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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA ENG1545 Graduação em Engenharia de Produção Prof. Rafael Martinelli – martinelli@puc-rio.br DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL 8. PROBLEMAS DE ROTEIRIZAÇÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Qualquer processo de Distribuição Física incorpora, nas pontas, um roteiro de coleta e/ou distribuição, no qual o veículo visita, de uma só vez, um determinado número de clientes localizados numa zona de uma região. 1 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 1. Definição de Rotas e Roteirização Coloca-se frequentemente o problema de saber qual a rota, ou rotas, que permitem prestar determinado serviço a um conjunto de pontos (clientes) minimizando uma determinada função objetivo (distância total percorrida, tempo de percurso ou custo total). ROTA: define o percurso a efetuar por um veículo para percorrer o clientes que deve servir. PROBLEMA DE ROTEIRIZAÇÃO: problema de distribuição no qual veículos localizados em um depósito central devem ser programados para visitar clientes geograficamente dispersos, de modo a atender as suas demandas. O problema está normalmente restringido devido à capacidade dos veículos. Christofides (1985) A definição das rotas de entrega de um produto (duração, percurso, frequência) tem influência: • na política de estoque da cadeia de suprimentos. • na constituição da frota. • no nível de serviço prestado ao cliente. 2 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Os transportes representam 54% dos custos logísticos no Brasil (ILOS, 2013). A otimização da função de transportes permite reduzir consideravelmente o custo logístico total. No Brasil o custo por unidade transportada por distância tendo o custo do modal rodoviário como referência é da seguinte ordem: • 6,1 vezes maior do que o ferroviário. • 3,0 vezes maior do que o aquaviário. • 8,2 vezes menor do que o aéreo. Lima (2006) Um Problema real de roteirização é definido por três fatores fundamentais: • Decisões • Objetivos • Restrições Considera-se que um ou mais veículos partem de um ponto inicial, percorrem vários clientes e, no final da jornada de trabalho, retornam ao ponto inicial. As decisões operacionais concernantes aos transportes devem incidir em dois aspetos: • Otimização da frota (minimização do número de veículos e maximização da utilização) • Otimização das rotas (definição dos caminhos mais curtos e das zonas de entrega) Nota: indiretamente estão atreladas a decisões de estocagem. 3 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 4 Que objetivos podem ser definidos? E que restrições? E que tipo de decisões precisam ser tomadas? DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Função Objetivo: • Minimização dos custos totais de distribuição incluindo custos fixos (capital dos veículos, salários, despesas de licenciamento, seguros, taxas, etc.) e custos variáveis (custos do veículo dependentes da distância percorrida). • Minimização da distância total percorrida. • Minimização do número total de veículos. • Maximização da função de utilidade (nível de serviço e/ou prioridades dos clientes). NOTA: um dos objetivos gerais da roteirização é proporcionar um serviço de alto nível aos clientes mantendo um baixo custo operacional e de capital (maior desafio da logística => trade- off: nível de serviço vs. custo) Variáveis de decisão: • Roteiro a ser percorrido por cada veículo. • Qual veículo é atribuído para cada cliente. • Qual a quantidade de carga transportada para cada cliente da rota. • Tempo de início de atendimento do primeiro cliente da rota. 5 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Restrições dos veículos: • Limite de capacidade. • Limite com relação ao tipo de carga. • Operação e carga e descarga. • Número e tipo de veículos disponíveis. Restrições com os clientes: • Janela de tempo dos clientes. • Atendimento total ou parcial das demandas. • Tempo máximo permitido para a carga e descarga. • Necessidade ou restrição de serviço em algum dia específico da semana/mês. • Disponibilidade de área para estacionamento do veículo. Quais são os aspetos que devemos considerar ao caracterizar o problema? 6 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Tipo de operação: • Coleta. • Entrega. • Coleta e entrega simultaneamente. • Logística reversa. Tipo de carga: • Única ou carga de lotação. • Múltiplas cargas ou carga fragmentada. Tipo de demanda: • Determínistica. • Estocástica. Localização da demanda: • Localizada somente nos arcos. • Localizada somente nos nós. • Localizada nos nós e nos arcos. 7 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Tamanho da frota: • Limitada. • Ilimitada. Tipo de frota: • Homogênea. • Heterogênea. Depósito e localização de veículos: • Um único depósito ou vários depósitos. • Quantidade de produtos disponíveis no depósito central para entrega aos clientes. • Número de bases de origem e destino dos veículos. Jornadas de trabalho: • Duração. • Horário de almoço e outras interrupções. • Permissão para viagem com mais de um dia de duração. • Número de tripulantes por veículo. 8 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Pagamento dos tripulantes: • Por jornada de trabalho. • Por produtividade. • Jornada e horas extra. Estrutura da rede: • Direcionada. • Não direcionada. • Mista. • Euclidiana. Horizonte de planejamento: • Curto prazo. • Longo prazo. Outras hipóteses: • Cada veículo só pode visitar um cliente uma única vez durante a rota. • Um cliente pertence a uma única rota ou a várias rotas. • Quando um veículo visita um cliente da rota todos o clientes da rota são visitados. Rotas para um único veículo: um único veículo percorre todos os clientes; o problema consiste em determinar qual a ordem de visita aos clientes. Rotas para múltiplos veículos: múltiplos veículos servem múltiplos clientes, sendo que cada veículo tem sua rota e seus clientes específicos. Normalmente a alocação de clientes a veículos é limitada por restrições de capacidade do veículo, tempo de percurso, distância percorrida, nº máximo de paradas. 9 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização (Mundo-real) PROBLEMA IMPLEMENTAÇÃO (da solução) MODELO (Matemático) simplificação SOLUÇÃO (modelo) Resolve Válidos ? Y N Ingredientes de um problema • Decisões: identificar as possíveis soluções; definição das variáveis de decisão. e.g.: localização dos CD, atribuição de veículos, capacidade. • Objetivos: definir critérios de avaliação capazes de mostrar que uma decisão (ou conjunto de decisões) é preferível às outras. e.g., minimizar custos sociais, maximizar acessibilidade agregada. • Restrições: identificar quais as condicionantes para as decisões a serem tomadas e.g.: Lógicas, Físicas (e.g., continuidade), Técnicas (e.g., capacidade), Orçamentais, Legais, Metas (e.g., satisfazer toda a demanda, cumprir critérios ambientais). Revisão REVISÃO! 