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Resumo - Diabetes Mellitus - 2022

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Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
→ MCM, 68 anos, masculino, chega à unidade de saúde com 
quadro de polidipsia, perda ponderal e poliúria. É hipertenso, já 
teve episódio de IAM há cerca de 1 anos com orientação à 
procura de endocrinologista após alta hospitalar. Tabagista (10 
cigarros/dia há 40 anos). Tem histórico familiar de 
DM2/HAS/AVE/IAM e neoplasia de estômago. Ao exame físico: 
eupneico, hipocorado 1/4, presença de acantose nigricans 
cervical e axilar, acrocórdons em região de face e cervical. 
PA: 140x80 mmHg 
FC: 84 bpm 
FR: 22 irpm 
Peso: 106 kg 
Altura: 1,68m 
IMC = 37,5 
1- Hipótese diagnóstica inicial 
- Diabetes Mellitus tipo II -> polidipsia, perda ponderal, poliúria, 
histórico familiar, acantose nigricans 
- Síndrome Metabólica -> DM + HAS + obesidade grau 2 
2- Exames necessários para adequar o diagnóstico 
Glicose ao acaso acima de 200mg/dL + Sintomas 
Glicemia de jejum acima de 126mg/Dl 
TOTG acima de 200mg/dL-> 75g de dextrosol ou glicose anidra 
(só segue com o exame se a glicemia em jejum der menor que 
126) -> jejum e 2hrs 
HbA1c maior ou igual 6,5 
3- Cite os fatores que risco que complementam seu 
diagnóstico no caso clínico 
Idade > 45 anos 
Parente com 1º grau com DM 
IMC > 25 
Obesidade 
HAS 
Doença cardiovascular 
Acantose nigricans 
4- Quais os critérios para os exames solicitados 
confirmariam seu diagnóstico? 
 
Glicemia de Jejum 2x 
HbA1c 2x 
Glicemia de Jejum + HbA1c 
5- Você considera que esse diagnóstico poderia ser 
previsto e iniciado em exames de rotina? 
Sim 
6- Se sim, quais exames deveriam ser solicitados? 
- De acordo com fatores de risco + clínica 
Perfil Glicêmico ->Glicemia de Jejum/ HbA1c/ Glicemia ao 
acaso/ TOTG 
Lipidograma 
Função renal -> Ureia e Creatinina 
TGO e TGP 
EAS 
Bilirrubina 
TAP 
Albumina 
Gama GT 
Fosfatase alcalina 
Sorologia para hepatites, sífilis e HIV 
7- Qual meta laboratorial de tratamento segundo a SBD 
para este paciente? 
 
• HbA1c -> meta 7, desde que não incorra em 
hipoglicemias graves e frequentes 
• Classificar o idoso em saudável, comprometido ou 
muito comprometido 
• Metas individualizadas em diversas situações na 
diabetes 
→ A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda a 
classificação baseada na etiopatogenia do diabetes, que 
compreende o diabetes tipo 1 (DM1), o diabetes tipo 2 (DM2), o 
diabetes gestacional (DMG) e os outros tipos de diabetes 
→ DM1 -> mais comum em crianças e adolescentes 
- Apresenta deficiência grave de insulina devido à destruição das 
células β, associada à autoimunidade 
- Apresentação Clínica: abrupta, propensão à cetose e 
cetoacidose, com necessidade de insulinoterapia plena desde o 
diagnóstico ou a curto prazo 
→ DM2 -> tipo mais comum e frequentemente associado à 
obesidade e ao envelhecimento 
- Início insidioso e é caracterizado por resistência à insulina e 
deficiência parcial de secreção de insulina pelas células β-
pancreáticas, além de alterações na secreção de incretinas 
Diabetes tipo 1 Imunomediado 
Idiopático 
Diabetes Tipo 2 -> Síndrome de Resistência à Insulina 
Diabetes Gestacional-> diagnóstico fechado durante a gestação 
Outros tipos 
Defeitos monogênicos na função das células β pancreáticas 
. MODY 
. Diabetes neonatal transitório ou permanente 
. Diabetes mitocondrial 
Defeitos genéticos na ação da insulina 
Doenças do pâncreas exócrino 
Associado a endocrinopatias 
Secundário a drogas (quimicamente induzido) 
Secundário a infecções 
Formas incomuns de DM imunomediado 
Outras síndromes genéticas associadas ao DM 
- Recomendações 
 . O diagnóstico diferencial entre DM1 e DM2 DEVE SER 
CONSIDERADO apenas em bases clínicas. Exames 
complementares específicos só devem ser solicitados em casos 
de apresentações atípicas. 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
 . Rastreamento genético associadas ao diabetes neonatal 
para todas as crianças com hiperglicemia detectada antes dos 
6 meses de idade, sem causa secundária evidente 
 . Em caso de dúvida diagnóstica quanto à classificação do DM 
com autoanticorpos negativos, é RECOMENDADA, quando 
disponível, a dosagem de peptídeo C randômico. Se o peptídeo 
C randômico estiver < 0,6 ng/dl, no paciente com cinco anos ou 
mais de duração do DM, a classificação deverá ser DM tipo 1B. 
Caso o peptídeo C esteja > 0,6 ng/dL, DM2 ou diabetes 
monogênico devem ser considerados 
→ DANOS TECIDUAIS GERADOS PELA HIPERGLICEMIA 
Cegueira 
Disfunção renal 
Risco para doenças cardiovasculares 
Amputação não traumática 
 
