue provar a existência de qualquer 
ser espiritual. 
No meu caso, vejo Deus cada dia mais 
incomensurável. Próximo e real e ao mesmo tempo 
distante e imaterial. Este o paradoxo da vida: Ele a 
tudo envolve, define, mantém, regula, mas ainda 
assim não o compreendemos. Vivo Deus todo dia e 
hora. 
Por outro lado, as várias formas de vida estudadas 
em um único planeta já são vastas o bastante para 
poder delas extrair um pouco de conhecimento. 
Essas várias formas de vida é um constante para o 
progresso. Em passos lentos, mas constantes, 
seguem o caminho da perfeição, desde a poeira até 
ao anjo. 
Mas quando nos referimos ao universo, então as 
formas se expandem ao infinito, onde a ciência 
ainda não pode penetrar, pois ainda encontra 
diversos limites físicos e temporais. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
13 
 
A forma de ver e sentir cada coisa, cada objeto, 
depende da luz, da frequência, do meio. 
Seres e coisas que pertencem a um mesmo gênero e 
que vibram em frequências semelhantes, com 
formações atômicas semelhantes, podem ser 
mutuamente vistas, sentidas e ouvidas. A visão atua 
dentro desse limite de percepção. 
Assim, seres e coisas que vibram em outras 
frequências, somente podem ser vistos, sentidos e 
ouvidos por seres que estão no mesmo estado, na 
mesma dimensão de estado, na mesma faixa de 
vibração. 
Do mesmo modo que os seres, a Terra não tem uma 
única formação, mas é multifacetada em diversas 
dimensões de estado. O estado físico humano é 
apenas um de vários outros estados dimensionais da 
Terra. Cada um dos estados dimensionais enxerga o 
mundo a que pertence de uma forma peculiar. 
Uma dessas peculiaridades é a passagem do tempo, 
que ocorre de maneira diferenciada em cada estado 
dimensional em decorrência da composição 
químico-atômica de seus átomos, que os fazem 
vibrar também de maneira diferente. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
14 
 
Sendo a frequência o inverso do tempo, quanto 
menor a frequência, maior o tempo. Isso faz com 
que os seres cujos corpos vibram em frequências 
altas, tenham a sensação do tempo de forma 
diferente daqueles que vibram em frequências 
baixas. Mas isso não impede de sentir o tempo como 
um fato contínuo. 
É como se o tempo mantivesse a mesma sensação de 
deslocamento para a frente. É impressionante que 
algumas horas em altas frequências, podem 
significar alguns dias em baixas frequências. 
Assim, mesmo que um ser de frequência baixa viva 
apenas algumas horas terrestres, para esse ser a 
sensação de vida é bem maior que para um ser com 
frequência mais alta. 
O espaço tempo para ele se deslocaria de forma mais 
lenta, ao passo que para o ser com frequência alta, o 
espaço tempo se desloca de forma mais rápida, 
dando a ambos a mesma sensação de tempo. 
 Acabamos por adentrar, na introdução, a alguns 
conceitos que mais adiante será visto. Espero não ter 
atropelado aqui os assuntos a serem tratados. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
15 
 
Deus 
Terminada a introdução ao livro, penso que é melhor 
iniciarmos pela definição de Deus, se bem que a 
definição religiosa é bastante deturpadora de sua 
grandeza, qualquer que seja a religião. E a ciência o 
trata com desdém, razão porque nem uma nem outra 
pode ser considerada para definir o Criador. 
 Deus É, por definição, tudo. Tudo o que vemos e 
não vemos, tudo o que sentimos, todos os universos, 
todos os seres, todos os tempos. Tudo, mas tudo 
mesmo, é Deus. 
Passamos milhares de anos para aprender a utilizar 
sua força, seu estado, sua pureza. O acesso nos é 
dado lentamente, na medida em que atingimos graus 
cada vez mais avançados de conhecimento. 
Hoje, para acender a luz utilizamos a eletricidade, 
por meio de equipamentos criados para esse fim. 
No futuro, não muito distante, o conhecimento de 
Deus será um pouco maior: utilizaremos de Deus 
tudo o que precisarmos para viver, luz, calor, força, 
alimento. Mas para isso é preciso que haja harmonia. 
É preciso não haver guerras, intrigas. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
16 
 
O Cristo, quando veio à terra, trouxe essa mensagem 
linda, incompreendida, de que é necessário conhecer 
Deus para dele viver. Viver em Deus é compreender 
sua natureza, seu estado. O impressionante é que Ele 
estará sempre disponível a quem quer acessá-lo. 
Como um pai, fornece a cada um de acordo com o 
potencial criativo que demonstra. 
Algumas pessoas, por mais fantástico que possa 
parecer, utilizaram-se de Deus para fazer coisas 
realmente espantosas. Entre essas podemos citar a 
figura de Moisés, o maior entre os homens, tendo a 
abertura do mar vermelho o seu maior feito. Buda, 
Krsna e Jesus, também foram excepcionais 
conhecedores de Deus e, muitas vezes confundidos 
com o próprio Deus, dado o poder sem igual. 
Jesus, em sua humildade, entendo, superou o 
conhecimento de Moisés pois, diferente deste, 
mudou o mundo sem destruir qualquer vida. Sem 
utilizar forças para matar quem quer que seja e na 
páscoa fez se deixar morrer, enquanto Moisés fez 
perecer muitos filhos no Egito nesta mesma época. 
Conhecer Deus dá ao seu conhecedor a 
possibilidade de criar luz, onde há trevas, e falo aqui 
de luz como de uma vela ou de uma lâmpada elétrica 
qualquer. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
17 
 
A fonte de toda coisa que existe pode ser acessada 
por qualquer um, bastando que tenha a capacidade 
de sentir e agir em conformidade com as disposições 
do todo universal. 
É esse conhecer no agir da fonte universal que dá a 
impressão de milagres, quando, na realidade, se trata 
do uso de um bem coletivo, franqueado ao dom da 
vida, disponível por meio da prática, do 
conhecimento, da conscientização de que tudo o que 
fazemos é um dom da consciência. 
Assim, a criação da vida se dá segundo a ciência e 
segundo a religião a partir do poder de algo ou de 
alguém. Este alguém pode ser designado de Deus, 
de energia universal, de Pai, de Mãe, ou qualquer 
outro adjetivo que o queiram chamar. Existe em si 
mesmo e se manifesta em tudo. Não se importa com 
os nomes que Lhe dão, mesmo porque tem coisas 
mais nobres a fazer do que se preocuparcom a 
vaidade de sua designação. 
Deus se manifesta através de sete estados 
primitivos, com os quais o espírito deve se 
harmonizar. 
Para cada manifestação existe um elo de ligação 
com o espírito. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
18 
 
São eles, em linguagem antiga: 
A primeira manifestação é o pensamento divino, 
cuja representação no espírito encontramos na 
energia que rodeia o centro da cabeça em nós, 
chamado de centro de força coronário. Em Deus é o 
campo de energia mental, o sentido uno de todas as 
coisas. É o que há de mais puro. 
A segunda manifestação é a energia criadora que 
possibilita a existência de tudo o que há, inclusive o 
espírito, e a representação no espírito está na energia 
que circunda a garganta, ou laríngeo. Em Deus é o 
Fluído Cósmico Universal, chamado pela Igreja 
Católica como Espírito Santo, do qual todas as 
coisas são criadas. 
A terceira manifestação é a energia do amor que 
possibilita que tudo esteja em movimento e sua 
representação no espírito está no Coração. Em Deus 
é o campo do Amor Divino, presente em tudo, é 
como uma luz sutil que a tudo ilumina. 
A quarta manifestação é a energia do pensamento. 
Em nós é representada pela energia que circunda a 
testa, entre as sobrancelhas. Em Deus é o campo 
eletromagnético, ou éter, responsável pelo controle 
de tudo que existe. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
19 
 
A quinta manifestação é a energia das emoções 
densas como raiva, mágoa, medo, tristeza, angústia. 
Em nós é representada pela energia que circunda o 
umbigo. Em Deus é o campo gravitacional, 
responsável por formar gradientes opostos de 
densidade da matéria e da antimatéria. É o que nos 
faz alterar nosso estado de massa, mais leves ou 
mais pesados, segundo nossa disposição. 
A sexta manifestação é a energia da criação. Em nós 
é representada pela energia que circunda o ventre. 
Em Deus é a força fraca, responsável pela emissão 
de fótons. É a distribuição da luz. 
A sétima manifestação é a energia que nos liga a 
tudo e interage com tudo, sendo responsável pela 
absorção das energias que nos circunda. Em Deus é 
a força forte, força que tem por principal função a 
ligação das subpartículas ou ondas subatômicas. 
Em linguagem antiga, essas manifestações de Deus 
eram tidas como “anjos”, tais como Anjo do Sol, 
Anjo da Água, Anjo do Ar, Anjo da Terra, Anjo da 
Vida, Anjo da Alegria, Anjo da Terra. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
20 
 
