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Sinais Vitais

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Formação de Cuidadores de Idosos 
 
Centro Educacional BDN Brasil 
 
 
 
 
B D N B R A S I L - C u i d a d o r d e I d o s o s 
 
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1. Introdução 
 
 
O cuidador de idosos / Ética 
 
O treinamento de pessoas para o cuidado faz-se necessário, face à situação de desamparo em que se 
encontram os idosos, no sentido de facilitar o atendimento imediato às suas necessidades básicas quando 
doentes fragilizados. 
Tendo em vista o aumento progressivo da população idosa, o resgate do papel dos "cuidadores" é uma 
questão a ser pensada. Entretanto, em razão da complexidade cada vez maior na organização das 
sociedades, enfatiza-se a necessidade de preparo e aprendizado específicos para exercer o papel de 
"cuidador". 
1.1. Princípios orientadores 
O preparo de cuidadores exige a definição de uma base conceitual norte adora dos valores e princípios 
filosóficos, que podem ser reconhecidos pelos pressupostos de Gonçalves e col (1997): 
 O cuidado humano ou "cuidar de si" representa a essência do viver humano; assim, exercer o 
autocuidado é uma condição humana. E ainda "cuidar do outro" sempre representa uma condição 
temporária e circunstancial, na medida em que o "outro" está impossibilitado de se cuidar. 
 
 O "cuidador" é uma pessoa, envolvida no processo de "cuidar do outro" - o idoso, com quem 
vivência uma experiência contínua de aprendizagem e que resulta na descoberta de 
potencialidades mútuas: É nesta relação íntima e humana que se revelam potenciais, muitas 
vezes encobertos, do idoso e do cuidador. O idoso se sentirá capaz de se cuidar e reconhecerá 
suas reais capacidades; 
 
 
 
 
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1.2. Princípios orientadores 
O preparo de cuidadores exige a definição de uma base conceitual norte adora dos valores e princípios 
filosóficos, que podem ser reconhecidos pelos pressupostos de Gonçalves e col (1997): 
1. O cuidado humano ou "cuidar de si" representa a essência do viver humano; assim, exercer o 
autocuidado é uma condição humana. E ainda "cuidar do outro" sempre representa uma condição 
temporária e circunstancial, na medida em que o "outro" está impossibilitado de se cuidar . 
2. O "cuidador" é uma pessoa, envolvida no processo de "cuidar do outro" - o idoso, com quem vivência 
uma experiência contínua de aprendizagem e que resulta na descoberta de potencialidades mútuas: É 
nesta relação íntima e humana que se revelam potenciais, muitas vezes encobertos, do idoso e do 
cuidador. O idoso se sentirá capaz de se cuidar e reconhecerá suas reais capacidades; 
Funções - Ajudar nas atividades da vida diária; administrar medicamentos por via oral prescritos pelo 
especialista; auxiliar na deambulação e mobilidade; cuidados com a organização do ambiente protetor e 
seguro, acesso a dispositivos de ajuda ( equipamentos ) para a atenção ao idoso; propiciar conforto físico 
e psíquico; estimular o relacionamento e contato com a realidade e levar o idoso a participar de atividades 
recreativas e sociais. Conferir sinais vitais, reconhecer sinais de alterações (alerta) e prestar socorro em 
situações de urgência (os primeiros). 
1.3. Cuidador Profissional 
Conceito - O cuidador profissional é a pessoa que possui educação formal com diploma conferido por 
instituição de ensino reconhecida em organismos oficiais, e que presta assistência profissional ao idoso, 
família e comunidade. 
Perfil - Ter cursado Ensino Médio ou Superior e tido treinamento específico em cuidado do idoso, em 
instituições oficialmente reconhecidas 
Funções - Os cuidadores profissionais seguem funções específicas em conformidade com as legislações 
das categorias profissionais. 
Os cuidadores "informais" e "formais" devem desenvolver algumas habilidades e qualidades para 
prestar cuidado, especificadas a seguir: 
Habilidades técnicas: É o conjunto de conhecimentos teóricos e práticos, adquiridos por meio da 
orientação de profissionais especializados. Esses conhecimentos irão preparar o cuidador para prestar 
atenção e cuidados ao idoso (descritas nas funções). 
Qualidades éticas e morais: São atributos necessários para permitir relações de confiança, dignidade, 
respeito e ser capaz de assumir responsabilidades com iniciativa. Quando não for parente, deve procurar 
adaptar-se aos hábitos familiares, respeitar a intimidade, a organização e crenças da fan111ia, evitando 
interferência. 
 
 
 
 
 
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Qualidades emocionais: Deve possuir domínio e equilíbrio emocional, facilidade de relacionamento 
humano, capacidade de compreender os momentos difíceis vividos pelo idoso, adaptação às mudanças 
sofridas por ele e família, tolerância ante situações de frustração pessoal. 
Qualidades físicas e intelectuais: Deve possuir saúde física, incluindo força e energia, condições 
essenciais nas situações em que há necessidade de carregar o idoso ou dar apoio para vestir-se e cuidar 
da higiene pessoal. Ser capaz de avaliar e administrar situações que envolvem ações e tomada de 
decisões. 
Motivação: É condição fundamental a empatia por idosos. Valorizá-los como grupo social, considerando 
que o "cuidado" deve ser um compromisso prioritário, pessoal e também da sociedade. 
O cuidador de idosos dependentes deve organizar suas tarefas de cuidado de modo a ter oportunidades 
de se auto cuidar. Muitas vezes, o cuidador se sobrecarrega nas suas atividades e se esquece de que é 
uma pessoa que também necessita de cuidados. A família deve avaliar esse trabalho, em conjunto com 
profissionais e planejar atividades para idosos e cuidadores. Cursos são necessários, visando a orientação 
aos cuidadores do cuidado com o outro e consigo mesmo. 
Fonte: BRASIL, Presidência Social. Idosos: Problemas e cuidados básicos. Brasília: MPAS/SAS, 1999. 
1.4. O cuidado, com frequência, começa em forma gradual. Provavelmente você já esta ajudando 
a alguém a: 
 
 Levar ao Médico; 
 Fazer as compras no supermercado; 
 Pagar as contas; 
 Lavar a roupa ou limpar a casa 
 Cozinhar. 
 
Com o tempo, você poderia oferecer maiores cuidados. Quem sabe compartilhe a responsabilidade com outros 
membros da família ou com amigos, ou quem sabe se encarregue de tudo você mesmo, inclusive ate dedicar às 24 
horas do dia ao cuidado dessa pessoa. É provável que o cuidado de outra pessoa compreenda: 
 
 Alimentá-la ou dar-lhe banho; 
 Ajudá-la a usar o banheiro; 
 Supervisionar o horário de tomar as medicações; 
 Contratar a outras pessoas que a cuidem; 
 Programar todo o atendimento médico ou; 
 Administrar todos os seus assuntos econômicos e legais. 
 
SE VOCE REALIZA ALGUMA DESTAS TAREFAS POR OUTRA PESSOA, ENTÃO VOCÊ É UM 
CUIDADOR! 
 
 Mediante um planejamento cuidadoso, cuidando-se bem de ti mesmo e estando atenta a quantidade de 
ajuda disponível, tua tarefa será mais fácil. Será também um melhor cuidador e será possível que a 
pessoa permaneça em seu lar por mais tempo. 
 
 
 
 
Sobre o conteúdo programático 
 
 
 
 
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O Conteúdo, segundo a proposta é centrada na formação básica do cuidador de idosos. Trataremos de 
forma simples, sobre atividades que qualquer voluntário poderá fazer. Foi escrito de forma a atingir 
qualquer um que queira se capacitar para essa missão. 
_ 
 
 
2. REFLEXÃO 
 
2.1. Respeito e Dignidade 
 
Antes de começar a realização deste curso, vamos nos deter alguns minutos para considerar seu papel 
especial como ajudador/ acompanhante. A diferença de um cuidador profissional, você conhece na 
pessoa que cuida. Conhece a pessoa por completo, o que ela gosta e o que ela não gosta também, suas 
fortalezas e suas fraquezas individuais, além de seus desejos e necessidades. É muito fácil cair numa 
atitude “protetora” quando se cuida de outra pessoa, especialmente se tratar de um membro da família. 
Mas precisamos compreender que a não
ser que a pessoa esteja passando por um transtorno cognitivo 
(Distúrbio cerebral devido a um derrame cerebral, demência ou outro problema de saúde), ELE, entretanto 
toma as decisões sobre sua vida. Às vezes, a pessoa poderia tomar decisões que você não tomaria, mas 
é sua decisão. Isto pode ser difícil para você, como cuidador, mas deve ter cuidado e estar alerta para 
não cair na superproteção. 
 
Uma das necessidades humanas mais importantes é o respeito e a dignidade e essa necessidade não 
muda quando a pessoa adoece e fica incapacitada, de fato, esta poderia inclusive acentuar-se mais. 
Existem muitas coisas que você pode fazer para se assegurar que a pessoa sob seus cuidados receba 
respeito e dignidade direito básicos de todo ser humano. 
 
2.2. Respeitar sua privacidade física e emocional. 
 Fechar a porta quando o ajuda a vestir-se ou usar o banheiro; 
 Bater a porta antes de entrar; 
 Não comentar informação privada com outras pessoas, mesmo que estas sejam membros da 
família, sem sua permissão. 
 
