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Geração da variabilidade genética Aberrações Cromossômicas Estruturais Capítulo 14: Aberrações Cromossômicas – Livro Genética na Agropecuária Capítulos 4: Cromossomos II - Livro Citogenética O que é variabilidade genética? Aves do Brasil – Gwynne et al. 2015 Como surge a variabilidade genética em uma população? Fontes de variabilidade genética: - Mutações Gênicas / Mutações de ponto: alterações nas sequências de bases nitrogenadas, por Perda, Adição, Substituição. - Mutações/Aberrações Cromossômicas: - Numéricas: no número de cromossomos (Euploidias e Aneuploidias); - Estruturais: Aberrações estruturais dos cromossomos: •Resultam da quebra cromossômica seguida ou não de reconstituição anormal. •Ocorrem geralmente durante a intérfase quando os cromossomos estão distendidos e metabolicamente ativos, e assim, mais vulneráveis a rupturas de sua estrutura. DELEÇÃO - perda de um segmento do cromossomo INVERSÕES - quando um segmento do cromossomo originado de duas quebras sofre rotação de 180° e é ressoldado. Pericêntrica: Quando envolve o centrômero Paracêntrica: Quando não envolve o centrômero TRANSLOCAÇÃO - troca de segmentos entre cromossomos não homólogos. DUPLICAÇÃO - quando um segmento de um cromossomo apresenta-se duplicado. Veja animação ISOCROMOSSOMOS - Resultam de um erro na divisão do centrômero que ao invés de separar as cromátides separa os braços do cromossomo. As aberrações estruturais podem ser: https://www.youtube.com/watch?v=FgMKGIED4Yo&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=FgMKGIED4Yo&feature=related Deleções ou deficiências: • Quebra e perda de fragmento cromossômico. • Por estar desprovido de centrômero, não pode segregar na Anáfase. • Há perda da informação genética que vai com o fragmento. • Em deleções pequenas o indivíduo ainda pode ser viável. • Quando a perda envolve um alelo dominante, o recessivo remanescente se expressa permanentemente dando a ideia de ser um dominante. Neste caso é chamado de pseudodominância. • São úteis para a localização de genes nos cromossomos (exemplo do milho – formam alças no pareamento de homólogos). Tipos de deleções ou deficiências: Alça em uma tétrade meiótica formada quando uma deleção ocorre A) terminal: perda da extremidade do cromossomo. B) intersticial: duas quebras com a perda da parte intercalar a estas duas quebras. a b c d e f g h a b c d e f g h a b c d e f g h a b c f g h d e Quebras Quebra Pareamento Homólogos Forma alça Duplicações: Ocorrem quando um ou mais genes estão em dose dupla em um mesmo cromossomo. Nem sempre reduzem a viabilidade. Alelos duplicados podem sofrer mutação e gerarem novos alelos, com função diferente e sem prejudicar organismo, pois a outra cópia atua normalmente. Podem ser: a) Tandem ou fila; b) Tandem reverso; c) Transporte para um braço diferente; d) Deslocamento para um outro cromossomo. Em geral, as duplicações são menos deletérias do que as deficiências. a) pela quebra cromossômica; b) Por permuta/crossing-over desigual; c) Por permuta/crossing-over entre indivíduos com inversão ou translocação – exemplos a seguir; Causas da Duplicação: Inversões: • Quando pedaços dos cromossomos fazem um giro de 180o e são ressoldados, invertendo as sequências dos genes. • São as mais comuns. • Geralmente não causam mudanças fenotípicas, exceto se envolverem éxons. • Diminuem a chance de recombinação por crossing-over, por formarem gametas inviáveis. Tipos de inversões: • a) Paracêntricas: duas quebras ocorrem em um braço do cromossomo (não inclui o centrômero). • • b) Pericêntricas: cada quebra se dá em cada braço (inclui o centrômero). "Loop" característico de uma inversão Conseqüências de um crossing over em uma inversão paracêntrica Como é a meiose e a formação dos gametasComo ocorre Animações sobre inversão No crossing-over as frequências de recombinação são drasticamente reduzidas porque formam gametas inviáveis {c) e d)} Das quatro cromátides/gametas: a) uma é perfeitamente normal; b) uma apresenta inversão; c) Uma apresenta 2 centrômeros, o que resulta em ruptura aleatória da