Vida 
Mas como nasce vida como a conhecemos? A 
resposta que aceito é: da energia. Por meio da 
energia nasce o movimento, grande gerador da vida. 
É por meio do movimento das infinitas partículas 
que nasce a vida em suas variadas formas. É o 
movimento dado e mantido por essa força 
incomensurável que podemos chamar de Deus, que 
faz brotar a vida. 
Os átomos e suas subdivisões, ao se movimentarem 
continuamente, geram várias forças, entre elas a 
força fraca, a forte, a magnética, a elétrica. Todas 
essas forças geram algumas outras que podemos 
chamar de conglobante espiritual, fazendo com que 
se aglutinem em um único centro que, com o passar 
do tempo, tendem a aumentar até adquirir cada vez 
mais “conhecimento”. 
Atualmente a ciência é acorde de que o 
conhecimento se transmite de célula a célula, 
através do armazenamento de informações, fazendo 
com que haja especialização e que tudo nela 
funcione perfeitamente. Para elas, as células, o 
espírito humano funciona como a força motriz 
determinadora da forma de atuação local. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
21 
 
Esse conhecimento, armazenado durante milênios, 
no campo de energia, eclode no conhecimento de si 
mesmo, fazendo nascer o espírito, inicialmente 
inocente e, posteriormente, humano. 
A mesma energia que move os mundos, sistemas 
estelares, galáxias, universos, também move os 
férmions, bósons, quarks e leptons. Suas formações 
a nível subatômico produzem energia, luz, calor, 
frio, bondade, maldade, produz o espírito. 
As informações acumuladas da forma de ligação das 
subpartículas definem suas propriedades, suas 
frequências, seu tempo. Conforme a suas ligações, 
podemos ver ou não, sentir ou não, cheirar ou não, 
tocar ou não. 
O espírito, que nasce do movimento, e o movimento 
que nasce da energia universal, do éter, da 
frequência primeira, do Espírito Santo. É daí que 
tudo vem. 
Como são incomensuráveis as leis da vida!! Cada 
partícula guarda em si o conhecimento do todo, cada 
ser carrega em si tudo que já existiu e vai existir e 
somente desabrocha com o tempo. 
É como a luz que se acende com o movimento dos 
elétrons, desde que haja um diferencial entre duas 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
22 
 
forças. Sem esse diferencial, não há luz, mas 
estática. E o diferencial quem dá é essa força 
universal chamada Deus. 
De maneira bastante simplista, Deus define os 
objetivos gerais da criação. Os anjos projetam o 
pensamento, delineiam os sistemas estelares, 
desaceleram os elementos, e cria a matéria. 
A matéria, no início turbulenta, com o passar do 
tempo se acomoda. 
As partículas elementares principiam o processo da 
criação da vida. Os seus elementos se fundem, 
interagem, mesclam-se. No movimento dos 
elementos, a energia cresce, de infinitamente 
pequena passa a serem micra. Transcende de um 
para outro estado, até atingir a força para mover uma 
bactéria. 
Nasce o primeiro princípio espiritual que já 
consegue guardar uma pequena porção de 
informação e articular a matéria biológica básica. 
Bilhões de anos, integração e desintegração da base 
material, deixa o princípio espiritual mais ativo. 
Passa a guardar a informação do sexo ainda na 
bactéria, deixando de ser assexuado para sexuado. 
Escolhe entre macho e fêmea e essa escolha moldará 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
23 
 
os sentidos pelos séculos vindouros, certamente, 
sem jamais lhe vincular definitivamente, mas, 
digamos, indicar possíveis escolhas futuras. 
De estado em estado passa do mar à terra, da terra 
ao ar, do ar ao cosmo. E até o limiar do cosmo 
passamos de um estado em matéria bem densa a 
outra menos densa. Aprendemos em um e em outro 
mundo. Nos adaptamos, sofremos, lutamos. Pouco a 
pouco essa força que chamamos de princípio 
espiritual passa a ter consciência de si mesmo. 
Nasce o espírito. Inocente, contudo. 
Nesse momento, iniciamos a marcha ascensional do 
conhecimento e do amor. Somos incluídos na 
comunidade de seres que fazem uso das forças que 
fazem as plantas, os animais, os ventos, os fogos, e 
toda a engrenagem da vida andar. São os espíritos 
da natureza e vivem, verdadeiramente, em uma 
espécie de paraíso, não morrem, não matam, não 
têm inveja, não têm ciúmes, não desejam o mal. 
Vivem em contemplação à própria criação. Nesta 
fase, ingênuos. 
Milhões de anos se passam. O poder aumenta. Até 
então vivíamos em espírito, porém nasce em nós o 
desejo do bem e, na maior parte, do mal. Passamos 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
24 
 
a construir um mundo sombrio, com desconfianças 
onde antes apenas existia a ingenuidade. 
Nesse momento iniciamos a marcha do 
conhecimento, onde a dor será a nossa companheira. 
Somos “expulsos” do paraíso sendo obrigados a 
nascer em um corpo biológico, que ainda não 
apresenta todos os predicativos do homem, mas 
consegue suportar o poder do espírito iniciante. 
Somos os homens das cavernas, ainda com o 
raciocínio lento e quase animal. Isso aconteceu na 
terra a mais ou menos 2,5 milhões de anos, segundo 
a ciência. 
Três estados da vida 
No passado os homens acreditavam em seres da 
natureza chamados gnomos, ondinas, silfos e 
salamandras, segundo a divisão de Paracelso. Mais 
tarde, tratados pela religião cristã como demônios. 
Um tempo depois tidos como espíritos levianos na 
classificação Kardecistados seres incorpóreos. 
Na ordem evolutiva, se trata de seres precursores do 
espírito, ainda no primeiro degrau da razão. Não 
conhecem o bem ou o mau. Atuam em obediência a 
ordens superiores no controle da força criadora 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
25 
 
universal na condução das plantas, animais, ventos, 
fogo, terra. Não se trata de lenda, mas de realidade 
necessária à evolução da vida e do espírito. 
Segundo o livro sagrado, tudo o que existe foi criado 
por Deus com sabedoria e amor. 
Conforme a ciência, o primeiro ser vivo biológico 
depois das árvores e plantas, foram as bactérias 
(procariontes e depois eucariontes), nasceram a 
aproximadamente 3,6 bilhões de anos. Das bactérias 
ao dinossauro, o caminho foi longo. 
Depois das bactérias surgiram os vermes e criaturas 
invertebradas. De pequenos seres chamados 
conodontes, surgiram os peixes e que, “por alguma 
razão desconhecida”, começaram a sair para a terra 
e deram origem aos anfíbios. 
Os anfíbios evoluíram aos répteis. Os répteis 
evoluíram para os sinapsídeos, ancestrais dos 
mamíferos. 
Várias eras se passaram, com extinções em massa de 
animais e fauna. Uma delas, a mais conhecida, se 
refere à era do gelo, que extinguiu os dinossauros, 
fazendo com que os mamíferos prosperassem na 
terra. 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
26 
 