→ LADA – DIABETES TIPO 1 LATENTE DO ADULTO 
- Idade entre 25 e 65 anos 
- Ausência de cetoacidose ou hiperglicemia sintomática no 
diagnóstico ou imediatamente após 
- Sem necessidade de insulina por 6 a 12 meses 
- Presença de autoanticorpos (especialmente GADA) 
- Pessoas adultas com diabetes e anticorpos positivos, as quais 
não necessitam de insulina por pelo menos seis meses após o 
diagnóstico 
→ APRESENTAÇÕES ATÍPICAS DO DM 
 
→ OBJETIVO: identificação da hiperglicemia 
 
- Fatores que podem elevar ou diminuir a hemoglobina glicada: 
 . Diminuem: anemia hemolítica, hemorragia, elevada vitamina 
C, elevada vitamina E, queimaduras, hipertireoidismo -> 
aumentam a degradação da hemoglobina 
 . Aumentam: anemia ferropriva, uremia, elevada dose de 
salicilatos, alcoolismo, hipertrigliceridemia 
 
 
DM 1 X DM 2 
- Peptídeo C -> terá significado apenas 5 anos após o diagnóstico 
 . Ponto de corte : 0,6ng/Dl 
 . Peptídeo C baixo e sem autoanticorpos -> DM1B 
 . Normal: DM2, DM por outras causas, MODY 
- Dosagem de anticorpos -> DM1 
1- Autoanticorpos citoplasmáticos anti-ilhotas (ICA) -> crianças 
2- Autoanticorpos anti-insulina (IAA) 
3- Autoanticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-
GAD) -> adultos 
4- Autoanticorpos antitrasnportador de zinco (anti-TZn8) 
5- Autoanticorpos anti-tirosino fosfatase 
- Diferenciar DM1A (imunomediado) e DM1B (idiopático) 
 
→ RASTREAMENTO 
- Recomendado para todos os indivíduos com 45 anos ou mais, 
mesmo sem fatores de risco, e para indivíduos com 
sobrepeso/obesidade que tenham pelo menos um fator de risco 
adicional para DM2 
→ Indivíduos apresentam insulinopenia e encontram-se 
altamente propensos a evoluírem para a cetoacidose diabética 
(CAD) 
 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
→ FASES DO DM1 
 
→ RASTREIO- DOENÇAS AUTOIMUNES 
- 20-25% -> associação 
- Principalmente doença tireoidiana (Tireoidite de Hashimoto) -> 
período puberal 
 . TSH, T4 livre, anti-TPO e anti-tireoglobulina 
 . Avaliação da função tireoidiana recomendada no 
diagnóstico do DM1, a cada período de um a dois anos quando 
quadro clínico sugestivo de hipo ou hipertireoidismo 
- Doença Celíaca -> IgA Transglutaminase e Anti-endomísio 
 
