Buscar

RBGO_v36n5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia 
núm
ero 5 p. 189-234
Maio 2014 
volume 36
Maio
2014
volume 36
nº 5
ISSN 0100-7203
CERAZETTE®, Desogestrel. APRESENTAÇÃO: cartucho com 1 cartela com 28 comprimidos. Cada comprimido contém: Desogestrel 75 mcg. INDICAÇÕES: contracepção. CONTRAINDICAÇÕES: CERAZETTE® não deve ser usado na presença de qualquer das condições abaixo ou se as 
mesmas ocorrerem pela primeira vez, o produto deve ser descontinuado imediatamente: gravidez ou suspeita de gravidez; distúrbio tromboembólico venoso ativo; presença ou história de doença hepática grave enquanto os valores de função hepática não tenham retornado ao normal; tumores 
progestagênio-dependentes; sangramento vaginal não diagnosticado; hipersensibilidade a qualquer componente do CERAZETTE®. PRECAUÇÕES e ADVERTÊNCIAS: durante o uso de contraceptivos orais (COs) o risco de ter câncer de mama diagnosticado está levemente aumentado. 
Entretanto, para esses contraceptivos de progestagênio isolado, a evidência é menos conclusiva. Avaliar risco-benefício no caso de câncer hepático. Investigações epidemiológicas associaram o uso de COC a uma maior incidência de tromboembolismo venoso (TEV, trombose venosa profunda 
e embolismo pulmonar). Embora a relevância clínica deste achado para Desogestrel usado como contraceptivo na ausência de um componente estrogênico seja desconhecida, CERAZETTE® deve ser descontinuado em caso de trombose. A descontinuação de CERAZETTE® deve também ser 
considerada e caso de imobilização prolongada devida à cirurgia ou doença. Mulheres com história de distúrbios tromboembólicos devem ser alertadas sobre a possibilidade de recorrência. Embora os progestagênios possam apresentar efeito sobre a resistência à insulina e sobre a tolerância à 
glicose, não há evidência da necessidade de alterar o regime terapêutico em diabéticas usando contraceptivos de progestagênio isolado. Entretanto, mulheres diabéticas devem ser cuidadosamente observadas enquanto usarem CERAZETTE®. O tratamento com CERAZETTE® leva à redução 
dos níveis séricos de estradiol para um nível correspondente à fase folicular inicial. Apesar do fato de CERAZETTE® inibir a ovulação, a gravidez ectópica deve ser considerada no diagnóstico diferencial se a mulher tem amenorréia ou dor abdominal. Cloasma pode ocorrer ocasionalmente. 
As seguintes condições foram relatadas durante a gravidez e durante uso de esteróide sexual, mas a associação com o uso de progestagênios não foi estabelecida: icterícia e/ou prurido relacionado a colestase; formação de cálculo de vesícula; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome 
urêmica hemolítica; corea de Sydenham; herpes gestacional; perda da audição relacionada a otosclerose. Mesmo quando CERAZETTE® é tomado regularmente, podem ocorrer distúrbios de sangramento. As mulheres devem ser informadas de que CERAZETTE® não protege contra HIV 
e outras doenças sexualmente transmissíveis. Com todos os contraceptivos hormonais de baixa dosagem, o desenvolvimento folicular ocorre e ocasionalmente o folículo pode continuar o desenvolvimento além do tamanho que poderia atingir num ciclo normal. Geralmente, esses folículos 
aumentados desaparecem espontaneamente. A eficácia dos contraceptivos de progestagênio isolado pode ser reduzida no caso de esquecimento de tomar os comprimidos, distúrbios gastrintestinais ou de utilização de medicação concomitante. Estudos epidemiológicos extensos mostraram 
que não há risco aumentado de malformações nas crianças de mães que utilizaram contraceptivos orais antes da gravidez, nem efeitos teratogênicos quando os contraceptivos orais forem administrados inadvertidamente no início da gestação. Dados de farmacovigilância coletados com vários 
COCs contendo desogestrel também não indicam um risco aumentado. CERAZETTE® não influencia a produção ou a qualidade do leite materno, mas uma pequena quantidade de etonogestrel é excretada no leite. REAÇÕES ADVERSAS: as reações adversas relatadas com maior freqüência 
nos estudos clínicos com CERAZETTE® (>2,5%) foram sangramento irregular, acne, alterações de humor, dor nas mamas, náusea e aumento de peso. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: podem ocorrer interações com fármacos indutores de enzimas microsomais, resultando em aumento 
da depuração dos hormônios sexuais. Foram estabelecidas interações com hidantoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina, oxcarbazepina, topiramato, rifabutina, felbamato, ritonavir, griseofulvina e produtos fitoterápicos contendo Hypericum perforatum. Durante o tratamento 
com carvão medicinal, a absorção do esteróide do comprimido pode ser reduzida bem como sua eficácia contraceptiva. Contraceptivos orais podem interferir com o metabolismo de outros fármacos (por ex., ciclosporina), consequentemente concentrações plasmáticas e tissulares podem ser 
afetadas. Dados obtidos com contraceptivos orais combinados mostraram que os esteróides contraceptivos podem influenciar os resultados de certos testes de laboratório, incluindo parâmetros bioquímicos do fígado, tireóide, adrenal e de função renal, níveis séricos de proteínas (carregadoras). 
POSOLOGIA: deve-se tomar um comprimido ao dia durante 28 dias consecutivos na ordem indicada pelas setas impressas na cartela, com pequena quantidade de líquido, aproximadamente no mesmo horário. Cada cartela subseqüente deve ser iniciada imediatamente após o término da anterior. 
Superdosagem: não há relatos de reações adversas graves em decorrência de superdose. Nesta situação os sintomas que podem ocorrer são: náuseas, vômitos e, em meninas e adolescentes, discreto sangramento vaginal. Não há antídotos e o tratamento deve ser sintomático. VENDA SOB 
PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. MS: 1.0171.0089
Dentre as informações citadas em bula, ressaltamos que este medicamento é contraindicado em casos de gravidez 
ou suspeita de gravidez e tumores dependentes de progestagênio. Podem-se esperar interações medicamentosas 
durante o uso concomitante de CERAZETTE com hidantoínas, barbituratos, primidona, carbamazepina, rifampicina.
Copyright © 2010 Merck Sharp & Dohme Corp., subsidiária de Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, NJ, EUA.
Todos os direitos reservados.
Antes de prescrever, recomendamos a leitura da Circular aos Médicos (bula) completa para informações detalhadas sobre o produto.
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVE SER CONSULTADO.
02
-2
01
5-
CE
R-
14
-B
R-
J 
W
OM
N-
11
09
82
0-
00
00
 I
M
PR
ES
SO
 E
M
 F
EV
ER
EI
RO
/2
01
4
CERAZETTE, CONSIDERADO 
REfERêNCIA NO mERCADO DE 
CONtRACEpçãO1, AGORA VEm COm 
3 blíStERES NA mESmA CAIxA!
Referência Bibliográfica: 1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Lista de medicamentos de referência. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/referencia/lmr_a.pdf. Acessado em 18 de junho de 2013. 
ISSN 0100-7203
Publicação mensal
SECRETÁRIA EXECUTIVA
Rosane Aparecida Cunha Casula
REVISORA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Maria Cristina Manduca Ferreira
Eliana Martorano Amaral (Campinas/SP) 
Geraldo Duarte (Ribeirão Preto/SP)
João Luiz Pinto e Silva (Campinas/SP)
José Maria Soares Junior (São Paulo/SP)
Marilza Vieira Cunha Rudge (Botucatu/SP)
Rosiane Mattar (São Paulo/SP)
Rossana Pulcinelli Vieira Francisco (São Paulo/SP)
Sophie Françoise Mauricette Derchain (Campinas/SP)
Daniel Guimarães Tiezzi (Ribeirão Preto/SP)
Antonio Alberto Nogueira (Ribeirão Preto/SP)
Antonio Jorge Salomão (São Paulo/SP)
Carlos Augusto Alencar Jr. (Fortaleza/CE)
Eddie Fernando Candido Murta (Uberaba/MG)
Edmund Chada Baracat (São Paulo/SP)
Francisco Mauad Filho (Ribeirão Preto/SP)
Geraldo Duarte (Ribeirão Preto/SP)
Gutemberg Leão de Almeida Filho (Rio de Janeiro/RJ)
Haroldo Capurro Alzola (Montevideo, Uruguay)
Iracema de Mattos Paranhos Calderon (Botucatu/SP)
Ivo Behle (Porto Alegre/RS)
Jesus de Paula Carvalho (São Paulo/SP)
Jon Oyvind Odland (Tromso, Norway)
José Carlos Peraçoli (Botucatu/SP)
José Geraldo Lopes Ramos (Porto Alegre/RS)
José Guilherme Cecatti (Campinas/SP)
JoséMeirelles Filho (Cuiabá/MT)
Joseph A.Spinnato, II (Cincinnati, Ohio) 
Krikor Boyaciyan (São Paulo/SP)
Luiz Carlos Zeferino (Campinas/SP)
Luiz Gerk de Azevedo Quadros (São Paulo/SP)
Luiz Henrique Gebrim (São Paulo/SP)
Manoel J. B. Castello Girão (São Paulo/SP)
Manuel de Jesus Simões (São Paulo/SP)
Marair Gracio Ferreira Sartori (São Paulo/SP)
Marcelo Zugaib (São Paulo/SP)
Marcos Felipe Silva de Sá (Ribeirão Preto/SP)
Maria de Lourdes Brizot (São Paulo/SP)
Marilza Vieira Cunha Rudge (Botucatu/SP)
Melania Maria Ramos de Amorim (Campina Grande/PB)
Nilma Antas Neves (Salvador/BA)
Paulo Traiman (Botucatu/SP)
Ricardo Mello Marinho (Belo Horizonte/MG)
Roseli Mieko Yamamoto Nomura (Santo André/SP)
Ruffo de Freitas Júnior (Goiânia/GO)
Rui Alberto Ferriani (Ribeirão Preto/SP)
Sebastião Freitas de Medeiros (Cuiabá/MT)
Selmo Geber (Belo Horizonte/MG)
Sérgio Hofmeister de Almeida Martins Costa (Porto Alegre/RS)
Sérgio Mancini Nicolau (São Paulo/SP)
Técia Maria de Oliveira Maranhão (Natal/RN)
Victor Hugo de Melo (Belo Horizonte/MG)
Wagner José Gonçalves (São Paulo/SP)
Wellington de Paula Martins (Ribeirão Preto/SP)
Editores Associados
Editor Executivo
Conselho Editorial
Jurandyr Moreira de Andrade (Ribeirão Preto/SP)
Editor Científico
Órgão Oficial de Divulgação Científica da Federação Brasileira das 
Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Publicação indexada na Base de 
Dados LILACS e SciELO. Disponível 
eletronicamente no SciELO 
www.scielo.br/rbgo nas versões 
português e inglês
Acesso eletrônico através da Scopus: 
www.scopus.com/scopus/home.urlIndexada na Base de 
Dados Medline
 
Rev Bras Ginecol Obstet v. 36, n. 5, p. 189-234, maio 2014
Órgão Oficial de Divulgação Científica da Federação Brasileira das 
Associações de Ginecologia e Obstetrícia
RBGO – EDITORIA
Av. Bandeirantes, 3900 – 8º andar – Campus Universitário
14049-900 – Ribeirão Preto/SP
Fone (16) 3602-2803 – FAX (16) 3633-0946
Expediente
REVISTA BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA, ISSN 0100-7203, é uma publicação 
mensal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
A responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos é de inteira responsabilidade de seus 
autores. É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos, desde que mencionada a fonte.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Presidente
Etelvino de Souza Trindade (DF)
Diretora Administrativa
Vera Lúcia Mota da Fonseca (RJ)
Diretor Financeiro
Francisco Eduardo Prota (SP)
Diretor Científico
Nilson Roberto de Melo (SP) 
Diretor de Defesa Profissional
Hélcio Bertolozzi Soares (PR)
Vice-presidente da região Norte
Júlio Eduardo Gomes Pereira (AC)
Vice-presidente da região Nordeste
Olímpio Barbosa Moraes Filho (PE) 
Vice-presidente da região Centro-Oeste
Paulo Roberto Dutra Leão (MT)
Vice-presidente da região Sudeste
Agnaldo Lopes da Silva Filho (MG)
Vice-presidente da região Sul
Jorge Abi Saab Neto (SC)
Assessora Especial de Diretoria
Hitomi Miura Nakagava (DF)
RBGO é uma revista mensal com entrega automática para os sócios da FEBRASGO. Remessa com devolução 
garantida em caso de erro postal.