2. Revisão de Modelos de Otimização 10 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização )( xx fzopt 0 )( x g sujeito a x: variáveis de decisão representam as decisões que têm de ser tomadas z:valor da solução encontrada f: função objetivo quantifica o valor da solução óptima g: restrições representam condições a satisfazer ou/e objetivos a cumprir Outros aspectos: • Variáveis contínuas ou inteiras Otimização contínua, discreta ou mista • Restrições lineares ou não lineares Otimização linear ou não linear (e.g. quadrática) REVISÃO! 11 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 3. Classificação P. Roteirização, Bodin et al. (1983) Os problemas de roteirização podem ser classificados em diversas categorias e tipos. Dada a multiplicidade de fatores e parâmetros possíveis não existe um consenso quanto a uma classificação geral. Ainda assim uma das mais aceites é a de Bodin et al. (1983). • Problemas de roteirização pura: não tem restrições temporais (horário de atendimento dos clientes), nem relações de precedência entre os clientes. Considera apenas aspetos espaciais e o objetivo é determinar um conjunto de roteiros viáveis com o menor custo possível. • Problemas de programação de veículos: há restrições horárias preestabelecidas para cada atividade (horário de chegada, horário de saída das lojas, horário do depósito, parada para reabastecimento, etc.). Considera aspetos espaciais e temporais. • Problemas combinados de roteirização e programação de veículos: há restrições de precedência entre tarefas e/ou restrições de janela de tempo. Restrições de precedência ocorrem por exemplo quando a entrega de um produto tem de ser precedida da sua coleta. As janelas de tempo marcam os períodos nos quais os clientes podem ser atendidos. 12 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 4. Problemas clássicos de roteirização Um dos problemas mais comuns nas áreas urbanas é a definição de rotas para transportar bens ou pessoas. A literatura clássica aponta dois problemas em particular: • Edge-covering: aqueles em que é necessário cobrir exaustivamente todos os segmentos de uma dada região. EXEMPLOS? Problema do Carteiro Chinês (Chinese Postman Problem, CPP) • Node-covering: aqueles em que é necessário visitar todos os pontos (locais onde a demanda está concentrada) de uma dada região por forma a providenciar um serviço ou coletar bens. EXEMPLOS? Problema do Caixeiro Viajante (Travel Salesman Problem, TSP) 13 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 4. Problemas clássicos de roteirização Um dos problemas mais comuns nas áreas urbanas é a definição de rotas para transportar bens ou pessoas. A literatura clássica aponta dois problemas em particular: • Edge-covering: aqueles em que é necessário cobrir exaustivamente todos os segmentos de uma dada região. Ex.: limpeza de ruas, limpeza de neve depois de uma tempestade, entrega de correio, coleta de lixo urbano, distribuição e jornais porta a porta, etc.. Problema do Carteiro Chinês (Chinese Postman Problem, CPP) • Node-covering: aqueles em que é necessário visitar todos os pontos (locais onde a demanda está concentrada) de uma dada região por forma a providenciar um serviço ou coletar bens. Ex.: autocarros escolares, distribuição de jornais pelos quiosques, coleta de moedas dos orelhões,etc.. Problema do Caixeiro Viajante (Travel Salesman Problem, TSP) 14 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização PROBLEMA DO CARTEIRO CHINÊS, PCC: consiste em determinar um único roteiro com o menor custo possível que permita o carteiro chinês (veículo) visitar todos os arcos (clientes) de uma rede uma única vez. Não há restrições de capacidade e a demanda é determinística. Problema típico do carteiro que está entregando cartas. • Arcos = rua onde cartas precisam ser entregues • Nós = interseção das ruas O carteiro precisa percorrer cada rua para entregar as cartas, mas deseja minimizar a quantidade de travessias repetidas necessárias. O PCC está ligado ao Circuito de Euler. Distingue-se do circuito euleriano por nele ser permitida a repetição de arcos. É claro que o circuito euleriano, quando existente no grafo, é a solução do carteiro chinês. O carteiro chinês pode ser considerado sobre um grafo orientado ou não. 5. Problema do Carteiro Chinês 15 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Formulação matemática do Problema do Carteiro Chinês n 1i n 1j ijijxc z min inteiro e 0 x 1-S x ),(( 1xx n)1,2,...,(i 0 x - x s.a. ij n 1i n 1j ij jiij n 1j n 1j jiij Aji Variável de Decisão: Xij => número de vezes que a aresta (i,j) é percorrida de i para j Parâmetro: Cij = > comprimento ou o custo da aresta (i,j) 16 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 6. Problema do Caixeiro Viajante Em 1857 Rowan Hamilton propôs um jogo (“Around The World”) que era feito sobre um dodecaedro em que cada vértice estava associado a uma cidade importante na época. O desafio consistia em encontrar uma rota através dos vértices do dodecaedro que iniciasse e terminasse em uma mesma cidade sem nunca repetir uma visita. O PCC está ligado ao Circuito de Hamilton. Distingue-se do circuito hamiltoniano por nele ser permitida a repetição de arcos. 17 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização As solução do jogo passaram a denominar-se ciclos hamiltonianos (ainda que Hamilton não tenha sido o primeiro a propor esse problema). 18 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE, TSP: consiste em determinar um único roteiro com o menor custo possível que permita o caixeiro-viajante (veículo) visitar todos os nós (clientes) de uma rede uma única vez. O problema é baseado num único depósito e o veículo deve sair e retornar à mesma base. Não há restrições de capacidade e a demanda é determinística. Trata-se de um dos problemas de otimização mais estudados na literatura. É formulado da seguinte forma: dada uma lista de cidades e distâncias entre cada par delas, qual o circuito mais curto que visita cada cidade uma única vez e regressa à origem? Se o caixeiro não repetir nenhuma cidade então trata-se de um circuito de Hamilton. A grande dificuldade em resolver um TSP (simétrico) está associada ao número de soluções alternativas existentes. Na verdade há (n-1)! Maneiras diferentes de ordenar os ciclos de visitas. Isso representa (n-1)!/2 soluções alternativas para o TSP (cada ciclo pode ser percorrido em duas direções sendo a distância a mesma). Devido à sua complexidade é normalmente resolvido através de processos heurísticos. 