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FUNDAMENTOS SOCIOANTROP09E

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1.
		Assinale a alternativa ERRADA com relação ao entendimento da "boa forma" como mercadoria.
	
	
	
	Há uma hipervalorização da perspectiva estética na sociedade contemporênea.
	
	
	Um corpo fora de forma é um corpo simbolicamente morto.
	
	
	O sentido de um corpo "em forma" aproxima-se da ideia de um corpo saudável.
	
	
	Um corpo saudável é um corpo trabalhado, disciplinado e que pode ser conquistado.
	
	
	As condições fisiológicas e hereditárias são as principais responsáveis pelos insucessos estéticos como a gordura ou a magreza.
	
	Gabarito
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	Gabarito
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		2.
		Como nos informa Helman (2003), é comum entre os Massa do norte da República dos Camarões, as "sessões de engorde" masculino, vistas como positivas. Assim, "nem a gordura nem a obesidade são malvistas, nem consideradas como 'fatores que contribuem para distúrbios psicológicos ou passaportes para a morte'. Em comparação, pessoas magras são vistas como fracas e cansadas, e a forma de seu corpo é tida com feia e ridícula" (HELMAN, 2003, p. 26).
As considerações de Helman sobre os Massa nos permite concluir que:
	
	
	
	As crenças e valores sociais não deveriam prevalecer sobre os critérios objetivos e científicos de saúde.
	
	
	A forma dos corpos é frequentemente alterada para se conformar aos padrões culturalmente prescritos.
	
	
	A alteração dos corpos desconsidera critérios básicos de saúde e segurança.
	
	
	O grupo citado por Helman necessita urgentemente de intervenção na área de prevenção e promoção de saúde, ou irá desaparecer em breve.
	
	
	A obesidade é um sinal universal de desajustamento fisiológico e psicológico.
	
	Gabarito
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	Gabarito
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		3.
		"A palavra aparece no fim do séc. XI. Designa, nomeadamente, um pedaço de terra trabalhada para produzir vegetais e torna-se sinônimo de agricultura (cultura alimentar, cultura forrageira, policultura). Em meados do séc. XVI, o sentido figurado começa a ser empregado pelos humanistas do Renascimento. É no séc. XVIII as ciências, as letras e as artes a tornam um símbolo da filosofia das Luzes e que Hobbes designa por o trabalho de educação do espírito em particular durante a infância. O homem cultivado tem gosto e opinião, requinte e boas maneiras. No séc. XIX, a palavra tem por sinônimo "civilização" (termo preferido pelos franceses). Mas, ao passo que E. F. Tylor (1871) define através do desenvolvimento mental e organizacional das sociedades, como "esse todo complexo que inclui os conhecimentos, as crenças religiosas, a arte, a moral, os costumes e todas as outras capacidades e hábitos que o homem adquire enquanto membro da sociedade", a antropologia cultural americana, uns sessenta anos mais tarde, insiste no desenvolvimento material e técnico e na transmissão do patrimônio social. Segundo os culturalistas, enquanto modo de vida de um povo, é uma aquisição humana, relativamente estável mas sujeita a mudanças contínuas que determina o curso das nossas vidas sem se impor ao nosso pensamento consciente. O sentido moderno do termo reporta aos modos de comunicação do saber nas sociedades em rápida transformação e aos objetos simbólicos produzidos por uma sociedade para veicular valores. A atenção incide nos mitos, noções, imagens e modelos espalhados em certos grupos sociais (cultura popular, cultura de elite) e por certos canais de difusão do saber: a cultura de massa é simultaneamente a que é transmitida pelos media e a que se dirige a um largo público. Ligada à sociedade do conhecimento, a sociologia considera os criadores das obras simbólicas pelas quais se exprimem representações do mundo, a relação das obras e do autor com a sociedade na qual eles operam, o sistema de produção das obras do espírito e o campo ideológico onde se situam os emissores e receptores de obras culturais." Estamos tratando aqui do conceito de
	
	
	
	instituições sociais
	
	
	ética
	
	
	política
	
	
	cultura
	
	
	doença
	
Explicação:
Para Goldenberg e Ramos (2002), "um olhar mais cuidadoso sobre esta 'redescoberta' do corpo permite que se enxerguem não apenas os indícios de um arrefecimento dos códigos da obscenidade e da decência, mas, antes, os signos de uma nova moralidade, que, sob a aparente libertação física e sexual, prega a conformidade a determinado padrão estético, convencionalmente chamado de 'boa forma¿.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Considere o depoimento abaixo:
"Para mim, doença de verdade mesmo é aquilo que não deixa eu levantar da cama e ir trabalhar. Um machucadinho, uma dorzinha de cabeça ou um resfriado bobo não é doença. Não posso ficar doente a toa porque tenho mulher e filhos para cuidar e comida pra botar na mesa" (Jonas, operário da construção civil).
A significação que Jonas atribui aos estados de doença nos permite concluir que:
	
	
	
	No contexto social do operário, doença deve ser considerada como presença de qualquer enfermidade.
	
	
	O sentido de saúde é equivalente a ausência de enfermidade.
	
	
	Nas classes sociais menos favorecidas social e economicamente, as pessoas adoecem menos.
	
