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Endocrinologia Júlia Araújo Medicina → MCM, 68 anos, masculino, chega à unidade de saúde com quadro de polidipsia, perda ponderal e poliúria. É hipertenso, já teve episódio de IAM há cerca de 1 anos com orientação à procura de endocrinologista após alta hospitalar. Tabagista (10 cigarros/dia há 40 anos). Tem histórico familiar de DM2/HAS/AVE/IAM e neoplasia de estômago. Ao exame físico: eupneico, hipocorado 1/4, presença de acantose nigricans cervical e axilar, acrocórdons em região de face e cervical. PA: 140x80 mmHg FC: 84 bpm FR: 22 irpm Peso: 106 kg Altura: 1,68m IMC = 37,5 1- Hipótese diagnóstica inicial - Diabetes Mellitus tipo II -> polidipsia, perda ponderal, poliúria, histórico familiar, acantose nigricans - Síndrome Metabólica -> DM + HAS + obesidade grau 2 2- Exames necessários para adequar o diagnóstico Glicose ao acaso acima de 200mg/dL + Sintomas Glicemia de jejum acima de 126mg/Dl TOTG acima de 200mg/dL-> 75g de dextrosol ou glicose anidra (só segue com o exame se a glicemia em jejum der menor que 126) -> jejum e 2hrs HbA1c maior ou igual 6,5 3- Cite os fatores que risco que complementam seu diagnóstico no caso clínico Idade > 45 anos Parente com 1º grau com DM IMC > 25 Obesidade HAS Doença cardiovascular Acantose nigricans 4- Quais os critérios para os exames solicitados confirmariam seu diagnóstico? Glicemia de Jejum 2x HbA1c 2x Glicemia de Jejum + HbA1c 5- Você considera que esse diagnóstico poderia ser previsto e iniciado em exames de rotina? Sim 6- Se sim, quais exames deveriam ser solicitados? - De acordo com fatores de risco + clínica Perfil Glicêmico ->Glicemia de Jejum/ HbA1c/ Glicemia ao acaso/ TOTG Lipidograma Função renal -> Ureia e Creatinina TGO e TGP EAS Bilirrubina TAP Albumina Gama GT Fosfatase alcalina Sorologia para hepatites, sífilis e HIV 7- Qual meta laboratorial de tratamento segundo a SBD para este paciente? • HbA1c -> meta 7, desde que não incorra em hipoglicemias graves e frequentes • Classificar o idoso em saudável, comprometido ou muito comprometido • Metas individualizadas em diversas situações na diabetes → A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda a classificação baseada na etiopatogenia do diabetes, que compreende o diabetes tipo 1 (DM1), o diabetes tipo 2 (DM2), o diabetes gestacional (DMG) e os outros tipos de diabetes → DM1 -> mais comum em crianças e adolescentes - Apresenta deficiência grave de insulina devido à destruição das células β, associada à autoimunidade - Apresentação Clínica: abrupta, propensão à cetose e cetoacidose, com necessidade de insulinoterapia plena desde o diagnóstico ou a curto prazo → DM2 -> tipo mais comum e frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento - Início insidioso e é caracterizado por resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células β- pancreáticas, além de alterações na secreção de incretinas Diabetes tipo 1 Imunomediado Idiopático Diabetes Tipo 2 -> Síndrome de Resistência à Insulina Diabetes Gestacional-> diagnóstico fechado durante a gestação Outros tipos Defeitos monogênicos na função das células β pancreáticas . MODY . Diabetes neonatal transitório ou permanente . Diabetes mitocondrial Defeitos genéticos na ação da insulina Doenças do pâncreas exócrino Associado a endocrinopatias Secundário a drogas (quimicamente induzido) Secundário a infecções Formas incomuns de DM imunomediado Outras síndromes genéticas associadas ao DM - Recomendações . O diagnóstico diferencial entre DM1 e DM2 DEVE SER CONSIDERADO apenas em bases clínicas. Exames complementares específicos só devem ser solicitados em casos de apresentações atípicas. Endocrinologia Júlia Araújo Medicina . Rastreamento genético associadas ao diabetes neonatal para todas as crianças com hiperglicemia detectada antes dos 6 meses de idade, sem causa secundária evidente . Em caso de dúvida diagnóstica