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CAPÍTULO 5 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Reforçar as áreas de conhecimento específi co do PMBOK (escopo, tempo, custo, qualidade, riscos, recursos humanos, comunicações, aquisições e integração). Diferenciar o conhecimento tácito e o explícito. Apresentar a espiral do conhecimento. Empregar técnicas e ferramentas para transformar o conhecimento tácito em explícito. Examinar um caso de aplicabilidade de gestão do conhecimento organizacional. 104 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos 105 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 CONTEXTUALIZAÇÃO Neste último capítulo, já caminhamos consideravelmente quanto aos tópicos essenciais de gestão de projetos. Retomaremos aqui uma das discussões centrais do gerenciamento de projetos: a gestão do conhecimento das pessoas que participam do projeto. Aprenderemos as diferenças entre os conceitos de dados, informações e conhecimento. E perceberemos como a gestão do conhecimento humano pode ser estratégica para as organizações, com um caso da Embraer. Entenderemos como um projeto pode ser estruturado com base nas nove áreas do conhecimento do PMI e aprofundaremos os processos de quatro áreas: 6) Recursos Humanos, 7) Comunicação, 8) Contratação e 9) Integração. Você aprendeu teorias, ferramentas e casos de gestão de projetos, mas verá também como utilizar este conhecimento nas organizações. Você já ouviu falar em conhecimento tácito e conhecimento explícito? Explicaremos para você as defi nições de cada um e apresentaremos a espiral do conhecimento, além de outras ferramentas, como os mapas mentais. Bons estudos! GESTÃO DO CONHECIMENTO Como estudamos no Capítulo 4, o PMI (2010) sugere nove áreas do conhecimento para o gerenciamento de projetos, sendo que já abordamos o gerenciamento de escopo, tempo, custos, qualidade e riscos. Veremos a proposta do Instituto para as outras quatro áreas: recursos humanos, comunicação, contratação e a integração, que devem entrelaçar todas as oito áreas anteriores. Mas o que de fato é conhecimento no contexto das organizações? Para explicarmos isso é preciso fazer uma diferenciação entre três conceitos distintos: dados, informação e conhecimento. Os dados são observações simples sobre o mundo, tratando-se de registros numéricos ou não. Os dados podem ser estruturados, quantifi cáveis e transferíveis, podendo ser obtidos por máquinas. Por exemplo, você tem ideia sobre o que o Google sabe sobre você? Vários dados são coletados por ele e o Leo vai mostrar isso. Outro tópico que você pode pesquisar e vem sendo utilizado cada vez mais por empresas ao redor do mundo é o Big Data, que coleta e armazena dados para a tomada de decisões estratégicas. 106 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos Você conhece o que o Google sabe sobre você? Acesse <https://myactivity.google.com/myactivity> e perceberá que ele coleta dados sobre seu uso de serviços do google no computador, celular e vários aplicativos on-line. Algumas informações sobre Big Data nas organizações. Acesse <https://endeavor.org.br/big-data-descubra-o-que-e-e-como-usar-na- sua-empresa/>. O Google Analytics é uma ferramenta que pode ser utilizada para qualquer site (da sua empresa, por exemplo), blog ou loja virtual. Ele apresenta informações sobre número e origem de visitantes, monitora campanhas de marketing e cruza informações de seu site com mídia social (facebook, twitter etc.) para lhe mostrar quais trazem mais acesso. Link: <https://analytics.google.com>. Outra ferramenta é o Google Trends. Ele mostra tendências mundiais de pesquisas na web, por palavra-chave, temas e expressões. Você pode selecionar categorias (negócios, saúde, entretenimento etc.) e países. Você também pode fazer comparações. Por exemplo, qual das empresas seria a mais buscada na web, Pepsi ou a Coca-cola? E se lhe dissermos que nos Estados Unidos e no Canadá o termo Pepsi supera a Coca? Não é uma informação surpreendente? Link: <https://www.google.com/trends/>. A informação se refere a dados processados, isto é, requer análise e pesquisa sobre um conjunto de dados para transformá-los em uma mensagem com relevância e propósito. Seguindo a lógica de utilizar o Google para obter informações valiosas para os projetos, você conhece o Google Analytics e o Google Trends? O Leo vai lhe apresentar. 