E as eras transcorreram: A Paleozoica, iniciada com 
o período Cambriano e terminada no Permiano, com 
a extinção pérmica, há 250 milhões de anos; a 
Mesozoica, iniciada com o triássico e terminada, 
com o cretáceo, com a extinção dos dinossauros, há 
65 milhões de anos; a Cenozoica, iniciada com o 
paleoceno e terminada em nossos dias no período 
holoceno – Definições essas dadas pelos 
historiadores e paleontólogos. 
Nesse tempo todo, o que anima a toda essa 
transformação, lenta e gradual, é essa força 
universal, espiritual, sem a qual não há vida. 
No campo imaterial, assistimos o princípio 
espiritual transitar da rocha ao mamífero e, assim, 
ganhar a cada dia mais consciência de si, até se 
tornar nos gnomos, ondinas, silfos e salamandras, 
segundo a divisão de Paracelso. 
Inocentes, auxiliam, por seu turno, na formação da 
vida incipiente do mundo e assim permanecem de 
experiência a experiência, passando a conhecer o 
bem e o mau, conforme a alegoria da maçã. 
A Bíblia os retrata nesse período como Adão e Eva. 
São os primeiros seres de conformação humana, 
inocentes, mas que têm já condição de atuar na 
natureza, nos rios, mares, florestas. Somente quando 
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passam a conhecer o bem e o mau, conforme a 
alegoria da maçã, são expulsos do paraíso e ... 
passam a nascer e a morrer. 
Somente quando passaram a conhecer o bem e o 
mau foram expulsos do paraíso, passando a nascer 
na forma humana como os primeiros ancestrais 
humanos, ainda com muito pelo sobre o corpo. 
Não há, portanto, qualquer contradição entre os 
escritos antigos e as descobertas científicas. Apenas 
uma verdade não era conhecida: O espírito evolui 
com a matéria em sua marcha rumo a padrões 
dimensionais elevados. 
Adão e Eva, se considerarmos apenas ar biologia, 
certamente, são os primeiros seres semelhantes a 
Deus criados no mundo. E, realmente, nasceram um 
da costela do outro num passado ainda mais remoto, 
pois ambos descendem de ancestral comum, 
assexuados: as bactérias. Era, naquele tempo 
remotíssimo, necessário que se reproduzissem e se 
reproduziram assim por muito tempo, até que a 
evolução lhes indicou um novo caminho para a 
melhoria da espécie e início do fim do egocentrismo 
com a divisão em dois sexos. 
Até aquele momento sagrado “homens” e 
“mulheres” estavam juntos, em um só corpo. 
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Dividiram-se, escolhendo o sexo. Mas a necessidade 
de reproduzir lhes moldou de milênio em milênio a 
união. Nasce, então, a afinidade entre ambos com o 
fim de reproduzir. E assim se conduzem os 
primeiros ancestrais do espírito e da carne. Adão e 
Eva primordiais. Únicos. 
Lógico que a citação bíblica não se refere somente a 
tempo tão remoto, mas a eventos mais recentes, 
transmitidos aos profetas Hebreus, em suas visões 
divinas e transcritos em seus livros. A citação 
bíblica do primeiro homem e mulher e da primeira 
família resume várias metáforas: a da criação; a do 
conhecimento do bem e do mal; a do respeito entre 
os irmãos, do necessário atendimento das leis do 
Criador, do sofrimento no caso de desatendimento, 
do reajuste necessário, da vida eterna. Certamente 
eu não citei todas, pois são muitas as verdades por 
trás da metáfora da criação do homem e da mulher. 
 Além da verdade da participação do homem e da 
mulher na contextura humana, também ali está 
inserida a fase em que o princípio espiritual ganha o 
conhecimento primeiro capaz de agir na natureza de 
forma a prover a vida. Agindo na defesa das flores, 
plantas, árvores, água, fogo, vento, chuvas, terra, 
num complexo sistema de manutenção da vida em 
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seu mundo próprio de atuação e que citamos como 
espíritos da natureza. 
Até esse ponto o princípio espiritual que a bilênios 
iniciou sua peregrinação na bactéria, já teria passado 
dos pequenos animais aquáticos, terrestres, aéreos e 
todos os demais possíveis e imagináveis na escala 
evolutiva que lhe foi proposta neste mundo. 
Alcançado o limiar da “iluminação” nesses corpos 
mais densos, aprendera a viver em situações críticas 
de frio e calor, seca e chuva, na terra, no mar, no ar. 
Aprendeu a viver em comunidades da mesma 
espécie, a preservar a vida e a viver em comunidade. 
Longa caminhada que, com os milênios, lhe ascende 
a forma e a condição lhe propicia a possibilidade de 
passos mais largos em ascensão ao espírito. 
Com o passar das eras os princípios físicos dos 
animais também sofrem transformações. As novas 
espécies são mais sublimadas e já são capazes de 
suportar a energia mais intensa dos espíritos da 
natureza, já conhecedores do bem e do mal. 
O princípio espiritual, nas primeiras fases, não passa 
de uma pequeníssima luz vibrante, mas que já possui 
condições de manter a vida animal não humana em 
sua mais avançada forma. Quando atinge o limiar da 
razão é alçado à condição de espírito, ganhando um 
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corpo não-biológico que o recobre e que algumas 
religiões chamam de corpo etéreo, outras de 
períspirito. Mas ainda não é o espírito na sua forma 
mais sublime. 
Com o novo corpo que adquire, passa a enxergar o 
mundo em outra escala. Passa a reconhecer os seres, 
os animais, as plantas, os eventos da natureza como 
parte do todo e que, a partir de então, lhe sofrem a 
influência mais direta. 
Cumprindo determinações dos prepostos do 
Criador, que nunca abandona a criação, lhes faculta 
agir para o nascimento de plantas e animais, move o 
fogo, o ar, a água, a terra. Protegendo, cuidando. 
Mas sem a noção exata do bem ou mal que fazem, 
pois ainda não conhecem o ódio ou o amor. São de 
aparência ainda incipiente, não são amáveis nem 
dóceis. Porém são ingênuos e, de certo modo, 
felizes. Já não precisam nascer nem morrer, como as 
plantas e animais, e auxiliam na transposição dos 
princípios espirituais que lhe são, agora, submissos, 
em processos de regeneração. Estão, de certo modo, 
no paraíso. 
Até que, mais uma vez, depois de milênios nesse 
proceder, a luz que lhe garante o corpo já ultrapassa 
os seus próprios sentidos e passa a sentir raiva ou 
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amor quando alguma contrariedade ou afinidade lhe 
chega. Já com sentido bem mais aguçados, colhe o 
“fruto do conhecimento do bem e do mal”. Eis a 
configuração da expulsão de Adão e Eva do paraíso. 
Ocorre o que o livro da gênese chama de expulsãodo paraíso e o início do ciclo de vida e morte, mais 
uma vez. 
Segundo os mais sábios nem todos os espíritos da 
natureza são constrangidos a esse ciclo, bastando 
que se adaptem ao bem, com amor e confiança. Mas, 
é esperar muito de espíritos inocentes e incipientes. 
A grande maioria, se não a totalidade, sucumbe às 
experiências menos dignas da escola do mal. 
Então, como diz o texto sagrado, são expulsos do 
paraíso, para nascerem nos corpos dos animais que 
serão os primeiros homens e mulheres. 
No nosso mundo o animal mais semelhante e que 
possuía condições da edificação humana foi o 
macaco, como afirmou Charles Robert Darwin em 
seu livro “A origem das espécies”, em 1859. Para os 
paleontólogos, inicia-se o período holoceno. 
Os animais que fizeram ascender o princípio 
espiritual à condição de espíritos da natureza, agora 
os recebem para que se tornem espíritos humanos, 
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pois já possuem contextura apropriada a manter 
energia mais sublimada. 
Se antes tomamos conhecimento de nós mesmos e 
passamos a existir somente no mundo espiritual, 
agindo no mundo biológico nas plantas e animais 
por uso das energias pré-espirituais, agora somos 
também levados a viver no mundo biológico. 
Mais uma vez serão necessários milênios para o 
aprimoramento do corpo pré-humano e do espírito. 
Assim, passamos a construir dois mundos, um 
biológico: onde lutamos para viver e nele 
construímos famílias, matamos, amamos, odiamos. 
E um espiritual, onde, por força do poder acumulado 
em milênios de atuação com as energias da natureza, 
criamos, com o poder que nos é próprio, um 
ambiente ainda caótico, turbulento, sombrio. 
Nesses locais sombrios construímos cidades, vales, 
pântanos, selvas negras, vícios, mazelas que por 
muito tempo lutamos em manter e, como um cão que 
luta pelo alimento jogado ao chão, nos armamos 
contra quem quer que seja que deseje subtrair de nós 
esse, digamos, local aprazível que criamos. 
Esses são os dois primeiros mundos paralelos que 
criamos: o mundo biológico e que a religião dá o 
nome de inferno, pois, realmente transcende vícios 
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das mais notórias especialidades no momento inicial 
da humanidade planetária. 
Milhões de anos se passam. Morremos e nascemos. 
Aprendemos, brigamos, iludimo-nos. Mas seguimos 
adiante. Nessa marcha vislumbra-se de tempos em 
tempos a fulgurância dos paramos celestiais 
imediatamente à frente. É o que nos dá esperança e 
força para continuar. 
Com o andar das eras muitos sofrimentos deixam de 
existir. Melhoramos, amamos, aprendemos na 
beleza, nas artes, na ciência, na religião, na família, 
enfim conseguimos criar com menos destruição e o 
mundo infernal passa a ser um entrave: quando o 
corpo biológico morre os desejos do espírito já não 
combinam com o ambiente infernal que antes 
relutava em deixar. Então é permitido se criar um 
terceiro mundo, digamos, o purgatório. 
Mais uma vez novas construções são efetuadas, mas 
agora menos rudes, mais aprazíveis para a 
humanidade que irá habitá-lo. Então esses mundos 
sempre estarão conforme as condições do próprio 
espírito. 
As sucessivas mortes não nos afastam de súbito dos 
amores e ódios que criamos. De tempos em tempos 
somos obrigados a conviver com as nossas criações, 
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no inferno ou no purgatório, e por força irresistível 
sempre permanecemos onde nossas ilusões nos 
aprisionam. 
No mundo biológico sofremos a influência mais 
forte daquilo que trazemos conosco e que temos a 
obrigação de lutar para vencer. São nossas faltas 
mais comezinhas, nossas inclinações íntimas, 
nossos pensamentos mais profundos. 
E a vida se processa de tal modo, que se 
estivéssemos no mesmo estado da luz, poderíamos 
vê-la e tocá-la. Por outro lado, estamos no mesmo 
estado de qualquer material no planeta na escala de 
que ele é feito, por isso podemos ver e tocar 
qualquer coisa nesse estado. 
O interessante disso tudo é que podemos viver, a 
cada vez, em vários mundos e apenas perceber o que 
nos é próprio. E Deus existe em todos. 
Por tudo isso, estamos cercados de seres 
semelhantes a nós, visíveis e invisíveis, vivendo 
cada um no mundo que lhe é próprio por ascensão. 
Construímos, assim, os mundos que queremos 
segundo nossas disposições amoráveis ou odiosas. 
Em cada mundo participamos de certa “ilusão” 
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ambiental que serve para aprendermos a usar nossa 
capacidade criativa. 
Em qualquer lugar onde nos encontremos lutamos 
por nossos ideais, sejam eles altruístas ou egoístas. 
Mais impressionante ainda é que de qualquer base 
de que dispomos, temos a sensação de que há chão 
sob os pés e a nossa visão alcança a estrela que 
ilumina essa base e, também, as estrelas distantes. 
Os mundos que se sobrepõem no mesmo planeta não 
bloqueiam, desse modo, a luz da estrela, que aparece 
em cada um como se o imediatamente superior não 
existisse. 
Pode-se afirmar que qualquer massa planetária, seja 
ela grande ou pequena, é habitada, desde o centro 
até a estratosfera, por vida constituída de matéria, 
com maior ou menor visibilidade. 
Trata-se, pois, do que alguns teóricos da ficção 
científica chamam de multiverso, configurando o 
típico cenário da existência de inúmeros universos 
escala global numa estrutura de várias formas 
dimensionais interconectados entre si. 
Cientificamente, até onde é possível compreender 
com os conhecimentos atuais, o aumento da função 
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36 
 