Assinaturas para pessoas jurídicas pelo fax (21) 2429-5133
TIRAGEM: 700 exemplares
Os pedidos de separatas devem ser feitos pelo telefone: 0800 77 23023. As separatas reproduzirão fielmente o 
texto publicado, não podendo ser feitos acréscimos ou exclusões no mesmo.
Produção Editorial
ZEPPELINI EDITORIAL
Rua Bela Cintra, 178 
Cerqueira César – São Paulo – SP – 01415-000
PABX: (11) 2978-6686 
www.zeppelini.com.br 
zeppelini@zeppelini.com.br 
Avenida das Américas, 8445 – sala 711
Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 22793-081
Tel.: (21) 2487-6336 – Fax: (21) 2429-5133
www.febrasgo.org.br
presidencia@febrasgo.org.br
publicacoes@febrasgo.org.br
Presidência e Secretaria Executiva
ISSN 0100-7203
Publicação mensal
Sumário
Órgão Oficial de Divulgação Científica da Federação Brasileira das 
Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Rev Bras Ginecol Obstet v. 36, n. 5, p. 189-234, maio 2014
Editorial
189
Gabriele Tonni
liliam CrisTine rolo
edward araujo júnior
Array comparative genomic hybridization (a-CGH): 
state of the art and perspective
Array comparative genomic hybridization (a-CGH): estado-da-arte e perspectiva
Artigos Originais
192
miChelle GarCia disCaCCiaTi
bárbara maria sanTos barboza
luiz Carlos zeferino
Por que a prevalência de resultados citopatológicos do 
rastreamento do câncer do colo do útero pode variar 
significativamente entre duas regiões do Brasil?
Why does the prevalence of cytopathological results of cervical cancer screening can vary 
significantly between two regions of Brazil?
198
Vania reis Girianelli 
luiz Claudio sanTos Thuler
Gulnar azeVedo e silVa
Adesão ao rastreamento para câncer do colo do útero entre 
mulheres de comunidades assistidas pela Estratégia Saúde da 
Família da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil
Adherence to cervical cancer screening among woman from communities assisted by the Family 
Health Strategy at the Baixada Fluminense, Rio de Janeiro State, Brazil
205 
luCiano fernandes loures
eduardo baTisTa Cândido
Paula Vieira Teixeira VidiGal
mariana aTaydes leiTe seabra
luiz armando Cunha de marCo
aGnaldo loPes da silVa-filho
PTEN expression in patients with carcinoma of the cervix and its 
association with p53, Ki-67 and CD31
Expressão do PTEN em pacientes com carcinoma de colo uterino e sua associação com p53, 
Ki-67 e CD31
211 
sayonara drummond 
Thaís silVa souza 
fernanda GoularT de lima 
alan araújo Vieira
Correlação entre o uso de corticoterapia antenatal, a 
reanimação e a mortalidade de recém-nascidos prematuros de 
muito baixo peso
Correlation between antenatal corticosteroid therapy, resuscitation and mortality in very low birth 
weight infants
222
Cláudia maChado Coelho souza de VasConCelos
fabríCio da silVa CosTa 
Paulo César de almeida
edward araujo júnior
helena alVes de CarValho samPaio
Fatores de risco associados à retenção de peso seis meses 
após o parto
Risk factors associated with weight retention in postpartum period
228
maria do Carmo braGa do amaral Tirado
fáTima ferrreira borToleTTi
mary uChiyama nakamura
eduardo de souza
PaTríCia Coelho soárez
adauTo CasTelo filho
abês mahmed amed
Qualidade de vida de gestantes infectadas pelo vírus 
da imunodeficiência humana (HIV) na cidade de São Paulo
Quality of life of pregnant women infected with the human immunodeficiency virus (HIV) in the 
city of São Paulo
Agenda
234 Agenda
216 
Camila PiGaTTo
Caroline mombaque dos sanTos
wendel mombaque dos sanTos
walTer sanTos neme
luiz osório Cruz PorTela
edson nunes de moraes
franCisCo maximiliano PanCiCh GallarreTa
Efeito do exercício físico sobre os parâmetros hemodinâmicos fetais
Effects of physical exercise on the fetal hemodynamic parameters
233
auTora: Gabriela marini
orienTadora: Professora douTora 
marilza Vieira Cunha rudGe
Efeito do diabete induzido por streptozotocin na matriz 
extracelular e no músculo estriado uretral em ratas prenhes
Effects of streptozotocin induced diabetes on the extracellular matrix and urethral striated muscle 
in pregnant rats
Resumo de Tese
V
A Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Rev Bras Gincecol 
Obstet., ISSN 0100 7203), publicação mensal de divulgação científica 
da Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 
é dirigida a obstetras, ginecologistas e profissionais de áreas afins, com 
o propósito de publicar contribuições originais sobre temas relevantes no 
campo da Ginecologia, Obstetrícia e áreas correlatas. É aberta a contri-
buições nacionais e internacionais. A revista aceita e publica trabalhos em 
português, inglês e espanhol. 
O material enviado para análise não pode ter sido submetido simulta-
neamente à publicação em outras revistas nem publicado anteriormente. 
Na seleção dos manuscritos para publicação, são avaliadas originalidade, 
relevância do tema e qualidade da metodologia utilizada, além da ade-
quaçãoàs normas editoriais adotadas pela revista. O material publicado 
passa a ser propriedade da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia 
e da Febrasgo, só podendo ser reproduzido, total ou parcialmente, com 
a anuência dessas entidades. 
Os manuscritos submetidos à revista são analisados por pareceristas 
e o sigilo sobre a autoria e a identidade dos revisores é garantido durante 
todo o processo de edição. Os pareceres dos revisores e as instruções do 
editor serão enviados para os autores para que eles tomem conhecimento 
das alterações a serem introduzidas. Os autores devem reenviar o texto 
com as modificações solicitadas assim que possível, devendo justificar, na 
carta de encaminhamento, se for o caso, o motivo do não atendimento de 
alguma sugestão para modificação. Não havendo retorno do trabalho 
após três meses, presume-se que os autores não têm mais interesse na 
publicação. Os autores podem solicitar em qualquer ponto do processo 
de análise e edição do texto a sustação do processo e a retirada do 
trabalho. Os conceitos e as declarações contidos nos artigos são de 
responsabilidade dos autores. 
A revista publica contribuições nas seguintes categorias:
1. Artigos Originais, trabalhos completos prospectivos, experimentais ou 
retrospectivos. Manuscritos contendo resultados de pesquisa clínica 
ou experimental original têm prioridade para publicação.
2. Relatos de Casos, de grande interesse e bem documentados, do 
ponto de vista clínico e laboratorial. Os autores deverão indicar 
na carta de encaminhamento os aspectos novos ou inesperados em 
relação aos casos já publicados. O texto das seções Introdução e 
Discussão deve ser baseado em revisão bibliográfica atualizada. 
O número de referências pode ser igual ao dos trabalhos completos.
3. Técnicas e Equipamentos, para apresentação de inovações em diagnós-
tico, técnicas cirúrgicas e tratamentos, desde que não sejam, clara ou 
veladamente, propaganda de drogas ou outros produtos. Valem para essa 
categoria todas as normas aplicadas para trabalhos completos.
4. Artigos de Revisão, incluindo avaliação crítica e sistematizada da literatura, 
meta-análises ou revisões sistemáticas. A seleção dos temas e o convite 
aos autores têm como base planejamento estabelecido pela editoria. 
Contribuições espontâneas podem ser aceitas. Nesse caso, devem ser 
enviados inicialmente um resumo ou roteiro do texto, a lista de autores e 
as respectivas publicações sobre o tema. Se houver interesse da revista, 
será enviado convite para apresentação do texto definitivo. Todos 
os autores devem ter publicações em periódicos regulares, indexados 
sobre o tema da revisão. O número de autores é limitado a quatro, 
dependendo do tipo de texto e da metodologia empregada. Devem ser 
descritos os métodos e procedimentos adotados para a obtenção do 
texto, que deve ter como base referências recentes, inclusive do ano em 
curso. Tratando-se de tema ainda sujeito a controvérsias, a revisão deve 
discutir as tendências e as linhas de investigação em curso. Apresentar, 
além do texto da revisão, resumo, abstract e conclusões. Ver a seção 
“Preparo do manuscrito” para informações quanto ao texto principal, 
página de rosto, resumo e abstract; 
5. Comentários Editoriais, solicitados pelo editor;
6. Resumos de Teses apresentadas e aprovadas nos últimos 12 meses, 
contados da data de envio do resumo. Devem conter, aproximada-
mente, 300 palavras e, para serem aceitos, devem seguir as normas 
da revista quanto à estruturação, à forma e ao conteúdo. Incluir título 
em português e inglês e, no mínimo, três palavras ou expressões-
chave. Não há revisão do texto dos Resumos de Teses. No arquivo 
enviado, informar: nome completo do autor e do orientador; membros 
da banca; data de apresentação e a identificação do serviço ou 
departamento onde a tese foi desenvolvida e apresentada. Lembramos 
que a publicação do resumo não impede a posterior publicação do 
trabalho completo em qualquer periódico. 