107 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 Finalmente, o conhecimento refl ete estados mentais humanos, que requerem refl exão, síntese e um contexto. Deste modo, o processo de conhecimento é inerente à mente humana e seu saber, podendo ser comparado a um sistema vivo que se modifi ca mediante a interação com o ambiente (DAVENPORT; PRUSAK, 1998). Os valores e as crenças humanas integram o conhecimento, visto que as experiências do homem dependem do que ele absorve e conclui do mundo (NONAKA; TAKEUCHI, 1997). A Figura 15 destaca as principais diferenças entre os conceitos de dados, informação e conhecimento. O conhecimento refl ete estados mentais humanos, que requerem refl exão, síntese e um contexto. A gestão do conhecimento é um processo sistemático de identifi cação, aplicação e renovação dos conhecimentos estratégicos para as organizações. Figura 15 - Principais diferenças entre dados, informação e conhecimento Fonte: Adaptado de Davenport e Prusak (1998). Para o PMI (2010), bancos de dados e arquivos de projetos são importantes bases de conhecimento organizacional, visto que servem como fonte de armazenamento e possibilitam a recuperação de informações. Contudo, nem todo o conhecimento de uma organização é formalizado em documentos escritos, apresentando também uma parte intangível, isto é, que não pode ser vista ou tocada. A gestão do conhecimento é um processo sistemático de identifi cação, aplicação e renovação dos conhecimentos estratégicos para as organizações. Ou seja, no contexto organizacional é preciso estabelecer quais conhecimentos são críticos para gerar vantagem competitiva para as organizações e poder se transformar em resultados superiores em relação aos concorrentes. Identifi car os conhecimentos críticos no contexto de projetos pode signifi car o alcance dos objetivos propostos ou até mesmo a recusa de um projeto sobre o qual a empresa não possui conhecimento sufi ciente para geri-lo. Portanto, destacamos dois elementos que interferem substancialmente na estratégia das organizações: as pessoas (recursos humanos) e a comunicação entre elas. Assim, começaremos apresentando o gerenciamento dos recursos 108 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos humanos proposto pelo PMI (2010), seguidos pela comunicação, aquisições e integração. GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS Como vimos no Capítulo 1, as organizações são formadas por indivíduos que devem ter um objetivo em comum. Além disso, temos nossos objetivos individuais e a organização estabelece outros objetivos específi cos. Em alguns casos, os objetivos individuais e os objetivos da organização podem entrar em confl ito. Por isso, gerir os recursos humanos é tão importante para que as motivações pessoais estejam de acordo com os objetivos empresariais. Empresas têm buscado bons líderes justamente pela sua habilidade de infl uenciar as pessoas. Já de acordo com o PMI (2010), o gerenciamento dos recursos humanos é visto como um conjunto de processos que organiza e gerencia a equipe de projeto. A equipe do projeto é responsável pelas atividades de liderar e gerenciar o projeto e seus processos, devendo estar em consonância com os requisitos dos clientes e patrocinadores e das partes interessadas (Figura 16). Já de acordo com o PMI (2010), o gerenciamentodos recursos humanos é visto como um conjunto de processos que organiza e gerencia a equipe de projeto. Figura 16 - Recursos humanos envolvidos em um projeto Fonte: A autora. Os processos apontados pelo PMI (2010) como centrais do gerenciamento de pessoas envolvem tanto o plano de gerenciamento de pessoal quanto o desenvolvimento da equipe. Portanto, presume-se que um projeto deve propiciar o compartilhamento de ideias, aprendizado e um ambiente que qualifi que seus recursos humanos, a partir do desenvolvimento dos processos que seguem: 1. Desenvolver o plano de recursos humanos – documenta-se o plano de gerenciamento do pessoal, onde são estabelecidas as funções, responsabilidades, habilidades e hierarquia do projeto. 109 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 2. Mobilizar a equipe do projeto – confi rma-se a disponibilidade da equipe do projeto para concluí-lo. 3. Desenvolver a equipe do projeto – desenvolvem-se as competências e interação da equipe para melhorar o desempenho do projeto. 1. Gerenciar a equipe do projeto – acompanha-se o desempenho e resultados dos membros da equipe. Quando necessário, são utilizadas técnicas de feedback e gestão de mudanças. A Figura 17 resume os principais processos de gerenciamento dos recursos humanos. Figura 17 – Principais processos de gerenciamento dos recursos humanos Fonte: Adaptado de PMI (2010, p. 215). Outro aspecto básico da gestão do conhecimento do PMI (2010) é a comunicação que deve se dar entre os integrantes do projeto e as partes interessadas. GESTÃO DA COMUNICAÇÃO Comunicar-se de maneira clara e coerente facilita com que o fl uxo de informações atinja as pessoas certas no momento devido. Deste modo, tanto a falta de informações quanto a existência de informações desencontradas ou pouco confi áveis podem