	
	A compreensão dos estados de adoecimento independe dos contextos sociais.
	
	
	Existe uma clara associação entre adoecimento e impossibilidade e trabalho.
	
	Gabarito
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	Gabarito
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		5.
		Ao atender um paciente em seu consultório, um profissional de saúde observa atentamente a maneira como está vestido, se expressa e se comporta. Além do inventário dos sintomas, de dados biomecânicos e funcionais, indaga sobre hábitos, filiação religiosa e aspectos do seu relacionamento afetivo-sexual.
Com relação ao procedimento utilizado pelo profissional podemos afirmar, EXCETO que:
	
	
	
	o sujeito é compreendido como determinado por várias dimensões.
	
	
	o corpo é entendido como passível de leitura, isto é, "o corpo fala" e deve ser interpretado. 
	
	
	o principal elemento para o diagnóstico são as disfunções orgânicas observáveis.
	
	
	o profissional de saúde considera para seu diagnóstico vários aspectos da vida do paciente.
	
	
	os aspectos religiosos são importantes.
	
	Gabarito
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	Gabarito
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		6.
		Dizemos que nossa identidade vai sendo construída à medida que estabelecemos: 
	
	
	
	relações com indivíduos de uma mesma classe social.
	
	
	relações com indivíduos de um mesmo grupo étnico.
	
	
	relações com o meio ambiente.
	
	
	relações com outros indivíduos nos diversos grupos.
	
	
	relações com indivíduos da mesma faixa etária.
	
Explicação:
Dizemos que nossa identidade vai sendo construída à medida que estabelecemos relações com outros indivíduos nos diversos grupos. Cada um deles funciona como uma espécie de espelho no qual nos vemos refletidos e nos orientamos mais ou menos à sua imagem e semelhança.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		28/8/2014 às 00h30 (Atualizado em 28/8/2014 às 12h19) Jovem posta foto com namorado e é alvo de racismo: "Onde comprou essa escrava?" Caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Muriaé, na Zona da Mata mineira "Onde comprou essa escrava?". Foi com esse comentário que uma jovem de Muriaé, na Zona da Mata de Minas Gerais, se deparou ao entrar em seu perfil no Facebook. A menina, negra, tinha publicado uma foto com o namorado, que é branco. Na sequência, vieram mais frases preconceituosas. O autor do primeiro comentário escreveu outras vezes: "Me vende ela". Um rapaz perguntou: "Seu dono? ". Enquanto um terceiro internauta disse "parece até que estão na senzala". O caso agora é investigado pela Polícia Civil. Portal R7 Notícias - 28/8/2014 às 00h30 (Atualizado em 28/8/2014 às 12h19) Vimos nas aulas que muito mais do que uma evidência anatomofisiológica, o corpo humano é um corpo simbólico que carrega significados que variam de acordo com o contexto e o momento histórico. A reportagem acima mostra que:
	
	
	
	Os brasileiros são muito divertidos e não perdem a oportunidade de fazerpiadas.
	
	
	No Brasil há uma percepção da igualdade entre as pessoas independente de suas características fisionômicas.
	
	
	Não existe racismo no Brasil.
	
	
	No Brasil a escravidão ainda não foi abolida.
	
	
	No Brasil ainda persistem representações raciais hierarquizantes.
	
	Gabarito
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	Gabarito
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		8.
		Na sociedade capitalista de produção de consumo, onde a indústria cultural reproduz a ideologia da não repressão e "revela-se em todos os setores como liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa" (Horkheimer & Adorno, 1985, p. 156), a imagem corporal torna-se uma representação fundamental, porque é através dela que se ganha reconhecimento estético, saúde, bem-estar, fama e status social e financeiro. Dissemina-se a ideia de que o corpo é um objeto de propriedade particular no qual o sujeito tudo pode; no entanto  a sociedade capitalista omite que "esse tudo pode" é uma ilusão, pois ela impõe padrões para o ideal corporal, portanto o sujeito é mero executor das normas de consumo em seu próprio corpo; como afirma Ramos (2008), a ideologia da sociedade de consumo se inscreve no corpo. LIMA; BATISTA e LARA JUNIOR. A ideologia do corpo feminino perfeito: questões com o real. Revista Psicologia em Estudo. vol.18 no.1 Maringá Jan./Mar. 2013.
A partir da leitura do texto acima é possível afirmar que:
I - A moral subjacente a esse novo padrão estético vê o indivíduo como principal responsável por sua aparência física. 
II - Nesse novo padrão estético o corpo, apesar de aparentemente mais livre por seu maior desnudamento e exposição pública, é, na verdade, muito mais constrangido por regras sociais interiorizadas pelos seus portadores. 
III - Nesse novo padrão estético o corpo masculino, ao contrário do corpo feminino, escapa ao controle ideológico da sociedade de consumo.
	
	
	
	Apenas a afirmativa I é correta.
	
	
	As afirmativas I e III são corretas.
	
	
	As afirmativas I e II são corretas.
	
	
	Apenas a afirmativa III é correta.
	
	
	As afirmativas II e III são corretas.
	
	Gabarito
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	Gabarito
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