 
 
 
 
2.3. Respeitar seu direito de escolher. 
 Ao tomar decisões, sentimos certo controle sobre nossa vida. Por exemplo, se a pessoa pode 
fazê-lo, permita que decida o que e quando comer; 
 
 
 
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 Se a pessoa tem problemas cognoscitivos, ofereça-lhe opções sobre o que comer, quando comer 
e o que usar. 
 Se a pessoa insiste em usar a mesma camisa todos os dias, use uma toalha como proteção 
quando coma e lave a roupa de noite. 
 Se pensar que e uma decisão boba ou de pouca importância, trate de ver porque isso é 
importante para a pessoa. 
 Se a pessoa se nega a tomar seus medicamentos ou toma decisões que possam ser perigosas, 
trate de negociar uma possível solução. Ofereça-lhe os comprimidos com seu suco favorito (se a 
receita permite), aceite dar-lhe banho com a frequência absolutamente necessária, planeje tempo 
para que alguém a leve a caminhar com ele se não e seguro que o faça sozinho. 
 
2.4. Trate-o com dignidade. 
 Ouça suas preocupações; 
 Peça sua opinião e faça-o saber que esta e importante para você; 
 Faça-o participar de tantas decisões quanto possível; 
 Inclua-o na conversação. Não fale dele como se não tivesse presente. 
 
2.5. Filosofia de vida independente 
 
A filosofia de vida independente e um conceito que tem surgido do desejo natural que as pessoas 
incapacitadas têm de exercer o controle sobre sua vida. Em uma visão mais abrangente, esta filosofia 
afirma que todos, incapacitados ou não, tem direito e oportunidade de seguir um curso de ação em 
particular e isto implica na liberdade de aprender de nossas experiências, incluindo nossos erros. 
 
 
3. Cuide-se de si mesmo 
Cuidar de outra pessoa e a responsabilidade mais difícil que terá na sua vida. Se bem que cuidar de uma 
pessoa traz muitas satisfações, mas existem sacrifícios e exigências que poderiam chegar a ser muito 
fortes.Dado ao fato que cuidar de outra pessoa pode ser exaustivo, é importante que se controle. No geral, 
e difícil saber por quanto tempo devera cuidar desta pessoa ou se sua tarefa se tornara mais exigente ao 
longo do tempo e deve-se levar em conta que esse trabalho não vem com uma descrição trabalhista! 
Cuidar de suas próprias necessidades é tão importante como cuidar de outra pessoa. 
 
Se você adoece ou tem estafa emocional ou física, não poderá cuidar dos outros. 
 
 
 
 
Agora veja a apresentação a seguir sobre como fazer! 
 
 
 
 
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3.1. A Importância de fazer exercício 
 
Ninguém pode estar tão fora de forma, tão cansado ou ocupado como para não se beneficiar com um 
programa regular de exercícios. O que ouvimos geralmente são os benefícios... 
Se você tem desculpas do tipo: “Eu nunca fiz exercícios antes”, “Meus joelhos e meus pés doem muito” ou 
“Não tenho tempo”, faça a você mesmo um favor: com tão somente 10 minutos por dia e em pelo menos 3 
dias por semana, o exercício correto te ajudará a sentir-se melhor, a reduzir o estresse e a gozar mais da 
vida. 
 
 
3.2. Algumas observações importantes para quando você fizer exercício: 
 
 Programe uma hora específica cada día para fazer exercício; 
 Seja constante. Para obter benefícios de qualquer programa de exercício, deves fazê-lo de forma 
regular; 
 Faça exercícios de alongamento e de relaxamento antes e depois de teu exercício; 
 Comeces com uns 10 minutos de exercício ao dia e aumente gradualmente ate 30 minutos para 
obter o máximo benefício; 
 Faça o teste do falar/cantar para saber se estas fazendo o exercício de forma demasiadamente 
forte ou não o suficiente, utilize este simples teste. Se não pode falar ao fazer exercício ao 
mesmo tempo, esta se extenuando. Se você pode cantar e fazer exercício, não esta se 
esforçando o suficiente; 
 Sempre comece lentamente a atividade durante os primeiros 5 minutos e diminua o ritmo durante 
os 5 últimos minutos em vez de parar abruptamente. 
 
3.3. Exercícios recomendados. 
 
Nota de advertência: Sempre consulte seu médico antes de começar qualquer programa de 
exercícios. 
 
3.4. Dê um passeio diário. 
 
Procure um amigo com quem caminhar. Motivar-se-ão mutuamente quando estiverem tentados há ter o 
dia livre sem o exercício. 
 
 
 
3.5. Veja um vídeo de exercícios. 
 
Procure vídeos para principiantes. Evite começar com programas que incluam saltar ou dobrar-se. Melhor 
ainda, use vídeos para fazer alongamento, tonificação muscular e relaxamento. 
 
 
 
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3.6. Informe-se sobre aulas oferecidas através dos centros comunitários, ginásios e centros 
para idosos. 
 
Consulte sobre Yoga, tai-chi ou outros programas de exercícios não tradicionais. Estes são uma forma 
excelente de melhorar a flexibilidade, tonificar os músculos e relaxar. Veja se tem disponível piscina 
comunitária e consulte sobre horário de natação para idosos ou aulas de hidroginástica. Muitas piscinas 
oferecem aulas só para idosos ou para pessoas que desejem um ritmo mais lento. 
 
3.7. Dance, para ter uma saúde melhor. 
 
Os bailes de São João, de salão ou tradicionais são uma excelente forma de incrementar sua resistência e 
melhorar seu equilíbrio. 
 
Se você necessita ajuda para encontrar um programa de exercícios adequado, consulte seu médico. 
 
3.8. Consulte sobre programas sociais em sua comunidade. 
 
Os centros de cuidado diurno podem proporcionar um descanso programado com regularidade. 
 
Disponíveis em muitas comunidades, estes centros proporcionam programas sociais e comidas. Alguns 
proporcionam transporte para aqueles idosos que necessitam atividade sob supervisão. Os participantes 
podem frequentar 1 ou 2 vezes por semana ou todos os dias, dependendo do programa individual. 
 
3.9. Também poderia conseguir programas noturnos. 
 
Alguns lugares de repouso, lar de idosos e comunidades de aluguel com ajuda oferecem estadias de ate 
duas semanas. 
 
3.10. Consulte sobre atenção domiciliar. 
 
Se a pessoa não puder frequentar um centro de atendimento diurno, poderia haver a possibilidade que 
assistentes capacitados possam proporcionar cuidado em turnos na sua casa. 
 
3.11. Convivendo com o estresse 
 
Estabeleça limites e faça-os 
saber.________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________ 
 
 
 
Assegure-se de ter metas e expectativas realistas. 
 
Não espere ter a casa perfeita ou ter uma vida social com ao que tinha antes de assumir o papel de 
cuidador. Provavelmente tenha que simplificar as folgas nos feriados ou repartir as responsabilidades com 
outros membros da família. 
 
 
 
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3.12. O Bom
Humor é geralmente o melhor remédio. 
 
Loque um filme ou olhe programas de televisão que o façam sorrir. Leia um livro de piadas. O humor pode 
fazer milagres para reduzir o estresse. 
 
3.13. Busque apoio. 
 
Através de amigos compreensivos, grupos de apoio ou um conselheiro profissional. Participe também das 
comunidades na internet sobre esse tema. 
 
3.14. Evite pessoas difíceis. 
 
Como por exemplo, amigos que o criticam o tempo todo. 
 
3.15. Descubra o que lhe ajuda a aliviar o estresse. 
 
Algumas ideias poderiam ser exercícios de respiração, yoga, meditação, escrever um diário de vida ou sair 
para caminhar. Feche os olhos e se imagine em um lugar bonito, rodeado por suas coisas favoritas. 
 
3.16. Faça uma lista das coisas que aliviam o seu estresse. 
 
E depois o mantenha a mão e utilize! 
 
3.17. Como saber se você precisa de ajuda profissional? (cuidador). 
 
 Uso abusivo de bebidas alcoólicas ou de medicamentos como pílulas para dormir; 
 Perda ou aumento considerável de apetite; 
 Depressão, perda das esperanças, sentimento de alienação; 
 Pensamentos suicidas; 
 Perda do controle físico e emocional; 
 Tratar mal outras pessoas ou ignorá-las. 
 
Se apresentar quaisquer destes sintomas, você está levando uma carga demasiadamente grande. 
Consulte um conselheiro ou converse com seu médico sobre seus sentimentos. Seu médico poderá 
recomendar-lhe um conselheiro ou você poderia por em contato com um hospital local ou secretaria de 
saúde. 
 
 
 
4. Higiene Pessoal 
 
4.1. BANHO 
Tomar banho pode ser uma atividade agradável durante o dia. Depois do banho nos sentimos bem, limpos 
e relaxados. Se você cuida de alguém que precisa de ajuda para tomar banho, faça com que a ocasião 
seja a mais agradável possível. Depois, ambos se sentirão melhor. 
 
 
 
 
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O texto a seguir foi cedido pelo Laboratório NOVARTIS 
Quando tomar banho for um problema... 
 
Tentar identificar a(s) causa (as) da recusa é um bom começo. 
 
O idoso pode estar com dificuldade para caminhar, ter medo da água, medo de cair, pode estar deprimido; 
com infecções que geram mal estar, dor, tontura ou mesmo sentir-se envergonhado por expor seu corpo 
diante de um cuidador estranho, especialmente se for do sexo oposto. 
 