afetar o objetivo do projeto. O primeiro ponto que devemos nos lembrar é que não comunicamos apenas por meio de palavras. Gestos, símbolos, imagens, gráfi cos, texto, entre outros, podem contribuir para a formação de uma mensagem. Por exemplo, e-mails, atas, documentos, reuniões e softwares são meios de comunicação bastante difundidos nas organizações. Por outro lado, o crescente uso de redes sociais como Whatsapp, LinkedIn, Facebook e Skype tem afetado 110 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos a forma como as pessoas se comunicam, dentro e fora do ambiente de trabalho. É através dos elementos citados que se cria a conexão entre os interessados no projeto. A partir da comunicação pode-se conseguir negociar acordos entre as partes, gerenciar confl itos, convencer equipes de um argumento ou tomada de decisão, dentre outras ações-chave em um projeto. “O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriada” (PMI, 2010, p. 243). 1. Identifi car as partes interessadas – identifi cação das partes afetadas pelo projeto. É necessário perguntar-se com quem devo me comunicar e identifi car todas as pessoas e organizações que podem ser impactadas pelo projeto? 2. Planejar as comunicações – determina-se a abordagem de comunicação e as necessidades de informação das partes interessadas. Devem ser estabelecidos os meios de comunicação e formatos mais adequados para repassar as mensagens. A pergunta “comunicar-me como?” pode contribuir para este planejamento. 3. Distribuir as informações – segue-se o planejamento e disponibilizam- se as informações necessárias para as partes interessadas. A forma de se comunicar pode ser alterada ao longo do projeto. 4. Gerenciar as expectativas das partes interessadas – interage-se com as partes interessadas, solucionando problemas e confl itos quando eles ocorrem. Lembrando que ao manter em mente a pergunta “comunicar-me com quem?”, devo entender as expectativas das partes interessadas. 5. Reportar o desempenho – coletam-se e distribuem-se informações sobre o desempenho do projeto. Este tópico se refere à qualidade da comunicação, como a comunicação depende de um emissor e de um receptor, eventualmente as mensagens podem possuir ruídos ou problemas em sua decodifi cação. Por isso, esclarecimentos e relatórios de andamento, resumos e previsões são algumas das informações que podem ser repassadas. Alguns exemplos de habilidades de comunicação que podem ser desenvolvidas para o gerenciamento de projetos (PMI, 2010, p. 245): • Ouvir atentamente e de modo efi caz. • Perguntar, investigando ideias e situações para garantir um melhor entendimento. “O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriada” 111 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 • Educar a fi m de aumentar o conhecimento da equipe para que ela seja mais efi caz. • Levantar fatos para identifi car ou confi rmar as informações; • Defi nir e administrar as expectativas. • Persuadir uma pessoa ou empresa a executar uma ação. • Negociar para conseguir acordos mutualmente aceitáveis entre as partes. • Solucionar confl itos para evitar impactos negativos. • Resumir, recapitular e identifi car as etapas seguintes. A Figura 18 resume os principais processos de gerenciamento da comunicação. Figura 18 – Principais processos de gerenciamento de comunicação Fonte: Adaptado de PMI (2010, p. 243). A comunicação também é importante para que os recursos necessários para o projeto estejam disponíveis de acordo com o cronograma e fases do projeto, facilitando a gestão de aquisições. GESTÃO DAS AQUISIÇÕES Como vimos, recursos são aspectos essenciais nos projetos, podendo ser recursos fi nanceiros, humanos, físicos e organizacionais. A gestão de aquisições considera a compra ou contratação de recursos físicos como produtos e serviços para atingir os resultados do projeto. 1. Planejar as aquisições – identifi cam-se os fornecedores potenciais e documentam-se as decisões de compra do projeto. 2. Conduzir as aquisições – selecionam-se os fornecedores e organizam- se os contratos. 3. Administrar as aquisições – gerenciam-se as aquisições e o desempenho do contrato, realizando mudanças e correções quando necessário. A gestão de aquisições considera a compra ou contratação de recursos físicos como produtos e serviços para atingir os resultados do projeto. 