cromátide, formando 2 cromátides deficientes; d) Um segmento fica sem centrômero e é perdido. Em: c) e d) temos o produto do crossing-over (gametas inviáveis) A mitose para uma inversão é completamente normal https://www.youtube.com/watch?v=UlWgploPKsI https://www.youtube.com/watch?v=WYvkuKCutBs&NR=1&feature=fvwp http://www.youtube.com/watch?v=WYvkuKCutBs&NR=1&feature=fvwp http://www.youtube.com/watch?v=UlWgploPKsI Conseqüências de um crossing over em uma inversão pericêntrica Ver animação O crossing-over geralmente produz gametas inviáveis, com adições e deleções formando cromossomos de tamanhos diferentes. Das quatro cromátides/gametas: a) uma é perfeitamente normal (viável); b) uma apresenta inversão (viável); c) As demais podem apresentar deleções ou duplicações de genes, inclusive resultando em mudanças no tamanho dos cromossomos (dependem de como ocorreu a inversão – número de genes em cada lado do centrômero). (inviáveis). A mitose para uma inversão é completamente normal https://www.youtube.com/watch?v=TidOfMM6SuM https://www.youtube.com/watch?v=TidOfMM6SuM Translocação: São mudanças de um segmento cromossômico para outro não homólogo. Não provocam alterações no conteúdo gênico. Os heterozigotos são parcialmente estéreis. Ver animação https://www.youtube.com/watch?v=JjF4247_k_ E&feature=related • Heterozigotos para uma translocação recíproca: quando possui dois cromossomos translocados e dois normais. Apresentam uma conformação em cruz durante o Paquíteno e em anel ou cadeia de cromossomos durante a Diacinese Ver animação https://www.youtube.com/watch?v=WqHEnd YJEkQ&feature=related • Durante a metáfase, os cromossomos podem se orientar de diferentes maneiras em relação aos polos: • a) Alternados: cromossomos normais voltados para um polo e os translocados para outro. Todos os gametas são viáveis, pois recebem 100% do material na forma haplóide. São capazes de transmitir a translocação para parte dos descendentes. • b) Adjacentes: Segue um cromossomo normal e um translocado para cada polo. Os gametas são inviáveis, pois parte da informação estará duplicada e parte deficiente. A translocação mais comum é a recíproca, troca entre não homólogos http://www.youtube.com/watch?v=JjF4247_k_E&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=WqHEndYJEkQ&feature=related Heterozigoto por translocação recíproca formado após a quebra dos cromossomos não homólogos. Translocação Robertsoniana • Quando dois cromossomos acrocêntricos (em humanos os cromossomos 13, 14, 15, 21 e 22) perdem seus braços curtos e se unem próximo à região centromérica, formando um único cromossomo derivado. • Síndrome de Down (trissomia do 21 - 96% dos casos) mas pode ser também devido a translocação entre os cromossomas 14 e 21, gerando um cromossomo híbrido. Cromossomo 2 em humanos, união de dois cromossomos em primatas http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Down Isocromossomos: Erro na divisão do centrômero, ao invés de separar as cromátides, separa os braços do cromossomo. Ocorre perda da informação não recebida. Pode ocorrer na anáfase (Mitose) e anáfase II (Meiose II). Parte das células/gametas recebe somente a parte superior ou a parte inferior. Cromossomos em anel Deleções terminais nos dois braços de um cromossomo podem dar origem a um cromossomo em anel, se as extremidades livres fraturadas se soldarem. Os rearranjos estruturais podem ser: Equilibrados (ou balanceados) e Não-equilibrados (ou não-balanceados) Rearranjos equilibrados (ou balanceados): • Quando o conjunto cromossômico possui o complemento normal de informações. Todas as informaçõesgenéticas estão presentes, mas acondicionadas de modo diferente. Os rearranjos balanceados envolvem: – Inversão (sem crossing-over) – Translocação Rearranjos não-equilibrados (ou não balanceados): •Quando o conjunto cromossômico possui informações a mais ou a menos. Os rearranjos são não-equilibrados e envolvem: – Deleção – Duplicação – Cromossomos em anel – Isocromossomos – Cromossomos dicêntricos (dois centrômeros) – Translocação (não-balanceada)
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