 . Recomendado em crianças quando diagnóstico de DM1, no 
segundo e quinto anos, quando houver sintomas gastrointestinais 
ou baixa estatura com diminuição de velocidade de 
crescimento 
 . Investigação deve ser considerada em caso de alguma 
manifestação gastrointestinal associada 
 . Sinais e sintomas: diarreia, deficiência de B12, hipoglicemias, 
perdas fetais, doença metabólica óssea e outros 
- Insuficiência Adrenal e Gastrite autoimune -> não é 
recomendado rastreio rotineiramente, exceto quando houver 
suspeita clínica 
 
- Diferenciar DM “over diabetes” X DMG 
- Disglicemia -> alteração metabólica mais comum 
 
- Fatores de Risco 
 . Idade avançada -> maior que 35 anos 
 . Histórico familiar em pacientes de 1º graus 
 . Sobrepeso e obesidade 
 
- Complicações maternas e fetais 
 
- Primeira consulta -> glicemia de jejum + identificação de 
fatores de risco 
 
 
 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
 
→ AGENTES ANTIDIABÉTICOS ORAIS 
- Metas no controle 
 
- Escolha desse medicamento baseia-se nos seguintes aspectos: 
mecanismos de resistência à insulina (RI),falência progressiva da 
célula beta, múltiplos transtornos metabólicos (disglicemia, 
dislipidemia e inflamação vascular) e repercussões micro e 
macrovasculares 
- São medicamentos que reduzem a glicemia, a fim de mantê-la 
em níveis normais (em jejum < 100 mg/dL e pós-prandial < 140 
mg/dL). 
→ FARMACOLÓGICO 
- Recomendações gerais com base nos objetivos de controle 
glicêmico 
 
 
Manifestações 
leves 
Glicemia inferior a 200 mg/dL, com sintomas 
leves ou ausentes (sem a presença de outras 
doenças agudas concomitantes), estão 
indicados os medicamentos que não promovem 
aumento da secreção de insulina, 
principalmente se o paciente for obeso 
 
 
Manifestações 
moderadas 
Glicemia de jejum é superior a 200 mg/dL, mas 
inferior a 300 mg/dL na ausência de critérios para 
manifestações graves, devem-se iniciar 
modificações de estilo de vida e uso de 
metformina associada a outro agente 
hipoglicemiante (inibidor da DPP-4, acarbose, 
análogos do GLP-1, glitazona e inibidores de 
SGLT2) 
 
Manifestações 
graves 
Valores glicêmicos superiores a 300 mg/dL e 
manifestações graves (perda significativa de 
peso, sintomas graves e/ ou cetonúria), deve-se 
iniciar insulinoterapia imediatamente 
 
→ NÃO-FARMACOLÓGICO 
- MEV -> adequação alimentar + atividade física + cessação do 
tabagismo 
DM1 
- Modalidades de acordo com a intensidade 
 
- Estratificação de risco cardiovascular 
 
 
- Conduta conforme a glicemia pré-exercício no DM1 
 
- É recomendado que pessoas com DM1 realizem no mínimo 150 
minutos semanais de exercício aeróbico de moderada ou 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
vigorosa intensidade, não permanecendo mais de 2 dias 
consecutivos sem exercício físico, para melhor aptidão física e 
controle do IMC 
- Deve ser considerada a prática de treinamento aeróbico, 
resistido ou combinado em uma mesma sessão, para melhora da 
função endotelial, do condicionamento físico e do controle 
glicêmico 
- É recomendado o monitoramento da glicose antes, durante e 
após o exercício físico, para minimizar a variação da glicemia e 
o risco de hipoglicemia 
DM2 
 
 
- Recomendações 
 . Mínimo de 150 min de atividade física aeróbia de moderada 
intensidade e o mínimo de 7% de redução ponderal, seguido de 
manutenção do peso perdido 
 . Prática de exercícios combinados, resistidos e aeróbicos: pelo 
menos um ciclo de 10 a 15 repetições de cinco ou mais 
exercícios, duas a três sessões por semana, em dias não 
consecutivos e, no mínimo, 150 minutos semanais de caminhada 
moderada ou de alta intensidade, sem permanecer mais do que 
dois dias consecutivos sem atividade 
→ IDOSOS -> avaliar quadros associados 
- Polifarmácia 
- Comprometimento cognitivo 
- Depressão 
- Risco de quedas 
- Síndromes álgicas 
 
