Teste de flexibilidade adaptado

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
CÂMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN
DEPARTAMENTO CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
LUCAS TESTON
TESTES DE FLEXIBILIDADE
FREDERICO WESTPHALEN – RS
2020
LUCAS TESTON
TESTES DE FLEXIBILIDADE
Trabalho da disciplina de Semiologia muscular, Curso de Fisioterapia, Departamento de Ciência da Saúde da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Frederico Westphalen
Orientadora: Juliana M Torriani Borella
FREDERICO WESTPHALEN – RS
2020
1. CONCEITO DE FLEXIBILDADE 
· Amplitude máxima passiva fisiológica de movimento articular
· Aptidão máxima para mover uma articulação por uma variação do movimento
· Habilidade para adaptar-se prontamente a mudança na posição ou alinhamento, pode ser expressa como normal, limitada ou excessiva
2. COMPONENTES DE FLEXIBILIDADE
· Mobilidade: amplitude de movimento permitida pela articulação em função de seus diversos componentes.
· Elasticidade: capacidade de extensão elástica dos componentes
· Plasticidade: capacidade dos elementos articulares de se distenderem e não retornarem a sua posição inicial
3. FORMAS DE MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM TESTES DE FLEXIBILIDADE
· Testes angulares: são os testes que expressam seus resultados em ângulos que geralmente são medidos com aparelhos como o goniômetro que é utilizado para averiguar o ângulo de determinado movimento avaliando a flexibilidade e mobilidade articular.
· Testes adimensionais: teste adimensionais de flexibilidade é utilizado quando não existe uma unidade convencional, como o ângulo e centímetros, para expressar o resultado obtido, utilizam critérios ou mapas de análise preestabelecidos.
· Testes lineares: são caracterizados por expressar o resultado em uma escala de distancia, geralmente em centímetros ou polegadas. Utilizam fita métrica, régua ou trenas para mensural o resultado. Os testes lineares tem como ponto fraco a incapacidade de dar uma visão global da flexibilidade do indivíduo e a provável interferência das dimensões antropométricas sobre os resultados dos testes.
4. TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR WELLS E DILLON 1952
O teste utilizado para avaliar a flexibilidade dos músculos isquiotibiais foi o de Sentar e Alcançar proposto originalmente por Wells e Dillon6 em 1952, seguindo a padronização canadense para os testes de avaliação da aptidão física. O teste é realizado numa caixa medindo 30,5 cm x 30,5 cm x 30,5 cm com uma escala de 26,0 cm em seu prolongamento, sendo que o ponto zero se encontra na extremidade mais próxima do avaliado e o 26°cm coincide com o ponto de apoio dos pés. O avaliado retirava o calçado e na posição sentada tocava os pés na caixa com os joelhos estendidos. Com ombros flexionados, cotovelos estendidos e mãos sobrepostas executava a flexão do tronco à frente devendo este tocar o ponto máximo da escala com as mãos.
 4.1 TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR ADAPTADO
É utilizado para:
· estabelecer parâmetros para prescrição de exercícios de alongamento.
· identificar grupos músculo-articulares com pouca flexibilidade possibilitando enfatizar aquelas regiões com exercícios de alongamentos.
· avaliar a flexibilidade periodicamente é importante para verificar possíveis alterações na amplitude de movimento com o passar dos anos. Estabelecer correlação entre dores músculo-articulares ao encurtamento músculo-tendíneo e relacionar a melhora do paciente com aumento da flexibilidade.
O teste: Teste de sentar e alcançar adaptado sem banco
· Material: uma trena ou fita métrica de 1 metro e fita adesiva
· Orientação: O teste deve ser com o paciente sentado, descalço sobre a trena estendida e fixada no chão, com o ponto zero entre as pernas e calcanhares imediatamente próximos a marca de 38 cm. Com os calcanhares afastados a 30 cm, joelhos estendidos, mão sobrepostas e dedos médios alinhados, o aluno deve flexionar o tronco à frente e alcançar com as pontas dos dedos a maior distancia possível sobre a trena ou fita métrica.
· Anotação: O resultado é medido a partir da posição mais longa que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Registra-se o melhor resultado entre as duas execuções com anotação em centímetros. 