19 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Formulação matemática do TSP i j ijijxc z min N 1i ij N)1,2,...,j (para 1 x s.a. N 1j ij N)1,2,...,i (para 1 x 0c ,c , 1ou 0 xos ijiiij MTodos (1) (2) (3) cij = distância da cidade i à cidade j, cii = M, valor grande (garante que o caixeiro não vá à cidade i logo após tê-la deixado ). xij = 1 se a solução considera ir de i à j, caso contrário, xij = 0. (1) - comprimento total de todos os arcos incluídos no percurso. (2) asseguram que se passe uma vez só por cada cidade. (3) obrigam que se deixe cada cidade uma vez só. O problema do caixeiro viajante tem solução ótima (matemática), contudo para problemas com mais de 20 nós o tempo computacional pode ser inviável. Para superar este obstáculorecorre-se normalmente a algoritmos heurísticos de forma a obter uma “boa” solução num espaço de tempo razoável. Mathur & Solow (1993) em Gutierez (1994) 20 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 7. Outros Problemas de Roteirização de Veículos TSP – Problema do caixeiro viajante CPP – Problema do carteiro chinês MTSP Problema de múltiplos caixeiros-viajantes (multiple traveling salesman problem) Extensão do problema do caixeiro-viajante, onde, ao invés de um único roteiro, determinam-se múltiplos roteiros. O problema consiste em determinar múltiplos roteiros com o menor custo possível, de modo que cada caixeiro-viajante deva visitar pelo menos um nó da rede, e cada nó deve ser visitado uma única vez. O problema é baseado em um único depósito e o veículo deve retornar e sair da mesma base. Não há restrições de capacidade de veículos e a demanda é determinística. VRP Problema clássico de roteirização de veículos (vehicle routing problem) Tem como objetivo encontrar um conjunto de rotas de menor custo possível (minimizar o custo total de viagem, a distância total percorrida etc.), iniciando e terminando no depósito, de forma que a demanda de todos os nós é atendida . A demanda é determinística. Este problema é uma extensão do problema de múltiplos caixeiros-viajantes, em que se acrescenta a restrição de capacidade de veículos (e eventualmente de tempo/distância). Algumas formulações também apresentam restrições de tempo máximo de viagem. MDVRP VRP com múltiplos depósitos (multidepot vehicle) 21 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização CARP VRP com demanda em arcos (capacitated arc routing problem) SVRP VRP com demanda estocástica (stochastic vehicle routing problem) VRPSD VRP com entregas fracionadas (vehicle routing problem with split deliveries) Cada ponto de demanda pode ser abastecido por mais de um veículo. FSVRP VRP com dimensionamento frota homogênea de veículos (fleet size and vehicles routing problem) Determinar o número de veículos necessários (frota ilimitada). Os veículos são homogêneos em custo e capacidade. HFFVRP VRP com frota heterogênea fixa (heterogeneous fixed fleet vehicle routing problem ) O número de veículos de cada tipo é limitado (fixo). O objetivo é minimizar a soma dos custos fixos e dos custos variáveis que podem ser dependentes ou não do tipo de veículo. FSMVRP VRP com dimensionamento de uma frota de veículos heterogênea (fleet size and mix vehicle routing problem) Generalização do FSVRP com frota heterogênea. 22 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização PVRP VRP multiperíodo ou periódico (periodic vehicle routing problem – PVRP) Extensão do problema clássico de roteirização de veículos onde o horizonte de tempo passa a ser M dias ao invés de um único dia. TDVRP VRP com tempo dependente (time dependent vehicle routing problem) O tempo de viagem entre dois clientes ou entre um cliente e o depósito depende, além da distância entre pontos, do horário do dia. VRSPTW VRP com janelas de tempo (vehicle routing and scheduling problem with time windows) Adiciona as restrições de janela de tempo ao VRP clássico. VRSPSTW VRP com janelas de tempo flexível (vehicle routing and scheduling problem with “soft” time windows) As janelas de tempo podem ser violadas mediante o pagamento de penalidades. DVRSPTW VRP com janelas de tempo dinâmicas (dynamic vehicle routing and scheduling problem with “soft” time windows) As janelas de tempo vão sendo atualizadas durante a operação de entregas. PDP Problema de coleta e entrega, (pickup and delivery problems) Extensão do problema de roteirização de veículos (VRP), acrescentando-se relações de precedência entre clientes, no qual a tarefa de coleta de um cliente deve preceder a de entrega no ponto de destino. As cargas são transportadas do depósito aos clientes e entre os clientes, resultando na relação de precedência. 23 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 24 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Roteirização sem restrições: a separação dos clientes por roteiros já foi realizada previamente e as restrições de tempo e capacidade estão resolvidas. O problema a ser resolvido é o de encontrar a sequência de visitas aos clientes que torna mínimo o percurso dentro do bolsão de distribuição. • Métodos de construção do roteiro. • Métodos de melhoria do roteiro: buscam aperfeiçoar uma solução inicial obtida. A maior parte dos problemas está, no entanto, condicionada a limites de tempo e/ou capacidade. Deve-se, inclusive muitas vezes, dividir a região em bolsões. Aplicam-se aos TSPs. Roteirização com restrições: o processo de roteirização ocorre simultaneamente ao processo de divisão da região em bolsões de entrega. Aplicam-se aos VRPs. • Método de Varredura: de computação rápida mas com um erro médio maior. • Método das economias, Clarke e Wright (C&W). 8. Métodos de Roteirização 25 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Método pouco eficaz mas rápido. É útil para obter uma solução inicial para o PCV. 1 1 1,41 A B 1 1 1,41 A B C 1 1 1,41 A B C D 1 1 1,41 A B C D Ponto Inicial Em geral a solução obtida não é satisfatória. É necessária a aplicação de métodos de melhoria. 1. Elege-se o nó inicial e liga-se ao ponto mais próximo. 2. Partir do novo nó e repetir o processo. 3. Terminar quando não houver mais nós livres. d1 = 1 d2 = 2,8 d3 = 4,1 d4 = 4,2 dT = 12,1 d1 d2 d3 d4 C D D Métodos de construção do roteiro: MÉTODO DO VIZINHO MAIS PRÓXIMO 9. Roteirização sem restrições 26 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização EXERCÍCIO: Uma carrinha de distribuição deve sair de um armazém (nó 0) e percorrer 3 lojas da empresa (nós 1, 2 e 3) para entregar mercadoria, retornando depois ao armazém. Pretende-se definir uma rota que permita percorrer a menor distância possível. As distâncias (km) são dadas na tabela. Resolva pelo vizinho mais próximo. Vértice inicial: 0 1 2 3 0 9 16 7 1 11 8 2 10 0 1 2 3 27 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização EXERCÍCIO: Uma carrinha de distribuição deve sair de um armazém (nó 0) e percorrer 3 lojas da empresa (nós 1, 2 e 3) para entregar mercadoria, retornando depois ao armazém. Pretende-se definir uma rota que permita percorrer a menor distância possível. As distâncias (km) são dadas na tabela. Resolva pelo vizinho mais próximo. Vértice inicial: 0 Vértice, não selecionado mais próximo de 0: 3 Vértice, não selecionado mais próximo de 3: 1 Vértice, não selecionado mais próximo de 1: 2 0 3 1 2 0 Distância Total = 42km 1 2 3 0 9 16 7 1 11 8 2 10 0 1 2 3 28 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Ex 7a. Problemas de Roteirização EXERCÍCIO: Um veículo de distribuição necessita visitar um conjunto de localidades, pretendendo-se percorrer uma distância total tão pequena quanto possível. A viagem inicia-se e termina na localidade 0. As distâncias (km) são dadas na tabela. Resolva pelo vizinho mais próximo. 