→ CRIANÇAS E ADOLESCENTES -> DM1 
- Atividade física: 60 minutos modera a vigorosa diariamente 
- ATENÇÃO -> ≥350mg/dL -> cetonúria 
- Terapia nutricional 
 . Individualizada 
 . Monitorar contagem de CHO 
 . 10-12 anos -> triagem para transtornos alimentares 
- Meta: HbA1c < 7% sem hipoglicemia significativa 
→ HIPOGLICEMIA 
- Risco: < 70mg/dL -> 15min 
Nível 1 Baixo 55-70mg/dL 
Nível 2 Severamente baixo < 54 mg/dL 
Nível 3 Comprometimento cognitivo com 
necessidade de cuidados de terceiros 
- Tratamento 
 . Glicose pura 
 . Evitar alimentos ricos em gordura na fase aguda 
 . Estimular ingesta alimentar 
 . Glucagon -> impossibilidade de ingesta oral, administração 
por cuidadores/responsáveis, glucagon em pó/ intranasal/ 
subcutâneo 
 . Inconsciente 
Glucagon 1mg IM (0,5mg < 25kg) 
Bolus IV de glicose 20 a 25g -> para tirar o pct da 
hipoglicemia 
Tratamento da causa base 
Ajuste medicamentoso 
 . Tratamentos caseiros 
 150ml de refrigerante de cola não diet 
 150ml de suco de laranja 
 1 colher de sopa de açúcar em 1 copo com água 
 15g -> sachê de mel 
 
 
→ SULFONILUREIAS 
- Medicamentos 
 . 1ª geração -> Tolbutamida 
 . 2ª geração -> Glicazida (+ estável) ou Glibenclamida 
 . 3ª geração -> Glimepirida 
- Mecanismo de Ação: aumento da secreção de insulina 
 . Agem sobre as células beta-pancreáticas -> bloqueio de 
canais de K+ -> despolarização da MP -> abertura dos canais de 
Ca+ -> degranulação das vesículas com insulina -> liberação do 
hormônio 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
- Vantagens 
 . Redução relativamente maior da HbA1C 
 . Redução do risco de complicações microvasculares 
- Desvantagens 
 . Hipoglicemia e ganho ponderal 
- Contraindicação: gravidez, insuficiência renal ou hepática, 
paciente com ↓peptídeo C (DM1) 
 
→ GLINIDAS 
 
- Mecanismo de Ação: aumento da secreção de insulina 
 . Redução da glicemia pós-prandial -> Menor tempo de meia-
vida -> Uso sempre antes da refeição 
 . Atuam apenas nos momentos de pico de insulina, mas não 
sobre o nível basal desse hormônio 
- Vantagens 
 . Redução do espaçamento médio intimal carotídeo 
 . Redução da variabilidade da glicose pós-prandial 
- Desvantagens 
 . Hipoglicemia e ganho ponderal discreto 
- Contraindicação: gravidez 
- Obs: não podem ser prescritas juntamente com uma 
sulfonilureia -> mesmo mecanismo de ação 
→ BIGUANIDAS 
- Medicamentos 
 . Metformina 1.000 a 2.550 -> 
duas a três tomadas/dia 
 . Metformina XR 1.000 a 2.550 -> duas a três tomadas/dia 
 
- Mecanismo de Ação: redução da produção hepática de 
glicose com menor ação sensibilizadora da ação insulínica 
 . Reduz a gliconeogênese hepática + Retarda a absorção 
intestinal de carboidratos + Aumenta a translocação de GLUT-4 
na periferia 
- Vantagens 
 . Redução da HbA1c (1-2%) 
 . Diminuição de eventos cardiovasculares 
 . Melhora do perfil lipídico (redução da lipogênese) 
 . Diminuição de peso 
 . Pode ser prescrita para pré-diabéticos que tenham pelo 
menos 2 fatores de risco para DM 
- Desvantagens 
 . Desconforto abdominal, diarreia e náuseas 
 . Deficiência de vitamina B12 
 . Risco de acidose lática 
- Contraindicação: gravidez, insuficiência renal, hepática, 
cardíaca ou pulmonar e acidose grave 
→ GLITAZONAS 
 