quanto à classificação do DM com autoanticorpos negativos, é RECOMENDADA, quando disponível, a dosagem de peptídeo C randômico. Se o peptídeo C randômico estiver < 0,6 ng/dl, no paciente com cinco anos ou mais de duração do DM, a classificação deverá ser DM tipo 1B. Caso o peptídeo C esteja > 0,6 ng/dL, DM2 ou diabetes monogênico devem ser considerados → DANOS TECIDUAIS GERADOS PELA HIPERGLICEMIA Cegueira Disfunção renal Risco para doenças cardiovasculares Amputação não traumática → LADA – DIABETES TIPO 1 LATENTE DO ADULTO - Idade entre 25 e 65 anos - Ausência de cetoacidose ou hiperglicemia sintomática no diagnóstico ou imediatamente após - Sem necessidade de insulina por 6 a 12 meses - Presença de autoanticorpos (especialmente GADA) - Pessoas adultas com diabetes e anticorpos positivos, as quais não necessitam de insulina por pelo menos seis meses após o diagnóstico → APRESENTAÇÕES ATÍPICAS DO DM → OBJETIVO: identificação da hiperglicemia - Fatores que podem elevar ou diminuir a hemoglobina glicada: . Diminuem: anemia hemolítica, hemorragia, elevada vitamina C, elevada vitamina E, queimaduras, hipertireoidismo -> aumentam a degradação da hemoglobina . Aumentam: anemia ferropriva, uremia, elevada dose de salicilatos, alcoolismo, hipertrigliceridemia DM 1 X DM 2 - Peptídeo C -> terá significado apenas 5 anos após o diagnóstico . Ponto de corte : 0,6ng/Dl . Peptídeo C baixo e sem autoanticorpos -> DM1B . Normal: DM2, DM por outras causas, MODY - Dosagem de anticorpos -> DM1 1- Autoanticorpos citoplasmáticos anti-ilhotas (ICA) -> crianças 2- Autoanticorpos anti-insulina (IAA) 3- Autoanticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti- GAD) -> adultos 4- Autoanticorpos antitrasnportador de zinco (anti-TZn8) 5- Autoanticorpos anti-tirosino fosfatase - Diferenciar DM1A (imunomediado) e DM1B (idiopático) → RASTREAMENTO - Recomendado para todos os indivíduos com 45 anos ou mais, mesmo sem fatores de risco, e para indivíduos com sobrepeso/obesidade que tenham pelo menos um fator de risco adicional para DM2 → Indivíduos apresentam insulinopenia e encontram-se altamente propensos a evoluírem para a cetoacidose diabética (CAD) Endocrinologia Júlia Araújo Medicina → FASES DO DM1 → RASTREIO- DOENÇAS AUTOIMUNES - 20-25% -> associação - Principalmente doença tireoidiana (Tireoidite de Hashimoto) -> período puberal . TSH, T4 livre, anti-TPO e anti-tireoglobulina . Avaliação da função tireoidiana recomendada no diagnóstico do DM1, a cada período de um a dois anos quando quadro clínico sugestivo de hipo ou hipertireoidismo - Doença Celíaca -> IgA Transglutaminase e Anti-endomísio . Recomendado em crianças quando diagnóstico de DM1, no segundo e quinto anos, quando houver sintomas gastrointestinais ou baixa estatura com diminuição de velocidade de crescimento . Investigação deve ser considerada em caso de alguma manifestação gastrointestinal associada . Sinais e sintomas: diarreia, deficiência de B12, hipoglicemias, perdas fetais, doença metabólica óssea e outros - Insuficiência Adrenal e Gastrite autoimune -> não é recomendado rastreio rotineiramente, exceto quando houver suspeita clínica - Diferenciar DM “over diabetes” X DMG - Disglicemia -> alteração metabólica mais comum - Fatores de Risco . Idade avançada -> maior que 35 anos . Histórico familiar em pacientes de 1º graus . Sobrepeso e obesidade - Complicações maternas e fetais - Primeira consulta -> glicemia de jejum + identificação de fatores de risco Endocrinologia Júlia Araújo Medicina → AGENTES ANTIDIABÉTICOS ORAIS - Metas no controle - Escolha desse medicamento baseia-se nos seguintes aspectos: mecanismos de resistência à insulina (RI),falência progressiva da célula beta, múltiplos transtornos metabólicos (disglicemia, dislipidemia e inflamação vascular) e repercussões micro e macrovasculares - São medicamentos que reduzem a glicemia, a fim de mantê-la em níveis normais (em jejum < 100 