1 2 3 4 5 6 0 15 10 17 23 27 22 1 17 29 32 15 21 2 13 17 20 13 3 17 27 16 4 21 20 5 19 29 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 1 1 1,41 A B C D d4 = 4,2 d4 Pode-se perceber à primeira vista que a solução não é ótima, pois existe um cruzamentona rota obtida. NOTA: Havendo cruzamento, poder-se-á substituí-lo, com vantagem, por uma ligação não cruzada. Um teorema da geometria afirma que um lado do triângulo é menor ou igual à soma dos outros 2 lados. Temos então IK ≤ IC + CK e JL ≤ JC + CL K I C J L K I C J L ≥ 30 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Métodos de construção do roteiro: HEURÍSTICA DA INSERÇÃO MAIS PRÓXIMA Método aproximado mais trabalhoso mas que produz por norma resultados mais satisfatórios. 1º Passo: Circuito inicial composto pelo nó de origem e o nó mais próximo deste. “𝑖, 𝑗, 𝑖” 2º Passo: No sub ciclo corrente, calcular para cada ligação do tipo (𝑖, 𝑗) a inserção do vértice “𝑘” (não selecionado) a que corresponda o aumento mínimo de distância dado por 𝑀𝑖𝑛 𝑐𝑖𝑘 + 𝑐𝑘𝑗 − 𝑐𝑖𝑗 3º Passo: Repetir o passo 2 até ter selecionado todos os vértices do grafo. Nota: este algoritmo leva a que os últimos arcos adicionados representem, por norma, distâncias muito grandes. 0k j i j i 31 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização A B C D E A 16 12 18 16 B 10 18 20 20 C 18 20 18 16 D 14 18 10 8 E 8 12 12 12 A ABA=26 ACA=30 ADA=32 AEA=24 B BCB=38 BDB=38 BEB=32 C CDC=28 CEC=28 D DED=20 1º Passo: ED D A B C A B C 14 18 10 16 20 16 8 12 8 12 12 18 20 18Vértice a inserir Aumento da distância de D para E Aumento da distância de E para D A 14+16-8=22 8+18-12=14 B 30 20 C 18 18 2º Passo: Inserimos o nó A entre E e D. Repetimos o processo. Solução final: DEBACD com distância total = 60 km. Ex 7b. Pretende-se definir uma rota que permita percorrer a menor distância possível entre 5 lojas e voltar à loja de origem. As distâncias (km) são dadas na tabela. Resolva pela inserção mais próxima. 32 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO DO ROTEIRO: Método do Ponto Mais Distante (mais eficiente) 3. Dentre os pontos não incluídos no roteiro busca-se o mais distante dos arcos que formam o roteiro parcial. 4. Repetir 2. e 3. até todos os nós serem incluídos. 1. Elege-se o ponto inicial e liga-se ao ponto mais distante. 2. Busca-se o ponto mais distante do roteiro parcial existente (A-D). Mais eficiente que o método do Vizinho Mais Próximo! 1 1 1,41 A B Ponto Inicial d1 = 4,2 d1 C D 1 1,41 A B d1=4,2 d2=4,1 d3=2,2 d1 C D 1 1,41 A B d1 C D d1=4,2 d2=4,1 d3=2,2, d4=1 1 1 dT = 10,9 dt = 12,1 33 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Método do Ponto Mais Distante: exemplo Novaes (2001) 34 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Ex 7c. Problemas de Roteirização EXERCÍCIO: Pretende-se definir uma rota que permita percorrer a menor distância possível entre 5 lojas e voltar à loja de origem. As distâncias (km) são dadas na tabela. Resolva pelo método do ponto mais distante. A B C D E A 16 12 18 16 B 10 18 20 20 C 18 20 18 16 D 14 18 10 8 E 8 12 12 12 35 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Métodos de melhoria do roteiro: MÉTODO 2-OPT O método parte de um roteiro inicial (obtido através de um outro método qualquer) e tenta melhorá-lo de forma a diminuir o custo/tempo/distância total do roteiro. O algoritmo do método 2-OPT processa-se da seguinte forma: Passo 1: Iniciar o processo com o roteiro inicial gerado com o auxílio de um método de construção. Passo 2: Removem-se 2 arcos do roteiro inicial e reconectam-se os nós que formam esses arcos. • Se a solução for melhor (roteiro de menor extensão) aceitamos • Caso contrário recusamos e mantemos os arcos originais. Escolhemos outros dois arcos e repetimos o passo 2. Passo 3: O processo repete-se até que não seja possível conseguir nenhuma melhoria ao fazer todas as trocas possíveis. 36 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização DE - FA DF - EA BC - DF BD - CF Manter esse novo roteiro se ele tiver menor extensão, caso contrário, manter roteiro anterior. Terminar o processo quando não houver mais melhoria ao se fazer todas as trocas de arcos possíveis. O 2-OPT começa com um roteiro inicial. Remover 2 arcos e adicionar 2 novos. B A C dT = 15,3 Solução obtida c/ o método do vizinho mais próximo É a mesma solução obtida que foi obtida com o método de inserção do ponto mais distante E F D Ponto Inicial B A C dT = 16,6 > 15,3 E F D B A C dT = 14,7 < 15,3 E F D B A C dT = 12,1 < 14,7 E F D FA - BC CA - BF Recusar Aceitar Aceitar NOTA: A orientação dos arcos que se mantém pode ser alterada. 37 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Métodos de melhoria do roteiro: MÉTODO 3-OPT O método parte de um roteiro inicial (obtido através de um outro método qualquer) e tenta melhorá-lo de forma a diminuir o custo/tempo/distância total do roteiro. O algoritmo do método 3-OPT processa-se da mesma forma do 2-OPT com a diferença que as alterações processam-se agora em cada passo a tomando 3 arcos invés de 2. Outra diferença é que para trio de arcos a alterar são possíveis agora 7 configurações diferentes ao invés de 1. 38 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização B A C dT = 15,3 Solução obtida c/ o método do vizinho mais próximo E F D Ponto Inicial B A C dT = 16,3 > 15,3 E F D B A C dT = 12,1 < 15,3 E F D FA - BC - DE AC - EB – DF Recusar FA - BC - DE AE - BD - CF Aceitar Manter esse novo roteiro se ele tiver menor extensão, caso contrário, manter roteiro anterior. Terminar o processo quando não houver mais melhoria ao se fazer todas as trocas de arcos possíveis. O 3-OPT começa com um roteiro inicial. Remover 3 arcos e adicionar 3 novos. NOTA: A orientação dos arcos que se mantém pode ser alterada. 39 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Novaes (2001), Comparação de resultados dos métodos Roteiro obtido através do Método do Vizinho mais Próximo. Roteiro obtido através da aplicação do Método 3-OPT usando como roteiro inicial o do Vizinho mais próximo. 40 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Ex 7d. Problemas de Roteirização 2 4 1 5 3 6 1. Defina um roteiro pelo MÉTODO DE CONSTRUÇÃO: Método do Vizinho Mais Próximo. 2. Melhore o roteiro utilizando o MÉTODO 2OPT. 41 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Roteirização Estática com Janelas de Tempo Projeto Final de Graduação Gabriela Ruiz Thedim Rafaela Gonçalves Ourofino EXEMPLO DE APLICAÇÃO 42 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Processo em dois estágios. Primeiro atribuem-se as paradas (clientes) ao roteiro e depois se determina a sequência das paradas na rota. MÉTODO DE VARREDURA Método de uso fácil e de computação rápida. Contudo por vezes distorce os resultados. Recomendável quando são necessárias respostas rápidas para a formação de rotas por causa do pouco tempo para operacionalizar o carregamento e expedição dos veículos, ou seja, é principalmente utilizado em problemas muito dinâmicos, cujo tempo de reação é curto. NOTA: A desvantagem é que produz, em média, um erro de 10% em relaçãoao ótimo absoluto (Ballou, 1999). 