112 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos 4. Encerrar as aquisições – fi nalizam-se todas as aquisições do projeto. Uma das análises-chave é a de se fazer ou comprar. “A análise de fazer ou comprar é uma técnica geral de gerenciamento usada para determinar se um trabalho específi co pode ser melhor realizado pela equipe do projeto ou se deve ser comprado de fontes externas” (PMI, 2010, p. 12). Alguns dos elementos analisados devem ser o orçamento e os custos diretos e indiretos de uma compra, bem como a capacidade e as competências da equipe do projeto. A Figura 19 resume os principais processos de gerenciamento da contratação. Figura 19 – Principais processos de gerenciamento das aquisições Fonte: Adaptado de PMI (2010, p. 313). Ademais, vimos que o conhecimento gerado por meio do gerenciamento de projetos depende da integração dos fl uxos de informação, englobando todas as nove áreas do conhecimento para o gerenciamento de projetos. Isto é viabilizado por meio de um bom gerenciamento da integração, tendo em vista a complexidade dos projetos. GESTÃO DA INTEGRAÇÃO Unifi cação é a palavra da vez no gerenciamento de integração. Com o objetivo de terminar o projeto e atender às expectativas das partes interessadas, neste processo de tomadade decisões é preciso considerar as dependências mútuas de todas as áreas do conhecimento que estudamos até aqui. Podemos considerar que a gestão da integração é uma síntese do gerenciamento de projetos, visto que agrega todas as áreas do conhecimento e prioriza a documentação formal de todas as fases do projeto, desde sua abertura até o encerramento. A formalização contribui para que a informação seja repassada para outras equipes de projetos e colabora para minimizar os impactos em casos de demissões e rotatividade de pessoal. Unifi cação é a palavra da vez no gerenciamento de integração. Com o objetivo de terminar o projeto e atender às expectativas das partes interessadas, neste processo de tomada de decisões é preciso considerar as dependências mútuas de todas as áreas do conhecimento. 113 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 Figura 20 – Principais processos de gerenciamento da integração Fonte: Adaptado de PMI (2010, p. 71). 1. Desenvolver o termo de abertura do projeto (EAP) – autoriza-se formalmente o início do projeto por meio de um documento. 2. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto – documentam-se as ações que baseiam a defi nição, preparação, integração e coordenação dos planos auxiliares. 3. Orientar e gerenciar a execução do projeto – implementam-se as ações previstas no plano visando atingir os objetivos do projeto. 4. Monitorar e controlar o trabalho do projeto – acompanha-se e revisa-se o andamento do projeto conforme o plano de gerenciamento. 5. Realizar o controle integrado de mudanças – revisam-se todas as solicitações de mudanças, sendo elas aprovadas ou não, e verifi cam-se as entregas do projeto. 6. Encerrar o projeto ou fase – garante-se que todas as atividades do projeto foram entregues e fi nalizadas. Uma ferramenta comum a todos os processos de gerenciamento da integração é o uso de opinião especializada para auxiliar com informações relevantes para a tomada de decisões do projeto. Dentre as opiniões que podem contribuir com detalhes técnicos e conhecimento especializado estão funcionários de outras unidades da organização, consultores, associações profi ssionais e outros interessados no projeto (como patrocinadores e clientes). A Figura 20 resume os principais processos de gerenciamento da integração. Assim, antes de prosseguirmos, condensamos os principais processos do gerenciamento do conhecimento em projetos na Figura 21. A ideia é que você tenha um mapa visual como esboço para orientar projetos futuros. Mas lembre-se 114 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos de que você sempre pode fazer uso do nosso caderno de estudos e do material complementar citado aqui. Além disso, não há um modelo-base que garanta o sucesso do projeto. O sucesso dependerá justamente de como o projeto foi gerido e do alcance dos objetivos propostos. Fonte: Adaptado de PMI (2010). Portanto, com base na Figura 21 é possível formalizar grande parte do conhecimento obtido pela equipe do projeto por meio das áreas de conhecimento propostas pelo PMI (2010). Contudo, nem todo o conhecimento pode ser formalizado. Você imagina por quê? Figura 21 - Síntese dos processos de gerenciamento do conhecimento em projetos 115 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 CONHECIMENTO TÁCITO E EXPLÍCITO Pense que você precisa ensinar alguém a andar de bicicleta. O que você diria a esta pessoa que ela precisa fazer? Quais os passos ela precisa tomar para andar de bicicleta com segurança? Agora, imagine que uma cantora de sucesso quer ensinar uma pessoa comum a cantar de maneira afi nada. Como ela pode explicar isto em um e-mail, por exemplo? Atividades de Estudos: 1) Pense em algo que você sabe fazer com excelência. Agora escreva um passo a passo sobre como fazer esta atividade. Pense que você quer repassar este conhecimento para outra pessoa de maneira clara e precisa. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Repassar o conhecimento pode ser algo muito difícil de ser feito em documentos formais, muitas vezes porque depende da prática e da repetição para que o conhecimento se torne rotina ou algo que você assimilou e faz naturalmente. É como aprender a dirigir, que no início depende de muita observação e treino, além de conhecer bem o ambiente e fi car atento à sinalização. Porém, quando você faz o mesmo trajeto diariamente, já conhece melhor o ambiente e consegue, inclusive, antecipar curvas e traçar o trajeto mentalmente. Pensando nas situações acima, é possível perceber que muito do nosso conhecimento é adquirido e repassado através de ações, repetições, leitura e a interpretação de signos, cultura e do ambiente. Por este motivo, parte do nosso aprendizado não é formalizado ou dito, visto que interpretamos nosso meio. Por exemplo, se a sua empresa possui uma cultura de não usar uniforme, você interpretará aquela situação e aos poucos irá se adaptar ao meio, observando que 116 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos tipo de traje é comum entre os funcionários. De outra forma, é possível que sua empresa tenha um código de vestimenta claro e formal, mas mesmo assim você precisa entender o ambiente, isto é, conhecer os valores, costumes e a cultura organizacional. Ou seja, um tipo de conhecimento não anula o outro, são apenas abordagens diferentes para um mesmo tópico. Com isso, começamos a aprender as diferenças entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. O conhecimento explícito é mais objetivo e pode ser transferido de maneira formal, sistemática e comunicado mais facilmente. Como exemplos temos fórmulas matemáticas, afi rmações gramaticais, avisos por escrito, livros e conhecimento teórico e tudo mais que pode ser repassado facilmente de maneira verbal ou escrita. No caso da organização que possui um código de vestimenta claro, este conhecimento é explícito para os colaboradores. O conhecimento tácito é mais subjetivo e difícil de ser articulado na linguagem formal, dependendo da ação para ser avaliado. É o conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e envolve aspectos intangíveis, como emoções, habilidades, crenças pessoais, intuições e valores. Por exemplo, se eu aprendi a andar de bicicleta ou a cantar, eu dependo da ação para saber se adquiri este conhecimento. O Quadro 12 demonstra as principais diferenças entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. O conhecimento explícito é mais objetivo e pode ser transferido de maneira formal, sistemática e comunicado mais facilmente. O conhecimento tácito é mais subjetivo e difícil de ser articulado na linguagem formal, dependendo da ação para ser avaliado. Quadro 12 - Dois tipos de conhecimento Conhecimento tácito (subjetivo) Conhecimento explícito (objetivo) Conhecimento da experiência (corpo) Conhecimento simultâneo (aqui e agora) Conhecimento análogo (prática) Conhecimento da racionalidade (mente) Conhecimento sequencial (lá e então) Conhecimento digital (teoria) Fonte: Takeuchi e Nonaka (2008, p. 58). Quanto ao conhecimento organizacional, não é diferente, pois grande parte do conhecimento nas organizações é subjetivo, como a inovação, a criatividade, a empatia, a reputação da empresa, entre outros. Por exemplo, se você irá aprender uma tarefa nova, como atender um cliente pela primeira vez, seu atendimento dependerá de um conhecimento formal sobre os preços dos produtos comercializados, mas também de aspectos intangíveis, como a qualidade do produto e a forma como você atende este cliente (se demaneira simpática, se sorrindo, se focando em resolver o problema do cliente, entre outros). Dependendo do seu atendimento, seu cliente pode avaliar tanto os 117 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 recursos intangíveis da empresa quanto aspectos tangíveis, como a localização, o ambiente físico e equipamentos. Para Takeuchi e Nonaka (2008), os líderes deverão buscar a melhoria contínua e utilizar a tecnologia para conceber novos conhecimentos, abrangendo tanto o conhecimento tácito quanto o explícito. Para que o conhecimento seja disseminado nas organizações, os autores propuseram a espiral do conhecimento. A espiral do conhecimento é representada em um plano cartesiano dividido em duas principais dimensões que se mesclam: a do conhecimento tácito e a do conhecimento explícito. Esta mistura gera quatro situações diferentes para se difundir o conhecimento nas organizações: socialização, externalização, combinação e internalização. (Figura 22). Figura 22 - Espiral do conhecimento Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997). • Socialização: trata-se de um conhecimento compartilhado que depende do encontro entre pessoas que trocam conhecimento. As formas desta troca acontecer dependem de ações como perceber, ver, manusear e perguntar para transformar conhecimentos subjetivos em outros conhecimentos subjetivos. • Externalização: trata-se de um conhecimento conceitual, ou seja, parte do processo de formalizar um conhecimento que é subjetivo de forma objetiva. Ações como escrever, falar e desenhar externalizam o conhecimento que parte de um saber tácito para outro explícito. • Combinação: conhecimento sistêmico que combina vários saberes explícitos e repassa-os, ou seja, a combinação e o agrupamento de conhecimentos acontece em reuniões, conversas escritas e orais, grupos de discussão e outros. 