mg/dL e pós-prandial < 140 mg/dL). → FARMACOLÓGICO - Recomendações gerais com base nos objetivos de controle glicêmico Manifestações leves Glicemia inferior a 200 mg/dL, com sintomas leves ou ausentes (sem a presença de outras doenças agudas concomitantes), estão indicados os medicamentos que não promovem aumento da secreção de insulina, principalmente se o paciente for obeso Manifestações moderadas Glicemia de jejum é superior a 200 mg/dL, mas inferior a 300 mg/dL na ausência de critérios para manifestações graves, devem-se iniciar modificações de estilo de vida e uso de metformina associada a outro agente hipoglicemiante (inibidor da DPP-4, acarbose, análogos do GLP-1, glitazona e inibidores de SGLT2) Manifestações graves Valores glicêmicos superiores a 300 mg/dL e manifestações graves (perda significativa de peso, sintomas graves e/ ou cetonúria), deve-se iniciar insulinoterapia imediatamente → NÃO-FARMACOLÓGICO - MEV -> adequação alimentar + atividade física + cessação do tabagismo DM1 - Modalidades de acordo com a intensidade - Estratificação de risco cardiovascular - Conduta conforme a glicemia pré-exercício no DM1 - É recomendado que pessoas com DM1 realizem no mínimo 150 minutos semanais de exercício aeróbico de moderada ou Endocrinologia Júlia Araújo Medicina vigorosa intensidade, não permanecendo mais de 2 dias consecutivos sem exercício físico, para melhor aptidão física e controle do IMC - Deve ser considerada a prática de treinamento aeróbico, resistido ou combinado em uma mesma sessão, para melhora da função endotelial, do condicionamento físico e do controle glicêmico - É recomendado o monitoramento da glicose antes, durante e após o exercício físico, para minimizar a variação da glicemia e o risco de hipoglicemia DM2 - Recomendações . Mínimo de 150 min de atividade física aeróbia de moderada intensidade e o mínimo de 7% de redução ponderal, seguido de manutenção do peso perdido . Prática de exercícios combinados, resistidos e aeróbicos: pelo menos um ciclo de 10 a 15 repetições de cinco ou mais exercícios, duas a três sessões por semana, em dias não consecutivos e, no mínimo, 150 minutos semanais de caminhada moderada ou de alta intensidade, sem permanecer mais do que dois dias consecutivos sem atividade → IDOSOS -> avaliar quadros associados - Polifarmácia - Comprometimento cognitivo - Depressão - Risco de quedas - Síndromes álgicas → CRIANÇAS E ADOLESCENTES -> DM1 - Atividade física: 60 minutos modera a vigorosa diariamente - ATENÇÃO -> ≥350mg/dL -> cetonúria - Terapia nutricional . Individualizada . Monitorar contagem de CHO . 10-12 anos -> triagem para transtornos alimentares - Meta: HbA1c < 7% sem hipoglicemia significativa → HIPOGLICEMIA - Risco: < 70mg/dL -> 15min Nível 1 Baixo 55-70mg/dL Nível 2 Severamente baixo < 54 mg/dL Nível 3 Comprometimento cognitivo com necessidade de cuidados de terceiros - Tratamento . Glicose pura . Evitar alimentos ricos em gordura na fase aguda . Estimular ingesta alimentar . Glucagon -> impossibilidade de ingesta oral, administração por cuidadores/responsáveis, glucagon em pó/ intranasal/ subcutâneo . Inconsciente Glucagon 1mg IM (0,5mg < 25kg) Bolus IV de glicose 20 a 25g -> para tirar o pct da hipoglicemia Tratamento da causa base Ajuste medicamentoso . Tratamentos caseiros 150ml de refrigerante de cola não diet 150ml de suco de laranja 1 colher de sopa de açúcar em 1 copo com água 15g -> sachê de mel → SULFONILUREIAS - Medicamentos . 1ª geração -> Tolbutamida . 2ª geração -> Glicazida (+ estável) ou Glibenclamida . 