4.1.1. ADAPTANDO O AMBIENTE 
 
 Todas as adaptações deverão ser feitas mediante o grau de dependência apresentado; 
 Mantenha o piso seco e no interior do Box utilize tapetes antiderrapantes (emborrachados) para 
evitar quedas; 
 A colocação de barras de segurança na parede (semelhante àquelas utilizadas em academias de 
balé) é de grande ajuda, pois permitem que o paciente se apoie nelas durante o banho, fazendo-o 
sentir-se mais seguro; 
 Se for difícil para ele manter-se em pé por muito tempo, pense que talvez uma cadeira de banho 
vá auxiliá-lo e permitir maior conforto. 
 
4.1.2. RESPEITE SEUS HÁBITOS 
 
 Os que apresentam dependência leve devem ter seus hábitos de higiene respeitados como: 
horário do banho, marca do sabonete, xampu, etc. 
 Não há razão para se “obrigar” o paciente a banhar-se pela manhã se é seu hábito é a tarde; 
 É interessante se criar uma rotina para aqueles que apresentam dependências severas, isto 
facilita o trabalho do cuidador e cria um hábito para o paciente; 
 Mesmo os acamados devem ser levados ao banheiro para que seja realizado o banho de 
chuveiro, esta é uma ótima oportunidade de mobilização; 
 Banhos no leito devem ser evitados, sendo indicados apenas para aqueles pacientes com 
prescrição de repouso rigoroso no leito. 
 
4.1.3. INDO PARA O BANHEIRO 
 
 Prepare o banheiro previamente e leve para lá todos os objetos necessários à higiene; 
 Elimine correntes de ar fechando portas e janelas; 
 Separe as roupas pessoais antecipadamente,mantenha a temperatura da agua . 
 
 
 
 
4.1.4. O BANHO PROPRIAMENTE DITO 
 
 Oriente-o para iniciar o banho e auxilie-o, se necessário; 
 Não faça por ele. Estimule, oriente, supervisione, auxilie. Apenas nos estágios mais avançados da 
doença o cuidador deve assumir a responsabilidade de dar o banho; 
 Aproveite a oportunidade para massagear suavemente a sua pele, isto favorece a circulação 
sanguínea e produz grande conforto; 
 Não utilize buchas de banho, lembre-se que a pele é muito sensível e você pode provocar lesões; 
 
 
 
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 Lave a cabeça no mínimo 3 X por semana, utilize xampu neutro, observe se há lesões no couro 
cabeludo. Mantenha se possível, os cabelos curtos; 
 Observe se há necessidade de cortar as unhas das mãos e dos pés, em caso positivo, 
posteriormente, corte-as retas com todo cuidado especialmente nos pacientes diabéticos; 
 Após o banho, seque bem o corpo, principalmente as regiões de genitais, articulares (dobra de 
joelho, cotovelos, axilas) e interdigitais (entre os dedos). 
 
 
5. CUIDANDO DA PELE 
 
A pele merece atenção especial e o momento do banho é o mais apropriado para se observar a presença 
de hematomas (manchas roxas), hiperemia (vermelhidão), pruridos (coceiras), assaduras ou qualquer 
outro tipo de lesão, as quais se tratadas adequadamente e a tempo evitam complicações e previnem a 
ocorrência de úlceras por pressão (escaras). 
 
 Manter a higiene da pele é de suma importância, pois se trata de uma barreira natural de que 
dispõe o organismo contra infecções, portanto, trabalhe para manter sua integridade; 
 Idosos apresentam fragilidade de vasos capilares, que se rompe com facilidade, causando 
manchas avermelhadas na pele. Aumente a oferta de alimentos ricos em vitamina C , ela melhora 
a resistência dos vasos capilares; 
 Ao segurar o paciente pelos braços ou mãos, não exerça demasiada pressão, lembre-se, a sua 
pele é frágil, e muitas vezes, rompe-se com uma simples pressão; 
 Manter a pele hidratada é de fundamental importância, existem no mercado bons cremes 
hidratantes, de perfume suave, que humidificam adequadamente, evitando seu ressecamento; 
 Mantenha o paciente hidratado, ofereça líquidos à vontade; 
 Evite a exposição à luz solar após as 9 horas da manhã (10 no horário de verão); 
 Pruridos (coceiras) podem ser causados por vestuário confeccionado com tecidos sintéticos, dê 
preferência às roupas de algodão ou tecidos anti-alérgicos; 
 Assaduras podem surgir devido a má higienização ou a longa permanência com fraldas; 
 Após eliminações urinárias ou intestinais, deve-se providenciar uma higiene íntima; 
 
 
 
 
6. HIGIENE ORAL 
 
A Higiene Oral é um hábito saudável e agradável que deve ser mantido ao longo de toda a vida. 
 
Alterações da mucosa oral, perda de dentes, próteses mal ajustadas, gengivites (inflamação das 
gengivas), diminuição do fluxo salivar, são fatores que podem ocasionar infecções na cavidade oral. 
 
 A Higiene Oral deve ser realizada após cada refeição ou num mínimo de 3 X ao dia; 
 
 
 
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 A boca deve ser inspecionada imediatamente após cada refeição, para que dessa forma, possa 
ser removido todo e qualquer resíduo alimentar; 
 Utilizar escovas de dentes de cerdas macias, massageando as gengivas verticalmente com 
suavidade; 
 Pode-se utilizar após cada escovação anti-sépticos orais, mantendo assim um hálito agradável; 
 Algumas vezes é muito difícil fazer com que o paciente abra a boca para se fazer a higiene oral. 
Tente introduzir delicadamente uma espátula entre os dentes e faça um movimento rotatório, caso 
não seja possível, utilize o próprio dedo indicador envolto em gaze para que seja possível a 
higienização. 
 
6.1. A LÍNGUA 
 
A Língua deve ser massageada com escova macia, para remoção de sujidades. 
 
Em caso de haver presença de uma crosta branca sobre a língua – saburra – removê-la utilizando uma 
solução de bicarbonato de sódio, na proporção de 1 colher de café de bicarbonato em 1 copo
d água. Para 
executar a limpeza da língua, molhar na solução a escova de dentes, ou uma espátula envolvida em gaze, 
ou mesmo o próprio dedo indicador envolto em gaze e proceder a limpeza. Esta deve ser feita com 
movimentos suaves, sem esfregar. 
 
O QUE OBSERVAR 
 
Deve-se observar cuidadosamente a presença de lesões na cavidade oral – manchas brancas, vermelhas, 
pequenos ferimentos que sangram e não cicatrizam – e nesse caso, alertar o médico responsável. 
 
CUIDE BEM DAS PRÓTESES 
 
 Deve-se ter maior atenção para a higiene oral naqueles pacientes que usam próteses dentárias. 
Estas devem ser retiradas após cada refeição, higienizadas fora da boca, e após limpeza da 
cavidade oral, recolocadas; 
 Observar a estabilidade da prótese na boca do paciente, lembrar que com o envelhecimento 
ocorre perda de massa óssea, fazendo com que as próteses fiquem frouxas e se desestabilizem. 
É conveniente, neste caso, aconselhar-se com um dentista; 
 Muitas vezes, a recusa do paciente em alimentar-se ou sua agitação no horário de refeições deve-
se ao fato de próteses mal ajustadas ou significar simplesmente uma dor de dentes. 
 
 
7. ALIMENTAÇÃO 
 
Nem sempre alimentar o portador da doença de Alzheimer é tarefa fácil. Horários regulares, ambiente 
tranquilo, especialmente muita calma e paciência, da parte do cuidador, são fatores imprescindíveis para 
que a alimentação seja bem aceita pelo paciente. 
 
 O paciente deverá estar sentado confortavelmente para receber a alimentação; 
 O ambiente deverá ser calmo, livre de ruídos; 
 Jamais ofereça alimentos ao paciente quando este estiver deitado; 
 
 
 
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 Os pacientes que ainda conservam a independência para alimentarem-se sozinhos devem 
continuar a receber estímulos para esta ação, não importando o tempo que levem para fazê-lo; 
 O Cuidador nunca deverá criticar ou apressar o paciente durante as refeições. 
 As instruções passadas ao paciente deverão ser claras e o comando suave; 
 Para aqueles pacientes que demoram a alimentar-se, o uso de baixelas térmicas, que mantém o 
alimento aquecido por mais tempo, é bastante útil. 
 Independentemente da apresentação da dieta – sólida, pastosa ou líquida – deve-se, sempre que 
possível, respeitar as preferências do paciente. Uma pessoa que sempre gostou de comer carne, 
mas que já não consegue deglutir pequenos pedaços deve ter a carne liquidificada e servida em 
consistência de purê. O mesmo artifício deve ser utilizado para os outros alimentos. 
 O convívio com a família é de extrema importância. Sempre que possível, deve-se permitir que o 
paciente alimente-se em companhia de seus familiares. 
 A vida social deve ser mantida enquanto possível. Se for hábito do paciente almoçar fora, os 
restaurantes devem ser selecionados e a opção por um local tranquilo é a ideal. 
 Os utensílios utilizados durante a refeição devem ser preferencialmente lisos e claros. As 
estampas – de pratos, por exemplo – podem distraí-lo e reduzir sua concentração naquilo que lhe 
é explicado no momento (mastigação e deglutição). 
 Aqueles que apresentam dependência severa devem ser alimentados com colheres, em lugar de 
garfos. 
 Os alimentos crus e secos devem ser evitados, pois o perigo de engasgamento é maior. 
 Doces e salgados serão permitidos, desde que não haja restrição médica. Os temperos devem ser 
suaves e os molhos picantes evitados. 
 Caso haja engasgamento, mantenha a calma, coloque-se imediatamente atrás do paciente e 
abraçando-o com as duas mãos juntas, comprima o abdome, fazendo pressão sobre o diafragma. 
 Após cada refeição, a higiene oral é indispensável e deve ser realizada uma inspeção cuidadosa 
da boca, a fim de que possa ser removido todo e qualquer resíduo alimentar. 
Anotações:_________________________________________________________________________
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7.1. NUTRIÇÃO 
 
Nutrição não deve ser confundida com alimentação, na maioria dos casos as pessoas bem alimentadas 
estão mal nutridas. 
 