de onda de um estado emaranhado cria um universo 
interdependente do anterior. 
Isso é possível a partir da modificação da função de 
onda primordial, cujo nome religioso varia de prana, 
espírito santo, fluido universal, substância primeva, 
fonte de animação pelo pensamento, de que nos fala 
as antigas crenças religiosas sumérias. 
A Teoria M prevê que nosso universo possua em 
verdade 11 dimensões e os seres visíveis, em carne 
e osso, vive em um universo quadridimensional 
descrito por três dimensões espaciais e uma 
temporal interligadas entre si no que se denomina 
malha espaço-tempo. 
A possibilidade científica da existência de 
multiversos é real desde os tempos mais remotos da 
existência planetária. 
Certo é que cada universo nasce da necessidade de 
vida a partir do qual a sua existência é possível. Daí 
ser quase impossível para nós avaliarmos o tamanho 
da escada ascendente ou limitar a existência em 11 
dimensões. 
Somos, em essência, constituídos de três partes: uma 
mental, ligada a Deus, outra Espiritual, ligada aos 
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seres dessa ordem, e outra material, ligadas à 
matéria. 
Mundos paralelos 
Os planetas se formam a partir do pensamento 
magnânimo de um ser que já compreende, ouve e 
entende o Criador. Esses seres possuem poder 
sublime e conhecem tudo sobre a formação dos 
mundos. Iniciam uma explosão cósmica, aglutinam 
suas massas, entrebalançam os seus movimentos, 
estabelecem suas relações e interdependências, 
distribuem equanimente sobre o sistema as atrações 
e repulsões, seguindo as leis do movimento com 
uma simetria excepcional. 
A partir daí, acompanham o desenvolvimento lento 
e paulatino de todos os seres que nele irão nascer a 
partir da essência primordial sob sua influência 
direta. Executam de forma precisa a vontade do 
Criador. É o verbo divino trabalhando na 
concretização da vontade do Deus universal. 
A partir de certo tempo, quando o mundo já possui 
espíritos da natureza, o primeiro mundo paralelo é 
criado a partir das irradiações de suas mentes 
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38 
 
primitivas, formando, assim, mais tarde, o habitat 
espiritual dos que deixam o mundo material visível.Entre os mundos adjacentes existem passagens que, 
à falta de definição científica adequada, se 
assemelham a pequenos redemoinhos ou estrada de 
luz, se assim ficar melhor definido na memória do 
leitor. Trata-se de um campo que promove a 
dilatação espacial e temporal, e que ao ser 
atravessado, o ser passa a agir naquele mundo e 
tempo. Vê-se, portanto, que não é fácil transpô-lo e, 
necessariamente, é instransponível em vida orgânica 
como a conhecemos. 
Admissível, entretanto, que os seres mais sutis 
tenham condições e força necessárias para transpor 
qualquer campo abaixo do próprio local onde vive. 
Lei sábia e justa. 
Com o passar do tempo, suas construções e seres vão 
se transformando, melhorando, ficando bons. Com 
isso o atual habitat se torna muito hostil. Então um 
novo estado é criado dando acesso a um segundo 
mundo paralelo, mais puro que o primeiro. Esse 
caminhar continua até o infinito, sempre se 
descortinando mundos paralelos melhores que os 
anteriores. 
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Isso não quer dizer que toda mudança há a 
destruição do primeiro. Não há a destruição, mas a 
mudança para estados de mundos melhores. 
Os seres que não melhoram permanecem nos 
primeiros mundos criados e continuam a sofrer e 
chorar até que abram os olhos e o coração à luz 
divina, o que fatalmente ocorrerá. 
O entrelaçamento dos mundos adjacentes no mesmo 
planeta é fato. Os mundos adjacentes próximos se 
entrelaçam: os mais adiantados impulsionam em 
direção ao amor e conhecimentos sublimes, os mais 
atrasados impulsionam em direção oposta, tentando 
manter um mundo em extinção, que adoram. 
Nesse processo civilizações se formaram aqui e nos 
diversos mundos que convivem conosco na mesma 
esfera chamada Terra com a construção de cidades 
segundo a possibilidade de seus habitantes. 
Os que alcançaram o amor e a beleza constroem os 
mundos em faixas extremamente sutis, os que estão 
na retaguarda constroem nos abismos, segundo suas 
crenças e visão do belo, mas todos sempre seguem 
adiante. 
No correr dos séculos moldamos, nas esferas 
adjacentes do centro da terra à estratosfera, mundos 
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condizentes a cada tipo espiritual e suficientes a 
comportar a natureza de cada civilização que ali 
vive. 
Nesse vagar, cada um de nós participa das criações 
do inferno mais aterrador até as cidades celestiais 
iluminadas pelos raios do Altíssimo. Nessas últimas 
participaremos, pois ainda que tenhamos 
consciência e plena convicção da existência das 
cidades celestiais e de já a avistar de longe, ainda 
não temos condições para de sua construção 
participar efetivamente, pois nelas os seus 
habitantes são os sois a iluminar em volta. 
Memória 
Segundo a disposição de nossos corpos, guardamos 
conosco, desde os tempos de “Adão e Eva”, os 
nossos aprendizados em finíssimas contexturas, à 
semelhança dos neurônios cerebrais. Aliás, esses 
neurônios lhe recebem a influência numa intricada 
rede de comunicação, onde o passado é apreendido 
na medida do necessário para o aprendizado 
presente. 
O Médico José Lacerda de Azevedo, na década de 
60, a partir de prática assistencial do bioquímico 
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41 
 
Luis Rodrigues, desenvolveu técnica capaz de 
estudar esses fenômenos de desdobramento do, 
digamos, fractal do corpo. Mas apesar dos inúmeros 
tratamentos eficaz, a técnica não foi confirmada 
cientificamente. 
Quando os fatos do passado e do presente 
ultrapassam o limite humano, dificilmente a criatura 
consegue se ver livre do acesso da loucura, pois 
passa e existir em mundos distintos. Vê o passado e 
o presente ao mesmo tempo. Age como no passado 
e como no presente. Fala consigo mesmo como se 
existissem em duas ou mais pessoas, tanto quanto 
lhe for transmitido pelos registros anteriores. 
Quantas pessoas ao dormir se dirigem para locais 
horripilantes por seus pendores, tendo pesadelos e 
não mais conseguindo dormir. Quantas vezes somos 
procurados pelos moradores desses locais e que nos 
impulsiona a continuar o trabalho destrutivo dos 
vícios que nos acompanha. Mas tais locais, segundo 
muitas religiões e segundo a ciência, não existem. 
 Prisões 
A luta no mundo biológico, não é fácil. Não é à toa 
que até mesmo Jesus, na medida do ensinamento 
que deveria proferir, sofreu a influência do mal. Fato 
transcrito de forma magistral no livro sagrado 
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quando da redação da história da tentação no deserto 
por quarenta dias e noites, ao término do qual vence 
o mal e começa a praticar o bem em sua sublimidade 
angelical. 
Olhar para trás nos faz rememorar a beleza da 
criação, o amor do Criador, invisível aos nossos 
olhos, mas que nunca abandonou nossos corações. 
Desde o início nos acompanha com indefinível 
fidelidade e bondade, compreendendo que tudo não 
passa de um caminho necessário ao nascimento do 
anjo. 
Atualmente sabemos que muitos seres passam 
séculos e até mesmo milênios presos a processos de 
cura nos mundos sub-humanos. Trata-se do local 
onde Jesus diz que há choro e ranger de dentes. E 
realmente isso acontece. Ao perceber que a vida 
continua ocorre uma grande decepção, 
principalmente se o local para onde se deslocarem 
não for o que imaginavam. E geralmente não é. 
Quantos religiosos, reis e detentores de ouro e títulos 
ilustres se surpreendem a cada vez que têm de voltar 
ao mundo que realmente lhes pertencem. Daí vem o 
medo exacerbado da morte. 
Parece estranho que não nos lembremos de nada do 
que ocorre nos mundos adjacentes, mas como dito 
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43 
 