10. Roteirização com restrições Elaborar boas soluções para problemas de roteirização e programação de veículos torna-se mais difícil ao serem impostas restrições adicionais. Janelas de tempo, caminhões múltiplos com diferentes capacidades de peso e cubagem, jornada de trabalho, tempo máximo de permanência ao volante, velocidades máximas, barreiras ao tráfego, etc. 43 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Passo 1 : Representar num mapa ou grafo todas as paradas (clientes) incluindo os depósitos. Passo 2: Tomando o depósito como centro, definir um eixo passando por ele. Esse eixo geralmente coincide com a linha horizontal (eixo das abscissas). Passo 3: Pense o eixo como se fosse uma linha. Gire a linha no sentido horário, ou no sentido anti- horário, até que cruze uma parada. Isto é até incluir um cliente. Passo 4: Teste o potencial cliente, verificando se pode ser incluído no roteiro em formação: (a) O tempo de jornada de trabalho por dia é violado? (b) A capacidade do veículo é violada? (c) Se as restrições não forem violadas, incorporar o novo cliente e voltar a passo 2. Passo 5: Se alguma restrição for violada, exclua o último cliente e defina o roteiro. Recomece um novo roteiro com o último cliente excluído da rota anterior. Continuar com a varredura até todos os pontos estarem atribuídos a roteiros. Passo 6: Dentro de cada rota, arranje, em sequência, as paradas para minimizar a distância recorrendo a um dos métodos de resolução do problema do caixeiro viajante. Passo 7: Para cada roteiro, aplicar um método de melhoria (e.g. 3-opt) de forma a minimizar os percursos. 44 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização EXEMPLO 1 45 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização EXEMPLO 1 Restrições: 1. Veículo de 4 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8 horas por dia. 3. Tempo de descarga em cada cliente é uniforme e igual a 15 minutos. 4. Poderiam existir outras como, por exemplo, velocidade máxima. Outras considerações: 60 clientes cuja localização está na tabela anterior. A distância entre dois pontos quaisquer foi estimada multiplicando-se a distância em linha reta por um fator k1 = 1,40. NOTA: O CD está localizado em (0,0), distante da região de distribuição (o ponto mais próximo está a 75,2 km e o mais distante a 79,8 km. Será que a localização do centro do eixo de aplicação do Método de Varredura tem influência no resultado final? 46 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização EXEMPLO 1 Restrições: 1. Veículo de 4 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8 horas por dia. 3. Tempo de descarga em cada cliente é uniforme e igual a 15 minutos. 4. Poderiam existir outras como, por exemplo, velocidade máxima. Outras considerações: 60 clientes cuja localização está na tabela anterior. A distância entre dois pontos quaisquer foi estimada multiplicando-se a distância em linha reta por um fator k1 = 1,40. NOTA: O CD está localizado em (0,0), distante da região de distribuição (o ponto mais próximo está a 75,2 km e o mais distante a 79,8 km). Se aplicarmos o método da varredura nesse problema, teremos rotas bem alongadas. Para evitar distorções acentuadas numa das dimensões, deve-se escolher um outro centro para o eixo, por exemplo o centro de gravidade. NOTA: Existem restrições de tempo e capacidade. 47 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Nó X (km) Y (Km) Q (kg) Nó X (km) Y (Km) Q (kg) 1 1,26 55,65 203 31 2,67 56,26 175 2 1,56 55,12 125 32 1,87 55,38 228 3 2,66 55,01 183 33 3,48 54,07 177 4 2,33 56,2 208 34 0,83 55,38 133 5 2,79 55,8 141 35 0,83 54,88 162 6 3,27 56,23 188 36 2,4 55,41 243 7 2,53 56,67 209 37 2,44 54,04 310 8 3,26 55,62 215 38 3,67 55,86 39 9 0,5 55,78 300 39 3,2 55,73 167 10 3,26 55,63 172 40 2,04 55,42 274 11 1,34 55,04 267 41 1,43 55,82 68 12 3,77 55,41 251 42 3,01 55 199 13 3,29 55,69 128 43 3,37 55,35 206 14 3,41 55,3 230 44 1,37 54,93 150 15 3,14 55,67 158 45 1,07 56,43 307 16 3,54 56,02 254 46 2,27 54,77 173 17 0,84 55,14 207 47 3,54 54,76 198 18 2,82 55,81 189 48 2,7 55,19 159 19 1,29 55,98 147 49 1,36 56,32 253 20 2,27 54,99 223 50 2,48 56,93 91 21 3,4 54,49 171 51 2,13 56,54 198 22 2,29 56,12 112 52 3,49 55,36 216 23 2,37 55,16 340 53 1,92 55,5 225 24 1,4 54,15 175 54 2,44 54,25 315 25 3,59 54,32 309 55 2,62 56,01 303 26 0,7 55,55 75 56 3,17 56,35 252 27 1,38 54,16 220 57 1,69 55,28 76 28 2,03 53,8 286 58 3,55 55,11 159 29 2,21 53,7 218 59 1,47 56,17 187 30 3,32 56,43 165 60 0,9 54,65 94 Método de Varredura – Exemplo 2 48 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Método de Varredura – Evolução Inicial 49 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 3 OPT ou 2OPT MÉTODO DE VARREDURA + MÉTODOS DE MELHORIA DO ROTEIRO SOLUÇÃO: 7 roteiros (veículos) Quilometragem total diária da frota (km): 1.101,9 Custo médio por cliente visitado (R$): 16,58 Os veículos foram carregados no máximo com 1,8 toneladas, o que significa que o caminhão escolhido tem sobra de capacidade. A restrição forte foi, neste caso, o tempo de jornada. 50 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Ex 8. Problemas de Roteirização “Sweep” (Varredura) Method for VRP Example A trucking company has 10,000-unit vans for merchandise pickup to be consolidated into larger loads for moving over long distances. A day’s pickups are shown in the figure below. How should the routes be designed for minimal total travel distance? 51 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Geographical region Depot 1,000 2,000 3,000 2,000 4,000 2,000 3,000 3,000 1,000 2,000 2,000 2,000 Pickup points Stop Volume and Location 52 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 11. Métodos das economias - Clarke e Wright, C&W O método Clarke & Wright evidencia-se em relação à maioria dos demais por sua flexibilidade para aplicação computacional de uma grande gama de restrições práticas, com relativa rapidez para um número moderado de paradas, e capaz de gerar soluções que são próximas das ótimas. O método aparece embutido dentro de muitos softwares de roteirização. O método gera roteiros que respeitam as restrições de tempo e de capacidade, e ao mesmo tempo, minimizam a distância total percorrida pela frota e, consequentemente, o tamanho da frota. A comparação do método com os resultados ótimos de problemas pequenos, revela que o Método das Economias dá soluções 2% piores do que as soluções ótimas (Ballou, 2001). É um método mais preciso que o da Varredura. O método de C&W baseia-se no conceito de ganho, onde se parte da pior situação possível: veículo sai do CD com a mercadoria destinada a um único cliente e, após a entrega, o veículo retorna ao CD. Em seguida insere-se um outro cliente nessa rota. REVISÃO! 