7. Cartas dos Leitores para o Editor, versando sobre matéria editorial 
ou não, mas com apresentação de informações relevantes ao leitor. 
As cartas podem ser resumidas pela editoria, mas com manutenção 
dos pontos principais. No caso de críticas a trabalhos publicados, 
a carta é enviada aos autores para que sua resposta possa ser 
publicada simultaneamente.
Informações gerais
1. A revista não aceita material editorial com objetivos comerciais.
2. Conflito de interesses: devem ser mencionadas as situações que podem 
influenciar de forma inadequada o desenvolvimento ou as conclusões do 
trabalho. Entre essas situações, menciona-se a participação societária 
nas empresas produtoras das drogas ou dos equipamentos citados 
ou utilizados no trabalho, assim como em concorrentes da mesma. 
São também consideradas fontes de conflito os auxílios recebidos, as 
relações de subordinação no trabalho, as consultorias etc.
3. No texto, deve ser mencionada a submissão e a aprovação do es-
tudo por um Comitê de Ética em Pesquisa reconhecido pelo Comitê 
Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).
4. Artigo que trate de pesquisa clínica com seres humanos deve incluir 
a declaração, na seção Métodos, de que os sujeitos do estudo 
assinaram o termo de consentimento livre e informado. Os autores 
Instruções aos Autores
Vi
devem informar, também, que a pesquisa foi conduzida de acordo 
com a Declaração de Helsinque revisada em 2008.
5. No caso de trabalhos envolvendo experimentação animal, os 
autores devem indicar na seção Métodos que foram seguidas as 
normas contidas no CIOMS (Council for International Organization 
of Medical Sciences) Ethical Code for Animal Experimentation (WHO 
Chronicle 1985; 39(2):51-6) e os preceitos do Colégio Brasileiro 
de Experimentação Animal - COBEA (www.cobea.org.br).
6. Todos os ensaios controlados aleatórios (randomized controlled 
trials) e clínicos (clinical trials) submetidos à publicação devem ter 
o registro em uma base de dados de ensaios clínicos. Essa é uma 
orientação da Plataforma Internacional para Registros de Ensaios 
Clínicos (ICTRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS), e 
do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE). As 
instruções para o registro estão disponíveis no endereço eletrônico 
do ICMJE (http://www.icmje.org/clin_trialup.htm) e o registro pode 
ser feito na base de dados de ensaios clínicos da National Library 
of Medicine, disponível em http://clinicaltrials.gov/ct/gui.
7. O número de autores de trabalhos completos e relatos de casos é limi-
tado a sete. Trabalhos de autoria coletiva (institucionais) devem ter os 
responsáveis especificados. Trabalhos e estudos multicêntricos podem 
ter número de autores compatível com o número de centros (cada situ-
ação será avaliada pela editoria e pelos revisores). Os investigadores 
responsáveis pelos protocolos aplicados devem ser especificados. Todos 
os autores devem ter conhecimento do texto enviado para a revista.
8. O conceito de coautoria é baseado na contribuição de cada um, para 
a concepção e planejamento do trabalho, análise e interpretação 
dos dados, para a redação ou revisão crítica do texto. A inclusão 
de nomes cuja contribuição não se enquadre nos critérios citados 
ou que tenham fornecido apenas suporte material não é justificável. 
9. Os autores serão informados, por correspondência eletrônica, do 
recebimento dos trabalhos. Os trabalhos que estiverem de acordo 
com as Instruções aos Autores e se enquadram na política editorial 
da revista serão enviados para análise por revisores indicados pelo 
editor. Os originais em desacordo com os objetivos da revista ou 
com essas instruções são devolvidos aos autores para as adaptações 
necessárias antes da avaliação pelo Conselho Editorial ou recusados 
sem análise por revisores.
10. Junto dos arquivos originais, deve ser enviada uma carta de enca-
minhamento, na qual deve ficar explícita a concordância com as 
normas editoriais, com o processo de revisão e com a transferênciade copyright para a revista. 
11. Para manuscritos originais, não ultrapassar 25 páginas de texto 
digitado ou aproximadamente 30.000 caracteres. Limitar o número 
de tabelas e figuras ao necessário para apresentação dos resultados 
que são discutidos (como norma geral, limitar a cinco). Para manus-
critos do tipo Relato de Caso, não ultrapassar 15 páginas de texto 
ou 18.000 caracteres (ver “Preparo do manuscrito”, “Resultados”).
12. O trabalho deve ser enviado pelo sistema de submissão online no portal 
SciELO. O endereço eletrônico de todos os autores deve ser fornecido. 
Desta forma, os coautores receberão informação sobre a submissão do 
trabalho e, assim, não será necessária a assinatura de todos na carta 
de encaminhamento. O endereço eletrônico para correspondência com 
a revista é rbgo@fmrp.usp.br. O arquivo correspondente ao trabalho 
deve ser único e deve conter texto, referências, tabelas e figuras. 
Preparo dos manuscritos
As normas que seguem foram baseadas no formato proposto pelo ICMJE 
e publicado no artigo “Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to 
Biomedical Journals”, atualizado em Outubro de 2008 e disponível no 
endereço eletrônico: http://www.icmje.org/.
Apresentação do texto
1. Os trabalhos devem ser digitados em espaço 2 em todas as seções, da 
página de rosto às referências bibliográficas, tabelas e legendas. Cada 
página deve conter aproximadamente 25 linhas em uma coluna. Usar 
preferencialmente o processador de texto Microsoft Word® e a fonte Times 
New Roman 12. Não dar destaque a trechos do texto: não sublinhar ou 
usar negrito. Numerar todas as páginas, iniciando pela de rosto.
2. Não usar maiúsculas nos nomes próprios (a não ser a primeira letra) 
no texto ou nas referências bibliográficas. Não utilizar pontos nas 
siglas (DPP em vez de D.P.P.). Quando usar siglas ou abreviaturas, 
descrevê-las por extenso na primeira vez que mencionadas no texto. 
Iniciar cada seção em uma nova página: página de rosto; resumo e 
palavras ou expressões-chave; abstract e keywords; texto; agradeci-
mentos; referências; tabelas individuais e legendas das figuras.
Página de rosto
Apresentar o título do trabalho em português e em inglês; nomes 
completos dos autores sem abreviaturas; endereços eletrônicos válidos de 
todos os autores (opcional, em substituição à carta de encaminhamento); 
nome da instituição onde o trabalho foi desenvolvido; afiliação institucional 
dos autores; informações sobre auxílios recebidos sob forma de bolsas de 
estudos, financiamento, fornecimento de drogas, reagentes ou equipamen-
tos. Obrigatoriamente deve ser fornecido o endereço da instituição onde o 
trabalho foi desenvolvido, o qual é publicado na página inicial do trabalho. 
Devem ser indicados nome, endereço, telefone/fax e e-mail do autor para 
o qual a correspondência deve ser enviada. Essas informações pessoais 
são empregadas apenas para correspondência com a revista e somente 
são publicadas se houver pedido do(s) autor(es). 
Resumo
O resumo do trabalho deve aparecer na segunda página. Para traba-
lhos completos, redigir um resumo estruturado, que deve ser dividido em 
seções identificadas: objetivo, métodos, resultados e conclusões. Deve ter 
aproximadamente 300 palavras. O resumo deve conter as informações 
relevantes, permitindo que o leitor tenha uma ideia geral do trabalho. Deve 
incluir descrição resumida de todos os métodos empregados e da análise 
estatística efetuada. Expor os resultados numéricos mais relevantes, e não 
apenas indicação de significância estatística. As conclusões devem ser 
baseadas nos resultados do trabalho e não da literatura. Evitar o uso de 
abreviações e símbolos. Não citar referências bibliográficas no resumo. 
Abaixo do texto do resumo indicar o número de registro e/ou identifi-
cação para os ensaios controlados aleatórios e ensaios clínicos (ver item 
5 das “Informações Gerais”). 
Vii
Na mesma página do resumo, citar pelo menos três palavras ou 
expressões-chave que serão empregadas para compor o índice anual da 
revista. Devem ser baseadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) 
publicado pela Bireme, que é uma tradução do Medical Subject Headings 
(MeSH) da National Library of Medicine e está disponível no endereço 
eletrônico: http://decs.bvs.br.
O abstract deve ser versão fiel do texto do resumo estruturado (purpose, 
methods, results e conclusions). Deve ser também acompanhado da versão 
para o inglês das palavras ou expressões-chave (keywords). O resumo e o 
abstract dos Relatos de Casos e dos Artigos de Revisão e de Atualização 
não devem ser estruturados e são limitados a 150 palavras. 
Introdução
Repetir, na primeira página da introdução, o título completo em português 
e inglês. Nessa seção, mostre a situação atual dos conhecimentos sobre o 
tópico em estudo, divergências e lacunas que possam eventualmente justifi-
car o desenvolvimento do trabalho, mas sem revisão extensa da literatura. 
Para Relatos de Casos, apresentar um resumo dos casos já publicados, 
epidemiologia da condição relatada e uma justificativa para a apresentação 
como caso isolado. Expor claramente os objetivos do trabalho.
Métodos
Iniciar essa seção indicando o planejamento do trabalho: se prospectivo 
ou retrospectivo; ensaio clínico ou experimental; se a distribuição dos casos 
foi aleatória ou não etc. Descrever os critérios para seleção das pacientes 
ou Grupo Experimental, inclusive dos Controles. Identificar os equipamentos 
e reagentes empregados (fabricante, cidade e país). Se a metodologia 
aplicada já tiver sido empregada, indicar as referências, além da descrição 
resumida do método. Descrever também os métodos estatísticos empregados 
e as comparações para as quais cada teste foi empregado.
Os trabalhos que apresentam como objetivo a avaliação da eficácia 
ou a tolerabilidade de tratamentos ou drogas devem, necessariamente, 
incluir Grupo Controle adequado. Para informações adicionais sobre o 
desenho de trabalhos desse tipo, consultar ICH Harmonized Tripartite 
Guideline - Choice of Control Group and Related Issues in Clinical Trials 
(http://www.hc-sc.gc.ca/hpfb-dgpsa/tpd-dpt/e10_e.html). Ver também 
itens 4 e 5 das “Informações Gerais”.