anteriormente, na fase em que estamos duvidamos 
de tudo e de todos. Duvidamos até de nós mesmos. 
Quando nos surge entre uma vida e outra a 
oportunidade de interagir com dois mundos, vendo, 
ouvindo ou sentido a presença de ambos, tentamos 
de todas as maneiras justificativas para o caso e nos 
enchemos de tratamentos e remédios que nem 
sempre funcionam a nosso favor. Então fugimos 
apavorados. Muitos enlouquecem. Outros são 
tornados loucos pelos parentes e familiares ou pelos 
remédios obrigados a tomar. 
Não é fácil ter visões de dois mundos quando a 
quase totalidade dos outros não têm. 
Nos mundos sub-humanos, temos seres doentes de 
todo tipo. Com pensamentos desordenados na 
malícia, no ódio, do desespero, na dor, não 
conseguem manter formação corporal adequada. 
Criam e sofrem com dilacerações, mutilações, 
alterações da forma, se transmutam em animais, 
vegetais e, na maior parte, perdem a noção da 
própria existência, se tornando como seres que 
vegetam num mundo terrificante por eles mesmos 
criados. 
Os campos que separam os mundos sub-humanos e 
humanos são, do mesmo modo, difíceis de transpor. 
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44 
 
No entanto, muito temos ajudado a sua abertura à 
passagem de desajustados pelo simples fato de 
estarmos desajustados, também. Isso faz com que os 
que vivem no mundo sub-humano tenham 
condições de viajar entre os dois mundos, 
transpondo os limites entre ambos. 
Trata-se de mecanismo da própria evolução, que 
nunca estaciona. Este é o ponteiro para o apocalipse 
de que nos fala João. Quando o mundo sub-humano 
imediato ao humano estiver repleto de seres com 
capacidade de transpor o campo entre os dois, 
passando a viver em comum com os homens, lhes 
empanando o avanço, soa a trombeta da hora das 
mudanças, que obrigam a transmutação também 
falada atrás. 
Mas esse tempo ainda não chegou e, pelo visto, 
ainda está longe de chegar, pois os mundos sub-
humanos adjacentes ainda estão repletos de criaturas 
que mal conseguem manter-se sobre os pés na forma 
de homem. 
Nos mundos paralelos primitivos ainda vige a lei de 
talião, mantida pelo exército dos “dragões” -nome 
que se autodenomina os que lutam para manter nos 
submundos a situação de dominação presente no 
mundo dos “vivos”. 
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45 
 
O exército dos dragões exerce um cerco bastante 
grande a qualquer um que caia em suas teias pelos 
pensamentos desregrados e restritos que têm, mas 
efetuam um trabalho excepcional de expurgo dos 
males internos de muitos incautos. Por isso, apesar 
de se dizerem donos do “terreno” onde atuam, 
trabalham em prol da própria criação, com uma 
maldade que lhes é particular. 
Geralmente são comandados por pessoas 
inteligentes que não encontraram, de pronto, anjos a 
lhes tocar harpas e a lhes cobrir com os louros a que 
se sentiam merecedores, como diziam as religiões 
antigas a lhes prometer a bem-aventurança se 
ungidos nos momentos de trespasse. 
Esses “merecedores” dos beneplácitos celestes dão 
sentido à lei de talião, prevista no antigo Código de 
Hamurabi, de 1.780 antes de Cristo. A aplicação da 
justiça a todos que se portam de forma diferente ou 
contrária às suas convicções passa a ser o propósito 
único desse grupo. 
Nesse caminho tortuoso, destroem pessoas, lares, 
comunidades, cidades, países. E seu exército cresce. 
E como cresce. 
A maior parte deles, por não terem acesso aos 
“hologramas” ou “fractais” dos males que já 
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praticaram e esquecidos da simplicidade do 
proceder no perdão das ofensas, procuram as chaves 
da porta de entrada para os melhores mundos 
paralelos por meio da força, se distanciando ainda 
mais do bem que lhes facultaria as chaves que 
procuram. 
E o exército dos “dragões”, com milhões de 
participantes, edifica o terror nos mundos paralelos 
primitivos (mundos 1 a 4). Seus “soldados” e 
prisioneiros passam milênios em sofrimento e dor e 
só são alcançados por abnegados “anjos de resgate” 
depois do sincero arrependimento, quando ainda 
dispões de pensamentos capazes de se arrepender. 
Quando ocorrer o final da vida biológica, daqui a 
mais ou menos 1,1 bilhão de anos, esses 
desajustados do amor divino, que por longos anos 
não encontraram a entrada aos mundos paralelos 
iluminados, descobrirão que não haverá 
possibilidade de continuar, razão porque são 
levados, com enorme pesar, pelo mesmo 
magnânimo construtor, a outros mundos primitivos 
em outro sistema solar ou galáxia, reiniciando sua 
ascendência. Eis a essência do Apocalipse de João. 
Mas se existem os mundos sub-humanos, a princípio 
divididos em quatro categorias ou quatro mundos 
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47 
 
separados por esses campos, também existem 
mundos acima, também separados por esses campos 
de estrutura e formato semelhante, porém mais 
sublimados, em grau sempre crescente. 
Se os seres humanos biológicos já viajam ao espaço, 
mas como será a viagem dos seres humanos 
angélicos, moradores dos mundos terráqueos da 
estratosfera? Quais viagens fazem? Que 
conhecimentos adquiriram ao longo dos séculos? 
Quantos mundos já visitaram e trocaram 
experiências científicas? 
Eis porque Jesus nos dizia que devemos amar os 
nossos semelhantes e buscar a paz, pois só assim 
alcançaremos as condições para residir nesses 
mundos, na própria Terra, mas com acesso ao que 
há de melhor nos mundos do nosso sistema solar e 
da nossa tão amada via láctea. Nosso tempo para 
isso, lógico, muito longo, mas não infinito. 
Nesse vai e vem da vida, ora na dimensão dos 
homens, ora na dimensão das almas, nos mundos 
que rodeiam o planeta, a evolução caminha a passos 
lentos. Não encontra a humanidade de então senão 
poucos motivos para o avanço mais ligeiro. Raros 
são os que conseguem melhorias substanciais. 
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48 
 
Mas a bondade divina não tem limites. Os mundos, 
todos habitados, de tempos em tempos são objeto de 
reajustamento, por assim dizer. E o nosso não 
poderia deixar de ser alvo desses intricados 
processos. 
Aqui se passou, em tempos remotíssimos, uma 
transmigração de seres. Espíritos, vindos de um 
mundo distante, que alguns afirmam ser do sistema 
de Capela, mas que são de vários aglomerados 
próximos, são transferidos para este mundo. 
Este evento é transcrito no livro sagrado na figura da 
expulsão de Caim (Qayin). Ele, ao ser expulso, 
conhece as mulheres da terra e aí dá origem aos 
gigantes daquela época. 
Seus corpos ainda se assemelhavam ao velho 
ancestral, com pelos por todo o corpo, boca e narizes 
ferinos, andar vacilante, grunhidos em lugar de voz, 
moradias em árvores e cavernas. 
Da união dos espíritos transferidos com os corpos 
dos homens de então, dão origem a uma espécie 
mais forte e sábia, que dão novo impulso ao 
desenvolvimento do espírito, criando novos 
processos, fogo, lanças, rodas. O Homem das 
cavernas passa a viver mais em grupos, se 
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49 
 
defendem, conquistam territórios, se aglomeram, 
formam civilizações. 
Mas a miscigenação não traz as melhoras 
necessárias. Novas provações são catalisadas pelos 
pensamentos e atos da grande maioria e poucos seres 
biológicos sobrevivem a elas, mas que provocaram 
a melhoria dos remanescentes, de modo geral mais 
afeitos ao bem. Dessa era se conhece pouco, senão 
alguns artigos aqui e acolá, sempre impregnados de 
uma forte dose de misticismo. 
Por todo esse tempo, novas formas se fizeram e se 
sublimaram em fonte de energia cada vez mais sutil. 
Os corpos humanos melhoraram de aparência, da 
antiga animalidade ganha ares de bondade e beleza. 
Os corpos espirituais se sublimaram, deixando para 
trás vasto campo de batalhas, nos lembrando a 
escada de Jacó. 
Evolução 
Fala-se da extinção do mundo em uma hecatombe. 
Talvez aconteça em tempo breve, talvez não. Mas 
fato é que não morremos, no sentido real do termo. 
Aliás, nada morre, tudo se transforma, já dizia 
Lavoisier, químico francês do século XVIII. 
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50 
 