 4.2 TESTE DOS DEDOS AO SOLO
 O sujeito é solicitados a manter os joelhos completamente estendidos, a partir daí, flexionar o tronco em direção ao chão, com os braços e a cabeça relaxados. O momento final da flexão era indicado por uma sensação de tensão muscular que causasse grande desconforto nos Ísquios Tibiais e neste momento fotos são tiradas. Indivíduos que conseguem atingir uma distância inferior a 10 cm com relação ao chão e o toque no chão são classificados como flexibilidade normal, e os que ficam antes dos 10 cm de distância do chão são classificados como flexibilidade reduzida. A distância dos dedos do chão (em cm) foi medida na fotografia, tendo como base uma medida linear conhecida colocada no mesmo campo visual dos indivíduos.
4.3 TESTE DE THOMAS 
Esse teste consiste em deixar o paciente em decúbito dorsal (deitado de barriga para cima) na marquesa, fletir a anca contralateral ao membro inferior de no mínimo 90 graus de flexão e elevar o joelho contralateral ao membro em teste até o peito, com o objetivo de diminuir a curvatura lombar e estabilizar a pelve. Esse teste se da por concluído se o joelho e a anca contralateral se mantiverem apoiados na marquesa.
4.4 TESTE DE SCHOBER
Avalia a mobilidade de toda a coluna vertebral e da pelve. É um teste validado, reprodutível e com excelente confiabilidade intra e interavaliador.. O teste é realizado em posição ortostática e em flexão máxima. Os pontos de referências são: a transição lombosacra e 15 cm acima deste ponto. O teste é considerado normal quando ocorre variação de cinco ou mais centímetros entre as medidas na posição ortostática e em flexão lombar máxima. Esta é uma medida importante no processo de diagnóstico e reabilitação em situações de disfunção do sistema musculoesquelético no segmento da coluna vertebral lombar.
4.5 TESTE DE OMBROS
Este teste objetiva registrar a aproximação das mãos, quando colocadas nas costas, os braços devem estar posicionados nas costas sendo, um por cima do ombro e outro por baixo. Os indivíduos devem elevar o braço esquerdo, flexionar o cotovelo e tentar tocar a posição mais baixa possível, nas costas, com a palma virada para o corpo. Ao mesmo tempo estender o braço direito para baixo, flexionar o cotovelo e com a palma da mão para fora, aproximar ou tentar sobrepor os dedos nos da mão direita. Para a medição considerar o seguinte: Quando as mãos não se tocam, deve-se medir a distância entre elas, atribuindo sinal negativo a este valor; se as mãos apenas se tocarem, o valor é zero e se as mãos se sobrepuserem, deve-se medir quanto uma mão está sobreposta à outra, considerando o dedo médio como referência. Repetir o procedimento invertendo a posição dos braços, apenas uma vez para cada lado.
4.6 TESTE DE ELASTICIDADE DO QUADRÍCEPS
Com o paciente em decúbito ventral, o fisioterapeuta segura uma das coxas (joelho dobrado) e trás para cima até cerca de 20 graus e então dobra um pouco mais o joelho e verifica a tensão da musculatura e a presença ou não de movimentação da pelve. 
4.7 TESTE DE ELASTICIDADE DO ÍLIOPSOAS
Com o paciente em decúbito dorsal, o paciente que esta sob avaliação abraça um dos joelhos enquanto a outra perna permanece esticada tente ao chão. Essa perna deve permanecer junto ao chão, caso contrário (caso o joelho tenda a dobrar ou a coxa a levantar) a causa é o músculo íliopsoas encurtado.
REFERÊNCIAS
RIBEIRO, et al, Nível de flexibilidade obtida pelo teste de sentar e alcançar a partir de estudo realizado na Grande São Paulo. 2010
CARREGAR, et al, Comparação entre dois testes clínicos para avaliar a flexibilidade dos músculos posteriores da coxa. 2006
CARVALHO DOS SANTOS, R. H. et al. Comparação entre o Teste de Thomas e o Teste de ThomasModificado. Porto, 27 de Janeiro de 2017
CAMPOS, et al, Avaliação da amplitude da flexão anterior de tronco em indivíduos submetidos a crochetagem: um estudo piloto. 2019
PINTO, et al. Nível de flexibilidade de alunos do ensino médio de Florianópolis - SC: uma análise centrada no sexo, idade e prática de atividade física extraescolar. 2013