53 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Ao integrar os clientes i e j num único roteiro, temos uma economia de percurso gij. gij = L–L` = dCD,i + dCD,j - dij L = 2 x dCD,i + 2 x dCD,j L` = dCD,i + di,j + dj,CD i j CD ro te ir o co m b in ad o Quanto maiores e maior será o ganho. Quanto mais próximo i estiver de j, maiorserá o ganho. Admissível somente se as restrições de capacidade e tempo não forem quebradas. iCD,d i j CD en tr eg as se p ar ad as jCD,d Integrando 2 clientes num roteiro compartilhado O Método parte de um conjunto de rotas onde todos os pontos são ligados diretamente a origem e vai-se unindo os pares de rotas, desde que a economia gerada pela união seja positiva. REVISÃO! 54 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Passo 1: Combinam-se todos os pontos (que representam os clientes) dois a dois e calcula-se o ganho para cada combinação (segundo relação gi,j). Passo 2: Ordenam-se todas as combinações i, j, de forma decrescente segundo os valores dos ganhos gi,j. Passo 3: Comecemos com a combinação de dois nós que apresentou o maior ganho. Posteriormente, na análise de outras situações, vai-se descendo na lista de combinações, sempre obedecendo à sequência decrescente de ganhos. Passo 4: Para um par de pontos (i,j), tirado da sequência de combinações, verificar se os 2 pontos são pontos isolados ou extremos (se estão na ponta de um roteiro): a) se sim então unir os dois pontos i e j no caso das restrições de tempo e capacidade não serem violadas; b) Caso contrário, então desprezar a ligação. Passo 5: O processo termina quando todos os pontos (clientes) tiverem sido incluídos num roteiro. REVISÃO! 55 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização EXEMPLO 1 Restrições: 1. Veículo de 4 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8 horas por dia. 3. Tempo de descarga em cada cliente é uniforme e igual a 15 minutos. 4. Poderiam existir outras como, por exemplo, velocidade máxima. Outras considerações: 60 clientes cuja localização está na tabela anterior. A distância entre dois pontos quaisquer foi estimada multiplicando-se a distância em linha reta por um fator k1 = 1,40. NOTA: O CD está localizado em (0,0), distante da região de distribuição (o ponto mais próximo está a 75,2 km e o mais distante a 79,8 km. Se aplicarmos o método da varredura nesse problema, teremos rotas bem alongadas. Para evitar distorções acentuadas numa das dimensões, deve-se escolher um outro centro para o eixo, por exemplo o centro de gravidade. NOTA: Existem restrições de tempo e capacidade. REVISÃO! 56 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização X (km) Y (Km) Q (kg) T (min) X (km) Y (Km) Q (kg) T (min) 1 1,26 55,65 203 31 2,67 56,26 175 2 1,56 55,12 125 32 1,87 55,38 228 3 2,66 55,01 183 33 3,48 54,07 177 4 2,33 56,2 208 34 0,83 55,38 133 5 2,79 55,8 141 35 0,83 54,88 162 6 3,27 56,23 188 36 2,4 55,41 243 7 2,53 56,67 209 37 2,44 54,04 310 8 3,26 55,62 215 38 3,67 55,86 39 9 0,5 55,78 300 39 3,2 55,73 167 10 3,26 55,63 172 40 2,04 55,42 274 11 1,34 55,04 267 41 1,43 55,82 68 12 3,77 55,41 251 42 3,01 55 199 13 3,29 55,69 128 43 3,37 55,35 206 14 3,41 55,3 230 44 1,37 54,93 150 15 3,14 55,67 158 45 1,07 56,43 307 16 3,54 56,02 254 46 2,27 54,77 173 17 0,84 55,14 207 47 3,54 54,76 198 18 2,82 55,81 189 48 2,7 55,19 159 19 1,29 55,98 147 49 1,36 56,32 253 20 2,27 54,99 223 50 2,48 56,93 91 21 3,4 54,49 171 51 2,13 56,54 198 22 2,29 56,12 112 52 3,49 55,36 216 23 2,37 55,16 340 53 1,92 55,5 225 24 1,4 54,15 175 54 2,44 54,25 315 25 3,59 54,32 309 55 2,62 56,01 303 26 0,7 55,55 75 56 3,17 56,35 252 27 1,38 54,16 220 57 1,69 55,28 76 28 2,03 53,8 286 58 3,55 55,11 159 29 2,21 53,7 218 59 1,47 56,17 187 30 3,32 56,43 165 60 0,9 54,65 94 Método de C&W – Exemplo 1 REVISÃO! 57 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Passo 1: Combinam-se todos os clientes 2 a 2 e calcula-se o ganho p/cada combinação (gi,j) Passo 2: Ordenam-se todas as combinações i, j, de forma decrescente segundo os valores dos ganhos gi,j. 20 maiores ganhos No Ponto i Ponto j Ganho No Ponto i Ponto j Ganho 1 7 50 10,65 11 31 50 9,5 2 30 56 10,19 12 7 30 9,48 3 6 30 10,03 13 6 16 9,47 4 50 51 10,03 14 7 56 9,46 5 6 56 9,92 15 45 49 9,44 6 7 51 9,83 16 16 38 9,43 7 30 50 9,61 17 16 56 9,35 8 16 30 9,58 18 4 50 9,28 9 50 56 9,55 19 4 7 9,26 10 7 31 9,52 20 31 56 9,23 Iteração 1 REVISÃO! 58 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Passo 3: Comecemos com a combinação dos dois nós que apresentaram o maior ganho. Passo 4: Para um par de pontos (i,j), tirado da sequência de combinações, verificar se os 2 pontos já fazem parte de um roteiro iniciado: (a) se i e j não foram incluídos em nenhum dos roteiros já iniciados, criar um novo roteiro com esses dois pontos. No Ponto i Ponto j Ganho No Ponto i Ponto j Ganho 1 7 50 10,65 11 31 50 9,5 2 30 56 10,19 12 7 30 9,48 3 6 30 10,03 13 6 16 9,47 4 50 51 10,03 14 7 56 9,46 5 6 56 9,92 15 45 49 9,44 6 7 51 9,83 16 16 38 9,43 7 30 50 9,61 17 16 56 9,35 8 16 30 9,58 18 4 50 9,28 9 50 56 9,55 19 4 7 9,26 10 7 31 9,52 20 31 56 9,23 Iteração 1 REVISÃO! 59 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização PASSO 5: Iteração 1 Passo 5: Cada vez que se acrescentar um ou mais pontos num roteiro, ou quando se fundir 2 roteiros num só, verificar se a nova configuração satisfaz as restrições de tempo e de capacidade. Se atender aos limites das restrições, a nova configuração é aceita. Temos o roteiro embrião que, partindo do CD, visita o cliente 50, depois o 7 e retorna ao CD. REVISÃO! 60 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização REVISÃO! PASSO 5: Iteração 16, 17 e 18 Ambos já incluídos, conforme Passo 4.D 50 não é extremoLiga-se 16 ao 38, conforme Passo 4.B No Ponto i Ponto j Ganho 16 16 38 9,43 No Ponto i Ponto j Ganho 17 16 56 9,35 No Ponto i Ponto j Ganho 18 4 50 9,28 61 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Passo 6: O processo termina quando todos os pontos (clientes) tiverem sido incluídos num roteiro. R1 R3 R4 R2 R5 R6 Passo 6 Solução obtida pelo Método C&W 62 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Solução final obtida pelo Método C&W + Método 3-OPT 3-OPT 63 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Solução Método Varredura (e Método 3-OPT) X Solução Método C&W (e Método 3-OPT) Número de roteiros (no de veículos): 7 Quilometragem total diária da frota (km): 1.101,9 Custo médio por cliente visitado (R$): 16,58. Número de roteiros (no de veículos): 6 Quilometragem total diária da frota (km): 950,7 Custo médio por cliente visitado (R$): 14,24 64 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 12. Impacto das restrições tempo e capacidade O impacto das restrições de tempo e capacidade é muitas vezes dramático. Pequenas alterações em alguns fatores que governam o processo alteram por completo a solução dos problemas. EXEMPLO 2.1 Restrições: 1. Veículo de 4 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8 horas por dia. 3. Tempo de descarga em cada cliente é uniforme e igual a 15 minutos. 