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Toxicologia Ocupacional Higiene Ocupacional ciência que trata do reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ocupacionais, originados no ou do local de trabalho, que podem causar doença, comprometimento da saúde, do bem- estar, ou significante desconforto para os trabalhadores ou membros de uma comunidade ciência ampla grande diversidade de riscos no local de trabalho agentes químicos agentes físicos (ruído, calor, radiações ionizantes) agentes biológicos (microrganismos) fatores ergonômicos (monotonia, fadiga, posição e/ou ritmo de trabalho) efeitos de diferentes estressores combinados (exposição simultânea a solventes orgânicos e ruídos) agentes químicos maioria dos riscos (frequência de uso e diversidade de substâncias) uso industrial, mais de 70.000 substâncias químicas entre as diversas atividades da Higiene Ocupacional tema de contato íntimo com a Toxicologia Ocupacional Toxicologia Ocupacional estudo dos efeitos nocivos causados pela interação de agentes químicos presentes no ambiente de trabalho com o organismo dos indivíduos a eles expostos finalidades: prevenir, diagnosticar e tratar as intoxicações ocupacionais doença ocupacional por um agente químico contato entre o trabalhador e agente tóxico agressão a pele ou mucosas (ocular e/ou trato respiratório) absorção → sítios de ação têm importância, a toxicidade da substância e o risco que oferece exposição ocupacional a um agente químico situação decorrente de uma atividade profissional em que o trabalhador tem contato com um agente químico de tal forma que exista a possibilidade de ocorrência de efeito nocivo local ou sistêmico, a curto, médio ou longo prazo a forma de manuseio das substâncias e as condições de trabalho e ambientais são determinantes da exposição ocupacional substância química → alterações do estado de saúde → doença ocupacional prevenção: substituir a substância responsável pelo efeito tóxico se não for possível controlar a exposição à substância (níveis compatíveis com permanência do estado de saúde) Avaliação e controle da exposição ocupacional monitoramento no Brasil, NR n. 9 (Portaria 3214, 28/12/1978 (Ministério do Trabalho) estabelece princípios básicos para a avaliação e controle da exposição ocupacional a agentes químicos, físicos e biológicos Monitoramento atividade, sistemática, contínua ou repetitiva, relacionada com o estado de saúde, finalizada quando necessário com a adoção de medidas corretivas Monitoramento Ambiental determinação, habitualmente na atmosfera do ambiente de trabalho, dos agentes presentes neste para avaliar o risco à saúde, comparando-se os resultados com referências apropriadas Monitoramento Biológico determinação dos agentes e/ou de seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, ar expirado dos indivíduos expostos para avaliar a exposição e o risco a saúde comparando-se os resultados obtidos com referências apropriadas Monitoramento Ambiental (MA) limites de exposição ocupacional (LEO) referem-se a concentrações máximas das substâncias químicas dispersas no ar e representam condições sob as quais se supõe que quase todos os trabalhadores podem estar expostos, dia após dia, sem efeitos adversos á saúde Limites de Tolerância (LT) legislação brasileira, Portaria Ministerial 3.214 (Ministério do Trabalho e Previdência, de dezembro de 1978) - Norma Regulamentadora n. 15 (NR-15), anexo 11, estabelece: as substâncias com insalubridade caracterizada por LT em tabela com os valores de LT NR-15 limites (1977) da American Conference of Governmental Industrial Hygienists)/USA (ACGIH) redução dos valores a 78% (adaptação de 40 para 48 horas semanais) limites ultrapassados → insalubridade → adicional de 10, 20 ou 40% do salário mínimo poucas atualizações (pouco valor técnico) dados completos e regulamentados para pequena percentagem de substâncias adoção de limites de outros países conduta discutível fatores que devem ser considerados, ao propor limites: características individuais dos trabalhadores formação profissional nível educacional condições tecnológicas outros referência estrangeira atualizada, Threshold Limit Values (TLV) editados anualmente pela ACGIH congrega especialistas em Higiene e Toxicologia Ocupacional entidade não governamental, sofre menos pressões político-social anualmente, Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) traduz e edita livreto dos TLV e distribui (Brasil e outros países de língua portuguesa) nível de ação (NA) do ponto de vista técnico e segundo a legislação brasileira (NRs: 9 e 7) concentração no ambiente, a partir da qual os trabalhadores são considerados expostos ao agente químico início das ações de Monitoramento do Ambiente de Trabalho, Monitoramento Biológico e Vigilância da Saúde 50% do LEO (LT ou TLV) dificuldades na aplicação dos LT ou TLV: (1) referem-se apenas a substâncias dispersas no ar (2) aplicam-se a quase dos trabalhadores. Os