Os idosos podem necessitar de uma maior oferta de proteínas (carnes brancas, como peixes e aves; 
carnes vermelhas, desde que sem gordura; leite desnatado; queijo fresco etc.); além de carboidratos 
(açúcares, massas) e reguladores, fontes de vitaminas e minerais (vegetais, frutas e legumes). 
 
 
 
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No entanto, a nutrição adequada a cada paciente deve ser orientada por profissional competente, uma 
nutricionista. 
 
 Lembrar que o suprimento das necessidades nutricionais é um fator que deve ser analisado 
clinicamente, considerando-se hábitos e gasto energético individuais, sendo que esses fatores 
variam de indivíduo a indivíduo. 
 As refeições devem conter pelo menos um alimento de cada grupo, a saber: construtores 
(proteínas), energéticos (carboidratos) e reguladores (frutas, legumes e vegetais). 
 É importante analisar hábitos antigos do paciente e mantê-los, desde que não haja prejuizo 
nutricional para ele. 
 Alguns pacientes mudam seus hábitos alimentares com a evolução da doença, dando preferência 
a pequenos lanchinhos ou guloseimas que alimentam, porém não nutrem. Tente incrementar 
estes lanches garantindo que ele receba quantidades adequadas de proteínas, carboidratos e 
reguladores. 
 É importante chamar a atenção do cuidador para que as informações de como nutrir o paciente 
deve advir de profissionais capacitados (nutricionista), que após avaliação terão condições de 
prescrever uma dieta adequada a cada paciente individualmente. 
 Rotineiramente o paciente deve (sob orientação médica), realizar exames laboratoriais para que 
seja analisado seu estado nutricional. A freqüência destes exames irá variar de acordo com o 
quadro clínico apresentado. 
 A presença de edemas (inchaços) pode, em alguns casos, significar desnutrição. É conveniente 
consultar um médico. 
 Atenção para perda de apetite pode estar relacionada a várias causas que devem ser investigadas 
e tratadas. Lesão da boca, infecções, doenças crônicas ou refeições que não estejam do agrado 
do paciente são alguns exemplos. 
 Deve-se aumentar a oferta de nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais, quando em 
presença de infecções, permitindo assim, uma reabilitação precoce. 
 O controle do peso corporal deve ser feito mensalmente, alterações súbitas (ganho ou perda 
ponderal), merecem investigação clínica. 
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7.2. HIDRATAÇÃO 
 
Queixas de hipotensão (pressão baixa), acúmulo de secreções bronco-pulmonares (catarro), obstipação 
intestinal (prisão de ventre), são algumas das complicações que na maioria das vezes estão relacionadas 
a quadros de desidratação, que nos pacientes idosos pode dar origem a complicações clínicas sérias e de 
difícil manejo. 
 Oferecer
líquidos é de extrema importância, não se deve esquecer que eles colaboram para o 
equilíbrio de todos os sistemas orgânicos. 
 Deve-se oferecer uma quantidade de líquidos equivalente a 2 litros por dia, na forma de água, 
chás, sucos, vitaminas etc. 
 O volume indicado deve ser fracionado em pequenoas doses que ao fim do dia devem somar 
2000 ml. 
 
 
 
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 Deve-se garantir que a quantidade de líquidos ingerida seja mais ou menos igual às perdas (urina, 
suor, lágrimas, saliva). 
 
 
 Oferecer copos cheios de água causa uma sensação de plenitude gástrica desconfortável para o 
paciente, ofereça pequenas quantidades, várias vezes ao dia. 
 Lembrar que a maioria dos idosos ingere pouca quantidade de água pura. Colocar sabor na água 
como os sucos, refrescos etc. é uma estratégia eficaz. 
 A ingestão adequada de líquidos também é de extrema importância para a manutenção do 
adequado turgor cutâneo (elasticidade da pele), melhorando conseqüentemente a resistência da 
pele. 
 Pacientes diabéticos devem receber líquidos adoçados artificialmente. 
 Aqueles que possuem restrição de líquidos prescrita por médico devem respeitá-la com rigor. 
 Idosos acumulam facilmente secreções bronco-pulmonares, a oferta adequada de líquidos 
possibilita uma expectoração mais rápida, prevenindo infecções. 
 Nas fases mais avançadas, devem ser servidos sucos espessos – como vitaminas, ou 
engrossados com gelatina, por exemplo – eles reduzem os riscos de engasgamentos. 
 Jamais ofereça líquidos com o paciente deitado, este deve estar em posição sentada ou recostada 
em travesseiros. Esta medida reduz o risco de aspirações e otites (dor de ouvido). 
 Atenção! Quedas de pressão arterial, diurese concentrada (urina escura) e baixo débito urinário 
(pouco volume de urina) podem estar associados à baixa ingesta de líquidos. 
 A obstipação intestinal (intestino preso) é outra queixa comum que também pode estar associada 
a baixa ingesta de líquidos, imobilidade e dieta inadequada. 
 Lembre-se de que o coração (assim como uma bomba d’água) necessita de volume para trabalhar 
adequadamente. A falta de líquidos pode trazer conseqüências graves para o paciente. 
 Pacientes que apresentam dificuldade para digerir alimentos (disfagia) devem receber alimentação 
específica, orientadas por profissionais especializados (fonoaudiólogos e nutricionistas). 
 Em determinados momentos da evolução da doença pode haver necessidade da colocação de 
sondas para alimentação e especialmente para hidratação. 
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8. Higiene Pessoal 
 
CUIDANDO DA ROUPA 
 
Manter um vestuário simples e confortável, criando sempre que possível à oportunidade de escolha pelo 
próprio paciente é de fundamental importância; essa rotina permite a preservação da personalidade 
elevando a auto estima e a independência. 
 
 Estimular a independência é fundamental; 
 As roupas devem ser simples, confeccionadas com tecidos próprios ao clima; 
 O paciente pode ter perdido a capacidade de expressar sensações de frio ou calor, dessa forma, 
nunca esquecer de tirar ou colocar agasalhos, conforme a variação da temperatura; 
 O cuidador deve, ao falar com o paciente, colocar-se no seu campo visual, ou seja, diante dele, 
orientando-o calmamente e gesticulando, se necessário; 
 Deve-se estimular o ato de vestir-se sozinho, dando instruções com palavras fáceis de serem 
entendidas; 
 Dê a ele a oportunidade de optar pelo tipo de vestuário e as cores que mais lhe agradem. Apenas 
supervisione, pois pode ser que haja necessidade de auxiliá-lo na combinação de cores; 
 
 Tenha calma e paciência, não o apresse enquanto ele executa sua rotina de vestir-se; 
 Para que ele mesmo possa procurar suas roupas, nos armários, cole fotos de peças e ou objetos 
pessoais na parte externa da gaveta ou guarda-roupas. Isso o ajudará a encontrar rapidamente o 
que procura; 
 Roupas como blusas, camisas ou suéteres, deverão ser preferencialmente abertas na parte da 
frente, para facilitar a colocação ou retirada; 
 Evite roupas com botões, zíperes e presilhas, alas dificultam o trabalho do paciente para abri-los 
ou fechá-los. De preferência às roupas com elástico ou velcro; 
 Nas fases mais avançadas da doença, deve-se dar preferência aos conjuntos do tipo moletom, em 
função de sua praticidade; 
 Pacientes limitados à cadeira de rodas ou poltronas, o critério para a escolha do vestuário é ainda 
mais rigoroso. Deve-se optar por roupas confortáveis, largas, especialmente nos quadris; 
 O uso de objetos pessoais (acessórios), pode ser mantido, porém, com a evolução da doença, as 
jóias deverão ser substituídas por bijuterias; 
 Na medida do possível, deve-se providenciar um roupão, para que o paciente possa se despir no 
quarto e, protegido, ser conduzido ao banho; 
 Deve-se evitar o uso de chinelos, pois eles facilitam as quedas; 
 Todos os tipos de sapatos devem ser providos por solados antiderrapantes, os mais indicados são 
aqueles que possuem elástico na parte superior, pois além de serem fáceis de tirar e colocar, 
evitam que o paciente tropece e caia, caso o cadarço se desamarre. 
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9. 
 
 Geriatria 
 
 Cuidados com o aparelho locomotor 
 
 
 
O aparelho locomotor é formado por ossos, articulações e músculos, sendo responsável pela sustentação 
e pela movimentação do corpo. Divide-se em: 
tronco; 
pernas e pés (membros inferiores); 
braços e mãos (membros superiores). 
A locomoção é fundamental para a saúde de todo ser humano, e principalmente para o paciente geriátrico. 
A falta de locomoção pode causar: 
aumento da osteoporose; 
úlceras de pressão — feridas de atrito, por passar muito tempo na mesma posição; 
prisão de ventre; 
problemas urinários e respiratórios; 
redução da força e do tônus muscular; 
aumento do risco de infecções e embolias. 
A prevenção de problemas no aparelho locomotor deve garantir a movimentação apropriada e manter a 
postura sempre correta, evitando assim danos à coluna vertebral. 
 