Resultados
Apresentar os resultados em sequência lógica, no texto, nas tabelas 
e nas figuras. Expor os resultados relevantes para o objetivo do trabalho 
e que são discutidos. Não repetir no texto dessa seção todos os dados 
das tabelas e figuras, mas descrever e enfatizar os mais importantes, sem 
interpretação dos mesmos (ver também “Tabelas”). Nos Relatos de Casos, 
as seções “Métodos” e “Resultados” são substituídas pela “Descrição do 
caso”, mantendo-se as demais.
Discussão
Devem ser realçadas as informações novas e originais obtidas na 
investigação. Não repetir dados e informações já mencionados nas seções 
“Introdução” e “Resultados”. Evitar citação de tabelas e figuras. Ressaltar 
a adequação dos métodos empregados na investigação. Comparar e 
relacionar suas observações com as de outros autores, comentando e expli-
cando as diferenças. Explicar as implicações dos achados, suas limitações 
e fazer as recomendações decorrentes. Para Relatos de Casos, basear a 
discussão em ampla e atualizada revisão da literatura. As informações 
sobre os casos já publicados podem ser tabuladas e exibidas nessa seção 
para comparações.
Agradecimentos
Dirigidos a pessoas que tenham colaborado intelectualmente, mas 
cuja contribuição não justifica coautoria, ou para aquelas que tenham 
provido apoio material.
Referências
Todos os autores e trabalhos citados no texto devem constar dessa 
seção e vice-versa. Numerar as referências bibliográficas por ordem de 
entrada no trabalho e usar esses números para as citações no texto. Evitar 
número excessivo de referências, selecionando as mais relevantes para 
cada afirmação e dando preferência para os trabalhos mais recentes. 
Não empregar citações de difícil acesso, como resumos de trabalhos 
apresentados em congressos, teses ou publicações de circulaçãorestrita 
(não indexados). Não empregar referências do tipo “observações não 
publicadas” e “comunicação pessoal”. Artigos aceitos para publicação 
podem ser citados acompanhados da expressão: “aceito e aguardando 
publicação” ou “in press”, indicando-se periódico, volume e ano. Trabalhos 
aceitos por periódicos que estejam disponíveis online, mas sem indicação 
de fascículos e páginas, devem ser citados como “ahead of print”.
Outras publicações dos autores (autocitação) devem ser empregadas 
apenas se houver necessidade clara e forem relacionadas ao tema. Nesse 
caso, incluir entre as referências bibliográficas apenas trabalhos originais 
publicados em periódicos regulares (não citar capítulos ou revisões).
O número de referências bibliográficas deve ser aproximadamente 
35. Os autores são responsáveis pela exatidão dos dados constantes das 
referências bibliográficas. 
Para todas as referências, citar os autores até o sexto. Se houver 
mais de seis autores, citar os seis primeiros, seguidos da expressão et al., 
conforme os seguintes modelos:
Formato impresso
•	 Artigos	em	revistas
- Ceccarelli F, Barberi S, Pontesilli A, Zancla S, Ranieri E. Ovarian 
carcinoma presenting with axillary lymph node metastasis: a case 
report. Eur J Gynaecol Oncol. 2011;32(2):237-9.
- Jiang Y, Brassard P, Severini A, Goleski V, Santos M, Leamon A, et al. 
Type-specific prevalence of Human Papillomavirus infection among 
women in the Northwest Territories, Canada. J Infect Public Health. 
2011;4(5-6):219-27. 
•	 Artigos	com	título	em	inglês	e	texto	em	português		ou	outra	língua	
Utilizar o titulo em inglês, entre colchetes e no final da referência, 
indicar a língua na qual o artigo foi publicado.
- Prado DS, Santos DL. [Contraception in users of the public and private 
sectors of health]. Rev Bras Ginecol Obstet. 2011;33(7)143-9. 
Portuguese.
- Taketani Y, Mizuno M. [Application of anti-progesterone agents for 
contraception]. Rinsho Fujinka Sanka. 1988;42(11):997-1000. 
Japanese.
•		 Livro
- Baggish MS, Karram MM. Atlas of pelvic anatomy and gynecologic 
surgery. 2nd ed. Philadelphia: WB Saunders; 2006.
Viii
•	 Capítulos	de	livro
- Picciano MF. Pregnancy and lactation. In: Ziegler EE, Filer LJ, editors. 
Present knowledge in nutrition. Washington (DC): ILSI Press; 1996. 
p. 384-95.
Formato eletrônico
 Apenas para informações estatísticas oficiais e citação de referên-
cias de periódicos não impressos. Para estatísticas oficiais, indicar 
a entidade responsável, o endereço eletrônico, o nome do arquivo 
ou entrada. Incluir o número de tela, data e hora do acesso. Termos 
como “serial”, “periódico”, “homepage” e “monography”, por 
exemplo, não são mais utilizados. Todos os documentos devem ser 
indicados apenas como [Internet]. Para documentos eletrônicos com o 
identificador DOI (Digital Object Identifier), este deve ser mencionado 
no final da referência, além das informações que seguem:
- Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS [Internet]. Informações de 
Saúde. Estatísticas vitais. Mortalidade e nascidos vivos: nascidos 
vivos desde 1994. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008. [citado 
2007 Fev 7]. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/
deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvuf.def>
•	 Monografia	na	Internet	ou	livro	eletrônico
- Foley KM, Gelband H, editors. Improving palliative care for cancer 
[Internet]. Washington: National Academy Press; 2001 [cited 2002 Jul 
9]. Available from: http://www.nap.edu/books/0309074029/html/
Tabelas
Apresentar as tabelas em páginas separadas, com espaço duplo e 
preferencialmente fonte Arial 8. A numeração deve ser sequencial, em 
algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. Todas as 
tabelas devem ter título e todas as colunas da tabela devem ser identificadas 
com um cabeçalho. A legenda deve conter informações que permitam ao 
leitor entender o conteúdo das tabelas e figuras, mesmo sem a leitura do 
texto do trabalho. As linhas horizontais devem ser simples e limitadas a 
duas no topo e uma no final da tabela. Não empregar linhas verticais. 
Não usar funções de criação de tabelas, comandos de justificação, tabu-
lações decimais ou centralizadas. Utilizar comandos de tabulação (tab) 
e não o espaçador para separar as colunas e, para nova linha, a tecla 
enter. No rodapé da tabela, deve constar legenda para abreviaturas e 
testes estatísticos utilizados.
Figuras (gráficos, fotografias e ilustrações)
As figuras devem ser apresentadas em páginas separadas e numeradas 
sequencialmente, em algarismos arábicos, conforme a ordem de aparecimento 
no texto. Todas as figuras devem ter qualidade gráfica adequada e apresentar 
título e legenda. Para evitar problemas que comprometam o padrão da revista, 
o processo de digitalização de imagens (scan) deve obedecer aos seguintes 
parâmetros: para gráficos ou esquemas, usar 300 dpi/bitmap para traço; 
para ilustrações e fotos (preto e branco), usar 300 dpi/RGB ou grayscale. Em 
todos os casos, os arquivos devem ter extensão .tif e/ou .jpg. Também são 
aceitos arquivos com extensão .xls (Excel), .eps, .psd para ilustrações em curva 
(gráficos, desenhos e esquemas). São aceitas, no máximo, cinco figuras. Se as 
figuras já tiverem sido publicadas, devem vir acompanhadas de autorização 
por escrito do autor/editor e constando a fonte na legenda da ilustração.
Legendas
Digitar as legendas usando espaço duplo, acompanhando as respec-
tivas figuras (gráficos, fotografias e ilustrações). Cada legenda deve ser 
numerada em algarismos arábicos, correspondendo a cada figura, e na 
ordem em que foram citadas no trabalho.
Abreviaturas e siglas
Devem ser precedidas do nome completo quando citadas pela primeira 
vez no texto. Nas legendas das tabelas e figuras, devem ser acompanhadas 
de seu nome por extenso. As abreviaturas e as siglas não devem ser usadas 
no título dos artigos e nem no resumo.
Empregar o seguinte endereço para correspondências não previstas nas 
instruções:
Jurandyr Moreira de Andrade
Editor
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – Editoria – Avenida 
Bandeirantes, 3.900, 8º andar – Campus Universitário – CEP 14049-900 
– Ribeirão Preto (SP) – Fone: (16) 3602-2803 – Fax: (16) 3633-0946 – 
E-mail: rbgo@fmrp.usp.br.
Itens para a conferência para a submissão do manuscrito
Antes de enviar o manuscrito, conferir se as Instruções aos Autores foram 
seguidas e verificar o atendimento dos itens listados a seguir: 
1. carta de encaminhamento assinada por todos os autores (escaneada 
e anexada como documento suplementar ou enviada pelo correio) 
ou informação dos endereços eletrônicos válidos de todos os autores 
na página de rosto;
2. citação da aprovação do projeto do trabalho por Comissão de 
Ética em Pesquisa, assinatura do termo de consentimento livre e 
informado (na seção “Métodos”) e informação sobre o atendimento 
das exigências para pesquisa em animais;
3. número ou código do registro do estudo, se necessário, na página 
de rosto (item 5 das “Informações Gerais”); 
4. conflito de interesses: informar se há ou não. Se houver, explicar sem 
omissão de informações relevantes; 
5. página de rosto com todas as informações solicitadas;
6. resumo e abstract estruturados e compatíveis com o texto do trabalho;
7. três ou mais palavras-chave relacionadas ao texto e respectivas 
keywords baseadas no Decs;
8. verificar se todas as tabelas e figuras estão corretamente citadas no 
texto e numeradas, e se as legendas permitem o entendimento das 
mesmas;
9. referências bibliográficas: numeradas na ordem de aparecimento e 
corretamente digitadas. Verificar se todos os trabalhos citados estão 
na lista de referências e se todos os listados estão citados no texto.
Array comparative genomic hybridization 
(a-CGH): state of the art and perspective
Array comparative genomic hybridization (a-CGH): 
estado-da-arte e perspectiva
Gabriele Tonni1
liliam CrisTine rolo2
edward araujo júnior2
There is convincing evidence suggesting a potential benefit of chromosomal micro-
array analysisfor fetal abnormalities beyond conventional fetal karyotyping1-5. Microarray 
chromosomal genomic hybridization (a-CGH) may provide submicroscopic rearrangements 
especially duplicated or deleted portion of the DNA also known as copy number variants 
(CNVs). A limitation of chromosomal microarray analysis is the potential to identify variants of 
unknown clinical significance (VOUS). This occurred in 3.4% of cases in the NICHD trial. 
Such results were classified as “likely benign” in 1.8% of cases and “likely pathogenic” in 
1.6%6. The result may be uncertain because the CNVs may be rare, novel or characterized 
by variable penetrance. Furthermore, in such cases, a parental search is mandatory to detect 
a carrier state or a de novo mutation and to calculate recurrent risk in a genetic counseling.