118 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos • Internalização: trata-se da assimilação de saberes externos em um conhecimento individual, ou seja, ler, ouvir e assistir transformam o conhecimento explícito em algo tácito para quem aprende. Agora que você já entende melhor como o conhecimento pode se transformar em sua vida e nas organizações, vamos aprender outras ferramentas que propiciam a gestão do conhecimento. O Leo vai apresentar algumas ferramentas disponíveis que podem contribuir para o gerenciamento do conhecimento em gestão de projetos. Mapas mentais (mind maps) e softwares diversos são algumas dessas ferramentas. FERRAMENTAS DE GESTÃO DE CONHECIMENTO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS Mind maps Mind maps são excelentes ferramentas para planejamento e organização de ideias. Partem do conceito de que o ser humano tem difi culdade de lidar com listas, apesar de usa-las diariamente. Mind maps utilizam o mesmo conceito de conexões e interconexões de ideias que utilizamos naturalmente para gerenciar nosso conhecimento, desta forma torna-se quase intuitivo para usar. Mapa mental, mind map ou mapa semântico é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematizado pelo inglês Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual; para a compreensão e solução de problemas; na memorização e aprendizado; na criação de manuais, livros e palestras; como ferramenta de brainstorming (tempestade cerebral); e no auxílio da gestão estratégica de uma empresa ou negócio. Os desenhos feitos em um mapa mental partem de um único centro, a partir do qual são irradiadas as informações relacionadas. Eles podem ser feitos com um programa de computador adequado ou com canetas coloridas e um bloco de papel, e podem ser usados por todos os profi ssionais para gerenciar qualquer tipo de informação. Este método de registro é cada vez mais usado por uma série de profi ssionais de todas as áreas de conhecimento humano. Existem diversos programas para construção de mind maps, e inclusive um 119 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 on-line e colaborativo, o Mind Meister, em http://www.mindmeister. com. Os mind maps são úteis para o planejamento de projeto, construção de briefi ng e organização de ideais. Tecnologias disponíveis Existem diversas tecnologias disponíveis on e off-line para gestão de projetos, a grande maioria está disponível gratuitamente. São elas: Para uso no computador Microsoft Project <http://office.microsoft.com/pt-br/project/FX100487771046. aspx>. É a versão comercializada pela Microsoft e é o padrão do mercado. O Microsoft Project proporciona todas as ferramentas para gestão de projetos de acordo com as especifi cações do PMI, e conta com a possibilidade de compartilhamento utilizando o Microsoft Project Server. Serena Open Project <http://openproj.org/openproj> O Serena Open Project é muito semelhante ao Microsoft Project, em praticamente todas as suas funcionalidades, e inclusive lê arquivos do Microsoft Project. Além disso, é completamente gratuito e possui versões para Windows, Linux e Mac OS 10. Para uso on- line do Serena Projects on demand <http://openproj.org/pod>. É uma versão on-line compatível com o Serena Open Project, esta versão on-line permite múltiplos usuários. Para utilizar a versão on-line o usuário paga uma taxa mensal. dotProject <http://www.dotproject.net/> O dotProject é uma solução on-line totalmente gratuita, é necessário um servidor com suporte a PHP e MySQL para sua instalação. Ele apresenta uma interface um pouco mais complexa 120 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos que a dos demais gerenciadores e é totalmente focado no uso colaborativo, contendo inclusive um fórum de discussão, lista de links e arquivos dentro do ambiente de gestão de projetos. Tecnologias auxiliares Mindmeister <http://www.mindmeister.com/> O Mindmeister é uma ferramenta on-line para criação de mapas mentais, muito útil na organização de ideais para o planejamento do projeto. Fonte: Caribé (s.d., p. 19-20) Disponível em: <http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/ gestaodeprojetos/Apostila%20GP%20leitura.