 
 
 Como orientar a correta movimentação do idoso 
 
Os idosos em repouso tendem a se movimentar pouco na cama, mas é recomendável que sejam 
incentivados a fazer rotações e mudar de posição, para evitar sérios problemas de saúde. O processo de 
rotação é bastante simples de ser orientado, mas, para facilitá-lo, o cuidador deve colocar uma tábua por 
baixo caso o colchão seja muito mole. Siga as instruções para cada movimento específico: 
 
Mover-se na cama , levantar; 
Sentar , ficar de pé; 
Levantar, andar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://hospitalgeral.com.br/1_com/saude_3_idade/geriatria/cuidasosaplocom.htm#ancora01
http://hospitalgeral.com.br/1_com/saude_3_idade/geriatria/cuidasosaplocom.htm#ancora02
 
 
 
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 Mover-se na cama 
 
Os pacientes que ainda se movem sozinhos podem fazer estes movimentos sem auxílio: 
 
flexionar os joelhos, apoiando os pés sobre a cama e virando as pernas para o lado que se pretende 
girar; 
entrelaçar as mãos e levantá-las, esticando os cotovelos simultaneamente. 
finalmente, rodar a cabeça para este mesmo lado. 
Se o paciente for incapaz de realizar este exercício sozinho, o profissional ou
o cuidador deve ajudá-lo, 
ficando a seu lado e seguindo as instruções do item acima. Para dar continuidade: 
segurar com firmeza o paciente, colocando as mãos sobre o lado do corpo que ficará para cima após o 
movimento; 
apoiar uma mão na altura do ombro e a outra nos quadris; 
depois, mover com delicadeza o paciente para o lado desejado, solicitando que ele olhe para as mãos, 
para que mova a cabeça ao mesmo tempo. 
HYPERLINK "http://hospitalgeral.com.br/1_com/saude_3_idade/geriatria/cuidasosaplocom.htm#topo" 
 Sentar 
A maioria dos idosos, mesmo tendo boa saúde e independência para locomover-se, sofre de problemas 
nas articulações e no sistema circulatório, de falta de vigor muscular e coordenação motora, 
principalmente para a sustentação do tronco. 
 
O HOSPITALGERAL.com reuniu algumas recomendações importantes sobre os tipos de assento 
aconselháveis: 
 
 
 os apoios para os braços são essenciais, para a maior comodidade e para facilitar os movimentos 
de levantar e sentar; 
o encosto deve proporcionar um bom apoio para as costas, os ombros e a cabeça, deixando o 
idoso realmente confortável; 
o material do estofado do assento deve ser firme, para facilitar a movimentação do idoso, e de 
fácil lavagem. 
 
 
 
 
 Realizando o movimento 
 
 
 
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se o paciente estiver muito incapacitado, o cuidador, ao sentá-lo, deve usar seus próprios pés e joelhos 
para firmar os do paciente; 
o idoso precisa aproximar-se o suficiente do assento até encostar nele com a parte de trás dos joelhos; 
a seguir, deve colocar as mãos sobre os braços da poltrona e inclinar-se para frente, flexionando os 
joelhos até se sentar. 
Caso o idoso seja incapaz de se sentar sozinho, e para que não escorregue no assento, o cuidador deve 
pegá-lo por debaixo das axilas, até que toque com toda a parte das costas o encosto da poltrona. 
 
 Postura correta do idoso sentado 
 
apoiar completamente os pés no chão, evitando que eles fiquem pendurados. Caso seja preciso, 
colocar um suporte, como um banquinho ou almofada; 
distribuir o peso do corpo, para que o idoso se sente com a postura correta; 
manter as costas completamente apoiadas no encosto; 
manter quadris, joelhos e pés formando um ângulo de 90°. 
 
 Levantar 
 
 
Em muitos casos, os idosos necessitam usar bengalas ou se apoiar em qualquer outro objeto para se 
levantarem do assento. Isto pode ser muito perigoso, além de difícil e incômodo. Então leia esta seção 
abaixo e saiba como ajudar nestes casos: 
 o idoso deve ir até a beirada da cama, inclinar a cabeça e o tronco para frente com os pés 
apoiados no chão e ligeiramente separados, segurar os braços de apoio do assento com as mãos 
e dar impulso; 
caso o paciente não seja capaz de se levantar sozinho, o cuidador deve segurá-lo pelas costas, 
usar seus próprios joelhos e pés para firmar os do paciente e colocar uma das pernas entre as 
dele, com o mesmo intuito; 
quando o idoso tiver alguma deficiência em um dos braços, é recomendável que apoie o braço 
saudável no braço do assento, e dê um impulso sobre a perna mais hábil; 
não é aconselhável superproteger o idoso quando for auxiliá-lo, tanto no sentar como no 
levantar. O cuidador deve prestar a ajuda mínima necessária para motivá-lo a fazer por si próprio. 
 
 
 Levantar da cama 
 
 
 
 
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O idoso com dificuldade, porém com movimentação independente, deve: 
 
 colocar as pernas para a beirada da cama; 
apoiar os cotovelos e as mãos, e erguer a cabeça; 
baixar os pés ao chão, sentando na cama. 
Caso o paciente precise de auxílio, o cuidador deve: 
posicionar-se de frente para ele, com os joelhos flexionados junto aos dele e usando os pés para firmar 
os do paciente; 
abraçando o idoso, por baixo das axilas, motivá-lo a se levantar, ao mesmo tempo que é puxado para 
cima até que fique de pé; 
Para sentar o paciente quando estiver deitado, pode-se usar uma escada de corda, graduando-a de 
acordo com a necessidade, ou também trapézios que auxiliam no levantar. 
 Ficar de pé 
 
 
A maioria dos idosos tendem a ficar curvados quando estão em pé. Por isso, deve-se sempre policiá-los e 
conscientizá-los da importância de manter a postura ereta. Ou seja: 
 
 colocar os pés afastados, com um ligeiramente à frente do outro; 
posicionar os quadris paralelos ao tronco ereto, ainda que com uma ligeira flexão, e os pés 
apoiados no chão. 
 Andar 
O andar nos idosos pode ser dificultado por diversos fatores, como doenças físicas ou psíquicas e o 
próprio envelhecimento, entre outros. 
 
Caso o idoso precise de ajuda para andar 
O cuidador deve caminhar ao seu lado, segurando-o pela mão para que ele sinta mais segurança, mas 
mesmo assim deixando que ele faça esforço; desta forma, o idoso não irá se acostumar mal. 
 
 
 
 
Caso o idoso precise de meio auxiliar para andar 
Em muitos casos o paciente deve usar bengalas e muletas como auxílio para caminhar, o que requer 
muito cuidado e alguns conhecimentos básicos. Os meios auxiliares mais usados pelos idosos são: 
 Tripé e bengala de quatro pés: São recomendados para pessoas com idade mais avançada e 
com muita instabilidade, e são considerados muito estáveis; 
 
 
 
 
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Muletas: São consideradas de uso simples, mas em muitos casos não oferecem a estabilidade 
necessária, e por isso alguns idosos não se adaptam a elas. É fundamental que se faça o uso 
correto das muletas: o paciente deve colocar o braço na braçadeira de apoio e a mão no punho; 
 
Bengala: é o meio mais utilizado. Deve ser usada do lado oposto ao lado lesado, e funciona 
como uma extensão do braço: deve-se posicioná-la pouco à frente do corpo e paralela a ele, a fim 
de melhorar a sustentação. É necessário atentar para o peso e a altura do paciente, além de 
conferir se a bengala possui uma ponteira com borracha antiderrapante; 
 
Andadores: eles podem ou não possuir rodas. Para que seu uso seja correto, é necessário 
fazer pressão com as mãos, segurar nos punhos e posicionar o aparelho próximo ao corpo. Isto 
porque o idoso, em muitos casos, fica longe do andador, o que favorece o risco de quedas e 
acidentes. Os andadores são recomendados em situações mais graves, quando o grau de 
instabilidade é alto. 
 
 
Referências 
 FLECK, J.S., KRAEMER, W.J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. Editora Artmed, 
2ª Edição, São Paulo. 1997. 
 BEST-MARTINI, E., BOTENHAGEN-DIGENOVA, K.A. Exercise for Frail Elders. Human Kinetics, 
United States of America. 2003. 
 Exercise for Older Adults: ACE’s (American Council on Exercise) Guide for fitness professionals. 
 Human Kinetics, United States of America. 1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. PREVENÇÃO E MANEJO DE QUEDAS NO IDOSO 
 
 
 
Figura 1 - Algoritmo adaptado proposto pela OPAS,2002. 
Avaliação do risco para quedas e testes de equilíbrio e marcha 
 
 
 
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 É consenso que quanto maior o número de fatores de risco presentes maior será a chance de queda. 
A queixa de dificuldade de equilíbrio e marcha, assim como as histórias prévias de quedas têm sido 
apontadas como fatores de risco para idosos que vivem na comunidade. 
 