- Mecanismo de Ação: aumento 
da sensibilidade à insulina em 
músculo, adipócito e hepatócito 
(sensibilizadores da insulina) 
 . Efeito genômico -> atua 
sobe um receptor nuclear -
> PPARy -> Metabolismo da 
glicose e produção de 
adipócitos 
- Vantagens 
 . Prevenção de DM2 
 . Redução do 
espessamento médio 
intimal carotídeo 
 . Melhora do perfil 
lipídico 
 . Redução da gordura hepática 
 . Rara hipoglicemia 
 . Redução relativamente maior da HbA1c 
 . Redução dos triglicérides 
- Desvantagens 
 . Retenção hídrica 
 . Anemia 
 . Ganho ponderal 
 . Insuficiência cardíaca 
 . Fraturas 
- Contraindicação: insuficiência cardíaca, insuficiência hepática 
e gravidez 
→ INIBIDORES DA α-GLICOSIDADE 
- Medicamento 
- Mecanismo de Ação: retarda a absorção de carboidratos 
 . Retardo na digestão e absorção de carboidratos complexos 
-> Absorção de açúcar é retardada -> Adapta a absorção de 
glicose aos níveis de insulina que o paciente pode oferecer 
- Vantagens 
 . Prevenção de DM2 
 . Redução do espessamento médio intimal carotídeo 
 . Melhora do perfil lipídico 
 . Redução da variabilidade da glicose pós-prandial 
 . Rara hipoglicemia 
 . Diminuição de eventos cardiovasculares 
- Desvantagens 
 . Meteorismo, flatulência e diarreia 
 . Redução discreta da HbA1c 
- Contraindicação: gravidez 
→ INIBIDORES DE DPP-4 (GLIPTINAS) 
- Medicamentos 
 
1- Inibição da gliconeogênese 
2-Melhora da sensibilização da 
insulina 
1- Ação análoga à Metformina 
2-Melhora da sensibilidade à 
insulina 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
 
 . Dose variável 
- Mecanismo de Ação: aumento do nível de GLP-1, com 
aumento da síntese e da secreção de insulina,além da redução 
de glucagon 
 . Enzima DPP-4 -> degrada as incretinas que são liberadas após 
a alimentação 
 . Sem sofrer degradação -> Incretinas têm o seu efeito 
prolongado -> maior estímulo à liberação de insulina -> ação no 
estado alimentado 
 
- Vantagens 
 . Segurança e tolerabilidade 
 . Efeito neutro no peso corporal -> boa para idosos e pacientes 
magros 
 . Rara hipoglicemia 
 . Redução HbA1c 0,8-1% 
- Desvantagens 
 . Angioedema e urticária 
 . Possibilidade de pancreatite aguda 
 . Insuficiência cardíaca 
- Contraindicação: hipersensibilidade aos componentes 
 . Obs: Linagliptina -> não passa pelos rins -> recomendada 
para insuficientes renais 
 
→ MIMÉTICOS E ANÁLOGOS DA GLP-1 
- Medicamentos 
 . Liraglutida (Victoza ou Saxenda) -> uma injeção ao dia 
sempre no mesmo horário, via cutânea 
 . Exenatida (Ozempic, Rupelsus e Wegovy) -> antes do 
desjejum e antes do jantar, via SC 
 . Dulaglutida (Trulicity) -> 1x semana 
 
- Mecanismo de Ação: aumento do nível de GLP-1, com 
aumento da síntese e da secreção de insulina, além da redução 
de glucagon 
 . Retardo do esvaziamento gástrico e saciedade 
- Vantagens 
 . Redução do peso 
 . Redução da PAS 
 . Rara hipoglicemia 
 . Redução hepática da glicose -> indicação para esteatose 
hepática 
 . Redução da variabilidade da glicose pós-prandial 
 . Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em 
pacientes com DCV 
- Desvantagens 
 . Hipoglicemia, 
 . Náusea, vômitos e diarreia 
 . Aumento da frequência cardíaca 
 . Possibilidade de pancreatite aguda 
- Contraindicação: hipersensibilidade aos componentes 
→ INIBIDORES DO SGLT-2 
- Medicamentos 
 
 
- Mecanismo de Ação: 
inibidor de receptor SGLT2, previne a reabsorção de glicose no 
túbulo contorcido proximal renal, promovendo glicosúria 
 