Is genetic counseling advice before testing with a-CGH? Should an informed consent be obtained?
Pre as well as post-test genetic counseling is mandatory when karyotyping is performed 
with a-CGH. Patients must be counseled concerning the incidence of VOUS, identification of 
diseases with variable clinical presentation, identification of consanguinity and/or non-paternity 
as well as adult-onset diseases. It is mandatory that healthcare givers do not performed the 
testing before genetic counseling and signed informed consent. In addition, as the amount of 
information depends by the type of array technique used and laboratory policy7, it is essential 
that doctors as well as patients be informed about this. Notwithstanding, the NICHD trial have 
demonstrated that women who received abnormal results reported a need for extensive support 
and counseling while referring a lack of good understanding of the potential for uncertain results8.
Is there evidence to indicate that a-CGH should be performed in all cases as integrated prenatal 
karyotyping testing when fetal malformations are detected on ultrasound? 
Array chromosomal genomic hybridization (a-CGH) studies performed in fetuses with 
sonographic anomalies and normal karyotype have demonstrated to detect clinically significant 
CNVs in 2% of cases9. Moreover, when rapid fetal karyotyping is clinically indicated, oligonu-
cleotide a-CGH for direct analysis of uncultured amniocytes has shown to be feasible. The use of 
oligonucleotide arrays increases the sensitivity and accuracy of detection over previous bacterial 
artificial chromosome (BAC)-based arrays and shorter reporting time10. In a series of 162 fetuses 
with sonographic anomalies of whom 6.8% had abnormal karyotype and 23.7% had abnormal 
1Department of Obstetrics and Gynecology, Guastalla Civil Hospital – ASL Reggio Emilia, Italy.
2Disciplina de Medicina Fetal, Departamento de Obstetrícia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo – 
UNIFESP – São Paulo (SP), Brazil.
Correspondence
Edward Araujo Júnior
Departamento de Obstetrícia, Escola Paulista 
de Medicina, Universidade Federal de São Paulo 
Rua Napoleão de Barros, 875 – Vila Clementino
CEP: 04024-002
São Paulo (SP), Brazil
Received
04/14/2014
Accepted with modifications
05/14/2014
DOI: 10.1590/S0100-7203201400050001
Editorial
190
Tonni G, Rolo LC, Araujo Júnior E
Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(5):189-5
microarray results, a-CGH have enabled the detection of 
11.3% of fetuses with pathogenic CNVs, 9% with CNVs of 
uncertain clinical significance, 2.2% with CNVs establishing 
carrier status for recessive, X-linked, or susceptibility to late 
onset dominant disease, and 1.1% CNVs with pseudomosai-
cism due to in vitro cultural artifacts. In 13% of cases, a-CGH 
contributed to important new information and improved 
the detection of genomic imbalances of pregnancies with 
structural congenital anomalies11.
In a large series of 3,171 fetuses undergoing BAC-a-
CGH and oligonucleotide- a-CGH in cases of abnormal 
ultrasound findings and/or abnormal fetal karyotype, nu-
merical chromosome anomalies were detected in 1.2% of 
fetuses, microdeletion/duplication in 1.1%, large deletion/
duplication and benign CNVs in 0.4%, while variation 
of unknown clinical significance were identified in 0.2% 
of fetuses. The a-CGH has proven to be effective in identi-
fying submicroscopic genomic imbalance in fetuses with de 
novo balance translocations (1.8%), supernumerary marker 
chromosomes (50%), and abnormal prenatal ultrasound 
findings (17%). In addition, a-CGH detected microdele-
tions/duplications in 12 fetuses with normal karyotype. 
Prenatal a-CGH is effective in screening for submicroscopic 
genomic imbalance and may add 8.2% to the diagnostic 
field, compared with conventional karyotyping in fetuses 
with abnormal ultrasound results12. Healthcare authority 
may also consider and evaluate the economic impact of 
prenatal testing. In Italy, the laboratory costs are appro-
ximately 283 € for a genetic amniocentesis, 553 € for 
chorionic villus sampling (CVS) and 1,013 € for a-CGH.
Which type of a-CGH platform should be developed? Wide 
genomic or targeted characterization? 
Whole-genome a-CGH have been evaluated in fetuses 
presenting at least one major malformation detected on ul-
trasound, but for whom standard genetic analyses (including 
karyotype) failed to provide a diagnosis. Whole-genome 
a-CGH have demonstrated to identify a clinically significant 
chromosomal aberration in 8.2% of tested fetuses and a 
result of unclear clinical significance in 12.2% of tested 
fetuses supporting evidence of the value of whole-genome 
a-CGH as a prenatal diagnostic tool. A potential ideal ap-
proach would be to apply a-CGH in high risk pregnancies 
in conjunction with chromosomal analysis13.
Array-CGH has demonstrated to increase the detection 
rate for likely pathogenic CNVs up to 5%. To avoid inter-
pretation problems, these arrays should cover all known 
pathogenic CNVs and have a low-resolution backbone for 
the detection of relatively large CNVs thus keeping the 
detection of CNVs of unclear significance to the mini-
mum14. Although the American College of Obstetricians 
and Gynecologists (ACOG) Bulletin Committee advises 
to perform a-CGH even in cases with no congenital ano-
malies seen at ultrasound, critical issues have arisen from 
Figure 1. Clinical-diagnostic flowchart has been developed for both clini-
cians and geneticists. The flowchart is intended to be used on a clinical 
basis or when counselling the parents-to-be. Note that it can be applied 
from first trimester onwards
CVS
Aneuplody
Counseling
decision making
Il level ultrasound
echocardiography
Abnormal phenotype
cardiac defects
a-CGH
Normal karyotype
QS-PCRKaryotype
QS-PCR
NT<95º percentile NT>99º percentile
this guideline. Firstly, a-CGH cannot detect balanced rear-
rangements such as Robertsonian translocations, balanced 
insertions, and inversions. Carriers of Robertsonian trans-
locations are at high risk for uniparental disomy (UPD)15. 
Secondly, a-CGH cannot detect low level mosaicism that 
may occur in 1–2% of chorionic villus sampling and in 
0.2% of amniotic fluid samples16. Furthermore, a-CGH 
may not be able to detect marker chromosome (0.1% of all 
prenatal diagnosis cases) even in the non-mosaic state and 
may not be able to visualize the type of rearrangement in 
the event where deletion or duplication detected by a-CGH 
is proven to be de novo after parental testing17.
Finally, prenatal a-CGH can detect VOUS in 1.5% 
of cases, in which the clinical utility of that technique 
could be disputed. In those cases that finding could be 
associated with parental anxiety and problematic genetic 
counseling18. As prenatal diagnosis should be seen as a 
whole, we believe that the higher analytical and clinical 
sensitivity of a-CGH technique must be associated with a 
comprehensive approach that includes better co-operation 
among genetic labs, genetic counselors, and obstetricians. 
Figure 1 presents the sequence used to the indication of 
a-CGH during the clinical obstetric practice. 
CVS: chorionic villus sampling;NT: nuchal translucency; QF-PCR: quantitative 
protein chain reaction; a-CGH: array chromosomal genomic hybridization
191
Array comparative genomic hybridization (a-CGH): state of the art and perspective
Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(5):189-5
1. Le Caignec C, Boceno M, Saugier-Veber P, Jacquemont S, Joubert 
M, David A, et al. Detection of genomic imbalances by array 
based comparative genomic hybridization in fetuses with multiple 
malformations. J Med Genet. 2005;42(2):121-8. 
2. Van den Veyver IB, Patel A, Shaw CA, Pursley AN, KangSH, 
Simovich MJ, et al. Clinical use of array comparative genomic 
hybridization (aCGH) for prenatal diagnosis in 300 cases. Prenat 
Diagn. 2009;29(1):29-9. 
3. Maya I, Davidov B, Gershovitz L, Zalzstein Y, Taub E, Coppinger 
J, et al. Diagnostic utility of array-based comparative genomic 
hybridization (aCGH) in a prenatal setting. Prenat Diagn. 
2010;30(12-13):1131-7. 
4. Hillman SC, Pretlove S, Coomarasamy A, McMullan DJ, Davison 
EV, Maher ER, et al. Additional information from array comparative 
genomic hybridization technology over conventional karyotyping 
in prenatal diagnosis: a systematic review and meta-analysis. 
Ultrasound Obstet Gynecol. 2011;37(1):6-14.
5. Srebniak M, Boter M, Oudesluijs G, Joosten M, Govaerts L, Van 
Opstal D, et al. Application of SNP array for rapid prenatal 
diagnosis: implementation, genetic counseling and diagnostic 
flow. Eur J Hum Genet. 2011;19(12):1230-7.
6. Wapner RJ, Martin CL, Levy B, Ballif BC, Eng CM, Zachary JM, 
et al. Chromosomal microarray versus karyotyping for prenatal 
diagnosis. N Engl J Med. 2012;367(23):2175-8. 
7. Grote L, Myers M, Lovell A, Saal H, Lipscomb Sund K. Variability 
in laboratory reporting practices for regions of homozygosity 
indicating parental relatedness as identified by SNP microarray 
testing. Genet Med. 2012;14(12):971-6.
8. Bernhardt BA, Soucier D, Hanson K, Savage MS, Jackson 
L, Wapner RJ. Women’s experiences receiving abnormal 
prenatal chromosomal microarray testing results. Genet Med. 
2013;15(2):139-45.
9. Kleeman L, Bianchi DW, Shaffer LG, Rorem E, Cowan J, Craigo 
SD, et al. Use of array comparative genomic hybridization for 
References
prenatal diagnosis of fetuses with sonographic anomalies and 
normal metaphase karyotype. Prenat Diagn. 2009;29(13):1213-7.
10. Bi W, Breman AM, Venable SF, Eng PA, Sahoo T, Lu XY, et al. 
Rapid prenatal diagnosis using uncultured amniocytes and 
oligonucleotide array CGH. Prenat Diagn. 2008;28(10):943-9. 
11. Yatsenko SA, Davis S, Hendrix NW, Surti U, Emery S, Canavan 
T, et al. Application of chromosomal microarray in the evaluation 
of abnormal prenatal findings. Clin Genet. 2013;84(1):47-54.
12. Lee CN, Lin SY, Lin CH, Shih JC, Lin TH, Su YN. Clinical utility of 
array comparative genomic hybridization for prenatal diagnosis: a 
cohort study of 3171 pregnancies. BJOG. 2012;119(5):614-25.
13. D’Amours G, Kibar Z, Mathonnet G, Fetni R, Tihy F, Désilets V, 
et al. Whole-genome array CGH identifies pathogenic copy 
number variations in fetuses with major malformations and a 
normal karyotype. Clin Genet. 2012;81(2):128-41.