3ª geração -> Glimepirida - Mecanismo de Ação: aumento da secreção de insulina . Agem sobre as células beta-pancreáticas -> bloqueio de canais de K+ -> despolarização da MP -> abertura dos canais de Ca+ -> degranulação das vesículas com insulina -> liberação do hormônio Endocrinologia Júlia Araújo Medicina - Vantagens . Redução relativamente maior da HbA1C . Redução do risco de complicações microvasculares - Desvantagens . Hipoglicemia e ganho ponderal - Contraindicação: gravidez, insuficiência renal ou hepática, paciente com ↓peptídeo C (DM1) → GLINIDAS - Mecanismo de Ação: aumento da secreção de insulina . Redução da glicemia pós-prandial -> Menor tempo de meia- vida -> Uso sempre antes da refeição . Atuam apenas nos momentos de pico de insulina, mas não sobre o nível basal desse hormônio - Vantagens . Redução do espaçamento médio intimal carotídeo . Redução da variabilidade da glicose pós-prandial - Desvantagens . Hipoglicemia e ganho ponderal discreto - Contraindicação: gravidez - Obs: não podem ser prescritas juntamente com uma sulfonilureia -> mesmo mecanismo de ação → BIGUANIDAS - Medicamentos . Metformina 1.000 a 2.550 -> duas a três tomadas/dia . Metformina XR 1.000 a 2.550 -> duas a três tomadas/dia - Mecanismo de Ação: redução da produção hepática de glicose com menor ação sensibilizadora da ação insulínica . Reduz a gliconeogênese hepática + Retarda a absorção intestinal de carboidratos + Aumenta a translocação de GLUT-4 na periferia - Vantagens . Redução da HbA1c (1-2%) . Diminuição de eventos cardiovasculares . Melhora do perfil lipídico (redução da lipogênese) . Diminuição de peso . Pode ser prescrita para pré-diabéticos que tenham pelo menos 2 fatores de risco para DM - Desvantagens . Desconforto abdominal, diarreia e náuseas . Deficiência de vitamina B12 . Risco de acidose lática - Contraindicação: gravidez, insuficiência renal, hepática, cardíaca ou pulmonar e acidose grave → GLITAZONAS - Mecanismo de Ação: aumento da sensibilidade à insulina em músculo, adipócito e hepatócito (sensibilizadores da insulina) . Efeito genômico -> atua sobe um receptor nuclear - > PPARy -> Metabolismo da glicose e produção de adipócitos - Vantagens . Prevenção de DM2 . Redução do espessamento médio intimal carotídeo . Melhora do perfil lipídico . Redução da gordura hepática . Rara hipoglicemia . Redução relativamente maior da HbA1c . Redução dos triglicérides - Desvantagens . Retenção hídrica . Anemia . Ganho ponderal . Insuficiência cardíaca . Fraturas - Contraindicação: insuficiência cardíaca, insuficiência hepática e gravidez → INIBIDORES DA α-GLICOSIDADE - Medicamento - Mecanismo de Ação: retarda a absorção de carboidratos . Retardo na digestão e absorção de carboidratos complexos -> Absorção de açúcar é retardada -> Adapta a absorção de glicose aos níveis de insulina que o paciente pode oferecer - Vantagens . Prevenção de DM2 . Redução do espessamento médio intimal carotídeo . Melhora do perfil lipídico . Redução da variabilidade da glicose pós-prandial . Rara hipoglicemia . Diminuição de eventos cardiovasculares - Desvantagens . Meteorismo, flatulência e diarreia . Redução discreta da HbA1c - Contraindicação: gravidez → INIBIDORES DE DPP-4 (GLIPTINAS) - Medicamentos 1- Inibição da gliconeogênese 2-Melhora da sensibilização da insulina 1- Ação análoga à Metformina 2-Melhora da sensibilidade à insulina Endocrinologia Júlia Araújo Medicina . Dose variável - Mecanismo de Ação: aumento do nível de GLP-1, com aumento da síntese e da secreção de insulina,além da redução de glucagon . Enzima DPP-4 -> degrada as incretinas que são liberadas após a alimentação . Sem sofrer degradação -> Incretinas têm o seu efeito prolongado -> maior estímulo à liberação de insulina -> ação no estado alimentado - Vantagens . Segurança e tolerabilidade . Efeito neutro no peso corporal -> boa para idosos e pacientes magros . Rara hipoglicemia . Redução HbA1c 0,8-1% - Desvantagens . Angioedema e urticária . Possibilidade de pancreatite aguda . Insuficiência cardíaca - Contraindicação: hipersensibilidade aos componentes . Obs: Linagliptina -> não passa pelos rins -> recomendada para insuficientes renais → MIMÉTICOS E ANÁLOGOS DA GLP-1 - Medicamentos . Liraglutida (Victoza ou Saxenda) -> uma injeção ao dia sempre no mesmo horário, via cutânea . Exenatida (Ozempic, Rupelsus e Wegovy) -> antes do desjejum e antes do jantar, via SC . Dulaglutida (Trulicity) -> 1x semana - Mecanismo de Ação: aumento do nível de GLP-1, com aumento da síntese e da secreção de insulina, além da redução de glucagon . Retardo do esvaziamento gástrico e saciedade - Vantagens . Redução do peso . Redução da PAS . Rara hipoglicemia . Redução hepática da glicose -> indicação para esteatose hepática . Redução da variabilidade da glicose pós-prandial . Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DCV - Desvantagens . Hipoglicemia, . Náusea, vômitos e diarreia . Aumento da frequência cardíaca . Possibilidade de pancreatite aguda - Contraindicação: hipersensibilidade aos componentes → INIBIDORES DO SGLT-2 - Medicamentos - Mecanismo de Ação: inibidor de receptor SGLT2, previne a reabsorção de glicose no túbulo contorcido proximal renal, promovendo glicosúria - Vantagens . Redução do peso . Rara hipoglicemia . Redução da PA (4-6mmHg) . Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DCV - Desvantagens . Infecção genital e urinária . Poliúria . Depleção de volume, hipotensão e confusão mental . Aumento do LDL-c . Aumento transitório da creatinina . Cetoacidose diabética - Contraindicação: NÃO deve ser usado em pacientes com disfunção renal moderada a grave Endocrinologia Júlia Araújo Medicina → ADMINISTRAÇÃO - Depósito -> subcutâneo - Ação rápida -> SC, IM ou EV -> realizada em ambiente hospitalar → VELOCIDADE DE ABSORÇÃO - Abdome (3 dedos longe de qualquer cicatriz) + - Braço (tríceps) - Coxa (região lateral externa) - Nádega (região lateral do glúteo superior) - → LOCAIS DE APLICAÇÃO → FORMA DE APLICAÇÃO - Adulto -> agulha 90º com a pele - Criança/ menos de 45kg -> agulha 45º com a pele - Armazenamento . Parte inferior da geladeira, ao fundo e longe do freezer . Não deixar em locais com exposição solar e grande variação de temperatura → FORMA DE APLICAÇÃO - Adulto -> agulha 90º com a pele - Criança/ menos de 45kg -> agulha 45º com a pele - Esquemas de insulinoterapia para pessoas com DM1 devem mimetizar a secreção fisiológica de insulina que ocorre em indivíduos sem diabetes - Estratégia de eleição é a terapia basal-bolus, que deve ser instituída precocemente, com múltiplas aplicações diárias de insulina (múltiplas doses de insulina – MDI) ou com a bomba de infusão de insulina (sistema de infusão contínua de insulina – SICI) - Assume-se 50% da secreção como componente basal, ao longo de todo o dia, e os 50% restantes como componente prandial, em resposta às refeições. Deve-se usar insulinas basais para o componente basal, e insulinas prandiais para o componente prandial, preferentemente análogos de rápida ou ultrarrápida ação, com MDI ou SICI - As necessidades diárias de insulina no DM1 podem ser estimadas a partir do peso corporal, tipicamente variando entre 0,4 U/kg/dia a 1,0 U/kg/dia. . Quanto mais instável o paciente, maior a dose por kg de peso - Componente prandial é dividido em três a quatro bolus pré- prandiais por dia, com aplicação 30 minutos antes do início da refeição para a insulina humana regular, 20 min antes do início da refeição para os análogos rápidos e imediatamente antes da refeição para os análogos ultrarrápidos → CASO CLÍNICO Bolus de Correção FS= 1500/50=30 BC= 230-110/30= 4UI Bolus de Alimentação I/C= 500/50=10 BA=50/10=5UI - Resposta: 9UI antes de realizar a refeição → TIPOS DE INSULINA - Basal Endocrinologia Júlia Araújo Medicina - Prandial/ Em bolus -> correção rápida - Insulina -> tem uma concentração basal que se mantém ao longo de todo o dia, porém, apresenta picos após as principais refeições → REGIME INSULÍNICO - Inicial -> insulina NPH - 0,2ui/kg/dia antes da ceia -> insulina bedline - Associação aos anti-hipoglicemiantes - Ajustar a dose de NPH a noite de acordo com a glicemia de jejum - Obs: reavaliação periódica das doses de insulina é RECOMENDADA