 
 
10.1. “Guidelines” para prevenção de quedas em idosos 
 
 O diagrama acima tem como objetivo nortear as intervenções para idosos vivendo na comunidade. A 
partir do levantamento da ocorrência de queda no último ano e da suspeita de alterações de marcha ou 
equilíbrio, é necessária uma avaliação sistematizada por meio de uma avaliação geriátrico-gerontológica 
abrangente e de avaliações do equilíbrio funcional e da marcha, que
em conjunto possam classificar os 
idosos em função risco de queda. A partir daí, implementa-se intervenções específicas para cada grupo. O 
monitoramento subsequente diz respeito não só a ocorrência, a frequência, a gravidade como também do 
intervalo entre os eventos. 
1. Alexander BH, Rivara FP, Wolf ME. The cost and frequency of hospitalization for fall-related injuries in older adults. Am J Public 
Helath 1992;82:1020-3. 
 
 
 
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2. Aoyagi K, Ross PD, Davis JW, Wasnich RD, Hayashi T, Takemoto T. Falls among community-dwelling elderly in Japan. Journal of 
Bone and Mineral Research 1998; 13(9):1468-1474. 
 
 
11. TRANSTORNOS MENTAIS EM IDOSOS 
 
Diversos fatores psicossociais de risco também predispõem os idosos a transtornos mentais. 
Esses fatores de risco incluem: 
 Perda de papéis sociais e autonomia 
 
 Morte de amigos e parentes e saúde em declínio 
 
 Isolamento social e restrições financeiras 
 
 Redução do funcionamento cognitivo (capacidade de compreender e pensar de uma forma lógica, 
com prejuízo na memória). 
 
 
 
11.1. Demência 
Demência é um comprometimento cognitivo geralmente progressivo e irreversível. As funções mentais 
anteriormente adquiridas são gradualmente perdidas. Com o aumento da idade a demência torna-se mais 
frequente. Acomete 5 a 15% das pessoas com mais de 65 anos e aumenta para 20% nas pessoas com 
mais de 80 anos. Os fatores de risco conhecidos para a demência são: Idade avançada História de 
demência na família, Sexo feminino. 
 
 
 
 
 
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Os sintomas incluem alterações na memória, na linguagem, na capacidade de orientar-se. Há 
perturbações comportamentais como agitação, inquietação, andar a esmo, raiva, violência, gritos, 
desinibição sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações. As 
causas de demência incluem lesões e tumores cerebrais, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), 
álcool, medicamentos, infecções, doenças pulmonares crônicas e doenças inflamatórias. Na maioria das 
vezes as demências são causadas por doenças degenerativas primárias do sistema nervoso central (SNC) 
e por doença vascular. Cerca de 10 a 15% dos pacientes com sintomas de demência apresentam 
condições tratáveis como doenças sistêmicas (doenças cardíacas, renais, endócrinas), deficiências 
vitamínicas, uso de medicamentos e outras doenças psiquiátricas (depressão). 
As demências são classificadas em vários tipos de acordo com o quadro clínico, entretanto as mais 
comuns são demência tipo Alzheimer e demência vascular. 
 
11.2. Demência tipo Alzheimer 
 
De todos os pacientes com demência, 50 a 60% têm demência tipo Alzheimer, o tipo mais comum de 
demência. É mais frequente em mulheres que em homens. É caracterizada por um início gradual e pelo 
declínio progressivo das funções cognitivas. A memória é a função cognitiva mais afetada, mas a 
linguagem e noção de orientação do indivíduo também são afetadas. Inicialmente, a pessoa pode 
apresentar uma incapacidade para aprender e evocar novas informações. 
As alterações do comportamento envolvem depressão, obsessão (pensamento, sentimento, ideia ou 
sensação intrusiva e persistente) e desconfianças, surtos de raiva com risco de atos violentos. A 
desorientação leva a pessoa a andar sem rumo podendo ser encontrada longe de casa em uma condição 
de total confusão. Aparecem também alterações neurológicas como problemas na marcha, na fala, no 
desempenhar uma função motora e na compreensão do que lhe é falado. 
O diagnóstico é feito com base na história do paciente e do exame clínico. As técnicas de imagem cerebral 
como tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser úteis. 
O tratamento é paliativo e as medicações podem ser úteis para o manejo da agitação e das perturbações 
comportamentais. Não há prevenção ou cura conhecidas. 
 
 
 
 
 
 
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11.3. Demência vascular 
É o segundo tipo mais comum de demência. Apresenta as mesmas características da demência tipo 
Alzheimer mas com um início abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Pode ser prevenida através 
da redução de fatores de risco como hipertensão, diabete, tabagismo e arritmias. O diagnóstico pode ser 
confirmado por técnicas de imagem cerebral e fluxo sanguíneo cerebral. 
 
 
11.4. Esquizofrenia (esquizofrenia e outras psicoses) 
 
Essa doença começa no final da adolescência ou idade adulta jovem e persiste por toda a vida. Cerca de 
20% das pessoas com esquizofrenia não apresentam sintomas ativos aos 65 anos; 80% mostram graus 
variados de comprometimento. A doença torna-se menos acentuada à medida que o paciente envelhece. 
Os sintomas incluem retraimento social, comportamento excêntrico, pensamento ilógico, alucinações e 
afeto rígido. Os idosos com esquizofrenia respondem bem ao tratamento com drogas antipsicóticas que 
devem ser administradas pelo médico com cautela. 
 
11.5. Transtornos depressivos 
A idade avançada não é um fator de risco para o desenvolvimento de depressão, mas ser viúvo ou viúva e 
ter uma doença crônica estão associados com vulnerabilidade aos transtornos depressivos. A depressão 
que inicia nessa faixa etária é caracterizada por vários episódios repetidos. 
Os sintomas incluem redução da energia e concentração, problemas com o sono especialmente despertar 
precoce pela manhã e múltiplos despertares, diminuição do apetite, perda de peso e queixas somáticas 
(como dores pelo corpo). Um aspecto importante no quadro de pessoas idosas é a ênfase aumentada 
sobre as queixas somáticas. 
Pode haver dificuldades de memória em idosos deprimidos que é chamado de síndrome demencial da 
depressão que pode ser confundida com a verdadeira demência. Além disso, a depressão pode estar 
associada com uma doença física e com uso de medicamentos. 
 
 
 
 
 
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11.6. Transtorno bipolar (transtornos do humor) 
Os sintomas da mania em idosos são semelhantes àqueles de adultos mais jovens e incluem euforia, 
humor expansivo e irritável, necessidade de sono diminuída, fácil distração, impulsividade e, 
frequentemente, consumo excessivo de álcool. Pode haver um comportamento hostil e desconfiado. 
Quando um primeiro episódio de comportamento maníaco ocorre após os 65 anos, deve-se alertar para 
uma causa orgânica associada. O tratamento deve ser feito com medicação cuidadosamente controlada 
pelo médico. 
 
11.7. Transtorno delirante 
A idade de início ocorre por volta da meia-idade mas pode ocorrer em idosos. Os sintomas são alterações 
do pensamento mais comumente de natureza persecutória (os pacientes creem que estão sendo 
espionados, seguidos, envenenados ou de algum modo assediados). Podem tornar-se violentos contra 
seus supostos perseguidores, trancarem-se em seus aposentos e viverem em reclusão. A natureza dos 
pensamentos pode ser em relação ao corpo, como acreditar ter uma doença fatal (hipocondria). 
Ocorre sob estresse físico ou psicológico em indivíduos vulneráveis e pode ser precipitado pela morte do 
cônjuge, perda do emprego, aposentadoria, isolamento social, circunstâncias financeiras adversas, 
doenças médicas que debilitam ou por cirurgia, comprometimento visual e surdez. 
As alterações do pensamento podem acompanhar outras doenças psiquiátricas que devem ser 
descartadas como demência tipo Alzheimer, transtornos por uso de álcool, esquizofrenia, transtornos 
depressivos e transtorno bipolar. Além disso, podem ser secundárias ao uso de medicamentos ou sinais 
precoces de um tumor cerebral. 
 
11.8. Transtornos de ansiedade 
Incluem transtornos de pânico, fobias, TOC, ansiedade generalizada, de estresse agudo e de estresse 
pós-traumático. Desses, os
mais comuns são as fobias. Os transtornos de ansiedade começam no início 
ou no período intermediário da idade adulta, mas alguns aparecem pela primeira vez após os 60 anos. 
As características são as mesmas das descritas em transtornos de ansiedade em outras faixas etárias. 
 