14. Evangelidou P, Alexandrou A, Moutafi M, Ioannides M, Antoniou P, 
Koumbaris G, et al. Implementation of high resolution whole genome 
array CGH in the prenatal clinical setting: advantages, challenges, 
and review of the literature. Biomed Res Int. 2013;2013:346762.
15. Nowakowska A, de Leeuw N, Ruivenkamp CA, Sikkema-Raddatz 
B, Crolla JA, Thoelen R, et al. Parental insertional balanced 
translocations are an important cause of apparently de novo 
CNVs in patients with developmental anomalies. Eur J Hum Genet. 
2012;20(2):166-70. 
16. Hahnemann JM, Vejerslev LO. European collaborative research on 
mosaicism in CVS (EUCROMIC)—fetal and extrafetal cell lineages 
in 192 gestations with CVS mosaicism involving single autosomal 
trisomy. Am J Med Genet. 1997;70(2):179-87.
17. Bui TH, Vetro A, Zuffardi O, Shaffer LG. Current controversies in 
prenatal diagnosis 3: is conventional chromosome analysis necessary 
in the post-array CGH era? Prenat Diagn. 2011;31(3):235-43.
18. McGillivray G, Rosenfeld JA, McKinlay Gardner RJ, Gillam LH. 
Genetic counseling and ethical issues with chromosome microarray 
analysis in prenatal testing. Prenat Diagn. 2012;32(4):389-95.
Por que a prevalência de resultados 
citopatológicos do rastreamento do câncer do 
colo do útero pode variar significativamente 
entre duas regiões do Brasil?
Why does the prevalence of cytopathological results of cervical cancer 
screening can vary significantly between two regions of Brazil?
miChelle GarCia disCaCCiaTi1
bárbara maria sanTos barboza2
luiz Carlos zeferino3
Resumo
OBJETIVO: Analisar a prevalência dos resultados citopatológicos empregados para o rastreamento do câncer do 
colo do útero em relação à faixa etária da mulher e ao tempo de realização do último exame, no Rio de Janeiro e 
Maceió, pelo Sistema Único de Saúde. MÉTODOS: Foram analisadas as informações do Sistema de Informação 
do Câncer do Colo do Útero referentes aos resultados dos exames citopatológicos realizados em 2011, que 
totalizaram 206.550 para Rio de Janeiro e 45.243 para Maceió. RESULTADOS: No Rio de Janeiro, predominaram 
exames citopatológicos realizados com intervalo de um e dois anos e, em Maceió, controles com intervalo de um 
e três anos. As mulheres atendidas no Maceió eram mais velhas do que aquelas do Rio de Janeiro. A prevalência 
do resultado citopatológico carcinoma escamoso invasor foi semelhante entre os municípios, porém todos os 
demais resultados apresentaram prevalência superior no Rio de Janeiro: atipias de significado indeterminado em 
células escamosas (RP=5,32; IC95% 4,66–6,07); atipias de significado indeterminado não podendo excluir 
lesão de alto grau (RP=4,27; IC95% 3,15–5,78); células glandulares atípicas (RP=10,02; IC95% 5,66–17,76); 
lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (RP=6,10; IC95% 5,27–7,07); lesão intraepitelial escamosa de alto 
grau (RP=8,90; IC95% 6,50–12,18) e adenocarcinoma (RP=3,00; IC95% 1,21–7,44). A taxa de amostras 
insatisfatórias para a análise foi duas vezes maior e de lâminas rejeitadas foi cinco vezes maior em Maceió, 
quando comparado ao Rio de Janeiro. CONCLUSÕES: As taxas de prevalência de resultados citopatológicos 
foram significativamente superiores no Rio de Janeiro do que em Maceió, e não há informações objetivas que 
possam justificar tal diferença. Uma hipótese é que haveria diferença no desempenho diagnóstico do exame 
citopatológico, o que poderia estar relacionada à qualidade do exame. Assim, tais achados sugerem que seria 
necessário avaliar este cenário no âmbito nacional, com ênfase no desempenho do exame citopatológico, visando 
melhorar a efetividade do controle do câncer de colo do útero.
Abstract
PURPOSE: To analyze the prevalence of cervical cytopathological results for the screening of cervical cancer with regard 
to women’s age and time since the last examination in Maceió and Rio de Janeiro, Brazil, among those assisted by 
the Brazilian Unified Health System. METHODS: Cervical cytopathological results available in the Information System 
of Cervical Cancer Screening for the year 2011 were analyzed, corresponding to 206,550 for Rio de Janeiro and 
45,243 for Maceió. RESULTS: In Rio de Janeiro, examination at one and two year intervals predominated, while in 
Maceió examination at one and three year intervals had a higher predominance. Women who underwent cervical 
smear screening in Maceió were older than those in Rio de Janeiro. The prevalence of invasive squamous cell carcinoma 
was similar for the two cities, but all the other results presented a higher prevalence in Rio de Janeiro: ASCUS (PR=5.32; 
95%CI 4.66–6.07); ASCH (PR=4.27; 95%CI 3.15–5.78); atypical glandular cells (PR=10.02; 95%CI 5.66–17.76); 
low-grade squamous intraepithelial lesions (PR=6.10; 95%CI 5.27–7.07); high-grade squamous intraepithelial lesions 
(PR=8.90; 95%CI 6.50–12.18) and adenocarcinoma (PR=3.00;95%CI 1.21–7.44). The rate of unsatisfactory cervical 
samples was two times higher in Maceió and that of rejected samples for analysis was five times higher in Maceió when 
Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti – Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher – CAISM – Campinas 
(SP), Brasil.
1Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo – USP – 
São Paulo (SP), Brasil.
2Instituto de Ciências da Saúde, Biomedicina, Campus Swift, Universidade Paulista – UNIP – Campinas (SP), Brasil.
3Departamento de Obstetrícia e Ginecologia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – 
Campinas (SP), Brasil.
Conflito de interesses: não há.
Palavras-chave
Câncer de colo do útero
Teste de Papanicolaou
Programas de rastreamento
Prevalência
Controle de qualidade
Keywords
Uterine cervical neoplasms
Papanicolaou test
Mass screening
Prevalence
Quality control
Correspondência
Luiz Carlos Zeferino
Rua Alexander Fleming, 101
Cidade Universitária Zeferino Vaz
CEP: 13083-970
Campinas (SP), Brasil
Recebido
15/01/2014
Aceito com modificações
15/04/2014
DOI: 10.1590/S0100-7203201400050002
Artigo Original
193Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(5):192-7
Por que a prevalência de resultados citopatológicos do rastreamento do câncer do colo do útero pode variar significativamente entre duas regiões do Brasil?
Introdução
O câncer de colo do útero é um importante problema 
de Saúde Pública. Segundo a Agência Internacional de 
Pesquisa sobre o Câncer (IARC)1, o carcinoma cervical é 
o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, 
com uma estimativa de 528.000 novos casos ocorridos 
em 2012. Mais de 85% deles ocorreram em países em 
desenvolvimento. As taxas de rastreamento do câncer de 
colo do útero variam muito nestes países, o que influencia 
a grande variação das taxas de incidência observadas2.
No Brasil, foram estimados 17.540 novos casos de 
câncer de colo do útero para 2012, com um risco estimado 
de 17 para cada 100.000 mulheres. Tal enfermidade é uma 
importante causa de óbito nas regiões Norte e Nordeste. 
Todavia, foi observada variação entre estados da mesma 
região, como também conflitos de informações3.
A redução da mortalidade observada em países desen-
volvidos pode ser atribuída ao rastreamento citopatológico 
organizado, desempenho não observado em regiões menos 
desenvolvidas4. No Brasil, o câncer de colo do útero con-
tinua sendo uma importante causa de mortalidade, apesar 
de que o Sistema Único de Saúde (SUS) vem realizando 
mais de 10 milhões de exames citopatológicos por ano 
para o rastreamento desta doença5.
O Brasil é um país extenso com distribuição heterogênea 
de recursos e indicadores demográficos e de condições de vida 
que variam muito entre as regiões brasileiras6,7. Entender 
o cenário brasileiro é necessário para construir ações que 
qualifiquem o diagnóstico situacional e permitam criar 
intervenções para aumentar a eficiência do rastreamento. 
Desse modo, foram selecionadas, casualmente, duas capitais 
de regiões diferentes para esta análise considerada piloto.
Por conseguinte, o objetivo deste trabalho foi analisar 
as taxas de prevalência dos resultados citopatológicos rea-
lizados para o rastreamento do câncer de colo do útero em 
relação à faixa etária e ao tempo de realização do último 
exame no Rio de Janeiro (região Sudeste) e em Maceió 
(região Nordeste). 
Métodos
Tipo de estudo e levantamento 
das informações estatísticas
Este é um estudo do tipo transversal epidemioló-
gico que incluiu informações disponíveis no Sistema de 
Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO), 
referentes aos exames citopatológicos realizados para o 
rastreamento desta doença nos municípios do Rio de 
Janeiro (Rio de Janeiro) e Maceió (Alagoas), em 20118. 
O SISCOLO é um sistema informatizado de entrada de 
dados desenvolvido pelo Departamento de Informática do 
SUS (DATASUS) em parceria com o Instituto Nacional 
de Câncer (INCA), instalado nos laboratórios prestado-
res de serviço, onde devem ser registrados todos os exames 
citopatológicos realizados para o SUS5,8. Desta maneira, 
o sistema pode gerar indicadores para o monitoramento 
dos exames, dos serviços e do rastreamento no âmbito dos 
municípios e estados5. 
Os municípios avaliados foram escolhidos por estarem 
em duas regiões brasileiras com características socioeco-
nômicas diferentes. A seleção do Rio de Janeiro ocorreu 
devido à história que o município tem no rastreamento 
do câncer de colo do útero e pela presença do INCA. 
Já Maceió foi escolhido casualmente, dentre as capitais 
da região Norte ou Nordeste. Segundo dados do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa 
de população para 2011 foi de 943.110 habitantes para 
Maceió e 6.355,949 para o Rio de Janeiro6. Em 2009, os 
valores do produto interno bruto (PIB) per capita foram 
de R$ 10.962,37 para Maceió e R$ 28.405,95 para o 
Rio de Janeiro7. Com relação à mortalidade por câncer 
de colo do útero, em 2010, as taxas padronizadas foram 
4,39 óbitos por 100.000 mulheres por ano no Rio de 
Janeiro e 6,04 óbitos em Maceió9. 