- Vantagens 
 . Redução do peso 
 . Rara hipoglicemia 
 . Redução da PA (4-6mmHg) 
 . Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em 
pacientes com DCV 
- Desvantagens 
 . Infecção genital e urinária 
 . Poliúria 
 . Depleção de volume, hipotensão e confusão mental 
 . Aumento do LDL-c 
 . Aumento transitório da creatinina 
 . Cetoacidose diabética 
- Contraindicação: NÃO deve ser usado em pacientes com 
disfunção renal moderada a grave 
 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
→ ADMINISTRAÇÃO 
 
 
- Depósito -> subcutâneo 
- Ação rápida -> SC, IM ou EV -> realizada em ambiente 
hospitalar 
→ VELOCIDADE DE ABSORÇÃO 
- Abdome (3 dedos longe de qualquer cicatriz) + 
- Braço (tríceps) 
- Coxa (região lateral externa) 
- Nádega (região lateral do glúteo superior) - 
→ LOCAIS DE APLICAÇÃO 
 
→ FORMA DE APLICAÇÃO 
- Adulto -> agulha 90º com a 
pele 
- Criança/ menos de 45kg -> 
agulha 45º com a pele 
- Armazenamento 
 . Parte inferior da geladeira, 
ao fundo e longe do freezer 
 . Não deixar em locais com 
exposição solar e grande variação de temperatura 
→ FORMA DE APLICAÇÃO 
- Adulto -> agulha 90º com a pele 
- Criança/ menos de 45kg -> agulha 45º com a pele 
 
- Esquemas de insulinoterapia para pessoas com DM1 devem 
mimetizar a secreção fisiológica de insulina que ocorre em 
indivíduos sem diabetes 
- Estratégia de eleição é a terapia basal-bolus, que deve ser 
instituída precocemente, com múltiplas aplicações diárias de 
insulina (múltiplas doses de insulina – MDI) ou com a bomba de 
infusão de insulina (sistema de infusão contínua de insulina – SICI) 
- Assume-se 50% da secreção como componente basal, ao 
longo de todo o dia, e os 50% restantes como componente 
prandial, em resposta às refeições. Deve-se usar insulinas basais 
para o componente basal, e insulinas prandiais para o 
componente prandial, preferentemente análogos de rápida ou 
ultrarrápida ação, com MDI ou SICI 
- As necessidades diárias de insulina no 
DM1 podem ser estimadas a partir do 
peso corporal, tipicamente variando 
entre 0,4 U/kg/dia a 1,0 U/kg/dia. 
 . Quanto mais instável o paciente, 
maior a dose por kg de peso 
- Componente prandial é dividido em três a quatro bolus pré-
prandiais por dia, com aplicação 30 minutos antes do início da 
refeição para a insulina humana regular, 20 min antes do início 
da refeição para os análogos rápidos e imediatamente antes da 
refeição para os análogos ultrarrápidos 
 
→ CASO CLÍNICO 
 
Bolus de Correção 
FS= 1500/50=30 
BC= 230-110/30= 4UI 
Bolus de Alimentação 
I/C= 500/50=10 
BA=50/10=5UI 
- Resposta: 9UI antes de realizar a refeição 
→ TIPOS DE INSULINA 
- Basal 
 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
- Prandial/ Em bolus -> correção rápida 
 
 
 
- Insulina -> tem uma concentração basal que se mantém ao 
longo de todo o dia, porém, apresenta picos após as principais 
refeições 
→ REGIME INSULÍNICO 
- Inicial -> insulina NPH - 0,2ui/kg/dia antes da ceia -> insulina 
bedline 
- Associação aos anti-hipoglicemiantes 
- Ajustar a dose de NPH a noite de acordo com a glicemia de 
jejum 
- Obs: reavaliação periódica das doses de insulina é 
RECOMENDADA para evitar a inércia clínica no tratamento 
→ INSULINIZAÇÃO NO DM2 
- Em adultos com DM2 sintomáticos (poliúria, polidipsia, polifagia 
e perda de peso) e que apresentam HbA1c > 9% ou glicemia de 
jejum ≥ 250mg/dL, a terapia à base de insulina é recomendada 
para melhorar o controle glicêmico, mesmo de forma transitória 
- Em adultos com DM2 sem DCV ou doença renal, em que HbA1c 
permaneça acima da meta apesar da terapia tripla, a terapia 
quadrupla ou terapia baseada em insulina estão recomendadas 
 