 
 
 
 
 
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Em idosos a fragilidade do sistema nervoso autônomo pode explicar o desenvolvimento de ansiedade 
após um estressor importante. O transtorno de estresse pós-traumático frequentemente é mais severo nos 
idosos que em indivíduos mais jovens em vista da debilidade física concomitante nos idosos. 
As obsessões (pensamento, sentimento, ideia ou sensação intrusiva e persistente) e compulsões 
(comportamento consciente e repetitivo como contar, verificar ou evitar ou um pensamento que serve para 
anular uma obsessão) podem aparecer pela primeira vez em idosos, embora geralmente seja possível 
encontrar esses sintomas em pessoas que eram mais organizadas, perfeccionistas, pontuais e 
parcimoniosas. Tornam-se excessivos em seu desejo por organização, rituais e necessidade excessiva de 
manter rotinas. Podem ter compulsões para verificar as coisas repetidamente, tornando-se geralmente 
inflexíveis e rígidos. 
11.9. Transtornos somatoformes 
São um grupo de transtornos que incluem sintomas físicos (por exemplo dores, náuseas e tonturas) para 
os quais não pode ser encontrada uma explicação médica adequada e que são suficientemente sérios 
para causarem um sofrimento emocional ou prejuízo significativo à capacidade do paciente para funcionar 
em papéis sociais e ocupacionais. Nesses transtornos, os fatores psicológicos são grandes contribuidores 
para o início, a severidade e a duração dos sintomas. Não são resultado de simulação consciente. 
A hipocondria é comum em pacientes com mais de 60 anos, embora o seja mais freqüente entre 40 e 50 
anos. Exames físicos repetidos são úteis para garantirem aos pacientes que eles não têm uma doença 
fatal. A queixa é real, a dor é verdadeira e percebida como tal pelo paciente. Ao tratamento, deve-se dar 
um enfoque psicológico ou farmacológico. 
11.10. Transtornos por uso de álcool e outras substâncias 
Os pacientes idosos com dependência de álcool, geralmente, apresentam uma história de consumo 
excessivo que começou na idade adulta e apresenta uma doença médica, principalmente doença 
hepática. Além disso, um grande número tem demência causada pelo álcool. 
A dependência de substâncias como hipnóticos, ansiolíticos e narcóticos é comum. Os pacientes idosos 
podem abusar de ansiolíticos para o alívio da ansiedade crônica ou para garantirem uma noite de sono. 
A apresentação clínica é variada e inclui quedas, confusão mental, fraca higiene pessoal, depressão e 
desnutrição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12. DEPRESSÃO 
Sinônimos e nomes relacionados: 
Transtorno depressivo, depressão maior, depressão unipolar, incluindo ainda tipos diferenciados de 
depressão, como depressão grave, depressão psicótica, depressão atípica, depressão endógena, 
melancolia, depressão sazonal. 
O que é a depressão? 
Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o 
estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio 
anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, 
de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém 
mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em 
crianças e idosos a doença tem características particulares, 
sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também 
frequente. 
Como se desenvolve a depressão? 
Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais 
acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas 
normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador. 
As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a 
questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores 
cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como: 
 Estresse 
 Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da 
meia-idade, entre outros. 
Como se diagnostica a depressão? 
Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas 
semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim. O mais importante é saber 
como a pessoa sente-se, como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, 
cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando. 
 
 
 
O que sente a pessoa deprimida? 
 
 
 
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Frequentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na 
fossa ", com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais 
sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, 
ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo 
corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma perda de interesse por 
atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, 
encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Geralmente o sono e a 
alimentação estão também alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu 
aumento, havendo perda ou ganho de peso. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa 
tendo dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu 
habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de energia, 
cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema físico. 
Como é o pensamento da pessoa deprimida? 
Pensamentos que frequentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, 
culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes 
questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter 
ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes 
corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos "catastróficos" de suas 
possíveis decisões erradas. 
Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio 
Frequentemente a pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua 
própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando ser esta 
a " única saída " ou para " se livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria depressão, 
que fazem a pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros. Esse aspecto faz com que a 
depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem 
solitariamente. É bom lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma consequência da depressão, a 
qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda da esperança em melhorar naquelas pessoas 
que não iniciam um tratamento médico adequado. 
Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais 
Frequentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo 
desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um peso: 
trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas 
obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa forma, o 
relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades
conjugais podem acentuar-
se, inclusive com a diminuição do desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem 
fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica. 
 
 
 
Como se trata a depressão? 
 
 
 
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O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado à intensidade dos 
problemas que a doença traz. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas 
mostrados anteriormente, ou pode haver depressões bem mais graves, prejudicando de forma importante 
a vida do indivíduo. De qualquer forma, depressões leves ou mais graves necessitam de tratamento 
médico, geralmente medicamentoso (com medicações antidepressivas), ou psicoterápico, ou a 
combinação de ambos, de acordo com a intensidade da doença e a disponibilidade dos tratamentos. 
13. Sexo na Idade Madura: Uma Opção de Vida Melhor 
Recomendações para um bom sexo na maturidade. 
Apesar de hoje em dia grande parte do conhecimento poder chegar à maioria da população, ainda 
encontramos, além de vícios de uma educação repressora em determinadas tradições que inibem a 
expressão da sexualidade, uma falta de valorização da nossa vida 
sexual. 
E não estou me referindo a culturas muito diversas da nossa, como os 
países muçulmanos, onde as mulheres são obrigadas a se cobrir 
inteiramente com as burkas e algumas ainda têm seus clitóris extirpados 
com cacos de vidro infectados. 
Falo de nosso dia a dia comum nas cidades, de nossa rotina tão veloz, na qual 
não sobra tempo para a alimentação, eliminação, sono e sexo. 
Não costumamos lembrar que sexo precisa de tempo. 
A sexualidade de cada pessoa é exclusiva. Cada um pode amadurecer o seu 
próprio erotismo independentemente de um companheiro ou companheira. 
Pode até dividir, compartilhar suas sensações, mas jamais perder de vista que 
a vida sexual é responsabilidade sua, somente sua e de seus próprios preconceitos. É bastante comum ver casais 
que chegam ao consultório buscando culpar seus cônjuges por suas falhas sexuais e insatisfações. 
Este é o primeiro erro. Quando recebo um casal assim, já de início oriento que o casal é o meu paciente, e não o 
marido ou a esposa. Divido entre os dois as responsabilidades frente às suas queixas. 
Duas das causas mais frequentes de problemas sexuais são a falta de educação e orientação sexual ao 
adolescente e ao adulto jovem e a presença constante de repressões ao erotismo individual. As pessoas tendem a 
se esconder de sua sexualidade, assumindo uma roda-viva de afazeres. 
 
 
 
Recomendações simples e práticas 
 Não se acomode em um sexo rotineiro. Muitas satisfações ainda podem ocorrer se você procurar sair 
um pouco de sua rotina. Convide seu parceiro para sair por um ou dois dias. Procure algum lugar 
 
 
 
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calmo e privado. Deixe seus filhos com alguém responsável para não trazer preocupações durante 
esse período. Você pode sair a dois. Não precisa se culpar por isso. Aliás, você deve manter a 
individualidade do casal perante seus filhos, já os educandos para que estes também possam sair a 
dois sem culpas. Deixe os problemas financeiros e de trabalho em casa. Você está saindo para 
namorar. 
 Busque em suas lembranças o que fazia seu parceiro feliz. Um jantar, um jogo qualquer, uma dança ou 
um simples passeio. Faça isso. Passe uma tarde agradável, evitando tocar em assuntos que possam 
inibir a harmonia da dupla. Comece a noite de forma branda, sem muitas atividades e sem fazer uma 
refeição pesada. Na intimidade de seu quarto, fique apenas de roupa íntima, você e seu parceiro. 
 O primeiro exercício se chama Foco I. Acaricie o corpo de seu parceiro por uns 20 minutos, invertendo 
as posições para que você possa sentir o toque dele depois. Atenção, é proibido tocar nos genitais e 
mamas. Eleve o prazer, aguce os sentidos. 
 O Foco II consiste em poder acariciar agora todo o corpo, inclusive genitais e mamas, mas o orgasmo 
é proibido. Pode haver estimulação direta do clitóris e do pênis, mas o orgasmo ainda é vetado. 
Prolongue o prazer, espere um pouco. Pode-se assistir a um vídeo erótico ou ler algum livro 
estimulante. Não tenha pressa. A pressa é o fim do prazer. Fantasie um pouco. Divida com seu 
parceiro alguma fantasia que você jamais contaria para alguém. A intimidade não se faz só com 
toques, mas com o partilhamento de impressões, de fantasias e de sonhos. O constrangimento por 
vezes pode seduzir o parceiro, mas não se acanhe tanto. 
 O Foco III permite o orgasmo. Mas não vá direto ao ponto. Quando você sentir que é quase inevitável, 
pare por completo, só por alguns instantes. Depois recomece vagarosamente. Pode interromper a 
iminência de seu orgasmo por umas duas ou três vezes até, aí sim, chegar ao clímax. Não precisa sair 
correndo para o banheiro se lavar ou limpar a cama. Nada é sujo, o esperma e as secreções não são 
infectadas, não vão contagiar ninguém. Abrace o seu parceiro e lhe certifique que o amor ainda existe 
no casal e que a cumplicidade pode ser renovada. 
 Use a criatividade e deixe suas fantasias se exteriorizarem. Não as isole de quem você ama. Pelo 
contrário, partilhe em prol de uma vida sexual de renovação. Existem casais constituídos há 40 anos 
que conseguem adaptar sua idade e o tempo de convívio a uma vida sexual prazerosa. A fantasia 
permite que aqueles mesmos corpos possam se satisfazer um com outro, renovando e descobrindo 
cada vez mais sobre si mesmos. 
 Dê tempo a você para rever as razões de excluir uma vida sexual prazerosa de sua vida. Questione se 
não são seus preconceitos. Damos tempo (ainda bem) para dormir e recarregar as nossas energias. 
Por que esquecemos de dar tempo para renovar e recarregar o sexo também? 
 
 
 
 
 
 
 
1. Doença de Alzheimer - Dúvidas Freqüentes 
13.1. O que é doença de Alzheimer? 
 
 
 
 
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A doença de Alzheimer é a mais frequente forma de demência entre idosos. 
 