As variáveis analisadas são aquelas que constam 
no SISCOLO. O resultado citopatológico seguiu a 
Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas 
Preconizadas10. Para cada município, foram analisados 
os resultados citopatológicos, a faixa etária, o tempo em 
anos do último preventivo, as amostras insatisfatórias e 
rejeitadas. De acordo com os critérios do SUS8, devem ser 
consideradas insatisfatórias aquelas com: esfregaços com 
material acelular, obscurecidos pela presença de sangue, 
piócitos, dessecamento e superpopulação celular. Devem 
também ser consideradas como amostras rejeitadas aque-
las com erro de identificação, lâmina danificada e causas 
alheias ao laboratório. 
Casuística
Segundo o SISCOLO, foram realizados 206.550 exames 
citopatológicos cervicais no Rio de Janeiro e 45.243 em 
Maceió, em 2011. Para analisar o intervalo de tempo do 
último exame preventivo, o SISCOLO disponibilizou dados 
de 130.296 exames no Rio de Janeiro e 14.575 em Maceió.
compared to Rio de Janeiro. CONCLUSIONS: The prevalence rates of altered cervical cytopathological results was significantly higher in Rio de Janeiro than 
in Maceió. There is no objective information that may justify this difference. One hypothesis is that there may be a difference in the diagnostic performance of 
the cervical cancer screening, which could be related to the quality of the Pap smear. Thus, these findings suggest that it would be necessary to perform this 
evaluation at national level, with emphasis on the performance of cervical cancer screening in order to improve the effectiveness of cervical cancer control.
194 Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(5):192-7
Discacciati MG, Barboza BM, Zeferino LC
Análises estatísticas
As taxas de prevalência dos resultados citopatológicos 
foram calculadas em percentual. A razão de prevalência (RP) 
com intervalo de confiança de 95% para cada diagnóstico e 
para o intervalo (anos) desde o último exame citopatológico 
foi calculada. Para a análise da distribuição das mulheres 
de acordo com a faixa etária, foi utilizado o teste de ho-
mogeneidade. Para comparar a prevalência dos resultados 
citológicos por grupo etário, foi utilizado o teste do χ2.
Resultados
A porcentagem de mulheres que realizaram o exame de 
Papanicolaou e que tinham de 20 a 24 até 40 a 44 anos foi 
superior no Rio de Janeiro. Por outro lado, o valor daquelas 
em faixas etárias maiores (de 50 a 54 anos até > 64 anos) 
foi maior em Maceió, sendo esta uma diferença significativa 
(p>0,0001). No Rio de Janeiro, 20,8% dos exames foram 
realizados em mulheres com 50 anos ou mais, enquanto em 
Maceió este contingente foi de 30,3% (Figura 1). 
Em relação ao intervalo desde o último exame cito-
patológico realizado, no Rio de Janeiro predominaram 
aqueles com intervalo de um e dois anos e, em Maceió,controles com intervalo de um e três anos. As frequências 
de mulheres submetidas ao exame há menos de um ano 
(RP=0,54; IC95% 0,50–0,59), um ano (RP=0,91; IC95% 
0,89–0,93) e três anos (RP=0,53; IC95% 0,51–0,54) 
foram significativamente maiores em Maceió. Por outro 
lado, as frequências de mulheres cujo último exame cito-
patológico havia sido colhido há quatro anos (RP=2,64; 
IC95% 2,33–2,99) e mais de cinco anos (RP=2,44; IC95% 
2,23–2,67) foram superiores no Rio de Janeiro, sendo 
esta diferença estatisticamente significativa (Tabela 1). 
Todavia, quase metade dos exames citopatológicos foi 
realizada com um ano de intervalo para os dois municípios. 
A prevalência dos diagnósticos citopatológicos alte-
rados foi de 6,8% no Rio de Janeiro e 1,17% em Maceió 
(RP=5,6; IC95% 5,13–6,11). Considerando cada resultado 
citopatológico, no município do Rio de Janeiro foi maior a 
prevalência de atipias de significado indeterminado em células 
escamosas – ASC-US (RP=5,32; IC95% 4,66–6,07); atipias 
de significado indeterminado não podendo excluir lesão de 
alto grau – ASC-H (RP=4,27; IC95% 3,15–5,78); células 
glandulares atípicas (RP=10,02; IC95% 5,66–17,76); lesão 
intraepitelial escamosa de baixo grau – LIE-BG (RP=6,10; 
IC95% 5,27–7,07); lesão intraepitelial escamosa de alto 
grau – LIE-AG (RP=8,90; IC95% 6,50–12,18) e adeno-
carcinoma (RP=3,00; IC95% 1,21–7,44). Todos tinham 
intervalos de confiança significativos. Em relação à preva-
lência de carcinoma escamoso invasor, não houve diferença 
entre os dois municípios (RP=1,33; IC95% 0,63–2,81), 
como pode ser observado na Tabela 2.
Em Maceió, a frequência de amostras insatisfatórias 
foi duas vezes maior do que aquela observada para o 
Rio de Janeiro (RP=0,52; IC95% 0,44–0,61) e a de lâ-
minas rejeitadas para análise foi aproximadamente cinco 
Figura 1. Distribuição por faixa etária das mulheres que realizaram o exame citopatológico nos municípios do Rio de Janeiro e Maceió, referente a 2011
12
14
12–14
0,2 0,08
0,6 0,7
7,1
7,5
10,6
9,2
12,5
10,3
13
11
12,6
10,4
12
10
10,5
10,3
8,2
9,5
5,6
7,7
3,7
5,5
3,3
7,6
15–19 20–24 25–29 30–34 35–39 40–44 45–49 50–54 55–59
Idade (anos)
Rio de Janeiro Maceió
Teste de homogeneidade p=0,0001
Distribuição (%)
60–64 >64<11
10
8
6
4
2
0
195Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(5):192-7
Por que a prevalência de resultados citopatológicos do rastreamento do câncer do colo do útero pode variar significativamente entre duas regiões do Brasil?
vezes superior (RP=0,20; IC95% 0,17–0,25), diferenças 
estatisticamente significativas (Tabela 2). 
A análise da distribuição dos resultados cito-
patológicos por grupo etário para Rio de Janeiro e 
Maceió mostrou que não houve diferenças significa-
tivas para ASC-H e carcinoma escamoso invasor, mas 
houve para ASC-US, LIE-BG, LIE-AG e adenocarci-
noma (Tabela 3).
Intervalo
Rio de Janeiro Maceió
Razão de prevalência (IC95%)
n % n %
No mesmo ano 3.050 2,5 683 4,7 0,54 (0,50–0,59)
Um ano 48.521 40,47 6.653 46,0 0,91(0,89–0,93)
Dois anos 37.553 31,3 2.626 18,1 1,42 (1,37–1,47)
Três anos 14.715 12,2 3.750 25,9 0,53 (0,51–0,54)
Quatro anos 5.787 4,8 256 1,7 2,64 (2,33–2,99)
≥ Cinco anos 10.274 8,5 482 3,3 2,44 (2,23–2,67)
Total de exames com informação do intervalo 119.900 100 14.450 100
Total de ignorados ou brancos 10.396 125
Total 130.296 14.575
Tabela 1. Intervalo (anos) desde o último exame citopatológico nos municípios de Rio de Janeiro e Maceió, em 20119
Resultado citopatológico
Rio de Janeiro Maceió
Razão de prevalência (IC95%)
n % n %
ASC-US 5.726 2,78 229 0,5 5,32 (4,66–6,07)
ASC-H 866 0,42 44 0,1 4,27 (3,15–5,78)
Células glandulares atípicas 554 0,27 12 0,03 10,02 (5,66–17,76)
LIE de baixo grau 5.243 2,55 183 0,4 6,10 (5,27–7,07)
LIE de alto grau 1.647 0,80 40 0,09 8,90 (6,50–12,18)
Carcinoma escamoso invasor 49 0,02 08 0,02 1,33 (0,63–2,81)
Adenocarcinoma 69 0,03 05 0,01 3,00 (1,21–7,44)
Outras neoplasias 13 0,01 – – Indefinida
Exames alterados 14.167 6,8 521 1,1 5,6 (5,13–6,11)
Exames negativos 191.668 93,1 44.306 98,8 0,27 (0,25–0,29)
Total de exames com resultado 205.835 100 44.827 100
Exames insatisfatórios 531 0,2 223 0,4 0,52 (0,44–0,61)
Exames rejeitados 184 0,09 193 0,4 0,20 (0,17–0,25)
Total 206.550 45.243
Tabela 2. Prevalência (%) para cada resultado citopatológico nos municípios de Rio de Janeiro e Maceió, 20119
ASC-US: atipias de significado indeterminado em células escamosas; ASC-H: atipias de significado indeterminado não podendo excluir lesão de alto grau; LIE: lesão intraepitelial escamosa
Grupo
etário
ASC-US ASC-H LIE-BG LIE-AG Carcinoma invasor Adenocarcinoma
Rio de Janeiro Maceió Rio de Janeiro Maceió Rio de Janeiro Maceió Rio de Janeiro Maceió Rio de Janeiro Maceió Rio de Janeiro Maceió
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
≤19 655 (3,8) 13 (0,4) 36 (0,2) 1 (0,03) 1.348 (7,8) 27 (0,7) 76 (0,4) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)
20–29 1.354 (3,3) 39 (0,37) 225 (0,5) 5 (0,04) 1.845 (1,5) 56 (0,5) 471 (1,2) 5 (0,04) 2 (0,02) 0 (0) 1 (0,002) 0 (0)
30–39 1.296 (3,0) 69 (0,6) 194(0,4) 16 (0,1) 1.018 (2,3) 60 (0,5) 470 (1,1) 12 (0,1) 8 (0,01) 3 (0,02) 7 (0,01) 1 (0,008)
40–49 1.213 (2,9) 63 (0,6) 175 (0,4) 10 (0,1) 666 (1,6) 28 (0,3) 284 (0,7) 14 (0,1) 6 (0,01) 1 (0,001) 11 (0,03) 4 (0,04)
50–59 760 (0,21) 27 (0,4) 128 (0,4) 7 (0,1) 254 (0,7) 10 (0,01) 155 (0,4) 5 (0,08) 14 (0,04) 0 (0) 10 (0,02) 0 (0)
≥60 448 (1,7) 18 (0,6) 108 (0,4) 5 (0,2) 112 (0,4) 2 (0,06) 104 (0,4) 4 (0,01) 19 (0,07) 4 (0,01) 40 (0,15) 0 (0)
Total 5.726 (2,8) 229 (0,5) 866 (0,4) 44 (0,1) 5.243 (2,5) 183 (0,4) 1.560 (0,8) 40 (0,1) 49 (0,02) 8 (0,01) 69 (0,03) 5 (0,01)
Valor p** 0,0006 0,1444 0,00005 0,025 0,24 0,009
*O cálculo das taxas de prevalência foi realizado tendo como numerador o total de exames com cada resultado citopatológico e denominador o total de mulheres que 
realizaram exame citopatológico, para cada grupo etário; **teste do χ2
ASC-US: atipias de significado indeterminado em células escamosas; ASC-H: atipias de significado indeterminado não podendo excluir lesão de alto grau; LIE-BG: lesão 
intraepitelial escamosa de baixo grau; LIE-AG: lesão intraepitelial escamosa de alto grau
Tabela 3. Distribuição dos casos (n) e prevalência* (%) de resultados citopatológicos por grupo etário para Rio de Janeiro e Maceió
196 Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(5):192-7
Discacciati MG, Barboza BM, Zeferino LC
Discussão
A cidade do Rio de Janeiro tem forte história no 
rastreamento do câncer de colo do útero. O primeiro 
fator para isso foi a existência do Centro Luiza Gomes de 
Lemos, que atuou fortemente no rastreamento citopato-
lógico do câncer de colo do útero nas décadas de 1960 a 
1990. O segundo foi que o Ministério da Saúde manteve 
em tal local um laboratório de citopatologia de grande 
porte, agregado ao Programa Integrado de Tecnologia em 
Citopatologia (PITEC), de 1982 a 199811. 