mais sensíveis ou muito susceptíveis não são protegidos (3) referem-se a trabalhadores, indivíduos adultos e em condições de saúde compatível com o trabalho, excluindo-se idosos, crianças e doentes (4) não fazem diferenciação quanto ao gênero (diferença de suscetibilidade entre homens e mulheres) (5) no caso da mulher grávida é aplicado à mulher e não considera o feto ou a criança (6) estabelecidos considerando uma determinada jornada de trabalho, qualquer alteração (horas extra, por exemplo) impossibilita sua aplicação (7) estabelecido para um determinada substância, precauções quando houver uma mistura de substâncias e considerar a possibilidade de interação MA (fundamentado nos LT ou TLV) → estimar a exposição não é completamente satisfatório para evitar riscos realização é imprescindível, oferece proteção aos trabalhadores coletivamente alguns agentes químicos (por ex.: dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio e outros, único meio de evitar agravos à saúde Monitoramento Ambiental e Monitoramento Biológico se completam Monitoramento Biológico (MB) requer indicadores biológicos ou bioindicadores ou biomarcadores vantagens do MB indicadores biológicos mais diretamente associados com os efeitos nocivos à saúde melhor estimativa dos riscos que o MA dificuldades do MB número pequeno de bioindicadores disponíveis conhecimento das características toxicocinéticas e toxicodinâmicas do xenobiótico tipos de indicadores biológicos de exposição (IBE) indicadores de dose interna indicadores de efeito indicadores de suscetibilidade indicadores de dose interna determinação da substância química ou seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, ar expirado dos indivíduos expostos expressam simplesmente a exposição à substância química refletem a quantidade do xenobiótico absorvida quase nunca existe a correlação entre esse indicador e a intensidade do efeito produzido correlação com a concentração da substância química presente no ambiente de trabalho por ex.: determinação de ácido hipúrico na urina (produto de biotransformação) na exposição ocupacional ao tolueno concentração de ácido hipúrico na urina correlaciona-se bem com a concentração de tolueno no ar muitos não são seletivos não representam a exposição a uma única substância química preferencialmente, determinação da substância inalterada indicadoresde efeito determinação de alterações biológicas precoces, reversíveis em tecidos, secreções, ar expirado dos indivíduos expostos, as quais se desenvolvem no órgão alvo da ação tóxica de uma determinada substância química avaliam diretamente o risco ao estado de saúde existe correlação entre esse indicador e a intensidade do efeito produzido requer conhecimento do mecanismo de ação tóxica da substância química por ex.: determinação de carboxihemoglobina em sangue de indivíduos expostos ao CO determinação da acetilcolinesterase em sangue de indivíduos expostos a inseticidas organofosforados indicadores de suscetibilidade exprimem uma condição adquirida ou congênita capacidade limitada do organismo de enfrentar a exposição a uma determinada substância química discriminação e limitação do direito ao trabalho estudos promissores, mas número muito limitado de indicadores disponíveis Limites Biológicos de Exposição (LBE) referem-se a valores máximos permissíveis dos indicadores biológicos de exposição. Os valores abaixo desse limite não representam risco significativo para os trabalhadores à luz dos conhecimentos atuais vistos como níveis de advertência propostos com base na relação dose-resposta não como valores que separam exposições seguras de exposições de risco revisão dos valores novos dados experimentais, clínicos e de estudos epidemiológicos no Brasil Índice Biológico Máximo Permitido (IBMP) Norma Legal desde 1983, atualizada em 1994 pela Portaria n. 24 de 29/12/1994 requesito fundamental para a realização do MB (fundamentado nos IBEs) concentração de um indicador biológico no indivíduo exposto deve ser avaliada frente ao valor de IBMP e valor de referência (normal) do indicador biológico considerado valor de referência (normal) corresponde ao nível do indicador determinado em uma população, cuja principal característica é não estar exposta por motivo profissional ou por situação particular ambiental a substância química considerada Vigilância da saúde atividade sanitária desenvolvida pelo médico do trabalho com o objetivo de evidenciar o mais precoce possível, as alterações do estado de saúde que podem ser conseqüência da exposição a uma substância química e podem tornar presente uma contra indicação a essa substância finalidade prevenir ou individualizar (através do diagnóstico e intervenção) a doença ocupacional MB instrumento para o médico desempenhar corretamente o programa de vigilância da saúde NR n.7 da portaria 3214 do MT, Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO)
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