4. Poderiam existir outras como, por exemplo, velocidade máxima. Outras considerações: 60 clientes cuja localização está na tabela anterior. A distância entre dois pontos quaisquer foi estimada multiplicando-se a distância em linha reta por um fator k1 = 1,40. Vamos supor que o CD está localizado junto à zona de entrega. Trata-se agora de um problema dedistribuição urbana. O CD continua localizado ao sul da região, mas desta vez a distância para o cliente mais próximo é 1,2 km e para o cliente mais distante é 5,7 km. 65 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Roteiros No Número de clientes Tempo de ciclo diário Lotação do veículo (t) 1 21 5h42 3,9 2 22 6h 4,0 3 17 4h36 3,9 Exercício 2: Resultados C&W com CD fora da zona urbana Exercício 2.1: Resultados C&W com CD em zona urbana • Número de roteiros (no de veículos): 6 • Quilometragem total diária da frota (km): 950,7 • Custo médio por cliente visitado (R$): 14,24 • A lotação dos veículos (t) deverá ser cerca de 2 t (relembre que no método de varredura com 6 veículos a lotação máxima obtida foi de 1,8 t.) 1. Veículo de 4 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8 horas por dia. 1. Veículo de 4 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8 horas por dia. Que fator está a restringir o resultado? 66 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização EXEMPLO 2.2 Restrições: 1. Veículo de 8 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8,5 horas por dia. 3. Tempo de descarga em cada cliente é uniforme e igual a 15 minutos. 4. Poderiam existir outras como, por exemplo, velocidade máxima. Outras considerações: Vamos supor que o CD está localizado junto à zona de entrega. Trata-se agora de um problema de distribuição urbana. O CD continua localizado a sul da região, mas desta vez a distância para o cliente mais próximo é 1,2 km e para o cliente mais distante é 5,7 km. Apesar da jornada de trabalho ser de 8 horas, verifica-se que o resultado obtido para a distribuição urbana (Exemplo 2.1) contempla 3 rotas com templos de ciclo com pelo menos mais de 2 horas abaixo das 8 horas. Isto significa que a restrição forte é, neste caso, a capacidade. Os veículos estão subdimensionados. Aumentando a capacidade dos veículos para 8 t verificou-se que a solução era igual. Neste caso significa que o tempo de jornada passou a ser a restrição forte. Finalmente estabeleceu-se o tempo de jornada igual a 8h30min. 67 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Roteiros No Número de clientes Tempo de ciclo diário Lotação do veículo (t) 1 21 5h42 3,9 2 22 6h 4,0 3 17 4h36 3,9 Exercício 2.1: Resultados C&W com CD em zona urbana Roteiros No Número de clientes Tempo de ciclo diário Lotação do veículo (t) 1 31 8h18 5,9 2 29 7h48 5,9 Exercício 2.2: Resultados C&W com CD em zona urbana 1. Veículo de 4 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8 horas por dia. 1. Veículo de 8 toneladas de capacidade útil. 2. Jornada de trabalho de 8,5 horas por dia. 68 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 13. Problemas reais de roteirização Nos problemas da vida real existem, na maior parte das vezes, vários parâmetros incertos: • Número de pontos de entrega: adição de clientes durante o período de atividade dos veículos. • Morosidade dos processos de distribuição: congestionamento, acidentes. • Cancelamento de clientes. Roteirização Estática vs. Roteirização Dinâmica Roteirização Estática: • Toda a informação necessária para o planejamento das rotas está disponível. • Os dados do problema não mudam durante a execução do algoritmo de solução nem durante a execução da rota. Roteirização Dinâmica: • Os dados podem mudar ou serem atualizados durante a execução do algoritmo ou durante a execução da rota. • As rotas sofrem alteração dinâmica durante a execução. 69 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização EXEMPLO: Um serviço de reparação de internet tinha uma pré-marcação de 5 clientes. No entanto, já durante a jornada de serviço recebeu um pedido adicional. Como satisfazer esse pedido? Uma solução passa por tentar alocar o novo serviço dentro do roteiro pré-definido sem prejudicar significativamente o plano previamente traçado. Base 70 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 1. Dimensão de tempo • ESTÁTICA Pode ou não ser um fator importante. • DINÂMICA No mínimo, precisa-se conhecer a localização espacial de todos os veículos em um determinado momento durante a sua programação, em particular, quando as solicitações de novos clientes forem conhecidas. 2. O problema pode ser aberto • ESTÁTICA Rota fechada que inicia e termina a rota num depósito. • DINÂMICA Uma rota inicia no depósito, mas não deve retornar ao depósito ao fim dos atendimentos programados. O veículo deve aguardar sempre por instruções dos seus próximos destinos a serem seguidos. Os veículos retornam ao depósito quando a capacidade foi totalmente utilizada ou se for necessário ao depósito para chegar antes do fim da janela de tempo do depósito. 71 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 3. Informações futuras podem ser imprecisas ou desconhecidas • ESTÁTICA Todas as informações são assumidas como conhecidas e possuem a mesma qualidade. • DINÂMICA As informações são precisas para os eventos que acontecem em tempo real e experimentais (ex. probabilísticas) para os eventos que podem ocorrer no futuro. 4. Eventos de curto prazo são mais importantes • ESTÁTICA Dada a uniformidade da qualidade da informação e a falta de atualizações, todos os eventos possuem o mesmo peso. • DINÂMICA Os eventos de curto prazo são mais importantes do que as de longo prazo, visto que não é ideal comprometer os recursos de um veículo aos requisitos que terão de ser satisfeitos no futuro, porque outros eventos intermediários podem fazer tais decisões se tornarem subotimizadas e porque tais informações futuras poderão mudar, de qualquer maneira. 72 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 5. Mecanismos de atualização da informação são essenciais • DINÂMICA Está sujeita a revisão durante o dia de operação (veículos quebrados, atrasos, tráfego, acidentes). É necessário que os mecanismos de atualização de informação sejam parte integrante da estrutura do algoritmo e da interface de entrada e saída 6. Novo sequenciamento dos serviços e re-atribuição aos veículos podem ser necessários • DINÂMICA Novas entradas podem implicar que as decisões já tomadas relativas ao sequenciamento dos atendimentos se tornem sub-ótimas. Assim, o aparecimento de uma nova entrada, como um novo cliente, pode exigir tanto um novo sequenciamento dos serviços de um ou mais veículos e até a mudança de serviços entre os veículos (re-atribuição). 