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2016. Agora que entendemos mais sobre a importância da gestão do conhecimento nas organizações e conhecemos algumas ferramentas para colocá-la em prática, vamos examinar um caso de gestão do conhecimento? Trata-se de uma empresa brasileira conhecida mundialmente, a Embraer. O Leo vai apresentar um caso para você refl etir. A GESTÃO DO CONHECIMENTO NA EMBRAER 07/12/2014 A Embraer possui mais de 19 mil funcionários, dos quais 89% fi cam no Brasil, e atua em três segmentos: aviação comercial, executiva e defesa e segurança. “Acreditamos que o conhecimento é um ativo intangível, que deve ser trabalhado nas organizações”, diz José Eduardo Carrara Júnior, engenheiro de desenvolvimento do produto. Para isso, a organização elaborou quatro etapas: • Identifi car; • Desenvolver; • Reter/proteger; • Disseminar e utilizar. 121 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 Foco na gestão do conhecimento A Embraer possui processos em duas linhas de atuação: práticas estimuladas e práticas gerenciadas. “Se trabalharmos somente os processos, não conseguimos evoluir com a questão do conhecimento. É preciso trabalhar as pessoas junto com os processos”, diz José Eduardo. Nas práticas estimuladas não há a obrigatoriedade, ou seja, a pessoa participa porque vê utilidade. “Começamos a trabalhar nessa vertente – práticas estimuladas – com áreas temáticas de conhecimento, com foco na geração e disseminação do conhecimento e no aprendizado”, conta José Eduardo. Já as práticas gerenciadas possuem atividades com início e fi m defi nidos, além de terem foco na aplicação e no registro do conhecimento, ou seja, na incorporação do conhecimento. “As práticas gerenciadas são metas quepossuem começo, meio e fi m e defi nem aonde queremos chegar”, explica José Eduardo. Além disso, há também a mentoria, que é a transferência de conhecimento de pessoa para pessoa; o storytelling, do qual se captura o conhecimento por meio de vídeos com grande know- how para que fi que registrado na organização; e a gestão documental, que é a disseminação da informação certa com a qualidade certa. Reúso de conhecimento A Embraer se preocupa com a segurança da informação e propriedade intelectual. Para isso criou as comunidades, que são grupos que compartilham conhecimento. “As comunidades de práticas, por exemplo, têm de ter o objetivo de melhorar determinado assunto. Elas integram as pessoas pelos assuntos, para terem diferentes pontos de vista, para trazerem uma riqueza e diversidade de informações”, explica José Eduardo. Além disso, o gerente de Sistemas de Gestão da Embraer conta que a comunidade não é uma prática gerencial, que anda sozinha. É necessário ter outras ações em torno dela. “Na Embraer, existe a parte de Lições Aprendidas, de forma que o conhecimento é reutilizado e difundido para a organização”, explica. Em todas as comunidades há um ambiente aberto para as outras comunidades. Para gerar confi ança, as reuniões são presenciais e acontecem pelo menos uma vez ao mês. 122 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos As premissas das comunidades são: • Voluntárias; • criadas por assunto; • número ideal de membros entre 20 a 40, para facilitar o conhecimento e integração de pessoas; • o coordenador deve ser a referência técnica; • devem ser integradas aos processos do dia a dia. Conhecimento na prática Um exemplo do conhecimento que foi colocado em prática é o manual de práticas aeronáuticas, do qual tudo o que foi aprendido até agora está registrado nesse material, que é um know-how de aprendizagem. “Realizamos também o SETI (Seminário Embraer de Tecnologia e Inovação), que reconhece e prestigia trabalhos inovadores e de tecnologia. O SETI serve para fomentar, mobilizar e compartilhar trabalhos inovadores”, conta José Eduardo. Para a implantação da gestão do conhecimento foi preciso um ano de discussão de como esse processo seria feito. “Discutimos as lições que seriam aprendidas, entendemos o contexto, adaptamos as aplicações, conectamos as ideias ao dia a dia da empresa, além de nos atentarmos aos indicadores, pois não podemos gerar metas que possam prejudicar o aprendizado, a base ou a qualidade”, explica José Eduardo. “E devemos sempre lembrar que a gestão do conhecimento tem a ver com as pessoas. Por isso, precisamos estar perto, entender a necessidade do dia a dia das pessoas”, fi naliza. Fonte: Disponível em: <http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/cases- de-sucesso/a-gestao-do-conhecimento-na-embraer>. Acesso em: 12 ago. 2016. Com auxílio do estudo de caso, aprendemos que investir em conhecimento pode favorecer o desempenho da organização. E mais do que isso, o conhecimento relaciona-se a pessoas e processos, assim como o gerenciamento de projetos. 