Essas alterações ocorrerão um dia num futuro longo. 
Mas até lá já estaremos preparados, pelo menos a 
grande maioria, a atravessar os portais para estes 
mundos belos e harmoniosos que faz parte do 
próprio planeta. Esta esfera a que nos é concedida a 
vida neste momento talvez passe por 
transformações, secando-se as águas, morrendo as 
matas, exaurindo-se em sua mais completa forma. 
Mas mesmo assim, estaremos em vida mais elevada 
no mesmo mundo, visível a seres quase anjos 
igualmente elevados. Nossa visão já não será a 
mesma, nossos sentidos mais ampliados verão as 
belezas reservadas aos filhos do altíssimo como já 
escrito no livro sagrado. Mas para isso um longo 
caminho nos espera. Sacrifícios, mudanças de 
comportamentos, sinceridade, amor, compaixão, 
união. 
Não há espaço para mexeriques, vinganças, ódios, 
tristezas, morte. Tais atitudes apenas nos cerram as 
portas da vida elevada e necessária a que nos legou 
o Criador. É preciso, mais que nunca iniciarmos a 
marcha à frente como nos ensinou o Cristo. Quanto 
tempo isso vai levar? Não sei. Talvez cinco ou seis 
milênios, talvez mais, talvez menos. 
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51 
 
Parece muito tempo? No entanto não passa de 
alguns dias para o espírito que, aliás, já vive neste 
mundo a mais de 4 bilhões de anos, desde as 
primeiras bactérias. 
E mesmo que não ocorra qualquer alteração na face 
da atual esfera em que vivemos, ainda assim a nossa 
mudança íntima se faz necessária em face da 
próxima estação ou esfera ou mundo adjacente a 
amparar nossa existência. 
 Pois bem. Mortes de planetas ocorrem a todo tempo 
no transcorrer das eras. Estrelas nascem, crescem e 
morrem levando consigo os mundos que compõem 
o seu sistema. 
O tempo restante da Terra está estimado em cerca de 
5 bilhões de anos, segundo as teorias atuais sobre a 
massa solar,que se tornará um gigante vermelho. 
Parece muito tempo. Mas já se passaram 4 bilhões 
de anos e ainda estamos aqui, desacreditando 
completamente o que nos falou o Nazareno, o Buda, 
o Krsna, o Zoroastro, o Lao-Tse, entre tantos outros. 
A quase totalidade dos homens e mulheres ainda 
vive seus grandes momentos de euforia, cantando 
vitórias às mais desvairadas paixões. Alimentando 
ódios, lutam para ver o irmão sob seus pés, 
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52 
 
menosprezam a alegria da vida honesta, espezinha o 
filho, o pai, a mãe, o irmão, o amigo. 
São 4 bilhões de anos de aprendizado postos à prova 
todos os dias. Mas ainda estamos longe de 
conseguirmos a chave das “estradas de luzes” que 
separam os mundos dentro do mesmo planeta. 
É importante deixar claro que o tempo de 5 bilhões 
de anos é o tempo para a extinção do sol, como o 
conhecemos. Antes disso, daqui a mais ou menos 
1,1 bilhão de anos, também segundo as teorias 
científicas atualmente aceitas, a atmosfera da Terra 
irá perder seu vapor d’água porque o sol se tornará 
10% mais quente. Isso dará início ao fim do ser 
biológico e devemos, nesse período, já ter alcançado 
a desnecessidade de nascer nesse ambiente, como 
aconteceu no passado ao sairmos do princípio 
espiritual para a era do espírito. 
Logo, o tempo é curto em termos espirituais. É esse 
o tempo que temos para nos tornarmos anjos na 
verdadeira acepção da palavra. Quando chegarmos 
nesse período e não formos bons o suficiente para 
habitar mundos gloriosos, então seremos, como 
também ocorreu aos sistemas de Capela, degredados 
desse mundo porque nele não encontraríamos 
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53 
 
morada condizente com o nosso proceder. Eis a 
separação do joio e do trigo dito por Jesus. 
Mundos e seres 
Nós somos um mundo à parte, os planetas, também, 
os sistemas solares também, as galáxias, também, os 
universos, também. 
Porque somos um mundo à parte? Possuímos em 
nós a história de nossas vidas, cuidadosamente 
guardados em um sistema que se assemelha a um 
fractal, que se vai acumulando em nós à medida que 
avançamos. 
Iniciamos a nossa marcha no que os religiosos 
chamam de espírito santo, que nada mais é que a 
energia universal que tudo move e que provem do 
Ser Supremo, único, verdadeiro e visível em tudo 
que existe, existiu e existirá. 
No início acumulamos conhecimentos em pequenas 
camadas que se sobrepõem umas às outras, até 
termos o conhecimento da individualidade, quando 
nos tornamos “espíritos da natureza”, 
E a partir daí tudo nos é acrescentado, o bem, o mal, 
o amor, o ódio, as alegrias, as tristezas, a ignorância, 
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54 
 
a sabedoria, o conhecimento. E tudo vai crescendo 
num contínuo infinito. Como camadas de 
hologramas sobrepostos, seguimos em direção ao 
bem. O mais interessante é que na medida em que 
melhoramos em amor e conhecimento, mais nos 
tornamos diáfanos, leves. Passamos a nos imantar da 
própria força do espírito santo ou da energia 
universal, segundo prefira o leitor. 
Portanto, em nós mesmos encontram-se instaladas 
as informações sobre tudo o que vivemos. Por nosso 
intermédio podemos ver a formação do mundo que 
ajudamos a construir. Podemos ver as imagens 
gravadas dos pântanos, rios, rochas, árvores de 
qualquer lugar ou tempo, desde que tenhamos dele 
participado. 
Lógico que um processo de recapitulação não é 
tarefa trivial e, em sentido geral, não mais nos 
interessa. Lembrar dos males que sofremos ou dos 
males que fizemos os outros sofrer não é nada 
agradável. 
Geralmente o tempo nos acompanha e o que nos 
influencia mais fortemente não vai além de alguns 
séculos, por isso não praticamos os mesmos atos 
animalescos da época das cavernas, pois essas 
lembranças encontram-se entrelaçadas a várias 
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55 
 
outras, melhores e mais harmônicas. Mas todas elas 
se constituem naquilo que somos. 
Quanto aos mundos, nos primórdios da Terra, posso 
afiançar, com certo grau de certeza, que apenas dois 
mundos existiam: o material, necessário à vida 
biológica, e o que lhe era imediatamente adjacente, 
necessário aos princípios espirituais mantenedores 
da vida biológica. 
Poderíamos nomear os dois mundos então formados 
pela Terra há 4 bilhões de anos atrás em mundo de 
matéria visível e mundo de matéria invisível. O 
primeiro poderia ser indicado, para fins didáticos, 
como número zero (0) e o segundo como número um 
(1). 
No princípio esses dois mundos da mesma Terra se 
entrelaçam e se sustentam. 
Com o passar do tempo, o mundo “um” torna-se 
extremamente hostil, pois os seres que o habita 
lentamente ganham conhecimento do bem e do mal. 
No mundo biológico (zero), a melhoria animal já 
possibilita a vida humana primordial. No mundo 
espiritual (um) o ser se torna possuidor de novo 
dom: a razão. O conhecimento avança. Novos seres 
invisíveis se incorporam à massa de espíritos da 
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56 
 
terra (vinda de Caim), que com maior bagagem de 
conhecimento e necessidades, passam a construir o 
mundo 2. 
A sabedoria e as civilizações avançam. Pessoas 
ficam menos rudes. O mundo 2 já não lhes servem. 
Passam a habitar uma nova região, mais harmônica: 
o mundo 3. 
Com o passar do tempo e de nossa própria 
consumação como seres conscientes, passamos a 
construir outros mundos adjacentes, em sentido 
crescente. 
E assim as eras se vão. Hoje podemos contar, pelo 
menos, doze mundos entrelaçados no planeta Terra 
que magistralmente foram desenhados conforme a 
figura abaixo, extraída do livro “Cidade no Além”, 
de Heigorina Cunha, editora EDE. 
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57 
 
 
Além dessas 9 visíveis acima do plano da matéria 
visível, três outras esferas estão abaixo. Formando 
as 12 esferas hoje conhecidas de mundos 
sobrepostos no mesmo planeta Terra. 
Assim construímos os nossos próprios mundos 
sobre o mesmo mundo material visível que nos 
sustenta a caminhada. 
Todos, mas todos nós devemos nos possuir graus 
cada vez maiores de pureza, a fim de ultrapassar os 
campos de força que separa os mundos. Atingir a 
camada em que habitam os seres sem necessidade 
de vida biológica é a nossa tarefa mais premente e 
temos o tempo de aproximadamente 1,1 bilhão de 
anos para fazê-lo. Não é muito se considerarmos que 
a maioria dos habitantes se encontram nos cinco 
primeiros mundos. 
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58 
 