É caracterizada por um progressivo e irreversível declínio em certas funções intelectuais: memória, 
orientação no tempo e no espaço, pensamento abstrato, aprendizado, incapacidade de realizar cálculos 
simples, distúrbios da linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar as tarefas cotidianas. 
Outros sintomas incluem, mudança da personalidade e da capacidade de julgamento. 
Erroneamente conhecida pela população como “esclerose” ou como o “velhinho gagá” não está 
relacionada com problemas circulatórios. 
13.2. O que é demência? 
Demência é um grupo de sintomas caracterizado por um declínio progressivo das funções intelectuais, 
severo o bastante para interferir com as atividades sociais e do cotidiano. A doença de Alzheimer é a 
forma mais comum de demência. A segunda causa mais frequente de demência é a demência por 
múltiplos infartos cerebrais, uma série de pequenos derrames. A demência pode ocorrer também a partir 
de outras doenças do sistema nervoso como a doença de Parkinson e a Aids. 
O que é Demência Senil? 
Demência Senil é um termo ultrapassado que foi usado para definir demências que ocorriam em idosos. 
Quantas pessoas sofrem de doença de Alzheimer? 
Estima-se no Brasil 1 milhão e 200 mil pessoas. 
A proporção de pessoas com a doença dobra a cada 5 anos a partir dos 65 anos de idade. 
Qual é a idade da maioria das pessoas com doença de Alzheimer? 
Na maioria das pessoas os sintomas iniciam depois dos 60 anos de idade. 
Cerca de 3% das pessoas com idade entre 65 e 74 anos tem a doença, mas quase a metade das que tem 
85 ou mais são acometidas. Normalmente o diagnóstico é feito pelo menos um ano depois dos primeiros 
sintomas que costumam ser leves e confundidos como normais no envelhecimento. 
 
 
13.3. O que causa a doença de Alzheimer? 
Os cientistas ainda não sabem exatamente qual é a causa
da doença de Alzheimer. O que se sabe é que 
a doença se desenvolve como resultado de uma série de eventos complexos que ocorrem no interior do 
cérebro. A idade é o maior fator de risco para a doença. Quanto mais idade maior o risco. 
 
 
 
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Se uma pessoa da minha família tem Alzheimer eu tenho maior risco de ter a doença? Existem dois tipos 
de doença de Alzheimer: a doença de Alzheimer familiar que ocorre em adultos jovens e parece ter um 
caráter hereditário importante e a forma esporádica na qual o fator hereditário não é óbvio. 
Aproximadamente apenas 5 % da doença de Alzheimer é familiar e 95% esporádica. 
Na forma familiar da doença de Alzheimer, vários membros de uma mesma geração são afetados. Na 
forma esporádica a doença desenvolve-se a partir de uma grande variedade de fatores que os cientistas 
ainda estão tentando determinar.A idade é o fator de risco mais conhecido e importante para a forma 
esporádica da doença de Alzheimer. Ter um familiar com Alzheimer aumenta o risco duas ou três vezes na 
forma esporádica mas não há como prever se você irá ter a doença ou não. Fora a genética, que outros 
fatores contribuem para que a doença se desenvolva? Se bem que a causa da doença de Alzheimer ainda 
não esteja completamente esclarecida, alguns pesquisadores sugerem que traumas cranianos repetidos, 
especialmente os com perda da consciência no passado, processos inflamatórios cerebrais e o chamado 
“stress oxidativo” podem estar envolvidos na causa da doença. São os homens ou as mulheres os mais 
afetados? Mais mulheres do que homens têm a doença de Alzheimer. Porém, como a expectativa de vida 
das mulheres é pelo menos 5 anos superior a dos homens não se sabe se o risco está no sexo em si ou 
no fato das mulheres viverem mais do que os homens. De que modo os traumas cranianos podem 
contribuir para que a doença de Alzheimer se desenvolva? 
Alguns estudos sugerem que a pessoa que sofreu um trauma craniano com perda da consciência no 
passado, têm duas vezes mais probabilidade de ter a doença, mas outros estudos não confirmaram essa 
associação. 
 
Quais são os sintomas da doença de Alzheimer? 
A doença de Alzheimer é uma enfermidade progressiva e os sintomas agravam-se à medida que o tempo 
passa. Mas é também uma doença cujos sintomas, sua gravidade e velocidade variam de pessoa para 
pessoa. 
Os sintomas mais comuns são: 
 
 Perda de memória, confusão e desorientação. 
 Ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança. 
 Alteração da personalidade e do senso crítico. 
 Dificuldades com as atividades da vida diária como alimentar-se e banhar-se. 
 Dificuldade em reconhecer familiares e amigos. 
 Dificuldade em tomar decisões. 
 Perder-se em ambientes conhecidos. 
 
 
 
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 Alucinações, inapetência, perda de peso, incontinência urinária e fecal. 
 Dificuldades com a fala e a comunicação. 
 Movimentos e fala repetitiva. 
 
A causa pode ser: certos medicamentos (calmantes e hipnóticos principalmente), estresse, distração, 
tristeza, cansaço, problemas de visão ou audição, uso de álcool, uma doença grave ou a tentativa de se 
lembrar de muitas coisas ao mesmo tempo. 
 
 Distúrbios do sono. 
 Problemas com ações rotineiras. 
 Dependência progressiva. 
13.4. Como a doença de Alzheimer é diagnosticada? 
A doença de Alzheimer só pode ser diagnosticada com certeza através do exame microscópico do tecido 
cerebral por biópsia ou necropsia, para demonstrar a presença das lesões características: as placas 
neuríticas e os novelos neuro fibrilares em certas áreas do cérebro. Os médicos podem fazer o diagnóstico 
de “possível” ou “provável” doença de Alzheimer. 
Qual o nível de certeza do diagnóstico clínico? 
Médicos experientes em doença de Alzheimer fazem o diagnóstico correto em cerca de 90% dos casos. 
Quais as outras doenças que têm sintomas parecidos com a doença de Alzheimer? 
Tumores cerebrais, derrames, depressão maior, doenças da tireoide, o uso de certos medicamentos, 
problemas nutricionais, e outras condições podem imitar os sintomas da doença de Alzheimer. O 
diagnóstico precoce aumenta em muito a chance de se tratar essas doenças com sucesso. 
 
 
 
Esquecer onde coloquei as chaves, óculos é um processo natural do envelhecimento ou da doença de 
Alzheimer? 
A depressão pode comprometer a concentração, causar distúrbios do sono que levam à perda de memória 
em pessoas não portadoras de doença de Alzheimer. 
 
 
 
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Pessoas nas fases iniciais da doença de Alzheimer frequentemente apresentam comprometimento da 
memória. Podem ter dificuldades em lembrar de eventos recentes, de atividades, de pessoas familiares e 
de objetos. 
A perda de memória que se associa com a doença de Alzheimer acaba por interferir seriamente na 
execução das atividades da vida diária. 
Por que o diagnóstico precoce é tão importante? 
Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores serão as chances de tratar os sintomas corretamente, 
retardando a evolução da doença e assim oferecer uma oportunidade digna para a pessoa portadora da 
doença de Alzheimer poder inclusive, tomar parte nas decisões que lhe diz respeito , especialmente na 
fase inicial da enfermidade. 
Existem fases ou estágios na doença de Alzheimer? 
Existem 4 fases: 
Na fase inicial os sintomas mais importantes são: 
 
 perda de memória, confusão e desorientação. 
 ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança. 
 alteração da personalidade e do senso crítico. 
 dificuldades com as atividades da vida diária como alimentar-se e banhar-se. 
 alguma dificuldade com ações mais complexas como cozinhar, fazer compras, dirigir, telefonar. 
Na fase intermediária os sintomas da fase inicial se agravam e também pode ocorrer: 
 
 dificuldade em reconhecer familiares e amigos. 
 
 
 perder-se em ambientes conhecidos. 
 alucinações, inapetência, perda de peso, incontinência urinária 
 dificuldades com a fala e a comunicação. 
 movimentos e fala repetitiva. 
 
 
 
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 distúrbios do sono. 
 problemas com ações rotineiras. 
 dependência progressiva. 
 vagância. 
 Início de dificuldades motoras. 
Na fase final: 
 
 Dependência total. 
 Imobilidade crescente. 
 Incontinência urinária e fecal. 
 Tendência em assumir a posição fetal. 
 Mutismo. 
 Restrito a poltrona ou ao leito. 
 Presença de úlceras por pressão (escaras). 
 Perda progressiva de peso. 
 Infecções urinárias e respiratórias frequentes. 
 Término da comunicação. 
 
 
 
 
Na fase terminal: 
 
 Agravamento dos sintomas da fase final 
 
 
 
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 Incontinência dupla 
 Restrito ao leito 
 Posição fetal 
 Mutismo 
 Úlceras por pressão 
 Alimentação enterall 
 Infecções de repetição 
 Morte 
A partir do diagnóstico, quanto tempo uma pessoa com doença de Alzheimer tem de vida? 
Pessoas com doença de Alzheimer podem viver por muitos anos e frequentemente morrem de pneumonia. A 
duração da doença pode ser de 20 anos ou mais. A média de vida varia entre 4 a 8 anos. 
Por que as pessoas com a doença de Alzheimer costumam morrer de pneumonia? 
Realmente a pneumonia é uma das principais causas de morte em pacientes com doença de Alzheimer. 
O primeiro fator se relaciona com a idade uma vez que na maioria das vezes as pessoas acometidas são idosas. O 
sistema imunológico normalmente está comprometido facilitando a ocorrência de infecções, especialmente as 
respiratórias e urinárias. O estado nutricional e o nível de hidratação também desempenham um papel decisivo . É 
imperioso que esses pacientes estejam bem nutridos seja com o

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