para evitar a inércia clínica no tratamento → INSULINIZAÇÃO NO DM2 - Em adultos com DM2 sintomáticos (poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso) e que apresentam HbA1c > 9% ou glicemia de jejum ≥ 250mg/dL, a terapia à base de insulina é recomendada para melhorar o controle glicêmico, mesmo de forma transitória - Em adultos com DM2 sem DCV ou doença renal, em que HbA1c permaneça acima da meta apesar da terapia tripla, a terapia quadrupla ou terapia baseada em insulina estão recomendadas - Dose: NPH OU Decludeca (ajuste semanal) OU Detemir OU Glargina 0,1-0,2ui/kg/dia ou 10-12 UI bed time (dose fixa) Ajuste de dose 2-3 dias-> de acordo com a meta pré-prandial - Insulinização plena 0,5-1,5 ui/kg/dia -> grau de resistência insulínica (resposta terapêutica) Ex: 70 kg -> 1ui/kg -> 70 ui -> NPH 70% manhã -> 50 ui e 70% noite -> 20 ui → CONTROLE GLICÊMICO → CONTROLE - Controle para pacientes em tratamento (4 medidas) Glicemia de jejum 1h após o café 1h após o almoço 1h após o jantar - Controle para pacientes sem tratamento (6 medidas) Glicemia de jejum 1h antes e 1h após o café 1h antes e 1h após o almoço 1h antes e 1h após o jantar → CONDUTA - Medida inicial: terapia não farmacológica (alimentação + atividade física) - Terapia farmacológica . Recomendado o início quando duas ou mais medidas de glicemia avaliadas após 7 a 14 dias de terapia não farmacológica estiverem acima da meta . 1ª linha de tratamento: INSULINA -> dose inicial: 0,5 U/kg/dia * A distribuição das doses da insulina deve ser baseada no perfil obtido no monitoramento diário da glicose * Regime de múltiplas injeções usando insulinas de ação prolongada ou de ação intermediária em combinação com insulina de ação prandial * Nos casos em que os valores alterados da glicose ocorram em uma hora específica do dia, o regime de insulina pode ser simplificado * Quando os valores elevados da glicose ocorrem apenas no período pós-prandial do café da manhã, está indicado uso de insulina prandial especificamente nessa refeição * Nas gestantes com valores elevados de glicose apenas em jejum, o uso noturno de insulina de ação intermediária (NPH) é o mais adequado * Em ambos os casos, as doses iniciais são inferiores, podendo ser entre 0,1 unidade/kg/dia e 0,2 unidades/kg/dia. Endocrinologia Júlia Araújo Medicina - Obs: O critério de crescimento fetal para início da insulinoterapia pode ser considerado, independente dos valores da glicose, quando a medida da circunferência abdominal fetal for igual ou superior ao percentil 75 em uma USG realizada entre a 29ª e a 33ª semana de gestação . Última opção de tratamento: Metformina * Concentraçõessemelhantes no sangue materno e fetal * Efeitos no TGI * 46% necessita da associação com insulina - Condições que afetam o ciclo de vida das hemácias, como anemias e hemólise, drogas que aumentem a eritropoiese, doença renal crônica, gestação, hemoglobinopatias podem causar discrepâncias entre o valor de HbA1c e a glicemia média estimada. - Os parâmetros de avaliação indicados são a hemoglobina glicada A1c (HbA1c) e as glicemias capilares (ou plasmáticas) determinadas em jejum, nos períodos pré-prandiais, 2h após as refeições e ao deitar-se - No sangue, a glicose liga-se de maneira irreversível à hemoglobina em um processo denominado glicação não- enzimática . A vida média da hemácia dura de 3 a 4 meses. Aproximadamente 50% da taxa de HbA1c corresponde à glicação ocorrida no mês que precedeu o exame, sendo 25% no mês anterior e os 25% restantes, relativos ao terceiro e quatro meses anteriores - Condições que afetam o ciclo de vida das hemácias, como anemias e hemólise, drogas que aumentem a eritropoiese, doença renal crônica, gestação, hemoglobinopatias podem causar discrepâncias entre o valor de HbA1c e a glicemia média estimada. ATENÇÃO!!! Usar apenas as das categorias de risco A ou B
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