123 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 Atividade de Estudos: Após refl etir sobre o estudo de caso, responda: 1) Como a gestão do conhecimento relatada no caso acima contribui para a inovação da empresa? Sua resposta deve tentar relacionar práticas adotadas pela Embraer e a espiral do conhecimento. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Cursos on-line gratuitos para gestão de projetos: <http:// www.projectbuilder.com.br/blog-pb/entry/carreira/5-cursos-online- gratuitos-essenciais-para-todo-gerente-de-projetos>. Logo, fi nalizamos este capítulo discutindo os tópicos essenciais para a gestão de projetos, além de apresentar alguns conceitos e ferramentas. Agora você pode colocar seu conhecimento adquirido neste curso logo em prática. Também sabemos que este caderno de estudos é apenas um início para aprimorar seus conhecimentos sobre gerenciamento de projetos. Então, que tal aprofundar seus conhecimentos sobre gestão de projetos por meio de cursos gratuitos? Isto é possível em cinco links que o Leo apresenta para você! ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Ao fi m deste capítulo aprendemos mais sobre todas as nove áreas de gerenciamento do conhecimento em projetos. Vimos que o gerenciamento de recursos humanos, comunicações e aquisições também interfere no gerenciamento de projetos. De outra forma, o gerenciamento de integração tenta unifi car todas as áreas do conhecimento do gerenciamento em projetos e um fl uxo contínuo de atividades ao longo de todo o projeto. 124 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos Aprendemos que o conhecimento tácito é relativo à experiência e ao subjetivo, ao passo que o conhecimento explícito é objetivo e teórico. Também apresentamos a você a espiral do conhecimento, que pode orientar a transformação e compartilhamento de informações dentro da organização. Portanto, fechamos este caderno de estudos com a certeza de que conheceram um pouco mais sobre o mundo dos projetos. Tratando-se de um tema tão abrangente e complexo, temos certeza de que parte do que aprenderam aqui será útil em sua rotina profi ssional e pessoal, mas demos apenas um pequeno passo. Durante o caderno de estudos mostramos diversos links e formas de melhorar seus conhecimentos sobre projetos. Esperamos que tenham se envolvido com este projeto com responsabilidade e ética! A mensagem fi nal que queremos deixar para vocês é do escritor Paulo Coelho: “Os sonhos devem ser ditos para começar a se realizarem. E como todos os projetos, precisam de uma estratégia para serem alcançados. O adiamento destes sonhos desaparecerá com o primeiro movimento”. Portanto, movimentem-se, senhores, e seus sonhos estarão mais próximos de se transformarem em um projeto bem-sucedido! REFERÊNCIAS CARIBÉ, J. C. Gestão de projetos: aplicada à web. Disponível em: <http://www. madeira.ufpr.br/disciplinasklock/gestaodeprojetos/Apostila%20GP%20leitura. pdf>. Acesso em: 12 ago. 2016. DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998. ENDEAVOR. Big data. Disponível em: <https://endeavor.org.br/big-data- descubra-o-que-e-e-como-usar-na-sua-empresa/>. Acesso em: 12 ago. 2016. FQN GESTÃO DO CONHECIMENTO. A gestão do conhecimento na Embraer. Disponível em: <http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/cases-de- sucesso/a-gestao-do-conhecimento-na-embraer>. Acesso em: 12 ago. 2016. GOOGLE. Google analytics. Disponível em: <https://analytics.google.com>. Acesso em: 12 ago. 2016. “Os sonhos devem ser ditos para começar a se realizarem. E como todos os projetos, precisam de uma estratégia para serem alcançados. O adiamento destes sonhos desaparecerá com o primeiro movimento”. 125 AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E SEUS ASPECTOS ESTRUTURAIS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Capítulo 5 GOOGLE. Google trends. Disponível em: <https://www.google.com/trends/>. Acesso em: 12 ago. 2016. GOOGLE. My activity. Disponível em: <https://myactivity.google.com/myactivity>. Acesso em: 12 ago. 2016. NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997. PROJECT BUILDER. 5 cursos on-line gratuitos essenciais para todo gerente de projetos. Disponível em: <http://www.projectbuilder.com.br/blog-pb/entry/ carreira/5-cursos-online-gratuitos-essenciais-para-todo-gerente-de-projetos>. Acesso em: 12 ago. 2016. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. PMBOK: um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos. 4. ed. Pensylvania: ProjectManagement, 2010. TAKEUCHI, H.; NONAKA, I. Gestão do Conhecimento. Tradução por Ana Thorell. São Paulo: Editora Bookman, 2008.