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Desafio Colaborativo – Introdução a Profissão de Farmácia “Um dos nossos escritores mais conhecidos, Monteiro Lobato escreveu: ‘O papel do farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O farmacêutico representa o elo de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora’.” O papel do farmacêutico vem desde a pré-história quando utilizava ervas, plantas e até animais para tentar trazer a cura aos enfermos. Antes da Revolução Industrial, o farmacêutico tinha uma ligação estreita com o paciente, visto que o medicamento era formulado na hora em que ele chegava, conforme a necessidade que possuía. Após a Revolução, com o avanço da tecnologia e a descoberta de novos fármacos, o quadro do farmacêutico mudou, as indústrias farmacêuticas com interesses em lucros cada vez maiores começaram a surgir com produção dos medicamentos em larga escala provocando uma desvalorização do profissional farmacêutico, que ficou relegado à função de mero vendedor de medicamentos. Com esse novo padrão imposto pelas gigantes farmacêuticas, o cidadão perdeu o contato direto com o farmacêutico, e perante a sociedade ele praticamente desapareceu, perdeu-se a interação profissional/paciente na qual existia a atenção farmacêutica. Com a criação de medicamentos de venda livre ou isentos de prescrição, as pessoas começaram a ter acesso fácil, contribuindo para o aumento da automedicação, que muitas vezes traz sérios danos à saúde, até mesmo levando à óbito. Do outro lado, as indústrias farmacêuticas travam verdadeiras batalhas para conseguir lançar um medicamento no mercado, da sua criação à aprovação em todos os testes e etapas, percorre-se um longo caminho até ser comercializado. São necessários longos anos e altos investimentos, haja vista que os insumos nem sempre são acessíveis e os preços altíssimos. Outro entrave é o baixíssimo número de profissionais aptos para o desenvolvimento de pesquisas inovadoras, os P&Ds que operam nos laboratórios das indústrias farmacêuticas, motivo pelo qual, para preencher essa lacuna, muitas empresas farmacêuticas desenvolvem parcerias com universidades e academias. A luta para resgatar a atenção farmacêutica dentro das farmácias traz a valorização do profissional farmacêutico, pois ele volta a cumprir a sua responsabilidade perante a sociedade, com orientações e cuidados eficazes na busca para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. A atenção farmacêutica visa diminuir a morbimortalidade com orientações aos pacientes, tais como: informar o modo de utilização dos medicamentos, seus efeitos colaterais e se altera as funções nervosas superiores; constatar se o paciente compreendeu com clareza todas as orientações; encaminhar o paciente a outros setores de cuidados com a saúde, caso perceba a necessidade. O contato direto do paciente com o profissional farmacêutico é bem significante para evitar complicações no uso dos medicamentos, principalmente quando não tiver a prescrição de um profissional, é importante a orientação quanto aos riscos que o medicamento pode trazer à saúde. Na consulta, o farmacêutico descobre quais problemas de saúde o paciente possui, de quais medicamentos ele faz uso e qual a finalidade do medicamento prescrito. Dessa forma ele consegue conscientizar o paciente sobre o uso correto dos fármacos, expondo os riscos que podem provocar reações desagradáveis e até complicações mais sérias, orienta sobre as posologias e tempo de uso, o que contribui para que o tratamento terapêutico seja um sucesso, com a recuperação em menor tempo. Esses benefícios são de extrema importância para o cidadão, contribuindo dessa forma para a promoção da saúde. REFERÊNCIAS ALLEN JR., L. V.; POPOVICH, N; G.; ANSEL, H. C. Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. Porto Alegre-RS. Artmed Editora. 2011; Oliveira, M. A.; BERMUDEZ, J. A. Z; DE CASTRO, C. G. S. O. Assistência farmacêutica e acesso a medicamentos. Editora Fiocruz. Rio de Janeiro. 2007; Pereira, Leonardo R. L.; DE FREITAS, Osvaldo. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 2008. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/44332>. Acesso em: 19 de abril de 2020; PINTO, Angelo; BARREIRO, Eliezer J. Desafios Da Indústria Farmacêutica Brasileira. Química Nova, 2013. Disponível em < http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=3051>. Acesso em: 19 de abril de 2020. Parte superior do formulário Parte inferior do formulário