7. Mecanismos que evitem uma prorrogação indefinida são essenciais • DINÂMICA Pode ocorrer de um serviço ser sistematicamente adiado indefinidamente (ex. solicitações mais perto da localização atual do veículo). Para resolver o problema há uma variedade de maneiras: restrições de horário (janelas de atendimento) podem forçar o veículo a atender uma demanda independentemente da localização geográfica em que ponto está; restrições de prioridade – limitação do número de alterações da posição de atendimento de cada ponto. 73 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 8. Tempos de computação mais rápidos são necessários • ESTÁTICA É possível aguardar algumas horas para obter a melhor solução, muitas vezes a solução ótima. • DINÂMICA Precisa-se chegar a uma solução satisfatória o mais rápido possível em questão de minutos ou até segundos – utilização de heurísticas. 9. A função objetivo podeser diferente • ESTÁTICA Minimizar a distância total das rotas ou a duração total da programação. • DINÂMICA Se o processo for aberto, a duração total da programação poderá ser ilimitada também. 10. A flexibilidade para variar o tamanho da frota de veículos é menor • ESTÁTICA o intervalo de tempo entre a execução do algoritmo e execução do percurso é geralmente suficiente para permitir a alteração da frota. • DINÂMICA Pode não ser viável por não ser possível ter acesso a tais recursos em tempo real. 74 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 11. As restrições de tempo podem ser diferentes • ESTÁTICA Todas as informações são assumidas como conhecidas e possuem a mesma qualidade. • DINÂMICA As restrições de tempo como as janelas de tempo, tendem a ser flexíveis (podem ser atualizadas ou podem ser violadas com algum custo ou penalidade) 12. Enfileiramento pode se tornar importante • DINÂMICA Pode, às vezes, tornar-se saturado. Isso acontecerá se a taxa de demanda dos clientes ultrapassar um determinado limite além do qual o sistema simplesmente não consegue lidar com todas as solicitações, sem que sejam criados atrasos excessivos. Neste caso, qualquer algoritmo que tenta fazer as atribuição e programações de acordo com critérios clássicos da roteirização estática acaba produzindo resultados sem sentido. 75 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Figura 1 - Exemplo de Roteirização Dinâmica Fonte: Silva Junior, 2013 76 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 1. Carregar os caminhões com volumes de paradas que estejam mais próximas entre si. São um conjunto de boas práticas que, na ausência de um esquema de roteirização mais estruturado e programado , pode minimizar as perdas. 15. Princípios empíricos de Roteirização Má roteirização As paradas estão muito distantes Boa roteirização As paradas estão próximas D D Depot Stops 77 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 2. Paradas em dias diferentes devem ser combinadas para produzir agrupamentos concentrados. 3. Os roteiros devem começar a partir da parada mais distante do depósito. Ex.: Transporte escolar. 4. A coleta deve ser combinada nas rotas de entrega em vez de reservada para o final dos roteiros. Depende do tamanho dos veículos e do grau de obstrução às mercadorias para entrega. 5. Os roteiros mais eficientes são aqueles que fazem uso dos maiores veículos disponíveis. O custo por unidade transportada é menor. Mas será que o custo de estocagem também é menor? F F F F F F F T T T T T T T D Depot F F F F F T T T F T F T T T D Depot (a) Weak clustering-- routes cross (b) Better clustering Stop 78 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização 6. O sequenciamento das paradas deve ter forma de lágrima. 7. Paradas isoladas dos agrupamentos de pontos, em particular as de baixo volume, são boas candidatas a um meio de entrega alternativo. Ex.: Transporte terceirizado. 8. Janelas de tempo de paradas pequenas devem ser evitadas. Podem forçar sequências de parada longe do padrão ideal – são muito restritivas. Má roteirização Os trajetos cruzam-se Boa roteirização Os trajetos não se cruzam 79 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Passado • Roteiros baseados na experiência de motoristas / supervisores, antigos na operação / região. • Comunicação por rádio ou telefone em pontos de parada (comunicações ocasionais). Tendências presentes • Veículos equipados com RFID e rastreador • GPS (global positioning system) com latitude e longitude. • GPS + Sistema com base de dados GIS (geographic information system) + comunicação por satélite - localização do veículo, a cada instante, na malha viária. • Softwares de Roteirização e Programação dos veículos com tecnologia GIS. • Softwares de roteirização de uso direto na Internet. • Internet com informações sobre o pedido para o cliente. • Internet com acesso wireless, exemplo: motoristas receberem informações online durante a viagem. 16. Utilização de novas tecnologias 80 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização • TruckStops (1984) – www.bestroutes.com • TransCAD – (1988) – www.caliper.com • RouteSmart (1989) – www.routesmart.com • Roadshow (1993) – www.routing.com.br • ArcLogistics Route (1999) – www.esri.com Network Analyst (2005) ILOG Transp (2005) Softwares de Roteirização 81 http://www.bestroutes.com/ http://www.caliper.com/ http://www.routesmart.com/ http://www.routing.com.br/ http://www.esri.com/ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização • Necessitam de suporte técnico para serem instalados, dada a complexidade. • Alguns softwares exigem simplificações para resolver certos problemas. Deve-se portanto verificar qual o impacto que essas simplificações podem ter na precisão final dos resultados. Ex.: a quantidade máxima de pontos de entrega ser limitada. • A base de dados da representação digital da rede viária (ruas, rodovias, etc.) do roteirizador deve estar disponível e atualizada, caso contrário a sua utilização será comprometida. • Nem sempre os clientes são fixos (ex.: CD e suas lojas de varejo). Pontos de entrega que variam diariamente (ex.: entregas em domicílios) dificultam a roteirização, pois o cadastro dos clientes não está previamente preparado. • Informações importantes antes de se adotar um software específico: preço; tempo para instalação; tamanho máximo de aplicações (No. de visitas por dias, No. de veículos, de CDs); Características operacionais (distâncias calculadas sobre rede viária; monitoramento de veículos em tempo real, programação de carregamento dos veículos, etc.). SOFTWARES de Roteirização: cuidados a ter 82 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ENG1545 – Distribuição Física Prof. Rafael Martinelli 8. Problemas de Roteirização Bibliografia • Novaes, A.G. 2001. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Editora Campos, Rio de Janeiro, Brasil. • Rodrigues, J. C. 1999. "Aplicações da Teoria de Sistemas“. Ediliber, Coimbra, Portugal. • Larson, R.C., Odoni, A.R. 1981. Urban operations research. Prentice-Hall, NJ, EUA. • Silva, R.C.O. 2007. Tese Mestrado. Avaliação da implantação de softwares de roteirização de veículos. PUC-Rio. 83
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