Quando olhamos os mundos do próprio sistema 
solar, por meio de satélites e sondas, nada vimos. O 
que detrata qualquer teoria sobre a vida em outros 
mundos. Mas não é assim. Os mundos paralelos são 
uma realidade que já pode ser compreendida pela 
ciência e pela religião. Trata-se de fato da vida em 
sentido amplo. 
Por isso, quando olhamos para esses mesmos 
mundos com o olhar mais amplo, vimos uma vida 
exuberante e bela. Em qualquer lugar que se olha se 
enxerga a vida. Multifacetada, cada uma com sua 
ciência, suas comunidades, seus dramas e louvores. 
Falta pouco para que nossos instrumentos possam 
enxergar na alegoria de Caim, as possibilidades de 
exilio. Como o que ocorreu aqui a mais de 200 
milhões de anos, bem como enxergar a vida 
inteligente em todos os mundos do sistema solar e 
galáxias. 
Refregando, ainda, seus males. Fazendo guerras, 
destruindo. Infelizmente, não conseguiremos essa 
façanha e ao passar os 1,1 bilhão de anos restante 
para nossa atmosfera, talvez ainda não tenhamos 
conseguido livrar-nos do mal que carregamos e, 
mais uma vez, sejamos transpostos para outro 
sistema, pois no nosso os mundos já há muito vivem 
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59 
 
uma vida imortal, sem necessidade da existência de 
seres biológicos para purgar seus males. 
Por isso nossosinstrumentos não os veem, nãos os 
gravam, não tiram foto, senão raramente, por algum 
paradoxo do qual participam os próprios 
fotografados. Como uma borboleta, é necessário que 
o ser imortal esteja bastante lúcido para que a lagarta 
se transforme em um ser voador. O ser biológico 
somente vive até despertar do ser imortal. 
Uma vez alcançada essa façanha, não mais será 
necessário o ser biológico. O que não quer dizer que 
haverá uma dizimação da vida biológica. Pelo 
contrário, a vida efetivamente passará a nascer mais 
radiosa e bela. 
Mas olhando ainda o tamanho do exército dos 
dragões, estamos muito longe de abandonar o uso do 
ser biológico homem para alcançar as culminâncias 
do bem. A maior parte de nós mesmos ainda 
perambula no vale da sombra e da morte nos 
mundos paralelos “infernais”. 
Nesse ambiente, pelos desgastes das forças 
criadoras em variadas atividades decadentes, 
perdem a possibilidade de manter a própria forma e 
se mantêm como aleijados, feridos, doentes, a 
lembrar os zumbis dos filmes de terror humanos. 
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60 
 
Ajustes necessários 
O único caminho verdadeiro para alcançar a 
angelitude está no seguir os preceitos descritos pela 
maioria dos grandes missionários: fazer o bem, 
auxiliar, conter os pensamentos indignos. Lutar para 
não ser ingrato, avaro, mesquinho. Perdoar. Agir 
como se todos fossem seus familiares, mães, pais, 
irmãos, amigos. Consiste nisso aceitar Jesus como 
seu único salvador: seguir as suas leis. 
Não há outro caminho. Por mais que tenhamos 
informações outras, este é o único capaz de nos fazer 
forte o suficiente para retirar de nós toda a mácula 
do “pecado original”, que descende de nossos 
próprios atos, pensamentos, palavras. 
Tudo se conecta. O mal e o bem são forças 
vinculantes e se processam pelo pensamento. Por 
isso tantos acabam indo para os submundos e se 
espantam. Pois apesar de nunca terem convivido 
com o mal, trazia em si mesmo o mal, ferindo em 
pensamento os semelhantes e criando as condições 
de vínculo para o mal que carrega. 
É isso que nos pede todos os evangelhos ditados ao 
longo do tempo: perdão, compaixão. É a máxima do 
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61 
 
Cristo colocada em movimento: “misericórdia 
quero, não sacrifício”. 
Parece estranho, falar assim. Parece batida a mesma 
ladainha de religiosidade. Não se trata 
exclusivamente disso. A religião apenas conseguiu, 
ao longo de todos esses anos, antever situações 
necessárias ao esclarecimento. Aqueles que lhe 
seguiram os passos, depois de se livrarem dos 
fractais mais difíceis, limpando-os com novos 
procedimentos de fraternidade, amor e compaixão. 
Lavando-os com o suor do esforço e, às vezes, até 
mesmo com o próprio sangue, alcançaram mundos 
da Terra mais felizes. 
Nesses mundos a ciência já ultrapassa os conceitos 
de vida que conhecemos. Viajam a outros mundos, 
têm acesso aos mais variados níveis de sabedoria e 
se sentem mais felizes. Já não precisam da vida 
material para o continuo crescimento. O amor já lhes 
domina os atos, pensamentos e palavras. 
Precisamos, urgentemente, agir assim. Nosso tempo 
está se esgotando. 
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62 
 
Aprendizado 
Aprender é sempre um processo lendo e difícil. 
Aprendemos por repetição. Dizem alguns 
estudiosos do tema que para realmente aprendermos 
alguma coisa devemos, no mínimo, dispender 
10.000 horas de estudos sobre a coisa. Tendo em 
conta que gastamos poucas horas do dia ao 
aprendizado, digamos 4 horas por dia, gastaríamos 
312,5 dias para o aprendizado de uma única coisa. 
Quase um ano de estudos. 
De forma geral, depois que aprendemos, é fácil 
utilizar de forma genérica o conhecimento, ou seja, 
sem explicitar o exato conceito e as minúcias do que 
foi aprendido. Explico: digamos que tenhamos nos 
formado em física, reconhecemos fórmulas, 
resolvemos inúmeros cálculos e problemas 
complexos de matemática, mas se alguém nos 
perguntar qual o resultado de alguma questão não 
saberíamos responder de pronto. 
Temos que parar e estudar a questão para então 
verificar qual a melhor solução e desenvolvermos os 
cálculos necessários, que intuitivamente nos vem à 
mente por nela já termos depositado certa quantia de 
informação a esse respeito. 
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No caso, as informações adquiridas ao longo dos 
séculos, depositadas no corpo material invisível, são 
utilizadas sempre de maneira intuitiva e não direta, 
sem a lembrança exata do fato. Isso nos ajuda a 
combater o mal ainda existente em nós e a melhorar 
o bem que angariamos. 
O conhecimento, então, é um sentido a mais em 
nossas vidas, como o tato, o olfato, a audição, 
gustação. É por meio desse “sentido” que podemos 
fazer criações abstratas e aprender sobre fatos e 
coisas. Faz com que tenhamos desejos e 
pensamentos bons ou ruins. 
O controle desse processo também é lento e gradual 
e muitos, muitos mesmos, não conseguem vencer as 
intuições destrutivas, como o ódio, a raiva, a inveja, 
a sexualidade excessiva, a vingança e tantos outros 
males. Gostos por prazeres desse tipo demoram em 
nós e nos afastam da porta de passagem para um dos 
mundos da Terra que lhes proporcionaria uma vida 
e um discernimento mais elevados do ponto de vista 
da criação. 
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Tempo 
Temos a incauta mania de ver o tempo como algo 
rápido e cremos que todas as predições devem 
acontecer em durante a nossa vida biológica. Mas 
não é assim que acontece. O tempo é um processo 
longo e lento. Nosso desenvolvimento é também 
longo e lento. 
Quando a vida estiver localizada somente em 
mundos materiais invisíveis à forma biológica, 
novas possibilidades se abrirão na ciência, na 
religião e nas trocas de informações. Algo 
inimaginável em nossos dias. 
O passado e o futuro não nos serão empecilhos. O 
tempo já não será passageiro e a vida se desdobrará 
em suas faces mais brilhantes. Este é o futuro geral. 
Infelizmente, muitos não compreendem que o amor 
e o conhecimento é o que devemos buscar. 
Ainda estamos presos a velhos paradigmas, a velhas 
picuinhas, a guerras, ódios. Perdemos muito tempo 
de caminhada lutando por nossos conceitos, quando 
os conceitos maiores já foram transcritos nos velhos 
pergaminhos do Egito, da Índia, da Palestina. 
Isso não quer dizer que não devemos lutar por tudo 
isso, mas mais que lutar devemos fazer, ir aos 
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65 
 