Atualmente, o INCA mantém o Serviço Integrado 
Tecnológico em Citologia (SITEC)11. No entanto, consi-
derando o total de exames coletados, a situação no Rio de 
Janeiro e em Maceió é muito semelhante. De acordo 
com dados do SISCOLO, para 2011, a razão de exames 
citopatológicos realizados em mulheres do grupo etário 
de 25 a 59 anos foi 0,08 (8%) para Rio de Janeiro e 
Maceió12. Portanto, toda a discussão dos resultados foi 
feita admitindo-se que a cobertura do rastreamento para 
ambos os municípios fosse semelhante.
Este estudo mostrou que, em 2011, a prevalência dos 
resultados citopatológicos alterados foi cinco vezes maior 
no Rio de Janeiro em comparação ao Maceió. Apenas a 
prevalência de carcinoma escamoso invasor não mostrou 
diferença significante. Na tentativa de encontrar justifica-
tivas para as distinções observadas nas taxas de prevalência, 
foram analisados a faixa etária e o intervalo desde o último 
controle. A história prévia de rastreamento citopatológico, 
avaliada pelo intervalo desde o último exame, mostrou 
que no Rio de Janeiro predominaram controles realizados 
com intervalo deum e dois anos e em Maceió, controles com 
intervalo de um e três anos (Tabela 1). Essas diferenças não 
explicariam aquelas significativas observadas nas prevalências 
dos resultados citopatológicos. As mulheres incluídas em 
Maceió eram mais velhas do que aquelas do Rio de Janeiro 
e, portanto, seria esperado que as prevalências de LIE-AG, 
carcinoma escamoso e adenocarcinoma fossem mais elevadas 
em Maceió, o que não foi observado.
A análise da distribuição dos resultados citopatológicos, 
de acordo com o grupo etário, também mostrou diferenças 
significativas (Tabela 3). No Rio de Janeiro, a prevalência 
de LIE-BG foi de 7,8% para as mulheres com até 19 anos, 
enquanto que, para Maceió, esta foi de 0,7%. A superioridade 
da LIE-BG espelha a prevalência de aquisição da infecção por 
HPV, que naturalmente é mais elevada em mulheres jovens, 
reduzindo-se progressivamente com a idade, enquanto que a 
de LIE-AG (especialmente NIC 3) aumenta com a idade13. 
Este padrão não foi observado para as mulheres de Maceió. 
Tal resultado citopatológico de LIE-AG foi cerca de oito 
vezes mais elevado para Rio de Janeiro. 
Admitindo também semelhança na qualidade dos 
exames citopatológicos entre os dois municípios, tais 
diferenças observadas poderiam ser parcialmente explica-
das caso a população de mulheres de Maceió apresentasse 
significativamente menor risco para neoplasia do colo do 
útero. Os dados disponíveis não nos permitem apoiar tal 
hipótese, mas é possível inferir que sua veracidade seria 
bem remota, com base na análise dos dados de prevalência 
de carcinoma invasor e das taxas de incidência e morta-
lidade por câncer de colo do útero nos dois municípios.
As taxas dos resultados citopatológicos de carcinoma 
escamoso invasor para Rio de Janeiro e Maceió, observadas 
neste estudo, foram semelhantes. A estimativa da taxa bruta 
de incidência do câncer de colo do útero em Maceió, em 
2012, foi de 19,3 casos por 100.000 mulheres, enquanto 
que no Rio de Janeiro foi de 21,4 por 100.000, ou seja, 
as significativas diferenças observadas na prevalência dos 
resultados citopatológicos das alterações precursoras não 
correspondem à diferença observada nas taxas de incidência 
do câncer invasor. A taxa ajustada pela população mundial 
da mortalidade por câncer de colo do útero, em 2011, foi 
maior em Maceió (6,1 mortes por 100.000 mulheres) do 
que no Rio de Janeiro (5,5 mortes/100.000 mulheres)9. 
Em conclusão, esses dados sugerem que as populações 
femininas do Rio de Janeiro e Maceió não apresentam risco 
significativamente diferente para câncer de colo do útero.
Portanto, se entre os municípios a cobertura do exame 
citopatológico é semelhante, se não há evidências de que o 
risco para câncer de colo do útero seja menor em Maceió, 
então o que poderia explicar expressivas diferenças na 
prevalência das lesões?
É necessário fazer algumas considerações sobre a qua-
lidade dos exames citopatológicos. Estudos já mostraram 
que a sensibilidade do teste pode variar de 11 a 99% e a 
especificidade de 14 a 100%14-16. Já a quantidade de resul-
tados falso-negativos pode variar de 1 a 62%17-19, sendo que 
suas causas estão relacionadas a erros na coleta da amostra, 
durante o escrutínio dos esfregaços cervicovaginais e na 
interpretação dos diagnósticos18,19. A grande variabilidade 
do desempenho diagnóstico do exame citopatológico é 
sua grande fragilidade. Portanto, é possível que o exame 
citopatológico em Maceió tenha menor qualidade, com 
menor sensibilidade e mais resultados falso-negativos, 
o que comprometeria a detecção das lesões precursoras.
Um indicativo de que a qualidade do exame citopato-
lógico no município do Rio de Janeiro é melhor do que no 
Maceió é a análise do número de amostras insatisfatórias, cujo 
percentual é um indicador de qualidade de coleta e do preparo 
dos esfregaços cervicais18,20. Neste estudo, foi observado que 
a frequência de amostras insatisfatórias foi duas vezes maior 
na cidade de Maceió em relação ao Rio de Janeiro, e a de 
lâminas rejeitadas para análise foi cinco vezes superior no 
Maceió. A comprovação da diferença na qualidade poderia 
ser feita pelo monitoramento externo de qualidade, o que 
está previsto mas não é realizado amplamente.
197Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(5):192-7
Por que a prevalência de resultados citopatológicos do rastreamento do câncer do colo do útero pode variar significativamente entre duas regiões do Brasil?
A periodicidade recomendada para o exame de rastre-
amento no Brasil, com base na Organização Mundial de 
Saúde (OMS), é de três anos após dois resultados negativos 
com intervalo anual10. Este estudo mostrou que, tanto em 
Maceió como no Rio de Janeiro, as mulheres têm exames 
citopatológicos coletados com intervalo menor do que o 
recomendado, o que torna irrelevante algumas diferenças 
estatísticas observadas entre os dados dos dois municípios. 
Do ponto de vista da prática do rastreamento, para 40% 
das mulheres do Rio de Janeiro e 46% de Maceió, o úl-
timo exame havia sido colhido com intervalo de um ano 
e, respectivamente, 74,3 e 68,3% com intervalo de dois 
anos ou menos. Para que o rastreamento seja organizado, 
é preciso criar estratégias para maior adesão ao protocolo 
recomendado e promoção do acesso das mulheres que 
nunca realizaram o exame.
Portanto, a prevalência de resultados citopatológicos 
alterados é significativamente maior no Rio de Janeiro do 
que em Maceió e não há informações objetivas que possam 
justificar tal diferença. Uma hipótese é que haveria distinção 
no desempenho diagnóstico do exame citopatológico, o que 
poderia estar relacionada com a qualidade do exame. Assim, 
tais achados sugerem que seria necessário avaliar este cenário 
no âmbito nacional, com ênfase no desempenho do exame 
citopatológico, visando melhorar a efetividade do controle 
do câncer de colo do útero. Apesar deste estudo se restringir 
à análise de apenas dois estados, fica colocada a questão de 
como seria este estudo em todos os estados brasileiros.
1. International Agency for Research on Cancer. World Health 
Organization [Internet]. GLOBOCAN 2012: estimated cancer 
incidence, and mortality and prevalence worldwide in 2012: cancer 
fact sheets. Lyon: IARC; 2013 [cited 2014 Apr 22]. Available 
from: http://globocan.iarc.fr/Pages/fact_sheets_cancer.aspx
2. Akinyemiju TF. Socio-economic and health access determinants 
of breast and cervical cancer screening in low-income countries: 
analysis of the world health survey. PLoS One. 2012;7(11):e48834. 
3. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José 
Alencar Gomes da Silva. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. 
Coordenação de Prevenção e Vigilância [Internet]. Estimativa 2012: 
incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2011 [citado 
2013 Ago 12]. Disponível em: http://portal.saude.sp.gov.br/
resources/ses/perfil/gestor/homepage/estimativas-de-incidencia-
de-cancer-2012/estimativas_incidencia_cancer_2012.pdf
4. Mathew A, George PS. Trends in incidence and mortality rates of 
squamous cell carcinoma and adenocarcinoma of cervix--worldwide. 
Asian Pac J Cancer Prev. 2009;10(4):645-50.
5. Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS [Internet]. Sistemas e 
aplicativos [citado 2013 Set 20]. Disponível em: http://www2.
datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=06
6. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet]. Download: 
estatísticas [citado 2013 Set 20]. Disponível em: http://www.
ibge.gov.br/home/download/estatistica.shtm
7. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet]. Indicadores 
sociais mínimos [citado 2013 Ago 12]. Disponível em: http://
www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/
indicadoresminimos/default_minimos.shtm
8. Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS [Internet]. SISCOLO/
SISMAMA: sistema de informação do câncer de colo do útero e 
sistema de informação do câncer de mama: informações estatísticas: 
Siscolo 4.00 ou superior [citado 2013 Set 20]. Disponível em: 
http://w3.datasus.gov.br/siscam/index.php?area=0403

Continue navegando