 
- Dose: 
NPH OU Decludeca (ajuste semanal) OU Detemir OU Glargina 
0,1-0,2ui/kg/dia ou 10-12 UI bed time (dose fixa) 
Ajuste de dose 2-3 dias-> de acordo com a meta pré-prandial 
- Insulinização plena 
0,5-1,5 ui/kg/dia -> grau de resistência insulínica (resposta 
terapêutica) 
Ex: 70 kg -> 1ui/kg -> 70 ui -> NPH 
70% manhã -> 50 ui e 70% noite -> 20 ui 
→ CONTROLE GLICÊMICO 
 
→ CONTROLE 
- Controle para pacientes em tratamento (4 medidas) 
Glicemia de jejum 
1h após o café 
1h após o almoço 
1h após o jantar 
- Controle para pacientes sem tratamento (6 medidas) 
Glicemia de jejum 
1h antes e 1h após o café 
1h antes e 1h após o almoço 
1h antes e 1h após o jantar 
→ CONDUTA 
- Medida inicial: terapia não farmacológica (alimentação + 
atividade física) 
- Terapia farmacológica 
 . Recomendado o início quando duas ou mais medidas de 
glicemia avaliadas após 7 a 14 dias de terapia não 
farmacológica estiverem acima da meta 
 . 1ª linha de tratamento: INSULINA -> dose inicial: 0,5 U/kg/dia 
* A distribuição das doses da insulina deve ser baseada no perfil 
obtido no monitoramento diário da glicose 
* Regime de múltiplas injeções usando insulinas de ação 
prolongada ou de ação intermediária em combinação com 
insulina de ação prandial 
* Nos casos em que os valores alterados da glicose ocorram em 
uma hora específica do dia, o regime de insulina pode ser 
simplificado 
* Quando os valores elevados da glicose ocorrem apenas no 
período pós-prandial do café da manhã, está indicado uso de 
insulina prandial especificamente nessa refeição 
* Nas gestantes com valores elevados de glicose apenas em 
jejum, o uso noturno de insulina de ação intermediária (NPH) é o 
mais adequado 
* Em ambos os casos, as doses iniciais são inferiores, podendo ser 
entre 0,1 unidade/kg/dia e 0,2 unidades/kg/dia. 
Endocrinologia Júlia Araújo Medicina 
 
- Obs: O critério de crescimento fetal para início da 
insulinoterapia pode ser considerado, independente dos valores 
da glicose, quando a medida da circunferência abdominal fetal 
for igual ou superior ao percentil 75 em uma USG realizada entre 
a 29ª e a 33ª semana de gestação 
 
 . Última opção de tratamento: Metformina 
* Concentraçõessemelhantes no sangue materno e fetal 
* Efeitos no TGI 
* 46% necessita da associação com insulina 
 
- Condições que afetam o ciclo de vida das hemácias, como 
anemias e hemólise, drogas que aumentem a eritropoiese, 
doença renal crônica, gestação, hemoglobinopatias podem 
causar discrepâncias entre o valor de HbA1c e a glicemia média 
estimada. 
- Os parâmetros de avaliação indicados são a hemoglobina 
glicada A1c (HbA1c) e as glicemias capilares (ou plasmáticas) 
determinadas em jejum, nos períodos pré-prandiais, 2h após as 
refeições e ao deitar-se 
- No sangue, a glicose liga-se de maneira irreversível à 
hemoglobina em um processo denominado glicação não-
enzimática 
 . A vida média da hemácia dura de 3 a 4 meses. 
Aproximadamente 50% da taxa de HbA1c corresponde 
à glicação ocorrida no mês que precedeu o exame, sendo 25% 
no mês anterior e os 25% restantes, relativos ao terceiro e quatro 
meses anteriores 
- Condições que afetam o ciclo de vida das hemácias, como 
anemias e hemólise, drogas que aumentem a eritropoiese, 
doença renal crônica, gestação, hemoglobinopatias podem 
causar discrepâncias entre o valor de HbA1c e a glicemia média 
estimada. 
 
 
 
ATENÇÃO!!! 
Usar apenas 
as das 
categorias de 
risco A ou B

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