desnutridos do coração, descer aos submundos, 
perdoar, iluminar, enfim, lutar pelos conceitos dos 
que nos rodeiam. E temos apenas 1,1 bilhão de anos 
para fazer tudo isso e limpar nosso espírito do mal, 
facultando a entrada aos paralelos sublimes da 
elevação. 
Não nascer é o propósito do nascer. Devemos lutar 
para que não mais precisemos do ser biológico para 
sustentar os nossos males. Quando isso acontecer 
estaremos, realmente, no caminho da vida elevada e 
da ciência. 
Para isso devemos perseverar no bem em qualquer 
lugar onde possamos estar. Desde o Rei, o 
Presidente até o pior homem do mundo. 
Inevitavelmente, sempre há os que julgam tudo isso 
uma bobagem. Pena que se trata de uma bobagem 
eterna. 
Muito já se falou e fala sobre o apocalipse. Mas em 
seus textos temos o relato de visões feitas pelo 
excelso projeta de patmos. Visões essas constantes 
no “Registro do Tempo”. Esse é um assunto também 
um tanto quanto difícil. A Energia Vital, Deus, o 
Todo, para manter tudo funcionando com a 
perfeição que é e que a cada dia mais me convenço 
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66 
 
da indescritível infinidade de tudo e me emociono 
ao falar, está em tudo. 
O Todo não poderia deixar de estar no passado. 
Também não poderia deixar de estar no futuro. Do 
mesmo modo também estáno presente. Nós 
próprios, em estado um pouco mais sutil, podemos 
realmente voltar e ver o que se passou em cada 
tempo. Também podemos avançar até um certo grau 
no futuro, incerto, mas previsível e construído no 
presente, projetando-se no tempo. 
Então podemos afirmar que o passado se repete 
continuamente. O futuro se altera continuamente. 
Resumindo, o presente é o passado concretizado e o 
futuro alterado. Podemos voltar ao passado por uma 
vontade consciente. Mas não podemos alterá-lo. 
Não podemos mover o que quer que seja. Não 
podemos ser ouvidos, nem mesmo sentido. Como 
um filme de televisão repetido. Não pode ver 
mudada uma cena, também o passado não pode ser 
mudado. Mas pode ser visto e revisto por quantos 
queira e tenham condições de ver. 
Já o futuro pode ser visto, sentido. Mas somente 
pode ser alterado no próprio presente. Se estivermos 
no futuro, que é uma projeção do presente, não 
podemos, também, mover ou alterar tal projeção. E 
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mesmo assim Deus está presente em todo e qualquer 
tempo, pois senão não existiríamos fora do presente. 
Viajar no tempo é como se projetar nós mesmos para 
trás e para frente. Para usufruir de tal poder 
precisamos ser lúcidos. A loucura é o fim dos que 
tentam viver em tal condição sem entender o próprio 
tempo. Viver sem compreender é semelhante a 
construção que fazem os doentes de todas as 
espécies que sofrem a deterioração da própria forma 
por crer efetivamente estarem doentes. 
Formas espirituais 
 As formas materiais invisíveis são atributos 
antigos, gerados através do tempo por meio de um 
processo mento-aglutinativo, somente capaz de ser 
conseguida depois que o princípio espiritual passa a 
ser espírito da natureza. 
Nesse estágio a força espiritual do ser já consegue 
manter uma forma. Não é das mais belas, mas é uma 
forma. Têm características meio animalescas. 
Alguns com orelhas grandes, outros com asinhas 
como a das abelhas, outros com narizes grandes 
como os leopardos. 
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68 
 
Guardam, assim, a semelhança com suas últimas 
experiências biológicas e mantém essas formas até 
que tenham condições de habitar na forma 
humanoide, quando então ingressam na era pré-
histórica do homem. A natureza não dá saltos, dizia 
Alberto Santos Dumont. 
 A partir daí evoluem até a forma mais branda e bela 
do homem, para ao final abandonar essa forma 
biológica e usar somente a forma material invisível. 
Nesse estado o ser já pode ser chamado de anjo, pois 
suas ações, pensamentos e atos revelam uma 
bondade e amor supra-humano. 
Em sentido inverso, o uso da maldade, ódio e todo 
tipo de vícios, degenera a forma, apodrece o veículo 
de manifestação do espírito até uma condição 
irreconhecível. Somente com grande esforço 
conseguem sair de tais estados. 
Então, quando o arrependimento sincero, permeado 
pela mais pungente dor, faz eclodir o desejo de 
mudança e melhoria, os diligentes e abnegados 
soldados do cordeiro os auxilia a nascer. Nascem 
junto aos que deles têm afinidade, estropiados, 
dementes, cegos, surdos, aleijados, pois a 
consciência não foi suficientemente forte para forjar 
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69 
 
um corpo biológico perfeito. Mesmo porque, o 
próprio ser estava imperfeito. 
Para uma compreensão melhor, poderíamos 
comparar esse processo com o encapsulamento de 
um líquido. Lógico que o líquido vai adquirir a 
forma da cápsula. O corpo biológico, apesar do 
auxílio da genitora, sofre a variação da cápsula do 
espírito. 
Em qualquer mundo em que nos manifestamos, 
apresentamos a forma própria de nossas formas 
interiores, com raríssimas exceções. 
Não é à toa que temos tanto medo de o corpo 
biológico morrer, principalmente se não 
acreditamos em vidas diferentes dessas. Geralmente 
somos levados, ainda que de passagem, para esses 
“purgatórios” humanos, onde toda espécie de vícios 
é visível. Onde o ódio impera e a violência é o 
preceito natural. 
Animais e células 
Há quem diga que animais têm espírito. Realmente, 
muitos agem melhores que os homens. E por isso 
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70 
 
poderiam ser tratados com mais respeito e carinho e 
até mesmo como mais espiritualizados. 
Mas os animais possuem, como já falados, princípio 
espiritual. A força que lhes é própria ainda não 
consegue manter uma forma espiritual depois que 
deixam o corpo biológico. 
O processo de morte e vida dos animais é 
acompanhado por espíritos da natureza que se 
encarregam de realojar os princípios em outros 
corpos biológicos próprios à maturidade de cada 
um. 
É um trabalho meticuloso e que nós não vemos. 
Lógico que são acompanhados de perto por 
instrutores mais sapientes dessa atividade. E não é 
só nessa área que atuam aos espíritos da natureza. 
Ingênuos e humildes, obedecem às ordens dos que 
lhes são superiores. Ajudam no florescer das 
plantas, nas águas, no ar, no fogo, nas rochas. Em 
todos os setores, ajudam e aprendem. Até que o 
tempo lhes faculte o conhecimento do bem e do mal, 
imortalizado no conto de Eva, Adão e a serpente, 
quando esta oferece do fruto proibido a Eva e esta a 
Adão. 
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71 
 
E não é só um corpo completo que possui esse 
princípio espiritual. Como também já dito, o 
movimento é o princípio de tudo. Portanto, tudo que 
se move tem um princípio espiritual. 
Os átomos têm uma força que lhes é própria e que 
lhes faculta o conhecer do movimento primitivo. A 
célula, também. E a especialização, como as células 
do coração, fazem com que a célula daquele 
conjunto se comporte de forma diferente e peculiar 
própria. Então, o coração possui um princípio 
espiritual específico, os rins também, os pulmões, 
também. 
Na escala da natureza, o maior doa ao menor e o 
menor contribui para o maior. Por isso cada 
princípio de cada célula recebe a informação ou 
conhecimento do conjunto “coração” e este recebe 
do corpo, e o corpo recebe do espírito. 
 Por isso, as formas de pacotes de energias 
distribuídos a cada célula pelo corpo humano têm 
uma natureza diferente dos pacotes de energia 
distribuídos a cada célula de um animal. Nessas o 
componente mais predominante é a manutenção da 
vida com uma gama bastante grande de violência. 
Em nós os pacotes já são mais puros, com 
informações de carinho, amor, bondade, como 
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72 
 
também de ódio, raiva, vingança. Mas mesmo 
assim, são mais sutis. 
Como os princípios espirituais estão em toda a 
natureza, também, se encontram nos vegetais, que se 
demoram mais para serem “desligados” e levados a 
outras sementes, o que ocorre por meio do ar e da 
terra, com o componente “água”. 
Quando comemos qualquer coisa, ao mastigar, 
quebramos os meios biológicos e misturamos a eles 
ácidos que fazem os princípios espirituais serem 
absorvidos por nós. Esse é o processo pelo qual ao 
ingerirmos carne, obtemos princípios espirituais 
animalizados, que no farão parte de nosso próprio 
corpo. Se não ingerirmos mais, demorará um pouco 
até que os sentidos alterem a forma dos pacotes de 
energia ali depositados durante a vida do animal ao 
qual estamos comendo, seja vaca, cabrito, galinha, 
coelho. 
Também, aliado a vários outros fatores fisiológicos, 
é o que faz com que as células possam se regenerar, 
porque a cada divisão celular corresponde a um 
processo de união da parte biológica ao princípio 
espiritual advindo dos alimentos. 
Assim fazemos nossa parte na economia da vida: 
transmitimos aos novos princípios espirituais que 
O JEJUM DA VIDA ETERNA 
Mensagem milenar 
 
 
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ingerimos informações novas, como o amor, mais 
fácil transmitir quando os componentes são mais 
puros, o que iremos encontrar nas plantas, que não 
despejaram o instinto

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